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Petrobras trabalha com metas ousadas para redução de gases poluentes

A Petrobras trabalha com metas arrojadas para os próximos anos, em termos de redução de emissões de gases poluentes, revelou à Agência Brasil o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

Segundo Tolmasquim, uma dessas metas consiste em reduzir ainda mais o metano (CH4), gás que tem maior impacto sobre o aquecimento global, na fase inicial de um processo anterior à produção (upstream), que atualmente está em 0,22 tonelada de metano por 1.000 toneladas de hidrocarboneto. A ideia é chegar até 2030 em 0,2 tonelada de CH4, considerado quase zero, disse o diretor.

A segunda meta “super ousada”, conforme Maurício Tolmasquim, é colocar em operação 14 novas plataformas do tipo FPSO (do inglês Floating Production Storage and Offloading), que podem produzir, armazenar e transferir petróleo e gás natural. 

“Apesar de aumentar a produção de petróleo e gás, nós estamos propondo manter o nível de emissões absolutas até 2028. Ou seja, a gente vai aumentar enormemente a capacidade de produzir petróleo e gás mantendo as emissões”, explicou. 

O próximo passo, segundo Tolmasquim, é reduzir mais, de modo a atingir 0% de emissões líquidas em 2050.

O Caderno do Clima 2024, divulgado nesta terça-feira (30), mostra que as emissões absolutas de gás carbônico (CO2) da companhia caíram 41% no período de 2015 a 2023, contra 39% entre 2015 e 2022. Em termos de metano, a emissão absoluta foi reduzida em 68%.

Carbono neutro

Maurício Tolmasquim ressaltou que toda a parte de descarbonização está ligada a um programa adotado pela estatal, denominado Carbono Neutro, que é transversal, isto é, envolve todas as áreas da Petrobras, sob a responsabilidade da gerência executiva de Clima e Descarbonização. 

Os técnicos ligados ao Programa Carbono Neutro estão sempre trabalhando no sentido de que processos e tecnologias sejam escolhidos pelo critério da maior economia, ou seja, quais são os potenciais de melhora na eficiência dos processos, de maneira a descarbonizar, disse Tolmasquim. “Graças a esse esforço é que a gente consegue melhorar as emissões”, avaliou. 

Com essa finalidade, foi criado um instrumento denominado Fundo de Descarbonização. A primeira carteira de projetos para uso desse fundo teve iniciativas nos segmentos de exploração e produção, refino, gás e energia e logística. O orçamento do Fundo de Descarbonização foi ampliado de US$ 600 milhões para US$ 1 bilhão no período 2024/2028.

A metodologia da Petrobras obriga seus executivos a escolher o projeto que apresente o melhor retorno para a empresa. “Essa é a regra”, garante Tolmasquim. 

Às vezes, entretanto, a diferença de investimento entre um projeto que dá maior retorno mas emite mais e outro que emite menos é tão pequena que a Petrobras recorre ao Fundo de Descarbonização, habilitando o executivo a obter recursos do fundo e escolher o projeto que emite menos.

“É um fundo interno em que a gestão é feita por um comitê. Tem todo um critério de governança, mas que permite manter a regra da empresa de sempre escolher aquele processo que dê maior retorno. Mas eu tenho um fundo que ajuda que aquele processo que emite menos seja competitivo com aquele que emite mais. Esse está sendo um instrumento muito valioso”, explicou Tolmasquim.

A gerente executiva de Clima e Descarbonização, Viviana Coelho, informou que, atualmente, o fundo conta com cerca de 700 oportunidades ou alternativas de redução de emissões. 

“O instrumento tem uma curva do custo marginal de abatimento que ordena, em termos de custo crescente, essas 700 alternativas. Isso está se mostrando muito eficaz”, acrescentou Tolmasquim.

Viviana disse que já são mais de 30 projetos no Fundo de Descarbonização. “Eles têm o potencial de reduzir as emissões do porte de uma refinaria inteira ou de três plataformas, para ter uma noção da escala desses projetos. É como se uma refinaria inteira deixasse de emitir ou se três plataformas deixassem de emitir”. 

