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Equipe do Brasil ganha prêmio por filtro detector de microplástico

O projeto de um filtro ecológico que detecta e retira microplásticos e nanoplásticos de filtros domésticos foi o ganhador da medalha de ouro na categoria de Biorremediação do iGEM, competição global criada em 2003 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Desenvolvido por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), de São José dos Campos, interior paulista, o B.A.R.B.I.E. 4.0, é composto por uma matriz biológica que utiliza a principal proteína presente na teia de aranhas acoplada a proteínas de ligação ao plástico e a um biossensor para detectar o material na água.

O CNPEM já depositou uma patente para proteger a invenção da proteína BARBIE1, aplicada tanto no biossensor quanto no Eco-filtro.

“O filtro ainda está no estágio de desenvolvimento. Nós desenhamos essa proteína que tem capacidade aumentada de se ligar em diferentes microplásticos que são contaminantes e que acabam indo para a água. Essa proteína tem a capacidade de formar um hidrogel que tem a capacidade de filtrar e combinado com essa proteína Barbie, tem uma capacidade ainda mais alta para filtrar esses microplásticos e nano plásticos, que são partículas muito pequenas de plástico que são geradas pela degradação do plástico, principalmente aquele que é descartado de forma errada”, explicou a pesquisadora do CNPEM e responsável pelo projeto, Gabriela Persinoti.

Segundo Gabriela, a ideia é usar os filtros convencionais já utilizados nas residências e adicionar esses novos dispositivos no final do filtro. Desta forma, primeiro são filtradas partículas maiores, e depois os microplásticos. A percepção de que essas partículas, quando ingeridas, podem se alojar em partes do organismo é recente e ainda não há regulamentação no Brasil da quantidade tolerada.

“No Brasil ainda não existe regulamentação sobre a quantidade máxima de microplástico que pode haver na água, então esse projeto é muito importante para investirmos tanto na regulamentação quanto na filtragem. O problema das micro e nano partículas está bem na fronteira do conhecimento, então é importante discutirmos isso com entidades regulatórias e cientistas para propormos soluções e a regulamentação disso, para evitarmos problemas de saúde futuros devido ao acúmulo dessas substâncias no corpo”, afirmou.

A cientista disse que ainda que não há previsão para que a tecnologia entre no mercado porque ainda é necessário ampliar os testes com os outros plásticos para ter uma robustez maior. Por enquanto os testes foram feitos com plástico utilizado para fazer o isopor. Depois desses testes será possível elaborar mais protótipos e chegar ao produto final a ser distribuído para o mercado.

Barbie

Desenvolvido por pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), estagiários, e estudantes de pós-graduação e da Ilum Escola de Ciência, o projeto ganhou o nome de BARBIE 4.0 porque forma, em inglês, a sigla: Bioengineered Aquatic Pollutants Removal and Biosensing through Integrated Eco-filter (Remoção de Poluentes Aquáticos por Bioengenharia e Biossensorização por meio de filtro Ecológico Integrado).

Governo federal decreta GLO no Rio para Cúpula de Líderes do G20

As Forças Armadas atuarão, em articulação com outros órgãos de segurança, para garantir a segurança pública durante a Cúpula de Líderes do G20, que reunirá os chefes de Estado das principais economias do mundo, no Rio de Janeiro. Na sexta-feira (8), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um novo decreto autorizando o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem (GLO), no período de 14 a 21 de novembro.

Nos dias 18 e 19 de novembro, a realização da Reunião de Cúpula de Líderes do G20 reunirá, além das delegações dos seus 21 membros, países e organizações internacionais convidadas, totalizando 56 delegações. Segundo o Planalto, mais de 40 delegações já estão confirmadas com as presenças de chefes de Estado ou Governo (países) ou dirigente máximo (organizações internacionais). O G20 Social, por sua vez, reunirá organizações da sociedade civil entre 14 e 16 de novembro.

Segundo o decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), o emprego das Forças Armadas ocorrerá em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e em coordenação com os órgãos de segurança pública.

