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PEC das drogas será pauta da Câmara nesta semana

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023 que criminaliza a posse ou o porte de qualquer quantidade de droga será analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (4). A proposta foi aprovada no Senado no dia 16 de abril como uma reação do Congresso ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê a descriminalização do porte de maconha.

A PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição para considerar crime a posse e o porte de qualquer quantidade de drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta que vem do Senado, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão, além de tratamento contra a dependência.

Na CCJ da Câmara, o relator é o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). A expectativa é que o parlamentar apresente seu parecer sobre o tema na terça. Em seguida, é possível que qualquer deputado peça vista, o que deve adiar a votação do tema por, no mínimo, duas sessões do plenário da Câmara. Se aprovada na CCJ, a PEC segue para análise do plenário.

O Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro de Bolsonaro, é o relator da proposta que pode mudar a Constituição. Foto – Lula Marques/ Agência Brasil

O autor da PEC é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que apresentou a proposta em setembro de 2023, quando o placar a favor da descriminalização do porte de maconha estava 5 a 1 no STF. No plenário do Senado, a medida foi aprovada por 53 votos favoráveis e apenas nove contrários.

O relator no Senado, Efraim Filho (União-PB), defendeu que a descriminalização da maconha poderia agravar os problemas do país. “A simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse.

A proposta sofre resistência de parte dos parlamentares, de especialistas e movimentos sociais. Para a organização Human Rights Watch (HRW), a medida é um retrocesso na política de drogas do país.

“Em vez de cimentar uma política fracassada na Constituição, os parlamentares deveriam seguir o exemplo de muitos outros países, descriminalizando a posse de drogas para uso pessoal e desenvolvendo estratégias de saúde eficazes para prevenir e responder ao uso problemático de entorpecentes”, disse a pesquisadora da HRW, Andrea Carvalho.

Entenda

A chamada PEC das drogas foi uma reação do Congresso Nacional ao julgamento que ocorre no STF desde 2015.

O Supremo analisa a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que cria a figura do usuário, diferenciado do traficante, que é alvo de penas mais brandas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com três gramas de maconha.

Mexicanos devem eleger 1º mulher presidente neste domingo

A maioria dos institutos de pesquisa do México dão como certa a vitória neste domingo (02) da candidata à presidência Claudia Sheinbaum, de 61 anos, de perfil progressista e do partido Morena, o mesmo do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, considerado de centro-esquerda e que governa o México desde 2018.

Em segunda nas pesquisas está a candidata Xóchitl Gálvez e, em terceiro, o Jorge Álvarez Máynez, ambos da oposição a Obrador. Enquanto as pesquisas dão entre 52% a 60% dos votos para Claudia, Xóchitl varia de 21% a 36%, e Jorge entre 6% e 23% das intenções de votos. Não há 2º turno no México. Vence quem tiver mais votos absolutos, independente da porcentagem.

Em eleição histórica que deve colocar a primeira mulher na presidência mexicana, mais de 99 milhões de eleitores vão às urnas para eleger, além do novo presidente, 128 senadores ou senadoras, 500 deputados federais e mais 20 mil cargos em eleições locais, para prefeituras e câmaras de vereadores.

Violência

Marcada pela violência dos cartéis de droga que dominam regiões inteiras do México, a eleição deste ano custou a vida de, ao menos, 30 candidatos. Entre os assassinados durante a campanha, 73% deles disputavam prefeituras. Os cálculos são do Seminário Sobre Violência, grupo de estudos mexicano ligado à universidade El Colégio de México. Na última eleição, em 2021, o grupo calculou um total de 32 candidatos assassinados.

Não à toa, a violência foi o tema principal da campanha presidencial. Uma das vitrines da campanha da candidata favorita é a queda na taxa de homicídios que conquistou quando foi prefeita da capital mexicana, entre 2018 e junho de 2023.

“Conquistamos a taxa mais baixa de homicídios desde 1989. Agora a Cidade do México se encontra entre as sete entidades com menos homicídios por 100 mil habitantes”, anunciou em uma rede social. De 16 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2018, a capital mexicana registou 8 homicídios por 100 mil, em 2022.

Políticas sociais

O professor de história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Waldir Rampinelli, explicou que, no México, as eleições costumam ser violentas o que, segundo o especialista, é uma herança da Revolução Mexicana de 1910 e também devido ao controle que os cartéis de drogas têm no país.

Professor titular do De­par­­tamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Waldir Rampinelli destacou avanços sociais do atual governo mexicano. Foto: Waldir Rampinelli/Arquivo Pessoal

Rampinelli destacou ainda que o atual presidente deve fazer a sucessora devido ao sucesso das políticas sociais do governo mexicano. “Ele criou uma espécie de ajuda mensal para os idosos. Todo idoso, tenha contribuído ou não à previdência, recebe por mês uma quantia. Eu conheço pessoas que, se não recebessem essa quantia, passariam fome. Isso salva totalmente essas pessoas. Elas não gostam do López Obrador, elas adoram”, afirmou.

O mexicano Mario Farid Reyes Gordillo, doutorando em estudos latino-americanos na UNAM, diz que Obrador conquistou apoio dos mais pobres devido às políticas sociais e ao aumento do salário mínimo, mas destaca também a debilidade da direita mexicana.

“A direita não conseguiu se livrar da imagem de corrupção, repressão policial e dos benefícios aos amigos empresários que marcaram os governos anteriores. Esse estigma ainda pesa sobre eles. E também não conseguiram uma candidatura forte para ganhar”, destacou.

Perfil progressista

Ex-prefeita da Cidade do México, Claudia é pesquisadora científica nas áreas de energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Ela ainda trabalhou no Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), tendo sido também secretária do meio ambiente durante o governo de López Obrador na prefeitura da Cidade do México, ainda no ano 2000.

