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Rio deve registrar hoje temperatura mais alta do inverno

A cidade do Rio de Janeiro terá nesta sexta-feira (23) um dia de sol forte, com céu claro a parcialmente nublado e a temperatura máxima podendo atingir os 38ºCelsius (ºC). Será o dia mais quente deste inverno, antes da chegada de uma frente fria vinda do oceano, que derrubará a temperatura máxima em 10ºC, de acordo com o Sistema Alerta Rio, da prefeitura.

Os ventos estarão predominantemente moderados, com rajadas fortes, soprando de Sul para Sudoeste, quando a temperatura começará a cair, mas sem previsão de chuva. Nessa quinta-feira (22), o dia foi de calor, com céu claro, e a temperatura máxima atingindo os 36,2ºC.

O “veranico” que tomou conta do Rio nos últimos dias, com praias lotadas, começa a perder força a partir de sábado (24), quando o tempo na cidade do Rio será influenciado pela aproximação de uma frente fria no oceano. Assim, haverá aumento de nebulosidade e há previsão de chuva fraca isolada a partir da noite. Os ventos estarão moderados, com rajadas fortes. A previsão é que a temperatura mínima fique em 16ºC e a máxima em torno dos 28ºC.

No domingo (25), o tempo na cidade será influenciado pela passagem de uma frente fria. Assim, o céu estará nublado a encoberto e há previsão de chuva fraca a moderada isolada a qualquer momento. Os ventos estarão moderados, com rajadas fortes, soprando na direção Sudoeste. A temperatura estará em declínio, com a máxima chegando aos 24ºC.

Para segunda-feira (26), o Alerta Rio prevê um dia ainda mais frio. O tempo será de céu encoberto, devido ao transporte de umidade do oceano em direção ao continente. Dessa forma, o céu estará nublado passando a parcialmente nublado no final do dia e há previsão de chuva fraca isolada até o período da manhã. Os ventos estarão moderados, com rajadas fortes. A temperatura continuará em declínio, sendo o dia mais frio, com a máxima ficando em torno dos 21ºC.

Flamengo avança na Libertadores mesmo com derrota para o Bolívar

Mesmo com uma derrota de 1 a 0 para o Bolívar (Bolívia) no Estádio Hernando Siles, que fica nos 3.640 metros de altitude da cidade de La Paz, o Flamengo conseguiu avançar, na noite desta quinta-feira (22), para as quartas de final da Copa Libertadores da América.

⚫🔴 Mengão classificado! O @Bolivar_Oficial bateu o @Flamengo por 1-0, mas os cariocas garantiram vaga nas Quartas da CONMEBOL #Libertadores pelo placar agregado!#GloriaEterna | #BOLxFLA pic.twitter.com/LTkT2GdjsS

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) August 23, 2024

O Rubro-Negro da Gávea seguiu vivo na competição continental mesmo com o revés porque, no confronto de ida, triunfou por 2 a 0 no estádio do Maracanã. Agora, na próxima etapa da Libertadores, o time comandado pelo técnico Tite mede forças com o Peñarol (Uruguai).

O Flamengo sentiu muito os efeitos da altitude, o que o levou a sofrer muita pressão de uma equipe com menor qualidade tática. Com isso o goleiro Rossi teve que trabalhar muito durante os 90 minutos. Mesmo com várias oportunidades criadas o Bolívar só conseguiu vencer a defesa do Rubro-Negro em uma oportunidade, aos 11 minutos do segundo tempo com Bruno Sávio.

🇧🇷🆚🇺🇾 Brasil contra Uruguai nas Quartas! @Flamengo e @OficialCAP vão disputar uma vaga na Semifinal da CONMEBOL #Libertadores.

🤔 Quem é o favorito? pic.twitter.com/NUau57PE5K

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) August 23, 2024

São Paulo classificado

Outra equipe brasileira a se garantir na próxima etapa da Libertadores foi o São Paulo, que, jogando no Morumbi, superou o Nacional (Uruguai) por 2 a 0. Na partida de ida, no Estádio Gran Parque Central, em Montevidéu, o resultado foi um empate sem gols.