Caberá às Forças Armadas seguir as ações previstas no Plano Estratégico Integrado de Segurança para a Cúpula. O plano prevê que elas deverão atuar nos perímetros de segurança estabelecidos, tanto na parte terrestre quanto marítima, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; na Marina da Glória; no monumento a Estácio de Sá; no perímetro externo do Aeroporto Internacional Tom Jobim e nos locais de hospedagem das delegações dos Chefes de Estado.

O decreto também determina que as tropas atuem na segurança das vias de ida e volta das comitivas, entre os locais de hospedagem e o Museu de Arte Moderna; nas vias de chegada e saída entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim e os locais de hospedagem, incluindo as linhas amarela (Rodovia Governador Carlos Lacerda) e vermelha (Via Expressa Presidente João Goulart), além das demais ruas da zona sul e da zona oeste utilizadas no percurso.

O MJSP informou que a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) atuará com 95 agentes no esquema de segurança da reunião. Os agentes farão ações de policiamento ostensivo e preventivo no entorno do evento e nos locais das conferências, no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro da cidade.

K-pop: capital paulista tem atrações coreanas nas fábricas de cultura

As unidades do Programa Fábricas de Cultura, do governo estadual de São Paulo, espalham a cultura sul-coreana e o gênero musical k-pop pela capital paulista, neste sábado (9).

Apesar de o foco central ser a música, o evento conta com uma programação bastante variada, com oficinas de maquiagem, de criação de produções audiovisuais, os chamados k-dramas e de dança, além de atividades com gastronomia e animes.

Há atividades para atender tanto as comunidades das zonas norte, leste e sul da capital como a de Osasco. Segundo a organização do evento, pode ser uma grande oportunidade para se aproximar “desse grande mapa cultural do k-pop” e criar, a partir dele, um repertório com inúmeras referências.

No Brasil, o interesse pela Coreia do Sul e a audiência dos k-dramas vem aumentando, sobretudo os transmitidos em serviços de streaming. Os dramas que dominam as telas dos brasileiros contam histórias de romance e comédia romântica, com protagonistas frequentemente retratados como emotivos e carinhosos.

Confira abaixo alguns destaques por região. A programação completa pode ser obtida através do site https://www.fabricasdecultura.org.br/kpop.

Zona Norte

A partir das 10h, a Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha recebe a produtora e gerente de turismo Carol Akioka para um bate-papo sobre O que é K-pop?. Na conversa, a produtora, que atua desde 2016 com artistas do gênero, abordará as tendências e proporcionará um entendimento sobre a cultura e o sucesso do K-pop.

Já o Núcleo Taipas, da Fábrica de Cultura Brasilândia, estará com uma programação mais extensa a partir das 11h. Entre as atrações, uma oficina de experimentação de maquiagens sul-coreanas e um bate-papo com a maquiadora Fernanda Andrade; uma experimentação na gastronomia sul-coreana, em que os participantes poderão preparar as próprias bebidas à base de geleia de frutas; apresentação de coreografias populares de grupos de K-pop como BTS, Blackpink, Twice e EXO; haverá ainda um desafio em chroma key em que os fãs de produções audiovisuais coreanas (k-drama) serão desafiados a criar o roteiro e gravar um conteúdo de no máximo um minuto; e a agenda termina com uma oficina de produção de estampas inspiradas na cultura pop sul-coreana utilizando a técnica de serigrafia.

Às 14h, a Fábrica de Cultura Brasilândia promove o workshop K-pop e racialidades ministrado por Érica Imenes que abordará a inclusão de pessoas negras em ambientes de fandom e K-pop.

A Fábrica de Cultura Jaçanã terá a Mostra de dança: k-pop é pop na k-brada às 13h. Nesta atividade, o público aproveitará apresentações da dança com fãs e grupos amadores, participando do Random play de K-pop – momento em que se pode arriscar a fazer a coreografia de um clipe durante o refrão da música.

