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Evandro e Arthur Lanci avançam para quartas do vôlei de praia

Os brasileiros Evandro e Arthur Lanci derrotaram os holandeses Matthew Immers e Steven Van de Velde por 2 sets a 0 (parciais de 21/16 e 21/16) para se classificarem para as quartas de final do torneio de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Paris (França).

BRASIL NAS QUARTAS!🔥🇧🇷

Arthur e Evandro jogam o fino da bola e derrotam a dupla holandesa por 2-0 (duplo 21-16) e avançam para as quarta de final em #Paris2024!

VAMOS, BRASIL!#JogosOlímpicos #TimeBrasil pic.twitter.com/QcUULOjesB

— Time Brasil (@timebrasil) August 4, 2024

Na próxima etapa da competição a equipe brasileira terá um grande desafio, os suecos David Åhman e Jonatan Hellvig, que ocupam a liderança do ranking mundial da modalidade.

Adeus de brasileiros

Mais cedo, André e George deram adeus ao torneio olímpico após perderem para a dupla da Alemanha formada por Nils Ehlers e Clemens Wickler por 2 sets a 0 (parciais de 21/16 e 21/17). Também neste domingo, Carol Solberg e Bárbara Seixas foram superadas nas oitavas de final do torneio feminino pelas australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy por 2 sets a 0 (24/22 e 21/14) e também acabaram desclassificadas.

Ana Patrícia e Duda

Na próxima segunda-feira (5), a partir das 16h (horário de Brasília), será a vez de Ana Patrícia e Duda tentarem uma vaga nas quartas de final diante da dupla do Japão formada por Akiko e Ishii.

Surto de mpox na África preocupa OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse neste domingo (4) que considera convocar o comitê de emergência da entidade para avaliar o cenário de surto de mpox na África. 

“À medida em que uma variante mais mortal da mpox se espalha por diversos países africanos, a OMS, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, governos locais e parceiros intensificam suas respostas para interromper a transmissão da doença”, escreveu Tedros Adhanom em seu perfil na rede social X. 

“Estou considerando convocar o Comitê de Emergência de Regulamentos Sanitários para me aconselhar sobre se o surto de mpox deve ser declarado uma emergência em saúde pública de interesse internacional”, completou Tedros. 

Entenda

No fim de junho, a OMS alertou para uma variante mais perigosa da mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. De acordo com a entidade, a República Democrática do Congo enfrenta, desde 2022, um surto da doença e a intensa transmissão do vírus entre humanos levou a uma mutação até então desconhecida.

Dados da entidade indicam que a taxa de letalidade pela nova variante 1b na África Central chega a ser de mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, que causou a epidemia global de mpox em 2022, registrou taxa de letalidade de menos de 1%. A entidade contabilizava, em junho, mais de 95 mil casos confirmados da doença em 117 países, além de mais de 200 mortes.

“É um número impressionante quando se considera que apenas alguns milhares de casos de mpox haviam sido relatados até então em todo o mundo e, de repente, estamos nos aproximando de 100 mil casos”, destacou a líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências Globais da OMS, Rosamund Lewis.

Ainda segundo a especialista, um surto específico, registrado desde setembro de 2023 no leste da República Democrática do Congo, na província de Kivu do Sul, é causado por uma cepa de mpox com mutações até então não documentadas. “Essas mutações sugerem que o vírus tem sido transmitido apenas de humano para humano”, disse.

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) varia de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Depois que as crostas na pele desaparecem, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Emergência

Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.

“Assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentável”, declarou, à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

“Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, alertou Tedros em 2023.

USP desenvolve creme antisséptico com proteção prolongada

Já está disponível no mercado o creme hidratante antisséptico para as mãos que tem como diferencial a garantia de proteção prolongada contra vírus e bactérias. Por meio de uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), o produto age contra vírus e bactérias por até 4 horas e superbactérias por até 2 duas horas, ao mesmo tempo em que hidrata a pele. O creme é diferente do álcool 70%, cuja ação se limita a cinco minutos por sua volatilidade e por causar ressecamento na pele.

