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Saúde vai antecipar repasse para piso da enfermagem a cidades gaúchas

O estado do Rio Grande do Sul e 418 municípios receberão de forma antecipada R$ 30 milhões para que possam pagar o piso salarial dos profissionais da enfermagem. O adiantamento dos recursos está previsto na  Portaria nº 3.793/2024, publicada pelo Ministério da Saúde em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (10).

Segundo o governo federal, a antecipação representa um adiantamento de cerca de 15 dias em relação ao previsto, e o empenho e o repasse do Fundo Nacional de Saúde (FNS) devem ocorrer até sexta-feira (17).

Os recursos já estavam previstos em parcelas mensais da Assistência Financeira Complementar (AFC), criada para que estados, municípios e Distrito Federal, bem como entidades filantrópicas, e prestadores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cumpram o Piso Nacional da Enfermagem.

“Os municípios gaúchos que não foram contemplados nesta portaria terão a oportunidade de inserir seus dados no InvestSUS até o dia 21 de maio, a fim de serem incluídos no repasse, habitualmente realizado até o último dia útil do mês de referência. Esta possibilidade estende-se a todos os entes federativos do país, desde que estejam em conformidade com a legislação vigente”, diz o Ministério da Saúde. 
A medida beneficiará inicialmente 418 cidades gaúchas, em um universo de 497 municípios do Rio Grande do Sul. Ao todo, 79 ainda não solicitaram a assistência.

Galo faz treino aberto e arrecada quase R$ 700 mil para ajudar o RS

A princípio, este sábado (11) deveria ser de jogo na Arena MRV, em Belo Horizonte, com o duelo entre Atlético-MG e Grêmio pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Com o adiamento da partida devido às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas, o clube mineiro resolveu convocar a torcida para um treino aberto neste sábado (11) com a intenção de arrecadar doações para ajudar o estado a se recuperar da tragédia. Deu certo: a atividade recebeu mais de 36 mil torcedores e, com os ingressos vendidos, o Galo conseguiu juntar R$ 666.090,00. O dinheiro será enviado para a ajuda à população gaúcha, juntamente com alimentos não perecíveis e água, também arrecadados na manhã deste sábado (11).

☀️🏠 O Atleticano é diferente e representa como ninguém! #FutebolPeloSul | #SolidariedadeEmMassa pic.twitter.com/v6nnWiL11u

— Atlético (@Atletico) May 11, 2024

Ao fim do treino comandado pelo técnico argentino Gabriel Milito, o atacante Hulk, principal estrela do time, revelou que sua esposa, Camila Ângelo, fez uma doação de R$100 mil ao Instituto Galo, valor que também será repassado ao estado do Rio Grande do Sul e às pessoas afetadas pela enchente.

A iniciativa do Atlético vem na esteira de uma série de atitudes das equipes da Série A do Campeonato Brasileiro. Todas elas vêm ajudando de alguma forma a debelar os efeitos das chuvas. Algumas abriram as portas de seus estádios para arrecadar doações. Outras divulgam chaves PIX para enviar auxílio financeiro ao estado e às vítimas. Destinar a renda de leilões ou de jogos foi outra iniciativa adotada por alguns clubes.

Os três clubes gaúchos que disputam a Série A – Grêmio, Internacional e Juventude – têm servido de base para arrecadação de alimentos e outros itens. Além disso, vários atletas destas equipes têm ajudado pessoalmente nos resgates à população afetada pelas chuvas.

UNIDOS PELO RIO GRANDE DO SUL! 💚❤️💛

Diversos atletas brasileiros estão se mobilizando para ajudar no resgate e acolhimento das vítimas das enchentes no estado.

