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PF faz operação contra venda de vinhos contrabandeados no Rio 

Policiais federais fazem, nesta quarta-feira (20), operação para desarticular um esquema de venda de vinhos contrabandeados no norte do estado do Rio de Janeiro. A operação Estáfilo, que conta com o apoio da Receita Federal, cumpre cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Campos dos Goytacazes. 

Os mandados estão sendo cumpridos em endereços residenciais e comerciais na cidade de Macaé. 

Segundo a Polícia Federal (PF), os vinhos comercializados no esquema entravam no Brasil de forma irregular, sem o controle do Ministério da Agricultura, e eram vendidos, em média, pela metade do preço daquele ofertado no mercado. 

A PF investiga os crimes de contrabando e associação criminosa. De acordo com a PF, o nome da operação é uma referência a Estáfilo, filho de Dioniso, o Deus do Vinho na mitologia grega. 

Rio: Plano Diretor pode piorar questão habitacional, dizem urbanistas

Especialistas em planejamento urbano manifestam preocupação com o novo Plano Diretor do Rio de Janeiro, aprovado pela Câmara Municipal na madrugada da última terça-feira (12). O projeto recebeu 1.236 emendas e 473 foram acolhidas. A redação final ainda vai ser encaminhada para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.

Para Tarcyla Fidalgo, advogada e doutora em planejamento urbano pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o novo plano privilegia a ideia de cidade como mercadoria e coloca questões sociais em segundo plano. 

“Temos mais um Plano Diretor que não está comprometido com os instrumentos de política urbana, que deixa tudo para a legislação posterior. E essa legislação só é estabelecida se for do interesse do mercado imobiliário. Estamos falando de regulamentação feita para empreendedores ou para construções de média e alta renda. É um plano que, mais uma vez, afasta e fecha os olhos para a realidade dos subúrbios e das favelas”, disse Tarcyla, que também é pesquisadora do Observatório das Metrópoles. 

A pesquisadora mostra preocupação específica com a nova possibilidade de regularização fundiária e remembramento de lotes, procedimento pelo qual agora dois ou mais terrenos podem ser unificados. Grupos sociais de menor renda correm o risco de ficar mais vulneráveis em transações imobiliárias. 

“A questão é que você pode regularizar, entregar a escritura para os moradores, e chegar um incorporador imobiliário, por exemplo, no Vidigal, e começar a comprar as casas por um valor bem abaixo do que elas valem. Mas para os moradores vai ser muito dinheiro. O comprador junta todos os terrenos e faz um resort. Isso é muito perigoso para as nossas favelas, principalmente as da zona sul, que despertam maior interesse do mercado”, diz Tarcyla. 

Todo município no Brasil conta com um Plano Diretor para orientar políticas de desenvolvimento e ordenamento urbano. A previsão legal é que ele se estenda por no máximo dez anos. No Rio de Janeiro, o último tinha sido estabelecido em 2011 e, desde 2021, havia muita expectativa por uma revisão. 

O arquiteto e urbanista Filipe Marino, professor da Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), alerta para o item do plano que trata de mudanças no adensamento da cidade. Ou seja, a forma como se pensa a quantidade de pessoas que vivem em determinado local. O caso da zona oeste é considerado o mais crítico, pelas características da região. 

“Aumento da densidade sem um respaldo de infraestrutura, principalmente a de transporte, é ponto preocupante. Precisamos ver o que vai acontecer na zona oeste, porque a distância dos bairros em relação ao centro é grande. Há uma massa expressiva de pessoas que fazem esse movimento diário em duas ou três horas. Com bairros mais densos, precisamos de grande capacidade de transporte, melhorar a qualidade dos trens, ampliar o BRT [ônibus que circulam em corredores expressos] e chegar com o metrô na região”, diz Marino. 

Outro ponto que precisa ser monitorado, segundo o urbanista, é como vão ser administradas as Áreas de Especial Interesse Social (AEIS). São caracterizadas assim as partes do território demarcadas para assentamentos habitacionais de famílias de baixa renda. 

“O Plano Diretor sinaliza o aumento das AEIS, o que é uma coisa boa, mas os mecanismos de financiamento ainda não estão tão claros. E se não tiver esses mecanismos para habitação de interesse social, não vamos sair muito do panorama em que nos encontramos”, diz Filipe. “Esse é um problema urgente do Rio de Janeiro. Existem leituras de que o novo plano pode aprofundar problemas habitacionais que já existem na cidade”. 

Pontos positivos 

Apesar das preocupações com as mudanças no Plano Diretor, os especialistas destacam que existem avanços em alguns pontos, como a inserção de um capítulo que trata especificamente das favelas no município. 