DR com Demori recebe Alexandre Carlo, vocalista do Natiruts

O programa DR com Demori, que vai ao ar nesta terça-feira (30), traz uma conversa exclusiva com o músico Alexandre Carlo. Na entrevista, o vocalista da banda Natiruts fala sobre a turnê de despedida da banda e seus projetos futuros, além de discutir suas influências musicais, visão política e a questão da legalização da maconha.

Nascido em Brasília, capital do rock, Alexandre Carlo conta como foi introduzido ao universo musical de Bob Marley por seu irmão e como essa influência culminou na formação da banda de reggae nos anos 90. 

“O Bob Marley trouxe a poesia, trouxe a melodia que já havia no rock e na MPB. Mas ele traz também a contestação, a questão racial”, afirma.

Sobre o encerramento da banda, Alexandre revela que sente que explorou todas as possibilidades dentro do gênero reggae e que, agora, é hora de iniciar um novo capítulo em sua carreira, mantendo suas raízes musicais, mas ampliando horizontes.

“Acho que o Alexandre jamaicano com influências brasileiras está acabando agora e vai começar o Alexandre brasileiro, que vai continuar tendo influências jamaicanas. Eu amo reggae e vou continuar fazendo reggae, mas fazer um disco inteiro de reggae, dez canções e soar interessante, honestamente, eu não consigo mais, vai soar repetitivo”, diz.

A banda segue em uma turnê final pelos próximos dois anos, no Brasil e no exterior. Depois, ele pretende parar e dedicar mais tempo a si mesmo e à família.

Sobre o programa

O programa Dando a Real com Leandro Demori, ou simplesmente DR com Demori, traz personalidades para um papo mais íntimo e direto, na tela da TV Brasil. Já passaram pela mesa nomes como o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes; a deputada federal Erika Hilton; o psicólogo Alexandre Coimbra; e o fundador da banda Pink Floyd, Roger Waters.

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RJ: médicos receberão manual sobre obesidade e doença cardiovascular

A Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj) lança nesta quarta-feira (1º) o manual Obesidade e Doença Cardiovascular, destinado a médicos da rede pública de saúde. A publicação é inédita e será lançada durante o 41º Congresso de Cardiologia da Socerj, que começa hoje (30).

O diretor do Departamento de Hipertensão da Socerj e um dos editores do manual, Fábio de Souza disse à Agência Brasil que o manual traz conteúdos práticos, principalmente para médicos no início da formação, sobre a obesidade que assume proporções epidêmicas no país.

Existe hoje um grande número de pessoas que convivem com a obesidade e, por isso, é preciso que, além dos cardiologistas, os demais profissionais da área médica estejam cientes disso e consigam levar informações sobre a questão “da forma mais digerível possível”, afirmou Souza.

Os dados mais recentes, colhidos de 2006 a 2022, indicam que a taxa de obesidade em adultos no Brasil praticamente dobrou nesse período. Em 2006, a taxa era de 11% da população e, em 2022, passou para 22%, o que significa um quinto da população brasileira. “Isso é bastante robusto e constitui um risco à saúde. Não se trata somente de uma questão estética”, disse o cardiologista.

Ele ressaltou que o volume de informações científicas cresce de maneira exponencial e que é importante ter manuais como o da Socerj, com linguagem mais acessível, mais direta e conteúdo mais prático. “É uma forma de atualização, principalmente para o profissional médico que atua no Sistema Único de Saúde [SUS] e para aqueles que estão no início de carreira.”

Souza destacou a importância do manual como atualizador de dados para o tratamento da obesidade, tendo em vista que um em cada cinco brasileiros obesos pode ver aumentado o risco de doenças cardiovasculares ou sofrer de uma doença cardiovascular mais precocemente. ,E se houver outros fatores de risco associados, as doenças cardiovasculares podem ser ainda mais graves.

Capítulos

O manual foi montado em capítulos, escritos por profissionais que tratam de casos epidemiológicos, avaliação clínica do paciente obeso; tratamento farmacológico, remédios que são dados para tratamento da obesidade; endocrinologia e tratamento não farmacológico, que envolve atividade física e nutrição. A publicação aborda também a cirurgia metabólica e suas  principais indicações.

Outro capítulo trata da doença hepática associada à obesidade e ao acúmulo de gordura no fígado, que tem toda importância de risco cardiovascular associado. O principal foco é a doença cardiovascular, cujo risco é ampliado pela obesidade. “A obesidade aumenta esse risco por si só”, enfatizou o médico.