O professor Waldir Rampinelli avalia que ela deve continuar as políticas de seu antecessor na Presidência, e que ela tem um perfil progressista de centro-esquerda.

“Toda essa pauta de direitos humanos, de meio ambiente, de respeito às mulheres. A pauta dela será essa. Só que ela vai administrar um grande navio que não vai poder mudar de rumo. Ela vai ter que fazer o que o López Obrador fez, tudo muito ligado aos Estados Unidos”, disse.

O especialista lembrou que 80% de tudo que o México exporta vai para os Estados Unidos, o que deixa o país muito dependente do vizinho do norte. Outro problema grave do país é a imigração e a fronteira com os EUA.

“Se o Trump ganha nos Estados Unidos, complica mais ainda a vida dela. Morrem no ano passando na fronteira, só de mexicanos, mais de 500 pessoas. É a região mais perigosa do mundo. Compare com o muro de Berlim, que morreram 800 pessoas em 30 anos tentando passar”, lembrou.

Mulheres

O pesquisador Mario Farid Reyes Gordillo destacou também que as relações entre México e Estados Unidos é um dos principais temas da eleição, assim como a violência, a corrupção e os direitos das mulheres.

“Como as duas principais candidatas são mulheres, há um certo peso dessa agenda. O movimento feminista, o movimento de mulheres, durante todo os seis anos de López Obrador, teve muita participação política. Isso deve fazer com que muitas mulheres saíram para votar nessa eleição”, afirmou.

Professor da UFSC, Waldir Rampinelli destacou que esta é uma situação inédita, já que nunca uma mulher venceu a eleição presidencial no México.

“O México seguramente é o país mais machista da América Latina e a Claudia se impôs como uma grande prefeita da cidade do México. Com o governo do López Obrador, ela cresceu. E o López também não teve outra saída a não ser indicá-la. Era a candidata que mais chance tinha de ganhar”, comentou.

México e Brasil

Com quase 130 milhões de habitantes, o México tem a 2ª maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil. Em 2023, a economia do país cresceu 3,2% do PIB, segundo ano consecutivo de crescimento acima dos 3%.

A taxa oficial de pobreza caiu de 43,9%, em 2020, para 36,3%, em 2022, tirando da pobreza 8,8 milhões de mexicanos. A economia recuperou os níveis de emprego e de PIB de antes da pandemia. Os dados são do Banco Mundial.

As relações comerciais entre Brasil e México têm crescido nos últimos anos. De 2019 à 2023, as exportações brasileiras para o México cresceram 74%, isso com a pandemia no meio, passando de US$ 4,8 bilhões para US$ 8,5 bilhões.

Apesar do crescimento, as exportações do Brasil para o México representam apenas 2,5% do total, similar ao Chile, para onde o país exporta 2,3% do total. Por outro lado, as importações brasileiras de produtos mexicanos representam 2,3% do total das importações. Em 2023, o Brasil importou do México US$ 5,5 bilhões, crescimento de 4,9% em relação à 2022.

Os dados do comércio exterior entre Brasil e México são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Hoje é Dia: Meio ambiente e oceanos marcam as celebrações da semana

A semana começa no dia 2 com a lembrança dos 90 anos de nascimento do sambista Germano Mathias que faleceu em 2023. Germano Mathias nasceu no Pari, no centro de São Paulo, e começou a carreira nos anos 1950. Ele ficou conhecido pelo jeito de interpretar as músicas de forma sincopada e influenciou gerações de sambistas. O programa da Rádio Nacional, Acervo Origens homenageou o artista.

Também no dia 2 é celebrado os 85 anos da primeira exibição prática da televisão no Brasil, sendo os equipamentos montados em dois pavilhões da Feira de Amostras, era o primeiro passo para a criação do novo meio de comunicação. Para saber mais sobre a história da televisão confira as reportagens especiais da Agência Brasil  TV brasileira: a cronologia dos primeiros anos e 70 anos da TV no Brasil: 1ª década foi de aventura, improviso e paixão.

Já em 3 de junho a morte do escritor Franz Kafka completa 100 anos. Ele foi um dos principais escritores da literatura moderna. Kafka era de origem judaica, nasceu em Praga, Áustria-Hungria (atual República Checa), e escrevia em alemão. O conjunto de seus textos retrata a ansiedade e a alienação do homem do Século XX. Foi internado em Viena, na Áustria, onde se internou com tuberculose e morreu vítima de insuficiência cardíaca. Em 2014 o programete História Hoje publicado na Radioagência Nacional falou sobre o autor. Uma exposição também celebrou os 95 anos do livro Metamorfose e a Agência Brasil registrou em 2015.  

Clique e ouça o programa História Hoje

Os 30 anos da morte do arquiteto paisagista paulista Roberto Burle Marx é lembrado neste dia 4, O Sítio Roberto Burle Marx, foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco em julho de 2021. Em 2023, durante a elaboração do plano de gestão da área a Agência Brasil fez uma reportagem detalhada sobre o assunto. Já o programa Caminhos da Reportagem tem um episódio completo sobre o local que fica em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O sítio abriga uma coleção de mais de 3.500 espécies de plantas de regiões tropicais e subtropicais.

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5, a Agência Brasil tem acompanhado as ações anuais de preservação do ecossistema e as consequências das mudanças climáticas. E a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul será pauta no Caminhos da Reportagem deste domingo.

