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Estará a Europa preparada para um possível regresso do Presidente Trump?

21 de janeiro de 2023

 

Os aliados dos EUA na Europa estão debatendo como se preparar para um possível segundo mandato de Donald Trump na Casa Branca, depois que ele garantiu uma vitória recorde nas convenções republicanas de segunda-feira em Iowa, consolidando sua posição como favorito para enfrentar Joe Biden nas eleições de novembro.

Questionado numa conferência de imprensa televisiva na quarta-feira sobre a possibilidade de um regresso de Trump, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a Europa deve estar preparada.

“Sempre tive a mesma filosofia: aceito os líderes que as pessoas me dão. E comprometo-me a servir a França e os seus interesses e a dialogar com quem quer que seja. Fiz isso com o Presidente Trump durante todo o seu mandato, o seu primeiro mandato, e alcançamos resultados. Ainda podemos fazer coisas importantes juntos”, disse Macron.

“[A América] partilha os nossos valores. Mas é uma democracia que também atravessa uma crise, cuja principal prioridade é o seu próprio interesse, e a sua segunda prioridade é a questão da China. Como europeus, devemos estar lúcidos sobre isto. É também por isso que Quero uma Europa mais forte, que possa defender-se e não depender dos outros”, disse o presidente francês aos jornalistas em Paris.

Macron e Trump tiveram uma relação turbulenta durante o primeiro mandato deste último. Durante a campanha eleitoral de Iowa neste mês, o ex-presidente dos EUA pareceu zombar do sotaque do líder francês, para deleite de seus apoiadores – um lembrete do estilo diplomático não convencional de Trump.

Mas a Europa tem preocupações maiores do que a política de personalidade. Com a invasão da Ucrânia pela Rússia a transformar-se numa amarga guerra de desgaste, Kiev necessita urgentemente de ajuda militar ocidental.

Trump disse que buscaria um acordo de paz imediato entre a Ucrânia e a Rússia. Os seus apoiantes republicanos no Congresso estão a bloquear cerca de 50 mil milhões de dólares em assistência militar a Kiev. Os aliados da OTAN estão preocupados com a possibilidade de a ajuda acabar completamente.

“Os EUA estão a pagar um pouco menos de metade dessa parte” da ajuda ocidental, disse Fabrice Pothier, antigo chefe de planeamento político da NATO e agora CEO da consultora política Rasmussen Global.

“Mas os EUA têm um papel muito predominante, se não o de liderança, quando se trata de questões políticas estratégicas sobre a Ucrânia. Portanto, perder os EUA, no sentido de ter um presidente dos EUA que pode ser realmente contrário aos interesses da Ucrânia e aos interesses da Europa , seria um grande golpe”, disse ele.

Numa reunião na Câmara Municipal na semana passada, Trump recusou-se a comprometer-se com a adesão dos EUA à NATO num segundo mandato quando foi questionado pelo apresentador da Fox News.

“Depende se eles nos tratarem adequadamente”, disse Trump. “A NATO aproveitou-se do nosso país. Os países europeus aproveitaram-se… tiraram vantagem de nós no comércio. E depois tiraram vantagem de nós na nossa protecção militar.”

O comissário da UE, Thierry Breton, afirmou este mês que Trump disse em 2020 que os EUA “nunca ajudariam a Europa se fosse atacada” e que deixariam a NATO. Autoridades de Trump não comentaram a afirmação de Breton.

O antigo presidente dos EUA exigia frequentemente que os aliados da América na NATO gastassem mais na sua própria defesa. Alexander Stubb, o principal candidato às próximas eleições presidenciais na Finlândia – o mais novo membro da OTAN – disse que Trump estava certo.

“Precisamos de uma NATO mais europeia”, disse Stubb à Reuters no Fórum Económico Mundial anual em Davos, na Suíça. “Acho que os americanos não nos deixarão em paz, mas é sempre útil estarmos preparados numa situação em que temos de assumir mais responsabilidade pela nossa própria defesa. E penso que os americanos têm razão nisso.”

A Europa está a investir mais na defesa, incluindo o aumento da produção de munições e armas para a Ucrânia. Mas substituir o papel central que os EUA assumiram na Ucrânia sob o presidente Biden levaria tempo – algo que Kiev não tem.

 

Homem que matou apoiadores de Lula é condenado a 51 anos de prisão

O Tribunal do Júri de Iporã, no Paraná, condenou um homem acusado de matar duas pessoas durante uma discussão provocada pelo anúncio do resultado das eleições presidenciais de 2022. Erick Hiromi Dias foi condenado a 51 anos e sete meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado na terça-feira (16).  

