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Brasil propõe ao G20 aliança global contra a fome e pobreza

O Brasil realizou, nesta quarta-feira (21), a primeira reunião técnica virtual da Força-Tarefa do G20 para o estabelecimento de uma aliança global contra a fome e a pobreza. A iniciativa foi proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o Brasil assumiu a presidência rotativa do G20, em dezembro do ano passado.

Durante o encontro online, que discutiu como deve ser o termo de adesão dos países interessados em ingressar nesta aliança global, o Brasil propôs o financiamento de ações contra a fome e a pobreza, por países ricos do G20 e por grandes empresários. “O presidente Lula coloca o G20 como parceiro destacado, somando-se a outros esforços para alcançar os resultados, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Wellington Dias, durante a reunião.

“A Aliança é um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários. Apoiando assim a implementação e a ampliação da escala das ações, políticas e programas no nível nacional”, afirmou.

Segundo o ministro, de acordo com estudos de organismos internacionais, são necessários financiamentos de cerca de US$ 78 bilhões por ano para alcançar o objetivo de tirar pessoas do Mapa da Fonte e reduzir a pobreza mundial até 2030, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Pactuação global

A pactuação global para segurança alimentar está baseada em dois princípios: o foco nos mais pobres e vulneráveis e a implementação consistente de políticas nacionais.

De acordo com Dias, dentro desses princípios, as prioridades dos países-membro do G20 foram dadas à alimentação saudável; a importância do apoio, principalmente aos pequenos e médios produtores; e, ainda, a inovação tecnológica como fator que poderá impactar positivamente na produção de alimentos nas próprias regiões que precisam de alimentos, como na África.

“O exemplo concreto foi citado: experiências na África em que é possível multiplicar quatro, cinco vezes a produção de alimentos apenas com a tecnologia.”

Brasil

Para o ministro, além dos recursos financeiros, é necessário o apoio técnico de acompanhamento para alcançar os resultados pretendidos. O Brasil vai colaborar para a meta com a transferência de conhecimento da  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A nossa Embrapa tem experiências que são aplicáveis a países com climas semelhantes ao Brasil. Em regiões da própria América do Sul, da África e da América Central já temos algumas ações de sucesso. A Fiocruz também vai colaborar com outros países nas áreas que têm maior conhecimento”. O Brasil traz experiência com programas sociais do governo federal como o Bolsa Família e seu impacto contra a fome e a pobreza.

O ministro ressaltou que, depois de 2017, a fome voltou ao Brasil e a pobreza cresceu, após programas sociais serem desvirtuados, eliminados ou deteriorados. Ele indicou que, ao assumir a presidência do país, Lula se deparou com 33 milhões de brasileiros passando fome. “Em 2023, trabalhamos para a redução. Não sabemos ainda o patamar, mas tivemos redução. Estamos lutando agora para reativar esses programas, com ainda mais força, e tirar o país do Mapa da Fome novamente.”

A fome

O ministro apontou que um estudo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado de 2022, relata que o mundo tem 735 milhões de pessoas na situação de fome, inclusive, com ameaça de vida, em um planeta que, na realidade, produz a comida necessária para o sustento de todos. “A meta é que possamos chegar em 2030 com esse número o mais próximo possível de zero”, disse o ministro.

Dias destacou que múltiplas crises fizeram a fome, a insegurança alimentar e a pobreza crescerem novamente em todo o mundo. Além da pandemia do COVID-19, estariam as mudanças climáticas, a crise econômica mundial somadas aos conflitos geopolíticos, mais recentes.

Até quinta-feira (22), nos três dias da reunião técnica da Força-Tarefa do G20 para o estabelecimento desta aliança global, ainda estão programadas as apresentações de quatro relatórios, elaborados pelas organizações internacionais.

Os estudos buscam soluções e evidenciam os desafios para enfrentamento à pobreza e à fome, incluindo a produção sustentável de alimentos, a proteção social, a criação de resiliência, e a colaboração internacional mais eficaz.

Lula se reúne com presidentes africanos e fala em “sul global” forte

Em visita à Etiópia, o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (18) que o Brasil tem um dívida história com a África e defendeu que os países do hemisfério sul fortaleçam suas relações. A viagem ocorreu por ocasião da 37ª Cúpula da União Africana, que reuniu chefes de Estado e membros de governos dos 54 países do continente africano. Lula, que participou como convidado, também aproveitou a oportunidade para realizar reuniões e estreitar laços bilaterais.