Fábio de Souza negou que haja preconceito contra pacientes que estão acima do peso. “Não é isso. O objetivo é tratar a obesidade como uma doença, porque existem dados bastante robustos em relação a isso. Sabe-se que estar acima do peso, com índice de massa corpórea (IMC) muito alto, por si só, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, e o tratamento de pacientes que já teriam essas doenças fica mais difícil. O impacto social é muito grande para a vida dos pacientes e também para nós, enquanto sociedade.”

O médico afirmou ainda que o SUS tem que estar preparado para o problema do aumento da obesidade no país, modificando a dinâmica do atendimento desses pacientes e trazendo o assunto para a mesa de discussão.

Durante o congresso, um curso gratuito sobre o manual será oferecido aos médicos, residentes e estudantes inscritos no evento, informou Souza.

O manual Obesidade e Doença Cardiovascular estará disponível no site do congresso após o lançamento. Mais informações sobre o evento, inscrições e programação completa podem ser obtidas neste endereço.

O 41º Congresso de Cardiologia da Socerj será realizado no Expo Mag, região central do Rio de Janeiro.

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença notificados em todo o país nos quatro primeiros meses. 

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada 100 mil habitantes. 

A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina. 

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos da dengue no país podem chegar a 4.225.885 de casos

Combate à dengue

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.

 

 

Arte/Agência Brasil

 

Flamengo goleia Santos por 7 a 0 no Brasileiro Feminino

No jogo que encerrou a 7ª rodada da Série A1 do Brasileiro Feminino, o Flamengo goleou o Santos por 7 a 0, na tarde desta segunda-feira (29) no estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador (Rio de Janeiro). Com este triunfo as Meninas da Gávea chegaram à 10ª posição da classificação com oito pontos. Já as Sereias aparecem na 11ª colocação com um ponto a menos.

Vitória maiúscula! O @Flamengo goleia o Santos e sobe na tabela! pic.twitter.com/e6VJZm83dE

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) April 29, 2024

Jogando em casa, o Flamengo não demorou a abrir o placar, logo aos 8 minutos do primeiro tempo Cristiane marcou de cabeça após a bola ser levantada na área. O placar permaneceu inalterado até os 26 minutos, quando Camila Martins marcou contra.

O terceiro da equipe da Gávea veio ainda antes do intervalo, com a artilheira Cristiane aproveitando boa jogada de Glaucia pela direita para finalizar com perfeição aos 32.

Na etapa final, aos 18, Glaucia fez bela jogada individual para ampliar para o Flamengo. O quinto das Meninas da Gávea saiu aos 23, com um chute no ângulo de Naná. Aos 30 Laysa recebeu de Fabi Simões, se livrou de uma adversária e ampliou para 6 a 0. O último gol no Luso Brasileiro saiu dos pés de Isadora, já aos 45 minutos.

Atuação nota 10! Jogou muito, @glauciajoga20! 👏#FLAxSAN 6-0 | #BRFEM07

📸 Staff Images/CBF pic.twitter.com/95noAKJWu1

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) April 29, 2024

Agora, o próximo compromisso do Flamengo na competição será o clássico com o Botafogo, a partir das 15h (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (2). No mesmo dia, mas a partir das 19h, o Santos recebe o Fluminense na Vila Belmiro.

Luciana Zogaib, da Rádio Nacional, ganha prêmio em festival de cinema

O primeiro gol narrado por uma mulher em uma transmissão esportiva da Rádio Nacional foi o vencedor do quadro Redação AM, do Cinefoot (festival de cinema de futebol do Brasil) realizado na noite do último domingo (28) na Estação Net Rio, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. A narração de Luciana Zogaib, integrante da equipe de Esportes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para o gol do meia uruguaio Nicolás de la Cruz, que abriu o placar da vitória do Flamengo sobre o Atlético-GO, por 2 a 1, no último dia 14 de abril, foi escolhida em meio a seis concorrentes, por meio de votação ao vivo envolvendo o público do evento.

