Skip to content

92 search results for "lona"

Bolsa Família unifica pagamento em municípios em calamidade no Rio

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) vai unificar o pagamento do Bolsa Família para todos os beneficiários em locais com decretos de calamidade nas regiões atingidas pelas chuvas do Rio de Janeiro. Os pagamentos ocorrerão nesta quinta-feira (18). 

Segundo a pasta, dessa forma, os beneficiários da capital fluminense podem sacar a parcela de janeiro no primeiro dia de transferências, sem a necessidade de seguir o calendário escalonado conforme o Número de Identificação Social (NIS). 

O Bolsa Família é pago ao longo do ano nos últimos dez dias úteis de cada mês, de forma escalonada Em janeiro, em todo o Brasil, os pagamentos começam a ser feitos para as famílias no dia 18, mas apenas para as famílias com Número de Identificação Social (NIS) 1.  

O ministro do MDS, Wellington Dias, publicou o anúncio no X: “antecipamos os pagamentos do Bolsa Família de todos os locais com decretos de calamidade para a próxima quinta-feira (18/1) nas regiões atingidas pelas enchentes do Rio de Janeiro”, afirmou na rede social. 

Neste fim de semana, o temporal que atingiu parte do estado do Rio de Janeiro causou alagamentos e deslizamentos principalmente na Baixada Fluminense e em bairros da zona norte e zona oeste da capital. De acordo com o governo do estado, 12 pessoas morreram e uma está desaparecida. Além disso, o governo estima que 600 pessoas estejam desalojadas ou desabrigadas.

Medidas de apoio 

O MDS informou que presta apoio aos municípios pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que oferece o serviço de proteção à população atingida por situações de emergência e calamidade pública com a oferta de alojamentos provisórios, atenções e provisões materiais, conforme as necessidades detectadas. 

A pasta também oferece recursos para a logística e apoio das pessoas atingidas. Para ter acesso aos repasses, no valor de R$ 20 mil mensais para cada grupo de 50 pessoas desalojadas/desabrigadas, o município também precisa ter o estado de calamidade pública ou a situação de emergência reconhecida pelo governo federal. Na sequência, o gestor local da assistência social preenche o requerimento de solicitação do cofinanciamento. 

O MDS acrescenta que nos municípios em situação de calamidade pública e apenas nesses casos, há a antecipação de uma parcela do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo. Caso o beneficiário solicite, pode haver a antecipação de outra parcela. Os valores podem ser reembolsados em até 36 meses, sem juros ou encargos. 

Pagamento do abono salarial do calendário 2024 começa em fevereiro 

A partir de 15 de fevereiro, a Caixa começa a pagar o abono salarial do calendário 2024, referente ao ano-base 2022. O calendário foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), em reunião realizada em dezembro do ano passado. 

O crédito será feito de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento dos trabalhadores. Os que têm conta corrente ou poupança na Caixa receberão direto em sua conta. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa, conforme o calendário de pagamento. 

A movimentação da Poupança Social Digital é realizada pelo Aplicativo Caixa Tem, que permite pagar contas, fazer transferências, pagar na maquininha e realizar compras com o cartão de débito virtual. 

Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser feito com o Cartão Social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou nas agências da Caixa. 

O que é o Abono Salarial 

Instituído pela Lei 7.998/90, o abono salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo, a ser pago conforme calendário anual estabelecido pelo Codefat aos trabalhadores que satisfaçam os requisitos previstos em lei. Os recursos para pagamento são oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 

Vinícius Júnior brilha e Real Madrid conquista Supercopa da Espanha

O Real Madrid contou com o faro de gol do atacante Vinícius Júnior para golear o Barcelona por 4 a 1 e conquistar o título da Supercopa da Espanha, neste domingo (14) no Al Awwal Park, em Riad (Arábia Saudita). Esta foi a 13ª oportunidade na qual os Merengues conquistaram a competição.

🎉 ¡EL MOMENTO! 🎉#SUPERCAMPEONES pic.twitter.com/2VCu6pZGzU

— Real Madrid C.F. (@realmadrid) January 14, 2024

Vinícius Júnior teve uma atuação de gala na decisão, marcando três gols. Com isso ele entrou para um seleto grupo, de atletas que alcançaram um hat trick em uma edição do El Clásico, como os brasileiros Romário (em 1994 pelo Barcelona) e Evaristo de Macedo (em 1958, também pela equipe catalã). Também fazem parte da relação o chileno Iván Zamorano, o húngaro Ferénc Puskas, o espanhol Jaime Lazcano, o argentino Lionel Messi, o uruguaio Luis Suárez e o inglês Gary Lineker.