Zona Leste

Com a atividade Experiência K-pop, que ocorre na Fábrica de Cultura Vila Curuçá a partir das 10h, os visitantes poderão aproveitar uma exposição de fotos e vídeos sobre a cultura K-pop por meio de monóculos temáticos com imagens de grupos famosos a serem descobertos pelo público.

Além disso, o local terá um espaço instagramável e outro de karaokê para os visitantes soltarem a voz com os sucessos deste gênero musical, sem esquecer as apresentações de grupos de K-pop locais.

Apresentações artísticas de K-pop, concurso de cosplay, brincadeiras sul-coreanas e desafios de random vão agitar a Fábrica de Cultura Sapopemba durante a tarde, com início às 13h30.

Já na Fábrica de Cultura Itaim Paulista a diversão fica por conta do evento K-star, às 14h, que receberá grupos deste gênero, dentre eles, Star Six, Red Kisses, Get a Guitar, Violet Crazy e Sweet Dreams.

Outra unidade que irá receber grupos de dança e cantores de K-pop, além de promover o Randon e disponibilizar um painel fotográfico inspirados em animes para os visitantes tirarem fotos, é a Fábrica de Cultura Parque Belém. A programação começa às 14h.

Neste mesmo horário, mas na Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes, ocorre o Especial K-arena, que além das apresentações de dança e do Randon, oferecerá medalhas de participação aos grupos.

Zona Sul

A produtora de eventos Idols in Concert leva para o palco da Fábrica de Cultura Jardim São Luís mais uma edição do K-stage Experience, a partir das 12h, com grupos de dança de São Paulo, da Baixada Santista, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte para celebrar o K-pop com muita dança e performances elaboradas, além de atrações especiais.

Já a Fábrica de Cultura Capão Redondo será palco do evento K-pop Experience na Periferia, que contará com diversas atividades interativas, como Random Play Dance, concursos de dança, workshops de coreografias e painéis de conversa sobre a cultura K-pop e sua influência no Brasil. As atividades começam a partir das 13h.

Osasco

Para os amantes da cultura sul-coreana residentes de Osasco, a Fábrica de Cultura promove o K-pop Day Oz das 14h às 19h com uma programação diversa. O evento contará com apresentações dos grupos ZBR, cover focado em ZEROBASEONE, e A2B; e um workshop ministrado pela artista Tina, membro do grupo WeStay, da BNB Entertainment, com foco nos movimentos de uma coreografia original de K-pop.
 
Seviço:
Toda a programação é gratuita e a classificação é livre. Os destaques, a seguir, não exigem inscrição. É só chegar e aproveitar!
 
Fábrica de Cultura Parque Belém
Av. Celso Garcia, 2231 – Belenzinho | Tel: (11) 2618-3447
K-pop na Fábrica
A partir das 14h

Fábrica de Cultura Brasilândia
Avenida General Penha Brasil, 2508 | Tel: (11) 3859-2300
Workshop K-pop e racialidades com Érica Imenes
Das 14h às 16h

Fábrica de Cultura Capão Redondo
Rua Bacia de São Francisco, s/n – Conjunto Habitacional Jardim São Bento | Tel: (11) 5822-5240
K-pop Experience na periferia
Das 13h às 20h30

Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes
Rua Henriqueta Noguez Brieba, 281 – Conj. Hab. Fazenda do Carmo | (11) 2556-3624
Especial K-pop: K-arena
A partir das 14h

Fábrica de Cultura Itaim Paulista
R. Estudantes da China, 500 | (11) 2025-1991
K-star edição especial
A partir das 14h

Fábrica de Cultura Jaçanã
Entrada 1: Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 | Entrada 2: Rua Albuquerque de Almeida, 360 | Tel: (11) 2249-8010
Mostra de dança: K-pop é pop na k-brada
Das 13h às 17h

Fábrica de Cultura Jardim São Luís
Rua Antônio Ramos Rosa, 651 | Tel: (11) 5510-5530
Idol in Concert: k-stage experience
Das 12h às 18h

Fábrica de Cultura Osasco
Rua Santa Rita, s/nº, Jardim Rochdale – Osasco | Tel: (11) 3689-7600
K-pop Day Oz
Das 14h às 19h