A partida realizada no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela rodada inaugural do Campeonato Brasileiro, marcou também a estreia de Luciana na Rádio Nacional. Ela se tornou a primeira mulher a narrar um jogo de futebol pela emissora. Acostumada a pioneirismos, a locutora já havia sido a primeira narradora a transmitir uma final de Libertadores por uma rádio FM (Rádio Roquette-Pinto, do Rio de Janeiro).

“Só de estar ali entre os selecionados já estava bem legal, mas ser a primeira mulher a ganhar esse prêmio e ver a narração na tela do cinema foi muito bacana também. Isso abre caminho para outras mulheres. Esse gol tomar a repercussão que teve me dá certeza de que fiz a escolha certa para minha vida, mudando completamente de uma coisa que fiz por 24 anos e investindo tudo nisso [narração], para mim, é meio que uma resposta divina para seguir, ficar tranquila, pois vem muita coisa boa pela frente. É legal também porque a Rádio Nacional tem todo esse peso no futebol do Brasil, então botar a Rádio Nacional nesse cenário, ser responsável um pouco por isso, me dá satisfação e orgulho”, comemorou Luciana.

“É importante que a Rádio Nacional, que sempre foi exemplo e modelo, subiu esse degrau importante, com mulheres na narração depois de 90 anos de existência. Esse prêmio veio pela votação dos ouvintes, das pessoas que estavam no Cinefoot e que assistiram ao filme montado com os seis finalistas. Cinco eram homens. Só a Luciana era mulher. Estamos mostrando que o mercado precisa se abrir e que as mulheres têm espaço em qualquer área de atuação profissional. E com aprovação do ouvinte. Nosso trabalho está sendo reconhecido e aprovado”, declarou o gerente de Esportes da EBC, Paulo Garritano.

O jogo da estreia de Luciana e o gol premiado no Cinefoot também foi histórico por ser o primeiro da Rádio Nacional com uma equipe 100% feminina. Além da narradora, também participaram as comentaristas convidadas Rachel Motta e Brenda Balbi, com Verônica Dalcanal no plantão esportivo.

𝐀 𝐌𝐄𝐋𝐇𝐎𝐑 𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀ÇÃ𝐎! 🎙️⚽️

Um dos prêmios mais tradicionais do Cinefoot agora é de uma mulher, pela primeira vez!

Em uma das maiores disputas de gogó da história do festival, @luzogaib venceu!

𝐏𝐀𝐑𝐀𝐁É𝐍𝐒, 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐀𝐍𝐀! 🧡🙋🏻‍♀️ pic.twitter.com/Q2RNWmuTUs

— CINEfoot (@CINEfoot) April 29, 2024

“Ter uma equipe só de mulheres no ar numa transmissão na Rádio Nacional foi um momento marcante não só para a emissora, mas para as trajetórias pessoais de todas nós. O prêmio do Cinefoot vem coroar, em primeiro lugar, o talento e o trabalho da narradora Luciana Zogaib, além de premiar essa iniciativa importantíssima da EBC de ampliar a participação feminina nas transmissões. Há anos a equipe de esporte busca essa maior presença de mulheres na equipe, o que finalmente se tornou possível”, disse Verônica.

“Para a Rádio Nacional, é muito importante esse reconhecimento, porque tínhamos esse compromisso de ter a locução feminina na jornada esportiva, algo que a Nacional poderia ter feito há mais tempo, mas acho que, para a grande estreia, era preciso chegar com o time todo [feminino] e mostrar que futebol é lugar de mulher sim, e que elas podem estar em qualquer posto do rádio que quiserem. A Rádio Nacional fez esse trabalho de transformar o futebol em paixão nacional ao longo de décadas e pode, agora, colaborar para que outras rádios tenham como referência o fato de a locução feminina fazer parte das transmissões esportivas brasileiras”, concluiu Thiago Regotto, gerente-executivo de Rádios da EBC.

“Estou orgulhosa com todo nosso time de esporte, e a Luciana Zogaib é uma grande profissional que veio dar mais brilho a esta equipe. A EBC vive um momento importante no esporte, particularmente no futebol, com a Série B e, claro, com o Campeonato Brasileiro Feminino [na TV Brasil]. Esse é o jornalismo público que queremos. Estamos fazendo história e dando bons exemplos. Toda força às mulheres no esporte”, declarou a diretora de Jornalismo da EBC, Cidinha Matos.