Os testes de eficácia foram feitos pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), também da USP, e mostraram que o creme conseguiu inativar micro-organismos que causam diversas doenças, como influenza, sarampo, leptospirose, gastroenterites, infecções urinárias, hepatite A, entre outras. Entre as superbactérias, o produto inativou quatro das que foram apontadas por infectologistas de hospitais de referência em São Paulo como as que mais impactam esses ambientes.

De acordo com o professor Edison Luiz Durigon, coordenador do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do ICB-USP, onde foram feitos a maior parte das análises, o creme tem como princípio ativo o Phtalox, desenvolvido com nanotecnologia a partir do corante natural ftalocianina.

“Ela é ativada quando entra em contato com células, bactérias e vírus, causando uma reação parecida com a água oxigenada, com bolhinhas, e vai quebrando essas células, bactérias e vírus. É um produto químico que era usado há muito tempo no Japão. Eles faziam máscaras e com a pandemia professores aqui da universidade modificaram essa substância química, fizeram um produto com uma ação melhorada e colocaram em máscaras”, explicou.

Com base no sucesso das máscaras e depois de distribuí-las no mercado por meio de uma startup, o ICB, que tem interesse em projetos inovadores para a sociedade, pensou em desenvolver um produto semelhante para utilização nas mãos em substituição ao álcool gel. 

“E aí nós testamos o Phitta Cream e ele tem uma ação muito boa, muito eficiente, eliminando quase 100% das bactérias e vírus. Ele dura até 4 horas, desde que não se lave as mãos e não seja retirado de alguma maneira. É mais um produto da ciência, da USP, contribuindo para a sociedade”.

Durigon ressaltou a eficácia principalmente para evitar a transmissão por contato podendo ser utilizado, por exemplo, antes de entrar em um ônibus, metrô, porque ao colocar as mãos em superfícies que podem estar contaminadas e passar as mãos no rosto a pessoa pode estar contraindo alguma bactéria ou vírus. “Com o uso do creme, que tem muito boa qualidade e não é gorduroso, a proteção é prolongada. A ideia é que esse creme seja uma barreira ao interromper esse contato”.

Por enquanto o antisséptico hidratante só está sendo comercializado pela internet, mas em breve estará disponível fisicamente em uma rede de farmácias. O produto é vegano, com selo da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), e tem embalagem feita de polietileno de cana de açúcar.

Utilizações

O professor explicou que já há estudos em andamento por alunos da USP para a utilização do princípio ativo Phtlox contra o herpesvírus, após a verificação de ação rápida, quando usado como pomada. 

Durigon ressaltou que os estudos estão em estágio bem inicial, não podendo prever quando o medicamento estaria disponível para a população. Nesse momento, a universidade procura apoio financeiro para continuar com as pesquisas. A substância também está sendo avaliada para o uso em pacientes diabéticos, já que consegue acelerar o tempo de cicatrização das feridas comuns à doença.

“Já estamos testando essa substância para fins terapêuticos, realizando testes clínicos com herpes e diabetes. Os resultados preliminares têm sido muito positivos, mostrando que a substância consegue acelerar o tempo de cicatrização das feridas”, disse.

Dia dos Pais deve elevar em 20% faturamento de bares e restaurantes

Cerca de 79% dos estabelecimentos do setor de bares e restaurantes esperam faturar mais com as vendas no Dia dos Pais em comparação a igual data do ano passado. Para 65% deles, o aumento poderá ser de até 20%. É o que revela pesquisa feita entre os dias 22 e 29 de julho com 2.005 empresários de todo o país pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Setenta e oito por cento dos empreendimentos pretendem abrir no Dia dos Pais. A sondagem aponta também que, em relação a um domingo comum, 57% dos empresários preveem aumento de até 20% nas vendas. Do total de consultados, 7% afirmaram esperar expansão entre 21% e 30%, enquanto outros 7% mostraram-se mais otimistas, prevendo crescimento no faturamento superior a 30%.

