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Nova vacina contra a dengue pré-qualificada pela OMS

17 de maio de 2024

 

Uma nova vacina contra a dengue recebeu pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 10 de maio de 2024. A TAK-003 é a segunda vacina contra a dengue a ser pré-qualificada pela OMS. Desenvolvida pela Takeda, é uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus que causam a dengue.

A OMS recomenda o uso de TAK-003 em crianças de 6 a 16 anos em ambientes com alta carga de dengue e intensidade de transmissão. A vacina deve ser administrada num esquema de 2 doses com um intervalo de 3 meses entre as doses.

“A pré-qualificação do TAK-003 é um passo importante na expansão do acesso global às vacinas contra a dengue, já que agora é elegível para aquisição por agências da ONU, incluindo UNICEF e OPAS”, disse Rogerio Gaspar, Diretor de regulamentação e pré-qualificação da OMS. “Com apenas duas vacinas contra a dengue até o momento pré-qualificadas, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as vacinas cheguem a todas as comunidades que precisam.”

A lista de pré-qualificação da OMS também inclui a vacina CYD-TDV contra a dengue desenvolvida pela Sanofi Pasteur.

A Dengue é uma doença transmitida por vetores transmitida pela picada de um mosquito infectado. A dengue grave é uma complicação potencialmente letal que pode se desenvolver a partir de infecções por dengue.

Estima-se que existam mais de 100-400 milhões de casos de dengue em todo o mundo a cada ano e 3,8 bilhões de pessoas vivendo em países endêmicos da dengue, a maioria dos quais na Ásia, África e Américas. O maior número de casos de dengue relatados foi em 2023, com a região das Américas da OMS relatando 4,5 milhões de casos e 2300 mortes. É provável que os casos de Dengue aumentem e se expandam geograficamente devido às mudanças climáticas e à Urbanização.

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Esta notícia é uma transcrição parcial ou total da Organização Mundial da Saúde. Este texto pode ser utilizado desde que seja atribuído corretamente aos autores e ao sítio oficial.
Veja os termos de uso (copyright) na página da OMS

“Esta tradução não foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quem não é responsável pelo conteúdo ou precisão desta tradução. A edição original em inglês “. WHO prequalifies new dengue vaccine; [2024]. Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO “é a edição obrigatória e autêntica”.

Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de 59 cidades gaúchas

Trabalhadores de 59 municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas que atingem o estado desde o fim de abril já podem fazer a solicitação de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na modalidade Calamidade.

A lista atualizada dos municípios habilitados está disponível neste site.

Necessariamente, o estado de calamidade pública ou situação de emergência do município precisa ser reconhecido pelo governo federal por meio de portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicada no Diário Oficial da União, para o trabalhador ter direito ao benefício. Em 1º de maio, o Decreto nº 57.596 já havia reconhecido o estado de calamidade no território gaúcho.

O Saque-Calamidade pode ser feito pelos trabalhadores residentes em áreas afetadas por desastre natural indicadas pelas secretarias municipais de Defesa  Civil. Para ter acesso ao recurso, o trabalhador precisa ter saldo na conta do FGTS. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por conta vinculada, limitado ao saldo da conta.

A Caixa Econômica Federal informa que não há mais intervalo mínimo de 12 meses entre o último e o novo saque na modalidade Calamidade para os residentes nos municípios habilitados do Rio Grande do Sul neste mês de maio.

Municípios

A Caixa divulgou, nesta quinta-feira (16) mais 17 municípios gaúchos atingidos por enchentes em que pode ser solicitado o Saque-Calamidade do FGTS. Ao todo, os trabalhadores de 59 cidades podem fazer a solicitação ao banco público pelo aplicativo FGTS, disponível para smartphones, sem precisar comparecer a uma agência física.

Até 6 de agosto deste ano, trabalhadores de dois municípios – Canoas e Maratá – poderão solicitar à Caixa a retirada do dinheiro. 