Dia 5 também marca os 83 anos da primeira radionovela brasileira. Em busca da felicidade foi transmitida pela Rádio Nacional. E em 2021, ao completar 80 anos da veiculação no Brasil a EBC regravou uma cena da obra. Os ouvintes da Rádio Nacional e telespectadores da TV Brasil puderam conferir o resultado desta recriação . A cena romântica, de um minuto, faz parte do capítulo 20 do primeiro ano de transmissão da novela, que durou dois anos devido a grande audiência. Em Busca da Felicidade tem autoria de Leandro Blanco e adaptação de Gilberto Martins. Em 2018, o roteiro recebeu a certificação da UNESCO, pelo Programa Memória do Mundo. Clique abaixo e confira:

O dia 6 marca os 100 anos do nascimento do mestre de tambor de crioula, Mestre Felipe. Para saber mais como são confeccionados estes tambores assista a reportagem da TV Brasil:

E para terminar a semana, em 8 de junho é comemorado o Dia Mundial dos Oceanos, um alerta para importância de proteger águas e biodiversidade, Desde 2020 estamos na década dos oceanos, instituída pela ONU a organização espera que neste 10 anos a humanidade aumente o conhecimento sobre as águas que cobrem 70% do planeta e proteja melhor essa imensidão, que absorve um terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas. Clique aqui e leia a reportagem feita em 2020.

 

Semana de 2 a 8 de junho de 2024

2

Nascimento do cantor e compositor paulistano Germano Mathias (90 anos)

Nascimento do futebolista e político goiano Túlio Humberto Pereira Costa, o Túlio Maravilha (55 anos)

Morte do poeta modernista e diplomata gaúcho Raul Bopp (40 anos)

Realização, pela primeira vez no Brasil, de uma exibição prática da televisão, sendo os equipamentos montados em dois pavilhões da Feira de Amostras (85 anos)

Dia Estadual do Vinho e Início da Semana Estadual de Apoio à Cultura e Produção do Vinho

Fundação do Ceará Sporting Club 1914 (110 anos)

Primeira veiculação do Programa Acontece Cada Uma, na Rádio Nacional AM RJ (75 anos)

3

Morte do músico austríaco Johann Strauss II (125 anos)

Morte do escritor tcheko Franz Kafka (100 anos)

Morte do líder religioso e político iraniano Ruhollah Musavi Khomeini, o Aiatolá Khomeini (35 anos)

Yitzhak Rabin é eleito o primeiro Ministro de Israel (50 anos)

4

Nascimento do médico, cientista e político acreano Adib Jatene (95 anos) – conhecido e respeitado nacional e internacionalmente, foi o criador de dezenas de inovações no meio médico e inventor de uma cirurgia no coração que leva seu nome

Nascimento do ator mineiro Ângelo Antônio (60 anos)

Morte do arquiteto paisagista paulista Roberto Burle Marx (30 anos)

Massacre de manifestantes na China (35 anos)

Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão – comemoração instituída pela ONU na sua Resolução E-08/07 de 19 de agosto de 1982, que conta com o apoio da UNICEF

5

Morte do instrumentista e compositor paulista José Alves da Silva, o Aimoré (45 anos)

Nascimento do músico fluminense Oswaldo de Almeida e Silva, o Oswaldinho do Acordeon (70 anos)

Nascimento do poeta e jurista mineiro Cláudio Manuel da Costa (295 anos) – participou colateralmente do movimento conhecido como Conjuração Mineira, tendo morrido em circunstâncias suspeitas

Morte do compositor e teatrólogo fluminense Antônio Guimarães Cabral, o Aldo Cabral (30 anos)

Dia Mundial do Meio Ambiente – comemoração internacional, que foi instituída pela 27ª sessão da Assembleia Geral da ONU na Resolução Nº 2994 de 15 de dezembro de 1972

Início da transmissão, na Rádio Nacional AM RJ, de “Em busca da felicidade” (83 anos) – primeira novela radiofônica veiculada no país. Em 2018, o roteiro recebeu a certificação da UNESCO, pelo Programa Memória do Mundo

6

Dia Internacional da Prostituta – comemorado para marcar a data de 2 de junho de 1975, em que cerca de 150 trabalhadoras sexuais entraram para a história ao ocuparem a Igreja de São Nizier na cidade francesa de Lyón, exigindo que o trabalho prestado por elas fosse considerado tão útil à França como outro ofício qualquer

Nascimento do mestre de tambor de crioula maranhense Mestre Felipe (100 anos)

Nascimento do pintor espanhol Diego Velázquez (425 anos)

Nascimento do compositor e maestro alemão Siegfried Wagner (155 anos)

Nascimento do pintor, gravador, desenhista e professor capixaba Levino Fânzeres (140 anos)

Nascimento do cantor e compositor capixaba Nomar Nobre Chatelain, o Carlos Nobre (90 anos)

Nascimento do artista plástico paulistano Newton Mesquita (75 anos)

Nascimento da cantora baiana Simone Moreno (55 anos)

Desembarque de tropas aliadas na região da Normandia, o Dia “D” (80 anos)

Criação do jogo Tetris (40 anos) – um jogo eletrônico muito popular, um dos primeiros itens de exportação de sucesso da União Soviética e um dos primeiros a ser visto como um tipo de vício

7

Morte do piloto de automobilismo Francisco Sacco Landi, o Chico Landi (35 anos)

Morte do poeta, jornalista e publicitário paranaense Paulo Leminski (35 anos)

Morte do matemático e cientista da computação britânico Alan Turing (70 anos)

Nascimento do filósofo, poeta, crítico e jurista sergipano Tobias Barreto (185 anos) – iniciou na poesia brasileira o movimento denominado condoreirismo hugoano (terceira fase do romantismo)

Morte da cantora, compositora e instrumentista capixaba Nara Leão (35 anos)

Nascimento da pintora e escultora suíça radicada no Brasil Myrrha Dagmar Dub, a Mira Schendel (105 anos)

Morte do cantor e compositor fluminense Serguei (5 anos)

Assinatura do Tratado de Tordesilhas (530 anos)

Início do Cerco de Jerusalém pelos exércitos da Primeira Cruzada (925 anos)

Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

8

Morte do compositor, maestro, instrumentista e trombonista fluminense Raul de Barros (15 anos)

