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Tebet defende modernizar políticas públicas para alcançar déficit zero

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou, neste sábado (31), que será necessária uma “modernização das políticas públicas” para que o governo alcance o déficit fiscal zero em 2026. Entre as medidas, ela citou a avaliação de coberturas e integração de programas sociais, modernização das vinculações de benefícios e análise da efetividade dos subsídios e gastos tributários.

O governo federal terá que fazer um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias para cumprir a meta de déficit zero em 2025. Para isso, a equipe econômica está fazendo uma revisão de gastos com programas sociais. Segundo Tebet, é pente-fino em fraudes, erros e desperdícios [].

“Saímos de uma pandemia onde as regras das políticas públicas ficaram muito frouxas”, disse. “E, com isso, [em 2023 e 2024], nós conseguimos cortar, sem tirar direito de ninguém que precisa, quase R$ 12 bilhões do Bolsa Família. Para o ano que vem, o presidente Lula nos deu um cheque a menos, ‘vocês têm autorização para cortar 25,9 bi para que tenhamos meta zero’. O que eu posso atestar é que isso é suficiente para zeramos o déficit fiscal o ano que vem, mas não será suficiente para 2026”, ressaltou ao falar durante o evento Expert XP, em São Paulo.

De acordo com a ministra, o Congresso Nacional e o Poder Executivo precisarão rever gastos públicos em questões mais estruturantes. A estratégia do Ministério do Planejamento e Orçamento é definir essa nova revisão para o segundo semestre no ano que vem, visando o Orçamento de 2026.

“Temos muitas políticas públicas que estão mirando o mesmo objetivo e, às vezes, até temos sombras de penumbras, temos vácuos, alguns espaços que não estão sendo cobertos. Isso, que é a integração das políticas públicas está no nosso cardápio. Da mesma forma, a gente está falando de modernização das vinculações”, afirmou a ministra.

Tebet não detalhou o que seria essa “modernização das vinculações”, mas, em declaração recente, descartou a desvinculação de aposentadorias do salário mínimo e citou outros benefícios como o BPC e o abono salarial.

Além disso, hoje, a ministra afirmou que é preciso avaliar os gastos sobre a ótica das receitas: “a questão dos subsídios e gastos creditícios, financeiros, mas especialmente dos gastos tributários”. “Hoje, eles consomem quase 6% do PIB brasileiro”.

Subsídios tributários

Os subsídios tributários são caracterizados pela renúncia de receitas, os financeiros pela execução de despesas e os creditícios pela aplicação de recursos da União em programas ou fundos. O volume de renúncias fiscais e de benefícios financeiros concedidos pelo governo federal atingiram R$ 646 bilhões em 2023, o que preocupa o presidente Lula..

“Ninguém vai tirar subsídios que está dando certo”, destacou. “Mas temos que analisar, naquela quase uma centena de subsídios, aquilo que efetivamente ainda está atendendo o interesse público, gerando emprego e renda e movimento a economia”, acrescentou Tebet.

Seleção feminina de vôlei sentado vence a segunda em Paris

O Brasil manteve os 100% de aproveitamento no vôlei sentado feminino nos Jogos Paralímpicos de Paris ao derrotar o Canadá por 3 sets a 1 neste sábado (31), parciais de 25-20, 25-21, 23-25 e 25-19.

O duelo, que foi uma reedição da final do mundial de 2022 e da disputa do terceiro lugar em Tóquio, ambas vencidas pelo Brasil, durou 1 hora e 37 minutos. Com o resultado, a seleção brasileira chega a duas vitórias em dois jogos mas não garante ainda a classificação à semifinal.

Canadá e Eslovênia – adversária do Brasil na última rodada do grupo B, na segunda-feira, às 9h – têm uma vitória e uma derrota e, com uma vitória eslovena e um triunfo do Canadá sobre a lanterna Ruanda, pode haver um empate triplo. Somente os dois primeiros colocados de cada chave avançam.

No duelo deste sábado (31), ao contrário da estreia diante de Ruanda, o Brasil teve dificuldades. Sarah Melenka, com 18 pontos, foi um pesadelo para a defesa brasileira. O ataque da equipe teve performances equilibradas de Suellen (12 pontos), Laiana (doze), Janaína (onze), Duda e Nathalie (ambas com dez).

O Brasil ainda busca sua primeira final paralímpica na modalidade. Até agora, são dois bronzes, ambos conquistados pelas mulheres, nas duas últimas edições: Rio e Tóquio.