Fábrica de Cultura Sapopemba
Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta | (11) 2012-5803
Especial K-pop na Fábrica
A partir das 13h30

Núcleo Taipas – Fábrica de Cultura Brasilândia
Rua Joaquim Pimentel, 200 | Tel: (11) 3971-3640
Agenda:
Experimentação em maquiagem sul-coreana
Das 11h às 13h
Minuto K-drama em chroma key
Das11h às 12h; e das 13h30 às 14h30
Produção de estampas K-pop
Das 11h às 15h
Fresh Milk: experiência gastronômica sul-coreana
Das 14h às 16h
K-pop: música, dança e idols!
Das 15h30 às 16h30

Fábrica de Cultura Vila Curuçá
R. Pedra Dourada, 65 – Jardim Robru | (11) 2016-3316
Experiência K-pop
Das 10h às 16h

Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha
Rua Franklin do Amaral, 1575 | Tel: (11) 2233-9270
“O que é K-pop?” com Carol Akioka
Das 10h às 11h

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 200 milhões

As seis dezenas do concurso 2.795 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 200 milhões.

Por se tratar de um concurso com final cinco, o prêmio recebe um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Após chuvas, São Paulo registra enchentes e voos cancelados

A Defesa Civil do estado de São Paulo registrou nos últimos dias danos em diversas cidades do interior, principalmente nas regiões norte e centro-oeste. Segundo o órgão, 324 alertas foram enviados durante os dois últimos dias, via SMS. 

Não houve registro de mortes confirmadas até o momento. Mais de 220 pessoas tiveram de deixar suas casas.

Todo o estado estava sob alerta para chuvas fortes desde a última quinta-feira, após o avanço de uma frente fria vinda do limite com o Paraná. 

Em quatro postos de medição ao norte do estado, na região de Ribeirão Preto, os acumulados estiveram acima de 150mm. Em 17 cidades do interior, houve alagamentos, queda de muros e de árvores de grande porte. Na capital paulista, houve acumulado de 95mm no período e pontos de alagamento em todas as regiões. 

Houve ainda registro de quedas de árvores, falta de luz para cerca de 25 mil clientes da concessionária Enel e problema em  semáforos.

Nesta sexta-feira (8), a Advocacia-Geral da União anunciou que pedirá indenização coletiva no valor de R$ 260 milhões pela interrupção do fornecimento. No começo da noite o governo estadual também anunciou medidas judiciais contra a Enel, sem informar valores pleiteados.

Voos cancelados

Segundo boletim da concessionária Aena, que opera o Aeroporto de Congonhas, hoje foram cancelados 61 voos, dos quais 36 chegadas e 25 partidas. Outros 32 voos, 16 chegadas e 16 partidas, foram cancelados na quinta-feira. 

A concessionária atribuiu o cancelamento às companhias aéreas. 

Homem é assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, e a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) informaram que, na tarde desta sexta-feira (8), um homem foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo não confirmou a identidade da vítima. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram um homem caído perto de uma faixa de pedestres em frente a um dos acessos do aeroporto. 

A concessionária que administra o aeroporto, a GRU Airport, não respondeu se houve mais pessoas feridas e para onde foram encaminhadas. 

Matéria em atualização.

 

Ministério Público de SP pede paralisação em obra de túnel na capital

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recomendou a interrupção das obras de construção de um túnel, parte do projeto do Complexo Viário da rua Sena Madureira, uma das principais vias da zona Sul da capital. A iniciativa tem mobilizado ambientalistas, moradores e outros setores da sociedade civil contra as obras, que preveem a remoção de duas comunidades de baixa renda que vivem no local e a destruição de um corredor verde entre os parques Ibirapuera e da Aclimação.

A recomendação pela paralisação das obras foi expedida nesta quinta-feira (7) pelos promotores da capital Moacir Tonani Júnior, da Habitação e Urbanismo, e Carlos Henrique Prestes Camargo, do Meio Ambiente. Para o Ministério Público, são necessários novos estudos técnicos que dimensionem a intervenção, nos campos “socioambientais e urbanísticos”. A rua Sena Madureira tem trânsito intenso, ligando a região da vila Mariana ao Parque Ibirapuera e outras ruas que levam à Marginal Pinheiros. 

