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Autora de livro que inspirou Portela celebra homenagem às mães negras

“Saravá, Kehinde.
Teu nome vive.
Teu povo é livre.
Teu filho venceu, mulher.
Em cada um de nós.
Derrame seu axé”.

No trecho do samba-enredo da Portela, Luís Gama, famoso advogado e abolicionista do século 19, celebra a história de luta da mãe. Africana escravizada ainda criança e trazida para o Brasil, Kehinde comprou a própria liberdade e participou de revoltas que deixaram um legado importante para o povo negro.

O desfile da escola carioca na Sapucaí traz uma nova perspectiva do romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, lançado em 2006, e que também dá nome ao samba-enredo. No livro, a mãe escreve uma carta para o filho que está perdido há décadas. O samba traz a resposta emocionada do filho. Uma história aprovada e elogiada pela escritora.

“Eu achei muito bonito. O samba-enredo não é exatamente uma adaptação do livro. É uma conversa com a história que está sendo contada no livro, adaptada para uma realidade que a gente vive no país até hoje. Vai ser uma grande homenagem às mães negras, principalmente àquelas que, por vários motivos, não puderam criar seus filhos. Algo que a gente vê desde a escravidão”, disse Ana Maria Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

No romance, Kehinde, que assume o nome Luísa no Brasil, vive e testemunha experiências extremas de sequestro, escravidão, violência, estupros e mortes. Consegue voltar para a África em determinado momento da vida, mas nunca esquece do filho, vendido como escravo, de quem não tem mais notícias. Já idosa, cega e à beira da morte, decide voltar para o Brasil para encontrá-lo. 

Segundo a autora, levar parte dessa história para a Sapucaí é uma oportunidade de apresentar novos olhares e narrativas sobre a história da população negra no país.

“A maioria dos carnavalescos é branca. E ao falarem da história do povo negro no Brasil, muitos acabavam apresentando questões muito estereotipadas. Eu, como mulher negra, estava extremamente cansada de ver apenas sofrimento na avenida. Ao se falar de escravidão ou de negro, só a parte ruim se destacava. Era navio negreiro, chicotada, castigo. E a gente tem muito mais a apresentar e a falar da nossa história”, defende Ana Maria.

“É muito importante Um defeito de cor estar na avenida através da Portela, a escola mais antiga, a mãe de todas as escolas de samba, com dois carnavalescos negros que sabem do que estão falando. Torço para que tenha um grande sucesso e a gente possa contar cada vez mais com essa união de literatura e escola de samba nos próximos anos”, complementa a escritora.

 A escritora Ana Maria Gonçalves durante gravação do programa Trilha de Letras, da TV Brasil, na biblioteca da Maison de France, centro da cidade. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Literatura e samba

No carnaval deste ano, pelo menos cinco escolas de samba do Grupo Especial buscaram inspiração na literatura na hora de montar as composições. Além da Portela, esse também foi o caminho escolhido por Salgueiro, Grande Rio, Porto da Pedra e Imperatriz Leopoldinense. Para Ana Maria Gonçalves, os dois lados têm muito a ganhar com essa união de letras e melodias.

“O samba vai fazer com que mais pessoas se interessem em ler o livro. A literatura ganha por conseguir formar um público leitor que a gente não alcançaria se não fosse através do samba, da música e do carnaval. E o carnaval ganha com a possibilidade de renovação das histórias que vêm contando. E principalmente, ao trazer histórias como a do livro Um Defeito de Cor, que falam do povo negro do Brasil”, disse a autora.

Desde que foi informada sobre o tema da Portela, Ana Maria Gonçalves passou a se envolver intensamente com a escola. Presenciou a escolha do samba e participou de quase todos os ensaios, que aconteciam de duas a três vezes por semana. E decidiu desfilar em uma das alas da agremiação. Ela sempre amou samba e acompanhou o carnaval carioca, mas nunca torceu para uma escola específica. Mas depois de todo esse processo, não teve jeito, se apaixonou pela Portela.

Além do orgulho de ver a própria obra como referência de um samba-enredo, a escritora acredita que o desfile pode ser um passo importante para formar novos leitores e ampliar o alcance de pautas sociais fundamentais para o desenvolvimento do país.

“A literatura é uma das artes mais elitistas, principalmente no Brasil. Uma grande parte da população não consegue comprar livros, porque são muito caros. Existe um mito de que o público mais simples ou mais pobre não quer ter acesso à literatura. Isso é uma grande mentira”, disse Ana Maria. 

“Acredito que o samba vai ajudar a popularizar uma série de pautas que a gente vem tratando em meios como a literatura, e pode chamar a atenção de outros carnavalescos. Popularizar a literatura é um dos grandes sonhos de todo escritor contemporâneo, que conta as histórias que eu conto”, acrescenta.