🧶 pic.twitter.com/K8Sg8GOKL9

— Time Brasil (@timebrasil) May 8, 2024

Fora do futebol, os surfistas de ondas gigantes Pedro Scooby e Lucas Chumbo passaram uma semana no Rio Grande do Sul colaborando com os esforços para salvar pessoas e animais em situação delicada. Além deles, nesta semanas os remadores gaúchos Evaldo Mathias Becker e Pedro Tuchtenhangen, entre outros, desistiram de participar do Pré-Olímpico da modalidade para poder ajudar presencialmente nos esforços.

Justiça do RS determina retirada de notícias falsas do Facebook

A juíza do plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Fernanda Ajnhorn, determinou que a empresa Meta Plataforms, que gere o Facebook, exclua, em 24 horas, as publicações com conteúdo de desinformação que questionam a atuação do estado em ações de socorro às vítimas da tragédia climática que atinge os municípios gaúchos. A ordem atende a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Na mesma decisão, a magistrada determinou que autor das notícias falsas “não poderá reiterar as afirmações, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 100 mil”.

Segundo o MPRS, sem provas, ele noticiou nos seus perfis nas redes sociais, de grande alcance do público e com milhões de seguidores, que o governador do estado do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar “estariam obstando que barcos e jet skis, de propriedade privada, realizassem salvamentos e resgates na região de Canoas, por suposta ausência de habilitação dos condutores destes meios de locomoção”.

Na decisão liminar tomada na quinta-feira (9), a juíza levou em consideração a calamidade pública decretada no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas que têm castigado o estado nas últimas semanas. Ela considerou ainda os inúmeros prejuízos provocados pelos alagamentos, que deixam o povo gaúcho em uma situação de vulnerabilidade.

“A disseminação de informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação estatal, atrapalha o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da sociedade civil”, apontou a magistrada em nota publicada no site do MPRS.

A Agência Brasil solicitou uma declaração da Meta Plataforms, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

Papa Francisco se solidariza em ligação a arcebispo de Porto Alegre

O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, recebeu, neste sábado (11) uma ligação do papa Francisco, às 11h37. Em áudio encaminhado à assessoria de Comunicação da CNBB, dom Jaime disse emocionado que foi surpreendido com a ligação do pontífice.

Segundo o presidente da CNBB, o papa queria se solidarizar com a população do Rio Grande do Sul pela tragédia que enfrenta e disse palavras de conforto ao povo do Rio Grande do Sul.

“Manifesto minha solidariedade em favor de todos que estão sofrendo esta catástrofe. Estou próximo a vocês e rezo por vocês”, afirmou Francisco ao telefone, conforme nota da CNBB.

Doação

Na quinta-feira (9), a Nunciatura Apostólica do Brasil informou que o papa, por meio da Esmolaria Apostólica, tinha destinado cerca de 100 mil euros para auxílio aos desabrigados do estado. De acordo com a CNBB, o valor será repassado ao Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que abrange todo o Rio Grande do Sul, para apoio às ações aos necessitados.

Diante dos fiéis da Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco já havia manifestado solidariedade ao estado no final da oração do Regina Caeli no último domingo (5).

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”, disse o pontífice naquele dia.

Trabalhadores denunciam abordagens violentas na Cracolândia, em SP

Trabalhadores do Redenção na Rua, da prefeitura de São Paulo, que realiza atendimentos de saúde e assistência social a usuários de substâncias psicoativas da região da Cracolândia, no centro da cidade, denunciaram abordagens violentas e agressões por parte da equipe de trabalho externo do Serviço de Cuidados Prolongados (SCP), realizado pela Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE).

O SCP são equipamentos que integram o programa municipal Redenção e contam com duas unidades, uma no centro e outra na zona norte da capital.

Segundo carta aberta divulgada nessa sexta-feira (10), a equipe do SCP responsável por abordar e internar os usuários tem atuado “de maneira violenta, com barganhas (pagando corote, comida e refrigerantes) e sem sucesso, pois os usuários que são internados, retornam ao território e ao seu uso de forma nociva”. A denúncia diz ainda equipe é a mesma que já agrediu usuários na cena de uso.

