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Observatório do Clima propõe redução de 92% nas emissões até 2035

Um estudo da rede Observatório do Clima aponta que o Brasil precisa reduzir em 92% as emissões de gases do efeito estufa até 2035, para contribuir de forma justa com a proposta de limitar em 1,5 graus Celsius (ºC) o aquecimento global. O percentual tem como base as emissões de 2005 e avança limitando em 200 milhões de toneladas líquidas, a emissão anual que era de 2,4 bilhões de toneladas líquidas, há 19 anos.

O estudo considerou qual a carga de gases do efeito estufa que a atmosfera ainda suporta para manter o aumento da temperatura global em 1,5ºC e a participação do país nas emissões globais considerando a mudança no uso da terra promovida em seu território.

“É um cálculo para a necessidade do que o planeta precisa. É um cálculo feito entre o que seria justo, contando o histórico do Brasil de colocar [metas] em uma NDC, e também o que é possível a gente fazer olhando para o que nós precisamos de esforço para manter 1,5ºC”, explica Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

O percentual foi apresentado nesta segunda-feira (26) pela entidade, na terceira contribuição para a proposta de meta climática que será apresentada pelo país durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém do Pará. O Observatório do Clima, foi a primeira iniciativa da sociedade civil a contribuir, em 2015, com estudos para subsidiar as ambições climáticas brasileiras, tendo contribuído novamente em 2020.

Como parte do Acordo de Paris, do qual o Brasil é signatário, será necessário apresentar até fevereiro de 2025, a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês). A proposta deverá avançar em relação ao Balanço Global (Global Stocktake, GST) que reuniu informações sobre a resposta do mundo à crise climática e foi apresentado na COP28, em Dubai, no ano passado.

O Brasil é o sexto maior emissor de gases do efeito estufa e, em 2023, apresentou uma NDC que estipulava teto para emissão de 1,3 bilhão de toneladas líquidas, em 2025, com redução de 48,4% em comparação com 2005. E em 2030, limita as emissões a 1,2 bilhão de toneladas líquidas, avançando a 53,1% do que era emitido em 2005.

A soma das metas apresentadas por todos os países signatários do Acordo de Paris ainda não garante a ambição global de manter a elevação climática nos patamares atuais e levaria o planeta a um aquecimento de 3ºC acima da temperatura do período pré-industrial.

“Nós estamos fazendo uma NDC para as pessoas que perderam as suas casas na enchente do Rio Grande do Sul, para as pessoas que estão sofrendo com as queimadas agora no Brasil, para as pessoas que estão mais vulneráveis a ondas de calor. Nós estamos mostrando que há um caminho para o país de fazer uma entrega que seja compatível com a gente frear o aumento desses extremos climáticos”, afirmou Astrini.

Para atingir a meta proposta pelo Observatório do Clima, os pesquisadores que contribuíram com o estudo apontam para a necessidade de o país alcançar outras ambições como o desmatamento zero até 2030, a recuperação de 21 milhões de hectares de vegetação nativa, o combate à degradação e aumento da proteção de seus biomas, as transições energéticas e à prática de agropecuária de baixa emissão, além de uma gestão adequada dos resíduos no país.

De acordo com Astrini, o objetivo é levar o estudo aos locais onde o debate é desenvolvido de maneira técnica e de modo a pressionar gestores públicos. “Dentro e fora do governo a gente vai levar esses números para provar que é possível ter mais ambição”, conclui.

Caixa Cultural no Rio apresenta mostra Faróis do Cinema

A partir desta terça-feira (27), a Caixa Cultural Rio de Janeiro Unidade Passeio sedia a mostra gratuita Faróis do Cinema dedicada exclusivamente a cineastas do sexo feminino. A quarta edição da mostra permanecerá aberta até 8 de setembro, de terça-feira a domingo, a partir das 13h. Haverá distribuição de senhas 30 minutos antes do início das sessões e das atividades extras. A programação pode ser acessada no site da Caixa Cultural.

Serão exibidos 12 longas-metragens dirigidos por diretoras brasileiras de várias gerações, e 11 longas e quatro curtas indicados por elas como seus “faróis”, ou seja, filmes que influenciaram suas carreiras ou serviram de inspiração, informou à Agência Brasil a curadora da mostra, Mariana Bezerra Cavalcanti. 

“A mostra fala mais dos filmes faróis do que das obras das diretoras, nesta edição”, explicou Mariana. Ela celebrou o fato de o evento poder reunir, atualmente, um número significativo de diretoras de cinema, coisa que há alguns anos não era imaginável. “Felizmente, tem aumentado a participação de mulheres no cinema nacional”, disse.