Homens tentam 1ª vitória diante do Irã

Por outro lado, na chave masculina, o Brasil busca a primeira vitória em Paris. Depois da derrota na estreia contra a Alemanha, nessa sexta-feira (30), o adversário neste domingo (1º), às 7h de Brasília, é a forte seleção do Irã, medalhista de ouro nas últimas duas edições dos Jogos, que conta com o gigante Morteza Mehrzad, de 2,46m de altura. Os iranianos estrearam com vitória sobre a Ucrânia.

A página oficial dos Jogos Paralímpicos no YouTube.

Ouro de Fernanda Yara encabeça dia de conquistas do atletismo

O currículo do atletismo mostra que o esporte é o que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. Neste sábado (31), os atletas da modalidade fizeram jus à fama e, de uma tacada só, acrescentaram mais cinco a essa conta, chegando a um total de 180.

O destaque no segundo dia de competições de atletismo foi a prova dos 400 metros classe T47, para atletas com deficiência nos membros superiores. A paraense Fernanda Yara foi a grande vencedora, com o tempo de 56s74 e para completar a potiguar Maria Clara Augusto ficou com o bronze, registrando 57s20.

Fernanda Yara, de 38 anos, tem uma trajetória peculiar dentro dos Jogos Paralímpicos. Esta é a terceira participação dela na carreira, porém com um longo hiato de 13 anos entre e a primeira e a segunda – Pequim 2008 e Tóquio, em 2021. Ela vem de um bicampeonato mundial nesta mesma prova, na mesma Paris, em 2023 e em Kobe, no Japão, neste ano. 

Fernanda tem uma má-formação congênita no braço esquerdo, logo abaixo do cotovelo. Já Maria Clara, que tem uma deficiência muito semelhante, tem apenas 20 anos e participa dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez. Tanto Fernanda quanto Maria Clara conquistaram um inédito pódio paralímpico.

Mais cedo, na final dos 400 metros rasos femininos classe T11 (atletas cegos), Thalita Simplício chegou à quinta medalha paralímpica da carreira ao conquistar a prata, com o tempo de 57s21.

Na final dos 100 metros rasos T12 (atletas com baixa visão), Joeferson Marinho ficou com o bronze com o tempo de 10s84. O atleta de 25 anos conquistou a primeira medalha paralímpica de sua carreira.

Para fechar a tarde/noite vencedora do Brasil em Paris, a prova mais longa terminou com o bronze de Cícero Nobre no lançamento de dardos classe F57 (atletas competem sentados). Ele registrou 49,46m. Nobre já havia conquistado o mesmo resultado nesta prova em Tóquio.

Natação

Logo depois do atletismo, a natação é a maior fonte de medalhas para o Brasil nos Jogos. Depois dos ouros de Carol Santiago e Gabriel Araújo, quem fechou o sábado com chave de ouro – ou prata – para o país foi Wendell Belarmino.

O nadador brasiliense ficou em segundo lugar na prova dos 50 metros livre classe S11, para atletas com deficiência visual. Belarmino – que já tinha três medalhas no currículo, todas conquistadas em Tóquio – fez exatamente o mesmo tempo que o chinês Dongdong Hua (26s11).

Ambos levaram a prata porque o japonês Keiichi Kimura foi o medalhista de ouro, com o tempo de 25s98. Na mesma prova, outro brasileiro, Matheus Rheine, terminou em oitavo.

Alavancado pelos bons resultados do atletismo e da natação, o Brasil terminou o terceiro dia de competições em terceiro lugar no quadro de medalhas, com 23 pódios, sendo oito medalhas de ouro, três de prata e doze de bronze. Apenas China e Grã Bretanha estão à frente.

MPF quer responsabilização de 46 ex-agentes do DOI-Codi e Dops

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo entrou com uma ação na Justiça Federal pedindo a responsabilização de 46 ex-agentes da ditadura militar por envolvimento direto ou indireto em torturas, mortes e desaparecimentos de 15 opositores do regime. Segundo o órgão, todos eram ligados a unidades de repressão como o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e o Instituto Médico Legal (IML) em São Paulo.