O crime ocorreu no município paranaense de Cafezal do Sul, na noite de 30 de outubro de 2022, após a Justiça Eleitoral anunciar a vitória do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.  

Apoiadoras de Lula, as duas vítimas foram atingidas por tiros disparados por Eric, que estava descontente com a derrota de Jair Bolsonaro, que disputava a reeleição. Segundo o Ministério Público, o crime teve motivação política. O acusado tinha certificado de colecionador, atiradores e caçadores (CAC). 

Eric Hiromi foi condenado por dois crimes de homicídio qualificado. Ele já está preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Pedido de perdão

Durante o julgamento, o acusado confessou os crimes e pediu perdão aos familiares das vítimas.  

“Eu sei que errei e que mereço ser condenado. Me lembro de pouquíssimas coisas daquele dia. Há um tempo atrás, eu me arrependi de não ter conseguido tirar minha vida naquele dia. Eu aceito, por conta de todo o meu arrependimento, passar por toda cadeia que tenho que passar”, afirmou.

Governo cria grupo para discutir retomada de isenção a religiosos

Após suspender a isenção tributária sobre salários de líderes religiosos, o governo criou um grupo de trabalho para discutir a possível retomada da medida, informou nesta sexta-feira (19) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O anúncio ocorreu após o ministro se reunir com parlamentares da bancada evangélica.

Segundo Haddad, o grupo terá participantes da Receita Federal, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e integrantes da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso.

Após o encontro, o ministro explicou que a Receita Federal suspendeu a isenção para que o benefício seja rediscutido com segurança jurídica. “Não queremos prejudicar quem quer que seja. A Receita quer cumprir a lei, mas há dúvidas [sobre a legalidade da isenção]”, disse.

O ministro acrescentou que o ato declaratório editado em julho de 2022 trazia insegurança jurídica e criava uma “margem para interpretação” de que a medida seria casuística. “Não foi uma revogação, nem uma convalidação, foi uma suspensão. Vamos entender o que a lei diz e vamos cumprir a lei”, comentou. O benefício gera perda de arrecadação de R$ 300 milhões por ano à União.

Reação

Compareceram à reunião o coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), e o deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). Os parlamentares disseram que o grupo de trabalho pretende discutir não apenas o benefício tributário a pastores e líderes evangélicos, mas outras medidas de interesse do setor, como a Proposta de Emenda à Constituição 5/2023, de autoria de Crivella, que propõe a imunidade tributária de bens e de serviços concedidos a organizações religiosas.

“A gente vai construir esse momento de forma que o ato seja restabelecido com os ajustes que tenham a clareza que a gente precisa e que respeite também os indicativos que o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público da União apontam”, disse Câmara. Para o deputado, a decisão do governo decorre de uma série de “desencontros e desinformações”, e ele disse esperar que o grupo de trabalho tenha desfecho positivo.

Crivella elogiou a disposição do governo em conversar com os líderes religiosos e afirmou que o Executivo não está atuando contra as igrejas evangélicas. “É bom deixar claro que há interesse do governo em dialogar com a Frente Parlamentar Evangélica”, declarou. “Vamos aguardar esse grupo de trabalho em que vamos debater todas as outras frentes. Tenho certeza que, com esse movimento de diálogo, vamos melhorar o relacionamento da secretaria de Receita Federal com o segmento religioso com o Brasil”, acrescentou.

Histórico

Na quarta-feira, a Receita determinou o fim da isenção fiscal aos salários de líderes religiosos, adotada no segundo semestre de 2022, 15 dias antes do início da campanha para as eleições presidenciais. Na ocasião, o Fisco informou que a medida atendia a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), mas o órgão esclareceu que o processo ainda está em fase de análise pelo ministro Aroldo Cedraz, com base em uma representação do Ministério Público junto ao TCU.

Assinado pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, o ato declaratório suspende o benefício concedido pelo então secretário especial do órgão, Julio Cesar Vieira Gomes. Julio Cesar foi exonerado da Receita Federal em junho do ano passado, após vir à tona o envolvimento dele no caso da liberação de joias dadas de presente por governos estrangeiros ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Quando comandava o órgão, Julio Cesar assinou o despacho que pedia aos auditores da Receita no Aeroporto de Guarulhos que entregassem um conjunto de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente em 2022. A defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade.