“Um dos pontos mais importantes é o reconhecimento da favela como uma unidade de planejamento. Você lançar luz e focar nesse planejamento é muito importante. É um reconhecimento tardio. Mas, considerando essa modalidade de moradia, que é muito expressiva no Rio de Janeiro, quase metade da população mora em assentamento com algum nível de precariedade. A cidade só tem a ganhar ao trazer esse ponto para discussão e formalização”, diz Filipe Marino. 

“Esse capítulo foi fruto de um esforço coletivo de várias entidades da sociedade civil, vários profissionais, técnicos da área, que trabalharam em conjunto no texto. Na sua versão original, era um texto bastante amplo, bastante completo, tentando dar conta dos desafios do direito à terra, da questão fundiária, da regularização das casas. Mas também apontando para alguns desafios urgentes como a justiça climática e o risco dos desastres ambientais. A gente sabe que ele perdeu um pouco da densidade e vários dispositivos que eram mais enfáticos sobre as obrigações do Poder Público foram vetados. Mas mesmo ele tendo sido mutilado, o fato de ter entrado no Plano Diretor é, por si só, muito simbólico”, explica Tarcyla Fidalgo. 

Polícia prende suspeito de organizar arrastões em Copacabana 

A Polícia Civil prendeu um suspeito de organizar assaltos coletivos, conhecidos como arrastões, em Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O jovem, de 21 anos, estava escondido na casa do pai, na Baixada Fluminense, e tinha contra ele um mandado de prisão pendente. 

Segundo a Polícia Civil, a identificação do suspeito ocorreu depois de uma investigação, que envolveu levantamento de informações, depoimentos de testemunhas e vítimas e análise de imagens.  

Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele aliciava pessoas para cometer os crimes, nos fins de semana, no momento em que as vítimas saíam das praias. Entre os aliciados estão adolescentes.  

Além do mandado de prisão, o jovem tinha contra ele mais de dez anotações criminais por roubo e furto cometidos em diversas áreas da cidade. Ele também já tinha sido preso anteriormente.

Recentes notícias veiculadas na imprensa sobre casos de roubos na orla de Copacabana, um dos principais destinos turísticos do Rio de Janeiro e do país, levaram o governo fluminense a anunciar um aumento das abordagens policiais e redistribuição do patrulhamento na região, na semana passada.

A polícia também monitora grupos de justiceiros, moradores que decidiram se unir para buscar e agredir suspeitos de roubos em Copacabana.

Banco Mundial: inflação dos preços dos alimentos excedeu a inflação global em 76% em 166 países

2 de dezembro de 2023

 

A inflação dos preços dos alimentos excedeu a inflação global em 76% em 166 países, de acordo com o Banco Mundial, que ainda aponta que os países mais afetados estão na África, América do Norte, América Latina, Sul da Ásia, Europa e Ásia Central.

A inflação superior a 5% é sentida em 52,4% dos países de rendimento baixo, 88,6% dos países de rendimento médio-baixo e 61% dos países de rendimento médio-alto.

Conflito Israel-Hamas

A Guerra Israel-Palestina deixa o Banco Mundial preocupado. Segundo a entidade, há um “risco fundamental” de que a escalada do conflito no Oriente Médio leve a um aumento generalizado nos preços. “Isto [o conflito] pode levar a preços mais elevados do petróleo, o que por sua vez aumentaria os custos de produção e transporte de alimentos e fertilizantes. Além disso, se os preços do gás natural e do carvão aumentarem ou se o conflito afetar os principais exportadores de fertilizantes à base de azoto da região, os preços dos fertilizantes também poderão aumentar, afetando ainda mais os custos dos alimentos”, diz a instituição.

Focos de fome

Segundo o Banco Mundial, 22 países e territórios exigirão ação urgente até abril de 2024, entre eles Burkina Faso, Mali, Palestina, Sudão do Sul e Sudão, que são os focos de fome de maior preocupação, com um número significativo de pessoas em risco de falta de alimentos. “Estes países também foram destacados como sendo os mais preocupantes na atualização anterior de maio de 2023, com exceção da Palestina, que foi adicionada devido à grave escalada do conflito no mês passado”, diz a entidade.

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Conforme os Termos de Uso do Banco Mundial podem ser usados conforme a licença Creative Commons Attribution 4.0 International – CC BY 4.0, que permite copiar e remixar o material, para qualquer finalidade, inclusive comercial, desde que citada a fonte.

FGTS terá orçamento de R$ 142,3 bilhões para 2025

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terá R$ 142,3 bilhões disponíveis no próximo ano para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. O Conselho Curador do fundo aprovou o orçamento para 2025.

O valor representa alta de 1,93% em relação a 2024. Neste ano, o FGTS tem orçamento de R$ 139,6 bilhões.