No despacho obtido pela Agência Brasil, o MP também justifica sua posição em relação à obra citando o alto valor que seria retirado dos cofres públicos para materializá-la, a remoção “indiscriminada de árvores e no desmatamento de áreas de preservação permanente, afetando o Córrego Emboaçu, uma nascente de importância vital para a região” e o risco que representa às aves que habitam as copas das árvores – e, no caso da destruição de ninhos e morte de espécimes, configura-se outro crime ambiental. 

Segundo a Secretaria de Mobilidade e Trânsito da capital, a obra “respeita todas as exigências relativas a questões ambientais”. O órgão diz que obteve autorização da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente para arrancar 172 árvores da área, “sendo preservadas as demais 362 árvores existentes no local”. 

“A compensação será realizada com plantio de 266 mudas arbóreas dentro do perímetro da obra e apenas com espécies nativas. O replantio deverá ser executado até o fim das obras. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente reforça que, em vistoria realizada em 28 de junho de 2024, não foi observada a presença de nascente ou olho d’água dentro da área de intervenção da obra. No local foi constatado um canal de drenagem de águas pluviais no fundo do vale.”

Sobre a recomendação do Ministério Público, a Prefeitura não se posicionou, mas tem reiterado em outras notas que possui as licenças para a obra e que, aproximadamente, 800 mil pessoas serão beneficiadas com a construção do túnel. 

A Agência Brasil procurou as secretarias de Infraestrutura e Obras e de Habitação, mas não teve resposta até o fechamento desta matéria. 

Manifestações

Desde que iniciou as obras em outubro, a construção do complexo mobilizou moradores e ativistas. Os manifestantes denunciam os impactos socioambientais da obra, como o fomento ao uso de veículos motorizados, em detrimento do transporte público e bicicletas, a remoção de duas comunidades de baixa renda que vivem no local e a destruição de um corredor verde entre os parques Ibirapuera e da Aclimação.

Nesta quinta-feira (7), participantes dos atos convocaram para uma “vigília constante” e uma jovem foi ferida por guardas da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A cicloativista Renata Falzoni, recém-eleita vereadora (PSB) chegou a ser carregada por guardas municipais do local. 

Questionada sobre a conduta dos agentes da GCM durante as manifestações, a Secretaria de Segurança Urbana disse, em nota, que a corporação acompanhou a manifestação de ontem e que as equipes “orientaram os manifestantes a se afastarem do local onde acontecia o corte de árvores autorizado pela prefeitura”. “Houve resistência e pela manhã uma mulher foi encaminhada pela GCM ao Distrito Policial, por desacato. A manifestação foi controlada e os agentes permanecem no local”, adicionou na mensagem. 

O coletivo “Salvem a Sena Madureira” compartilha informações sobre o avanço da obra desde o mês passado nas redes sociais, mostrando o impacto da construção do túnel no local. 

Desde o início da preparação do terreno para a edificação do túnel, tratores e trabalhadores da prefeitura arrancam árvores saudáveis antigas. O coletivo aponta ainda a violência contra mais de 200 famílias de baixa renda que vivem no local, provenientes das comunidades de Souza Ramos e Luiz Alves, que podem ser obrigadas a deixar suas casas, caso as obras prossigam. Com relação a essas famílias, o MP salientou que “não se sabe ao certo aonde irão” nem se serão realocadas.

Falta de consulta pública

Integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu), o pesquisador Lucian de Paula acompanha o caso desde 2022, quando apontou irregularidades na obra apresentada pela prefeitura. 

“A prefeitura não tinha convidado nenhum membro da comunidade. Agora que as obras começaram, as pessoas ficaram desesperadas, porque elas nunca foram comunicadas de nada. Em 1º de outubro, marcaram uma reunião na subprefeitura, onde o projeto seria apresentado. Ele nunca tinha sido apresentado a ninguém e, quando as pessoas chegaram lá, tinha tanta gente que alegaram que não cabiam no auditório. Cancelaram e resolveram marcar para outro dia”, conta o cicloativista, especializado na área de mobilidade. 