Jordânia lança ataques aéreos contra Síria

18 de janeiro de 2024

 

Um grupo de direitos humanos afirmou no dia 18 que pelo menos nove pessoas foram mortas num ataque aéreo jordaniano que se acredita ter como alvo traficantes de drogas na Síria.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento dos direitos humanos com sede no Reino Unido, disse neste dia: “Aviões militares jordanianos realizaram ataques aéreos contra áreas residenciais e armazéns em aldeias nos arredores da província de Suwayda, no sudeste da Síria” e afirmando que pelo menos nove civis foram mortos.

A Jordânia reforçou os controlos na sua fronteira com a Síria nos últimos anos e realizou operações militares para impedir tentativas de contrabando de drogas e armas da Síria.

O grupo afirma que frequentemente a Jordânia realiza ataques “sob o pretexto de combater o tráfico de drogas”, mas que não estava claro se os dois homens visados ​​no ataque eram traficantes de drogas.

Uma das drogas distribuídas externamente através do tráfico na Síria é o “captagon”, que é semelhante à anfetamina, um estimulante do sistema nervoso central. A procura tem aumentado rapidamente na região do Golfo e a Jordânia é conhecida por ser a principal rota de distribuição.

O governo jordaniano não comentou o assunto.

 

Prefeito do Rio de Janeiro veta abertura de clubes de tiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vetou a abertura de clubes de tiro e estandes de tiro na cidade. A autorização estava prevista no parágrafo 1º do Artigo 340 do Plano Diretor, sancionado nessa quarta-feira (17) e publicado no Diário Oficial do município.

O trecho vetado permitia a abertura de clubes e estandes de tiro, exceto em áreas residenciais, de conservação ambiental ou em favelas, observado o distanciamento mínimo de unidades de ensino.

Possível veto

O vereador Vitor Hugo (MDB), autor da emenda, disse que vai tentar derrubar o veto de Paes na volta do recesso parlamentar, em fevereiro.

O Plano Diretor é um instrumento legal que propõe uma política de desenvolvimento urbano e orienta o processo de planejamento da cidade. Tem por objetivo ordenar o desenvolvimento da cidade, garantir seu pleno funcionamento e o bem-estar de seus habitantes.

Três feridos em Odesa; Ucrânia afirma ter derrubado 19 drones russos

17 de janeiro de 2024

 

Os militares ucranianos disseram na quarta-feira que destruíram 19 dos 20 drones lançados pela Rússia em ataques noturnos, mas autoridades disseram que os destroços que caíram feriram três pessoas no porto de Odesa, no sul.

Os militares disseram que a maioria dos drones tinha como alvo a região de Odesa. O Ministério do Interior da Ucrânia disse que destroços atingiram edifícios residenciais e danificaram um gasoduto.

O ataque de drones seguiu-se a ataques de mísseis na terça-feira que feriram pelo menos 17 pessoas na cidade de Kharkiv, no nordeste do país.

O governador regional de Kharkiv, Oleh Synehubov, disse no Telegram que dois mísseis russos S-300 atingiram o centro da cidade, incluindo edifícios residenciais.

O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, alegou no Telegram que os mísseis danificaram pelo menos 10 edifícios e atingiram “precisamente onde não há infraestrutura militar e precisamente onde há de fato residências”.

As Nações Unidas afirmaram num novo relatório na terça-feira que os ataques russos provocaram um aumento no número de vítimas civis na Ucrânia em dezembro.

A Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia disse que o número de vítimas civis aumentou 26,5%, de 468 para 592 entre novembro e dezembro.

“As vítimas civis diminuíram constantemente em 2023, mas a onda de ataques no final de dezembro e início de janeiro interrompeu violentamente essa tendência”, disse Danielle Bell, que chefia a missão de monitorização da ONU.

 

TSE deve voltar a proibir transporte de armas por CACs nas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve voltar a proibir o transporte de armas e munições por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) no dia das eleições municipais de outubro. A restrição foi adotada na disputa presidencial em 2022 e será inserida na norma geral do pleito deste ano.

Conforme a medida, os CACs não poderão circular nas ruas com armas e munições entre as 24 horas que antecedem o dia do primeiro ou segundo turnos e nas 24 horas posteriores. Quem descumprir poderá ser preso em flagrante por porte ilegal de arma. O primeiro turno das eleições municipais está marcado para o dia 6 de outubro e o segundo, para o dia 27 do mesmo mês (nas cidades em que houver).

A proibição consta na minuta da resolução que trata das regras gerais das eleições municipais. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (15) pelo TSE. As regras das eleições serão discutidas em uma audiência pública que será realizada na próxima semana pelo tribunal. Após a discussão, a matéria será levada a julgamento pelo tribunal.

Nas eleições presidenciais de 2022, diante da polarização dos ânimos, o plenário do TSE decidiu, por unanimidade, validar a restrição de circulação de armas. Na ocasião, o tribunal alegou que a medida era necessária para “proteger o exercício do voto de ameaças concretas e potenciais”.