A maior parte dos recursos será empregada na habitação, que receberá R$ 126,8 bilhões. Apenas o programa Minha Casa, Minha Vida terá R$ 123,5 bilhões em investimentos, mais que os R$ 121,1 bilhões disponíveis neste ano.

O programa habitacional também terá R$ 12 bilhões de subsídios (descontos nos empréstimos) com recursos do FGTS, mais que os R$ 11 bilhões previstos para 2024. Os gastos para subsidiar o programa estão em outra rubrica do Fundo de Garantia, fora dos investimentos e do cálculo de R$ 142,3 bilhões.

Segundo o Conselho Curador, a meta é financiar 83% da dotação em imóveis novos e 17% em unidades usadas no Minha Casa, Minha Vida.

O FGTS terá à disposição R$ 8 bilhões para projetos de infraestrutura urbana e R$ 7,5 bilhões para saneamento básico. Em relação ao ano atual, os valores subiram. Para 2024, o FGTS destina R$ 6 bilhões a cada categoria.

A única redução para o próximo ano ocorreu na linha Pró-Cotista, que concede financiamentos habitacionais a juros mais baixos aos trabalhadores com conta no FGTS. O valor passou de R$ 5,5 bilhões este ano para R$ 3,3 bilhões no próximo. A diminuição ocorreu apesar dos pedidos do setor imobiliário.

Projeções sustentáveis

Segundo o Ministério das Cidades, a proposta orçamentária do FGTS é sustentável nos próximos quatro anos e tem como base a evolução do patrimônio líquido do fundo no período: de R$ 113,3 bilhões, em 2025, para R$ 117,9 bilhões, em 2028. A pasta afirma que tem condições de cumprir o orçamento no médio prazo, apesar da mudança no cálculo da rentabilidade no fundo.

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o FGTS garanta a correção pela inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A correção incidirá sobre o saldo atual das contas, não sobre valores retroativos.

A reposição da inflação pode ser alcançada com a distribuição dos lucros do FGTS que ocorre a cada ano. Pela decisão do STF, fica mantido o atual cálculo que determina a correção com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela Taxa Referencial (TR). Se o cálculo atual não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do FGTS estabelecer a forma de compensação. A inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 4,47%.

Fórmula 1 injetará R$ 2 bilhões na economia paulistana, estima SPTuris

A São Paulo Turismo (SPTuris), empresa da prefeitura da capital paulista, estima que o Grande Prêmio de Fórmula 1, que ocorrerá neste fim de semana, com atividades nos dias 1º, 2 e 3 de novembro, deverá injetar cerca de R$ 2 bilhões na economia do município. A projeção supera a cifra de R$ 1,64 bilhão alcançada no evento em 2023.

“O GP São Paulo Fórmula 1 tem um destaque natural na estratégia de atrair público do interior paulista, de outros estados e do exterior. Trata-se de um turista fiel, que consome produtos e serviços da cidade, aquecendo de forma democrática diversos setores econômicos e, como consequência, com impacto social positivo por meio da geração e manutenção de empregos”, destacou o presidente da SPTuris, Gustavo Pires.

Para a corrida deste ano, a cidade investiu R$ 37 milhões em reformas, como o recapeamento completo do asfalto do Autódromo de Interlagos e outras obras de infraestrutura. Também está em construção o novo Hospitality Center, espaço de 22 mil metros quadrados que dará visão privilegiada para o miolo do autódromo e para os palcos de shows.

Perfil do público

Pesquisa do Observatório de Turismo e Eventos (OTE), da SPTuris, com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizada no GP de São Paulo em 2023, mostrou que os argentinos formam a maior parte do público estrangeiro que visitou o autódromo durante a última corrida da Fórmula 1, seguidos dos chilenos, colombianos e uruguaios. 

Depois, os que mais marcaram presença foram os peruanos, suíços, paraguaios, bolivianos e os estadunidenses. No total, os estrangeiros ocuparam, em 2023, 12,2% dos lugares no autódromo. 

Já entre os brasileiros, a maioria do público no autódromo foi de paulistas (62,8%), seguidos pelos mineiros (8,3%), paranaenses (7,2%), catarinenses (5%) e gaúchos (3,6%). Os turistas do Rio de Janeiro somaram 3% do público que esteve nas arquibancadas.

Governo Federal apresenta PEC da Segurança Pública aos estados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em reunião com governadores nesta quinta-feira (31) no Palácio do Planalto, em Brasília, para apresentar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública.

“Eu queria que essa reunião fosse uma reunião em que os governadores não tivessem nenhuma preocupação de falar aquilo que entenderem que devam falar. É uma reunião em que não existe censura, não existe impedimento de cada um dizer aquilo que pensa, aquilo que ele acha que é verdade e, sobretudo, também fazer alguma proposta de solução para que a gente possa dar encaminhamento nesse assunto”, disse Lula no início do encontro.