Falando à Agência Brasil, o responsável por conteúdo da Abrasel, José Eduardo Camargo, disse que, apesar da expectativa de aumento de vendas, 60% das empresas operaram sem lucro agora em junho, englobando 36% que se mantiveram equilibradas e 24% que registraram prejuízo.

Em julho, esse número de estabelecimentos no prejuízo caiu para 24%. No total, 40% das empresas estão com dívidas em atraso. “É um quarto do setor que não está conseguindo trabalhar com resultado positivo. Isso é bem preocupante porque está se tornando crônico, muito em função de dívidas, principalmente”, observou Camargo.

Dívidas

A percepção de movimento é que está normal, disse. ”Não está havendo queda no movimento. As empresas é que estão com dificuldade para pagar dívidas atrasadas, por exemplo, o que afeta o resultado mas, não o faturamento”.

Da mesma maneira que ocorreu no Dia das Mães, Dia dos Namorados e no carnaval, as empresas aproveitam para retomar fôlego e, embora a data, historicamente, não seja tão potente como as demais, Camargo assegurou que “o pessoal está apostando bastante este ano”.

Entre as empresas endividadas, 73% devem impostos federais, 47% devem impostos estaduais, 36% têm empréstimos bancários em atraso, 29% têm débitos com serviços públicos como água, luz, gás e telefone, 29% devem encargos trabalhistas e previdenciários, 27% estão em atraso com taxas municipais, 22% devem a fornecedores de insumos como alimentos e bebidas, 20% têm débitos de aluguel, 11% devem a fornecedores de equipamentos e serviços e 6% estão em atraso com pagamentos a empregados.

“Os donos dos estabelecimentos privilegiam pagar os empregados, porque senão eles não conseguem ficar abertos, e também os fornecedores e serviços essenciais como água. Por isso, tem tanta gente devendo imposto”, analisou Camargo. Destacou, por outro lado, que ao longo do tempo isso vai causando para o empresário um problema cada vez mais importante.

Adesão

Para enfrentar essas dificuldades, a Abrasel está estimulando as empresas a aderirem ao novo Programa Emergencial para Retomada do Setor de Eventos (Perse), restabelecido em 22 de maio deste ano pela Lei 14.859/2024, embora com limitações, cujo prazo se encerra no final desta sexta-feira (2), mesmo para empresas com restrições devido a dívidas em atraso. O programa oferece benefícios fiscais aos negócios do setor até alcançar o valor de R$ 15 bilhões de renúncia fiscal.

O Perse original foi instituído pela Lei 14.148/21 com o objetivo de criar condições para a retomada do setor de eventos no país, afetado pela pandemia de covid-19. A medida considerou também os bares e restaurantes. Ela estabelecia redução da alíquota de tributos como Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto de Renda – Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) a zero pelo prazo de cinco anos. Mas o programa acabou revogado pela Medida Provisória 1.202/2023, após suspeita de fraudes, o que gerou grande número de ações na Justiça.

Setor

As empresas filiadas à Abrasel totalizam 1,4 milhão de negócios, envolvendo bares, restaurantes, lanchonetes, padarias com revenda, empresas que só fazem delivery, cafés e bistrôs. José Eduardo Camargo estimou que o setor de bares e restaurantes talvez seja o único que está em todos os municípios do país, mesmo os menores. “Tem uma capilaridade muito grande”, finalizou.

Brasil se aproxima de 5 mil mortes por dengue em 2024

O Brasil se aproxima da marca de 5 mil mortes provocadas pela dengue em 2024. De acordo com a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses, o país contabiliza 4.961 óbitos confirmados pela doença. Há ainda 2.161 mortes em investigação. 