Transporte gratuito

Outras regras gerais também pretendem garantir que os municípios disponibilizem transporte público gratuito no dia do primeiro e segundo turnos. Pela resolução, a circulação de ônibus deverá ter frequência compatível com aquela dos dias úteis. A administração pública não poderá reduzir a oferta de transporte público. A restrição configurará crime eleitoral.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que estados e municípios devem garantir transporte público gratuito durante as eleições de 2024.

Durante as eleições de 2022, o relator do caso e presidente do STF, Luís Roberto Barroso, atendeu ao pedido de liminar protocolado pela Rede Sustentabilidade e determinou que o transporte público fosse mantido nos dois turnos do pleito. Em seguida, a medida foi referendada pelo plenário.

Aparelhos eletrônicos

O TSE também pretende reforçar que eleitores continuarão proibidos de entrar nas cabines de votação com celulares e outros dispositivos eletrônicos, inclusive desligados, que possam comprometer o sigilo de voto. Em caso de recusa, o eleitor não será autorizado a votar pelos mesários e poderá ser preso.  Durante a votação, o juiz responsável pela seção eleitoral poderá solicitar o uso de uso de detectores de metal para impedir a entrada dos aparelhos.

Consultas populares

O TSE também vai liberar a realização de consultas populares simultaneamente com a realização das eleições. A medida foi incluída na legislação pela Emenda Constitucional 111/2021 e permitirá que a população seja ouvida sobre questões locais.

Inteligência artificial

Na semana passada, o TSE confirmou que também deve aprovar neste ano uma resolução para regulamentar o uso da inteligência artificial durante as eleições.

O tribunal pretende garantir a proibição da manipulação de vozes e imagens de conteúdo sabidamente inverídico para divulgação de desinformação contra a lisura das eleições e de propaganda negativa contra candidatos e partidos nas redes sociais e na propaganda eleitoral.

A audiência pública sobre as regras das eleições será realizada entre os dias 23 e 25 de janeiro e será comandada pela ministra Cármen Lúcia, que presidirá o TSE durante as eleições municipais de outubro. No pleito, serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Eleições de Taiwan: Lai Ching-te do Partido Democrático Progressista vence

13 de janeiro de 2024

 

Nas eleições presidenciais de Taiwan realizadas no dia 13, o candidato do Partido Democrático Progressista, no poder, Lai Ching-te, venceu.

De acordo com a Comissão Eleitoral Nacional de Taiwan, com a contagem dos votos concluída por volta das 22h00 do dia 13, o candidato Lai venceu com 40,5% dos votos, batendo o candidato Hou Yu-ih do Partido Kuomintang, por cerca de 6,5% pontos.

“Como presidente, tenho uma importante responsabilidade de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, disse o presidente eleito, Lai, numa conferência de imprensa no seu campo eleitoral em Taipei.

Antes disso, o candidato do Kuomintang, Hou, apareceu diante dos apoiadores e reconheceu oficialmente a derrota enquanto cerca de 94% dos votos haviam sido contados.

Como resultado, o Partido Democrático Progressista fez história ao estar no poder durante 12 anos consecutivos pela primeira vez em 38 anos desde a sua fundação.

O Partido Democrático Progressista, orientado para a independência, obteve uma vitória esmagadora sobre o então governante Kuomintang nas eleições de 2016.

A presidente Tsai Ing-wen, a primeira mulher presidente na história de Taiwan, foi reeleita para um mandato de quatro anos nas eleições de 2020.

Durante o mandato de oito anos de Tsai, as relações entre Taiwan e a China transformaram-se em conflitos e as tensões militares aumentaram no Estreito de Taiwan. Por outro lado, Taiwan e os Estados Unidos desenvolveram relações mais estreitas.

Assim, estas eleições presidenciais de Taiwan, que foram realizadas como as primeiras eleições do mundo em 2024, atraíram a atenção da comunidade internacional.

O governo chinês minimizou os resultados das eleições presidenciais de Taiwan, dizendo que não representam a opinião pública dominante em Taiwan.

O Conselho de Estado da China enfatizou: “Nossa posição sobre a resolução da questão de Taiwan e a realização da unificação não mudou, e nossa determinação é firme”.

 

Secretário de Estado dos EUA se reunirá com altos funcionários do Partido Comunista Chinês


Liu Jianchao

Antony Blinken

12 de janeiro de 2024

 

A Casa Branca anunciou que o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reunirá com Liu Jianchao, chefe do Departamento de Ligação Externa do Partido Comunista Chinês.

