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TSE proíbe candidato de impulsionar link com o nome de adversário

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na noite dessa terça-feira (27) o detalhamento das regras que se aplicam às eleições municipais de outubro. Entre as novidades, os ministros decidiram restringir a utilização de buscas patrocinadas usando o nome de candidato adversário como palavra-chave.

Há algumas eleições, o TSE já permite o uso de serviços de impulsionamento em buscas da internet. O serviço é vendido por motores de busca como o Google, e permite que as pesquisas por determinadas palavras-chave retornem conteúdo pago entre os primeiros resultados.

As normas preveem limitações, como a proibição de impulsionamento de conteúdo negativo sobre adversário ou o próprio pleito eleitoral. 

Neste ano, pela primeira vez, foi proibido também impulsionar conteúdo positivo próprio, mas utilizando como palavra-chave o nome, a alcunha ou o apelido de candidato adversário. A vedação inclui também termos ligados a partidos, federações e coligações adversárias.

O tema ainda não tinha alcançado consenso no TSE, e a jurisprudência possui decisões conflitantes, a depender da composição da bancada de votação. Em alguns julgamentos, os ministros permitiram, por maioria, o impulsionamento de buscas com o nome de adversário.

Um julgamento para pacificar a jurisprudência chegou a ser iniciado, mas foi interrompido por um pedido de vista (mais tempo de análise). Nesse processo, há três votos favoráveis para autorizar o patrocínio de conteúdo com o nome de adversário, desde que somente material positivo sobre o candidato que contrata o serviço.

“Não entendo que essa hipótese de impulsionamento seja uma hipótese que merece ser proibida”, disse nessa terça (27) o ministro Floriano de Azevedo Marques, que votou contra a vedação. “A pesquisa vinculada ao impulsionamento positivo dá mais condições ao eleitor de aferir os méritos do candidato que ele pesquisou e do candidato que está impulsionando o conteúdo”, argumentou.

A maioria, contudo, votou por vedar esse tipo de impulsionamento. Relatora das regras eleitorais, Cármen Lúcia disse que a proibição é o entendimento da maioria dos ministros titulares atuais, todos presentes no plenário, enquanto que o entendimento pela autorização havia sido votado por composições anteriores do tribunal.

O ministro André Ramos Tavares defendeu a proibição. “A pessoa busca o candidato A e vai aparecer informações do candidato B. Ainda que seja [material] positivo, vamos ter como resultado um certo falseamento da busca”, disse. 

Também seguiram a relatora a ministra Isabel Galotti e o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que em ocasião anterior chamou o impulsionamento com nome de adversário de “verdadeiro estelionato parasitário”. 

Comissão aprova validade permanente para diagnóstico de autismo

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (28), por unanimidade, projeto de lei que torna permanente a validade do diagnóstico que ateste o transtorno do espectro autista. Como a matéria tem caráter terminativo, o texto deve seguir para análise da Câmara dos Deputados.

O projeto altera a Lei 12.764 de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, estabelecendo “a validade indeterminada do laudo que ateste o transtorno do espectro autista”.

Segundo o relator da matéria, senador Flávio Arns (PSB-PR), a mudança é uma demanda das famílias de pessoas com autismo. O parlamentar argumentou que a exigência de se reavaliar periodicamente o diagnóstico causa grandes transtornos para essas pessoas e suas famílias por demandar a análise de equipe com diferentes profissionais.

“[O projeto] busca diminuir a sobrecarga desnecessária sobre os familiares e responsáveis pelos cuidados de indivíduos no espectro autista, no que consiste a renovação periódica do laudo médico, uma vez feito o diagnóstico da condição. O processo de avaliação é cansativo, custoso e costuma gerar elevada ansiedade nas pessoas com autismo”, afirmou.

