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Tragédia causada pelas chuvas evidencia racismo ambiental

A tragédia causada pelas chuvas que atingiram, neste final de semana, a zona norte da região metropolitana, deixando 12 pessoas mortas, evidencia a desigualdade na cidade em termos de acesso a serviços como saneamento básico e a moradia digna Segundo codiretor-executivo do Observatório da Branquitude, Thales Vieira, trata-se de uma tragédia anunciada, ou seja, que é prevista para esta época do ano e, mesmo assim, medidas efetivas não são tomadas: “Na prática essa população é deixada para morrer”.  

“Uma tragédia que toda hora a gente sabe que vai ocorrer com maior ou menor potencial de produzir vítimas fatais, mas a gente sabe que todo ano vai ocorrer essa tragédia, sobretudo na Baixada Fluminense”, diz, Vieira. As fortes chuvas que caíram no estado do Rio de Janeiro, nesse fim de semana, provocaram inundações e deslizamentos de terra em vários municípios do estado do Rio de Janeiro. Pessoas perderam as casas, que ficaram alagadas, e todos os pertences.  

Vieira ressalta que a tragédia atingiu principalmente um recorte específico da população, a população negra e de baixa renda. “Por isso que a gente fala que o racismo ambiental é produto de uma intenção efetiva de não produção de políticas para essas populações de não participação dessas populações das decisões que são tratadas de políticas que efetivamente são feitas ou não são feitas, que essa também é uma forma de fazer política, a omissão é uma forma também de fazer política, então essas políticas que não são feitas também para benefício dessa população. Então na prática essa população é deixada para morrer, efetivamente”, diz.  

Segundo Vieira, para mudar a situação é preciso garantir, sobretudo às regiões mais pobres, acesso ao saneamento básico e fazer obras para o escoamento efetivo de água, em regiões de alagamento. Para ele, falta vontade política daqueles que acabam se beneficiando com medidas assistencialistas. “Não pode falar que não esperava esse volume de chuva. A gente já sabe que ela vai acontecer. Então essas políticas precisam ser feitas, sobretudo de saneamento básico”, destaca.  

O coordenador de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Igor Travassos, em nota, também criticou a atuação dos governos. “Mais uma vez, cenas de destruição se repetem no Rio de Janeiro e ainda precisamos lidar com as mesmas justificativas por parte do governo e das prefeituras, que alegam surpresa para este tipo de evento climático”. 

Travassos também ressalta que as vítimas são, na maioria, pessoas negras e periféricas. “Diante de eventos como esse, fica cada vez mais perceptível que não estamos lidando somente com o despreparo dos governos no enfrentamento à emergência climática, mas com uma escolha política que viola o direito constitucional à vida. O que vemos é a inexistência de ações de prevenção, planos de adaptação às mudanças climáticas ou estrutura do Estado para responder aos eventos extremos. E é justamente por causa disso que hoje assistimos pessoas perdendo tudo, inclusive suas vidas”, diz.  

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou, pelo X, que governo federal e poderes locais estão agindo em conjunto pra redução de danos. A ministra também ressaltou que a tragédia evidencia o racismo ambiental. “Quando a gente olha os bairros e municípios que foram mais atingidos, como Acari, São João de Meriti, Anchieta, Albuquerque e Nova Iguaçu, a gente vê algo que eles todos têm em comum, que são áreas mais vulneráveis. Qual a cor da maioria das pessoas que vivem nesses lugares? Que mais uma vez estão ali perdendo suas casas, seus comércios, seus empregos, seus sonhos, sua esperança e sua vida com um todo?”, questiona a ministra.  

O ministério tem agido, de acordo com Franco, para que isso não volte a acontecer e para que as famílias recebam apoio. Segundo a ministra, a pasta está desde cedo em contato tanto com autoridades locais quanto com outras áreas do governo federal como os Ministérios das Cidades, do Desenvolvimento Regional, e do Desenvolvimento Social. A ministra também convoca a população a ajudar os atingidos pela tragédia.  

Sul das Américas entra em estado de alerta devido à passagem de uma baixa pressão

15 de janeiro de 2023

 

O que se espera entre amanhã e quinta-feira é tempo muito feio numa área que vai da metade norte da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul com o avanço de uma área de baixa pressão de oeste para leste, aliada a um fluxo de ar quente vindo da Amazônia. Segundo a Metsul, “condições particularmente perigosas de tempo severo podem se estabelecer na região na atuação deste sistema com tempo localmente muito severo e alto impacto para a população em diferentes cidades”.