A ação é no âmbito civil e pede, entre outras coisas, que estes ex-agentes ou suas famílias [no caso de eles já terem falecido] façam o ressarcimento ao Estado brasileiro, uma vez que o país precisou indenizar as vítimas da ditadura. A declaração de responsabilidade constituiria o reconhecimento jurídico de que os réus fizeram parte dos atos de sequestro, tortura, assassinato, desaparecimento forçado e ocultação das verdadeiras circunstâncias da morte desses 15 opositores da ditadura.

Entre os réus estão o ex-delegado do Dops Sérgio Paranhos Fleury, morto em 1979, e o ex-comandante do DOI-Codi Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015, dois dos mais destacados agentes de extermínio do período. Também compõem a lista 14 ex-membros do Instituto Médico Legal, que foram responsável por elaborar laudos que omitiam os sinais de tortura nos corpos dos militantes políticos que foram assassinados durante a ditadura.

De acordo com o MPF, a ação busca cumprir as recomendações da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da Comissão Nacional da Verdade (CNV) para que o Estado brasileiro promova medidas de reparação, preservação da memória e elucidação da verdade sobre fatos ocorridos na ditadura .

Esta é a segunda ação civil pública ajuizada pelo MPF neste ano. Em março, o MPF já havia pedido a responsabilização de 42 ex-agentes envolvidos na repressão de outros 19 militantes.

Para o Ministério Público Federal, os atos de tortura cometidos durante a ditadura militar são crimes contra a humanidade e, portanto, não poderiam ser amparados pela Lei da Anistia, que foi decretada em 1979 e anistiou todos os crimes políticos cometidos no período da ditadura, estendendo o benefício não só para as vítimas da repressão, mas também para os torturadores.

Além de solicitar a responsabilização civil desses ex-agentes, o MPF requer ainda que a União e o estado de São Paulo sejam obrigados a executar uma série de medidas de reparação e de preservação históricas, além de terem que esclarecer as violações de direitos que foram cometidas entre os anos de 1964 e 1985, período que durou a ditadura militar no país. A proposta é que ambos os governos sejam obrigados a criar espaços de memória online e físicos sobre o período e que módulos educacionais sobre igualdade de gênero sejam promovidos para integrantes das Forças Armadas e de órgãos de segurança pública.

Nessa sexta-feira (30), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, retomou os trabalhos da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos da Ditadura. Os trabalhos haviam sido interrompidos em 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o ministro, além de fazer justiça, o trabalho da comissão combate as narrativas mentirosas sobre o passado do Brasil.

De hobby após assalto ao ouro: Carol Moura no topo do parataekwondo

Um dia após conquistar a medalha de ouro na categoria até 65 quilos (kg) do taekwondo na Paralimpíada de Paris, Ana Carolina Moura estava praticamente sem voz – e não tinha nada a ver com comemoração. Neste sábado (31), a mineira se juntou à torcida pela paranaense Débora Menezes, da categoria acima de 65 kg, no Grand Palais, onde ocorrem as disputas da modalidade.

Na sexta-feira (30), além das próprias lutas, ela se empenhou em apoiar a paraibana Silvana Fernandes (bronze na categoria até 57 kg) e o paulista Nathan Torquato (superado na semifinal da categoria até 63 kg e que ficou fora da briga pelo terceiro lugar devido a uma entorse no joelho no combate anterior).

“Sou uma boa atleta, mas uma excelente torcedora. Sou a histérica [risos]”, brincou a primeira campeã paralímpica do Brasil em Paris, em entrevista à EBC na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, cidade vizinha à capital francesa.

Carol, como é chamada, desembarcou na França como candidata a pódio. Atual campeã mundial, ela ocupava o segundo lugar do ranking da World Taekwondo, a federação internacional da modalidade. Na trajetória até o ouro, obtido em sua estreia paralímpica, a mineira, primeiro, venceu a grega Christina Gkentzou.

Na semifinal, superou com facilidade a camaronesa Marie Antoinnette Dassi. A luta pelo título foi contra a francesa Djelika Diallo. Apesar da grande torcida favorável à adversária no Grand Palais, a brasileira resistiu à pressão.

“Claro que a gente sabe que pode não vir, mas o trabalho é pela douradinha. Fico muito satisfeita de ter vindo da forma como a gente trabalhou”, comemorou a lutadora, que nasceu com má formação no antebraço direito e iniciou no esporte para autodefesa, após ter sido assaltada e perdido um colar dado pela tia.