Argumentação

O autor do projeto, senador Romário (RJ-PL), justificou a apresentação da matéria pelo fato do autismo ser uma condição permanente do indivíduo, não havendo razão para obrigar os responsáveis pela pessoa com autismo a passarem pela dificuldade de buscar novo laudo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo é caracterizado por algum grau de dificuldade de interação social e de comunicação. Outras características são padrões atípicos de atividades e comportamentos, como dificuldade de transição de uma atividade para outra, foco em detalhes e reações incomuns às sensações. https://www.who.int/news-room/questions-and-answers/item/autism-spectrum-disorders-(asd)

A OMS calcula que o autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo e que essa condição, apesar de começar na infância, tende a persistir durante a vida adulta.  

Caráter terminativo

Os projetos com caráter terminativo, como esse sobre a validade do diagnóstico do autismo, podem ser aprovados nas comissões e encaminhados para a Câmara dos Deputados sem necessidade de passar por votação no plenário do Senado. O projeto só terá que passar pelo plenário do Senado se for apresentado recurso assinado por, ao menos, nove senadores dentro do prazo de cinco dias úteis.

Haddad quer união internacional para taxar super-ricos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs nesta quarta-feira (28) que os países de todo o mundo se unam para taxar as grandes fortunas. “Precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem a sua justa contribuição em impostos. Além de buscar avançar as negociações em andamento na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e ONU [Organização das Nações Unidas], acreditamos que uma tributação mínima global sobre a riqueza poderá constituir um terceiro pilar da cooperação tributária internacional”, defendeu.

Haddad abriu a 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais da Trilha de Finanças do G20. O ministro, que deveria presidir os trabalhos, fez seu discurso por transmissão de vídeo. No fim de semana, ele foi diagnosticado com covid-19.

Desigualdade

O enfrentamento à desigualdade e às mudanças climáticas foram apontados por Haddad como os principais desafios a serem enfrentados de forma conjunta pelos países que compõem o grupo das 20 maiores economias do planeta. “Precisamos entender a mudança climática e a pobreza como desafios verdadeiramente globais, a serem enfrentados por meio de uma nova globalização socioambiental”, enfatizou.

Para o ministro, a desigualdade social deve estar no centro das análises e dos planejamentos econômicos. “Acreditamos que a desigualdade não deve ser apenas tratada como uma preocupação social, um mero corolário da política econômica. A nossa política é centrar a desigualdade como uma variável fundamental para análise de políticas econômicas. Queremos desenvolver as ferramentas analíticas mais adequadas para isso”, disse.

O abismo que separa os super-ricos das populações mais pobres está relacionado, segundo o ministro, também à questão climática. “Chegamos a uma situação insustentável em que o 1% mais rico detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade”.

Nesse contexto, Haddad vê os países menos desenvolvidos economicamente mais prejudicados pelos prejuízos causados pelas mudanças no clima mundial. “A crise climática ganhou força, tornando-se uma verdadeira emergência. Países mais pobres devem arcar com custos ambientais e econômicos crescentes, ao mesmo tempo que veem suas exportações ameaçadas por uma crescente onda protecionista”, ressaltou.

O ministro pediu que seja feito um novo entendimento sobre globalização e cooperação internacional, diferente do que ocorreu nas décadas anteriores e vem sendo rejeitado por diversas populações em todo o mundo. “A atual reação à globalização pode ser atribuída ao tipo específico de globalização que prevaleceu até a crise financeira de 2008. Até então, a integração econômica global se confundiu com a liberalização de mercados, a flexibilização das leis trabalhistas, desregulamentação financeira e a livre circulação de capitais. As crises financeiras resultantes causaram grandes perdas socioeconômicas”.

Lula viaja para a Guiana onde encerra cúpula da Caricom

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou, nesta quarta-feira (28), para Georgetown, capital da Guiana, onde participa, como convidado especial, do encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), ainda na tarde de hoje. Amanhã (29), Lula também se reunirá com o chefe de governo do país vizinho, Irfaan Ali, quando deve abordar a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, disputado pelos dois países.