Bastidores do Carnaval: os trabalhadores que constroem a folia no Rio

 

Quando chega o momento de desfilar na Sapucaí, um item é fundamental para os integrantes de uma escola de samba: os calçados. Ninguém quer chegar ao fim da avenida, depois de mais de uma hora de apresentação, com bolhas e dores nos pés. Além do conforto, é levada em consideração a beleza da peça, principalmente para estrelas que atraem mais olhares, como passistas, musas e destaques.

Pedro Alberto produz sapatos há 60 anos – Reprodução TV Brasil

Nesse ponto é que entra em cena o sapateiro Pedro Alberto, que há 60 anos produz sandálias para diferentes agremiações do carnaval carioca. Salto, palmilha, plataforma. Tudo é feito por ele, que se orgulha de construir um material sólido e seguro, reforçado para evitar qualquer tipo de problema no Sambódromo. Certa ocasião, a sandália de uma rainha de bateria quebrou no meio do desfile e tentaram acusar Pedro. Prontamente, várias pessoas se colocaram em defesa do sapateiro e avisaram que o produto quebrado não tinha sido feito por ele.

Uma reputação construída há décadas, desde que era pequeno e aprendeu o ofício na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, onde Pedro nasceu e vivia com a família.

“Eu tinha 7 anos. Levava almoço para o meu pai e conheci uma senhora no ponto do ônibus. Aí, ela pediu para eu levar almoço para o marido dela na fábrica de sapatos. Comecei a ganhar meu dinheirinho, fui olhando aquele negócio na fábrica e gostando”, lembra Pedro Alberto. “Quando eu tinha 9 anos e meu irmão, 11, um senhor começou a ensinar para a gente. Mais ou menos com 10 anos, eu já montava uma traseira de sapato, e o meu irmão montava a frente do sapato”.

Quando perdeu o pai, Pedro Alberto decidiu ir para o Rio de Janeiro em busca de mais oportunidades de trabalho, para ajudar a família. Tinha 15 anos na época. Com a ajuda de amigos, produziu calçados para integrantes do bloco Cacique de Ramos e depois passou a Portela. Foi na escola que se tornou mais conhecido e virou um dos principais sapateiros. Apesar do sufoco, acumulou experiência, clientes e um nome de prestígio. Gosta de reforçar que produziu as sandálias das três últimas rainhas do carnaval que foram campeãs.

Chegou a montar uma fábrica, que fazia entre 2 e 3 mil pares em um mês. Hoje, o trabalho é diferente. Um negócio menor, com seis pessoas na equipe, mas com clientela especial e produção personalizada.

“Na Beija-Flor, por exemplo, eu tenho 20 e poucos anos de trabalho. Faço até hoje os sapatos e botas dos mestres-sala e porta-bandeiras. Dificilmente, vou sair das escolas de samba. A Imperatriz foi a última campeã. A sandália da rainha de bateria foi feita aqui, também dos mestres-sala e porta-bandeiras. A presidente mandou fazer muito sapato aqui. Foi muito bacana, fomos campeões junto com eles. É muito bom isso, porque nosso amor vai crescendo cada vez mais.”

Entre cortes e costuras

Edmilson Lima finaliza uma de suas criaçõe – Reprodução TV Brasil

Para que tudo aconteça com sucesso na Sapucaí, milhares de trabalhadores ficam nos bastidores preparando a festa. Algumas dessas histórias são contadas na série Trabalhadores do Carnaval, produzida pela TV Brasil.

Além do sapateiro Pedro Alberto, existem outros profissionais que garantem a confecção das fantasias. É o caso de figurinistas como Edmilson Lima, que há 43 anos cria trajes e acessórios que se destacam na avenida. Para que isso acontecesse, ele precisou de coragem para abandonar o antigo emprego e se dedicar ao que sempre gostou de fazer.

“Com 18 ou 19 anos, eu trabalhava em uma empresa de aço. Não tinha nada a ver comigo, me sentia prisioneiro, sufocado ali. Venho de uma família de costureiros e já tinha o dom para isso. Um dia, recebi convite para um trabalho com figurino de carnaval. Lá, vi uma cabeça de fantasia que poderia ser mudada e transformada. No outro dia, uma pessoa responsável viu o que fiz e ficou encantada”, conta Edmilson.

O figurinista ressalta que o trabalho exige estudos constantes, principalmente com ampliação dos conhecimentos em história. Edmilson cita como exemplo o processo de construção de trajes indígenas e egípcios, em que precisou pesquisar detalhes culturais, estéticos e sociais do passado. E também há a preocupação de atualizar os saberes a cada ano, uma vez que carnavalescos e artistas precisam estar sempre inovando para sua escola se destacar na Sapucaí.