Ao longo de todo o ano, foram notificados 6.437.241 casos prováveis de dengue em todo o país, o que leva a uma taxa de letalidade de 0,08. O coeficiente da doença no Brasil, neste momento, é de 3.170,1 casos para cada 100 mil habitantes. 

A maioria dos casos foi identificado na faixa etária dos 20 aos 29 anos, seguida pela de 30 a 39 anos, pela de 40 a 49 anos e pela de 50 a 59 anos. Já os grupos menos afetados pela doença são os menores de 1 ano, os com 80 anos ou mais e as crianças de 1 a 4 anos. 

Entre os estados, São Paulo é o que tem mais casos de dengue em números absolutos, com um total de 2.062.418 casos em 2024. Em seguida estão Minas Gerais (1.696.518 casos), Paraná (643.700 casos) e Santa Catarina (363.117). 

Quando se leva em consideração o coeficiente de incidência da doença, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 9.739,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (8.260,1 casos por 100 mil habitantes), Paraná (5.625,2 casos por 100 mil habitantes) e Santa Catarina (4.771,8 casos por 100 mil habitantes).

Opas eleva risco de febre do Oropouche nas Américas para alto

A Organização Pan-Americana da Saúde (OMS), braço da Organização Mundial da Saúde nas Américas (OMS), emitiu neste sábado (3) um alerta epidemiológico de risco alto para a febre do Oropouche no continente.

De acordo com a entidade, a decisão foi tomada em razão de “recentes mudanças altamente preocupantes” nas características clínicas e epidemiológicas da doença, incluindo o registro de casos em localidades fora das chamadas regiões endêmicas. 

Outros fatores levados em consideração para a publicação do alerta de nível alto são as duas mortes por febre do Oropouche confirmadas no interior de São Paulo e a identificação de uma potencial transmissão vertical do vírus (da mãe para o bebê durante a gestação ou parto). A Opas monitora ainda óbitos fetais e casos de recém-nascidos com anencefalia que podem estar relacionados à infecção. 

“Reconhecendo que essas observações ainda se encontram em fases iniciais de investigação e que a verdadeira trajetória da doença ainda é desconhecida, o nível de risco para a região foi ampliado para alto”, destacou a entidade. 

“Tudo isso baseado nas informações atuais e disponíveis, com um nível moderado de confiança e com bastante cautela”, completou a Opas. 

Critérios

De acordo com o documento, os critérios considerados para atualizar o nível de risco regional para a febre do Oropouche incluem risco potencial para a saúde humana. A apresentação clínica do vírus na maioria dos casos varia de leve a moderada com sintomas autolimitados que, geralmente se resolvem em sete dias. Apesar das complicações serem raras, casos esporádicos de meningite séptica foram documentados. Mais recentemente, dois casos de mortes associadas ao vírus foram deportadas no Brasil em meio a um surto da doença no país. Essas mortes respondem pelos primeiros casos fatais associados à doença no mundo.

Para a decisão, a organização também considerou a transmissão vertical do vírus, que está sob investigação. No dia 12 de julho, o Brasil informou a Opas sobre potenciais casos de transmissão vertical da febre do Oropouche e suas consequências. No dia 30 de julho, cinco potenciais casos de transmissão vertical do vírus haviam sido reportados no Brasil, incluindo quatro casos de morte fetal e um caso de aborto espontâneo no estado de Pernambuco, além de quatro casos de recém-nascidos com microcefalia nos estados do Acre e do Pará. As investigações estão em andamento.

A Opas também lista o risco de propagação da doença, contextualizando que, entre 1° de janeiro e 30 de julho de 2024, 8.078 casos confirmados haviam sido reportados em pelo menos cinco países das Américas, incluindo Bolívia (356 casos), Brasil (7.284 casos), Colômbia (74 casos), Cuba (74 casos) e Peru (290 casos). No Brasil, 76% dos casos foram registrados na Amazônia.  