A atuação de gala do brasileiro começou logo aos 6 minutos do primeiro tempo, quando recebeu passe em profundidade do inglês Jude Bellingham, partiu em velocidade, driblou o goleiro Iñaki Peña e tocou para o fundo do gol vazio. Três minutos depois ele apenas teve o trabalho de escorar cruzamento rasteiro de Rodrygo, que avançou em alta velocidade pela ponta direita.

O Barcelona ainda descontou aos 32 minutos da etapa inicial, com chute da entrada da área do polonês Robert Lewandowski. Mas qualquer esperança de reação foi por água abaixo seis minutos depois, com novo gol de Vinícius Júnior, desta vez em cobrança de pênalti. E o placar recebeu números finais apenas aos 18 minutos do segundo tempo, com outro brasileiro, o atacante Rodrygo.

🏅 ¡El MVP de la noche y de mi vida!@vinijr | #SUPERCAMPEONES pic.twitter.com/Bp3wDbOSz3

— Real Madrid C.F. (@realmadrid) January 14, 2024

SP: ciclistas se reúnem no 100º dia da guerra entre Israel e Hamas

Mais de 200 ciclistas se reuniram em São Paulo neste domingo (14), às 9h30, para marcar o 100º dia desde os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro. A concentração aconteceu no Parque do Povo, com os participantes usando camiseta branca ou azul e fitas amarelas amarradas nas bicicletas para reivindicar o retorno das 128 pessoas que continuam sequestradas pelo grupo terrorista. Entre elas está o brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos. Ele foi sequestrado no dia 7 de outubro, em Sderot, no Sul de Israel, quando saiu para buscar uma neta. Pouco tempo depois, Michel já estava sob o poder de sequestradores e, desde então, não há notícias sobre seu estado de saúde.

Na manhã de 7 de outubro de 2023, integrantes do grupo terrorista palestino Hamas romperam a fronteira da Faixa de Gaza e invadiram o sul de Israel, matando mais de 1.200 civis e capturando 240 pessoas como reféns. Parte dos sequestrados foi devolvida durante o período de cessar-fogo temporário estabelecido em novembro, mas as outras 128 pessoas seguem em poder do grupo extremista, incluindo crianças, jovens e idosos.

A pedalada promovida em São Paulo pela Universidade de Haifa, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Organização Beit Halochem Brasil e a organização não governamental StandWithUs Brasil, também foi realizada em Brasília e no Rio de Janeiro, com o apoio da equipe profissional de ciclismo de Israel – Premier Tech, que também está apoiando eventos em Tel Aviv, Barcelona, Paris, Londres, Melbourne e Los Angeles.

Mais cedo, um grupo de ciclistas profissionais pedalou por 80 km até o Aeroporto de Guarulhos e voltou para participar da jornada. A ideia era de que todos os ciclistas compartilhassem sua participação nas redes sociais com a hashtag #RidetoBringThemHomeNow .

“A ação é para conscientizar a todos que desde o dia 7 de outubro nossos corações ainda estão sangrando. Mais de 200 reféns foram capturados. Alguns morreram, alguns foram libertados, mas nós temos 130 reféns aproximadamente nas mãos do Hamas, entre eles crianças, idosos, mulheres. Recentemente foi publicado um vídeo com quatro mulheres nas mãos dos terroristas, então o nosso objetivo é conscientizar a todos da necessidade da urgência em voltar com os reféns para Israel”, disse o presidente da Fisesp, Marcos Knobel.

Governo vai nacionalizar produção de biocombustíveis

O governo federal atualizará as regras do Selo Biocombustível Social, de forma a garantir que metade das compras desse produto tenha como origem a agricultura familiar. Entre as mudanças está a de nacionalizar a produção, em especial para os estados das Regiões Norte e Nordeste, incluindo também áreas do semiárido, como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

A reestruturação do selo será publicada em decreto presidencial, após a versão final do texto a ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o novo texto traz mais transparência e fortalece os requisitos necessários à concessão e manutenção do instrumento pelos produtores do biocombustível, bem como aproveitar a vocação das agriculturas locais, “melhorando a renda e a qualidade de vida do agricultor familiar em regiões vulneráveis.”