Nascimento do poeta, compositor e veterinário fluminense Almanir Grego (115 anos) – compôs sambas, valsas, choros e marchas, entre outros gêneros. Várias de suas composições foram lançadas pelas irmãs Carmen e Aurora Miranda

Publicação do livro “1984”, de George Orwell (75 anos)

Fundação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) (110 anos)

Dia Mundial dos Oceanos – comemoração estabelecida em 1992 durante a “Eco92” ou “Cimeira da Terra” ou “Conferência do Rio” sobre Meio Ambiente, com o fim de enfatizar a importância de todos os produtos fornecidos pelo Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Oceano Antártico, Oceano Índico e Ocea

Renovada, seleção feminina goleia Jamaica na Arena Pernambuco

A renovada seleção brasileira feminina de futebol goleou a Jamaica por 4 a 0 e virou a página da eliminação precoce na primeira fase da Copa do Mundo no ano passado. A chuva de gols na Arena Pernambuco, em Recife, começou com um golaço da lateral Adriana, depois teve gol contra da zagueira Swaby e coube à atacante Marta levar os mais de 30 mil torcedores à loucura ao marcar duas vezes na etapa final, selando o triunfo brasileiro com gosto de revanche. Em 2023,  a seleção deu adeus ao Mundial após 0 a 0 com as jamaicanas, na última rodada da fase inicial.

FIM DE JOGO COM VITÓRIA DO BRASIL!

Que dia espetacular! Casa cheia e um grande jogo da nossa Seleção! Valeu, meninas! 💚💛 pic.twitter.com/gRIj2pANnG

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) June 1, 2024

A seleção, comandada pelo técnico Arthur Elias volta a campo contra as jamaicas na próxima terça-feira (4), às 20h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O duelo será o último antes da definição da lista de convocadas à Olimpíada de Paris. Assim como neste sábado (1º) a partida também terá terá transmissão ao vivo da TV Brasil. 

Após o “chocolate” em campo, Marta comemorou o resultado e apoio da torcida pernambucana. A atacante revelou que segue brigando para estar na lista final de Athur Elias para Paris 2024.

“Acho que isso é primordial. Se não tiver esse sentimento, essa emoção em cada partida, principalmente vestindo a camisa amarelinha, é melhor não jogar, é melhor parar. Eu sinto tudo isso, principalmente aqui no Nordeste onde as pessoas são muito calorosas. Desde o primeiro dia sentimos isso e graças a Deus deu tudo certo, o time se impôs do começo ao fim e essa é a mentalidade e a postura que vamos amadurecer. Só tenho a agradecer essa noite fantástica”, disse Marta. “Estou num grupo muito especial de meninas super inteligentes e talentosas e isso faz que a gente tenha essa mentalidade de dar nosso melhor a cada dia. E a gente está fazendo isso para estar preparada para Paris”.

1° TEMPO – 25 min: GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL DO BRASIL!

QUE GOLAÇO DA ADRIANA! A NOSSA CAMISA 9 ACERTA UM LINDO CHUTE E ABRE O PLACAR!

🇧🇷 1×0 🇯🇲 | #GuerreirasDoBrasil #BRAxJAM pic.twitter.com/11embBikfG

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) June 1, 2024

O Brasil controlou o jogo no primeiro tempo, com 70% de domínio da posse de bola. Bem entrosadas, as brasileiras marcaram as adversárias na saída de bola e foram mais criativas. A primeira a balançar a rede foi a lateral-direita Adriana. Aos 25 minutos, após passe de Yayá, ela se livrou da marcação e desferiu um chute certeiro no ângulo, sem chance para a goleira Spencer. Depois, ao 38 minutos, em ataque de Ludmila dentro da pequena área, a bola rebateu na zagueira Chantelle Swaby, que marcou contra.

Na etapa final, o ritmo da seleção foi ainda mais intenso. Já aos oito minutos, a torcida comemorou gol de cabeça de Yaya, que seria o terceiro, mas logo em seguida ele foi anulado, devido à fata de Ludmila na zagueira Swab. A seleção foi enfileirando chances reais de gol. Ao 15 minutos, Adriana disparou pela esquerda e rolou para Marta que deperdiçou. Na sequência, aos 17, Ludemila mandou uma bomba, mas a goleira Spencer defendeu com o pé. A blitz brasileira continuou. Aos 18 minutos, Adriana rolou para Marta chutar de canhota e acetar o fundo da rede, para delírio da torcida. Antes do fim, a Rainha mandou um torpedo de fora da área e fechou a goleada, para festa nas arquibancadas.

 

Silvio Almeida critica operações policias na Baixada Santista

O ministro de Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida criticou a atuação da Polícia Militar do estado de São Paulo na Baixada Santista, durante as operações Escudo e Verão. “Quem aposta nesse modelo de polícia, em que o policial mata indiscriminadamente, mas ele também morre, é tudo menos moderado. É um radical, um extremista, que não tem nenhum tipo de apego ao que determinam as leis, a Constituição e as normas dos direitos humanos”, disse durante agenda na tarde de hoje, na capital paulista, após ser questionado em coletiva de imprensa.

“O que me parece, portanto, é que se instaurou no estado de São Paulo uma espécie de licença para que os policiais possam agir da maneira que quiserem, sem nenhum tipo de controle. E nós sabemos já, uma polícia que não tem controle não é polícia. Porque os controles da polícia são os controles da legalidade. Uma polícia que se perde o controle deixa de ser polícia e vira uma milícia”, ressaltou.

Segundo ele, quem defende que segurança pública é simplesmente licença para matar não entende da questão. O ministro acrescentou que isso é um jogo que vai enganando a população, enquanto se vê o crescimento dos índices de violência. “Quem está se sentindo mais seguro com a polícia sem controle? Ninguém se sente seguro.”