Brasil

De acordo com a Opas, pelo menos 10 estados brasileiros fora da região amazônica já confirmaram transmissão autóctone ou local da febre do Oropouche, alguns de forma inédita para a doença. “Essa informação sugere que, no último trimestre, casos foram reportados em novas áreas e em novos países, sinalizando a expansão do vírus pelas América”.

“Desde a sua identificação, em 1955, o vírus causou surtos em diversos países da América do Sul e da região amazônica, em grande parte por conta do vetor Culicoides paraensis, do potencial vetor Culex e seus hospedeiros, como preguiças e primatas.”

“O risco de propagação de vetores e, consequentemente, da transmissão da febre do Oropouche está aumentando em razão das mudanças climáticas, do desmatamento, da urbanização descontrolada e não planejada e de outras atividades humanas que afetam o habitat e favorecem a intervalos entre vetor e hospedeiro. Até o momento, não há evidência de transmissão do vírus entre humanos”, concluiu a Opas.

Engenheiro da “estaca zero” de Brasília preferia anonimato, diz filha

Com a roupa tomada de terra e suor, sobre o cavalo ou no caminhão, o engenheiro goiano Joffre Mozart Parada trabalhava sem parar. No dia a dia para viabilizar a nova capital do Brasil, o profissional, que era o chefe da equipe de topografia da Novacap, não via tempo ruim. Nascido em Vianópolis, em Goiás, foi ele o responsável por colocar a “estaca zero” como marco do terreno de início da construção de Brasília. 

A engenheira Thelma Párada fica feliz com o reconhecimento ao trabalho do pai. Foto:  Maria Eduarda Lima/Agência Ceub

Na última semana, a história foi reconhecida depois que, durante uma obra viária na capital, a estaca reapareceu na área de um viaduto entre a Asa Norte e a Asa Sul, e que simboliza o marco zero da capital.  Os trabalhos do engenheiro ficaram menos famosos, segundo a filha, Thelma Parada, porque o pai preferia o anonimato. “Ele era muito tímido. Quando apareciam fotos, até se escondia. Ele gostava muito de ficar atrás da máquina e ser o fotógrafo”, afirma a filha, de 69 anos, que também é engenheira. Ele morreu, no ano de 1976, perto de completar 52 anos, após um infarto.

Desapropriações

Thelma explica que o pai ficou responsável por ir até as fazendas, a partir do ano de 1955 (cinco anos antes da inauguração de Brasília), para fazer as desapropriações. A esposa dele, Mercedes, o acompanhava e fazia as anotações.  “Ela vinha com ele para as cidades próximas e trabalhava diariamente para ajudá-lo. E ele não parava o dia inteiro”. Como gostava mais de trabalhar do que falar, o engenheiro era discreto até no dia a dia. “O primeiro abraço forte que ele me deu foi o dia em que eu passei no vestibular para engenharia. Ele vibrou muito e me chamou de colega”.

Joffre, segundo recorda a filha, teve responsabilidade em adequar o projeto original do Plano Piloto, de Lúcio Costa, que se assemelhava a uma cruz. “Sob a sugestão do papai, ele passou a arquear as ‘asas’ do Plano Piloto para evitar inundações com as águas do Lago Paranoá”.

“Compulsivo”

As homenagens à memória de Joffre, no entender da filha, têm relação com uma maior conscientização em resgatar as histórias da cidade, que completou 64 anos em abril. “As pessoas já estão mais preocupadas com a história. Ele faleceu ainda no regime militar”. Depois do golpe de 1964, o engenheiro pensou em deixar Brasília. “Ele estava muito triste e decepcionado e pediu licença do trabalho”. A própria família não sabia mais sobre as motivações porque ele “não era de falar” sobre esses temas em casa.