“Os carnavalescos expressam uma vontade. Aí, você sugere a escolha de materiais diferentes. Se a roupa é futurista, tem que procurar algo que que dê um brilho mais high-tech [alta tecnologia]. Se está muito complexo para fazer, procuramos um material mais lúdico, uma coisa mais maluca que ninguém nunca usou. Tipo vamos jogar em cima uma luz escondida para dar um efeito diferente”, explica Edmilson. “É uma profissão que eu consegui abraçar de um jeito que me preenchesse e me desse muita satisfação.”

Estruturas

Nildo constrói estruturas que sustentam sambistas – Reprodução TV Brasil

A criatividade e o trabalho pesado estão presentes nos calçados, nas fantasias, mas também nos carros alegóricos que cruzam a Sapucaí. Nildo Paris é ferreiro e participa do processo de construção das estruturas e engenharias que sustentam os sambistas e a decoração nos veículos. O processo todo leva em média sete meses e envolve profissionais de diferentes áreas na linha de montagem.

A partir de um chassi de caminhão ou de ônibus, surgem os carros alegóricos. Trabalhada a estrutura mecânica, é feita a adaptação do chassi, para que consiga aguentar o peso das alegorias. E são os ferreiros que vão fazer o alongamento do chassi.

“Todo ano tem novidade. Não é só com a engenharia manual, mas fazendo a junção da engenharia manual com o motor e a parte robótica. É uma junção de ideias. O carnavalesco passa o projeto, a gente troca uma ideia, vê o que é melhor para a escola, o resultado do trabalho, da peça que ele quer. Até chegar no resultado positivo.”

Ao lado de Nildo, em média, 60 ferreiros que trabalham na produção das estruturas. É um grupo que acumula a experiência de participar de duas grandes festas do país: o carnaval carioca e o Festival de Parintins, município no interior do Amazonas. Enquanto, no Norte do país, são dois concorrentes, o Boi Garantido e o Boi Caprichoso, no Rio de Janeiro, 12 escolas entram na disputa. Destas, quatro vão desfilar neste ano com peças e material construídos pelo grupo de ferreiros.

Dessa forma, os ferreiros podem se sentir parte importante do intercâmbio tecnológico e cultural entre o Norte e o Sul do país. O trabalho deles se conecta com toda uma engrenagem coletiva que dá vida a duas das principais festas do país.

 “A mesma técnica afinada que usamos em Parintins, aplicamos aqui no Rio também. O acabamento, a parte de estrutura, a engenharia. Há um intercâmbio cultural e de engenharia entre as cidades de Parintins e do Rio de Janeiro”, diz Nildo. “O conhecimento vem dos dois lados. A gente traz do Amazonas e depois leva do Rio. É uma troca de artes, que dá um resultado maravilhoso na Avenida”, enfatiza.

Putin diz que não quer extender conflito na Ucrânia em entrevista a Tucker Carlson

Putin e Carlson

10 de fevereiro de 2024

 

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou numa entrevista que a Rússia lutará pelos seus interesses, mas que não tem interesse em estender o conflito na Ucrânia a outros países como a Polônia e a Letônia.

Putin fez o comentário em uma entrevista de mais de duas horas com o ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson, a primeira com um jornalista norte-americano desde antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, há quase dois anos.

Questionado se poderia imaginar um cenário em que enviaria tropas russas para a Polônia, membro da OTAN, Putin respondeu: “Apenas num caso, se a Polônia atacar a Rússia. Porquê? Porque não temos interesse na Polônia, na Letônia ou em qualquer outro lugar. Por que o faríamos? Simplesmente não temos interesse.”

A entrevista aconteceu em Moscou na terça-feira e foi ao ar no tuckercarlson.com.

Putin falou em russo e seus comentários foram dublados em inglês. Começou com longos comentários sobre as relações da Rússia com a Ucrânia, a Polônia e outros países.

O presidente russo aproveitou a entrevista para exortar Washington a reconhecer os interesses de Moscou e a persuadir a Ucrânia a sentar-se à mesa de negociações.

Putin também observou que a Rússia está disposta a negociar uma possível troca de prisioneiros que libertaria o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, que foi detido em março passado sob acusações de espionagem que ele nega.

“Ele foi detido em flagrante quando obtinha secretamente informações confidenciais”, disse Putin sobre Gershkovich, acrescentando que não descarta que o repórter possa retornar ao seu país.

“Não há tabu para resolver o assunto”, disse ele. “Estamos prontos para resolver, mas há certas condições que estão sendo discutidas entre os serviços especiais. Acho que um acordo pode ser alcançado.”