“Esse foi o primeiro dia de protesto. Desde então, não houve uma reunião para as pessoas entenderem o que seria o túnel, o que faria e exatamente os lugares que serão removidos. A gente sabe, olhando os projetos, que toda a comunidade acaba sendo removida. Mas isso foi uma coisa que a gente descobriu por conta própria, a prefeitura não mostrou isso”, emenda de Paula.

Segundo o urbanista, esta semana, pela primeira vez, a Secretaria Municipal de Habitação se reuniu com os moradores das duas comunidades. Na oportunidade, a pasta afirmou que foi informada da obra há pouco tempo e que pretendia fazer um cadastro das famílias para calcular e garantir a elas indenizações. 

“Só que, ou as pessoas recebem indenização, e aí a prefeitura considera o problema resolvido, ou as pessoas recebem um auxílio-aluguel para ficar em uma fila para conseguir moradia. O problema é: para as pessoas morarem, tem fila e, para o túnel, não precisa esperar nada. Não tem unidade habitacional onde possam ir. De qualquer forma, essas pessoas não teriam condições de continuar morando na Vila Mariana”, observa Lucian de Paula. Para ele, a prefeitura está fazendo uma política higienista de expulsar essas pessoas do local. 

Residente da Comunidade Souza Ramos, Eduardo Canejo se diz apavorado com a situação em que se encontra. “Há dois meses, a prefeitura mandou uma companhia que contrataram para fazer o levantamento com alguns moradores para regularização. Não era para remoção, era para regularização. E, paralelo a isso, seguiram com o projeto de obra”, desabafa. 

Para o arquiteto, embora autoridades do poder público como parlamentares e o MP estejam tentando ajudar, o alcance das ações que movem não assegura de maneira imediata e definitiva a permanência e a segurança das famílias. “Houve uma recomendação para paralisar a obra, mas é uma recomendação, não chega a ser efetivo. Isso assusta, porque as máquinas continuam trabalhando”, diz, comentando que ter amigos e familiares a quem recorrer para ter um teto temporário não atenua seu desespero, porque “o problema não é onde dormir, e sim onde acordar”.

Famílias

Segundo a presidenta da associação dos moradores da Vila Mariana, Eliana Barcelos, pelo menos três casas já foram destruídas pela enchente que atingiu as comunidades nos últimos dias, após a prefeitura arrancar diversas árvores do corredor verde defendido pela população local, que conecta os parques Ibirapuera e da Aclimação. 

A possibilidade de haver alagamentos também foi lembrada pelo MP como uma preocupação e uma situação que a prefeitura poderia evitar. “Não estamos em qualquer momento, estamos enfrentando mudanças climáticas”, afirma.

No dia 17 de outubro, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) realizou uma reunião com entidades e moradores, em que a pauta foi o Complexo Viário da Sena Madureira. Os parlamentares Paulo Fiorilo e Donato, ambos do PT, e Carlos Giannazi e Mônica Seixas do Movimento Pretas, do PSOL, estiveram presentes. Na ocasião, Donato apontou a incongruência da obra em relação ao Plano Diretor do município.

De acordo com a prefeitura, o projeto é composto por dois túneis, que totalizam 1.651 metros de extensão. O objetivo do túnel é interligar a Avenida Ricardo Jafet aos complexos viários João Saad e Túnel Jânio Quadros, possibilitando deslocamentos entre as regiões da Vila Mariana, Ipiranga, Itaim Bibi e Morumbi. A previsão é de que a obra seja entregue até setembro de 2025.

*Com informação da agência de notícias da Alesp. 

Câmara de SP convoca concessionárias do serviço funerário

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na última quarta-feira (6), a convocação de duas concessionárias responsáveis pela administração de cemitérios e crematórios municipais para prestar informações sobre as condições de conservação e valores cobrados pela prestação de serviços funerários, além de um convite à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo – SP Regula.