Área superior da Rodoviária de Brasília. na interseção das asas Norte e Sul, cortada pelo Eixo rodoviário de Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Todos estranharam porque o engenheiro era considerado inventivo e um workaholic (trabalhador compulsivo”. “Sábado e domingo lá em casa era cheio de gente. A casa vivia cheia de mapas e pedras e equipamentos ali espalhados em toda a casa.. Como ele fez o levantamento de todo o DF, ele conhecia tudo muito bem”. Como era engenheiro de minas, as pessoas levavam pedras diversas para que ele analisasse. A filha não lembra do pai em muitos momentos de diversão. “Parava sempre apenas para assistir ao jornal na televisão”.

A filha avalia que o trabalho incansável ia além das obrigações profissionais. Ela recorda que o pai era esperançoso com a mudança da capital para ser um local de mais justiça. “Eu mesma só entendi sobre o papel dele para a construção depois que ele morreu, de ser o primeiro engenheiro de Brasília”.

Vôlei de Praia: Carol e Bárbara são eliminadas nas oitavas

Invictas na competição feminina do vôlei de praia em Paris, a dupla Carol Solberg e Bárbara Seixas enfrentou nas oitavas de final a parceria da Austrália, formada por Mariafe Artacho e Taliqua Clancy. As adversárias são as atuais vice-campeãs olímpicas.

Na arena Torre Eiffel, as brasileiras jogaram bem no primeiro set e conseguiram abrir vantagem de 10 a 6. As australianas tentavam diminuir a diferença, mas Carol e Bárbara seguiram liderando o marcador. Com boas defesas, saque forçado e se aproveitando dos erros do time do Brasil, a dupla da Austrália chegou ao empate na reta final da parcial. O equilíbrio se manteve com as duas equipes se alternando na frente. Bárbara e Carol salvaram três set point, mas não conseguiram evitar a vitória australiana por 24/22, na quarta oportunidade de fechar o set.

A segunda parcial começou com as australianas fazendo muitas defesas e aproveitando os contra-ataques. Dessa maneira elas logo abriram vantagem em 4 a 1. As brasileiras não conseguiram manter o ritmo do set anterior. Com isso, as adversárias administraram a vantagem e foram ameaças em poucos momentos no restante da parcial. Mariafe e Clancy fecharam o set em 21/14 e o jogo em 2 sets a 0, eliminando a dupla do Brasil.

André e George

Mais cedo, a dupla brasileira André e George deu adeus ao torneio olímpico, após perder para a dupla da Alemanha, formada por Nils Ehlers e Clemens Wickler por 2 sets a 0, parciais de 21/16 e 21/17. Ainda neste domingo, às 16h, no horário de Brasília, a dupla Evandro e Arthur jogam as oitavas de final contra os holandeses Van de Velde e Immers.

Nesta segunda-feira (5), também às 16h, é a vez de Ana Patrícia e Duda tentarem uma vaga nas quartas de final diante da dupla do Japão formada por Akiko e Ishii.

Maduro e opositores celebram manifestações de rua na Venezuela

Depois de um sábado (3) de protestos na Venezuela, tanto o presidente Nicolás Maduro como os principais nome da oposição María Corina Machado e Edmundo González foram às redes sociais comemorar os atos de seus apoiadores pelas ruas.

A manifestação dos que defendem a reeleição de Maduro ocorreu em frente ao Palacio Miraflores, em Caracas, capital do país. Foi chamada por eles de Grande Marcha Nacional pela Defesa da Paz (Gran Marcha Nacional por la defensa de la Paz). O nome do ato é uma referência à ideia defendida pelo atual presidente de que a oposição escolheu o caminho da violência e planeja um ataque nas ruas.

“Hoje, brilhou a bandeira nacional com suas oito estrelas por todo o país, o estandarte que levou a liberdade pela América do Sul. Viva o Tricolor Nacional!”, escreveu o presidente nas redes sociais.