“O Brasil não tem tudo, mas tudo o que o Brasil tem, a gente quer compartilhar com o continente africano. A gente quer devolver para eles, em forma de possibilidade e de desenvolvimento, aquilo que eles nos deram como força de trabalho durante 350 anos”, disse Lula, em menção ao período em que perdurou a escravidão no Brasil. A contagem vai da chegada dos primeiros negros escravizados no Recife, em 1538, até a assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Lula defendeu que o Brasil tenha uma relação preferencial com o continente africano e que sejam desenvolvidas parcerias estratégicas envolvendo a transição energética, a agricultura de baixo carbono e outros temas associados à questão climática. “Não só porque a África faz parte da nossa história, da nossa cultura, da nossa cor e do nosso jeito de ser, de falar e de cantar. Mas também porque o continente africano é uma espaço extraodrinário de futuro para quem acredita que o sul global será a novidade do século 21 na economia mundial”, disse.

O presidente associou as dificuldades enfrentadas pela África com o histórico de colonização. “Isso vem desde a Conferência de Berlim de 1884, quando a África foi dividida pelos países do Velho Continente, para a Inglaterra, para a França e sobretudo para a Alemanha. A África era autossuficiente na produção dos seus próprios alimentos. Depois da colonização, esses países, muitos deles, deixaram de ser autossuficientes e hoje dependem da comida que vem dos antigos colonizadores”, observou.

Para Lula, os países do hemisfério sul devem se fortalecer, ampliando os negócios entre si. “Já fomos conhecidos pelo planeta afora como países pobres, como países do terceiro mundo, como países subdesenvolvidos, como países em desenvolvimento. Não. Agora nós somos a economia do sul global. Queremos nos dar uma chance para que a gente faça com que o sul global, que tem parte do que o mundo precisa hoje, possa ocupar o seu espaço na economia, na política e na cultura mundial”.

Bilaterais

De acordo com o presidente, a viagem à Etiópia foi a mais importante que ele já fez neste governo, pois a 37ª Cúpula da União Africana lhe deu a oportunidade de conversar de uma só vez com quase todos os chefes de Estado do continente africano. “Se eu fosse visitar cada país seriam 54 viagens e seria impossível fazer”.

Durante a visita ao continente, Lula teve reuniões bilaterais com alguns chefes de Estado. Uma delas foi com o presidente do Quênia, William Ruto, o qual manifestou interesse no maquinário agrícola do Brasil. Em outro encontro, com o presidente do Conselho Presidencial da Líbia, Mohamed al-Menfi, foi debatida a reabertura da embaixada brasileira no país, desativada desde 2014.

Lula durante encontro com o Presidente da República do Quênia, William Ruto – Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula também criticou a falta de voos diretos entre Brasil e Nigéria. O assunto foi um dos temas do encontro bilateral com o presidente do país africano, Bola Tinubu.

Bilateral do Governo do Brasil com comitiva da Nigéria, liderado pelo presidente Bola Tinubu – Ricardo Stuckert/PR

Segundo Lula, é preciso que os brasileiros envolvidos com o comércio viagem mais pelo mundo em busca de negócios. Ele avaliou que o Brasil tem mais possibilidades hoje nas transações com os países em desenvolvimento do que com os países europeus.

“Não tem explicação um país de 200 milhões de habitantes como o Brasil ter relações com a Etiópia de 126 milhões de habitantes e a gente só ter US$ 23 milhões de fluxo comercial. Mesmo com o Egito, com quem temos a nossa maior balança comercial na África, foram US$ 2,8 bilhões. É muito pouco para um país que quer ter voz no mundo”, ressaltou.

Cientistas criam novo mapa global de recifes de coral

Coral

17 de fevereiro de 2024

 

Utilizando tecnologia de satélite, uma equipa liderada por especialistas marinhos na Austrália criou novos mapas dos recifes de coral do mundo.

Os cientistas descobriram que existem mais recifes de coral em todo o mundo do que havia sido documentado anteriormente, com a Indonésia, a Austrália e as Filipinas tendo o maior número.

Mais de 100 trilhões de pixels de dados foram examinados. O resultado é um mapa de alta resolução que fornece uma nova visão da distribuição dos recifes.

A iniciativa Allen Coral Atlas identificou aproximadamente 348 mil quilómetros quadrados de recifes de coral rasos em todo o mundo, a profundidades de até 30 metros, um aumento em relação às estimativas anteriores.

Os especialistas esperam que o estudo permita aos decisores políticos, cientistas e ambientalistas compreender e gerir melhor os sistemas de recifes de coral.

Os recifes de coral enfrentam uma variedade de ameaças, incluindo alterações climáticas, pesca excessiva e poluição.

A Grande Barreira de Corais da Austrália, o único ser vivo visível do espaço, também é prejudicada pela industrialização e pela estrela-do-mar coroa de espinhos que se alimenta de corais.