O Inumet do Uruguai emitiu um alerta esta tarde para “tempestade fortes e pontualmente severas” que é válido da madrugada de terça até quarta-feira, enquanto a Defesa Civil do RS alertou para “temporais isolados acompanhados de descargas elétricas, eventual queda de granizo e ventos fortes que podem passar dos 70 km/h na Campanha, Sul, Sudeste, Centro, Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral”. Segundo a Metsul, os ventos podem chegar a 100km/h em alguns locais e há condições favoráveis até para tornados, principalmente na Argentina e Uruguai.

Além de ventos, também estão previstas chuvas fortes, que podem passar de 100mm/24 horas, raios e trovoadas e até granizo.

Outras áreas do Uruguai e RS também serão atingidas, mas com menos intensidade. Na quarta e quinta-feira, por exemplo, espera-se que chova em todo território gaúcho e também em Santa Catarina e no Paraná.

Fontes

 
 
 
 
 
 
 

Forças Armadas terão programa de prevenção em saúde mental

O Programa de Prevenção e Vigilância em Saúde Mental das Forças Armadas foi lançado pelo Ministério da Defesa nesta segunda-feira (15), com a publicação de uma portaria assinada pelo ministro José Mucio Monteiro, no Diário Oficial da União. A medida, que entra em vigor dia 1º de fevereiro, também cria um banco de dados unificado para acompanhamento epidemiológico dos casos de transtornos identificado entre os militares.

Embora não haja um estudo atual e específico sobre saúde mental nas Forças Armadas brasileiras, de acordo com o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em junho de 2022, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, viviam com algum transtorno mental em 2019.

A portaria destaca que o objetivo do programa é “desenvolver intervenções que contribuam para o aumento da informação e da percepção aos transtornos mentais e comportamentais em militares da ativa”. Para isso estão previstas ações educativas, capacitação das equipes que atuam no setor e padronização das atividades de prevenção e vigilância em saúde mental, a partir de análises dos tratamentos ofertados e do intercâmbio de conhecimento sobre o tema com Ministério da Saúde e outras iniciativas nacionais e internacionais.

O texto atribui ao Departamento de Saúde e Assistência Social da Secretaria de Pessoal, Saúde, Desporto e Projetos Sociais a coordenação do plano. O órgão será assessorado pelo Comitê de Prevenção e Vigilância em Saúde Mental (Coprevisam), também instituído pela portaria e formado por representantes técnicos tanto de departamentos do Ministério da Defesa, quanto dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Além de fiscalizar e subsidiar as políticas públicas que formarão o programa, o colegiado de caráter consultivo, também será responsável por monitorar e avaliar estudos e pesquisas relativos à prevenção e vigilância em saúde mental nas Forças Armadas.

Hospital em área atingida por temporal no Rio adia consultas

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, anunciou na noite desse domingo (14) o adiamento de todas as consultas médicas no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla por 15 dias, mantendo o horário das marcações.

O hospital fica no bairro de Acari, na zona norte do Rio, a região mais afetada pelo temporal que atingiu a cidade no fim de semana.

Segundo Soranz, caso o paciente considere que seu caso não pode esperar, os profissionais do hospital estarão disponíveis para fazer o atendimento no Super Centro, em Benfica, na data e hora agendada.

A cidade retornou ao estágio 2, em uma escala de 1 a 5, na manhã desta segunda-feira. Quanto maior a numeração, maior o impacto das ocorrências monitoradas pelo Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR).

Segundo o COR, não há previsão de chuva moderada a forte para as próximas três horas, nem há núcleos de chuva na cidade ou no seu entorno.

O temporal que atingiu o Rio de Janeiro de sábado para domingo alagou áreas da região metropolitana, provocou deslizamentos e causou ao menos 11 mortes.

Ciclone Belal chega à Reunião com ventos de 200km/h

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Esta notícia é sobre um evento atual ou em curso. A informação pode mudar rapidamente e pode haver pequenos erros quanto à redação e precisão.