Entre as medidas de estímulo à produção nacional está a antecipação da mistura de biodiesel aos combustíveis fósseis para 14% a partir de abril, e 15% entre 2025 e 2026. A expectativa é chegar a 25%, nos anos subsequentes, informou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta quarta-feira (10), em evento no qual apresentou alguns detalhes do decreto.

Com o aumento para 14% na mistura, o ministério projeta um crescimento de 3,05 milhões de toneladas no processamento de soja para a produção de biodiesel, o que refletirá diretamente na demanda para pequenos agricultores. Também estão previstos incentivos fiscais a quem produzir biocombustível.

Além de reestruturar o Selo Biocombustível Social, o decreto viabilizará investimentos para o agronegócio e setor de combustíveis brasileiro. “Em 2024 serão 740 milhões, e em 2025, R$ 1,6 bilhão”, disse o ministro.

Diversificação

Também presente no evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que entre os desafios previstos pelo governo, está o de diversificar os produtos que podem ser usados para a obtenção de biodiesel, combustível que pode ser derivado de sementes de mamona, bem como de milho, soja, girassol, cana e babaçu. O leque de opções pode incluir, por exemplo, a macaúba, palmeira abundante na Região Nordeste.

A diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica do MDA, Vivian Libório de Almeida, disse que o percentual de compras nas Regiões Norte, Nordeste e no Semiárido aumentará de forma escalonada até chegar a 20% do total.

“Atualmente, o programa atende 54 mil famílias por ano. A expectativa é ampliar para 70 mil famílias, principalmente no Norte, Nordeste e semiárido”, disse.

Segundo Paulo Teixeira, “o presidente Lula tem, neste tema, uma de suas predileções”. O governo estuda também formas de baratear o custo da energia utilizada para irrigar as lavouras. “A energia fotovoltaica pode reduzir o preço da energia. Precisamos pensar em modicidade tarifária”, complementou.

Aliança

Presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares e dos Empreendimentos Solidários e diretor da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária, Antônio Cardoso, disse que o Selo representa uma aliança entre agricultura familiar, cooperativas, empreendedores, economia solidária, governo e indústria nacional.

“O Selo desconstrói inseguranças jurídicas e redefine o mapa da indústria, uma vez que representa grande oportunidade de levarmos agricultura familiar ao Nordeste, ao Norte e ao Semiárido. O  fortalecimento da indústria nacional vai diminui a necessidade de importação. Nesse contexto, a neoindustrialização passa pelo entendimento do papel da agricultura familiar,” explicou.

Pacheco promete solução negociada para MP da reoneração da folha

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu uma solução negociada para o impasse criado pela edição da medida provisória (MP) que reonera, gradualmente, a folha de pagamento de 17 setores econômicos. Já a oposição pede que Pacheco devolva a MP sem analisá-la, por entender que o Congresso já decidiu sobre o tema.

Pacheco se reuniu com nove líderes do Senado nesta terça-feira (9), em Brasília, e prometeu conversar também com as demais lideranças da Casa, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com os líderes da Câmara, antes de decidir se devolve ou não a MP editada no final do ano passado. Ao editar a medida, o Executivo pretendeu aumentar a arrecadação para chegar ao déficit zero em 2024.

O presidente do Congresso destacou que o Legislativo tem compromisso com o déficit zero e ponderou que alternativas à reoneração da folha podem ser discutidas.

“Nós temos que ter compromisso não é com problema. Seria muito cômodo simplesmente devolver [a MP] sem encontrar uma solução. Essa comodidade nós não queremos, queremos construir com o ministro Fernando Haddad uma solução de arrecadação que seja sustentável”, disse.

Pacheco acrescentou que a decisão de devolver ou não, integral ou parcialmente, a medida provisória deve ser tomada ainda durante o recesso parlamentar, em janeiro, para dar previsibilidade aos setores atingidos pela medida.

“Pretendemos tomar essa decisão ainda no recesso até porque é muito importante ter estabilidade jurídica. Nós temos compromisso com a estabilidade jurídica. Imaginem vocês, esses 17 setores que têm a desoneração prevista nos seus orçamentos, na sua previsibilidade de negócio”, explicou.