 

OMS: surto de dengue no Brasil faz parte de aumento em escala global

Em visita ao Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (7) que o surto de dengue registrado no país faz parte de um grande aumento de casos da doença em escala global. Segundo ele, foram relatados, ao longo de 2023, 500 milhões de casos e mais de 5 mil mortes em cerca de 80 países de todas as regiões, exceto a Europa.

Durante a cerimônia de lançamento do programa Brasil Saudável, Tedros lembrou que o fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas globais, vem contribuindo para o aumento de casos de dengue no Brasil e no mundo. O diretor-geral da OMS comentou ainda a vacinação contra a doença e disse que o país tem uma capacidade gigantesca de produção de insumos desse tipo.

“O Brasil está fazendo seu melhor. Os esforços são em interromper a transmissão e em melhorar o controle da doença”, disse. “Temos a vacina e isso pode ser usado como uma das ferramentas de combate”, completou.

Colômbia solicita ajuda global após inúmeros incêndios

27 de janeiro de 2024

 

O governo colombiano emitiu uma declaração de desastre e solicitou ajuda internacional devido a dezenas de incêndios florestais que se espalham por todo o país.

“Queremos ter a certeza de que temos capacidade física para enfrentar e mitigar [estas crises]”, disse o presidente colombiano Gustavo Petro.

Chile, Peru, Canadá e Estados Unidos responderam ao pedido, embora o cronograma para a ajuda ainda não esteja claro.

Os incêndios já destruíram mais de 6.600 hectares de vegetação, segundo a Unidade Nacional de Gestão de Risco de Desastres.

As autoridades dizem que há 31 incêndios ativos, com apenas nove sob controle. Ao declarar um desastre, o governo tem mais margem de manobra para alocar fundos para combater os incêndios. Quase metade dos 508 milhões de dólares do país destinados ao combate de questões como os incêndios florestais já foram gastos.

O elevado número de incêndios preocupa os municípios que podem não ter capacidade de combate a incêndios. Segundo o Instituto Colombiano de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais, quase metade dos municípios foram colocados em alerta máximo por risco de incêndio. E de acordo com o Corpo de Bombeiros Nacional da Colômbia, cerca de um terço não possui corpo de bombeiros.

Mais de 600 soldados, juntamente com aeronaves e veículos, foram enviados para áreas de emergência. A polícia colombiana está a transportar e a pulverizar água sobre os incêndios, utilizando aviões destinados a pulverizar produtos químicos sobre as plantações de folhas de coca.

A qualidade do ar deteriorou-se em muitas áreas – especialmente em Bogotá, a capital, onde pelo menos três incêndios cercam a cidade. Centenas de bombeiros, policiais e voluntários combatem incêndios nas montanhas que cercam a cidade.

Mais de 200 incêndios já foram apagados este mês na Colômbia, segundo o Ministério do Meio Ambiente e a agência de desastres.

O aumento dos incêndios deve-se às temperaturas mais quentes do que o normal e às condições de seca, que foram agravadas pelo fenômeno El Niño.

 

OIT prevê que crescimento econômico global desacelere em 2024

11 de janeiro de 2024

 

As Nações Unidas prevêem que o crescimento econômico irá desacelerar novamente este ano, com o desemprego global a aumentar ligeiramente.

No relatório deste ano, divulgado no dia 10, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) previu que a taxa de desemprego global este ano seria de 5,2%.

Isto representa um ligeiro aumento em relação à taxa de desemprego do ano passado de 5,1%, uma queda de 0,2 pontos percentuais em relação aos 5,3% do ano anterior.

A OIT salientou que, apesar da ligeira diminuição do desemprego no ano passado, estavam a ser reveladas vulnerabilidades no mercado de trabalho.

A OIT analisou que, apesar do aumento de curto prazo à medida que os países emergiam da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), os salários reais são frequentemente vulneráveis ​​a choques súbitos de preços, e não se espera que o declínio resultante nos padrões de vida melhore no curto prazo.

O relatório salientou que se espera pouco crescimento do emprego nos países de rendimento médio-alto durante os próximos dois anos.

Além disso, foi revelado que persistem diferenças importantes nas taxas de desemprego entre países de rendimento elevado e países de baixo rendimento, e que a pobreza deverá continuar.

O relatório refere ainda que a desigualdade de rendimento global aumentou.

 

A ameaça global do sarampo continua a crescer

9 de dezembro de 2023

 

Após anos de declínio na cobertura vacinal contra o sarampo, os casos de sarampo em 2022 aumentaram 18% e as mortes aumentaram 43% a nível mundial (em comparação com 2021). Isto eleva o número estimado de casos de sarampo para 9 milhões e de mortes para 136.000 – principalmente entre crianças – de acordo com um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EU.