Esta é a 14ª edição do Cinefoot, que segue até terça-feira (30) na Estação Net Rio e no Cine Teatro Eduardo Coutinho, em Benfica, zona norte do Rio. Único festival de cinema de futebol do Brasil, o evento traz pluralidade e diversidade de olhares sobre o esporte mais popular do país por meio de mostras, homenagens e debates. A programação traz, ao todo, 51 filmes, sendo 35 nacionais e 16 do exterior, com produções de Itália, Espanha, Alemanha, Chile, Estados Unidos, Irã, Suíça, Croácia e Egito.

SP: filha de Samara Felippo é vítima de racismo em colégio particular

A atriz Samara Felippo registrou um boletim de ocorrência eletrônico após sua filha, de 14 anos, ter sido vítima de racismo em uma escola de alto padrão em São Paulo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no registro dessa ocorrência a atriz mencionou que ofensas racistas foram escritas em um dos cadernos de sua filha. O caso foi registrado como “preconceito de raça ou de cor” e está sendo analisado agora pelo 14° Distrito Policial de Pinheiros, na capital paulista.

O episódio aconteceu na Escola Vera Cruz, em Pinheiros. Por meio de uma postagem em suas redes sociais, a atriz comentou que tem recebido apoio e que pretende seguir buscando pela Justiça.

“Racismo é crime e vou até o final para que seja aplicada a lei perante um crime. Precisa uma criança/adolescente preta ser humilhada pra escola enxergar que suas políticas antirracistas falham miseravelmente?”

As duas alunas identificadas como responsáveis pela agressão foram suspensas pela instituição de ensino. Os pais de uma delas, por meio de um comunicado que circulou nas redes sociais, lamentaram o ocorrido e disseram que vão retirar sua filha da escola.

No comunicado, os pais classificaram a atitude da filha e das colegas contra a jovem agredida como uma “violência injustificável”. Eles informam ainda que a filha já pediu desculpas à filha da atriz e que eles também já se desculparam com Samara.

“Vocês podem imaginar o tamanho do susto que levamos quando nossa filha nos contou voluntariamente na segunda-feira passada, ao voltar da escola, que havia sido ela – entre outras amigas – a praticar a violência contra a colega de classe. Pensando em tudo isso, e depois de muita reflexão, decidimos que a melhor solução neste momento é tirá-la do Vera”, escreveram os pais de uma das agressoras.

“Todos nós estamos de certa forma enlutados com esse caso. Não foi o primeiro caso de violência racial no Vera Cruz. Nem o Vera é um caso isolado nas escolas de São Paulo. As escolas são um microcosmos dessa nossa sociedade estruturalmente racista e violenta”, disseram esses pais.

Nota da escola

Por meio de nota, a Escola Vera Cruz informou que o caso ocorreu entre alunos do 9° ano.

“Um caderno de uma aluna negra foi roubado, teve folhas arrancadas, uma ofensa de cunho racial altamente ofensiva foi escrita em uma das páginas. Desde o primeiro momento, reconhecemos a gravidade deste ato violento de racismo, nomeando-o como tal, e imediatamente foram realizadas ações de acolhimento ao aluno agredido e sua família”, diz nota da escola.

A nota conta que as famílias das alunas agressoras se apresentaram à escola no dia seguinte ao fato e que “diversas medidas” foram tomadas para acolher tanto a vítima e sua família como as alunas agressoras e suas famílias.

“Depois de amplo e intenso processo de apuração, foi possível promover um encontro entre os três alunos envolvidos, com mediação da escola. Em seguida, os agressores foram informados das sanções definidas inicialmente, dentre elas, uma suspensão por tempo indeterminado”, diz nota da Vera Cruz.

Questionada sobre como pretende evitar que novos episódios dessa natureza aconteçam, a instituição disse que desde 2019 tem desenvolvido um projeto para as relações étnico-raciais.

“Ficou evidente a importância da ampliação do letramento racial, do não silenciamento de manifestações racistas, do pronto e amplo amparo às vítimas de eventuais agressões racistas e do encaminhamento adequado de ações de sanção e reparação nestes casos”, escreveu o colégio.