“Comecei como hobby. Tive uma lesão [ligamento do joelho] com três meses de treino, fiquei fora do tatame por um ano. Assim que pude pisar [no chão] de novo, que o médico liberou, já estava de novo no tatame”, recordou Carol, que saiu da Casa Brasil correndo direto para o Grand Palais, onde acompanhou a reta final das lutas de Débora Menezes com a pouca voz que ainda lhe restava.

Sangue no olho

Bicampeã mundial da categoria até 57 kg, Silvana Fernandes era candidata à medalha de ouro. A paraibana estreou com uma vitória dramática sobre Palesha Goverdhan, do Nepal. Na semifinal, apesar de muito equilíbrio, ela não resistiu à chinesa Yujie Li (que levou o ouro). Já na disputa pelo bronze, a brasileira não tomou conhecimento da cazaque Kamilya Dosmalova para assegurar o terceiro lugar.

“A gente chega com um objetivo, mas tem que entender que, às vezes, [as coisas] não funcionam como a gente quer. A semifinal foi acirrada, não deu, mas prometi a mim mesma que não sairia sem medalha. Voltei com sangue no olho e consegui o bronze”, descreveu Silvana, que tem má formação congênita no braço direito e chegou a ser atleta do lançamento de dardo antes de migrar para o taekwondo em 2018.

Com a medalha de bronze no peito, igualando o resultado da Paralimpíada de Tóquio, no Japão, em 2021, a paraibana já pensa na vaga para os Jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos.

“Como sou líder do ranking mundial, tenho pontos que podem ajudar a me garantir em Los Angeles. Serão quatro anos de preparação e escolhendo bem as competições que disputar, para conseguir essa medalha [de ouro] em 2028”, concluiu Silvana.

Esplanada dos Ministérios recebe ensaio do 7 de setembro neste sábado

O governo federal realizou na manhã neste sábado (31) o ensaio geral para o desfile cívico-militar do 7 de setembro, que será realizado no próximo sábado. 

O trânsito na Esplanada dos Ministérios precisou ser bloqueado para a passagem dos militares e veículos blindados.

Confira as imagens de Antônio Cruz, da Agência Brasil, que realizou a cobertura fotográfica do ensaio:

Ensaio para o 7 de Setembro levou militares e veículos blindados à Esplanada dos Ministérios

AGU contesta Ibama sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial

O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, aprovou novo parecer jurídico sobre a exploração de petróleo na região da Margem Equatorial, no norte do país. A conclusão da AGU, informada em nota, é que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não tem atribuição legal para reavaliar o licenciamento ambiental do Aeroporto Municipal de Oiapoque (AP).

Advogado-Geral da União Jorge Messias. Foto:  Valter Campanato/Agência Brasil

“O eventual impacto do sobrevoo de aeronaves entre o terminal aéreo e a área de exploração foi um dos pontos invocados pelo Ibama para indeferir licença solicitada pela Petrobras para a perfuração de poço no bloco FZA-M-59, localizado na chamada Margem Equatorial, a 175 quilômetros da foz do rio Amazonas.”

Ainda de acordo com o comunicado, o parecer conclui que “não constitui fundamentação adequada para análise do pedido de reconsideração do licenciamento do bloco FZAM-59 a verificação de impacto do tráfego aéreo do Aeroporto de Oiapoque sobre as comunidades indígenas do entorno do aeródromo”.

A nota destaca que a análise jurídica realizada pela AGU, por meio da Consultoria-Geral da União (CGU), sustenta que a legislação brasileira prevê a unicidade do licenciamento ambiental, ou seja, que a competência para licenciar um empreendimento deve ser concentrada e operacionalizada por um único ente federado, seja o município, o estado ou a União, a depender do tipo e abrangência do empreendimento.

“No entendimento externado no parecer, a AGU explica que o aeroporto já se encontra licenciado pelo órgão ambiental estadual e que eventual reavaliação quanto ao impacto de sua operação sobre o modo de vida das comunidades indígenas localizadas em suas proximidades constitui atribuição do órgão estadual do meio ambiente competente para licenciar o aeródromo, conjuntamente com o órgão federal competente, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB).”

Em relação especificamente ao pedido de reconsideração do indeferimento do licenciamento ambiental, feito pela Petrobras, a AGU diz que o Ibama chegou a solicitar a manifestação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) sobre eventual impacto do sobrevoo de aeronaves na região, mas que a consulta não está prevista na legislação ambiental aplicável ao caso.