⚽🏆 Avança o Tricolor! O @SaoPauloFC bateu o @Nacional por 2-0 e está classificado às Quartas de Final da CONMEBOL #Libertadores!#GloriaEterna | #SAOxNAC pic.twitter.com/8p8YamLK48

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) August 23, 2024

Na próxima etapa da competição o Tricolor protagonizará um clássico brasileiro com o Botafogo, que deixou o Palmeiras pelo caminho.

O São Paulo começou a construir a vitória aos 30 minutos do primeiro tempo, quando Calleri tocou para o volante Bobadilla soltar uma bomba da entrada da área que morreu no ângulo gol defendido por Mejía. Logo no primeiro minuto da etapa final Wellington Rato levantou a bola na área, onde Calleri subiu com liberdade para marcar de cabeça.

🇧🇷🆚🇧🇷 Mais um duelo brasileiro nas Quartas! @Botafogo e @SaoPauloFC vão disputar uma vaga na Semifinal da CONMEBOL #Libertadores.

🤔 Quem vai seguir na busca da #GloriaEterna? pic.twitter.com/AwFLR83XS1

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) August 23, 2024

As quartas de final da Copa Libertadores contarão com a participação de cinco equipes brasileiras: São Paulo, Botafogo, Fluminense, Grêmio e Flamengo.

* Tabela atualizada da Copa Libertadores.

Série B: Coritiba derrota Sport na Arena Pernambuco por 1 a 0

Em partida que fechou a 22ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o Coritiba foi até a Arena Pernambuco e derrotou o Sport por 1 a 0. Com este resultado, em jogo transmitido ao vivo pela TV Brasil, o Coxa assumiu a 11ª posição da classificação com 30 pontos conquistados.

🕑 2T | ⏱ 52′ | Fim de jogo e 𝐕𝐄𝐍𝐂𝐄 𝐎 𝐂𝐎𝐑𝐈𝐓𝐈𝐁𝐀! 🇳🇬

⚽ Bruno Melo artilheiro do jogo

Marca aí + 3 pontos pro Verdão no Brasileirão!

🟢 #SPTxCFC | 0x1
⚪️ #SempreJuntosPeloAltoDaGlória pic.twitter.com/izzdZ59Xfc

— Coritiba (@Coritiba) August 23, 2024

Já o Leão da Ilha do Retiro perdeu, após o revés, uma boa oportunidade de se aproximar do G4 da classificação (que garante o acesso para a Série A da competição). A equipe pernambucana permaneceu com 32 pontos, na 9ª colocação.

A vitória do Coritiba foi garantida aos 15 minutos do segundo tempo, quando o lateral Bruno Melo aproveitou uma sobra de bola para bater de esquerda, de trivela, para marcar um belo gol. Na próxima rodada da competição o Coxa recebe o Avaí no Couto Pereira, já o Sport visita o Brusque na Ressacada.

O GRITO DE GOL. AQUI É COXA! 💚

📷 JP Pacheco | Coritiba

🟢 #SPTxCFC | 0x1
⚪️ #SempreJuntosPeloAltoDaGlória pic.twitter.com/zInI54FxnA

— Coritiba (@Coritiba) August 23, 2024

* Tabela da Série B do Campeonato Brasileiro.

Ministro Herman Benjamim toma posse no cargo de presidente do STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) empossou nesta quinta-feira (22) o novo presidente do tribunal, Herman Benjamim, e o vice-presidente, Luís Felipe Salomão. Ambos terão mandato de dois anos e vão comandar o tribunal até 2026.

Eles sucedem Maria Theresa de Assis Moura e Og Fernandes, presidente e vice, respectivamente.

A cerimônia foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de diversas autoridades dos Três Poderes.

No discurso de posse, Herman Benjamim defendeu a atuação do tribunal na inclusão social e ambiental do país e a maior participação de mulheres, pessoas negras e de minorias na cúpula do Judiciário.

“Manifesto também uma ponta de preocupação. A aflição pelo pequeno número de mulheres, afro-brasileiros e minorias nas instâncias mais elevadas do Judiciário brasileiro, a começar pelo próprio STJ”, afirmou.

Perfil

O ministro Herman Benjamin está no STJ desde 2006. Nascido em Catolé do Rocha (PB), ele tem trajetória reconhecida nas áreas de direito ambiental e do consumidor. Ganhou destaque em 2017, quando foi relator do processo que julgou o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro defendeu a cassação da chapa, mas foi voto vencido.