 

Governo vai insistir em programa Juros por Educação, diz Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira (29) que o governo vai insistir no Programa Juros por Educação para renegociar as dívidas dos estados com a União. A medida prevê a redução da taxa de juros real desses débitos, em troca da ampliação das vagas de ensino médio profissionalizante nesses estados. Alguns governadores já sinalizaram discordância, de acordo com Ceron, pois preferem ter liberdade para decidir em que áreas vão alocar esses recursos.

“O ensino médio é majoritariamente responsabilidade dos estados e é onde há maior deficiência no avanço do ensino. O ensino profissionalizante no Brasil é muito abaixo da média de outros países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]. Com do programa, o governo federal estaria abrindo mão dos juros para que os jovens pudessem ter profissões de nível médio e técnico. Seria muito saudável e colocaria o país em outro patamar”, disse o secretário.

No fim de semana, o governo do Rio de Janeiro anunciou que entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para suspender os pagamentos da dívida em caráter liminar, enquanto o montante total não é recalculado. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, Ceron declarou que considera a medida “muito preocupante”.

“O estado do Rio de Janeiro está no regime de recuperação fiscal, no qual tem vedações para incremento de despesas de pessoal e renúncia de receitas, e teve, entre 2021 e 2023, mais de 30%, salvo engano, de aumento de despesas com pessoal. Um dos maiores aumentos entre todos os estados da federação. É muito difícil ter um processo de recuperação fiscal com expansão de despesas nesses patamares.”

‘Dívida impagável’

Atualmente, o estado fluminense deve R$ 191 bilhões à União, e está sob a vigência do regime de recuperação fiscal assinado em 2017. O pacto concedeu condições especiais para o pagamento da dívida em parcelas, em troca de condicionantes fiscais.

Mas o governo fluminense argumenta que sua dívida têm subido ao longo das últimas décadas, porque foram impostas condições abusivas. Por isso, pede que os valores indevidos sejam excluídos do saldo devedor. Ainda de acordo com o governo, desde a década de 90, o estado já pagou R$ 108 bilhões à União, apenas em juros e encargos.

“Quando se iniciaram as primeiras renegociações, na década de 1990, a dívida estadual com a União estava em R$ 13 bilhões. Desde então, já foram pagos R$ 155 bilhões – sendo cerca de R$ 108 bilhões só de juros e encargos. Apesar do valor já pago, o Rio ainda deve R$ 160 bilhões à União e R$ 30 bilhões por empréstimos garantidos por ela. Há ainda R$ 1 bilhão em operações não garantidas pelo Governo Federal”, disse o governo do estado em nota divulgada no fim de semana.

O governo fluminense afirma que também foi prejudicado por políticas implementadas pelo governo federal, como a redução do ICMS de energia, telecomunicações e combustíveis, que levaram a uma perda de receita de R$ 9 bilhões por ano.

“A verdade é que há uma dívida multibilionária, impagável, que cresce muito mais do que a possibilidade de crescimento do nosso estado e até do país”, disse o governador Cláudio Castro. “Tentamos a renegociação, o diálogo e ainda não conseguimos chegar a um entendimento. São como juros do cartão rotativo: pagamos, pagamos e a dívida só aumenta. Seguiremos em discussão com o Governo Federal, em busca de uma solução.”

Dengue: Minas inaugura biofábrica do método Wolbachia

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.

Esses mosquitos, apelidados de Wolbitos, quando se reproduzem, passam a bactéria para novos mosquitos, fazendo com que menos insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.

“Estamos trabalhando em conjunto com o governo do estado [de Minas Gerais] para que possamos fazer com que essa fábrica possa expandir, não só para os 22 municípios que compõem a bacia de Brumadinho, mas para todos os municípios de Minas Gerais, depois do Brasil e da região das Américas”, disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel.

“O Ministério da Saúde tem um plano de expansão. Esta é a primeira biofábrica, além da do Rio de Janeiro. Teremos [ainda] uma no Ceará,  outra no Paraná e um plano de expansão para que a tecnologia desse mosquito, que tem uma bactéria que impede a transmissão da doença, possa então substituir a população de mosquitos que não têm a bactéria”, informou.