Almeida afirmou que o ministério tem agido, apesar das limitações que a pasta enfrenta. “Nós temos acompanhado essas violações in loco, por meio da Ouvidoria Nacional de Direito Humanos, temos instado as autoridades de controle, tanto do Judiciário, como também do Ministério Público, para que ajam de acordo com a lei e tomem providência em relação a isso. E temos proposto também um diálogo com as polícias, para que nós possamos observar que isso que nós estamos fazendo não está nos levando a lugar nenhum”, respondeu.

Como providência do ministério, ele citou também a questão das câmaras de segurança. “É muito importante a regulamentação, ou seja, a ideia de que só haverá dinheiro do Fundo de Segurança Pública para a obtenção de câmeras se houver, de fato, uma observância na regulamentação que foi estabelecida. Nós estamos tentando fazer isso diante do pacto federativo, que nos impõe uma série de limitações também.”

Ele avalia que outras autoridades de controle precisam agir também em relação à violação de diretos do estado. “É urgente que o Ministério Público tome algum tipo de providência em relação a isso. É preciso urgentemente que haja um debate nacional sobre a relação dos direitos humanos e da segurança pública.”

“Se nós olharmos as normas de direitos humanos, as regulamentações, e o plano internacional, vamos ver que existe até mesmo a regulação para o uso da força, da força letal, por parte das polícias em situações que são justificáveis. Defender direitos humanos não é defender a leniência, não é defender a paralisia diante da criminalidade, não, pelo contrário. Nós sabemos que as milícias e as facções criminosas ameaçam os direitos humanos das populações que moram nas periferias, nos lugares mais longínquos do país. Então, é necessário, para que haja uma política de direitos humanos efetiva, que haja um enfrentamento da criminalidade organizada”, pontuou Almeida.

Ele acrescentou que tirar as formas de controle das polícias é fazer justamente o jogo do crime organizado, além de colocar em risco os próprios policiais. “Uma polícia descontrolada é tudo o que querem as milícias e as facções em termos de recrutamento de uma mão de obra que sabe matar. É importante dizer, essa falta de controle faz com que, não só os policiais matem, mas que eles morram. Quem defende essa falta de controle das polícias também está jogando contra a vida dos policiais, que são trabalhadores. Esses policiais todos estão também sofrendo com a saúde mental.”

A Baixada Santista foi alvo das Operações Escudo, no ano passado, e Verão, no início deste ano, realizadas pela PM. Com a justificativa de combate ao crime organizado, o governo do estado deflagrou essas grandes operações após policiais militares serem mortos na região.

A Operação Escudo, deflagrada após a morte do policial militar Patrick Bastos Reis, que foi baleado e morto em Guarujá, no dia 27 de julho de 2023, matou 28 pessoas no período de 40 dias, na Baixada Santista. Uma segunda Operação Escudo foi decretada em São Vicente em 8 de setembro, resultando em mais oito mortes, segundo divulgação do Instituto Sou da Paz.

Neste ano, quando as ações passaram a ser nomeadas de Operação Verão, 56 pessoas foram mortas por policiais militares na região, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP). As mortes ocorreram em supostos confrontos com a polícia desde o dia 2 de fevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi morto em Santos, durante patrulhamento. Na ocasião, a SSP informou que as polícias civil e militar se mobilizaram para localizar e prender os envolvidos no crime contra Cosmo.

Resultados

Levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, a partir da análise de dados da SSP, mostrou que as operações deflagradas pela Polícia Militar na Baixada Santista, no ano passado, não resultaram em avanços na redução da criminalidade violenta, colocaram a vida de policiais em risco, além de violar direitos das populações periféricas da região.

Com base nos indicadores criminais na região nos meses de agosto e setembro de 2023, os dados demonstraram que as operações foram marcadas pela baixa eficiência, alta letalidade policial, crescimento de infrações ligadas ao crime organizado, como roubo de cargas, e a incapacidade do policiamento nas ruas para evitar crimes como furtos, roubos e agressões.

Porto Alegre tem 65% das estações de bombeamento de água funcionando

A prefeitura de Porto Alegre informou que 15 das 23 das estações de bombeamento de águas pluviais (Ebaps) existentes no município voltaram a funcionar na sexta-feira (31), o que corresponde à retomada de 65% da operação de drenagem das águas da maior enchente da história do lago Guaíba.

No auge da enchente, quando o nível das águas chegou a 5,33 metros (m), em 6 de maio, apenas 17% das casas de bombas estavam funcionando e 19 tiveram de ser desligadas por falta de energia elétrica ou inundação.

Também estão funcionando outras seis bombas de alta capacidade emprestadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que cedeu profissionais para a instalação dos aparelhos. As bombas da Sabesp têm capacidade para drenar 7,2 milhões de litros por hora.

Três dessas máquinas estão no bairro Sarandi. Uma está no Humaitá e as outras duas, na área do Aeroporto Salgado Filho. Outras sete bombas-trator também auxiliam no escoamento de água do terminal aéreo.

Em nota da prefeitura, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Mauricio Loss, estima que, com os equipamentos em operação e o nível do Guaíba baixando, em mais alguns dias, a capital gaúcha terá as águas totalmente drenadas.

Neste sábado (1º), o nível do Guaíba em Porto Alegre ficou pela primeira vez em um mês abaixo da cota de inundação, estipulada em 3,6 m na régua instalada na Usina do Gasómetro. Às 17h, a tendência de queda no nível da água do lago se manteve e atingiu a marca de 3,55 m, cinco centímetros a menos que o patamar de transbordamento.

Estações de tratamento de água

Cinco das seis estações de tratamento de água de Porto Alegre estão em operação, mas com capacidade média de 85% para tratamento.

O motivo apontado pela prefeitura é a alta turbidez da água captada do Guaíba, ou seja, com muitas micropartículas não dissolvidas na água.