O vice-presidente, Luís Felipe Salomão, chegou ao STJ em 2008. Ele é oriundo do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e atuou na comissão de juristas que criou leis para efetivar os métodos de arbitragem e mediação de conflitos no Brasil. O ministro também participou da elaboração do anteprojeto de reforma do Código Civil, que está em tramitação no Congresso Nacional.

MPF determina que Iphan proteja cavidade pré-histórica em Minas Gerais

Ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com a finalidade de proteger uma cavidade pré-histórica, encontrada no município mineiro de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A ação pretende que a Justiça Federal determine ao órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro a instauração, em 10 dias, de procedimento administrativo destinado a avaliar o valor natural, histórico e cultural da paleotoca (tocas cavadas por animais extintos que viviam em abrigos subterrâneos).

A paleotoca está ameaçada de deterioração ou de completo desaparecimento pelo projeto Apolo, da mineradora Vale, que está sendo licenciado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimentos Sustentável de Minas Gerais (Semad). O risco de dano potencialmente irreversível decorre da proximidade da cavidade AP-38 com as cavas do projeto, que prevê, inclusive, o uso de explosivos para lidar com rochas e terrenos em que exista dificuldade no manejo de escavadeiras.

O procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva, autor da ação, lembra que o projeto será implantado na região da Serra do Gandarela, onde, além dos volumosos reservatórios hídricos, fundamentais ao abastecimento de Belo Horizonte e outros municípios da região metropolitana, abriga diversidade biológica e patrimônio arqueológico e espeleológico. Por isso, “era de se esperar que os órgãos responsáveis pela proteção ambiental e cultural estivessem atuando de maneira cuidadosa para evitar a destruição dessa riqueza”, afirma.

Com 340 metros de comprimento, a cavidade pré-histórica é considerada a maior de Minas Gerais e é a única a apresentar sinais de que pode ter sido escavada por animais da megafauna, como a preguiça gigante de dois dedos, animal que chegava a medir seis metros de cumprimento.

A ação explica que o estudo das paleotocas, “é uma fonte infungível de informação sobre a megafauna extinta, contendo fósseis, marcas de garras, impressões de carapaças, entre outras marcas denominadas ‘icnofósseis’, tratando-se de espécimes e eventos que podem remeter a 12 milhões de anos. A cavidade AP-38 é definida como ocorrência rara, sendo a única de sua categoria conhecida em Minas Gerais até o momento. Há valor científico e histórico imensurável no local”.

Recomendação

De acordo com o procurador, no mês de junho último, o MPF recomendou ao Iphan a adoção de procedimentos para reavaliar o tombamento da paleotoca, mas o pedido foi negado pela autarquia, justificando a negativa com base em sua portaria nº 375/2018. Segundo o Iphan, o tombamento de sítios paleontológicos somente deve ocorrer se, e quando, identificada a ocorrência de “apropriação humana”.

Para o MPF, tal restrição é de “manifesta inconstitucionalidade e ilegalidade”, porque restringe indevidamente a proteção dada a esse patrimônio pelo artigo 216 da Constituição Federal, bem como pelo artigo 1º do Decreto-Lei nº 25/1937.

“O patrimônio paleontológico é, sim, um bem cultural, mesmo que identificada apenas a ação da natureza em sua formação. O reconhecimento do valor natural, histórico e científico de uma formação paleontológica, como uma paleotoca (no caso dos autos, a maior de Minas Gerais) expressa a cultura de um país, a sua preocupação em preservar algo antigo e rico em conhecimento para todas as gerações. Por outro lado, a citada ‘apropriação humana’, em se tratando de bens paleontológicos, deve ser entendida como a pesquisa, o estudo e a descoberta que tais objetos proporcionam à humanidade. E esse conhecimento, por óbvio, passa a integrar a cultura de um povo, sendo mais um item de sua identidade e pertencimento. Pode-se dizer que o ”fóssil” é um fato natural que se torna cultural na medida em que a sociedade declara o seu valor histórico e com ele aprende sobre o seu passado”, defende o MPF.