O pedido de saque poderá ser feito, até 12 de agostos – por trabalhadores de mais 15 municípios: Bento Gonçalves;   Cachoeirinha; Capela de Santana; Faxinal do Soturno;  Forquetinha;  Guaporé; Lagoão;  Passo do Sobrado;   Rio Pardo;  Roca Sales;  Santiago;  São Jerônimo; Sapiranga;  Taquari e Teutônia

O período de saque já está aberto em 42 municípios: Agudo; Anta Gorda; Arvorezinha; Arroio do Meio; Bom Retiro do Sul; Campo Bom; Candelária; Carlos Barbosa; Caxias do Sul; Encantado; Eldorado do Sul; Esteio; Farroupilha; Feliz; Guaíba; Igrejinha; Harmonia; Jaguari; Lajeado; Mata; Montenegro; Nova Esperança do Sul; Nova Palma; Nova Petrópolis; Nova Santa Rita; Paverama; Portão; Porto Alegre; Porto Xavier; Rolante; Santa Cruz do Sul; Santa Tereza; São José do Herval; São Leopoldo; São Marcos; São Sebastião do Caí; Serafina Corrêa; Sinimbu; Sobradinho; Taquara; Triunfo e Venâncio Aires.

Como sacar

Para pedir a liberação do dinheiro, o trabalhador deve entrar no aplicativo FGTS e fazer a solicitação, clicando em “Solicitar meu saque 100% digital” ou no menu inferior “Saques” e selecionar “Solicitar saque”; clicar em “Calamidade pública” — Informar o nome do município e selecionar na lista disponível, depois digitar o CEP e o número de sua residência.

São necessários para o saque um documento de identificação com foto — carteira de identidade, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou passaporte — com envio da frente e do verso do documento;  foto do próprio rosto (selfie), na qual  que o documento apresentado; comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água, telefone, gás, fatura de internet e/ou TV e fatura de cartão de crédito, entre outros), emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade; certidão de casamento ou escritura pública de união estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro.

Em razão dos alagamentos, se não for possível apresentar comprovante de residência em nome do trabalhador, o cidadão deverá apresentar declaração do município atestando que é residente na área afetada. A dispensa do comprovante de residência foi oficializada nesta quinta-feira (16), pelo governo federal.

 Mais informações sobre o Saque-Calamidade podem ser obtidas no site oficial do FGTS.

Lote de restituição do Imposto de Renda para RS supera R$ 1,1 bi

Mais de 900 mil declarantes gaúchos receberão pouco mais de R$ 1,1 bilhão no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda, a ser pago em 31 de maio, divulgou nesta quinta-feira (16) a Receita Federal. Segundo o Fisco, o número de contribuintes beneficiados superou as expectativas porque o novo sistema da Receita permitiu o fechamento do primeiro lote apenas em 15 de maio, em vez do prazo habitual de 10 de maio.

Além de incluir os gaúchos no primeiro lote de restituição, a Receita promoverá medidas para ajudar o contribuinte gaúcho. Nos próximos dias, o Fisco fará o Mutirão de Acessibilidade Digital no Rio Grande do Sul. A iniciativa oferecerá computadores, tablets e acesso à internet para a população que está em abrigos poder acessar serviços públicos digitais.

Segundo a Receita Federal, serão oferecidos serviços como acesso a serviços públicos pelo Portal gov.br; acesso à conta bancária e a contas de e-mail e antecipação da restituição do Imposto de Renda. A medida terá o apoio de estudantes do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal, projeto desenvolvido pela Receita Federal em parceria com instituições de ensino, com objetivo de oferecer serviços contábeis e fiscais gratuitos a cidadãos e pequenas empresas.

Nas últimas semanas, a Receita anunciou uma série de medidas para o Rio Grande do Sul, como a doação de mercadorias confiscadas nas alfândegas, adiamento do pagamento de tributos e de entregas de declarações, como a do Imposto de Renda, o oferecimento de helicóptero e de drones do órgão e o lançamento do Receita Via Rápida para facilitar o recebimento de doações do exterior.

Morre Antero Greco, referência do jornalismo esportivo brasileiro

A comunicação esportiva brasileira perdeu Antero Greco. O jornalista faleceu na madrugada desta quinta-feira (16), aos 69 anos, em São Paulo, devido à complicações de um tumor cerebral contra o qual lutava desde junho de 2022. Ele estava internado na unidade Mirante do Hospital Beneficência Portuguesa, na Bela Vista, região central da capital paulista.