“Estamos entusiasmados em ver o desejo da Rússia de chegar a um acordo que traga Evan para casa e esperamos que isso leve à sua rápida libertação e ao retorno à sua família e à nossa redação”, disse o jornal em resposta.

A maior parte da entrevista, divulgada quinta-feira, girou em torno da Ucrânia. Putin repetiu as suas afirmações de que a sua invasão do país foi necessária para proteger a população de língua russa na Ucrânia e evitar que se tornasse uma ameaça para a Rússia ao aderir à OTAN.

Putin referiu-se à recusa do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em negociar com o Kremlin. Ele alegou que cabe a Washington parar de fornecer armas à Ucrânia e convencer Kiev – que chamou de “satélite” dos Estados Unidos – a sentar-se para negociar.

“Nunca nos recusamos a negociar”, declarou Putin. “Eles deveriam dizer ao atual governo ucraniano para parar e vir para a mesa de negociações.”

Putin alertou que o Ocidente nunca conseguirá infligir um “revés estratégico” à Rússia na Ucrânia, e rejeitou as acusações de que Moscou está a tramar planos para atacar a Polônia e outras nações.

 

Nicarágua concede asilo ao ex-presidente do Panamá, Martinelli

Ricardo Martinelli

10 de fevereiro de 2024

 

O governo do Panamá rejeitou um pedido de viagem do ex-presidente do país, Ricardo Martinelli, que pretendia exilar-se na Nicarágua após ser condenado a mais de 128 meses de prisão.

Martinelli, que está na embaixada da Nicarágua no Panamá alegando motivos políticos e suposta perseguição contra ele, pretendia viajar para Manágua, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

O Ministério das Relações Exteriores ressaltou que qualquer declaração emitida pelo ex-presidente Martinelli “que tenha impacto na política interna do Panamá, será considerada uma ingerência nos assuntos internos” do país e, portanto, gerará “consequências diplomáticas”.

Horas antes de ser anunciada a decisão, Martinelli recebeu seu filho Luis Enrique Martinelli Linares na embaixada da Nicarágua na Cidade do Panamá, onde está asilado há dois dias.

Martinelli Linares veio visitar seu pai junto com Luis Eduardo Camacho, porta-voz da família, que afirmou que “se as garantias processuais fossem respeitadas no Panamá, ninguém teria que sair do país”. “Infelizmente não existe justiça no Panamá”, concluiu o jurista.

O governo da Nicarágua concedeu asilo na quarta-feira a Martinelli, depois do presidente se ter declarado “perseguido por motivos políticos” e que a sua vida estava supostamente em risco.

Martinelli apareceu um dia depois na CNN alegando que no Panamá “havia uma ditadura” e que era perseguido politicamente por aspirar à presidência.

 

Ameaçada de privatização, mídia pública sofre intervenção de Milei

O presidente da Argentina, Javier Milei, decretou a intervenção na mídia pública da Argentina nessa semana. O decreto exonerou a direção colegiada que dirigia as emissoras e veículos públicos de comunicação do país e, no lugar, colocou interventores nomeadores diretamente pelo governo.

Ao permitir a reformulação das estruturas das emissoras e portais públicos, a medida abre caminho para privatização dessas empresas, sendo essa uma das promessas de campanha do ultradireitista Milei. Apesar da intervenção, é necessária autorização legislativa para consolidar a venda das companhias.

O professor de comunicação da Universidade de Quilmes, na Argentina, Guillermo Mastrini, avalia que o governo, mesmo sem maioria no parlamento, tem condições de aprovar a privatização da mídia pública, desde que Milei consiga permanecer no cargo. 

“Esses meios [públicos] não são populares na Argentina. Infelizmente, a mídia pública não tem muito respaldo social. Acho que há muitas possibilidades [de privatização]. Não é meu desejo que sejam privatizados, mas eu acho que é muito provável que, se ele consegue manter-se no governo e ficar por um tempo, as mídias sejam privatizadas”, destacou.

 Professor de comunicação da Universidade de Quilmes, Guillermo Mastrini avalia que o governo tem condições de aprovar a privatização da mídia pública Foto: Guillermo Mastrini/Arquivo Pessoal

Ao justificar o decreto, o governo afirmou que ele é necessário para “otimizar a eficácia e eficiência das ações” da mídia pública argentina. Entre os poderes dos interventores, está o de “operar e manter as sociedades de modo a manter a gestão administrativa com objetivo de tornar sustentáveis ditas empresas”.