Experiência de Niterói

Em 2015, o método Wolbachia começou a ser implementado como projeto piloto em Niterói, no Rio de Janeiro.  No ano passado, o município se tornou o primeiro no país com 100% do território coberto pelo método. Os números indicam redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica.

Em 2015, ano da implantação do projeto, foram confirmados 158 casos de dengue em Niterói. Em 2016, foram 71 e, em 2017, 87. Em 2018, houve aumento para 224 casos, mas o número caiu para 61 no ano seguinte. A partir de 2020, com 85 casos, a curva seguiu em queda, com 16 registros em 2021 e 12 em 2022. Em 2023, foram confirmados 55 casos de dengue na cidade.

Efeito de médio prazo

Desenvolvido na Austrália, o método Wolbachia é usado no Brasil porque o país é, desde 2014, um dos 11 países que compõem o Programa Mundial de Mosquitos. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz, com financiamento do ministério em parceria com governos locais. Atualmente, estão incluídas na pesquisa as cidades de Campo Grande, Petrolina (PE), Belo Horizonte, Niterói (RJ) e Rio de Janeiro.

Ainda neste ano, o método deve chegar a mais seis cidades: Natal, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina e Foz do Iguaçu, ambas no Paraná, e Joinville (SC). A tecnologia, no entanto, não tem resultado imediato e precisa ser associada a outras ações para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, apesar de ter recebido o método Wolbachia, está em situação diferente da de Niterói e chegou a declarar situação de emergência por causa do aumento de internações por suspeita de dengue. No Rio, o  Wolbito foi liberado apenas em algumas regiões, e não em toda a cidade, como em Niterói.

Saúde alerta para vigilância e imunização contra febre amarela

Após o registro de dois novos casos de febre amarela na região de divisa entre São Paulo e Minas Gerais, o Ministério da Saúde emitiu um alerta pedindo que estados e municípios comuniquem casos suspeitos da doença com a maior agilidade possível – sobretudo em áreas onde há transmissão ativa do vírus.

Em nota, a pasta destacou que a agilidade é importante para que futuros surtos de febre amarela no país sejam evitados e para que ações de resposta sejam prontamente executadas caso haja necessidade.

O comunicado ressalta que a doença é facilmente evitável por meio de vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as idades. A cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil, entretanto, está abaixo do recomendado.

Casos

Nos últimos seis meses, quatro casos foram registrados no país – um em Roraima, um no Amazonas e dois em São Paulo. Desse total, três pacientes morreram.

Os dois casos mais recentes foram identificados em um homem de 50 anos, morador da região entre Águas de Lindóia e Monte Sião, que morreu; e em outro, de 28 anos, no município de Serra Grande, que já está curado.

Áreas endêmicas

De acordo com o ministério, a febre amarela é classificada como endêmica apenas na região amazônica, mas, de tempos em tempos, o vírus reaparece em outras áreas. A maior parte dos casos ocorre entre dezembro e maio.

“Surtos ocorrem quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão, como altas temperaturas, baixas coberturas vacinais e alta densidade de vetores e hospedeiros”, destacou a pasta.

A partir de 2014, o vírus reemergiu na Região Centro-Oeste e se espalhou, nos anos seguintes, para as demais regiões do país. Entre 2014 e 2023, foram registrados 2.304 casos de febre amarela em humanos e 790 mortes pela doença.

Recomendações

Entre as recomendações do ministério estão o alerta para que equipes de vigilância e de imunização intensifiquem as ações nas áreas afetadas, com ampliação para municípios vizinhos; a notificação do adoecimento ou morte de macacos; e a atenção a sintomas de febre leve e moderada em pessoas não vacinadas.

Vacinação

A pasta recomenda ainda que seja utilizada a estratégia da busca ativa de pessoas não vacinadas nas regiões de ocorrência de casos. Na última sexta-feira, 150 mil doses extras da vacina contra febre amarela foram disponibilizadas ao estado de São Paulo.

“Também foi feita a recomendação para o livre acesso à vacina nas unidades de saúde, sem a necessidade de agendamento prévio”, informou a nota. “Em mensagem enviada aos estados e municípios, o Ministério da Saúde também coloca à disposição equipes de apoio a investigação epidemiológica dos casos.”

Vacinação febre amarela – Ministério da Saúde