O grupo repudia também a demissão da gestora Andrea Cristina Guerra, além dos gerentes Anderson Mateus Costa de Assis e Ludmila Gabriel. “Essas saídas refletem que a abordagem manicomial e internações compulsórias sem ordem judicial são realidades nos dias de hoje, os ‘poderosos’ colocaram a Lei 10.216 no bolso e estão atuando dentro do SUS de maneira livre, expondo, agredindo e violando direitos de pessoas que realmente precisam do cuidado em saúde”, diz a carta. A lei citada dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) disse, em nota, que não procede a informação de que houve agressão física por parte da equipe de abordagem na cena de uso. “O Serviço de Cuidados Prolongados (SCP) da Prefeitura de São Paulo oferece acolhimento e tratamento integral e multidisciplinar para dependentes de álcool e drogas com o objetivo de reinserir os pacientes na sociedade do ponto de vista biopsicossocial e econômico”, diz a nota.

“A pasta reitera que a internação compulsória somente é deferida por juízes de direito, não sendo prerrogativa de médicos e de serviços de saúde a sua determinação. Todas alternativas disponíveis na abordagem junto aos pacientes são colocadas à disposição, como plano terapêutico, internação para desintoxicação e ainda encaminhamento para Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, ou os SCPs. A adesão é voluntária”, acrescentou.

Entidades médicas recomendam vacinação de vítimas e socorristas no RS

A Sociedade Brasileira de Imunizações, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Sociedade Gaúcha de Infectologia divulgaram neste sábado (11) uma nota técnica recomendando a vacinação de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e das equipes que trabalham nas operações de busca e salvamento em todo o estado.

“Devido à exposição à água de enchentes, a população exposta e os socorristas estão em risco aumentado de doenças infecciosas de transmissão hídrica ou ambiental, além de mordedura de animais, traumatismos diversos, contaminação de feridas por lama ou água contaminada, e doenças de transmissão respiratória por aglomeração de pessoas. Várias dessas doenças podem ser evitadas ou prevenidas por meio da vacinação.”

Confira as principais recomendações listadas pelas entidades:

Carteira de vacinação

Crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e pacientes com comorbidades ou imunossupressos que tenham a carteira de vacinação disponível somente devem completar doses não realizadas para a faixa etária ou conforme a situação clínica.

Já crianças, adolescentes e adultos que não tenham a carteira vacinal disponível e, portanto, sem registro formal de vacinação, devem ser considerados não vacinados para as doses recomendadas.

Vacinas de rotina

Para vacinação de rotina em períodos de enchentes, crianças e adolescentes sem registro de vacinação devem ser tratados como se estivessem em dia com as vacinas e receber somente as doses indicadas para a idade atual.

As famílias devem ser informadas sobre a necessidade de comparecer posteriormente a uma unidade de saúde para avaliação da carteira e da necessidade ou não de atualizar sua vacinação.

Gestantes

Mulheres grávidas devem receber vacinas inativadas especialmente indicadas para pessoas deslocadas por desastres e enchentes, desde que não contraindicadas para esse grupo.

Contraindicações

Gestantes, pessoas imunocomprometidas ou em uso de drogas imunossupressoras não devem receber vacinas virais vivas atenuadas como a dose contra a varicela, a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), a tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela), a dose contra a febre amarela e a contra a dengue.

Crianças em condições de imunossupressão também não devem receber as doses contra o rotavírus e a poliomielite oral. A triagem, segundo as entidades, deve ser realizada por autorrelato.

Soros

Soros e imunoglobulinas devem ser usados em casos de necessidade de proteção imediata contra a raiva e o tétano, ou seja, quando não é possível esperar o tempo necessário para que o indivíduo responda às doses produzindo anticorpos. Também são indicados para gestantes e indivíduos imunocomprometidos no caso de contraindicação às vacinas vivas atenuadas.