O Departamento de Estado anunciou que o secretário Blinken e o diretor Liu estavam programados para se encontrarem em Washington DC às 10h (horário do leste dos EUA) do dia 12.

Liu, responsável pelas relações externas do PCC, é conhecido por ser um dos candidatos ao próximo Ministro das Relações Exteriores.

A Reuters analisou que esta reunião foi realizada um dia antes das eleições presidenciais de Taiwan, e que um dos objetivos pode ser evitar o atrito entre os Estados Unidos e a China.

Os EUA e a China realizaram recentemente várias reuniões, incluindo um telefonema entre a Secretária do Comércio, Gina Raimondo, e o Ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, no dia 11; uma reunião entre o Conselheiro Adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, John Finer, e Liu, no dia 10; e a 17ª reunião de coordenação da política de defesa EUA-China realizada no Pentágono durante dois dias a partir do dia 8.

 

Maceió: juiz manda seguradoras cobrirem imóveis perto de área de risco

O juiz Felini de Oliveira Wanderley, da 1ª Vara Federal de Alagoas, proibiu as seguradoras credenciadas junto à Caixa Econômica Federal (CEF) de recusarem a cobertura para imóveis próximos a áreas consideradas de risco em Maceió.

Uma grande área da capital alagoana encontra-se isolada devido à instabilidade do solo provocada pela mineração de sal-gema pela empresa Braskem. Uma das minas, no bairro de Mutange, se rompeu em dezembro.  

A decisão proíbe ainda a prática de preços abusivos ou aumentos expressivos nos valores cobrados, apontados como estratégias para dissuadir a contratação de seguros residenciais nos arredores das áreas de risco. Cabe recurso à segunda instância da Justiça Federal. 

O caso foi julgado em ação aberta pela Defensoria Pública da União (DPU) em 2021. O órgão apontou diversas negativas de contratação pelas seguradoras. 

Em reunião com a CEF e a Caixa Residencial, a DPU soube que as empresas estavam adotando uma margem de segurança de um quilômetro a partir das bordas da área de risco delimitada pela Defesa Civil.

O órgão alegou ainda que as negativas de cobertura a imóveis nessa margem também impedem a concessão de financiamento, uma vez que a cobertura securitária é obrigatória em contratos firmados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). 

Segundo o defensor regional de direitos humanos em Alagoas (DRDH-AL), Diego Alves, a margem de segurança adotada pelas seguradoras não está amparada em critérios técnicos e, por isso, “é abusiva e desarrazoada, ofendendo direitos básicos do consumidor, além de violar diretamente o direito social à moradia, os princípios gerais da atividade econômica, bem como afetar negativamente a valorização de imóveis e interferir na política urbana e habitacional de Maceió”.

Além dos cinco bairros de Maceió afetados diretamente pela atividade de mineração, a margem de segurança de um quilômetro abrange imóveis situados nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Canaã, Chã da Jaqueira, Chã de Bebedouro, Farol (incluídas as ruas Thomaz Espíndola, Dom Antônio Brandão e Ângelo Neto), Feitosa, Gruta de Lourdes, Jardim Petrópolis, Levada, Mutange, Petrópolis, Pinheiro, Pitanguinha e Santo Amaro.

Decisão

O magistrado responsável pelo caso entendeu ser abusiva a negativa “indiscriminada, genérica e abstrata das seguradoras, sem amparo técnico, da contratação de seguros, em detrimento de imóveis localizados em áreas onde o risco geológico é inexistente”.

Ele declarou nulas as negativas de cobertura com base na margem de segurança e condenou as seguradoras a convocarem todos os interessados para reavaliação do pedido de seguro habitacional. A decisão foi assinada na quarta-feira (10).

“Não se está negando a autonomia da vontade, nem a liberdade de as seguradoras avaliarem e aceitarem, ou não, o risco envolvido, mas estabelecendo limites razoáveis a fim de evitar que as negativas ocorram de forma indiscriminada, genérica e abstrata, sem amparo técnico, em detrimento de imóveis localizados em áreas onde o risco geológico é inexistente”, escreveu o magistrado. 

A decisão abrange a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a Caixa Econômica Federal (CEF) e as seguradoras XS3 Seguros S.A, American Life Seguros, Tokio Marine Seguradora S.A e Too Seguros S/A. 

Nos autos, as seguradoras alegaram que, como entidades privadas, estariam livres para aceitar ou não as propostas de cobertura, a partir de sua própria análise de risco. Outro argumento seria de que os interessados estariam livres para buscar outras empresas dispostas a aceitar o risco.