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Fortes chuvas causam estragos na Argentina

18 de maio de 2024

 

A Argentina está sofrendo graves inundações causadas pelo ciclo de chuvas que nos últimos dias também deixaram danos em grande escala no Brasil e no Uruguai. A costa argentina foi inundada por esta corrente que os especialistas atribuem à combinação do fenômeno El Niño com outros fatores climáticos da região.

Mais de 560 pessoas foram evacuadas na cidade de Concórdia, devido às inundações causadas pela cheia do rio Uruguai após enchentes ocorridas no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Dezenas de moradores de Concórdia, localizada na província de Entre Ríos – fronteira com o Uruguai e muito próxima ao sul do Brasil – viajavam em canoas porque nas zonas ribeirinhas da cidade houve um forte crescimento do leito do rio Uruguai. que começa na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O governador da província de Entre Ríos, Rogelio Frigerio, onde está localizada a cidade de Concórdia, que sofreu graves danos e onde as tempestades truncaram a atividade comercial e produtiva, disse que aguardam que as previsões de chuva melhorem para fazer frente reconstrução.

“Espero que estejamos no auge da altura do rio [Uruguai], estamos esperando o tempo estar conosco. Estamos muito preocupados com a saúde, aqui com o Ministro da Saúde, distribuindo medicamentos, preocupados principalmente com a litospirose. “Estamos contendo pessoas com a polícia e o exército, distribuindo alimentos num momento muito difícil”, disse o governador.

O responsável disse que os danos causados ​​pelas chuvas ainda não foram quantificados, “mas é evidente que muitas famílias vivem em situações muito precárias”, o que relacionou com o abandono dos governos anteriores.

Ambientalistas exigem obras de mitigação

As associações ambientalistas alegam falta de obras necessárias contra as cheias anteriormente consideradas urgentes para mitigar os efeitos das alterações climáticas.

“Estamos alertando há mais de 20 anos (…) Infelizmente essa enchente é recorrente, não é a mesma que no Brasil, porque o que aconteceu (lá) foi uma tragédia, e aqui é apatia. Há 20 anos alertamos sobre isso e lutamos por uma solução definitiva, que seja uma defesa central. Avançamos muito, mas o projeto, que seria uma solução, foi arquivado”, disse o ambientalista Sebastián Bomtempo.

Os serviços de emergência mobilizados na área incluem bombeiros, polícias, Defesa Civil e voluntários, que trabalham 24 horas por dia para ajudar as vítimas e tentar evitar surtos de doenças endémicas na área, uma preocupação para as autoridades de saúde.

O chefe da Defesa Civil, Orlando Bertoni, disse que a prioridade neste momento é ajudar as vítimas, prevenir doenças oportunistas e distribuir auxílio emergencial às famílias atingidas nesta primeira fase da emergência.

“Foram ventos muito fortes que derrubaram galhos e cabos e deixaram as cidades sem energia elétrica. As fortes chuvas em um curto espaço de tempo deixaram graves inundações em 40 ou 50 minutos, caíram entre 200 e 300 milímetros em um dia, deixando entre 700 e 800 evacuados e auto-evacuadores”, observou Bertoni.

Fonte
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Conforme os termos de uso “todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público”.Todo o material produzido exclusivamente pela Voz da América está em domínio público. A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA.

Inflação dispara e deixa famílias angolanas em desespero

18 de maio de 2024

 

O aumento do preço dos bilhetes em Angola, de 50 para 150 kwanzas, ou seja, um acréscimo de 300 por cento, surpreendeu as empresas de transportes públicos coletivos urbanos rodoviários de passageiros e os utentes, que esperavam apenas uma subida de 50 e não de 100 kwanzas, como tornou público o Ministério dos Transportes.

Também esta quinta-feira, 16, entrou em vigor o novo preço das viagens de táxi, que reflete um aumento de 25 por cento, devido ao fim dos subsídios de combustivel para os operadores.

Simultaneamente, o Instituto Nacional de Estatísticas (INC) revelou um aumento da inflação de 2,6 de março a abril, enquanto a consultora Oxford Economics diz que a inflação anual é a maior dos últimos sete anos.