A informação sobre a morte de Antero foi confirmada pelo canal ESPN, onde o jornalista trabalhava como comentarista desde 1994. Ele é velado no Cemitério do Redentor, no Sumaré, zona oeste de São Paulo, onde será enterrado às 16h (horário de Brasília).

Não há notícia mais triste a dar hoje do que dizer que Antero Greco nos deixou. Que perdemos o camisa 10 das redações esportivas.

Obrigado, Antero. pic.twitter.com/VYFbJEnkdW

— ESPN Brasil (@ESPNBrasil) May 16, 2024

O falecimento de Antero repercutiu no meio esportivo, com jornalistas e clubes de futebol do país, além da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), manifestando-se pelas redes sociais. Entre eles, o Palmeiras, time do coração do comentarista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou, no X (antigo Twitter).

“Uma trajetória profissional brilhante, e sempre um defensor da democracia. Filho de imigrantes italianos, Antero Greco deixa a esposa, Leila, e seus dois filhos. Meus sentimentos e meu abraço solidário aos familiares, amigos e admiradores do trabalho de Antero Greco”, escreveu Lula.

Antero Greco nasceu em 2 de junho de 1954, em São Paulo. Formado em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), iniciou-se na profissão há 50 anos, no jornal O Estado de S. Paulo, onde atuou como revisor, repórter, chefe de reportagem e editor. Trabalhou, ainda, nos jornais Diário Popular, Popular da Tarde e Folha de S. Paulo.

A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta a morte de Antero Greco, um dos principais jornalistas do Brasil. Profissional exemplar e palestrino de coração, Antero deixa um legado de amor ao futebol e à vida que perdurará para sempre em nossos corações. Prestamos condolências aos… pic.twitter.com/tZQSaAKNnM

— SE Palmeiras (@Palmeiras) May 16, 2024

Na televisão, passou por SBT e Band, mas ficou marcado pelos 30 anos dedicados à ESPN, especialmente pela parceria com Paulo Soares, conhecido como Amigão, na apresentação da edição noturna do telejornal SportsCenter. A dupla fez sucesso pela maneira bem humorada com a qual transmitiam e comentavam as notícias esportivas do dia.

O jornalista ainda cobriu sete Copas do Mundo entre 1982 e 2014. Ele deixa a esposa Leila, os filhos João Paulo e Maria Cristina e os netos Pedro e Carolina.

RS: governo dispensa documentos para saque calamidade do FGTS

Os moradores de municípios com até 50 mil habitantes, que tenham a situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), não precisarão apresentar a documentação comprobatória do endereço residencial para o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na modalidade chamada de Saque Calamidade.

A medida assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (16).

O documento determina que o trabalhador titular da conta do FGTS que não conseguir comprovar onde mora poderá apresentar uma declaração própria ou uma certidão emitida pelo governo municipal ou distrital que ateste o endereço de residência do cidadão. No caso da manifestação própria, a Caixa deverá verificar a veracidade da declaração em cadastros oficiais do governo federal.

Portanto, nestas situações, o trabalhador não precisará mais estar de posse de um comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água, telefone, gás, extratos bancários, carnês de pagamentos, dentre outros), emitido nos 120 dias anteriores à decretação da emergência ou calamidade havida em decorrência de desastre natural.

A medida começa a valer em cinco dias úteis, a partir desta quinta-feira (16), para que a Caixa adote procedimentos administrativos e operacionais relacionados ao cumprimento das novas diretrizes.

Rio Grande do Sul

Para o Rio Grande do Sul,] a Caixa já havia liberado aos cidadãos dos municípios habilitados pela condição de calamidade pública a opção do saque no valor máximo de R$ 6.220, de cada uma das contas do FGTS de titularidade daquele trabalhador, limitado ao saldo disponível na conta.

Ao todo, trabalhadores de 59 cidades gaúchas podem fazer a solicitação pelo Aplicativo FGTS.

A medida é válida inclusive para o trabalhador que já fez o saque do fundo nos últimos 12 meses, mas que, no caso de desastre natural (alagamentos, deslizamentos de terra, fortes chuvas, etc), teve a própria residência atingida, conforme reconhecimento da Defesa Civil local.

O valor é liberado após a decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública, pelo governo.