“Pelo que se observa, a atuação do Ibama carece de previsão regulamentar ou mesmo de razoabilidade, ao criar uma etapa procedimental não prevista na norma e que põe em risco o prosseguimento do licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59, podendo não só gerar atraso na análise do pedido de reconsideração do licenciamento, mas também risco ao programa energético brasileiro de matriz não renovável.

Atendimento à fauna

De acordo com a AGU, outro ponto que estava sob análise era o tempo de resposta e atendimento à fauna atingida por óleo, em caso de vazamento, também apontado pelo Ibama como uma das razões para indeferir o licenciamento. A pasta entendeu que a resolução desse ponto não dependeria de análise jurídica, “mas de medidas necessárias ao atendimento da exigência que, atualmente, estão sendo objeto de tratativas o órgão ambiental e a Petrobras”.

Saiba o que é VPN, recurso limitado por decisão que suspendeu X

VPN é uma sigla para Rede Virtual Privada (em inglês, Virtual Private Network) recurso que permite que um ou mais dispositivos se comuniquem de maneira privada e criptografada dentro de uma infraestrutura pública de comunicação, como a internet. Ou seja, a tecnologia permite acessar conteúdos online de forma mais privativa, dificultando interceptações.

A sigla vem sendo citada nas manchetes jornalísticas desde a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu o acesso à rede social X no território brasileiro depois que o dono da plataforma, que mora nos Estados Unidos, se recusou a cumprir ordens da justiça brasileira.

Além de suspender a rede social, o ministro determinou a aplicação de multa diária de R$ 50 mil para pessoas físicas e jurídicas que utilizarem uma VPN para burlar a suspensão e acessar a plataforma. Em um primeiro momento, Moraes chegou a bloquear também os aplicativos de VPN, mas voltou atrás e decidiu manter apenas a multa aos usuários que recorrerem ao recurso para driblar a suspensão do X.

“Em face, porém, do caráter cautelar da decisão e da possibilidade da própria empresa X Brasil Internet LTDA ou de Elon Musk, ao serem intimados, efetivarem o integral cumprimento das decisões judiciais, suspendo a execução até que haja manifestação das partes nos autos, evitando eventuais transtornos desnecessários e reversíveis a terceiras empresas”, afirmou o ministro. 

A utilização da rede virtual privada não é ilegal no Brasil, mas não isenta o usuário de responsabilidade em caso de prática de atos ilícitos no ambiente online. 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para rever a aplicação de multas aos usuários. Em nota, a OAB detalhou que vai apresentar uma petição ao STF solicitando a revisão ou o esclarecimento do trecho da decisão de Moraes que determina a aplicação de multa no valor de R$ 50 mil a todos os cidadãos que utilizarem VPN ou outros mecanismos para acessar a plataforma X.

“A aplicação de multa ou de qualquer sanção só pode ocorrer após assegurados o contraditório e a ampla defesa – jamais de forma prévia e sumária”, destacou a entidade.

Usado por empresas

Um caso comum de uso de VPN se dá, por exemplo, no teletrabalho ou homeoffice, quando pode ser necessário que o funcionário acesse arquivos confidenciais da empresa a partir de sua residência. Nesse caso, a equipe de informática pode configurar a VPN no computador do trabalhador e somente o tráfego direcionado aos servidores da empresa passa pela rede privada, criando um caminho seguro até os arquivos armazenados.

Outro uso recorrente se dá pelo fato que nem sempre conteúdos da internet são acessíveis a partir de qualquer lugar e há serviços e sites que só podem ser acessados em determinados países. Então, quando o acesso a determinados sites ou serviços é bloqueado em um país, uma VPN também permite contornar essas restrições.

Há diversos provedores que fornecem o serviço de forma paga ou gratuita a usuários online. Ao usar essa conexão, os dados são enviados para um servidor da VPN antes de chegarem ao seu destino final. Nesse servidor, os dados são criptografados (com código secretos) e o endereço IP (a identidade do computador) é substituído pelo IP do servidor da VPN. Em seguida, os dados criptografados são enviados para o seu destino e, ao retornarem, passam novamente pelo servidor da VPN para serem descriptografados.

Esse processo dificulta que alguém rastreie as atividades online daquele dispositivo e protege o usuário contra ataques ou roubo de informações. Imagine a internet como uma grande rodovia, por onde todos os carros (que são os dados dos usuários) trafegam. Uma VPN seria como um túnel secreto nessa rodovia, onde os dados dos usuários são colocados, criptografados e protegidos.