Brasília (DF), 31/10/2024 – Reunião de  Lula com ministros e governadores – Valter Campanato/Agência Brasil

De acordo com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o texto da Constituição Federal de 1988 “precisa ser aprimorado” para “dar um cunho federativo” ao combate ao crime organizado. A proposta é alterar a redação dos artigos 21, 22, 23 e 24 – que tratam das competências da União, privativas ou em comum com os estados, municípios e Distrito Federal – e o artigo 144 “que estabelece em detalhes quais são os órgãos que integram o sistema de segurança pública brasileira”, descreveu o ministro.

Se aprovado no Congresso Nacional, o governo federal deverá atuar em conjunto com estados e municípios. Um conselho nacional formado pelos três entes federativos deverá estabelecer normas gerais para as forças de segurança. Poderá, por exemplo, definir normas administrativas para o sistema penitenciário e regulamentar o uso de câmeras corporais. O governo federal garante que a PEC não retira competências e nem fere autonomia dos demais entes federativos.

Tripé da PEC 

A proposta do governo tem como tripé aumentar as atribuições da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado por lei ordinária em 2018 (Lei 13.675) e também levar para a Constituição Federal as normas do Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária, unificando os atuais Fundo Nacional de Segurança Pública e o Fundo Penitenciário.

De acordo com o texto da PEC apresentado aos governadores, a PRF passa a se chamar Polícia Ostensiva Federal, destinada ao patrulhamento de rodovias, ferrovias e hidrovias federais. Autorizada, a nova policia também poderá proteger bens, serviços e instalações federais; e ”prestar auxílio, emergencial e temporário, às forças de segurança estaduais ou distritais, quando requerido por seus governadores.”

No caso da Polícia Federal, ela passará a ser destinada a “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União, inclusive em matas, florestas, áreas de preservação, ou unidades de conservação, ou ainda de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, como as cometidas por organizações criminosas e milícias privadas.” Lewandowski pondera as mudanças na PF e atual PRF atualizam o que já ocorre “na prática”

A PEC assinala que o Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária não poderá ser contingenciado e terá o objetivo de “garantir recursos para apoiar projetos, atividades e ações em conformidade com a política nacional de segurança pública e defesa social.”

Lewandowski apresenta PEC aos governadores – Valter Campanato/Agência Brasil

Padronização 

O governo federal ainda quer uniformizar protocolos de segurança como boletins de ocorrência e certidões de antecedentes criminais, e a geração de informações e dados estatísticos. Segundo Ricardo Lewandowski, a intenção é “padronizar a língua mas cada estado no seu sistema”, como foi feito no Poder Judiciário para compartilhar e alimentar a mesma base de dados.

Na apresentação aos governadores, o ministro garantiu que a PEC “não centraliza o uso de sistemas de tecnologia da informação; não intervém no comando das polícias estaduais; não diminui a atual competência dos estados e municípios; e não cria novos cargos públicos.”

O governo defendeu a necessidade de mudar a Constituição argumentando que “a natureza da criminalidade mudou. Deixou de ser apenas local para ser também interestadual e transnacional.”

“Se no passado eram as gangues de bairro, o bandido isolado, violento que existia em uma cidade ou outra, em um estado ou outro, hoje nós estamos falando de uma organização criminosa que ganha contornos rápidos de organização mafiosa no Brasil, já que eles não só estão no crime, mas estão migrando para a economia real. Estão dando cursos de formação para concursos de polícia militar e da polícia civil. Estão participando no financiamento das campanhas eleitorais”, acrescentou Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil.

Trâmites

O governo admite que a PEC poderá ser modificada após as contribuições dos governadores antes de ser encaminhada ao Poder Legislativo.

Em regra, uma proposta de emenda constitucional deve ser avaliada separadamente nas duas casas do Congresso Nacional- a Câmara dos Deputados e o Senado Federa, sucessivamente. Em cada casa, deverá ser submetida às comissões de Constituição e Justiça para verificar admissibilidade.

Se aceita, a PEC deverá ser discutida em comissão especial. Aprovada, vai para o Plenário. Tanto na Câmara como no Senado, para ser aprovada a PEC tem ter ao menos três quintos dos votos em dois turnos de votação. No mínimo, 308 votos favoráveis dos deputados federais e 49 votos favoráveis dos senadores. Para aprovação nas duas casas, o governo precisará de votos favoráveis da oposição.

AD #1 – senhas seguras ou vírus misterioso?

Cartilha de Segurança para a Internet – https://www.cgi.br/publicacao/cartilha-de-seguranca-para-internet

Coluna Ajudante Digital

Sobre: coluna semanal com dicas tecnológicas ao dia a dia de quem acompanha a Nacional.