A Caixa orienta que a senha do aplicativo do banco nunca deve ser fornecida a ninguém, por telefone, e-mail, ou qualquer outro canal.

Para tirar dúvidas, os interessados podem entrar em contato com a Caixa pelos números 4004 0104 (nas capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 104 0 104 (demais regiões).

RS: governo dispensa documentos para saque calamidade do FGTS

Os moradores de municípios com até 50 mil habitantes, que tenham a situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), não precisarão apresentar a documentação comprobatória do endereço residencial para o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na modalidade chamada de Saque Calamidade.

A medida assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (16).

O documento determina que o trabalhador titular da conta do FGTS que não conseguir comprovar onde mora poderá apresentar uma declaração própria ou uma certidão emitida pelo governo municipal ou distrital que ateste o endereço de residência do cidadão. No caso da manifestação própria, a Caixa deverá verificar a veracidade da declaração em cadastros oficiais do governo federal.

Portanto, nestas situações, o trabalhador não precisará mais estar de posse de um comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água, telefone, gás, extratos bancários, carnês de pagamentos, dentre outros), emitido nos 120 dias anteriores à decretação da emergência ou calamidade havida em decorrência de desastre natural.

A medida começa a valer em cinco dias úteis, a partir desta quinta-feira (16), para que a Caixa adote procedimentos administrativos e operacionais relacionados ao cumprimento das novas diretrizes.

Rio Grande do Sul

Para o Rio Grande do Sul,] a Caixa já havia liberado aos cidadãos dos municípios habilitados pela condição de calamidade pública a opção do saque no valor máximo de R$ 6.220, de cada uma das contas do FGTS de titularidade daquele trabalhador, limitado ao saldo disponível na conta.

Ao todo, trabalhadores de 59 cidades gaúchas podem fazer a solicitação pelo Aplicativo FGTS.

A medida é válida inclusive para o trabalhador que já fez o saque do fundo nos últimos 12 meses, mas que, no caso de desastre natural (alagamentos, deslizamentos de terra, fortes chuvas, etc), teve a própria residência atingida, conforme reconhecimento da Defesa Civil local.

O valor é liberado após a decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública, pelo governo.

A Caixa orienta que a senha do aplicativo do banco nunca deve ser fornecida a ninguém, por telefone, e-mail, ou qualquer outro canal.

Para tirar dúvidas, os interessados podem entrar em contato com a Caixa pelos números 4004 0104 (nas capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 104 0 104 (demais regiões).

Washington Rodrigues, o Apolinho, morre no Rio aos 87 anos

O jornalista, comentarista e apresentador esportivo Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu na noite dessa quarta-feira (15), aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para tratar de um câncer no fígado.

O velório de Washington Rodrigues ocorre nesta quinta-feira (16), a partir do meio-dia, na sede social do Clube de Regatas do Flamengo – clube de coração do radialista – na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. O enterro será realizado às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Carreira

Nascido no Rio de Janeiro, em 1º de setembro de 1936, Washington iniciou a sua carreira na Rádio Guanabara, atualmente Rádio Bandeirantes. A entrada nas transmissões esportivas foi meio por acaso. Convidado para dar informações sobre futebol de salão, agradou e não saiu mais.

Em 1969, trabalhava na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, quando recebeu um convite para se juntar à equipe esportiva comandada por Valdir Amaral, na Rádio Globo. Lá, ele inovou a reportagem de campo ao lado de Deni Menezes.

É na Globo que ganha o apelido de Apolinho, dado pelo narrador esportivo Celso Garcia, que se inspirou nos astronautas da Apolo 11, missão da Nasa que levou o homem à Lua. De acordo Washington, ele e Deni usavam nas costas um equipamento de transmissão parecido com a mochila carregada pelos astronautas e, por causa dessa semelhança, passaram a ser chamados de apolinhos pelos narradores, entre eles, Valdir Amaral. Mas, para Deni, o apelido não atravessou os anos como para Washington.

Depois de muitos anos, no esporte da emissora do bairro da Glória, Washington e Deni deixam a Rádio Globo e vão para Rádio Nacional, onde integram a equipe do narrador José Carlos Araújo. Na Nacional, Apolinho sai da reportagem e passa a ser comentarista. Também passa a fazer o programa No Mundo da Bola, das 17h às 19h, liderando a audiência no horário. Ao lado do comunicador Hilton Abi-Rihan, comandam um programa de variedades, chamado Nacional 80.