14 de janeiro de 2023

 

Belal hoje

O ciclone tropical Belal (fenômeno conhecido como furacão nos Estados Unidos e tufão na Ásia quando os ventos sustentados passam de 120 km/h) chegou esta manhã (em horário local) ao território francês de Reunião, no sudeste africano. Segundo o Météo France Reunion, os ventos alcançaram mais de 200 km/h nos locais mais altos da ilha, 200 km/h nas terras altas habitadas e cerca de 150 km/h nas terras baixas. Ventos de 200km/h correspondem a um ciclone tropical de categoria 3 na Escala Saffir Simpson.

O governo de Reunião esta madrugada havia emitido um alerta roxo, o mais alto existente, com o aviso de que todos devessem permanecer em casa. Este alerta seguiu um vermelho emitido ontem e um laranja emitido no sábado. Esta tarde (horário local) o alerta roxo foi substituído por um vermelho, mas as pessoas ainda estão orientadas a ficar em casa e acompanhar os avisos emitidos.

Neste momento (7h da manhã no Brasil e 14h em Reunião), o sistema, que entrou na região noroeste, já está no sudeste da ilha e, segundo o Méteo, “enfraqueceu em intensidade durante o seu trânsito sobre Reunião, mas mesmo assim permanece na fase de ciclone tropical”.

Ventos e chuvas fortes e agitação marítiima, com ondas que podem passar de 10 metros de altura, ainda estão previstas ao menos nas próximas 24 horas.

Agitação marítima, com ondas de mais de 8 metros, e chuvas com precipitação de 500-1.000 mm/24h também são esperadas.

Trajetória incerta

Equanto o Méteo France diz que ele tocou terra na ilha, o governo local escreveu que “a parede do olho transitou num eixo La Possession – Saint-Denis, sem realmente entrar na terra, antes de se deslocar em direção a Sainte-Marie e Sainte- Suzana”.

Temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2023-2024

Este é o segundo ciclone da temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2023-2024 a chegar ao sudeste da África este ano, após Álvaro se formar no Canal de Moçambique e rumar para leste, atingindo Madagascar em 1º de janeiro passado como uma tempestade tropical.

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Transferência bancária por DOC termina nesta segunda-feira

Após quatro décadas de existência, a transferência por meio de Documento de Ordem de Crédito (DOC) acaba nesta segunda-feira (15), às 22h. Nesse horário, os bancos deixarão de oferecer o serviço de emissão e de agendamento, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, para transferência entre instituições financeiras distintas.

No ano passado, as instituições bancárias haviam anunciado o fim da modalidade de transferência. A data máxima de agendamento do DOC vai até 29 de fevereiro, quando os bancos terminam de processar os pagamentos, encerrando o sistema definitivamente.

Além do DOC, deixará de ser oferecida também, as 22h de hoje, a Transferência Especial de Crédito (TEC), modalidade por meio da qual empresas podem pagar benefícios a funcionários e que também está em desuso.

Nos últimos anos, o DOC e a TEC perderam espaço para o Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas. Criado em 1985, o DOC permite o repasse de recursos até as 22h, com a transação sendo quitada no dia útil seguinte à ordem. Caso seja feito após esse horário, a transferência só é concluída dois dias úteis depois.

Estatísticas

Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central, as transações por DOC somaram 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no período.

Em número de transações, o DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), da TED (448 milhões), dos boletos (2,09 bilhões), do cartão de débito (8,4 bilhões), do cartão de crédito (8,4 bilhões) e do Pix, a modalidade preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões de operações.

Utilizada principalmente para transferência de grandes valores, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) continuará em vigor. Criada em 2002, a TED permite o envio dos recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a transação levando até meia-hora para ser quitada.

Fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo dobrou desde 2020

A fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo mais que dobrou desde 2020, passando de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões, a uma taxa de US$ 14 milhões por hora. No mesmo período, no entanto, quase 5 bilhões de pessoas ficaram mais pobres. O levantamento é do novo relatório Desigualdade S.A., lançado nesta segunda-feira (15) pela Oxfam, organização que faz parte de um movimento global contra a pobreza, a desigualdade e a injustiça.

O relatório revela que, se a tendência atual for mantida, o mundo terá o primeiro trilionário em uma década, enquanto o fim da pobreza poderá levar mais de 200 anos para chegar. A Oxfam defende uma série de medidas para interromper esse ciclo de acúmulo de riqueza, como oferta de serviços públicos, regulação de empresas, quebra de monopólios e criação de impostos permanentes sobre riqueza e lucros excedentes.

A diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, ressalta que os super-ricos concentram cada vez mais poder, além de riqueza, e que isso agrava as desigualdades no mundo. “No Brasil, a desigualdade de renda e riqueza anda em paralelo com a desigualdade racial e de gênero – nossos super-ricos são quase todos homens e brancos. Para construirmos um país mais justo e menos desigual, precisamos enfrentar esse pacto da branquitude entre os mais ricos”, diz Katia, em nota.

Os destaques do relatório em relação ao Brasil mostram que, em média, o rendimento das pessoas brancas é mais de 70% superior ao das negras. Quatro dos cinco bilionários brasileiros mais ricos tiveram aumento de 51% da riqueza desde 2020. Enquanto isso, no mesmo período, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres.

A pessoa mais rica do país tem fortuna equivalente ao que tem a metade da população mais pobre do Brasil, ou seja, 107 milhões de indivíduos. A parcela de 1% dos mais ricos tem 60% dos ativos financeiros do Brasil.

Publicado na data de início do Fórum Econômico Mundial de 2024, que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça, o relatório mostra que sete das 10 maiores empresas do mundo tem um bilionário como CEO (diretor executivo) ou principal acionista. Tais empresas têm valor estimado de US$ 10,2 trilhões, mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de todos os países da África e da América Latina.

Katia Maia ressalta que o poder corporativo e monopolista desenfreado é uma máquina geradora de desigualdade, que pressiona trabalhadores, promove a evasão fiscal, privatiza o Estado e estimula o colapso climático. A conclusão é que as empresas estão canalizando a maior parte da riqueza gerada no mundo para uma ínfima parcela da população, que já é super-rica.

“E também estão canalizando o poder, minando nossas democracias e nossos direitos. Nenhuma empresa ou indivíduo deveria ter tanto poder sobre nossas economias e nossas vidas. Ninguém deveria ter US$ 1 bilhão!”, acrescenta Katia. A Oxfam destaca como os monopólios farmacêuticos privaram milhões de pessoas das vacinas contra a covid-19 durante a pandemia, criando o que chamou de um apartheid (segregação) vacinal, enquanto um grupo de bilionários continuava enriquecendo.

Para Amitabh Behar, diretor executivo interino da Oxfam Internacional, o que a sociedade está testemunhando é o começo de uma década de divisão, com bilhões de pessoas sofrendo os impactos da pandemia, da inflação e das guerras, ao mesmo tempo em que as fortunas dos bilionários continuam em ascensão. “Essa desigualdade não é acidental. A classe dos bilionários está assegurando que as corporações entreguem mais riqueza a eles próprios às custas de todos nós”, afirma, em nota.

Dados do relatório revelam também que, a cada US$ 100 de lucro obtido por cada uma das 96 maiores empresas do mundo entre julho de 2022 e junho de 2023, US$ 82 foram pagos a seus acionistas mais ricos.

A análise dos dados do World Benchmarking Alliance, feita pela Oxfam em mais de 1.600 grandes corporações, mostrou que apenas 0,4% estão publicamente comprometidas com o pagamento de salários justos. A entidade estima que levaria 1,2 mil anos para uma mulher que trabalha no setor de saúde ganhar o montante que um CEO médio de uma das empresas da lista de 100 maiores da revista Fortune ganha em um ano.

Para a Oxfam, os governos devem assumir a responsabilidade diante desse cenário e reduzir drasticamente a diferença entre super-ricos e o restante da sociedade por meio de ações, como assegurar saúde e educação universais e explorar setores chave como energia e transporte.

“O poder público pode controlar o poder corporativo desenfreado e as desigualdades, obrigando o mercado a ser mais justo e livre do controle dos bilionários. Os governos devem intervir para acabar com os monopólios, capacitar os trabalhadores, tributar esses enormes lucros empresariais e, o que é crucial, investir em uma nova era de bens e serviços públicos”, recomenda Behar.

Segundo a entidade, os governos precisam controlar o poder corporativo, incluindo a quebra de monopólios e a democratização das regras de patentes, legislar sobre salários dignos, limitar os salários dos CEOs e criar impostos para os super-ricos e empresas, com impacto sobre a riqueza permanente e sobre lucros excessivos. A estimativa é que um imposto sobre a riqueza dos milionários e bilionários poderia gerar US$ 1,8 trilhões por ano.