Maduro ainda não fez nenhuma menção direta às manifestações de opositores, que o acusam de ter sido reeleito de maneira fraudulenta. Nas redes sociais, o candidato Edmundo González reiterou que se considera o vencedor das eleições e disse que os protestos contra Maduro são uma forma do povo exigir o reconhecimento desse resultado.

“Os venezuelanos expressaram claramente a vontade deles em 28 de julho com o nosso triunfo eleitoral. Hoje, a Venezuela unida saiu, sem medo, em paz e em família, a exigir que se respeite sua decisão nas urnas. Conseguiremos que a sua decisão seja respeitada e iniciaremos a reinstitucionalização da Venezuela”, escreveu o candidato.

A líder da oposição María Corina Machado acusou o governo de Maduro de reprimir brutalmente aqueles que contestam o resultado das eleições. E disse que os protestos na rua são uma resposta contra o governo.

“Depois de seis dias de repressão brutal, acreditaram que iam nos calar, parar ou atemorizar. Vejam a resposta. Hoje, a presença de cada cidadão nas ruas da Venezuela demonstra a magnitude da força cívica que temos e a determinação de chegar até o final”, escreveu Corina.

Até agora, pelo menos 20 pessoas foram mortas nos protestos depois da eleição, de acordo com o grupo de defesa de direitos Human Rights Watch. Outras 1,2 mil foram presas em conexão com as manifestações, segundo o governo.

Fiocruz inicia 56 novos projetos de saúde integral em favelas do RJ

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou esta semana 56 novos projetos de saúde integral em favelas do Rio de Janeiro. As ações ocorrem em parceria com instituições da sociedade civil e representam uma ampliação do plano iniciado em 2021. Os investimentos até agora são de R$ 22,2 milhões em 146 projetos, em 33 cidades do estado. Cerca de 385 mil pessoas já foram beneficiadas.

Em evento na sexta-feira (2), representantes das organizações sociais selecionadas pela chamada pública receberam orientações sobre cronogramas e processos para execução dos projetos, assim como painéis sobre a participação das instituições parceiras.

Nos próximos meses, estão previstas ações de treinamento profissional em saúde, atividades ligadas à saúde mental, projetos para o desenvolvimento da agroecologia, iniciativas de comunicação e informação com foco em arte e cultura, produção de diagnósticos sociais das políticas e dos serviços de saúde em favelas que integram o plano.

“O diálogo estreito da Fiocruz com os territórios é fundamental para a sustentabilidade dessas ações e para a construção de um sistema de saúde com participação social. Essas comunidades não são apenas beneficiárias, mas verdadeiras parceiras, cujas experiências guiam o desenvolvimento de estratégias eficazes e adaptadas às suas necessidades”, disse Mario Moreira, presidente da Fiocruz.

As ações de saúde integral nas favelas receberão R$ 5,6 milhões. Cerca de 55% das propostas foram elaboradas por organizações que não haviam participado do primeiro edital realizado pelo Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, em 2021.

“A entrada das novas instituições fortalecerá ainda mais a descentralização das ações. Com a ampliação dessa rede sociotécnica poderemos produzir uma avaliação substanciada desse impacto. A ampliação da participação da sociedade civil na saúde nas favelas deve ser pensada no planejamento de políticas públicas com foco na redução das desigualdades na saúde e em outras áreas”, disse o coordenador-executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ – Fiocruz/UFRJ/Uerj/PUC-Rio/Abrasco/SBPC/Alerj, Richarlls Martins.

A Fiocruz destaca o aumento de atividades em algumas cidades do estado: 15 nas favelas de Niterói, oito nas de São Gonçalo, sete nas de Duque de Caxias, cinco nas de Mesquita e quatro em Itaguaí e Belford Roxo.

Também haverá uma estratégia específica para a elaboração de um Plano Integrado de Saúde na Favela da Rocinha. O projeto vai mapear ações de vigilância popular em saúde no território e produzir um documento que possa subsidiar ações coordenadas entre a gestão pública de saúde e a sociedade civil.