Tamanho: Entre 500 e 800 palavras (4 a 6 minutos).

Veiculação: Tarde Nacional, toda segunda-feira.

Ajudante Digital #1

ESTREIA DA COLUNA

[Apresentador 1] O Tarde Nacional traz uma novidade. É a Coluna Ajudante Digital, com dicas, tendências e algumas reflexões sobre esse mundo tecnológico cheio de dígitos.

[Voz com IA – mulher]: Ei, ajudante digital, como faço para proteger as minhas contas de redes sociais?

[Voz com IA – homem]: Ajudante digital, é seguro acessar meu banco pelo celular?

[Voz de assistente artificial – homem]: Olá, para proteger suas senhas…

[Voz de assistente artificial – mulher]: Sai daqui, eu que vou responder essa..

[Som de engrenagens se batendo como se fosse uma luta robótica] 🎶

[Apresentador 2] Na verdade, nada de voz artificial. A gente vai fazer as coisas no modo tradicional, com um ajudante de carne e osso. Pelo menos, até que se prove o contrário. Leyberson Pedrosa, bem-vindo ao Tarde Nacional.

[Leyberson] Olá, Strozi. Olá, Victor e um grande olá radiofônico para quem nos acompanha nas ondas do rádio e pelos bits da internet. Estou bastante contente com o convite para fazer essa coluna Tech. Como todo ser humano, a gente não sabe tudo, mas vou correr atrás de investigar dicas úteis de tecnologia para quem acompanha a gente pela Rádio Nacional.

[Apresentador 1] Deixa eu apresentar melhor o nosso novo colaborador. O Leyberson é jornalista da EBC desde 2012, gosta de desmontar coisas eletrônicas desde criança, já fez até um mini transmissor de fm. Ao longo da sua carreira, trabalhou em projetos de extensão de rádio comunitária, de inclusão digital, software livre, rádio web. Ele pesquisa e testa mídias digitais desde 2003, também atua como professor e é doutor em Mídia e Tecnologia pela Unesp.

[Apresentador 2] O Leyberson já fez alguns podcasts, como o Histórias Raras. Ele também é um dos hosts do Dazumana, um podcast de Divulgação Científica sobre Ciências Humanas criado em 2020 durante a pandemia de covid-19. Mas como ele mesmo gosta de dizer, ele é um curioso que adora fazer gambiarras tecnológicas. E que aprendeu boa parte do que sabe com o pai pedreiro e mãe costureira se virando nos 30 com as ferramentas disponíveis.

[Leyberson] Desse jeito, até parece que se eu pegar uma agulha e uma linha de pedreiro, sou capaz de construir um foguete. Brincadeira, viu! Mas quem sabe…

[Apresentador 1] Leyberson, conta pra gente o que você trouxe hoje.

CONTEÚDO DO DIA: SENHAS SEGURAS

[Vinheta de abertura] 🎶

[Trilha principal – indica começo da coluna] 🎶

[Leyberson] Como é a nossa estreia, vamos preparar o terreno como se a gente estivesse construindo uma coluna de verdade. E o primeiro cuidado é com a nossa proteção individual ou EPI. Bora falar sobre segurança digital.

A gente sabe que segurança digital é importante, mas, muitas vezes, é difícil cuidar disso na correria do dia a dia. Nessas horas, a melhor coisa é ler um manual de instruções.

[Frase do Casseta e Planeta – Os seus problemas acabaram] 🎶

E o Comitê Gestor da Internet tem uma Cartilha de Segurança para a Internet, publicada há anos, que traz dicas sobre golpes, ataques, códigos maliciosos e fraudes.

Hoje, a gente vai se focar no uso seguro de contas e senhas. Não adianta nada você criar uma senha cheia de códigos se você deixar essa senha fácil de ser descoberta. em lugares como:

[Som de uma ferramenta de metal se batendo] 🎶

• um computador infectado com algum código malicioso pode copiar a ordem que você digita no teclado ou gravar a posição do mouse.

[Som de uma ferramenta de metal se batendo] 🎶

• salvar a senha em um arquivo de texto sem criptografia. Tipo salvar no word uma lista de senhas e deixá-las na sua área de trabalho.

Mas também tem softwares que podem adivinhar as senhas fazendo associações. Não à toa, a maioria dos sites não deixa você criar senha com nomes pessoais ou data de nascimento. Se você está fazendo isso, bora corrigir isso! Enfim, a cartilha traz uma lista enorme de maneiras de descobrir uma senha.

[Som ao fundo estilo Dólar Furado/Faroeste para dar ideia de vazio] 🎶

Mas isso não quer dizer que você precisa arrancar tudo da tomada e ir pro meio do mato.