De acordo com a Oxfam, a solução passa também pela reinvenção dos negócios, tirando a concentração de renda das mãos dos acionistas e colocando para os trabalhadores. Para a Oxfam, empresas de propriedade democrática equalizam melhor os rendimentos dos negócios. A organização estima que, se apenas 10% das empresas dos Estados Unidos fossem propriedade dos trabalhadores, isso poderia duplicar a parcela de riqueza da metade mais pobre da população do país.

Irã: ataque em Kerman partiu de terroristas do Afeganistão

14 de janeiro de 2024

 

Mais de uma semana depois de o Irã ter sofrido o ataque terrorista mais mortal em décadas, os seus governantes islâmicos disseram que um dos homens-bomba treinados no Afeganistão com o grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Os líderes iranianos prometeram retaliar os perpetradores do EI nos atentados suicidas de 3 de janeiro que mataram pelo menos 90 pessoas na cidade de Kerman, enquanto participavam de um memorial para o comandante iraniano Qassem Soleimani no quarto aniversário de sua morte em um ataque de drone dos EUA.

Em um comunicado publicado na quinta-feira, o Ministério da Inteligência do Irã identificou um dos dois homens-bomba como um cidadão do Tajiquistão de 24 anos chamado Bazirov israelense e disse que ele recebeu vários meses de treinamento em um campo do EI na província de Badakhshan, no nordeste do Afeganistão, que faz fronteira com o Tadjiquistão. Ele disse que após seu treinamento, contrabandistas o ajudaram a cruzar a fronteira para a província de Sistan Baluchistão, no sudeste do Irã, perto da cidade de Saravan.

A declaração do Ministério da Inteligência marcou a primeira vez que o Irã identificou publicamente o vizinho Afeganistão como fonte do ataque de Kerman. Ele também disse que Teerã considera a busca por justiça contra os perpetradores “além das fronteiras [do Irã]” como um “dever certo e definido”.

No entanto, as opções do Irã para ataques retaliatórios no Afeganistão são limitadas pela sua relação diplomática com o governo islâmico talibã do Afeganistão, de acordo com pesquisador estadunidense Aaron Zelin, do Instituto de Política do Oriente Próximo de Washington, que lidera um projecto que rastreia a actividade do EI em todo o mundo. O Irã e os Taliban veem o grupo EI e os Estados Unidos como adversários comuns.

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Lista de universidades com vagas para o Sisu já está disponível

Já está disponível para consulta a lista de instituições de ensino superior que vão oferecer vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024. São 127 universidades, distribuídas por todo o país, e 264.360 vagas, a maioria delas para cursos em tempo integral, com 121.750 vagas para cotas e 19.899 para ação afirmativa própria da instituição.

As inscrições para o processo seletivo começam no dia 22 de janeiro. Os estudantes podem escolher entre instituições federais, estaduais, municipais e da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a lista de entidades com maior número de vagas é liderada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 9.240 vagas. Em seguida, estão a Universidade Federal Fluminense (UFF), com 8.788, e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com 7.750.

Entre as instituições públicas estaduais, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) tem o maior número de vagas, com quase 6 mil oportunidades. O segundo lugar ficou com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), com 4.215; e o terceiro, com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que oferecerá 2.610. Quanto à oferta do Sisu em instituição de educação superior pública municipal, a única participante do programa é a Faculdade Municipal de Educação e Meio Ambiente (Fama), no Paraná, com 86 vagas.

A partir de 2024, o Sisu terá apenas uma edição por ano. O programa seleciona estudantes para vagas em universidades públicas de todo o país com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Criado em 2009 e implementado em 2010, o Sisu era realizado tradicionalmente duas vezes por ano, selecionando estudantes para vagas no ensino superior tanto no primeiro quanto no segundo semestre de cada ano.

O sistema reúne em uma mesma plataforma as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais. Para participar, os estudantes devem ter feito a última edição do Enem e não podem ter tirado zero na prova de redação.

Na hora da inscrição, os candidatos podem escolher até duas opções de curso nas quais desejam concorrer a vagas. Uma vez por dia, durante o período de inscrição, é divulgada a nota de corte de cada curso, baseada nas notas dos candidatos inscritos até aquele momento. Os estudantes podem mudar de opção de curso até no último dia de inscrição.