Muitas das cineastas têm como “faróis” obras estrangeiras consideradas marcos históricos do cinema, como Hiroshima Meu Amor, de Alain Resnais, de 1959, e Viver a vida, de Jean-Luc Godard, de 1962. Há “faróis” nacionais de relevo também, entre os quais Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, de 1964, e A hora da estrela, de Suzana Amaral, de 2011.

Projeto

De acordo com Mariana, a mostra foi inspirada no blog Faróis, escrito em 2008 pelo crítico de cinema Carlos Alberto Mattos, no qual entrevistava diretores de cinema. Em 2010, o cineasta Marcelo Laffitte e a produtora Mariana Bezerra Cavalcanti propuseram a Mattos realizar uma mostra inspirada no seu blog, que recebeu o título Faróis do Cinema – Documentário Brasileiro – Quem Faz e Quem Inspira. A partir daí, houve novas edições em 2011, 2014 e, agora, este ano.

A abertura da mostra 2024 será com Susanna Lira, nesta terça-feira, com a pré-estreia do filme Fernanda Young, foge-me ao controle e a exibição do seu “farol” Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho. Seguem Aída Marques, diretora de Agudás – Os brasileiros do Benin, que indicou Hiroshima Meu Amor, de Alain Resnais. Mangueira em dois tempos, de Ana Maria Magalhães, será acompanhado por Viver a vida, de Jean-Luc Godard. Beth Formaggini, diretora de Xingu Cariri Caruaru carioca, escolheu Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, como seu “farol”.

Clarissa Campolina, co-diretora de Enquanto estamos aqui, tem como “farol” Iracema, uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Helena Ignez apresenta seu mais recente filme, A alegria é a prova dos nove, e sua inspiração Quanto mais quente melhor, de Billy Wilder. Como nossos pais, de Laís Bodanzky, faz par com A hora da estrela, de Suzana Amaral. Luciana Bezerra, co-diretora de A festa de Léo, indicou curtas-metragens de Kleber Mendonça Filho (Vinil verde, Eletrodoméstica e Noite de sexta, manhã de sábado).

Marina Meliande, diretora de Mormaço, tem como “farol” O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla. Patrícia Niedermeier, co-diretora de Salto no vazio, indicou As praias de Agnès, de Agnès Varda. A dupla jornada, de Helena Solberg, é o “farol”de Tetê Moraes, diretora de O Sol – Caminhando contra o vento. E Adeus América, de Sergio Oksman, foi o filme escolhido por Theresa Jessouroum, diretora de O corpo é nosso!

Extras

A Mostra Faróis do Cinema oferecerá ao público bate-papos com dez cineastas convidadas após a exibição dos filmes, com participação dos críticos de cinema Leonardo Luiz Ferreira e Carlos Alberto Mattos. No dia 31 deste mês, às 13h15, a cineasta mineira Clarissa Campolina, que trabalha com uma linguagem mais poética, dará uma oficina de produção sobre cinema. “Ela tem um coletivo de mulheres e falará sobre como as mulheres fazem cinema”, disse Mariana Bezerra Cavalcanti. As vagas são limitadas a 25 pessoas e os ingressos gratuitos devem ser retirados antecipadamente, 30 minutos antes da atividade. A classificação etária para a oficina é 16 anos.

No dia 4 de setembro, às 19h, Carlos Alberto Mattos e a curadora Mariana contarão ao público a história da mostra, falando de casos, conversas e filmes exibidos desde a primeira edição, em 2010.

Centros esportivos do DF suspendem aulas por baixa umidade do ar

O governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, suspendeu, nesta segunda-feira (26), as aulas nos doze centros olímpicos e paralímpicos (COPs) de todo o Distrito Federal, devido às condições climáticas que afetam Brasília e as regiões administrativas. Em comunicado publicado nesta manhã, a secretaria distrital explicou que o objetivo é priorizar a segurança e o bem-estar de todos os frequentadores dos locais. 

Pelo segundo dia consecutivo, o Distrito Federal tem céu tomado por fumaça, resultado de queimadas registradas em diversas regiões do país.

Brasília encoberta por fumaça de queimadas. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

“A decisão foi tomada considerando a fumaça proveniente das queimadas de outros estados que tem afetado o Distrito Federal. As condições de umidade estão muito baixas, combinadas com temperaturas elevadas, aumentando os riscos à saúde”, explica a nota.