BCG

A vacina BCG, que previne contra as formas graves da tuberculose, não deve ser administrada fora da unidade de saúde, já que necessita de profissional capacitado para a aplicação, evitando eventos adversos graves. Idealmente, deve ser feita após o nascimento, ainda no ambiente hospitalar.

Aplicação concomitante de vacinas

A aplicação concomitante de vacinas pode ser feita desde que em locais distintos do corpo. É preciso, entretanto, se atentar a especificações de intervalo, dependendo da combinação de doses.

A vacina contra a dengue, viva atenuada, por exemplo, não deve ser aplicada no mesmo dia que qualquer outra vacina. A orientação é respeitar 24 horas de intervalo para doses inativadas e 30 dias para as vivas atenuadas.

Gripe e covid-19

Todas as pessoas com 6 meses ou mais vítimas de enchentes ou que trabalham em operações de busca e salvamento devem receber a vacina contra a gripe e contra a covid-19 – exceto aquelas com contraindicações.

De acordo com o documento, as doses são importantes para evitar surtos em abrigos. “No entanto, ambas passam a ter sua eficácia cerca de duas semanas após sua aplicação e, portanto, outros cuidados, para mitigar a transmissão desses vírus respiratórios devem ser adotadas.”

Tríplice viral

A vacina contra o sarampo, a rubéola e a caxumba deve ser aplicada em todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos de idade vítimas de enchentes ou que trabalham nas operações de busca e salvamento, exceto aquelas com contraindicações para a dose ou que tenham o registro documentado na carteira de vacinação.

As doses também são consideradas importantes para evitar surtos em abrigos e são recomendadas para todos que não estejam vacinados com pelo menos com uma dose.

Hepatite A

Desde 2014, a vacina contra a hepatite A é recomendada idealmente para todas as crianças aos 12 meses de vida ou até os 5 anos, se ainda não vacinadas. A dose também é disponibilizada para pacientes imunodeprimidos e pessoas com doenças crônicas especificas.

No caso do Rio Grande do Sul, a indicação se deve ao risco de surtos durante e após períodos de enchentes, quando há “alto risco de exposição ao vírus”.

Tétano

No Rio Grande do Sul, adolescentes, adultos e idosos devem receber uma dose de reforço antitetânico se não tiverem sido vacinados contra o tétano nos últimos cinco anos ou se não tiverem a carteira de vacinação disponível.

As vacinas dT (tétano/difteria) ou dTpa (tétano/difteria/coqueluche acelular) podem ser usadas de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações – dTpa para grávidas a partir de 20 semanas de gestação e dT para adolescentes, adultos e idosos. Na falta de dT, a dTpa pode ser usada.

Crianças sem a carteira de vacinação contendo o componente tetânico (penta, DTP, DTPa ou DT) devem ser vacinadas com DTP ou DTPa.

“Em situações de inundação, o contato com água e objetos contaminados pode aumentar o risco de feridas e cortes, aumentando o risco de tétano. Por isso, é importante assegurar que todos estejam com a vacinação antitetânica atualizada, especialmente se estiverem envolvidos em trabalhos de resgate, limpeza ou reconstrução.”

Raiva

A vacina antirrábica só deve ser usada para profilaxia pós-exposição em caso de acidente de risco para a raiva – por exemplo, após mordida de animal mamífero, inclusive cavalos e gado, ou após exposição a morcego.

O esquema pode incluir uma série de doses da vacina e também o uso de soro antirrábico e deve ser administrado o mais brevemente possível. “Em caso de desastres ambientais, resgates e a convivência com animais domésticos ou não, o risco de acidentes de risco para a raiva tem maior chance de ocorrer”.

“O uso de imunizante contra a raiva não deve ser feito de rotina, nem mesmo para aqueles envolvidos nos regastes. Seu uso deve ser restrito para casos de acidentes de risco para a raiva, conforme protocolo usual para essa situação médica. Recomendar que pessoas nessas situações de risco procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação.”