A edição do início do ano contou com a maior participação de instituições e teve a maior oferta de vagas. Na primeira edição de 2023, foram ofertadas 226.399 vagas de 6.402 cursos de graduação em 128 instituições federais, estaduais ou municipais de ensino, sendo 63 universidades federais. A segunda edição de 2023 disponibilizou 51.277 vagas em 1.666 cursos de graduação, de 65 instituições de educação superior.

Frederico X: Dinamarca já tem novo monarca

14 de janeiro de 2024

 

Frederik André Henrik Christian já é o novo Rei da Dinamarca como Frederico X. Ele sucedeu sua mãe, a Rainha Margarida II da Dinamarca, que havia anunciado sua abdicação durante seu tradicional discurso de ano novo, surpreendendo os dinamarqueses. Ela então justificou: “depois da cirurgia na coluna em fevereiro passado, pensei novamente sobre o futuro e decidi que chegou o momento de uma nova geração”. Margarida sempre negou que algum dia abdicasse do trono e hoje completava exatos 52 anos como chefe-de-estado do país.

A proclamação de Frederico, rito que é o adotado na Dinamarca, foi feita pela primeira-ministra Mette Frederiksen, num momento histórico para o país, já que é a primeira vez na história que este papel coube a uma mulher. Frederiksen e Frederico apareceram na sacada do Palácio às 15 horas (horário local), após um Conselho de Estado que havia iniciado às 14 horas, no qual Margarida assinou a Ata de Abdicação, enquanto o novo monarca assinou sua posse e seu filho mais velho, Christian, foi oficialmente declarado Príncipe Herdeiro da Dinamarca.

Após Frederiksen e Frederico lerem seus discursos e a política dizer “hurra, hurra” algumas vezes, ela deixou a sacada, dando espaço à esposa de Frederico, Mary, que agora é a Rainha [Consorte] da Dinamarca. Eles se abraçaram, dois meses após um escândalo tomar as manchetes mundiais, quando o agora Rei foi fotografado deixando a casa de uma mulher em Madrid, especificamente Genoveva Casanova, que já havia sido nora da falecida Duquesa Caetana de Alba, uma das nobres mais ricas e famosas da Europa.

Os quatro filhos do casal também apareceram na sacada, primeiro Christian e depois Isabella, Vincent e Josephine, e acenaram para milhares de pessoas que se aglomeravam no local. O novo casal real também se beijou antes de voltar a entrar no palácio, recebendo centenas de vítores. “Foi um beijo de cinema” escreveu a Vanitatis, enfatizando, no entanto, que alguns acreditam que a cena foi apenas “de fachada”.

Emoção à flor da pele

Durante a transmissão da cerimônia, pode-se ver Margarida e Frederico muito emocionados. Segundo a imprensa dinamarquesa, após assinar a Ata, a agora Rainha Emérita disse apenas “então… Deus salve o novo rei”, levantou-se e indicou a cadeira central ao filho, deixando a sala após receber a bengala de seu neto Christian.

Na sacada, novamente, Frederico se emocionou e seus olhos marejaram de lágrimas. A revista espanhola Hola recorda: “muito emocionado, em imagens que lembram o seu casamento com Mary Donaldson em maio de 2004, quando não parava de chorar ao ver a mulher da sua vida aproximar-se do altar”. O mesmo meio de comunicação nega que as fotos de Frederico e Genoveva revelem algo mais que uma amizade – num comunicado após o sucedido a aristocrata negou o affair, dizendo que eles eram amigos e que ela havia atuado como uma expert em arte quando Frederico havia visitado a capital espanhola para um tour cultural.

Segundo a Hola, justamente por se deixarem ver em público sem usarem qualquer forma de disfarce, os dois seriam apenas bons amigos.Fizeram tudo “com a normalidade e naturalidade de duas pessoas que não têm nada a esconder – sem óculos escuros, chapéus ou lenços estrategicamente colocados”, escreveu a revista em novembro passado, após a revista espanhola Lecturas publicar as fotos com exclusividade. “Hoje, o casal real calou os rumores de crise entre eles, fundindo-se em um beijo apaixonado aos olhos do mundo”, escreveu a Lecturas.

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