Após o Congresso Nacional derrubar, por ampla maioria, o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que prorrogou a desoneração de 17 setores da economia, o governo editou a MP que prevê uma reoneração gradual desses setores. Segundo a Fazenda, a medida visa recuperar R$ 6 bilhões em arrecadação já neste ano.

Para Haddad, a desoneração representa um privilégio aos setores beneficiados, sem que o resultado de aumento de empregos tenha sido alcançado. “O emprego desses 17 setores caiu. Essa medida foi tomada em 2011 para ser temporária, e os setores, no cômputo geral, desempregaram. Aquela ideia original de que aumentaria o emprego se mostrou errada”, justificou.

As lideranças da oposição sugerem que o governo envie um projeto de lei com o mesmo teor da MP para que possam discutir o tema sem a urgência criada pela medida provisória. Ao contrário de uma MP, projeto de lei não tem efeito imediato.

O relator da desoneração no Senado, Efraim Filho (União-PB), líder do União na Casa, argumentou que a MP é uma espécie de segundo veto a uma decisão que o Congresso Nacional já tomou.

“É a tentativa da imposição de uma agenda com a qual o governo não teve votos para sustentar em plenário. A tramitação [da desoneração] ocorreu por dez meses e ficou muito clara a decisão do Congresso – que é um projeto com a cara do Congresso e de autoria do Parlamento – que, neste caso, não era arrecadar mais a grande prioridade. A grande prioridade é gerar empregos”, afirmou.

Outras medidas

A MP em discussão também prevê uma revisão no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que foi criado em 2021 para socorrer o setor com uma desoneração total de impostos em meio à paralisação provocada pela pandemia de covid-19. A medida foi inicialmente prevista para durar dois anos, mas neste ano foi prorrogada para cinco anos pelo Congresso.

A medida também prevê novas regras para que as empresas possam compensar, junto à Receita Federal, os créditos tributários eventualmente obtidos em causas na Justiça contra a administração pública.

Antes, as empresas podiam compensar 100% desses créditos de uma vez, por vezes eliminando totalmente o pagamento de impostos em determinado ano. Segundo estimativa parcial da Fazenda, somente neste ano foram R$ 65 bilhões em perda inesperada de arrecadação somente com essas compensações.

Agora, tais compensações ficam limitadas, e os créditos tributários somente poderão ser descontados dos impostos a pagar de forma escalonada, mês a mês. A limitação para as compensações vale para créditos acima de R$ 10 milhões, e os limites mensais ainda devem ser estabelecidos em ato do Ministério da Fazenda.

Saiba mais sobre câncer que acomete filho de Bruno Pereira

A antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Beatriz Matos, lançou esta semana uma campanha para arrecadar recursos em prol do tratamento de Pedro, de cinco anos, filho dela com o indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022. Pedro foi diagnosticado com neuroblastoma, estágio 4 e deverá ser submetido a um transplante de medula óssea. Após o transplante, necessitará do medicamento betadinutuximabe, que tem de ser importado e ainda não é oferecido pelo SUS.

A mobilização em favor da vida de Pedro revela um drama de muitas famílias, já que esse tipo de câncer é o terceiro mais recorrente entre crianças, depois da leucemia e de tumores cerebrais. É o tumor sólido extracraniano mais comum entre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis.

O aumento do volume abdominal é um dos possíveis sintomas do neuroblastoma. Por isso, segundo especialistas, o tumor pode ser descoberto a partir da queixa de uma criança com dor na barriga ou até com incômodo no tórax. É mais comum, para os pesquisadores, que o problema ocorra até os cinco anos de idade, incluindo os recém-nascidos.

Segundo a médica Arissa Ikeda, que é oncologista pediátrica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), sempre que os responsáveis pela criança identificarem sinais como a presença de massa no abdômen, devem procurar atendimento.

“Quando não há alteração do quadro, é sempre bom levar crianças para uma avaliação por profissionais de saúde para ser submetida a um exame físico e associado, quando necessário, a exames de imagem”, afirma.

A especialista explica que, além do problema ser identificado por um incômodo abdominal, pode haver  também, nos casos em que há metástase, uma dor óssea. É considerado de alto risco o neuroblastoma que se manifesta em um estágio tardio da doença e está espalhado pelo corpo, podendo haver febre, palidez, emagrecimento, dor e irritabilidade.

O neurocirurgião pediátrico Márcio Marcelino, do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, acrescenta que é raro ele acontecer em idades mais velhas e que a criança pode nascer com esse tumor.