Caso a condição climática persista, a Secretaria de Esporte e Lazer avisa que o cancelamento das aulas poderá ser estendido para os próximos dias.

Os centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do Distrito Federal oferecem, em 2024, mais de 28 mil vagas gratuitas para 32 modalidades esportivas, como ginástica artística, basquete, handebol e natação.O público atendido abrange crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, incluindo pessoas com deficiência (PCD). As unidades do DF estão distribuídas em 12 regiões administrativas.

Alerta laranja

Mesmo com a suspensão das aulas nos centros olímpicos e paralímpicos, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) optou por manter as aulas em escolas públicas, nesta segunda-feira.

Em nota, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, explicou que, apesar do desconforto respiratório causado pela fumaça, a situação atual não exige a suspensão das aulas, mesmo o Distrito Federal em alerta laranja para baixa umidade relativa do ar.

“Estamos em alerta laranja, o que indica que as condições ainda permitem a realização das aulas. A recomendação é que as atividades continuem normalmente, mas com monitoramento constante.

O GDF diz, também, que a preocupação com a fumaça das queimadas não é exclusiva do Distrito Federal. “Diversos estados brasileiros estão enfrentando problemas semelhantes, e em todos eles as aulas também estão mantidas.” Hélvia Paranaguá adianta que, se o alerta passar a ser vermelho, o governo do Distrito Federal suspenderá as aulas de imediato e a população do Distrito Federal será comunicada em seguida.

Ela destacou que a decisão de seguir com as atividades presenciais se baseia em dados técnicos, no acompanhamento contínuo da situação ambiental, baseada em análises locais das condições atmosféricas.

“Nosso objetivo é garantir que as escolas funcionem de maneira segura. Estamos atentos e preparados para agir rapidamente se a situação se agravar,” assegura Hélvia Paranaguá.

Recomendações

Neste domingo, o Ministério da Saúde apresentou recomendações à população sobre como se proteger e evitar a exposição à fumaça intensa e neblina, causadas pelas queimadas

Entre as orientações, estão:

·         Aumentar a ingestão de água e líquidos para ajudar a manter as membranas respiratórias úmidas;

·         Reduzir ao máximo o tempo de exposição e, se possível, permanecer dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;

·         Fechar portas e janelas nos horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a entrada de poluição externa;

·         Evitar a realização de atividades físicas entre 12 e 16 horas, horário de elevadas concentrações de poluentes do ar;

·         Usar máscaras cirúrgicas, pano, lenços ou bandanas para reduzir a exposição à poluição e para melhorar o desconforto respiratório

·         Máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;

·         Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral;

·         Em casos de problemas de saúde, as pessoas doentes e familiares devem buscar atendimento médico o mais rápido possível.

Adicionalmente, o GDF recomenda que dentro das escolas, os bebedouros devem ser mantidos em boas condições de funcionamento, com atenção à higiene e à qualidade da água oferecida; os estudantes devem levar às escolas garrafas para água e não as compartilhar com colegas, para evitar a propagação de gripes e resfriados; incentivar o consumo regular de água pelos alunos; as salas de aula devem estar bem ventiladas.

Em situações extremas, as escolas têm autonomia para adaptar suas rotinas, garante o GDF.

Qualidade do ar no DF está em “situação delicada”

O Instituto Brasília Ambiental, responsável pelo monitoramento do ar na capital federal, emitiu alerta nesta segunda-feira (26) para o que chamou de “situação delicada” em relação à qualidade do ar no Distrito Federal. Os dados foram colhidos na estação automática localizada na Fercal, a cerca de 24 quilômetros do centro de Brasília.

Em nota, o instituto informou que dados coletados neste domingo (25) colocam o Índice da Qualidade do Ar (IQA) como ruim para material particulado, que pode ser constituído por poeira, fumaça ou fuligem. Durante a noite, por volta das 19h, o índice chegou a ser classificado como péssimo e permaneceu assim até as 3h desta segunda-feira.

Fonte: Instituto Brasília ambiental (Ibram)

“As últimas medidas da estação mostram que houve uma pequena melhora no indicativo, mas a qualidade do ar ainda está muito ruim”, destacou o instituto. “As condições meteorológicas não favoreceram a dispersão desses poluentes, com direção do vento ainda de sul trazendo a fumaça dos incêndios para nossa região, agravado por uma situação de inversão térmica que dificulta ainda mais a dispersão”, acrescentou.