A ação ainda demonstra que, contraditoriamente ao que o Iphan afirma, outros sítios paleontológicos e históricos, estritamente naturais, ou seja, sem qualquer sinal de “apropriação humana”, já foram objeto de tombamento federal pela própria autarquia. Entre eles, estão a Floresta Fóssil do Rio Poti (PI), o sítio arqueológico e paisagístico da Ilha do Campeche (SC) e o sítio arqueológico do Parque Nacional da Serra da Capivara (PI).

Para o MPF, o entendimento é que, a partir de 2008, o Iphan passou a adotar o atual posicionamento por meio da edição de ato interno que, além de violar dispositivos constitucionais e legais, parece ter o propósito de restringir a proteção cultural a bens inseridos em áreas – como é o caso – onde existe interesse de exploração econômica.

Por isso, o MPF pede a declaração da inconstitucionalidade e ilegalidade dos artigos 81 e 82 da Portaria Iphan nº 375/2018, de forma que a autarquia federal seja obrigada a instaurar, no prazo de dez dias após a decisão judicial, procedimento administrativo de avaliação do valor natural, histórico e cultural da paleotoca AP-28, com apresentação do resultado dessa avaliação – pelo tombamento ou pela adoção de outras medidas protetivas – em até 180 dias.

A Agência Brasil entrou em contato com o Iphan e aguarda o posicionamento.

Moraes determina apreensão do celular de ex-assessor

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro no setor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pelo monitoramento de desinformação nas redes sociais.

A Polícia Federal (PF) seguiu a determinação do ministro após Tagliaferro prestar depoimento nesta quinta-feira (22) aos delegados que conduzem o inquérito que apura o vazamento das conversas que embasaram reportagens do jornal Folha de S. Paulo. Porém, segundo os investigadores, ele se recusou a entregar o aparelho.

Na semana passada, matérias jornalísticas acusaram o ministro de usar “formas não oficiais” de determinar a produção de informações para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que Moraes foi presidente do TSE. Após a divulgação, o ministro disse que todos os procedimentos foram oficiais e regulares. 

Por determinação de Alexandre de Moraes, a PF investiga o vazamento de conversas entre Tagliaferro, que foi responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) durante a gestão do ministro, e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes. Tagliaferro era o responsável pela produção dos relatórios. 

Em maio do ano passado, o ex-assessor foi preso por violência doméstica. Após a prisão, ele foi demitido pelo ministro.

Segundo as investigações, o celular ficou sob a custódia da Policia Civil de São Paulo até o dia 15 do mesmo mês, quando Tagliaferro foi solto e teve o aparelho devolvido.

Na decisão em que justifica a apreensão contra seu ex-assessor, Moraes diz que os dados contidos no celular interessam à investigação e são de interesse público.

“No casos dos autos, os requisitos se mostram plenamente atendidos, pois patente a necessidade da medida de busca pessoal para apurar o vazamento de informações e documentos sigilosos, com o intuito de atribuir e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros desta Suprema Corte”, justificou Moraes.

Defesa

Procurado pela Agência Brasil, o advogado Eduardo Kuntz disse que Tagliaferro está na condição de testemunha e não é comum a apreensão de objetos nessa condição.

“Mais uma situação em que o abuso de autoridade e o excesso de poder saltam aos olhos”, afirmou

Polícia prende líder do tráfico que ordenava arrastões

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, em uma residência de luxo na região de Búzios, um dos traficantes mais procurados da facção criminosa Comando Vermelho.

Paulo Gabriel Malafaia, o GB, liderava o tráfico de drogas no Jardim Catarina, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, o segundo colégio eleitoral do estado do Rio. Para usar a casa, o criminoso pagava diária de R$ 2 mil. Ele estava fora do Rio devido às constantes operações das forças de segurança no Jardim Catarina.

Drones

As investigações da delegacia de São Gonçalo tiveram início em janeiro deste ano e monitoraram com o auxílio de drones a movimentação da quadrilha. Em 12 de maio deste ano, data do aniversário de Paulo Malafaia, a Polícia Civil capturou imagens de mais de 50 homens – a maioria deles armados com fuzis – escoltando o líder da quadrilha para a festa.

A folha criminal de GB tem mais de 90 anotações criminais. De acordo com a polícia, a quadrilha era responsável por arrastões na rodovia BR-101, no trecho Niterói-Manilha, em São Gonçalo. A estrada é a principal ligação do Rio com as praias da Região dos Lagos. A audiência de custódia de Paulo está marcada para esta sexta-feira (23), a partir das 13h.