Em 1999, Washington Rodrigues vai para a Rádio Tupi, onde era comentarista esportivo e comunicador. Foi na Tupi o seu último trabalho: a participação na transmissão do jogo Bolívar 2 x 1 Flamengo, pela Copa Conmebol Libertadores, no dia 24 de abril último.

Geraldinos e arquibaldos

Washington também levou para as transmissões esportivas o seu bom humor e criatividade na criação de expressões populares e bordões emblemáticos. Era comum ouvi-lo se referir ao público da geral do Maracanã como “geraldinos” e da arquibancada, “arquibaldos”. Ele também popularizou a expressão: “Mais feliz do que pinto no lixo” e “briga de cachorro grande”, quando se referia a jogos em que duas potências futebolísticas se enfrentavam. Foi dele a expressão “chocolate”, para ressaltar uma vitória por goleada de um time contra outro.

Washington Rodrigues se inspirou na música El Bodeguero, do cubano Richard Egües e cantada por Nat King Cole. Um verso da canção diz: “Toma chocolate. Paga lo que debes”.

Treinador

Em 1995, a convite do então presidente Kleber Leite, Washington deixou temporariamente o rádio e assumiu a tarefa de treinar o Flamengo no ano do centenário do clube. A diretoria do clube da Gávea entendia que ele seria capaz de apaziguar o ambiente no Flamengo que, naquele momento, não era bom.

Washington Rodrigues treinou o Flamengo em 1995, ano do centenário do clube. Foto: Instagram/Apolinho

Morte em dia de jogo

Apaixonado pelo Flamengo, quis o destino que, por coincidência, a morte de Apolinho tenha ocorrido no momento em que o time rubro-negro fazia uma apresentação de gala. Em partida no Maracanã, pela Libertadores, o Flamengo venceu o Bolívar por 4×0, com gols de Gerson, Ayrton Lucas, Everton Cebolinha e Pedro. A notícia do falecimento do radialista foi divulgada durante o segundo tempo da partida.

Homenagens

Em seu perfil no X, antigo Twitter, o Flamengo lamentou a morte de Apolinho e lembrou que mesmo sendo rubro-negro, era admirado por torcedores de outros clubes.

“Perdemos um dos maiores comunicadores do esporte nacional. Washington Rodrigues, o Apolinho, nos deixou nesta quarta-feira. Em décadas de carreira, moldou a forma como vivemos o futebol. Criou expressões inesquecíveis – é impossível lembrar do Gol do Pet em 2001 sem lembrar do aviso que “acaba de chegar São Judas Tadeu” na voz de Apolinho. Washington Rodrigues foi treinador do Mais Querido no ano de nosso centenário e, ainda assim, era admirado e adorado pelas torcidas dos nossos rivais por seu carisma, sua imparcialidade e sua paixão. Ele nos deixou em uma noite em que o Flamengo venceu com “chocolate” – expressão inventada por ele para definir goleadas. Muito obrigado por tanto, Apolinho! Descanse em paz!”, postou o clube da Gávea.

O locutor esportivo José Carlos Araújo, o Garotinho, também fez homenagem ao amigo com quem dividiu a cabine de transmissão do Maracanã por vários anos carreira. “Meu querido amigo Apolinho, não existe palavra para expressar o tamanho do vazio que fica com a sua despedida. Você foi um grande parceiro na minha vida profissional, mas a nossa amizade vai além da latinha. Obrigado, Apolo. Você é eterno no rádio e no coração de todos nós”, escreveu no X.

Emocionado, seu último companheiro de jornadas esportivas, o locutor da Rádio Tupi, Luiz Penido, interrompeu a transmissão do jogo, aos 25 minutos do segundo tempo, para anunciar a morte do amigo. “No dia 15 de maio de 2024 acaba de falecer Washington Rodrigues, o Apolinho, supremo ídolo. Parte para a morada eterna depois de uma vida tão brilhante, deixando um legado, entrando na história do rádio nesses mais de 60 anos de atividade. A dor é muito profunda, é muito, muito forte”, disse chorando.