Nessas condições, segundo o instituto, toda a população do Distrito Federal está sujeita a apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, além de falta de ar e respiração ofegante. “Esses efeitos podem ser ainda mais graves em crianças, idosos e pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares”.

Fonte: Instituto Brasília Ambiental (Ibram)

“Por isso, é importante que a população tome algumas medidas, tais como evitar esforço ao ar livre, principalmente pessoas do grupo mais sensível”, recomenda o comunicado.

Entenda

Pelo segundo dia seguido, o céu de Brasília amanheceu encoberto de névoa proveniente da fumaça vinda de outras regiões do país. O brasiliense saiu de casa na manhã desta segunda-feira e se deparou com um céu cinzento e um horizonte curto. Mal podia se ver a paisagem poucos quilômetros à frente.

O cenário visto na capital federal é uma junção do acúmulo de fumaça produzida pelas queimadas no estado de São Paulo e a seca que, tradicionalmente, ocorre na região do Cerrado nesta época do ano. Em Brasília, não chove há mais de 120 dias.

A Defesa Civil do Distrito Federal mantém o nível de alerta na cor laranja, permitindo a continuidade das atividades escolares nesta segunda-feira.

Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano em regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Região Sudeste. O problema se intensificou no interior de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo, atualizados neste domingo (25), 21 cidades paulistas têm focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta máximo para o fogo.

Brasília amanhece coberta de fumaça pelo segundo dia seguido

Pelo segundo dia seguido, o céu de Brasília amanheceu encoberto de névoa proveniente da fumaça vinda de outras regiões do país. O brasiliense saiu de casa na manhã desta segunda-feira (26) e se deparou com um céu cinzento e um horizonte curto. Mal podia se ver a paisagem poucos quilômetros à frente.

O cenário visto na capital federal é uma junção do acúmulo de fumaça produzida pelas queimadas no estado de São Paulo e a seca que, tradicionalmente, ocorre na região do Cerrado nesta época do ano. Em Brasília, não chove há mais de 120 dias.

A Defesa Civil do Distrito Federal mantém o nível de alerta na cor laranja, permitindo a continuidade das atividades escolares nesta segunda-feira (26).

Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano em regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Sudeste. O problema se intensificou no interior de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo atualizados neste domingo, 21 cidades paulistas têm focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta máximo para o fogo.

Cuidados

O clima seco e a incidência de fumaça na atmosfera exigem cuidados da população com a saúde. Fique atento às recomendações do Ministério da Saúde:

Aumentar a ingestão de água e de líquidos, para manter as membranas respiratórias úmidas e, dessa forma, ficarem mais protegidas
Reduzir, ao máximo, o tempo de exposição à fumaça, permanecendo em casa, se possível com ar condicionado ou purificadores de ar
Manter portas e janelas fechadas para reduzir a entrada da poluição externa, durante os horários com elevadas concentrações de partículas
Evitar atividades físicas em locais abertos, principalmente das 12h às 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas
Usar máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas para diminuir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas às áreas de focos de queimadas

 

As recomendações devem ser seguidas por toda a população e a atenção deve ser redobrada em crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes. Ao sinal de sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde, é necessário buscar atendimento médico imediato. 

 

Polícia do Rio investiga roubo de caminhão da cantora Maria Rita

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura o roubo do caminhão da cantora Maria Rita que levava, na madrugada deste sábado (24), instrumentos e equipamentos de show, para o Aeroporto Internacional do Rio- Galeão Tom Jobim, de onde seguiam para Recife, em Pernambuco.

“O caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti). Diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime”, informou a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, em resposta à Agência Brasil.

A cantora tinha uma apresentação, ontem, em um festival de música da capital pernambucana e a sua equipe teve que providenciar, de última hora, os equipamentos para o show.

Em outra publicação no mesmo perfil, Maria Rita pede o contato de pessoas que possam ter informações sobre o roubo. “Quem tiver informações, por favor entrar em contato conosco por qui ou no link que disponibilizamos em nossos stories”, postou nas redes sociais.

Um dos comentários na postagem da cantora destaca que “quem compra instrumentos sem nota fiscal compra roubo e alimenta o tráfico e a violência”.

As informações sobre o caso indicam que o motorista do caminhão foi parado na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e obrigado a seguir com o veículo até uma saída da via de onde foi retirado pelos criminosos.

Durante o show em Recife, Maria Rita interrompeu a apresentação para falar sobre o caso. Emocionada por considerar um dia difícil para ela, a cantora disse que trabalha com o motorista Borracha há 22 anos e que graças a Deus ele estava bem. Comentou ainda que conhece os filhos e a família do motorista e, por isso, ficou abalada por pensar na violência que ele sofreu. Maria Rita informou que estava fazendo o show com instrumentos emprestados.