Hepatite B

Todos os envolvidos em resgates, profissionais da saúde, socorristas e voluntários devem receber a vacina. A indicação de doses depende da situação vacinal – pessoas sem registro na carteira de vacinação de doses aplicadas ou não vacinadas devem receber uma dose e retornar à unidade de saúde para continuidade, se for o caso.

Pessoas com registro na carteira de vacinação de esquema incompleto devem dar continuidade, respeitando os intervalos mínimos entre as doses (0-2-6 meses), até a última dose.

Pessoas imunocompetentes adequadamente vacinadas com três doses não deve ser vacinadas.

Pessoas imunossuprimidas, como as que que vivem com HIV, independente do CD4; portadoras de doença hepática crônica; renais crônicas; com câncer; transplantadas de órgãos ou células hematopoiéticas; com doenças inflamatórias imunomediadas tratadas com imunossupressores potentes, entre outras devem receber uma dose de reforço da vacina.

“A imunização contra a hepatite B está recomendada para os respondedores, uma vez que estarão potencialmente expostos ao cuidado com pacientes e situações de contato com fluidos corporais. A maior parte dos profissionais já deve ter recebido essa vacina, uma vez que é exigida para profissionais de saúde, bombeiros, militares, etc. O esquema de vacinação é de três doses da vacina (0, 2 e 6 meses).”

Febre tifoide

A vacinação contra febre tifoide é recomendada para socorristas, se disponível, e deve ser aplicada uma dose.

“Maior movimentação registrada no país”, diz Lula sobre doações ao RS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou neste sábado (11), por meio da rede social X, “a maior movimentação de doações já registrada na história do nosso país”. Até quinta-feira (9), quase 2 mil toneladas de donativos já tinham sido encaminhadas ao Rio Grande do Sul por órgãos federais, segundo a postagem.

Além disso, segundo o governo federal, na manhã deste sábado (11), em Brasília, a campanha Todos Unidos pelo Sul deu início a uma ação para o envio de mais de 400 toneladas de donativos às vítimas das chuvas no estado, entre roupas, colchonetes, água potável e alimentos. A ação é um trabalho integrado entre Força Aérea Brasileira (FAB), Exército e voluntários da sociedade civil.

O esforço envolve aeronaves, caminhões, trem e navios. No modal aéreo, dois cargueiros da FAB decolaram às 7h30 com 40 toneladas de itens doados, 20 em cada, em direção à Base Aérea de Canoas (RS). Um avião da Latam se somou à operação com 7 toneladas na mesma rota. Outros 19 caminhões, entre carretas do Exército e de empresários voluntários, foram carregados com 380 toneladas de suprimentos.

Balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que o número de municípios afetados chega a 445, com 2.039.084 pessoas impactadas pelas chuvas. No total, 339.925 pessoas estão desalojadas e outras 71.398 encontram-se em abrigos. O número de mortos chegou a 136, com 756 feridos e 125 desaparecidos. Até aqui, 74.153 pessoas e 10.348 animais já foram resgatados.

 

Chuva afeta mais de 2 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que já passa de 2 milhões o número de pessoas afetadas pelas enchentes que assolam o estado. Segundo boletim divulgado há pouco pelo órgão, foram incluídas, neste grupo, mais 87.682‬ pessoas, desde o primeiro balanço divulgado neste sábado (11) às 9h. Com isso, já são 2.039.084 pessoas afetadas no estado que desde o final de abril vive os problemas decorrentes do excesso de chuva.

Aumentou também, de 444 para 445, o número de municípios afetados pelos fortes temporais. Os demais números ficaram estáveis: 71.398 pessoas em abrigos, 339.925 desalojados, 756 feridos, 125 desaparecidos, 136 mortes, e 74.153 pessoas e 10.348 animais resgatados.