Em protesto contra a intervenção, a Federação Argentina dos Trabalhadores de Imprensa (Fatpren) afirmou que a medida é autoritária, viola a legislação do país e revela a intenção de privatizar a mídia pública. Para a Federação, o decreto coloca em risco a “pluralidade de vozes que sustentam o sistema informativo do país que hoje, sem uma agência como Telám ou sem a Rádio Nacional ou sem a TV Pública, estaria sujeito aos desejos dos meios privados e seus interesses econômicos.” 

Entre os canais de mídia pública Argentina alvos da intervenção, estão a agência de notícias Telám, o portal Educ.Ar, a Rádio y Televisión Argentina (RTA), que inclui a Rádio Nacional da Argentina e a TV Pública do país, e a empresa Contenidos Públicos, que controla diferentes emissoras.

Mídia Pública

Inspirada no modelo de comunicação pública da Europa, a mídia pública na Argentina, assim como em outros países da América Latina, surge com a promessa de oferecer à população um conteúdo que, por não ter interesse comercial envolvido, não seria oferecido pela mídia privada, explicou o professor Mastrini.

“Quando você analisa a mídia comercial, as redes privadas, é a voz de São Paulo, Rio de Janeiro e, no caso da Argentina, de Buenos Aires. Quase ninguém mais tem visibilidade na mídia. A mídia pública é uma mídia que, como não tem objetivo de lucro, tem a possibilidade de mostrar às pessoas que não formam parte dos centros econômicos”, destacou.

Outra função seria o de dar voz às minorias sociais que, por serem minorias, “elas não vão receber programação que procure atender as suas necessidades de comunicação.”

O problema, segundo Mastrini, é que na Argentina a mídia pública desenvolveu um caráter oficialista, sem autonomia em relação ao Executivo, não importando quem seja o presidente.

“O principal problema [da mídia pública argentina] é sua filiação política que não tem independência do governo. E esse é um problema que, historicamente, desacreditou as emissoras públicas e acho que é uma das razões, não a única, mas é uma das razões de sua baixa audiência”, explicou.

Ao contrário da mídia estatal, que divulga a visão do governo sobre os fatos, a mídia pública deve, em tese, ter pluralidade de fontes, inclusive com a apresentação de opiniões divergentes.

“Se a mídia fosse verdadeiramente pública, ela deveria oferecer uma informação balanceada que permita à cidadania complementar os pontos de vista das distintas posições que existem na sociedade a respeito dos conflitos políticos. Mas isso, ao menos na América Latina, não acontece”, acrescentou.

O professor de comunicação da Universidade de Quilmes, Guillermo Mastrini, avalia que parte da população é da opinião de que os meios públicos são caros e que, como acreditam que nunca vão consumir esse conteúdo, não devem se opor à privatização.

De outro lado, existe um grupo, que ele acredita ser minoritário, ao defender que é preciso preservar essa mídia com a ideia que algum dia ela venha a ser “verdadeiramente pública”. “Se você privatiza é muito difícil depois fazer de novo, criar de novo”, concluiu.

Brasil

No Brasil, o artigo 223 da Constituição Federal determina que o serviço de radiodifusão deve observar o princípio da complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal. Em 2007, com objetivo de atender a essa determinação constitucional, foi criada a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que, além da Agência Brasil, administra a TV Brasil e as rádios EBC, como a Rádio Nacional e a Rádio Nacional da Amazônia.

O artigo 2º da lei da EBC determina que a empresa deve observar o princípio da “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”. Além disso, a empresa deve garantir “participação da sociedade civil no controle da aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, respeitando-se a pluralidade da sociedade brasileira.

Em setembro de 2016, após a destituição da presidenta Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer editou medida provisória (MP) acabando com o mandato do diretor-presidente da empresa e extinguindo o Conselho Curador, órgão responsável, entre outras coisas, por zelar pelo caráter público da comunicação feita pela EBC. No lugar, a MP de Temer instituiu um Comitê Editorial que, até o momento, não foi instalado.

Durante o mandato de Jair Bolsonaro, a EBC entrou no plano de privatizações do governo, chegando a ser considerada até mesmo a extinção da companhia.

Com o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a EBC saiu do plano de privatizações. Em outubro de 2023, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República criou um Grupo de Trabalho (GT) para discutir a participação social na comunicação pública.

“O anúncio de formação desse GT é um alento depois de tanto tempo de espera pela retomada da EBC de fato pública. Mas precisamos garantir a participação da sociedade nessa discussão”, disse Akemi Nitahara, representante dos trabalhadores no Conselho cassado em 2016. “É a participação social que garante que os interesses da sociedade serão levados em conta na produção dos conteúdos”, acrescentou.