 

Operações de resgate tentam salvar a vida de golfinhos amazônicos

A seca na Amazônia, entre tantos problemas, tem interferido na vida dos golfinhos. A líder do Grupo de Mamíferos Aquáticos do Mamirauá, Miriam Marmontel, fez um alerta para a situação grave por que passam os animais na região do Lago Tefé. Para evitar as mortes, com a sua equipe de trabalho ela vem realizando ações emergenciais de resgate dos golfinhos amazônicos das espécies botos vermelhos e tucuxis.

Segundo Miriam Marmontel, no ano passado, os golfinhos já tinham sido vítimas das condições climáticas e centenas deles, que são símbolo da cultura e da biologia da região, morreram com a seca histórica que atingiu o Amazonas.

“A preocupação é que se repitam as condições do ano passado de baixa profundidade e altas temperaturas, que ceifaram a vida de, pelo menos, 209 golfinhos amazônicos, sendo 178 botos vermelhos e 31 tucuxis. Essa é uma quantidade muito alta em termos proporcionais para uma estimativa que tínhamos de animais no Lago Tefé. Nós teríamos perdido no ano passado cerca de 15% da população de golfinhos da área, de botos vermelhos e tucuxis”, disse em entrevista ao programa da Rádio Nacional Viva Maria, da apresentadora Mara Régia.

Seca

Miriam disse que o Grupo de Mamíferos Aquáticos do Mamirauá recebeu uma mensagem de que pelo menos 7 botos vermelhos estavam presos, em lagoas que ficam limitados e separados por causa da seca e, por isso precisam de resgate, uma vez que os níveis da água estão muito baixos e a água está quente.

Essas condições da seca dificultam as operações que precisaram ser encerradas antes “Os níveis da água estão tão baixos no Lago Tefé que as bocas de igarapés, que são os lugares propícios para capturas, fecharam, então, tivemos que abandonar a atividade um dia mais cedo. Essas capturas foram planejadas com o intuito duplo, o primeiro sendo uma avaliação completa da saúde, para que conheçamos a situação dos animais nesse momento antes que entre o período mais crítico de seca e altas temperaturas e também a adaptação dos transmissores satelitais das nadadeiras dorsais para acompanhar a movimentação deles ao longo das estações, especialmente, durante esse período de vazante muito intensa”, pontuou.

“Todos os lagos e a maioria dos corpos de água da Amazônia estão em um nível extremamente baixo, muito preocupante para a sobrevivência de botos, que ficam encalhados e presos em poços”, explica Miriam.

A líder lamentou a pouca quantidade de resgates. “No período de sete dias nós só logramos capturar dois animais devido às dificuldades da seca, uma fêmea adulta e um jovem macho, ambos aparentemente em bom estado de saúde, pelo que foi possível fazer de análise no momento tanto de análise clínica, como de algumas amostras de sangue que foram coletadas. Isso também vai nos ajudar a acompanhar o que vai acontecer nas próximas semanas”, comentou..

A ideia, de acordo com Míriam, é resgatar os animais desse local mais isolado de água parada e levá-los até o rio maior, que é o Solimões, na área do final da reserva Mamirauá. A líder estimou muita dificuldade nas operações de resgate.

“A notícia que tivemos pelos ribeirinhos de lá é que as comunidades estão todas isoladas, então, vai ser uma missão bastante desafiadora, porque vamos chegar em uma ponta de praia e temos que caminhar com todos os equipamentos durante bastante tempo e os animais estão, segundo os comunitários, isolados com pelo menos 18 minutos de caminhada entre essa lagoa e o Rio Solimões para transporte de animais que são grandes, robustos. O boto pode chegar até 2,5m de comprimento, vão ter que ser transportados por terra. Não sabemos ainda se vai ser um local lamoso, porque as águas estão baixando ou talvez praia, mas de qualquer forma vai ser um transporte bastante complicado, que exige muitas pessoas para transportar um animal grande, que obviamente está no estresse”.

Além disso, ela destacou que há o desconhecimento da área. “Nós não conhecemos o lago. Na verdade, vamos contar com as redes e a ajuda de pescadores locais e trazer os animais para a beira e transportá-los por macas até o Rio Solimões”, informou.