Além de tomar cuidados básicos como não fornecer senhas estranhas, criar senhas de difícil associação, atualizar sempre o computador, eu destaquei uma dica bem legal que está no manual. Bora lá:

Tem dificuldade de guardar ou memorizar uma senha diferente para cada acesso? Então, crie um grupo de senhas de acordo com o risco envolvido.

[Som único de uma ferramenta de metal se batendo] 🎶

NÍVEL DE RISCO ALTÍSSIMO. ALERTA TOTAL!

Vai mexer no banco on-line ou no seu e-mail principal, então crie uma senha ÚNICA para cada um desses serviços e memorize bem. Se precisar, pode anotar essa senha num papel e esconder debaixo de algum objeto pessoal que só você sabe onde tá. Mas sem identificar o que aquele monte de códigos do papel quer dizer. Se alguém achar, não vai entender pra que serve.

[Som único de uma ferramenta de metal se batendo] 🎶

NÍVEL DE RISCO INTERMEDIÁRIO. ATENÇÃO!

Sabe aquele site de compras on-line que você usa de vez em quando? Pode criar uma senha menos complicada pra ele DESDE que você não deixe salvo nesse site dados sensíveis, como seu cartão de crédito ou endereço. Melhor ter o trabalho de digitar os números do cartão do que enfrentar a burocracia do banco para provar o uso indevido do cartão.

[Som único de uma ferramenta de metal se batendo] 🎶

NÍVEL DE BAIXÍSSIMO RISCO. BAIXE A GUARDA COM CUIDADO

Aqui nesse nível rola de reutilizar senhas em situações em que o risco envolvido é bem baixo. Tipo aquelas senhas de cadastros em fóruns de dúvidas ou quando você precisa logar para fazer um comentário no site? Nesse nível, você até aceita mais o risco de alguém descobrir a sua senha já que não tem nada valioso a ser violado.

Essa lógica de três níveis de senha é um caminho possível, mas não é o único. Existem muito mais dicas. Uma delas é usar um programa que armazena de forma segura pra você as senhas criadas para cada site usado. Mas isso fica como tema para um outro dia.

[Trilha secundário – indica término da coluna] 🎶

O importante mesmo é criar uma estratégia para não se esquecer e usar uma senha de baixo risco em outro nível.

Tem alguma dúvida pro Ajudante Digital? Manda pra gente pelo Whatsapp da Nacional ou pelo e-mail tardenacional@.…

Quem sabe sua dúvida não vira tema da coluna?

Até a próxima, tchau!.

Prefeito do Rio pede que cariocas se programem para o G20

A população da cidade do Rio de Janeiro precisará estar atenta às restrições e impactos causados pelo G20 Social e a Cúpula de Líderes do G20 no “superferiado” de 15 a 20 de novembro, alertou o prefeito Eduardo Paes, ao apresentar na manhã de desta quinta-feira (31) as primeiras informações sobre o esquema operacional organizado para o evento.

Além dos feriados da Proclamação da República, em 15 de novembro, e da Consciência Negra, em 20 de novembro, a cidade terá dois feriados nos dias 18 e 19 de novembro, quando líderes de mais de 50 países e organismos internacionais se reunirão na cidade.

“Os cariocas estão acostumados com a realização de grandes eventos internacionais, mas é importante alertar que a partir do dia 14 de novembro já teremos coisas acontecendo na nossa cidade. Não é à toa que a prefeitura decretou feriado nos dias 18 e 19”, disse Paes, que prevê dias de sol e tempo ameno nos feriados, que ainda incluem um fim de semana. 

“É bom, maravilhoso, todo mundo gosta. Todo mundo pode ir pro bar tomar cerveja, ir para à praia. Ninguém vai ser impedido de circular, mas entendendo que tem que se programar porque a cidade não estará vivendo um período normal”, recomendou.

A principal mudança na rotina dos feriados do Rio de Janeiro será na orla e no Aterro do Flamengo. Não haverá fechamento de pistas para área de lazer nessas regiões de 15 a 20 de novembro.

O decreto de feriado dos dias 18 e 19 não inclui o comércio de rua; bares e restaurantes; padarias; hotéis, hospedarias e pousadas; shoppings centers, centros e galerias comerciais; estabelecimentos culturais; pontos turísticos; indústrias nas zona norte e oeste; empresas jornalísticas e de radiodifusão; estabelecimentos que funcionam em trabalho remoto; serviços de saúde públicos e privados; segurança privada; transporte público; coleta de lixo; e estabelecimentos atacadistas.