Penido acrescentou que momentos antes de morrer, Apolinho chegou a assistir ao jogo até o terceiro gol do Flamengo. “Ele morreu com o Flamengo em vantagem, com o Flamengo ganhando o jogo”, completou.

 

Sílvio Luiz, ícone da narração esportiva, morre aos 89 anos, em SP

Referência do jornalismo esportivo, o locutor Sílvio Luiz morreu na manhã desta quinta-feira (16), aos 89 anos, em São Paulo. Segundo nota do Hospital Oswaldo Cruz, ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o último dia 8 e faleceu hoje por falência múltiplas dos órgãos.

Há pouco mais de um mês, Sílvio Luiz estava em plena atividade na TV Record. Ele comandava a transmissão da final do Campeonato Paulista no dia 7 de abril, para canais digitais, ao lado dos humoristas Carioca e Bola, quando passou mal e foi levado às pressas para o hospital.

“Seu legado e contribuição para a televisão brasileira, para o jornalismo e para o esporte são inestimáveis. Nossos mais profundos sentimentos a sua esposa Márcia, seus filhos Alexandre, Andréa e André, seus netos e amigos”, lamentou  a Record.

A comoção pela morte do locutor, ícone da irreverência durante as transmissões, tomou conta das redes sociais, com inúmeras publicações de clubes (Santos, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo) além de personalidades do esporte (DenilsonEveraldo Marques, Andre Rizek).

OLHO NO LAAANCE! 🖤🎙️

Foi de Silvio Luiz, craque da locução e botafoguense declarado, a voz que embalou um dos momentos mais gloriosos da história alvinegra. Obrigado, lenda! Você está marcado na história do esporte e da TV brasileira como um dos maiores! 📺⚽️ #BFR pic.twitter.com/vKWWT01Pqh

— Botafogo F.R. (@Botafogo) May 16, 2024

Autor de grandes bordões durante a narração de partidas de futebol – entre eles “Olho no lance” e “Pelas barbas do profeta” -, Silvio Luiz Peres Machado de Souza nasceu na capital paulista em 14 de julho de 1934. A trajetória do jornalista começou aos 18 anos, na Rádio São Paulo, e logo no ano seguinte foi contratado pelo TV Record. Foi na emissora que ele se tornou o primeiro repórter em campo da tevê brasileira.

Antes mesmo de abraçar a carreira de locutor esportivo, Sílvio Luiz esteve em campo, atuando como árbitro de futebol na década de 1960 e 1970. Mas foi como locutor esportivo que ele conquistou milhares de fãs de esporte por todo o país. Narrou várias Copas do Mundos e ficou conhecido como “legendador de imagens”, por seu estilo único de enxergar a partida. Optou por não narrar “gol” no momento mágico da bola balançando a rede, para fugir da mesmice. Quando o futebol em campo era sofrível de se ver, Silvio Luiz aproveitava da irreverência para dar receitas durante a transmissão. Ao longo da carreira trabalhou na Rádio Bandeirantes, SBT, TV Excelsior e TV Paulista, entre outros veículos.

𝓞𝓵𝓱𝓸 𝓷𝓸 𝓵𝓪𝓪𝓪𝓪𝓪𝓷𝓷𝓬𝓮𝓮𝓮!

Em homenagem ao Silvio Luiz, grande são-paulino que nos deixou hoje, 𝙘𝙤𝙣𝙛𝙞𝙧𝙖 𝙘𝙤𝙢𝙞𝙜𝙤 𝙣𝙤 𝙧𝙚𝙥𝙡𝙖𝙮 alguns gols do Tricolor na voz desse icônico narrador.

Obrigado, Silvio! ❤️#VamosSãoPaulo 🇾🇪 pic.twitter.com/wMeQyAQpZ6

— São Paulo FC (@SaoPauloFC) May 16, 2024

Bordões que se tornaram clássicos

Está valendo”

“Acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui”

“Pelas barbas do profeta”

“Olho no lance”

“Pelo amor dos meus filhinhos”

“O que eu vou dizer lá em casa?”