MPF quer solução para navios abandonados na Baía de Guanabara

Quase um ano e dez meses após um navio colidir com a ponte Rio-Niterói, o Ministério Público Federal (MPF) cobra negociação capaz de encontrar soluções para embarcações abandonadas na Baía de Guanabara.

A instituição considera que há grave crise ambiental e de segurança. No começo do ano, ação civil pública chegou a ser ajuizada contra a União, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Inea irealiza atividades de fiscalização e identificação das embarcações abandonadas – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Nessa quarta-feira (21) o MPF divulgou nota anunciando que encaminhou à Justiça Federal pedido de audiência de conciliação com todos os envolvidos.

Batizado de São Luiz, o navio envolvido no acidente da ponte Rio-Niterói estava ancorado desde 2016. O choque ocorreu no dia 14 de novembro de 2022, por volta de 18h, levando a concessionária Ecoponte a interditar totalmente o trânsito. O fluxo foi liberado parcialmente cerca de três horas depois, e completamente normalizado na manhã seguinte. Avaliações de engenheiros constataram que os danos não foram estruturais.

Na época, a Marinha informou que uma ventania arrebentou as correntes que prendiam a embarcação, deixando-a deriva. Após o acidente, o navio foi resgatado por três rebocadores.

A nota divulgada pelo MPF traz avaliação do procurador da República Jaime Mitropoulos sobre o cenário atual. “Essas embarcações representam um grave risco ao meio ambiente, à segurança da navegação e à saúde pública. A audiência é crucial para a resolução eficiente do caso, promovendo um possível acordo que possa acelerar o processo e garantir a proteção dos direitos coletivos envolvidos”, afirmou. Segundo o procurador, a expectativa é de que a União e os órgãos ambientais concordem em elaborar um plano de gestão integrada, incluindo um cronograma de ações para resolver o problema.

Colisão

Quando ocorreu a colisão na ponte Rio-Niterói, a Marina não informou se tinha algum levantamento sobre navios abandonados na Baía de Guanabara. Um mapeamento realizado em 2021 pela Universidade Federal Fluminense (UFF) contabilizou a presença de 61 cascos esquecidos, que ofereciam riscos ambientais e à segurança da navegação, devido à oxidação e ao possível vazamento de substâncias nocivas. Ambientalistas cunharam o termo “cemitério de embarcações” para se referir à situação.

Marinha e órgãos ambientãis têm atribuições específicas para lidar com embarcações abandonadas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

De acordo com a nota divulgada pelo MPF, o artigo 225 da Constituição Federal e a Política Nacional do Meio Ambiente estabelecem a responsabilidade do Poder Público na preservação e combate à poluição. “A Marinha, através da Capitania dos Portos, e órgãos ambientais como Ibama e Inea, têm atribuições específicas para lidar com embarcações abandonadas. O panorama é agravado pela ineficiência na fiscalização e pela falta de cumprimento de normas internacionais sobre segurança marítima e gestão de resíduos”, ressaltou.

AGU não vê qualquer empecilho para agendamento de audiência de conciliação – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Baía de Guanabara é declarada área de preservação permanente, o que significa que devem ser protegidos seus recursos hídricos, sua paisagem, sua estabilidade geológica e sua biodiversidade. Na ação, movida no início do ano, o MPF já havia defendido a necessidade de providências urgentes das autoridades competentes, incluindo Marinha, Ibama e Inea, para a remoção dos cascos. Também cobrou a implementação de diversas medidas para mitigar os danos.

Procurada pela Agência Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou, em nota, que não vê qualquer empecilho para o agendamento de audiência de conciliação, já que a solução negociada de litígios que envolvam direitos disponíveis é diretriz de atuação da instituição.

“Caso a audiência seja designada pelo juiz federal, o Ibama, sendo convocado, também irá participar, podendo prestar eventuais informações técnicas a título de colaboração, apesar de entender não ser a entidade competente para atuar na demanda”, acrescenta a nota.

O Inea informou que realiza atividades de fiscalização e identificação das embarcações abandonadas, além de monitorar irregularidades no transporte aquaviário e atuar com ações de resposta a manchas de óleo sem identificação de origem na Baía de Guanabara.