Em consequência da inflação mensal, o setor da saúde lidera o aumento de preços, com variação de 3,25%, seguido do setor da alimentação e bebidas não alcoólicas, com 3,13%, vestuário e calçado, de 2,84% e hotéis, cafés e restaurantes, com 2,59%, notifica o INE.

Em entrevista à Voz da América, o especialista em política macroeconómica e professor universitário, Francisco Paulo, diz que as previsões não são as melhores para a economia das famílias angolanas.

“Vai agravar-se ainda mais a situação económica e social das famílias, a taxa de desemprego é muito elevada, anda à volta dos 31, 32 por cento, mas o desemprego entre os jovens é superior a 50 por cento. Sem poder de compra e com preços tão elevados, é claro que isso só aumenta a dificuldade das pessoas”, afirma Paulo, para quem, fruto deste cenário, a pobreza “aumenta mais a todos os níveis”.

Segundo Paulo a atual inflação decorre de políticas eleitoralistas do Governo. “Quando em 2021, 2022 durante a pandemia, em todo o mundo, devido às ajudas, a inflação estava a aumentar, em Angola a inflação estava a aumentar porque estávamos em ano eleitoral, no qual se usaram instrumentos artificiais para baixar a inflação”, aponta o especialista. “O país está a pagar a má gestão”, reitera Francisco Paulo.

Em janeiro, o Banco Nacional de Angola (BNA) estimou que a taxa de inflação deverá atingir os 19% em 2024, e que o Produto Interno Bruto deve crescer 2,2%, suportado pelo setor não petrolífero.

Fonte
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Moraes mantém prisão de delegado acusado do assassinato de Marielle

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve nesta sexta-feira (17) a prisão do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso em função das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Moraes rejeitou pedido de soltura feito pela defesa do delegado. De acordo com os advogados, Barbosa pode responder às acusações em liberdade por não oferecer riscos à investigação.

Apesar de manter a prisão, o ministro determinou que a administração do presídio federal de Brasília avalie o estado de saúde de Rivaldo e informe se há necessidade de atendimento médico especializado.

Além do delegado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal (União-RJ), Chiquinho Brazão, foram denunciados ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homicídio e organização criminosa. Todos estão presos por determinação de Moraes pelo suposto envolvimento no assassinato da vereadora. 

Segundo as investigações, o ex-chefe da Policia Civil deu orientações, a mando dos irmãos Brazão, para realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.

A procuradoria argumenta que a vereadora foi executada para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política.

“Foi Rivaldo quem orientou a todos a não executar o crime em trajeto que partisse ou seguisse para a Câmara Municipal, para dissimular a motivação política do crime”, diz a denúncia.

Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato e que apontou o delegado e os irmão Brazão como participantes do crime.

Luta antimanicomial é celebrada com atividades culturais na Cinelândia

A praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foi palco de uma grande mobilização nesta sexta-feira (17) em torno da luta antimanicomial. Os participantes começaram a se concentrar às 11h e o ato durou toda a tarde, com diversas apresentações e intervenções culturais. A programação incluiu capoeira, bloco de carnaval, coral, roda de samba, saral, entre outras atrações.

A mobilização ocorre às vésperas do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado anualmente no dia 18 de maio. A convocação foi do Núcleo Estadual do Movimento da Luta Antimanicomial (Nemla-RJ) e da Associação dos Cuidadores da Pessoa Idosa, da Saúde Mental e com Deficiência do Estado do Rio de Janeiro (Acierj).

Em nota publicada nas redes sociais, as entidades defendem a urgência do fim dos manicômios. Lembrando também o Dia Internacional de Luta Contra à LGBTfobia, celebrado nesta sexta-feira (17), eles também chamam atenção para a discriminação existente nesses espaços.