“Eu já tive casos, inclusive, em que crianças nasceram com um tumor que invadia a coluna e com sequelas neurológicas”. Ele explica que pode também se propagar para a região mais posterior do tronco da criança e aí envolver a coluna.

 

Cirurgia

Entre os sinais, o médico recorda a necessidade de atenção a uma perda de peso sem uma razão específica, enfraquecimento e fadiga. “Se estiver no tórax, pode causar também sintomas de compressão nessa região. Na coluna, pode comprimir nervos e a medula. Muitas vezes, pode precisar, no caso da neurocirurgia, que possamos fazer alguma intervenção. No fígado, pode causar alterações de função hepática”.

Os especialistas chamam a atenção que os primeiros sintomas podem ser leves e que podem até confundir os responsáveis pela criança. No entanto, como se trata de uma doença agressiva, a evolução é rápida, segundo o médico Márcio Marcelino. Seria improvável, por isso, que uma criança demore muito a ter necessidade de atendimento especializado desde o momento que apareçam os primeiros sintomas.

A médica Arissa Ikeda pondera que a história familiar dos pacientes representa apenas 1% a 2% dos casos da doença. “O neuroblastoma pode estar associado a algumas síndromes genéticas”, afirma.

Tratamento

Os pesquisadores explicam que o tratamento varia de acordo com o risco apresentado para cada paciente. “Para aqueles pacientes de baixo risco ou intermediário, basicamente são necessárias cirurgia e algumas vezes com associação de quimioterapia. Para aqueles pacientes de alto risco, para a gente garantir uma melhora, busca-se um um tratamento mais intensivo”, afirma Arissa Ikeda. Nesses casos, pode haver necessidade da cirurgia para retirada do tumor e quimioterapia e até radioterapia para evitar que o problema reapareça.

A médica chama a atenção para o fato de que o tratamento tem envolvido também a utilização de transplante de medula óssea (com células provenientes do próprio paciente). Essas indicações são oferecidas no sistema público de saúde. No entanto, há procedimentos de imunoterapia que são pagos (de alto custo, inclusive, que pode ir além de R$ 1 milhão).

“Para os pacientes que a gente considera de alto risco, na última década principalmente, existiu um grande esforço para a melhoria dos tratamentos dessas crianças. Têm surgido novas opções ao tratamento convencional, que hoje em dia a gente tem como um grande aliado ao tratamento, que é a utilização dos anticorpos monoclonais”, afirma a médica do Inca. O tratamento é considerado pela médica uma evolução importante no tratamento contra o neuroblastoma. Os tratamentos mais longos envolvem períodos de oito meses a mais de um ano.

Nessas situações especiais de atendimento pediátricos, os profissionais veem que há especificidade no tratamento das crianças que passam por problemas como esse. “O profissional de saúde deve estabelecer um relacionamento próximo com a criança, já que haverá a convivência por um tempo importante”, diz a médica do Inca.

Marcio Marcelino lembra que cuidar de criança é muito diferente do que lidar com adultos. “As estruturas são mais delicadas. As crianças em si, pela sua própria inocência e pelo jeito de ser, fazem com que a gente tenha uma energia redobrada. Eu posso garantir uma coisa: eles são muito mais fortes do que muita gente grande”.

SUS

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento que a família de Pedro pretende adquirir já possui registro do órgão. O betadinutuximabe, de nome fantasia Qarziba, é indicado para o tratamento de neuroblastoma de alto risco em pacientes a partir dos 12 meses, previamente tratados com quimioterapia de indução e que tenham alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco, bem como em pacientes com história de recidiva ou neuroblastoma refratário, com ou sem doença residual.

Para que o remédio possa ser utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), ele precisa ser avaliado e aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O órgão é responsável pela análise da efetividade da tecnologia, comparando-a aos tratamentos já incorporados no rede pública.

“Caso a nova tecnologia demonstre superioridade em relação às já ofertadas no SUS, serão avaliados também a magnitude dos benefícios e riscos esperados, o custo de sua incorporação e os impactos orçamentário e logístico que trará ao sistema”, informou a Conitec.

Ainda de acordo com a comissão, qualquer pessoa ou instituição pode solicitar a análise para incorporação de medicamentos no elenco do SUS. Ao protocolar a proposta, o interessado deve entregar formulário específico integralmente preenchido, de acordo com o modelo disponível no endereço eletrônico da Conitec, juntamente com os documentos indicados no próprio formulário.