G20 Social

A programação do “superferiado” começa com o G20 Social, o Festival da Aliança Global e o U20, encontro mundial de prefeitos, eventos que serão realizados na região entre a Praça Mauá e o Boulevard Olímpico. Entre os dias 14 e 16 de novembro, o acesso a essa região será controlado e só poderá se dar a partir de três pontos: da Praça Mauá, da Rua Barão de Tefé e do AquaRio. Não será exigido nenhum tipo de credenciamento ou ingresso, mas haverá controle de segurança nesses pontos. 

O G20 Social e o Festival da Aliança Global devem levar cerca de 40 mil pessoas por dia à zona portuária. Não haverá fechamento de ruas nos arredores, mas a prefeitura recomenda que a população utilize o VLT para chegar ao local. As estações Parada dos Museus, Utopia e Parada dos Navios estarão fechadas, e será necessário escolher outras estações mais próximas para desembarcar e passar pelos acessos controlados. 

Debates

Os debates do G20 Social são uma iniciativa do Brasil na presidência do grupo e reunirão milhares de integrantes de organizações da sociedade civil nos três dias de debates, que estarão concentrados principalmente no Espaço Kobra. Na plenária final, marcada para o sábado, dia 16 de novembro, estão previstas 5 mil pessoas.

O Festival da Aliança Global vai acontecer entre 14 e 16 de novembro, entre 18h e 0h, em um palco na Praça Mauá. Grandes nomes como Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Daniela Mercury, Diogo Nogueira, Maria Rita estão previstos nas apresentações. 

Cúpula de líderes

O ápice do evento, porém, será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM), que receberá o encontro da cúpula de líderes do G20. As 55 delegações de países e organismos internacionais vão se deslocar em direção ao local com uma média de seis veículos por delegação, além dos batedores. Por isso, a prefeitura pede que a população evite a Linha Vermelha, a Avenida Brasil e a Linha Amarela a partir do domingo (17 de novembro), quando muitos desses líderes estarão chegando no Aeroporto Internacional do Galeão e se deslocando para hotéis na Barra da Tijuca e na zona sul. 

Nos dias 17, 18 e 19 de novembro, haverá bloqueio total das pistas do Aterro do Flamengo entre o Monumento a Estácio de Sá e o Trevo dos Estudantes. A população poderá frequentar o Parque do Flamengo, mas só poderá usar as passagens subterrâneas. Todas as passarelas estarão fechadas. 

Nos dias 18 e 19 de novembro, as delegações também devem se deslocar dos hotéis na orla para o MAM, provocando um grande fluxo de veículos com batedores nos bairros da Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo.

Aeroporto e GLO

Ao final da apresentação, o prefeito Eduardo Paes voltou a defender que os voos do Aeroporto Santos Dumont sejam transferidos para o Aeroporto do Galeão nos dias 18 e 19 de novembro, já que o primeiro é vizinho do MAM, onde estarão reunidos os chefes de Estado. 

“Imagino que vão formalizar isso entre hoje (quinta-feira) e amanhã (sexta-feira). Que vão fechar”, disse. 

Paes também afirmou ter confiança na decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que o governo federal atue na segurança da cidade no período dos eventos. “O que a gente sabe é que eles já decidiram pela GLO, mas quem vai detalhar são as forças federais e do governo do estado”. 

Valter Hugo Mãe participa de evento literário em Itabira

Pela primeira vez em Itabira, terra de Carlos Drummond de Andrade, o escritor e artista plástico português Valter Hugo Mãe diz que estar na cidade mineira onde nasceu o poeta não lhe é “indiferente”. Ele diz que sempre leu os versos de Drummond, cujo nascimento completa 122 anos nesta quinta-feira (31). Desde 2015, em virtude do aniversário do poeta, a data é considerada o Dia Nacional da Poesia.  

“Drummond é incontornável, é inevitável. Embora eu o veja como um poeta de clareza, porque a maior parte das vezes as expressões de Drummond a gente usa para explicar a nossa vida, ele é também uma figura que planta muito mistério. Seus textos poemas são construídos com um imaginário que, sobretudo para um português, levanta muitos desafios. Sua linguagem já é bastante mestiçada e fala muita coisa que é típica do Brasil. Então, ao ler Drummond, é uma oportunidade de sentir essa realidade distinta, essa identidade que é própria do Brasil”.  

O escritor português participa da 4.ª edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira) que começou nesta quarta-feira (30) e prossegue até domingo (3), na cidade mineira. Hugo Mãe afirma que sente uma “certa responsabilidade” em estar na cidade.

“Eu sinto que tenho que ficar bem decente, que tenho que praticar aqui uma cidadania com muito brio, porque a gente não pode vir de qualquer maneira para junto de Drummond. É um autor muito grande, muito amado.”

O Flitabira reúne neste ano mais de 50 autores nacionais e internacionais. O evento sempre acontece em datas próximas ao aniversário de nascimento de Drummond, que é “o patrono eterno do festival”, como explica Afonso Borges, idealizador e curador do Flitabira.