“Confira comigo no replay”

“Balançou o capim no fundo do gol”

“Foi, foi, foi, foi ele… o craque da camisa número…”

Chuvas agravam situação da população de rua em Porto Alegre

As consequências das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul obrigaram ao menos 80 mil pessoas a, em algum momento, deixarem suas casas e irem para um abrigo público ou de entidades assistenciais. Além disso, agrava a vulnerabilidade da população que já vivia nas ruas, principalmente em Porto Alegre.

“Isso ampliou ainda mais o drama que essas pessoas já viviam”, disse à Agência Brasil o coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Porto Alegre, Elton Bozzetto. Segundo ele, as chuvas intensas e as consequentes inundações e alagamentos ampliaram a “fragilidade” dos serviços oferecidos à população em situação de rua.

Como exemplo, Bozzetto citou o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre (EPA), na região central da capital gaúcha, que acolhe pessoas em situação de vulnerabilidade e foi severamente afetada pelas chuvas.

“A EPA, uma das duas únicas escolas do Brasil abertas à população em situação de rua, foi totalmente alagada. Com isso, o trabalho com mais de 100 pessoas que era feito na escola, hoje, está sendo feito nas ruas”, disse Bozzetto sobre a escola, cujas redes sociais contém pedidos de ajuda aos estudantes castigados pelas chuvas. 

Ainda de acordo com Bozzetto, a capital gaúcha conta com apenas quatro abrigos municipais e 18 pousadas contratadas pela prefeitura para acolher a população em situação de rua. O número de vagas, contudo, já era considerado insuficiente antes mesmo da atual catástrofe climática.

“Não há abrigos suficientes em Porto Alegre. De acordo com o cadastro do SUS, a cidade tem 4.887 pessoas vivendo na rua e entre 650 e 700 vagas disponíveis. Ou seja, já havia uma grande demanda reprimida que, agora, piorou”, explica o coordenador da pastoral.

“Para piorar, com os recentes eventos climáticos, muitos moradores de rua que se concentravam nas ruas da região central da cidade passaram a procurar atendimento nos abrigos que estão acolhendo a população flagelada [pelas chuvas], mas estão sendo rejeitados”, denuncia Bozzetto.

Além de apontar a falta de vagas, há tempos a Pastoral do Povo de Rua vem criticando a qualidade dos abrigos existentes em Porto Alegre. Bozzetto lembra que, concomitantemente com o início das chuvas, uma pousada contratada pela prefeitura para abrigar pessoas em situação de rua foi destruída por um incêndio que matou dez pessoas e deixou outras cinco feridas.

“Os abrigos [de Porto Alegre destinados ao povo de rua] são precários, superlotados e insalubres. Não há acompanhamento social adequado, nem acesso a serviços básicos como saúde e educação”, denuncia Bozzetto, assegurando que, em outras cidades gaúchas, “o sofrimento do segmento não tem sido tão expressivo”, embora a situação também esteja longe da satisfatória.

Ajuda

As consequências das chuvas também ampliaram as adversidades que as entidades da sociedade civil enfrentam para ajudar a população em situação de rua. Segundo Bozzetto, as doações diminuíram consideravelmente desde o início das chuvas, dificultando ainda mais o trabalho de assistência.

“As entidades têm redobrado seus esforços, mas estamos assistindo a essa população praticamente sozinhos”, diz o coordenador, pedindo o apoio das pessoas às organizações que integram a pastoral. “Pedimos à comunidade que doe alimentos, roupas, materiais de higiene pessoal e qualquer outro tipo de ajuda que possa contribuir para amenizar a situação dessas pessoas”, apela Bozzetto, destacando que, nos últimos dias, as temperaturas caíram bastante no estado. “Não temos conseguido atender a demanda por agasalhos, que aumentou muito”.

Quem quiser ajudar, pode doar para o Mensageiro da Caridade, do Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre (telefone 51 3223-2555 ou PIX chave CNPJ: 92.679.935/0001-64; bancos Caixa Ag: 0432 CC: 1826-4 ou Banrisul Ag: 0834 CC: 06.102966.0-6). 

A Escola Municipal de Ensino Fundamental de Porto Alegre (EPA) também está aceitando donativos. Interessados podem obter mais informações acessando as páginas do estabelecimento no Facebook ou no Instagram .