O Departamento Municipal de Água e Esgoto explica que o excesso de barro demanda um tratamento mais complexo, e as etapas de filtragem, desinfecção e fluoretação, entre outras, ficam mais lentas até que seja garantida a água com qualidade própria para consumo humano nas torneiras de domicílios e endereços comerciais de Porto Alegre.

No caso da única estação de tratamento de água inoperante em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto afirma que tem enviado caminhões-pipa para a região das ilhas do Guaíba, conforme a demanda. A Estação de Tratamento de Água (ETA) das Ilhas foi destruída pela cheia do Guaíba.

Limpeza pós-enchente

Nos trechos onde a água baixou na cidade de Porto Alegre, a prefeitura realizou a limpeza pós-enchente em 19 locais do município, neste sábado.

Cerca de 800 garis têm atuado nestas operações de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba. Os trabalhadores são auxiliados por mais de 250 equipamentos entre caminhões e retroescavadeiras.
Desde o início do serviço do governo municipal de limpeza após a situação de calamidade pública até a noite de sexta-feira (31) foram retiradas mais de 23 mil toneladas de resíduos das ruas, como restos de móveis e eletrodomésticos danificados, raspagem de lodo acumulado e varrição de ruas.

Ministério destina R$ 8,5 milhões em ações para população LGBTQIA+| Agência Brasil

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania detalhou, na tarde deste sábado (1º), programas e projetos da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, em cumprimento ao Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. Ao todo, são três iniciativas com investimento de mais de R$ 8,5 milhões para os anos de 2023 e 2024.

O ministro Silvio Almeida, que estava presente, afirmou que essa é uma das causas fundamentais do povo brasileiro. “Então se trata aqui de fazer aquilo que nós temos que fazer, não só como dever moral, mas também porque nos exige a Constituição brasileira, nos exigem as leis, que é dar dignidade, respeitar as pessoas e promover a cidadania. Esse é o papel de quem governa e do Estado”, disse.

“A comunidade LGBTQIA+, no Brasil, vem sendo historicamente esquecida, abandonada, discriminada e, portanto, é dever de todo e qualquer gestor público fazer aquilo que nós estamos, por dever, fazendo. Quem não faz é que está errado”, acrescentou o ministro.

O evento, que faz parte das ações da semana em alusão ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, ocorreu no prédio da Fundacentro, na capital paulista, e teve a presença da secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, e do presidente da Fundacentro, Pedro Tourinho de Siqueira, além de representantes do Ministério do Trabalho e de alguns estados.

“São políticas que versam sobre duas questões fundamentais para todo qualquer brasileiro. São políticas de trabalho, emprego e renda e políticas de segurança”, ressaltou o ministro. “Estamos falando, portanto, de políticas para pessoas que têm dificuldades em obtenção de trabalho, de emprego e renda, e quando estão lá, têm dificuldade de permanecer, porque são vítimas constantes de violência. E estamos falando de pessoas que estão tendo o tempo todo a sua vida ameaçada” acrescentou.

Entre as ações apresentadas, está o repasse de R$ 1,4 milhão, no final de maio, para 12 casas administradas pela sociedade civil que integram o Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento LGBTQIA+ (Acolher+), contemplando as atividades alusivas ao Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+, em 17 de maio. A iniciativa, criada em dezembro do ano passado, pretende reduzir os riscos a que as pessoas em situação de rua estão submetidas. A receita foi de mais de R$ 2,5 milhões.

Há também o projeto-piloto de trabalho digno e geração de renda voltado a pessoas LGBTQIA+ (Empodera+), incluindo preparação e ocupação no mercado de trabalho e visando à autonomia econômica e financeira. Para a execução do projeto, foram assinados na última quinta-feira (31) parcerias com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e o Banco do Brasil. Os recursos específicos para o projeto são de mais de R$ 4,4 milhões. Inicialmente, o Empodera+ será implementado nos estados do Pará, Maranhão, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Sul.

O ministério apresentou ainda o Programa Nacional de Enfrentamento à Violência e de Promoção de Direitos Humanos nos territórios do Campo, das Águas e das Florestas (Bem Viver+), destinado a pessoas LGBTQIA+ camponesas, agricultoras familiares, assentadas, ribeirinhas, caiçaras, extrativistas, pescadoras, indígenas e quilombolas. O programa, com R$ 1,6 milhão em recursos, pretende promover a formação de defensores de direitos humanos em territórios não urbanos, buscando identificar as necessidades de cada grupo. A primeira visita do projeto está prevista à população indígena de Mato Grosso do Sul. Nos locais visitados, haverá escuta, oficinas e identificação de estratégias de autoproteção, além de promover a conexão da população LGBTQIA+ à rede de atendimento local.

RS: Correios vão instalar armários para moradores receberem encomendas

Os Correios irão instalar, a partir da próxima semana, dez armários inteligentes, chamados de lockers, para que os moradores de áreas alagadas ou inacessíveis do Rio Grande do Sul possam receber suas encomendas, sem custo.

As áreas que irão receber os primeiros lockers no estado ainda estão sendo definidas e serão divulgadas no site dos Correios.

Pessoas físicas e jurídicas com ou sem contrato com os Correios poderão usar o serviço. A solução permite a retirada dos pacotes em horário ampliado de atendimento, todos os dias da semana (inclusive nos feriados) e em local de fácil acesso, que pode ser escolhido pelo destinatário, entre os lockers disponíveis. Para saber onde eles estão instalados, basta acessar o site, assim que o serviço estiver funcionando no estado.

Os terminais de autoatendimento serão instalados em um momento em que várias áreas ainda estão com restrições de entrega, devido à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Por isso, a previsão dos Correios é que os novos armários inteligentes sejam instalados em pontos considerados estratégicos e com grande fluxo de pessoas.

“Vamos instalar nossos lockers em locais estratégicos, como farmácias e shoppings, para que as pessoas tenham uma forma rápida, segura e acessível de receber suas encomendas”, destacou o presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos.