Antes, na tarde desta quarta-feira, o presidente brasileiro tem agenda de trabalho marcada com Irfaan Ali e com o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para tratar de temas de interesse trilateral, como energia e integração da infraestrutura física e digital. Ele se encontrará também com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

Na Caricom, as discussões devem envolver temas como desenvolvimento sustentável, segurança alimentar e nutricional. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a participação de Lula permitirá “dar novo impulso às relações do Brasil com os países caribenhos”.

Em seu discurso, o presidente deverá abordar temas comuns da agenda do Brasil, que este ano preside o G20 – grupo de 19 países mais ricos do mundo, além da União Europeia e União Africana. As prioridades brasileiras no mandato são a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza, o enfrentamento das mudanças climáticas, com foco na transição energética, a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental e a reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.

A Guiana exerce, durante o primeiro semestre de 2024, a presidência da Caricom. Estabelecida em 1973, a organização, com sede em Georgetown, busca promover a integração econômica, o desenvolvimento social, a coordenação da política externa e a cooperação em segurança entre seus membros.

Ela é integrada por 15 países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago.

Da Guiana, na quinta-feira (29), Lula viaja para o pequeno país insular caribenho de São Vicente e Granadinas, onde participará, no dia 1º de março, da abertura da 8ª cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada em Kingstown, a capital.

Apesar de ser um dos países fundadores da Celac, o governo anterior do Brasil deixou a comunidade, composta por 33 países. A reintegração ao bloco foi uma das primeiras medidas de política externa do presidente Lula no início de 2023, ao assumir o terceiro mandato.

Operação da polícia do Rio deixa 22 mil alunos sem aulas

Pelo segundo dia consecutivo, mais de quatro mil alunos ficaram sem aulas no Rio de Janeiro por causa de operação da Polícia Militar (PM) contra o crime organizado. A ação desta quarta-feira (28) ocorre na comunidade Vila Aliança e no Complexo Camará, em Bangu, na zona oeste da cidade. Traficantes usaram ônibus e um caminhão de coleta de lixo para evitar o avanço dos policiais.

Na Vila Aliança, equipes do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram atacadas a tiros e houve confronto. Um fuzil e drogas foram apreendidos. Segundo a PM, já são 107 fuzis apreendidos no estado somente este ano.  

Nas redes sociais, a Polícia Militar publicou fotos e vídeos de retiradas de barricadas. Algumas tinham sido incendiadas por traficantes.

Um motorista e garis que faziam coleta de lixo na região foram rendidos por criminosos. O caminhão foi atravessado em uma rua da comunidade para impedir que policiais entrassem na Vila Aliança. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) informou que os funcionários estão bem e em segurança, e a coleta será retomada assim que a situação for normalizada.

Dois ônibus também foram usados como barricadas, segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas do município.

Nos últimos 12 meses, 140 ônibus foram interceptados pelo crime organizado, sendo utilizados como barricadas, ainda segundo o Rio Ônibus.

Serviços

A Secretaria Municipal de Educação informou que sete escolas foram impactadas pelas operações policiais na região da Vila Aliança, afetando 2.109 alunos. Na região de Senador Camará, foram oito unidades, deixando 2.358 alunos sem aulas.

Na rede estadual, dois colégios ficaram sem aulas. A Secretaria de Estado de Educação não divulgou o número de estudantes afetados.

O Centro Municipal de Saúde (CMS) Alexander Fleming e o CMS Waldyr Franco mantêm o atendimento à população, mas suspenderam atividades externas, como as visitas domiciliares.

Apesar de ter estações na região, a Supervia, concessionária responsável pelo serviço de trens urbanos, não informou sobre interrupção na circulação.

Alunos sem aulas

Nessa terça-feira (27), ações das polícias civil e militar deixaram ao menos 22 mil alunos sem aulas nas zonas norte e oeste do Rio. Operações nos Complexos da Penha e do Alemão, Cidade de Deus e outras comunidades terminaram com nove suspeitos mortos e dois policiais militares feridos.