“Manicômios que se multiplicam em suas nomenclaturas: comunidades terapêuticas, internações compulsórias, abrigo, institutos psiquiátricos. Lésbicas sempre foram alvo desse espaço de controle e tortura. Nossos desejos, modos de vestir, modos de andar na cidade, modos de gestar sempre foram patologizados e infelizmente ainda são alvo de modos de ‘cuidado’ que nos querem menininhas heterossexuais”, registra texto divulgado pela Nemla-RJ.

Ato marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, na Cinelândia, no centro do Rio. Foto:  Tomaz Silva/Agência Brasil

Uma das presentes no ato levava um cartaz: “Passei mais de mil dias internada em hospitais psiquiátricos entre os 14 e os 22 anos. A juventude perdida ninguém devolve”. Nas redes sociais, também foram compartilhadas variadas manifestações de apoio ao ato. “O dia de hoje revigora a luta pelos direitos sociais e de saúde para todos. Movimento que alavancou o renascer democrático do nosso país e caminhou a guerra à livre expressão existencial de cada ser”, escreveu a psicóloga Paula Pereira.

Os manicômios são voltados para internações de longa permanência e são criticados por pesquisadores e especialistas por não respeitar as singularidades dos pacientes. A luta contra essas instituições no Brasil influenciou a aprovação da Lei Federal 10.216/2001, que instituiu a Política Antimanicomial. Ela estabelece a adoção de um modelo assistencial em saúde mental, com ênfase na reinserção social, por meio de tratamento ambulatorial, que deve sempre ser priorizado em face da internação.

Mesmo passados mais de 20 anos da aprovação da lei, as entidades que lutam pelo fim dos manicômios ainda precisam se mobilizar para cobrar sua aplicação plena em todo o Brasil. Em Petrópolis, na região serrana fluminense, por exemplo, apenas em fevereiro deste ano foi fechado o Hospital Psiquiátrico Santa Mônica. Trata-se de uma instituição privada que era considerada o último manicômio conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em funcionamento no estado do Rio.

Trabalhadores denunciam violações a direitos humanos na Cracolândia

Trabalhadores do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) IV, da prefeitura de São Paulo, que atende usuários de substâncias psicoativas da região da Cracolândia, no centro da cidade, denunciaram violações de direitos humanos durante internações na região por parte de equipes do Serviço de Cuidados Prolongados (SCP) e do HUB de Cuidados em Crack e outras Drogas.

O SCP são equipamentos que integram o programa municipal Redenção e contam com duas unidades, uma no centro e outra na zona norte da capital. O HUB, da rede de atendimento do governo estadual, é o antigo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod).

“É com tristeza que temos testemunhado práticas do SCP que estão em total desacordo com os princípios éticos e legais que regem nosso trabalho. As internações que estão sendo realizadas estão desrespeitando a legalidade e destruindo um trabalho de vinculação que há tempos vem sendo desenvolvido”, diz carta aberta assinada por profissionais do Seas.

No relato, eles acrescentam que “as internações realizadas tornaram-se um círculo vicioso, não avançam, não progridem e não trazem resolutividade, os usuários que passaram por internações facilmente são encontrados novamente na cena de uso, mostrando o desserviço que vem sendo realizado”.

Segundo a denúncia, o SCP viola tanto a Lei Antimanicomial como entra em conflito com a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) – Lei nº 8.742/1993. “Esperamos que esta carta sirva como um chamado à ação para todos os envolvidos, visando a correção das práticas abusivas e a promoção de um atendimento digno e respeitoso para todas as pessoas em situação de vulnerabilidade”, finaliza a carta.

Há uma semana, trabalhadores do Redenção na Rua, da prefeitura de São Paulo, que também atuam na Cracolândia, denunciaram abordagens violentas e agressões por parte da equipe de trabalho externo do Serviço de Cuidados Prolongados (SCP), realizado pela Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE).

A Agência Brasil solicitou posicionamento da prefeitura e do estado, mas não obteve retorno até a conclusão da reportagem.