O órgão afirma já ter indicado à Marinha dois servidores para auxiliar na elaboração de um plano emergencial de atuação coordenada e gestão integrada, visando a fiscalização e remoção de navios. “O Inea informa que está à disposição do MPF para atender a todas as demandas necessárias”, acrescentou.

Por sua vez, a Marinha informou que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) é responsável pela fiscalização do tráfego aquaviário no interior da Baía de Guanabara e que não há embarcações à deriva.

“Os navios fundeados, visíveis ao norte da Ponte Rio-Niterói, estão todos em situação regular, guarnecidos por suas tripulações e aguardando condições operacionais, como vagas nos portos, troca de tripulação, novos contratos ou reparos. Cabe destacar que a CPRJ realiza inspeções periódicas nesses navios, visando identificar indícios de abandono ou descumprimento dos requisitos de segurança, de forma a exigir dos responsáveis o cumprimento das normas e legislações aplicáveis.”

De acordo com o texto, em áreas próximas a Niterói e São Gonçalo, a Marinha identificou cascos em total ou parcial estado de afundamento e em avançado nível de deterioração. No entanto, informa que não há risco de movimentação, pois estão encalhados em áreas rasas.

As embarcações também não teriam material ou substância perigosa ao meio ambiente a bordo. “O mapeamento georreferenciado dos cascos soçobrados na Baía de Guanabara foi realizado em janeiro de 2023, com o apoio do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Foram identificados 51 cascos soçobrados. Desde então, a CPRJ tem adotado iniciativas de coordenação interagencias para viabilizar a remoção”.

Embarcações abandonadas na Baía de Guanabara. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

De acordo a Marinha, seis cascos já foram retirados e há um debate com diferentes autoridades públicas para se firmar um acordo de cooperação técnica para lidar com a questão. “A Marinha do Brasil continuará a zelar pela garantia da segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental provocada por embarcações”, acrescenta o texto.

Remoção

Conforme ação movida no início do ano, o MPF quer que a Marinha apreenda e remova embarcações que representem perigo e que realize inspeções regulares para garantir a conformidade com normas de segurança e prevenção de poluição. Cobra ainda que o Ibama monitore as condições ambientais na Baía de Guanabara, com especial atenção aos impactos causados por navios abandonados. Além disso, reivindica que o Inea e a União se envolvam na elaboração de planos que visem solucionar o problema, assegurando a reciclagem das embarcações, conforme as melhores práticas.

“A falta de ação efetiva, até mesmo após a colisão do São Luiz, expõe a necessidade urgente de um processo estrutural mais coordenado e eficiente para prevenir e responder adequadamente a situações emergenciais e riscos ambientais”, diz nota divulgada pelo MPF. De acordo com a instituição, o episódio de 2022 evidencia a ineficiência do Poder Público em lidar com a questão.

Afundamento de navios é um procedimento que muitas vezes gera controvérsias. Foto – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em um processo judicial, a remoção do navio São Luiz chegou a ser determinada, em setembro de 2021. A decisão se deu no âmbito de uma ação movida pela Companhia Docas do Rio de Janeiro. Vinculada à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, a companhia é a autoridade portuária responsável pela gestão dos portos públicos situados na capital fluminense e em outros três municípios do estado: Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis. Na época, foi solicitada a condenação da empresa Navegação Mansur, responsável pela embarcação que colidiu com a ponte.

Relatórios incluídos no processo apontavam que o abandono do navia trouxe riscos à navegação, risco de poluição do meio ambiente e risco à vida humana. Segundo a Companhia Docas do Rio de Janeiro, a embarcação estava em completo abandono, e em avançado estágio de deterioração. Além disso, encontrava-se retorcida por inúmeros giros de 360 graus em torno de seu próprio eixo. A situação, incluindo o adiantado estado de oxidação das correntes que o prendiam ao fundo, já vinha gerando temor de que o navio pudesse se soltar e ficar à deriva, como acabou ocorrendo.

No processo movido contra a Navegação Mansur, a Companhia Docas do Rio de Janeiro cobrava uma dívida de quase R$ 6,7 milhões pelo uso da infraestrutura portuária. O próprio navio São Luiz é apontado como possível garantia do pagamento desses valores. A Navegação Mansur foi julgada à revelia: embora tenha sido intimada, a empresa não se manifestou no processo, sendoi condenada a pagar a dívida e a remover a embarcação, o que não ocorreu. A Agência Brasil tentou sem sucesso contato com a empresa.