“Tem festival que fica variando os patronos. Em uma terra que tem como seu filho principal Carlos Drummond de Andrade, acho que não precisa variar não, né? Drummond tem uma infinidade de facetas, de crônicas, contos e poemas, com abordagens da natureza, abordagens humanas, de cidade, campo. E a gente pode passar uma eternidade criando variedades do que a sua literatura permite.”

Amor fraterno

Deus na Escuridão é o último livro de Valter Hugo Mãe. Lançado em abril, fecha a tetralogia que o autor chamou de Ilhas, irmãos e ausências. Os outros livros que compõem a série são A desumanização, de 2013, Homens imprudentemente poéticos, de 2015, e As doenças do Brasil, lançado em 2021. Nos livros, as relações fraternais e a comunhão que a irmandade permite.   

Em Deus na Escuridão, o autor faz um estudo sobre o que é o amor materno, usando a figura dos irmãos Pouquinho e Felicíssimo, que assume um compromisso de ajudar o irmão e amá-lo ao tamanho de uma mãe. A tese de Valter Hugo é que o amor de mãe é o único “verdadeiramente comparável ao que seria o amor de Deus e qualquer um de nós deveria cobiçar amar como as mães”.  

“Há uma certa tendência, nos meus livros, de propor uma visão da pessoa no mundo e na família que é um pouco mutante. Eu diria que existe uma certa liquidez nos papéis que ocupamos. Sendo filhos, por exemplo, vamos desempenhar papéis distintos ao longo da vida. Chega um momento em que, eventualmente, ocupamos o espaço de pais dos nossos pais. A gente ir precavendo situações ou deitar a mão em obrigações que seriam típicas dos pais e já não dos filhos. E essa circulação, digamos assim, sempre me interessou. A maneira como eu falo da família é uma maneira muito fluida, porque, de fato, a família acontece segundo a necessidade, segundo o afeto que assumimos sem prever. Não há previsão.”

Encontros com o Brasil  

Valter Hugo Mãe conta ter lido mais poesia do que prosa, ao longo da sua vida. Segundo ele, como consequência, seus romances são tão marcados por uma poética e por um pensamento “muito fixado na beleza e na grandeza da própria expressão”.

No Brasil, o poeta tem aproveitado para ler algumas edições brasileiras, como Teresa Cárdenas, autora cubana que também estará na Flitabira. E leu Nêgo Bispo, A terra dá, a terra quer.

“Estou absolutamente maravilhado com este livro. É um pequeno livro, de um autor quilombola. Fico muito triste em saber que Antônio Bispo dos Santos faleceu recentemente, porque eu ia querer muito conhecê-lo, encontrá-lo. Fiquei absolutamente fascinado com a leitura do seu livro”.   

Valter Hugo Mãe cita ainda Veronica Stigger e Eliane Brum, que teve o livro Meus desacontecimentos publicado recentemente em Portugal. Ele celebra estar no festival, porque vai encontrar “um montão de gente” que admira.   

“Tem tanta gente que eu admiro que eu vou estar como qualquer leitor estaria. Qualquer leitor que gosta dessa gente, porque eu vou ter a oportunidade de ficar almoçando, jantando, vou pedir autógrafos. Para mim, vai ser um parque de diversões, e vou estar no meio dessa gente tentando ser amigo, tentando que eles gostem de mim também, porque quero muito ser amigo dos autores de quem eu gosto muito”.

Festival Literário Internacional de Itabira

O Flitabira prossegue até domingo na cidade mineira que fica há 100 quilômetros de Belo Horizonte. Na programação, oficinas, exposições, mesas com escritores locais, atividades infantojuvenis, lançamentos de livros com autores independentes, prêmio de redação e espaço de economia criativa com produtos de artistas e empreendedores da cidade.

Os autores homenageados deste ano são Jeferson Tenório e Miriam Leitão. Dona Tita, centenária matriarca do Quilombo Santo Antônio, é a personalidade homenageada. Entre os escritores, Conceição Evaristo, Eliana Alves Cruz, Trudruá Dorrico, Itamar Vieira Junior, Socorro Acioli, Tamara Klink, Carlos Starling, Pierre Ruprecht.

Na curadoria, Bianca Santana, Sérgio Abranches, Tom Farias, Leo Cunha e Afonso Borges, presidente do Flitabira. “É uma curadoria toda focada na diversidade. Você pode passar os olhos na programação em no nosso site, e você não vai encontrar nunca três brancos, três negros, três mulheres ou três homens. É sempre variado. Essa é a nossa proposta: fazer com que essa diversidade, que a cultura brasileira oferece, se realize na programação”, ressalta o presidente do evento.