Cerca de 130 mil passageiros de ônibus também foram afetados com o atraso na circulação de 15 linhas da Viação N. Sra de Lourdes, que tem garagem próxima ao conjunto de favelas da Penha.

Segundo dia de operação do Rio deixa 4 mil alunos sem aulas

Pelo segundo dia consecutivo, mais de 4 mil alunos ficaram sem aulas no Rio de Janeiro por causa de operação da Polícia Militar (PM) contra o crime organizado. A ação desta quarta-feira (28) ocorre na comunidade Vila Aliança e no Complexo Camará, em Bangu, na zona oeste da cidade. Traficantes usaram ônibus e um caminhão de coleta de lixo para evitar o avanço dos policiais.

Na Vila Aliança, equipes do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram atacadas a tiros e houve confronto. Um fuzil e drogas foram apreendidos. Segundo a PM, já são 107 fuzis apreendidos no estado somente este ano.  

Nas redes sociais, a Polícia Militar publicou fotos e vídeos de retiradas de barricadas. Algumas tinham sido incendiadas por traficantes.

Um motorista e garis que faziam coleta de lixo na região foram rendidos por criminosos. O caminhão foi atravessado em uma rua da comunidade para impedir que policiais entrassem na Vila Aliança. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) informou que os funcionários estão bem e em segurança, e a coleta será retomada assim que a situação for normalizada.

Dois ônibus também foram usados como barricadas, segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas do município.

Nos últimos 12 meses, 140 ônibus foram interceptados pelo crime organizado, sendo utilizados como barricadas, ainda segundo o Rio Ônibus.

Serviços

A Secretaria Municipal de Educação informou que sete escolas foram impactadas pelas operações policiais na região da Vila Aliança, afetando 2.109 alunos. Na região de Senador Camará, foram oito unidades, deixando 2.358 alunos sem aulas.

Na rede estadual, dois colégios ficaram sem aulas. A Secretaria de Estado de Educação não divulgou o número de estudantes afetados.

O Centro Municipal de Saúde (CMS) Alexander Fleming e o CMS Waldyr Franco mantêm o atendimento à população, mas suspenderam atividades externas, como as visitas domiciliares.

Apesar de ter estações na região, a Supervia, concessionária responsável pelo serviço de trens urbanos, não informou sobre interrupção na circulação.

Alunos sem aulas

Nessa terça-feira (27), ações das polícias civil e militar deixaram ao menos 22 mil alunos sem aulas nas zonas norte e oeste do Rio. Operações nos Complexos da Penha e do Alemão, Cidade de Deus e outras comunidades terminaram com nove suspeitos mortos e dois policiais militares feridos.

Cerca de 130 mil passageiros de ônibus também foram afetados com o atraso na circulação de 15 linhas da Viação N. Sra de Lourdes, que tem garagem próxima ao conjunto de favelas da Penha.

Segundo dia de operação do Rio deixa 4 mil alunos sem aulas

Pelo segundo dia consecutivo, mais de 4 mil alunos ficaram sem aulas no Rio de Janeiro por causa de operação da Polícia Militar (PM) contra o crime organizado. A ação desta quarta-feira (28) ocorre na comunidade Vila Aliança e no Complexo Camará, em Bangu, na zona oeste da cidade. Traficantes usaram ônibus e um caminhão de coleta de lixo para evitar o avanço dos policiais.

Na Vila Aliança, equipes do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram atacadas a tiros e houve confronto. Um fuzil e drogas foram apreendidos. Segundo a PM, já são 107 fuzis apreendidos no estado somente este ano.  

Nas redes sociais, a Polícia Militar publicou fotos e vídeos de retiradas de barricadas. Algumas tinham sido incendiadas por traficantes.