O prazo para análise é de 180 dias, contados a partir da data do protocolo de solicitação do pedido. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias, quando as circunstâncias exigirem. Nesse período, está incluído o tempo de consulta pública e todas as etapas da análise do processo. A decisão final é publicada no Diário Oficial da União (DOU).

PM do Rio ocupa Cidade de Deus para combate ao crime organizado

A Polícia Militar do Rio de Janeiro ocupa nesta quarta-feira (3) a Cidade de Deus, na zona oeste da capital. Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Militar, a operação, que começou no início da manhã e vai durar 24 horas tem o objetivo de retirar barricadas instaladas por criminosos para dificultar a entrada de agentes de segurança na comunidade, a apreensão de carros roubados ou clonados e o combate a ações criminosas.

A ocupação é feita por integrantes do 18º Batalhão de Polícia Militar (Jacarepaguá), com apoio do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar) e do Batalhão de Ação de Cães (BAC).

“O comando do 18º BPM iniciou, nesta manhã (3), uma operação excepcional na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, comunidade utilizada como base por um grupo criminoso para cometer uma série de delitos. A ação conta com apoio de outras unidades. O policiamento na região está reforçado”, disse a PM em seu perfil na rede social X, o antigo Twitter.

Policiais do BAC apreenderam cerca de 70 quilos de maconha na comunidade, na localidade conhecida como Caminho do Outeiro. Conforme a secretaria, a ação contou com apoio de cães farejadores, e o patrulhamento na comunidade continua.

Também na rede social, a PM informou que um olheiro do tráfico de drogas foi preso no momento em que monitorava e repassava informações para o grupo criminoso responsável pelo crime organizado na Cidade de Deus. “Ele monitorava a ação de policiais militares que estão atuando no dia de hoje no interior da comunidade”. A mensagem no X inclui a imagem do radiocomunicador apreendido com o olheiro, que segundo a secretaria, foi preso na Travessa do Sal, na localidade Novo Mundo.

Polícia Militar ocupa Cidade de Deus, no Rio Foto: PM Rio de Janeiro

A prisão do criminoso foi realizada por policiais militares do 18º BPM.

Ainda na rede social, a PM postou vídeo mostrando a retirada de barricadas pelos agentes no interior da comunidade, com o auxílio de uma retroescavadeira. Antes de começar o trabalho, criminosos atearam fogo a barricadas utilizando pneus. Essa é uma das formas que eles usam para impedir a ação dos policiais.

Saúde

Por causa da ocupação, estão suspensos os serviços de atendimento à população no Centro Municipal de Saúde Hamilton Land e na Clínica da Família Lourival Francisco de Oliveira. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, as unidades “acionaram o protocolo de acesso mais seguro para segurança de profissionais e usuários”.

A secretaria informou ainda que está mantido o atendimento na Clínica da Família José Neves. “Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas”, completou a pasta.

PM do Rio ocupa Cidade de Deus para combate ao crime organizado

A Polícia Militar do Rio de Janeiro ocupa nesta quarta-feira (3) a Cidade de Deus, na zona oeste da capital. Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Militar, a operação, que começou no início da manhã e vai durar 24 horas tem o objetivo de retirar barricadas instaladas por criminosos para dificultar a entrada de agentes de segurança na comunidade, a apreensão de carros roubados ou clonados e o combate a ações criminosas.

A ocupação é feita por integrantes do 18º Batalhão de Polícia Militar (Jacarepaguá), com apoio do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar) e do Batalhão de Ação de Cães (BAC).

“O comando do 18º BPM iniciou, nesta manhã (3), uma operação excepcional na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, comunidade utilizada como base por um grupo criminoso para cometer uma série de delitos. A ação conta com apoio de outras unidades. O policiamento na região está reforçado”, disse a PM em seu perfil na rede social X, o antigo Twitter.

Policiais do BAC apreenderam cerca de 70 quilos de maconha na comunidade, na localidade conhecida como Caminho do Outeiro. Conforme a secretaria, a ação contou com apoio de cães farejadores, e o patrulhamento na comunidade continua.