Afundamento

O afundamento de navios é um procedimento que muitas vezes gera controvérsias. Em 2016, o juiz federal Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio de Janeiro avaliou que a Marinha não necessita de autorização judicial, de embarcação abandonada e sem tripulação em águas territoriais brasileiras que esteja colocando em risco o meio ambiente e a segurança de outras embarcações.

O juiz analisou o caso envolvendo o navio Recife Star, cujo casco estava à deriva perto do município de São João da Barra, no norte fluminense, local que tem várias plataformas de petróleo. A União pediu autorização da Justiça para afundá-lo, mas o magistrado considerou que a medida não dependia de decisão judicial.

Paulo Espírito Santo chegou a dar prazo de 48 horas para os responsáveis recuperarem o navio, que estava sem motor e seria levado para a Índia por meio de um rebocador, quando ficou sem controle. após o rompimento de um cabo.

Embarcações abandonadas na Baía de Guanabara. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

“Para se ter a noção da gravidade da situação, basta imaginar o que uma embarcação à deriva pode trazer de prejuízos à vida humana e aos patrimônios públicos ou privados caso se choque com uma outra embarcação ou plataforma de petróleo”, escreveu o juiz.

Segundo afirmou, se os responsáveis não agissem, a Marinha estaria respaldada pela Lei Federal 7.542/86, podendo afundar ou remover o navio “por sua conta e risco” e com base em decisão técnica. Para o juiz, ao pedir o aval judicial para afundar o navio, a União buscava transferir para o Judiciário um ônus que é seu.

“Não pode o juízo escolher a melhor estratégia militar a ser tomada: se destruição ou remoção da embarcação”, registrou a decisão de Espirito Santo. Ele observou também que a Marinha atua na defesa da Pátria e possui poderes para agir para evitar acidentes de navegação.

No ano passado, o afundamento do porta-aviões São Paulo também foi parar nos tribunais. A embarcação estava à deriva há meses em alto-mar no litoral de Pernambuco. O MPF, no entanto, ajuizou ação para impedir a Marinha de afundá-la, alegando que o mesmo possuía amianto na estrutura, substância que teria potencial tóxico e cancerígeno. O pedido não foi acolhido pela Justiça. O porta-aviões acabou sendo afundado em fevereiro  do ano passado.

Futebol de cegos: maior campeão paralímpico, Brasil mira hexa em Paris

Única campeã paralímpica e invicta desde os Jogos de Atenas (2004), a seleção brasileira masculina de futebol de cegos (antes chamado de futebol de cinco) vai testar sua hegemonia em Paris 2024 a partir de 1º de setembro, quatro dias após a cerimônia de abertura. Os brasileiros, comandados pelo técnico Fábio Vasconcelos, estreiam na fase de grupos em 1º de setembro (domingo), contra a Turquia, vice-campeã europeia. O embate, às 13h30 (horário de Brasília), ocorrerá aos pés da Torre Eiffel, monumento icônico de Paris.

Futebol de cegos testa hegemonia nos Jogos Paralímpicos #Paris2024 aos pés da Torre Eiffel e com mudança de regra ⚽🇧🇷

O Brasil estreia na competição no dia 1º de setembro, às 13h30 (horário de Brasília), contra a Turquia.

Saiba mais em nosso site! https://t.co/qvgReruRZz

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 22, 2024

Os outros dois duelos do Brasil serão contra a anfitriã França, atual campeã europeia, e contra a China, campeã asiática. No caminho rumo ao hexa, além das equipes adversárias, a seleção terá de se adaptar às novas regras do futebol de cegos, estabelecidas em 2022 pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês). Uma delas reduziu de 20 para 15 minutos cronometrados em cada um dos dois tempos de partida.

 “A gente perdeu 10 minutos dos 40 [minutos] que havia nos confrontos. Isso é bastante. Isso atrapalha os times técnicos que querem jogar bola, a marca do nosso time. Mas a gente não pode ficar lamentando. É o que temos. Nós vamos tentar superar esta adversidade e, se Deus quiser, levar para casa a medalha de ouro”, disse Ricardo Alves, o Ricardinho, que coleciona três ouros paralímpicos.