Saúde anuncia pacote de R$ 66,5 milhões para o Rio Grande do Sul

O Ministério da Saúde publicou, nesta sexta-feira (17), portarias que destinam um total de R$ 66,5 milhões para hospitais, vigilância sanitária, leitos emergenciais e outras ações de saúde no Rio Grande do Sul, estado que vem sendo atingido por fortes chuvas desde o fim de abril. O anúncio foi feito pelo ministro extraordinário para Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

Durante entrevista à imprensa, o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, destacou que, do montante total, cerca de R$ 30 milhões serão destinados ao custeio de serviços de média e alta complexidade no estado, incluindo leitos hospitalares e serviços de emergência.

De acordo com Massuda, os recursos serão destinados aos municípios de Parobé, Estrela, Caxias do Sul, Rio Grande, Santana do Livramento, Igrejinha, Venâncio Aires e Torres, além da capital, Porto Alegre. “Esses serviços vão ser habilitados, e os recursos vão ser bastante importantes para ampliar as ações de serviços de alta e média complexidade”, afirmou Massuda.

Doenças respiratórias são foco do Ministério da Saúde no RS

O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, disse nesta sexta-feira (17) que a principal demanda recebida por profissionais de saúde que estão no atendimento de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul são as doenças respiratórias. Em coletiva de imprensa, Massuda citou ainda que houve aumento na incidência de doenças gastrointestinais e de infecções de pele, sobretudo em razão do grande número de pessoas em abrigos.

De acordo com o secretário, a pasta monitora casos de leptospirose provocados pelo contato com a água das enchentes. “Não há nenhum aumento extraordinário, que gere preocupação acima do que precisa ter. Estamos acompanhando”, disse.

O ministério também está atento ao cenário de dengue no estado, mas, em razão das baixas temperaturas, a doença não preocupa tanto. “Temos notificação, mas também de maneira controlada. A gente tem o benefício do clima, que é um fator contra o desenvolvimento do mosquito”, disse. “Nosso foco, neste momento, são as doenças respiratórias”, reforçou.

Hospitais de campanha

Dois hospitais de campanha estão em funcionamento no estado, um em Canoas e um em Porto Alegre, e mais dois devem começar entrar em ação, em São Leopoldo, no próximo fim de semana, e em Novo Hamburgo na semana que vem. “Conseguimos mobilizar no país todo profissionais altamente experientes para fazer transporte aeromédico, serviços de atendimento de emergência e também profissionais de vigilância em saúde. A gente sabe todo o impacto que tragédias como essa têm no crescimento de doenças transmissíveis, que estão sendo acompanhadas, controladas.”

Os profissionais que atuam nos hospitais de campanha são da Força Nacional do SUS. “Lamentavelmente, o Brasil tem enfrentado cada vez mais situações de desastres. Desde 2011, o Ministério da Saúde criou a Força Nacional do SUS para apoiar estados e municípios que enfrentam essas situações”, destacou.

Rio Grande do Sul pode voltar a ter fortes temporais na próxima semana

O ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, alertou nesta sexta-feira (17) que o Rio Grande do Sul pode voltar a ser atingido por fortes temporais ao longo da próxima semana. Segundo ele, nas próximas terça, quarta e quinta-feira, pode chover entre 100 e 150 milímetros (mm), sobretudo na porção noroeste no estado e na região metropolitana de Porto Alegre.

“É muito provável que a gente volte a ter um outro pico de chuvas fortes na semana que vem”, disse Pimenta, durante entrevista coletiva.

O ministro lembrou que, após a cheia de 1941, praticamente todos os municípios da região metropolitana de Porto Alegre são protegidos por um sistema de diques e casas de bomba. “São municípios em que parte da sua área está praticamente no nível do mar, no nível do rio. Sem os diques e sem o muro em Porto Alegre, a probabilidade e a possibilidade de inundação seriam muito grandes.”

Ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. Foto: Lucas Leffa/Secom

“Ao longo do tempo, esses diques e casas de bomba passaram a ser de responsabilidade dos municípios. O que ocorreu nessa enchente? Primeiro, a cota para a qual esses diques foram construídos foi a da enchente de 1941. Como tivemos, em algumas regiões, uma inundação superior a 70% a mais do que em 1941, tivemos algumas situações em que a água passou por cima do dique. Tivemos outras situações em que houve rompimentos de dique e tivemos também uma capacidade de resposta do sistema de bombas que foi insuficiente.”