Rio: governo aplica repelente contra dengue em foliões, no Sambódromo

Equipes do governo fluminense, munidas de repelentes para espantar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, receberam, nessa sexta-feira (9), os foliões que aproveitaram a primeira noite de desfiles das escolas de samba da Série Ouro, na Marquês de Sapucaí. A ação faz parte da campanha “Contra a Dengue Todo Dia” e objetiva aproveitar o palco do maior espetáculo da Terra para conscientizar a população sobre a necessidade de combater a proliferação do mosquito.

Até a última quinta-feira (8), foram registrados 31.133 casos prováveis de dengue em todo o estado. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebeu três notificações de óbitos dos municípios, sendo um a capital do estado, um em Mangaratiba e um em Itatiaia. Em 2023, foram 51.494 casos e 30 óbitos confirmados.

Além de proteger e conscientizar o público nas arquibancadas, a campanha da SES amplifica o alcance da mensagem “10 minutos que salvam vidas”, que orienta as pessoas para combater os focos do ‘Aedes aegypti’ existentes nas residências, onde estão 80% dos criadouros das larvas do mosquito.

Apoio da população

A secretária estadual de saúde, Claudia Mello, explicou que a partir de dezembro de 2023, quando foi percebido pelo órgão um aumento atípico de casos de dengue para essa época do ano, estão sendo treinados médicos dos 92 municípios do estado e das emergências e UPAs da rede estadual para atendimento a pacientes com suspeita de doença, dando suporte aos municípios com equipamentos, insumos e montagem de salas de hidratação e, usando a tecnologia para monitoramento dos casos. “Mas é fundamental contarmos com o apoio da população no combate ao mosquito dentro de casa, porque é lá que está a maior parte dos focos do Aedes aegypt, destacou a secretária.

A aposentada Alilia Costa Gomes foi uma das primeiras foliãs no Sambódromo a aplicar o repelente nas pernas e nos braços. “Não posso pegar dengue de jeito nenhum. Faço tratamento de câncer e não tinha me lembrado de passar o repelente antes de sair. A ideia foi nota dez. Estão de parabéns”, afirmou.

Outra que aprovou a iniciativa da SES foi a chilena Valesca Vargas. Quando saiu do Chile com o marido e dois filhos para curtir o carnaval no Rio de Janeiro, Valesca não sabia do aumento de casos de dengue no estado. “Temos mesmo que nos proteger, principalmente as crianças. É muito bom que vocês façam essa distribuição. Não sei se os turistas vêm pra cá com repelente”, disse a estrangeira.

Continuidade

A ação prossegue neste sábado (10), segunda noite de apresentações das escolas de samba da Série Ouro, bem como nos desfiles do Grupo Especial, no domingo (11) e segunda-feira (12), dias em que também desfilarão pela pista uma faixa com a mensagem “10 minutos que salvam vidas” e uma ambulância “fantasiada” com a identidade visual da campanha. Além de oferecer repelente para os espectadores, a campanha do governo do estado na Sapucaí conta com vídeos educativos exibidos em nove telões espalhados pelo Sambódromo.

Plano Estadual

Em 26 de janeiro deste ano, o governador Cláudio Castro e a secretária Claudia Mello lançaram o programa Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!, que envolve o uso de tecnologia, qualificação e apoio aos 92 municípios do estado, totalizando investimento de R$ 3,7 milhões.

Foram comprados equipamentos e insumos que estão sendo distribuídos aos municípios com maior incidência de casos, para a montagem de até 80 salas de hidratação, que terão capacidade para atender, ao todo, até 8 mil pacientes por dia. Além disso, a SES está treinando 2 mil médicos de emergências e profissionais de saúde dos 92 municípios para garantir o diagnóstico mais preciso e o tratamento correto, como também a capacitação no atendimento às gestantes infectadas. Um total de 160 leitos de nove hospitais de referência do estado poderá ser convertido, inicialmente, para tratamento da dengue, como foi feito na pandemia da covid-19.

Flamengo entra em campo no sábado de Carnaval pelo Carioca

O Flamengo entra em campo neste sábado de Carnaval (10) para enfrentar o Volta Redonda em partida atrasada da 3ª rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca. O Rubro-Negro joga no gramado do estádio do Maracanã, a partir das 16h (horário de Brasília), com a intenção de assumir a vice-liderança da classificação.

Caso vença a partida, que terá transmissão da Rádio Nacional, a equipe da Gávea chegará aos 15 pontos, ultrapassando o Nova Iguaçu, que tem 14 pontos, e ficando a dois do líder Fluminense.

Para tentar somar os três pontos, o técnico Tite poderá contar com a estreia do lateral uruguaio Viña, que acaba de ser contratado junto à Roma. Porém, a tendência é de que Ayrton Lucas inicie na lateral-esquerda. Com isso, Tite deve mandar a campo a seguinte formação: Rossi; Varela, Léo Pereira, Fabrício Bruno e Ayrton Lucas; Pulgar, Arrascaeta, De la Cruz e Gerson; Pedro e Everton Cebolinha.