Maiores volumes

De acordo com o monitoramento hidrológico divulgado pela Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Defesa Civil estadual, os maiores volumes de precipitação observados nas últimas 24 horas ocorreram na região hidrográfica do Rio Guaíba e no Litoral Norte. Nessas localidades, os acumulados chegaram a superar a marca dos 100 milímetros (mm).

“Em função dessas chuvas e dos solos ainda com muita umidade, os rios Taquari e Caí apresentaram respostas hidrológicas atingindo limiares de alerta, apesar disso a tendência é que ambos rios entrem em estabilidade ainda hoje”, informou por meio de nota.

Tanto o Rio Guaíba como a região do Delta do Jacuí apresentam declínio. A expectativa é de que o Rio Uruguai atinja ainda hoje seu pico de cheia em Uruguaiana, próximo a 4 metros acima da cota de inundação. Já a Lagoa dos Patos registra “níveis elevados e segue em elevação próximo a Pelotas e região”. Os demais rios do estado apresentam declínio ou estabilidade.

ANA

De acordo com a Superintendência de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA), ao meio-dia deste sábado, o nível da água no Cais Mauá estava em 4,59 metros. No início da manhã (às 8h45), estava em 4,71 metros. O pico da cheia de 2024 ficou em 5,35 metros; e o pico de cheia observado no ano de 1941 foi 4,7 metros.

Hospitais gaúchos poderão suspender cirurgias eletivas até 30 de maio

Hospitais e demais estabelecimentos de saúde do Rio Grande do Sul podem suspender consultas, exames e cirurgias eletivas até o dia 30 de maio. A decisão foi tomada pelo Gabinete de Crise da Secretaria da Saúde por conta da dificuldade de locomoção de pacientes e profissionais de saúde em meio às enchentes que atingem o estado desde o fim de abril.

Em documento, o órgão classifica como cirurgias eletivas todos os casos possíveis de postergação de agendamento e que não tenham forte possibilidade de agravamento de enfermidade em curto prazo em termos de risco de vida e perda de função ou órgão, que tenham possibilidade de agendamento prévio e que não sejam de urgência e emergência.

O gabinete de crise cita como única exceção pacientes que necessitarem de cirurgia traumatológica. Nesses casos, eles deverão ser transferidos ou referenciados para unidades de média ou alta complexidade em ortopedia para que o procedimento ocorra no prazo de até 30 dias, sendo considerado ideal o prazo de 15 dias.

Segundo o comunicado, os hospitais gaúchos deverão ainda atualizar diariamente o monitoramento de insumos e oxigênio medicinal.

MS instalará mais três hospitais de campanha no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul terá mais três hospitais de campanha montados pelo Ministério da Saúde (MS). Com isso, já somam cinco as unidades montadas pela pasta nesta semana, auxiliando o estado a enfrentar os problemas decorrentes das enchentes que atingem o estado desde o fim de abril.

Segundo o ministério, as estruturas começam a ser montadas neste sábado (11) em Porto Alegre, devendo ser concluídas em até dois dias. Uma delas será instalada no município de São Leopoldo, localizado a 40 quilômetros da capital gaúcha.

“Os insumos e suprimentos para as unidades, como medicamentos, serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estadual e municipais de Saúde”, informou o ministério. De acordo com a pasta, na sexta-feira (10) foram entregues, ao estado, mais 30 kits emergenciais com medicamentos e insumos. Cada um deles com capacidade para atender 1,5 mil pessoas por um mês.

Ao todo, já foram disponibilizados 50 kits de emergência, desde o início da situação de emergência no estado, o que poderá auxiliar no atendimento de cerca de 75 mil pessoas até o fim do mês. Outros 50 kits já foram solicitados e já estão sendo preparados para envio.

Segundo o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do MS, Márcio Garcia, os três hospitais de campanha resultarão em uma “grande ampliação de atendimentos” para a população, após várias unidades de saúde de referência terem sido danificadas.