“Não é nosso objetivo aqui e agora entrar na análise disso. O fato é que foi insuficiente”, destacou. “Essa água entrou por cima do dique ou rompeu os diques e, mesmo com o rio baixando, ela não vai embora porque o dique ficou como proteção contrária. Virou uma piscina. Temos grandes piscinas na região metropolitana, especialmente Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre. São as três regiões que temos a maior quantidade de pessoas que não podem voltar para casa e sequer temos condições, enquanto poder público, de saber se essas áreas poderão ou não voltar a ser local de moradia enquanto a água não baixar.”

Para auxiliar na retirada da água empoçada no Rio Grande do Sul – sobretudo na capital Porto Alegre e em municípios da região metropolitana –, o governo federal negocia com os estados de São Paulo, do Ceará e de Alagoas o envio de bombas de água.

São, ao todo, 18 bombas a serem enviadas ao estado gaúcho pela Sabesp, companhia de abastecimento paulista, além de oito bombas do governo cearense e uma bomba utilizada na transposição do Rio São Francisco, em Alagoas. Pelo menos dois equipamentos, segundo o ministro, já chegaram ao Rio Grande do Sul. A expectativa é que outros quatro sejam entregues na tarde desta sexta-feira.

 

Previsão de mais chuvas no RS mantém estado em alerta

Há previsão de mais chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos 7 a 10 dias. De acordo com a MetSul Meteorologia, empresa especializada em consultoria climática, os registros devem ocorrer especialmente na metade norte gaúcha, “onde estão as nascentes e os principais rios que enfrentam cheias de grandes proporções neste mês de maio”.

O estado vive a maior catástrofe climática de sua história, com chuvas e enchentes que já resultaram na morte de 154 pessoas e afetaram 461 dos 497 municípios do estado. Há mais de 618,3 mil pessoas fora de suas casas.

Segundo a MetSul, o volume de chuva deve provocar uma nova alta dos rios, mas com repique de cheia menor. A maior preocupação é com o risco de deslizamentos na serra gaúcha, uma vez que o solo segue saturado e instável.

O tempo melhora no sábado (18), com precipitações isoladas no fim de semana e previsão de tempo firme na segunda-feira (20).

Já entre terça-feira (21) e quinta-feira (23) da próxima semana, a MetSul alerta que “o Rio Grande do Sul terá chuva mais generalizada e com volumes que serão mais altos, em vários pontos elevados, devendo se aproximar ou passar dos 100 milímetros”.

Drenagem

Nesta sexta-feira (17), em coletiva de imprensa, o governador Eduardo Leite anunciou ações urgentes para drenagem das cidades, em especial da região metropolitana de Porto Alegre. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo enviou bombas para apoiar o Rio Grande do Sul nas operações de escoamento da água acumulada.

“O esforço que vamos ter que fazer, em coordenação com a liderança dos municípios responsáveis pela drenagem, é utilizar esse período para drenarmos e restabelecermos as casas de bombas, blindando-as, o máximo possível, de uma nova enchente com a elevação do nível dos rios nos próximos dias. Para evitarmos que isso se repita”, disse Leite.

A região metropolitana de Porto Alegre fica quase no nível do mar e é permeada por muitos rios, por isso, a área é protegida por sistema de diques, para impedir a entrada de água nas cheias. Nas recentes enchentes, entretanto, vários desses diques vazaram.

Benefício do Bolsa família começa a ser pago nesta sexta-feira no RS

O pagamento da parcela do Programa Bolsa Família referente a maio foi antecipado para 620 mil famílias para esta sexta-feira (17), devido à situação de calamidade de vários municípios, em consequência das fortes chuvas que atingiram o estado.

Excepcionalmente, o governo fez o depósito nas contas dos beneficiários gaúchos em única data, o primeiro dia do cronograma do programa de transferência de renda para este mês, antecipando para hoje todos os depósitos que seriam feitos nos próximos dias, como era previsto no calendário regular.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) informa que o valor médio de cada benefício é R$ 672,74 e calcula que o repasse unificado vai injetar R$ 416 milhões na economia gaúcha.