Um motorista e garis que faziam coleta de lixo na região foram rendidos por criminosos. O caminhão foi atravessado em uma rua da comunidade para impedir que policiais entrassem na Vila Aliança. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) informou que os funcionários estão bem e em segurança, e a coleta será retomada assim que a situação for normalizada.

Dois ônibus também foram usados como barricadas, segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas do município.

Nos últimos 12 meses, 140 ônibus foram interceptados pelo crime organizado, sendo utilizados como barricadas, ainda segundo o Rio Ônibus.

Serviços

A Secretaria Municipal de Educação informou que sete escolas foram impactadas pelas operações policiais na região da Vila Aliança, afetando 2.109 alunos. Na região de Senador Camará, foram oito unidades, deixando 2.358 alunos sem aulas.

Na rede estadual, dois colégios ficaram sem aulas. A Secretaria de Estado de Educação não divulgou o número de estudantes afetados.

O Centro Municipal de Saúde (CMS) Alexander Fleming e o CMS Waldyr Franco mantêm o atendimento à população, mas suspenderam atividades externas, como as visitas domiciliares.

Apesar de ter estações na região, a Supervia, concessionária responsável pelo serviço de trens urbanos, não informou sobre interrupção na circulação.

Alunos sem aulas

Nessa terça-feira (27), ações das polícias civil e militar deixaram ao menos 22 mil alunos sem aulas nas zonas norte e oeste do Rio. Operações nos Complexos da Penha e do Alemão, Cidade de Deus e outras comunidades terminaram com nove suspeitos mortos e dois policiais militares feridos.

Cerca de 130 mil passageiros de ônibus também foram afetados com o atraso na circulação de 15 linhas da Viação N. Sra de Lourdes, que tem garagem próxima ao conjunto de favelas da Penha.

Milei corta verba de províncias e abre crise política na Argentina

O presidente argentino, Javier Milei (foto), publicou essa semana mais um decreto cortando recursos para províncias argentinas. Dessa vez, ele cancelou o Fundo de Fortalecimento Fiscal da província de Buenos Aires, causando a ira do governador Axel Kicillof, que prometeu recorrer da decisão.

Em entrevista coletiva, Kicillof disse que o presidente está extorquindo e ameaçando as províncias argentinas. “O ajuste não foi nem contra a casta, nem contra um setor exclusivo, nem contra a política. O ajuste, e hoje está claro, foi contra o povo da província e de todo o país”, afirmou o governador, alertando que o corte prejudica, entre outras despesas, o pagamento dos salários de professores e o financiamento da alimentação dos alunos.

Na semana anterior, Milei suspendeu recursos da província da região patagônica Chubut. Em resposta, o governador Ignacio Torres recorreu à Justiça e prometeu suspender o fornecimento de petróleo e gás para o resto do país. Outros quatro governadores da Patagônia argentina, responsáveis pela produção de cerca de 90% do petróleo e gás do país, se manifestaram em solidariedade à província de Chubut.

Nessa terça-feira (27), a primeira instância da justiça federal mandou o governo nacional devolver o acesso aos recursos de Chubut, mas o governo MIlei informou que irá recorrer da decisão.

Em entrevista ao jornal La Nación, Torres afirmou que o objetivo do governo nacional é “matar uma província para exemplificar e disciplinar o resto” e acrescentou que MIlei corta “qualquer ponte de diálogo com qualquer governador, deputado ou qualquer pessoa que ouse dizer que não está de acordo com algo”.

Em uma rede social, o presidente Javier Milei comentou a crise política justificando que “a casta política está chafurdando na miséria e apelando a todo tipo de mentiras para defender seus privilégios e assim carregar os custos de seus delírios sobre os bons argentinos”.

Ao justificar o cancelamento do fundo de Buenos Aires, o governo argentino disse que a medida é necessária para efetuar o ajuste fiscal de até 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas do Estado.  