O primeiro locker dos Correios no Brasil foi inaugurado em outubro de 2020, durante a pandemia de covid-19. Os armários inteligentes estão disponíveis para o recebimento de encomendas nacionais e internacionais.

Como usar

O destinatário deve fazer o cadastro no aplicativo Meu Correios pelo app ou pelo site dos Correios.

Na loja virtual ou no ato da postagem destinada a um locker, é preciso informar no endereço de entrega o CEP de onde está instalado o armário inteligente.

Também é obrigatório incluir o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou passaporte do destinatário no campo de complemento do endereço; além do telefone móvel do destinatário. 

O destinatário pode acompanhar toda a movimentação da encomenda por meio do aplicativo dos Correios.

Quando a encomenda chegar ao locker, o destinatário receberá uma notificação com o código de acesso por SMS, por e-mail ou pelo aplicativo.

Para retirar a entrega no locker, basta apresentar ao terminal de autoatendimento o código recebido na notificação, que o armário liberará o acesso ao compartimento onde está a encomenda.

Após um mês de calamidade, gaúchos não conseguem retomar rotina

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar para o povo gaúcho, que vive agora os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. No dia em que o decreto que reconheceu a calamidade pública completa um mês, ainda há 37,8 mil pessoas em abrigos e mais de 580 mil fora de casa. Quem conseguiu voltar para casa encontrou um cenário de absoluta destruição e perdas inestimáveis.

A catadora de material reciclável Claudia Rodrigues, 52 anos, que mora na região da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, voltou há menos de dois dias para casa. Antes, ela passou quase quatro semanas acampada à beira da rodovia Freeway, que corta a cidade pela zona norte, em uma cena que se tornou comum na região metropolitana. A rua ainda está alagada na altura dos calcanhares, mas dentro de casa a água baixou completamente, revelando um ambiente repleto de lama, ratos mortos, móveis revirados, eletrodomésticos perdidos.

“A dor que eu estou sentindo não tem como explicar, uma mágoa. Olhar para o teu próprio lar e ver um nada. A gente se vê na escuridão. Mas eu creio que vai dar certo e que isso é passageiro, só que até as coisas se ajeitaram é complicado”, desabafa.

Moradora da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, Claudia Rodrigues perdeu móveis e o fogão na inundação. Foto: Claudia Rodrigues/Arquivo Pessoal

Ela só conseguiu voltar para casa porque o terreno tem um desnível e a parte do quarto, que fica acima, não foi alcançada pela água, preservando apenas a cama e o guarda-roupas. Com tanta sujeita e camadas de lama e entulho acumulada, a limpeza deve levar vários dias. Outro problema é o comprometimento da estrutura do imóvel. Claudia notou que as paredes estão com rachaduras e a laje está se soltando. Sem o fogão, destruído pela inundação, ela está dependendo da doação de quentinhas para se alimentar. A energia no bairro só foi religada na manhã deste sábado (1º).

Em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, a autônoma Andressa Pires, 31 anos, mãe solo de três filhos, ainda não conseguiu voltar para casa. Ela vive com os filhos, os irmãos, uma cunhada e os pais em um terreno grande com três casas, no centro da cidade. Eldorado do Sul teve praticamente 100% da área urbana inundada.

“Tá tudo muito úmido em casa, o pátio ainda está sujo e com muita lama para conseguir levar meus pais e as crianças de volta ao lar”, conta. A reportagem da Agência Brasil esteve com Andressa no dia 22 de maio, quando ela estava já no quarto dia de limpeza da casa. Outro problema, segundo ela, é que nem todo o comércio da cidade voltou ao normal, então não há padarias, farmácias nem mercados próximos. Andressa e os familiares fazem parte da estatística das pessoas desalojadas. Eles estão na casa de parentes em Charqueadas, município vizinho.

Vale do Taquari

No Vale do Taquari, que sobreviveu a três enchentes, sendo a do mês passado a pior de todas, o momento ainda é de recuperação do básico. Um dos epicentros da tragédia foi o pequeno município de Muçum, com seus 4,8 mil habitantes. Cerca de 80% da área urbana foi inundada. A prefeitura calcula que vai precisar realocar cerca de 40% dessa área para outros locais seguros contra enchentes e deslizamentos, que também causaram danos e bloqueios de estradas.

“O município de Muçum está no momento ainda de limpeza urbana, de desobstrução de vias e de condições de trafegabilidade, principalmente para o pessoal do interior [zona rural]. A gente destaca que algumas propriedades do interior do município ainda não têm energia elétrica e que o trabalho é intenso para poder devolver essa condição para esses moradores, que é o mínimo que eles podem ter para conseguir restabelecer sua produção. [Aqui] tem muitos produtores de leite que estão, infelizmente, tendo que jogar fora sua produção por falta de condições e também de acesso. E isso tem sido o foco principal do nosso trabalho”, explica o prefeito do município, Mateus Trojan (MDB), em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Trojan, a continuidade das chuvas, mesmos após a baixa do Rio Taquari, que chegou a subir mais de 25 metros, acabou prejudicando os esforços de recuperação da infraestrutura.

O Vale do Taquari compreende dezenas de municípios na região central do Rio Grande do Sul, com forte presença da agricultura familiar e uma agroindústria pujante. Um dos desafios é conseguir reter empresas e empregos na região, que começa a sentir os efeitos da devastação. “O processo, agora, é gradativo pela recuperação das empresas, do comércio, do setor primário como um todo. As lavouras foram muito prejudicadas sem os acessos, gerando custos maiores de produção, mas são coisas que também ao longo das semanas a gente vai buscando amenizar os impactos, buscando alternativas de linhas de crédito e de incentivos para que a gente possa reverter essa situação e recuperar todo o nosso setor produtivo”, acrescentou Trojan.