Suspeita de incêndio interrompe operações no Aeroporto de Guarulhos

Três voos foram cancelados e oito tiveram que ser alternados para outros locais após um forte cheiro de fumaça que foi sentido na manhã de hoje (31) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo. As operações ficaram suspensas no terminal aéreo por cerca de meia hora.

A Nav Brasil, empresa responsável pelas atividades da torre de controle do aeroporto, informou que as operações de pousos e decolagens precisaram ser suspensas entre as 10h54 e 11h31 da manhã por segurança, depois dos funcionários terem sentido “um forte cheiro de fumaça”. “Após inspeção realizada pelos bombeiros e confirmada a segurança do retorno às operações, estas foram reiniciadas às 11h31”, diz a nota da empresa.

Segundo a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, o Corpo de Bombeiros foi acionado pela equipe da Torre de Controle por volta das 11h da manhã por causa de uma fumaça nas instalações. No entanto, não houve detecção de nenhum foco de incêndio ou de risco à segurança, informou a GRU Airport. Neste momento, o terminal opera normalmente.

Esta é a segunda vez nesta semana, em que o aeroporto enfrenta problemas. Na última quinta-feira (29), uma interferência de sinais de radiofrequência no sistema de navegação do aeroporto provocou cancelamentos e atrasos em voos. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que a fonte do sinal interferente era proveniente do centro da cidade de Guarulhos.

Cinco municípios paulistas estão com foco de incêndio ativo

Cinco cidades do interior paulista estão com focos de incêndio ativos neste sábado (31), informou a Defesa Civil do estado de São Paulo. Segundo o órgão, os focos de fogo foram verificados nas cidades de Morro Agudo e Pedregulho, ambos na região de Franca; em Altinópolis e Franca, na área de Ribeirão Preto; e em Fernandópolis, na região de São José do Rio Preto.

Neste momento, agentes de Defesa Civil, bombeiros, brigadistas voluntários e equipes de grupos privados estão atuando em todos estes locais para o combate às chamas.

Na semana passada, dezenas de cidades do interior paulista sofreram com focos de incêndio e intensas fumaças. Dois funcionários de uma usina em Urupês morreram tentando combater um desses incêndios. Por causa disso, o governo de São Paulo criou um gabinete de crise para gerenciar ações de monitoramento e de controle da situação e iniciou neste final de semana uma operação especial para combater as queimadas no interior paulista.

As queimadas provocaram muitos prejuízos no estado, como o fechamento temporário de rodovias e perdas de 5 milhões de toneladas de cana e 60 mil hectares de produção, segundo estimativas da associação patronal Novacana.

Até ontem (30), a Polícia Civil havia detido dez pessoas por suspeita de terem participado de incêndios criminosos no estado. Um desses detidos foi um homem de 39 anos, que ateou fogo em uma plantação de cana-de-açúcar na cidade de Pindorama, na região de São José do Rio Preto. Ele foi preso na última quinta-feira (29). Segundo testemunhas, esse homem teria usado um isqueiro para atear fogo em vários pontos da plantação. Ele foi preso em flagrante, portando uma bicicleta, isqueiro, caixa de fósforo, um maço de cigarros e dinheiro.

Além dele, foram detidas duas pessoas em Franca, duas em Batatais, duas em São José do Rio Preto, um em Jales, um em Guaraci e outro em Salto. Outros dois homens foram autuados na cidade de Porto Ferreira por acender uma fogueira para limpeza da vegetação. Todos esses casos estão sendo investigados, mas a polícia informa que não há ligação entre eles.

Alerta

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta na última quinta-feira (29) para o risco elevado de incêndios em quase todo o estado para os próximos dias, quando haverá aumento nas temperaturas e baixa umidade do ar, o que aumenta o risco de queimadas.

O Mapa de Risco de Incêndio, que emite previsões para os próximos dias, aponta que as regiões mais críticas com relação às altas temperaturas são Andradina, Araçatuba, Bauru e Jaú, com máximas podendo chegar a 35ºC. Há risco também de baixa umidade relativa do ar, que deve atingir níveis críticos ficando abaixo dos 20%.

Por causa desse alerta, os órgãos estaduais recomendam atenção redobrada para a população, alertando para que não se coloque fogo em áreas de vegetação seca, não jogue bitucas de cigarro em beiras de rodovias, não realize a limpeza da área rural utilizando técnicas com fogo, não queime lixo e não solte balão.