Crise política

O cientista político Leandro Gabiati avaliou que Milei decidiu cortar recursos das províncias depois de ver derrotado o seu projeto de lei de ajuste fiscal no Congresso Nacional, a chamada “lei ônibus”. Para o especialista, essas decisões refletem um método de governar baseado no confronto.

“Ele tentou impor o projeto de lei ao Congresso e não quis negociar, e assim o projeto acabou derrotado. O decreto que ele editou em dezembro tem chance de cair ou de não avançar quando começarem as sessões agora no mês de março no Senado e na Câmara”, destacou.

Gabiati acrescentou que essa dinâmica está sendo implementada também com relação aos governadores. “Logicamente, isso aí é uma postura de risco, porque pode gerar impasses que, se não forem resolvidos, podem decorrer em crises políticas ou até sociais”, completou.

O cientista político argentino, que é naturalizado brasileiro, lembrou ainda que, comparado com o Brasil, as províncias argentinas têm maior dependência financeira em relação ao governo central.

“No Brasil, você tem estados com uma certa autonomia econômica – como São Paulo, Paraná, do Sul, do Sudeste, até do Centro-Oeste e do Nordeste também. Logicamente que os repasses e a divisão de recursos são importantes, mas elas têm uma vida econômica própria. Isso acontece em menor medida na Argentina. Então, esses repasses de recursos são o centro do conflito que é histórico na Argentina”, finalizou.

Receita paga nesta quinta-feira restituições de lote residual do IRPF

A Receita Federal credita, nesta quinta-feira (29), os valores das restituições do lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de fevereiro de 2024. Os lotes são de contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco. O valor total das restituições é de mais de R$ 304,1 milhões.

Desse total, R$ 208,9 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade: 3.155 contribuintes idosos acima de 80 anos de idade; 25.536 contribuintes entre 60 e 79 anos; 3.351 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; 6.744 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Também há 80.680 contribuintes sem prioridade legal, mas que receberão neste lote por terem usado a declaração pré-preenchida ou optado por receber a restituição por meio de Pix. Foram contemplados ainda 88.857 contribuintes não prioritários.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se houver pendência, pode enviar declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

Como resgatar

O pagamento da restituição é feito diretamente na conta bancária informada pelo contribuinte na declaração, de forma direta ou por indicação de chave Pix. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado – se, por exemplo, a conta foi desativada -, os valores ficarão disponíveis para resgate por até 1 ano no Banco do Brasil.

Nesse caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores, em seu nome, pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de 1 ano, deve requerer o valor pelo Portal e-CAC, acessando o menu “Declarações e Demonstrativos” e selecionando “Meu Imposto de Renda”. Em seguida, deve clicar no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

Governo retoma Comissão Nacional de Combate à Desertificação

A Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) foi retomada com uma nova constituição e a meta de estabelecer estratégias e promover articulação entre as ações das políticas públicas. A medida – prevista pela lei 13.153/2015 – foi regulamentada por decreto presidencial publicado nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União.  

Desde que foi criado em 2008, o grupo de caráter consultivo e deliberativo tem como principal objetivo a implementação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, em atendimento ao compromisso assumido pelo país por meio da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.

Como será

De acordo com a publicação, o colegiado permanecerá sendo presidido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e terá a participação de outras 11 pastas do governo federal, além de instituições, agências, bancos de desenvolvimento e entidades civis dos estados que integram as Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD). Ao todo, serão 42 membros, com respectivos suplentes.

Com reuniões ordinárias anuais, o decreto determina, ainda, que a Secretaria-Executiva – exercida pela Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável – estabeleça o regimento interno do colegiado em 120 dias, para que seja aprovado pela maioria absoluta dos membros.

O decreto estabelece também que a Câmara Interministerial de Combate à Desertificação vai promover a interlocução da CNCD com os órgãos e entidades executores as políticas públicas. O grupo interministerial terá a participação de 12 pastas governamentais e também vai acompanhar a aplicação de recursos em ações e programas de combate à desertificação no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e nas Leis Orçamentárias Anuais.