O sarampo continua a representar uma ameaça cada vez maior para as crianças. Em 2022, 37 países registaram surtos grandes ou perturbadores, em comparação com 22 países em 2021. Dos países que registaram surtos, 28 situaram-se na Região Africana da OMS, seis no Mediterrâneo Oriental, dois no Sudeste Asiático e um na Região Europeia.

“O aumento dos surtos e mortes por sarampo é surpreendente, mas infelizmente não é inesperado, tendo em conta o declínio das taxas de vacinação que temos visto nos últimos anos”, disse John Vertefeuille, diretor da Divisão Global de Imunização do CDC. “Os casos de sarampo em qualquer lugar representam um risco para todos os países e comunidades onde as pessoas estão subvacinadas. Esforços urgentes e direcionados são essenciais para prevenir doenças e mortes por sarampo”.

O sarampo pode ser evitado com duas doses da vacina.. Embora tenha ocorrido um aumento modesto na cobertura vacinal global em 2022 em relação a 2021, ainda havia 33 milhões de crianças que falharam uma dose da vacina contra o sarampo: quase 22 milhões falharam a primeira dose e mais 11 milhões falharam a segunda dose. A taxa global de cobertura vacinal da primeira dose, de 83%, e da segunda dose, de 74%, ainda estava bem abaixo da cobertura de 95% com as duas doses necessárias para proteger as comunidades de surtos.

Os países de baixo rendimento, onde o risco de morte por sarampo é mais elevado, continuam a ter as taxas de vacinação mais baixas, de apenas 66%; uma taxa que não mostra qualquer recuperação do retrocesso durante a pandemia. Dos 22 milhões de crianças que perderam a primeira dose da vacina contra o sarampo em 2022, mais de metade vive em apenas 10 países: Angola, Brasil, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Madagáscar, Nigéria, Paquistão e Filipinas.

“A falta de recuperação da cobertura vacinal contra o sarampo em países de baixos rendimentos após a pandemia é um sinal de alarme para a acção. O sarampo é chamado de vírus da desigualdade por um bom motivo. É a doença que encontrará e atacará aqueles que não estão protegidos”, disse Kate O’Brien, Diretora de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS. “As crianças em todo o mundo têm o direito de ser protegidas pela vacina contra o sarampo, que salva vidas, independentemente do local onde vivam”.

​​O CDC e a OMS instam os países a encontrar e vacinar todas as crianças contra o sarampo e outras doenças evitáveis ​​por vacinação e incentivam as partes interessadas globais a ajudar os países a vacinar as suas comunidades mais vulneráveis. Além disso, para ajudar a prevenir surtos, todos os parceiros globais de saúde a nível global, regional, nacional e local devem investir em sistemas de vigilância robustos e na capacidade de resposta a surtos para detectar e responder rapidamente aos surtos.

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Conforme aviso, USA.gov é de domínio público. Já os demais sites ligados ao governo dos Estados Unidos (em domínio .gov) “estão disponíveis sob Licença CC-BY 3.0” (nota da Casa Branca).

Banco Mundial: inflação dos preços dos alimentos excedeu a inflação global em 76% em 166 países

2 de dezembro de 2023

 

A inflação dos preços dos alimentos excedeu a inflação global em 76% em 166 países, de acordo com o Banco Mundial, que ainda aponta que os países mais afetados estão na África, América do Norte, América Latina, Sul da Ásia, Europa e Ásia Central.

A inflação superior a 5% é sentida em 52,4% dos países de rendimento baixo, 88,6% dos países de rendimento médio-baixo e 61% dos países de rendimento médio-alto.

Conflito Israel-Hamas

A Guerra Israel-Palestina deixa o Banco Mundial preocupado. Segundo a entidade, há um “risco fundamental” de que a escalada do conflito no Oriente Médio leve a um aumento generalizado nos preços. “Isto [o conflito] pode levar a preços mais elevados do petróleo, o que por sua vez aumentaria os custos de produção e transporte de alimentos e fertilizantes. Além disso, se os preços do gás natural e do carvão aumentarem ou se o conflito afetar os principais exportadores de fertilizantes à base de azoto da região, os preços dos fertilizantes também poderão aumentar, afetando ainda mais os custos dos alimentos”, diz a instituição.

Focos de fome

Segundo o Banco Mundial, 22 países e territórios exigirão ação urgente até abril de 2024, entre eles Burkina Faso, Mali, Palestina, Sudão do Sul e Sudão, que são os focos de fome de maior preocupação, com um número significativo de pessoas em risco de falta de alimentos. “Estes países também foram destacados como sendo os mais preocupantes na atualização anterior de maio de 2023, com exceção da Palestina, que foi adicionada devido à grave escalada do conflito no mês passado”, diz a entidade.

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