A Agência Brasil entrou em contato com a Prefeitura de Porto Alegre e aguarda por uma manifestação sobre as declarações do coordenador da pastoral.

Muitos mestrados não valem o investimento, mostra pesquisa

Mestrado em Ciências conferido pela Universidade de Columbia

16 de maio de 2024

 

Quase metade dos mestrados tem um retorno financeiro negativo, de acordo com uma nova investigação da Foundation for Research on Equal Opportunity, uma organização de investigação económica dos Estados Unidos.

O estudo indica que muitos programas de pós-graduação não aumentam os rendimentos ao longo da vida o suficiente para valer a pena.

Embora 23% dos programas de licenciatura produzam um retorno financeiro negativo sobre o investimento, 43% dos cursos de dois anos e dos mestrados não proporcionam retorno, de acordo com o estudo de Preston Cooper, membro sénior da FREOPP.

Cooper avaliou o retorno do investimento de 53.000 programas de graduação e certificação para determinar se os ganhos vitalícios de um aluno superam os custos do programa e o risco de não concluir o curso.

Suas descobertas mostram que a área de estudo do aluno era o principal indicador do retorno do investimento nos níveis de graduação e pós-graduação.

Os cursos de bacharelado em engenharia, ciência da computação e enfermagem apresentam altos retornos financeiros sobre o investimento, enquanto programas em educação, artes plásticas, psicologia e inglês geralmente apresentam retornos baixos.

Pós-graduação em medicina e direito tendem a ter grandes retornos. Mas uma grande parte dos programas de mestrado, incluindo o MBA, frequentemente tem baixos retornos, segundo Cooper.

Embora os trabalhadores com mestrado ganhem 16% mais do que aqueles com apenas diploma de bacharel, Cooper diz que o número não leva em conta os estudantes que tinham “maior potencial de rendimentos preexistentes”.

“Os estudantes de MBA normalmente têm alto potencial de ganhos preexistentes, tendo muitas vezes escolhido cursos de graduação com alto ROI, como finanças e economia”, escreve Cooper. “Portanto, o MBA agrega pouco valor além disso.”

O estudo indica que altos salários iniciais são preditores de elevados retornos sobre o investimento. Diplomas com salários iniciais de US$ 57.000 por ano ou mais proporcionam os melhores retornos vitalícios.

Mas o retorno do investimento de um diploma pode variar dependendo da instituição de ensino.

“Os estudantes interessados ​​em áreas com salários médios baixos ainda podem encontrar algumas escolas que se saem bem ao transformar essas áreas de estudo em carreiras bem remuneradas”, escreve Cooper.

A qualidade de uma instituição também é importante, disse William Tierney, professor emérito de ensino superior da Universidade do Sul da Califórnia.

“Um MBA de Harvard é uma passagem provável para um bom emprego”, disse Tierney à VOA. “Um MBA da Universidade de Phoenix, nem tanto.”

Mas os estudantes buscam programas de pós-graduação por mais do que apenas razões financeiras.

“Alguns cursos abrem carreiras em áreas que os estudantes podem desfrutar, como nas artes cênicas”, disse Robert Kelchen, chefe de liderança educacional da Universidade do Tennessee, em Knoxville, à VOA.

“Outros podem ajudar a obter acesso às redes sociais ou simplesmente ajudar os alunos a aprender sobre um tema de interesse”, acrescentou Kelchen.

Cooper disse à VOA que pode fazer sentido para os alunos de programas de graduação com baixo retorno sobre o investimento mudarem de curso se ainda conseguirem se formar a tempo.

Ele descobriu que o pior resultado para o retorno do investimento de um estudante é abandonar a faculdade “porque eles têm de pagar um ou mais anos de mensalidade e passar algum tempo fora da força de trabalho”.

Os legisladores que financiam o ensino superior têm a responsabilidade de garantir que “o ensino superior cumpre a sua promessa de mobilidade económica”, disse Cooper.

“Existe definitivamente uma narrativa de que o ensino superior vale sempre a pena e que se deve sempre tentar obter esse diploma extra porque isso aumentará os seus rendimentos”, disse ele à VOA. “Isso é reforçado pelas faculdades que fazem promessas grandiosas em relação aos resultados dos seus programas de pós-graduação, que muitas vezes ficam aquém.”

Fonte
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