Últimos ajustes para a partida diante do Volta Redonda! 🔴⚫️

Vamos, Mengão! #VamosFlamengo #CRF

📸: Gilvan de Souza /CRF pic.twitter.com/7YrhYpkiS3

— Flamengo (@Flamengo) February 9, 2024

Para o confronto com o Volta Redonda, a maior dúvida está no aproveitamento de Pedro ou de Gabriel Barbosa no comando de ataque. Após a vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo, alcançada graças ao faro de gol do zagueiro Léo Pereira, o técnico Tite comentou o momento do atacante Pedro, que vem sendo questionado pela falta de gols: “A torcida deu apoio. Ela estava até um pouco impaciente pelo resultado. Temos que entender a reação da torcida. Às vezes tocava uma bola de lado e ela [torcida] reclamava. Reclamava aqui atrás do banco. Mas não dá para perder a consciência, que vai sair de qualquer jeito e fazer o gol. Por isso que falo para os atletas terem maturidade. Vai dando crédito. Titularidade é a sequência de jogos que dá. São os momentos de cada um. Pedro tem sido o goleador”.

Mas o treinador também deixou aberta a possibilidade de usar Gabriel Barbosa no ataque: “Gabi, da mesma forma, tem a possibilidade de como usamos, em algum momento estratégico, os dois desde o início. Usamos os dois [contra o Audax]”.

Para o Volta Redonda a partida é uma oportunidade de pontuar e continuar sonhando com a classificação para a próxima fase da competição. Com oito pontos, o Esquadrão de Aço pode assumir a 5ª posição da classificação em caso de vitória, ficando apenas um ponto do Vasco, o 4º colocado.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Flamengo e Volta Redonda com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Rodrigo Ricardo. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Servidores do BC paralisarão atividades nos dias 20 e 21

Em operação padrão desde dezembro de 2023, os servidores do Banco Central (BC) paralisarão as atividades em 20 e 21 de fevereiro, na volta do carnaval. Em assembleia realizada nesta sexta-feira (9), a categoria rejeitou a proposta do governo de conceder reajuste de 13%, parcelado para 2025 e 2026.

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), 97% dos presentes à assembleia desta sexta-feira aprovaram o indicativo de greve escalonada. A primeira paralisação, de 48 horas, ocorrerá nos dias 20 e 21.

De acordo com o Sinal, o governo não atendeu às principais reivindicações dos servidores do BC, como a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma “retribuição por produtividade institucional”, semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal.

Além de aprovarem o indicativo de greve, os servidores decidiram entregar imediatamente os cargos comissionados. A devolução inclui cargos de gerências e diretorias. Segundo o Sinal, a medida pretende “provocar uma asfixia operacional e burocrática no órgão, como forma de pressionar o governo a atender às demandas da categoria”.

A categoria reivindica um reajuste de 36% e reestruturação da carreira. 

Questionado pela Agência Brasil, o BC não informou se a mobilização afetará o funcionamento de serviços essenciais do órgão, como as atividades de fiscalização e o funcionamento do Pix.

Anvisa alerta sobre produtos não regularizados para fins cosméticos

Cílios postiços e unhas artificiais marcam presença nos looks da moda, sobretudo, em temporada de pré-carnaval e carnaval. Porém, o uso incorreto de cola para fixar esses itens pode colocar em risco a saúde de olhos e peles dos usuários.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alerta de segurança (GGMON 01/2024) destacando perigos relacionados ao uso indevido de colas do tipo instantâneas – não regularizadas – como cosméticos, em procedimentos de beleza e aplicação de  cílios postiços.

O alerta foi motivado por relatos feitos pela Vigilâncias Sanitárias locais à Anvisa sobre reações alérgicas e irritação ocular associadas ao uso indevido de colas instantâneas para fixar cílios e unhas postiças.

Este é o primeiro alerta deste tipo emitido pelo órgão de regulação. “Atenção! O uso desses produtos pode causar danos graves à saúde, incluindo cegueira, uma vez que não são testados para contato com pele, unhas ou olhos”, informa o texto da Anvisa.

A orientação da agência serve tanto para consumidores, como para profissionais do segmento de beleza. “É de extrema importância que consumidores de produtos cosméticos e profissionais de salões de beleza e de clínicas de estética não façam uso desse tipo de cola instantânea para fins de embelezamento, visando prevenir riscos graves à saúde, incluindo danos permanentes à visão”, comunica o alerta da Anvisa.