“Já estávamos em alerta e acho que agora já podemos dizer que estamos em alerta amarelo, muito próximo do vermelho, do ponto crítico, porque as condições estão se aproximando muito das condições que vivenciamos no ano passado aqui no Lago Tefé de baixas profundidades e altas temperaturas”, chamou atenção.

Resgate

A Amazônia Latitude, plataforma híbrida de divulgação de conhecimento científico e jornalístico, postou no Instagram imagens de um ribeirinho identificado como Edmar Lopes, que salvou um boto que encalhou no Rio Madeira, próximo à cidade de Humaitá, no estado amazonense.

Edmar carrega o boto, por um local que parece ser uma praia, mas que se trata de um leito de rio que, por estar tão seco, se tornou possível andar por onde antes havia água. O esforço do ribeirinho acabou por devolver o boto à água.

A postagem da Amazônia Latitude faz mais alertas. “Não só o meio ambiente está em alerta. Pelo menos 20 municípios do Amazonas já decretaram situação de emergência devido à estiagem. São 63 mil famílias que já sofrem os impactos da seca que mata, humanos, fauna e flora mudando a vida na Amazônia, quiçá para sempre”, destacou.

 

*Com informações de Mara Régia, da Rádio Nacional. 

Governo aciona PF com suspeita de novo “dia do fogo” em São Paulo

O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou. 

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez.”

Dois são presos por suspeita de incêndios criminosos em São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou neste domingo (25) que duas pessoas foram presas por serem suspeitas de atuar em incêndios criminosos no interior de São Paulo. Segundo Freitas, um deles foi preso na região de São José do Rio Preto no sábado (24). O segundo, detido hoje, em Batatais, é um mecânico de 42 anos, flagrado pela Polícia Militar após uma denúncia anônima, enquanto ateava fogo em uma mata próxima à região central de Batatais.

Segundo o governador, as forças de segurança pública estão mobilizadas. “Nós temos três situações: a primeira é uma combinação de três fatores, que são os ventos fortes, baixíssima umidade relativa do ar, estiagem prolongada e muito calor. Então qualquer coisa provoca ignição e realmente nós tivemos uma geração de fogo quase espontânea”.

A queimada intencional de lixo e o aproveitamento das queimadas para eliminar descartes sou outras situações arriscadas. “Nós vamos combater isso severamente e vamos levar essas pessoas para a cadeia. E as forças estão bem mobilizadas para prender esses criminosos”, disse Freitas.

O governo estadual iniciou neste fim de semana, uma operação especial para combater as queimadas no interior de São Paulo. Antes, o governo havia decretado situação de emergência por 180 dias em 45 municípios paulistas. Hoje estão sendo monitoradas com alerta máximo 46 cidades e 21 delas têm focos ativos de fogo.

As regiões de Ribeirão Preto e de São José do Rio Preto estão entre as mais atingidas pelas queimadas.

FAB cede avião para auxiliar no combate ao fogo no interior paulista

A Força Aérea Brasileira (FAB) designou uma aeronave KC-390 Millennium, operada pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) para auxiliar no combate às queimadas no interior de São Paulo. No final da noite de ontem o avião chegou ao Aeroporto de Ribeirão Preto, cidade mais atingida pelos incêndio.

“Hoje nós teremos helicópteros do Exército, helicópteros da Marinha, o KC, da Força Aérea, que vai ser decisivo pela capacidade que ele tem de transportar uma grande quantidade de água”, disse o governador Tarcísio de Freitas, em entrevista à imprensa. “Teremos aqui, também, militares da engenharia. Vamos atuar nas estações ecológicas, nas unidades de conservação para que a gente possa extinguir o mais rápido possível esse incêndio”, completou Tarcísio.

A aeronave é equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System), que fornece a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate ao fogo em voo.

Por conta da gravidade da situação, o governo de São Paulo decretou situação de emergência em 45 cidades por causa dos incêndios florestais e anunciou o uso de aviões das Forças Armadas para conter as chamas, principalmente em Ribeirão Preto, onde a situação é mais grave. O governo estadual montou um posto avançado de monitoramento na cidade.

Segundo o monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, 21 cidades enfrentam focos ativos de incêndio. Ao todo, são 46 municípios que estão sendo monitorados e estão em alerta máximo para queimadas. As localidades em questão sofrem com baixa umidade do ar e elevado risco devido à onda de calor que afeta todo o estado.

Segundo o governo do estado,  quem teve a casa atingida pelo fogo está acomodado em abrigos. Também estão sendo enviados enviados: colchões, água, kit de higiene, cesta básica, entre outros itens.