Com o benefício já disponível para saque, Porto Alegre é a cidade com maior número de famílias contempladas pelo Bolsa Família no Rio Grande do Sul, em maio: 80,9 mil. Na sequência, os cinco municípios com maior número de beneficiários são Pelotas (23,9 mil), Canoas (20,7 mil), Viamão (19 mil) e Gravataí (17 mil).

Como sacar em situação de calamidade

Todas as formas de acesso a dinheiro dos benefícios estão disponíveis no programa coordenado pelo governo federal. Em decorrência da situação de calamidade, a recomendação é que o beneficiário evite ir a uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) para sacar o benefício.

A parcela de maio do programa pode ser depositada na conta-poupança da Caixa Econômica Federal ou Caixa Tem.

Pelo aplicativo Caixa Tem disponível para smartphones, os usuários podem continuar movimentando os recursos do Bolsa Família para realizar compras em estabelecimentos comerciais na função de débito; transferir dinheiro via Pix; e pagar boletos bancários.

Saques sem cartão

As famílias assistidas pelo programa de transferência de renda também podem sacar sem cartão do Bolsa Família nas lotéricas do estado, correspondentes Caixa Aqui (empresas que prestam serviços à comunidade em nome da Caixa), terminais de autoatendimento e, se necessário, nas agências bancárias da Caixa.

Diante da situação de calamidade no estado, foi criada uma operação especial para garantir que todos acessem o benefício. Neste momento, o banco público conta com 1.065 pontos de atendimento, entre agências e lotéricas em todo o Rio Grande do Sul, que funcionam de 10h até 15h.

As regiões mais afetadas, como as cidades de Roca Sales, Montenegro e Cruzeiro do Sul, contarão com caminhões da CEF disponíveis para o atendimento presencial à população. Estas unidades móveis prestam os mesmos serviços de uma agência bancária física, como solicitar a 2ª via do Cartão do Bolsa Família.

Neste fim de semana, outras 16 agências de nove municípios vão abrir tanto no sábado (18), como no domingo (19), das 10h às 15h. As cidades gaúchas com serviços extras: Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Gravataí, Eldorado do Sul, Montenegro, Tramandaí e Lajeado. Os endereços das agências podem ser consultados no site da Caixa.

Nesta sexta-feira, 22 municípios gaúchos estão temporariamente desassistidos por qualquer agência da Caixa ou por uma lotérica, devido às inundações locais. Caso o beneficiário esteja sem cartão ou acesso ao aplicativo, mas seja correntista com a digital cadastrada, a orientação é buscar uma agência da Caixa na cidade mais próxima, conforme a lista abaixo, com documento de identidade em mãos.

Arte calendário Bolsa Família Maio 2024 Arte Agência Brasil – Arte Agência Brasil

Já os beneficiários que estão sem o cartão do Bolsa Família e perdeu o documento de identificação com foto, a orientação é, primeiramente, buscar a emissão de um novo documento, como a carteira de identidade. Cartórios e as unidades da Polícia Civil nos municípios estão fazendo mutirões para atender quem precisa da segunda via do documento. Os beneficiários não precisam se preocupar, pois o benefício continuará depositado na conta.

Outras informações sobre o pagamento do Bolsa Família podem ser consultadas pelo Caixa Cidadão no telefone 111, Disque Social 121, aplicativo Bolsa Família e site da Caixa.

Outros benefícios

Dentro dos valores adicionais previstos no Programa Bolsa Família, o Rio Grande do Sul ainda tem 308 mil crianças de zero a 6 anos contempladas com o Benefício Primeira Infância, que representa um adicional de R$ 150 por criança dessa faixa etária na composição familiar. Outros benefícios complementares, todos no valor adicional de R$ 50, chegam a 475 mil crianças de 7 a 12 anos e adolescentes de 13 a 18 anos, 28 mil gestantes e 11,5 mil nutrizes no estado.