Segundo a Anvisa, os produtos mais citados nas notificações que, originalmente, são destinados a aplicações não cosméticas, são: Cola Instantânea Super Bonder, Adesivo Instantâneo 793-TekBond e Adesivo Instantâneo em Gel Three Bonde Super Gel.

A instituição afirma que os produtos mencionados e similares de alta fixação são destinados a aplicações específicas e não devem ser utilizados para fins estéticos ou de embelezamento. “Não arrisque sua saúde usando colas instantâneas não regularizadas como cosméticos”, informa a Anvisa.

Recomendações

A agência recomenda a imediata suspensão do uso desses produtos e incentiva que profissionais e consumidores apliquem apenas produtos cosméticos regulamentados pela Anvisa.

Em caso de complicações indesejadas decorrentes do uso dessas colas instantâneas extra fortes, os consumidores devem procurar assistência de um profissional de saúde.

Os problemas devem ser comunicados à Vigilância Sanitária local, do município ou do estado, para a devida investigação. A Anvisa também deve ser notificada. “A colaboração ativa de todos é fundamental para diminuir os riscos e garantir a segurança da população”, avalia a agência.

Notificações

Qualquer cidadão com Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) pode fazer uma reclamação, seja em seu próprio nome ou em nome de terceiros, à Anvisa. Mas, é preciso ter conta de acesso no portal gov.br do governo federal.

O cidadão deve registrar a notificação no sistema e-Notivisa e responder o formulário online. O internauta precisa descrever as razões para a reclamação. O sistema encaminhará um e-mail ao fabricante ou distribuidor responsável pela comercialização do produto para que possa analisar o problema.

A Anvisa esclarece,  ainda, que os dados pessoais do reclamante não são compartilhados com empresas. No caso de empresas e profissionais da saúde, a comunicação de agravos é realizada em outro sistema, o Notivisa, após realização de cadastro necessário.

As informações ajudarão a Anvisa a tomar medidas de proteção à saúde coletiva.

Regina Casé

Na nota pública sobre a emissão do alerta, a Anvisa relembrou incidente envolvendo a atriz Regina Casé, que sofreu uma lesão química na córnea, em dezembro de 2023, devido ao uso de uma cola de cílios postiços.

De acordo com relato da artista na própria rede social, ela disse que um pedaço da cola aplicada ficou presa na córnea e resultou no ressecamento do olho, que parou de lubrificar. O médico que a atendeu classificou o caso como grave. “Tive um troço muito brabo no olho […] Dois dias eu fiquei sem enxergar, tudo embaçado. Lavava o olho, fazia tudo e não enxergava. Fiquei desesperada, foi um pesadelo”, relatou a atriz. 

Produtos de beleza podem oferecer riscos à saúde da mulher – foto – Pixabay

Consulta

Em caso de dúvidas se uma cola pode ou não ser usada, a Anvisa disponibiliza um site para consulta de todos os cosméticos regularizados na agência. Para busca, o interessado deve procurar no rótulo do produto o número do processo Anvisa, que funciona como identidade do produto.

O número sempre começa com os números 25351 e segue o modelo “25351.XXXXXX/20XX-YY”. Se não encontrar o registro ali, o uso do produto é desaconselhado e deve ser suspenso.

Para mais esclarecimentos, a Anvisa tem outros canais de atendimento pelo site e pelo telefone 0800 642 9782. A ligação é gratuita para todo o Brasil, disponível das 7h30 às 19h30, de segunda a sexta-feira, exceto feriados.

Netanyahu rejeita plano de cessar-fogo do Hamas

7 de fevereiro de 2024

 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou na quarta-feira um plano oferecido pelo Hamas para acabar com a guerra em Gaza, prometendo, em vez disso, avançar com os ataques.

O líder israelense descartou uma oferta do Hamas para o fim de quatro meses de combates acompanhados por uma libertação em quatro meses e meio de cerca de 100 reféns detidos pelo Hamas em troca de centenas de palestinos presos por Israel. Mas a oferta do Hamas também apelava aos militantes para que mantivessem o controle governamental do estreito território ao longo do Mar Mediterrâneo e o direito de reconstruir a sua capacidade militar.

“Estamos a caminho de uma vitória absoluta. Não há outra solução”, disse Netanyahu em entrevista coletiva após reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Autoridades de saúde do Hamas em Gaza dizem que a contra-ofensiva de Israel matou mais de 27.500 pessoas e deslocou cerca de 2 milhões de habitantes de Gaza das suas casas.

Diversos críticos de Netanyahu dentro de Israel e no exterior o tenham criticado por não ter um plano definitivo para governar Gaza quando a guerra terminar. Ele rejeitou a existência de um Estado Palestino, contrariando a comunidade internacional.