Também na rede social, a PM informou que um olheiro do tráfico de drogas foi preso no momento em que monitorava e repassava informações para o grupo criminoso responsável pelo crime organizado na Cidade de Deus. “Ele monitorava a ação de policiais militares que estão atuando no dia de hoje no interior da comunidade”. A mensagem no X inclui a imagem do radiocomunicador apreendido com o olheiro, que segundo a secretaria, foi preso na Travessa do Sal, na localidade Novo Mundo.

Polícia Militar ocupa Cidade de Deus, no Rio Foto: PM Rio de Janeiro

A prisão do criminoso foi realizada por policiais militares do 18º BPM.

Ainda na rede social, a PM postou vídeo mostrando a retirada de barricadas pelos agentes no interior da comunidade, com o auxílio de uma retroescavadeira. Antes de começar o trabalho, criminosos atearam fogo a barricadas utilizando pneus. Essa é uma das formas que eles usam para impedir a ação dos policiais.

Saúde

Por causa da ocupação, estão suspensos os serviços de atendimento à população no Centro Municipal de Saúde Hamilton Land e na Clínica da Família Lourival Francisco de Oliveira. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, as unidades “acionaram o protocolo de acesso mais seguro para segurança de profissionais e usuários”.

A secretaria informou ainda que está mantido o atendimento na Clínica da Família José Neves. “Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas”, completou a pasta.

Artigo em destaque: quatro anos de covid-19, os dados inconclusivos da China e o fim da emergência de saúde pública

31 de dezembro de 2023

 

Foi há cinco anos, em meados de dezembro de 2019, que médicos da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei na China, detectaram um novo tipo de pneumonia aguda grave, após diversos pacientes chegarem ao hospital local. No entanto, dados posteriores revelaram que meses antes virologistas da Universidade de Barcelona já haviam detectado vestígios do depois nomeado SARS-CoV-2 em amostras de esgoto coletadas em 12 de março de 2019. Um outro estudo, de especialistas chineses, encontrou um caso de um paciente que teve sintomas de covid-19 em 1º de dezembro de 2019.

Se não há consenso sobre quando o vírus começou a circular, sim, estudiosos concordam que o vírus evoluiu entre o final de outubro e meados de dezembro, dando início à onda de infecções no país asiático, cujos governantes foram posteriormente duramente criticados pela má-gestão da crise sanitária por não darem crédito ao aviso de alguns médicos de que possivelmente o país lidava com um novo tipo de coronavírus. Profissionais sanitários que encabeçaram o alerta chegaram a ser interrogados pela polícia e a atuação tardia das autoridades sanitárias chinesas ajudou o vírus a se espalhar pelo mundo.

Já no final de dezembro, após o aviso dos médicos, dezenas de pessoas estavam internadas sem que os tratamentos convencionais para pneumonia surtissem efeito, mas apenas em 31 de dezembro de 2019 o Ministério de Saúde da China, finalmente, avisou a Organização Mundial da Saúde sobre “casos de pneumonia de etiologia [causa] desconhecida detectados em Wuhan” e emitiu um aviso urgente ao Centro Municipal de Saúde de Wuhan.

É incerto, até hoje, quando a primeira pessoa morreu de covid-19 na China, apesar do primeiro anúncio ter sido feito em 11 de janeiro de 2020. Nesta data funcionários de funerárias e crematórios relataram a veículos de imprensa que os locais estavam cheios. “Ás vezes chegam de 700 a 800 cadáveres em um único dia”, disse um deles.

A primeira morte fora da China aconteceu nas Filipinas em 1º de fevereiro de 2020, a de um homem chinês que havia estado em seu país-natal e estava em Manila.

A OMS decretou o fim da emergência de saúde pública de interesse internacional (ESPII) em 05 de maio deste ano, data em que, segundo dados do Our World In Data, 6,93 milhões de pessoas já haviam morrido da doença.

Mortes por covid-19 por ano

Afora 2019, quando possivelmente morreram entre 200-400 pessoas de covid-19 na China, este é o primeiro ano de pandemia em que as mortes não chegam a cifra do milhão. Segundo dados do Our World In Data, este ano o vírus vitimou cerca de 660 mil pessoas em todo mundo, a metade das mortes registradas ano passado e mais de cinco (5) vezes menos mortes que em 2021.

Ano

Total (milhões)
2020

1,92
2021

3,55
2022

1,25
2023

0,66

Referências
Cronologia da pandemia de COVID-19 em 2019
Cumulative confirmed COVID-19 deaths, Our World In Data.