Primeiro treino com bola na França

Na reta final de preparação, iniciada em janeiro em João Pessoa (PB), a equipe canarinho com 10 integrantes (oito de linha e dois goleiros) participou na quarta-feira (21) do primeiro treino em Troyes, cidade a 160 quilômetros de Paris. O técnico Fábio Vasconcelos – ex-goleiro da seleção em Atenas, Pequim (2008) e Londres (2012) – acredita na possível conquista do sexto ouro como resultado do trabalho diário os jogadores nos últimos sete meses.

“Tem um grupo aí experiente, que já ganhou duas, três, quatro medalhas. Eu tenho a felicidade de estar nas cinco. Estou indo para a terceira como treinador, mas é o que falo: não dá para viver do passado. A gente ganhou as cinco, mas não teve uma delas que foi fácil. Essa não vai ser diferente. Todo mundo quer ganhar do Brasil, tirar a hegemonia, mas a gente teve uma preparação muito boa”, garante Vasconcelos.

A primeira fase do torneio de futebol de cegos dos Jogos de Paris reúne oito seleções, divididas em dois grupos. Na chave A estão Brasil, Turquia, França e China; e na chave B estão Colômbia, Argentina, Marrocos e Japão.

Agenda

Programação do futebol de cegos em Paris

Jogo

Horário

 

 

 

Grupo

Domingo, 1º de setembro

Jogo 01

06:30

JAPÃO

 

X

 

COLÔMBIA

B

Jogo 02

08:30

MARROCOS

 

X

 

ARGENTINA

B

Jogo 03

13:30

BRASIL

 

X

 

TURQUIA

A

Jogo 04

15:30

FRANÇA

 

X

 

CHINA

A

Segunda-feira, 2 de setembro

Jogo 05

06:30

ARGENTINA

 

X

 

COLÔMBIA

B

Jogo 6

08:30

JAPÃO

 

X

 

MARROCOS

B

Jogo 07

13:30

TURQUIA

 

X

 

CHINA

A

Jogo 08

15:30

FRANÇA

 

X

 

BRASIL

A

Terça-feira, 3 de setembro

Jogo 09

06:30

COLÔMBIA

 

X

 

MARROCOS

B

Jogo 10

08:30

ARGENTINA

 

X

 

JAPÃO

B

Jogo 11

13:30

CHINA

 

X

 

BRASIL

A

Jogo 12

15:30

TURQUIA

 

X

 

FRANÇA

A

Quinta-feira, 5 de setembro

Jogo 13

05:30

4º A

 

X

 

4º B

7º Lugar

Jogo 14

08:00

3º A

 

X

 

3º B

5º Lugar

Jogo 15

12:30

1º B

 

X

 

2º A

Semifinal 1

Jogo 16

15:00

1º A

 

X

 

2º B

Semifinal 2

Sábado, 7 de setembro

Jogo 17

12:30

Perdedor Semi 1

 

X

 

Perdedor Semi 2

Bronze

Jogo 18

15:00

Vencedor Semi 1

 

X

 

Vencedor Semi 2

Final 

* Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

Polícia do Rio passa a ter sala especial para atendimento de crianças

A Polícia Civil do Rio de Janeiro inaugurou uma sala para que as investigações de crimes contra crianças e adolescentes na região da Grande Tijuca tenham um local apropriado para receber os depoimentos destas vítimas. 

O espaço, que fica na 18ª delegacia policial, foi desenvolvido com o apoio do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) para atender a todas as delegacias da região e dar rapidez às apurações. A sala passa a ser utilizada a partir desta quinta-feira (22). O espaço tem ambiente lúdico, contando com decorações e objetos que têm o intuito de fazer com que as crianças sintam-se mais à vontade para conversar com os policiais.

De acordo com o titular da 18ª DP, delegado Sandro Caldeira,  com a iniciativa, a unidade pretende ampliar o acolhimento e o atendimento humanizado às vítimas.

Todos os depoimentos serão gravados, para evitar que as crianças e adolescentes precisem ser ouvidos novamente, garantindo que não passem novamente pelo processo. A escuta especial será feita por agentes capacitados nesse tipo de atendimento.