Os documentos convocam Ricardo Gontijo Vivian, diretor-presidente do Grupo Maya, e Maurício Costa, diretor-presidente da Consolare Concessionária de Cemitérios e Serviços Funerários. O diretor-presidente da SP Regula, João Manoel da Costa Neto, foi chamado como convidado.

Os requerimentos são de autoria do vereador Rubinho Nunes, presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da casa. “São inúmeras denúncias de abusos, má aplicação de serviços e não cumprimento dos contratos. É nosso dever, enquanto vereador e enquanto presidente da Comissão, fazer a fiscalização e o raio-X sobre o que está acontecendo nessas empresas”, disse, na ocasião, o vereador.

“Foi aprovado também o convite do diretor-presidente da SP Regula para que ele venha à Câmara informar os termos do contrato que levou à concessão, para que possamos auditar essas empresas e trazer, principalmente em momentos tristes e muito trágicos como o momento fúnebre, tranquilidade para a família paulistana”, acrescentou.

A vereadora Silvia Ferraro, da Bancada Feminista, expressou apoio aos requerimentos aprovados. “A gente está vendo que é um desastre completo. O serviço é péssimo, de péssima qualidade, e além disso, está cobrando taxas altas, inclusive taxas de pessoas que estão no Cadastro Único (CadÚnico), que não deveriam estar pagando nada por esse serviço”, ressaltou, na ocasião.

A prefeitura, o Grupo Maya e a Consolare foram procurados pela Agência Brasil, mas não responderam até o fechamento da matéria.

Força Nacional atuará com 95 agentes na segurança do G20 no Rio

A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) atuará com 95 agentes no esquema de segurança da reunião de Cúpula do G20, que será realizada nos dias 18 e 19 deste mês, na cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com o Ministério da Justiça, os agentes farão ações de policiamento ostensivo e preventivo no entorno do evento e nos locais das conferências, no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro da cidade.

“A atuação da Força Nacional é pautada pela cooperação federativa, atuando como apoio e suporte às forças locais de segurança. O emprego do efetivo é sempre subsidiário e segue o planejamento do órgão solicitante. Ainda, a mobilização da FNSP ocorre mediante solicitação formal do Governador de Estado, do Distrito Federal, ou de Ministro de Estado, conforme estabelece o art. 4º do Decreto nº 5.289, de 29 de novembro de 2004”, informa nota do Ministério.

Além da Força Nacional, participarão do esquema de segurança policiais militares e policiais rodoviários federais. A participação do Exército ainda depende da publicação de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), pela Presidência da República.

O G20 reunirá líderes dos 19 países do grupo, que estão entre as maiores economias do mundo. Também haverá representantes da União Europeia e da União Africana, que integram o G20 como membros permanentes, além de convidados.

Censo revela quais são as 20 maiores favelas do país; veja a lista

Com mais de 72 mil moradores, a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, é a maior favela do país. A constatação faz parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento demográfico identificou no país 16.390.815 habitantes em 12.348 favelas, distribuídas por 656 municípios.

Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

Se a Rocinha fosse uma cidade, os 72.021 moradores a colocariam como a 459ª maior do Brasil. Em 2022, o país tinha 5.570 municípios, ou seja, a Rocinha tinha mais habitantes que 5.112 cidades.

As 20 maiores favelas brasileiras agrupam 858,6 mil moradores, representando 5,2% do total da população residente em comunidades pelo país. Dessas mais populosas, oito estavam na região Norte; sete, no Sudeste; quatro no Nordeste; e uma no Centro-Oeste.