Região Sul

Enquanto a água das inundações no Vale do Taquari e na região metropolitana de Porto Alegre baixaram, na Região Sul do estado os alagamentos ainda persistem. Em Pelotas, por exemplo, cerca de 4 mil moradores da Colônia Z, uma comunidade de pescadores artesanais às margens da Lagoa dos Patos, estão com as casas inundadas.

“A água estabilizou, não encheu mais, o que é um bom sinal. E começa a baixar. As coisas vão se normalizar, mas vai levar um tempo. Tem muita gente em abrigo, na casa de parentes, cerca de 70% dos moradores desalojados”, estima o presidente do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z3, Nilmar Conceição. A preocupação segue sendo uma crise econômica prolongada para o setor pesqueiro de toda a região sul do estado, que abrange municípios como Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço, já que a perspectiva dos pescadores artesanais é que a lagoa não renda mais pesca este ano, mesmo após o período do seguro-defeso.

O município de Muçum, no Vale do Taquari, foi devastado pelas águas. Cerca de 40% da área urbana terá que ser realocada. Foto: @andreconceicaoz_ / @colli.agenciacriativa

A Lagoa dos Patos recebe as águas que vêm do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e de outros afluentes. No último dia 29 de maio, o nível da água estava 2,20 metros, mais baixo do que medições anteriores. Já o canal São Gonçalo, um canal natural de 76 quilômetros (km) que liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim, passando pela área urbana de Pelotas, estava com inundação de 2,86 metros, bem abaixo dos 3,13 metros que havia chegado na semana passada, o maior volume da história. O canal é fonte de preocupação porque há um dique de 3 metros protegendo cerca de cinco bairros com mais de 40 mil pessoas.

Serra Gaúcha

Outra região do estado atingida pelas enchentes também tenta se recuperar após um mês da tragédia. Gramado, na Serra Gaúcha, que registrou deslizamentos de terra, bloqueio de estradas e mais de 1 mil desabrigados, retomou a atividade turística. A cidade é o principal destino turístico do Rio Grande do Sul.

“Todos os atrativos reabertos. Muitos hotéis com boa ocupação. Ainda não é o normal, estamos um pouco longe disso, mas é um respiro em meio a isso tudo”, disse à Agência Brasil o secretário de Turismo do município, Ricardo Bertolucci Reginato.

Ações de reconstrução

No dia 17 de maio, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas enchentes.

O plano prevê ações em três frentes. A primeira, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social; a segunda envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais e obras de infraestrutura; e a terceira prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo.

Já o governo federal, entre liberação de recursos, antecipação de benefícios e outras ações destinou até o momento R$ 62,5 bilhões. Entre outras medidas para prestar assistência às famílias, foi criado o Auxílio Reconstrução, que pagará R$ 5,1 mil a cada família em parcela única. Também foi anunciado o adiantamento do Bolsa Família para os beneficiários, a liberação do FGTS para 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios, além da restituição antecipada do imposto de renda para 900 mil pessoas.

Liga das Nações: Brasil arranca vitória diante da Itália e segue 100%

Uma vitória com gosto de superação. A seleção brasileira feminina de vôlei travou uma batalha de tirar o fôlego na madrugada deste sábado (1º) até derrotar a Itália por 3 sets a 2, mantendo a invencibilidade na Liga das Nações de Vôlei, em Macau (China).

As brasileiras saíram na frente, mas depois oscilaram, permitindo que as adversárias liderassem o placar por 2 sets a 1. Na quarta parcial, o Brasil se reequilibrou e mudou a história do jogo. Arrancou o empate e selou uma vitória de virada no tie-break (quinto e decisivo set). As parciais da partida foram de 26/24, 25/27, 18/25, 25/19 e 15/10.As brasileiras voltam a jogar às 5h (horário de Brasília) deste domingo (2), contra a seleção da Tailândia, última partida da segunda semana de LNV.

A melhor em quadra foi a oposta italiana Egonu, que garantiu 29 pontos, 25 deles só no ataque. Do lado brasileiro, Ana Cristina se sobressaiu com 22 pontos, seguida por Rosamaria (17) e a capitã Gabi (13). A melhor bloqueadora da partida no bloqueio foi a brasileira Ana Carolina, a Carolana, que anotou bloqueios.

“O jogo foi muito diícil, decidido nos detalhes”, admitiu Rosamaria, após o triunfo, em declaração à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). “Foi muito importante essa vitória, muito significativa na nossa crescente. Eu acho que a gente ainda pode melhorar muito, mas saio muito feliz hoje, pela forma que a gente se comportou nos momentos mais simples e nos mais compllicados. A gente não parou de brigar em nenhum momento e é assim que a gente tem de seguir em todos os jogos”, analisou a ponteira.

Rosamaria marcou 19 pontos na vitória da seleção feminina contra a Itália na Liga das Nações. 👏👏👏 pic.twitter.com/mxysX0l0xX

— Vôlei Brasil (@volei) June 1, 2024

Com a sétima vitória consecutiva na LNV a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, já assegurada na Olimpíada de Paris, ocupa a vice-liderança na classificação geral, com 19 pontos, atrás da também invicta Polônia, com 21. Já a Itália, que ainda briga por vaga olímpica, está em quinto lugar, com 16 pontos. A LNV reúne as 16 seleções mais bem ranqueadas do mundo. A vencedora e a segunda colocada no torneio serão cabeças de chave na divisão dos grupos em Paris.

Jogos do Brasil – LNV Feminina

domingo (2) – Brasil x Tailândia – 5h

Semana 3 – Hong Kong (China) 

12/06 – Brasil x Polônia – 9k30 –  

13/06 –  Brasil x Alemanha – 6h 

14/06 – Brasil x Bulgária – 2h30 

16/07 – Brasil x Turquia – 6h

Fase final