Veja a lista das 20 maiores em quantidade de moradores:

1) Rocinha – Rio de Janeiro (RJ), 72 021
2) Sol Nascente – Brasília (DF), 70 908
3) Paraisópolis – São Paulo (SP), 58 527
4) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM), 55 821
5) Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ), 55 653
6) Heliópolis – São Paulo (SP), 55 583
7) Comunidade São Lucas – Manaus (AM), 53 674
8) Coroadinho – São Luís (MA), 51 050
9) Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA), 43 105
10) Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA), 38 871
11) Pernambués – Salvador (BA), 35 110
12) Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM), 34 706
13) Santa Etelvina – Manaus (AM), 33 031
14) Baixadas da Condor – Belém (PA), 31 321
15) Colônia Terra Nova – Manaus (AM), 30 142
16) Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ), 29 766
17) Vila São Pedro – São Bernardo do Campo (SP), 28 466
18) Cidade Olímpica – São Luís (MA), 27 326
19) Chafik / Macuco – Mauá (SP), 26 835
20) Grande Vitória – Manaus (AM), 26 733
 

Paraisópolis, favela localizada na zona sul paulistana. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis

Domicílios

O Censo também traz o ranking das 20 maiores favelas em número de domicílios particulares permanentes ocupados. Elas representam 5,3% do total de 295.009 domicílios nas comunidades espalhadas pelo país.

Novamente, a Rocinha lidera o ranking com mais que o triplo de domicílios da 20ª colocada (Colônia Terra Nova, Manaus). Apenas as paulistas Vila São Pedro, Chafik/Macuco e Jardim Oratório não estão localizadas em capitais.

Veja a lista das 20 maiores em quantidade de domicílios:

1) Rocinha – Rio de Janeiro (RJ), 30 371
2) Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ), 23 846
3) Sol Nascente – Brasília (DF), 21 889
4) Paraisópolis – São Paulo (SP), 21 442
5) Heliópolis – São Paulo (SP), 20 205
6) Coroadinho – São Luís (MA), 16 741
7) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM), 15 872
8) Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA), 15 618
9) Comunidade São Lucas – Manaus (AM), 15 469
10) Pernambués – Salvador (BA), 14 649
11) Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA), 13 077
12) Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ), 10 936
13) Vila São Pedro – São Bernado do Campo (SP), 10 273
14) Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM), 9 720
15) Baixadas da Condor – Belém (PA), 9 638
16) Santa Etelvina – Manaus (AM), 9 301
17) Jardim Oratório – Mauá (SP), 9 189
18) Chafik / Macuco – Mauá (SP), 9 158
19) Cidade Olímpica – São Luís (MA), 8 923
20) Colônia Terra Nova – Manaus (AM), 8 692

Extensão

O IBGE apontou também as favelas com maiores extensões territoriais. Nesse ranqueamento, o Censo ressalta que “não existia uma relação direta entre as áreas territoriais das favelas e comunidades urbanas e o número de residentes e de domicílios nesses territórios”.

Ou seja, ter mais área não significa necessariamente ter mais casas, assim como ter mais casas não é certeza de ter mais moradores. A Rocinha, por exemplo, apesar de ter o maior número de domicílios e de moradores, sequer consta na lista das 20 maiores favelas em extensão territorial.

Veja a lista das 20 maiores em área (quilômetro quadrado):

1) 26 de Setembro – Brasília (DF), 10,5
2) Sol Nascente – Brasília (DF), 9,2
3) Morro da Cruz I e II – Brasília (DF), 5,9
4) Invasão Água Limpa – Itabirito (MG), 5,7
5) Valéria – Salvador (BA), 5,5
6) Coroadinho – São Luís (MA), 5,4
7) Santa Etelvina – Manaus (AM), 4,8
8) Parque Estrela – Magé (RJ), 4,6
9) João de Barro – Boa Vista (RR), 4,6
10) Jardim Progresso – Natal (RN), 4,5
11) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM), 4,3
12) Baía do Sol – Belém (PA), 4,2
13) Residencial Tiradentes – São Luís (MA), 4,2
14) Gapara – São Luís (MA), 4,1
15) Vila Nestor – São Luís (MA), 4,1
16) Nacional – Porto Velho (RO), 4,1
17) Santa Rita – Feira de Santana (BA), 4,0
18) Barra Alegre – Ipatinga (MG), 3,9
19) Comunidade São Lucas – Manaus (AM), 3,8
20) Água Boa – Belém (PA), 3,8