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Expansão do Pé-de-Meia beneficiará mais 1 milhão de estudantes

O governo federal anunciou nesta sexta-feira (2) a ampliação do programa Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio de escolas públicas e cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e tenha renda per capita de até meio salário mínimo. Atualmente, o benefício abrange apenas estudantes de escolas públicas que fazem parte do Programa Bolsa Família. 

Com a expansão, cerca de um milhão de novos estudantes serão beneficiados. As mudanças também contemplarão alunos da educação de jovens e adultos (EJA).

O anúncio foi feito durante evento em Fortaleza (CE) com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente defendeu a importância da aplicação de recursos para a educação no Brasil e convocou os jovens presentes na cerimônia a não desistirem da escola e sonharem com a conquista de qualquer realização profissional por meio da educação. 

“Estudar é quase que uma coisa sagrada para um pai e uma mãe. Para nós, a maior herança que a gente pode deixar para o nosso filho é educá-lo, formá-lo cidadão ou cidadã, dar a ele uma profissão, para que ele possa trabalhar, e pelo seu trabalho, ter um salário digno e decente para cuidar da sua família. Essa é a grande paixão de qualquer pai e qualquer mãe”.

Ele destacou que os recursos alocados em educação não são gastos, são investimento. “Enquanto eu puder colocar dinheiro na educação, é proibido qualquer ministro meu utilizar a palavra gasto. Eu vou gastar se tiver que fazer cadeia, prisão, para colocar essa juventude abandonada. Educação é investimento”, disse o presidente. 

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a sensibilidade do governo federal de promover o Pé-de-Meia, diante do fato de que cerca de meio milhão de estudantes abandonam a escola pública no Ensino Médio a cada ano. “Esse programa vem para dizer aos estudantes brasileiros que nós não queremos nenhum aluno fora da escola pública deste país. Porque somente através da educação a gente tem condições de transformar vidas. Não há nenhuma saída para o país e para a sociedade se desenvolver, gerar oportunidades, se não for através da educação”, reforçou.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, disse que, com o programa de incentivo, será possível avançar ainda mais na educação a nível regional. “Em 2023, a maior participação no Enem do país foi do Ceará. E os nossos alunos fizeram história neste ano, com o maior resultado da nossa história. Ingressaram no ensino superior, saindo da escola pública do Ceará, 22,5 mil jovens do Ceará”, informou.

Expansão

De acordo com o Ministério da Educação, os novos contemplados começam a receber o Pé-de-Meia a partir de agosto. Já os alunos de EJA receberão o benefício em setembro, com o início do semestre letivo nessa modalidade de ensino.

Criado para garantir a continuidade e frequência escolar dos jovens de baixa renda, o programa concede incentivo mensal de R$ 200 ao estudante, que pode ser sacado em qualquer momento, além de depósitos deR$ 1 mil ao final de cada ano concluído com aprovação, que só podem ser retirados da poupança após a formatura no ensino médio.

Atualmente, o programa é voltado a estudantes de escolas públicas beneficiários do Bolsa Família. Desde o primeiro semestre de 2024, 2,7 milhões de jovens já receberam o incentivo.

CNC: mulheres se preocupam mais com consumo sustentável do que homens

No Brasil, as mulheres manifestam mais preocupação com o consumo sustentável do que os homens. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta sexta-feira (2). O estudo buscou compreender de que forma aspectos ambientais, sociais e econômicos influenciam o comportamento do consumidor.

Com o título de Pesquisa Consumo Consciente – Visão do consumidor 2024, a iniciativa envolveu uma consulta on-line com 1.019 pessoas. A coleta dos dados foi realizada no fim de outubro do ano passado em 320 cidades, de todas as regiões do país. Os entrevistados responderam a um questionário sobre o tema. Os resultados foram desagregados por gênero, classe social, faixa etária, escolaridade e localização geográfica.

Entre as mulheres, 36% afirmaram que deixam de comprar produtos de vendedores ou fabricantes com práticas nocivas ao meio ambiente, 39% disseram rejeitar empresas envolvidas em escândalos de desrespeito aos empregados e 38% recusam marcas envolvidas em fraudes ou corrupção. Já entre os homens, foram registrados percentuais mais baixos em todos os três tópicos: 33%, 38% e 36%, respectivamente.

O público feminino também é mais propenso a realizar muitas pesquisas de preços antes de realizar uma compra: 67% das mulheres afirmaram ter esse hábito. Entre os homens o índice foi 61%.

Os participantes foram indagados sobre quais seriam as principais preocupações para a adoção de um consumo consciente. A ordem das respostas mais assinaladas foi similar entre as mulheres e os homens, com leves diferenças nos percentuais.

A lista foi encabeçada pela redução da poluição e pela utilização dos recursos naturais de forma responsável, citadas respectivamente por 61% e 58% das consumidoras e por 60% e 57% dos consumidores. Em terceiro lugar, aparecem as questões trabalhistas das marcas, lembrada por 55% das mulheres e 56% dos homens. Além disso, 54% de ambos os gêneros mencionaram a redução do impacto na flora e fauna.

Os entrevistados também responderam quais as atitudes mais adotadas em linha com um consumo consciente. As respostas mais citadas foram a compra de produtos em refil para reutilizar embalagens, a compra de produtos que podem ser reaproveitados, o uso racional dos recursos naturais como energia elétrica e água, a preferência por produtos feitos de materiais recicláveis, a recusa em comprar de empresas com escândalos de desrespeito aos empregados e a separação do lixo reciclável em casa.

Os resultados da pesquisa indicam ainda que as certificações socioambientais – como Produtos Orgânicos Brasil, Selo FSC, ISOs, NBRs, Selo Procel, e Selo Empresa Amiga da Criança – são importantes para a maioria dos ouvidos. Elas foram consideradas relevantes para 58%, sendo extremamente relevantes para 21%.

De outro lado, cerca de 70% dos consumidores consultados não consideraram que a compra de produtos piratas ou falsificados seja um hábito que prejudica a economia. Eles também consideram que a prática está relacionada com a baixa conscientização e educação sobre o assunto.

De acordo com o relatório da pesquisa divulgada pela CNC, foi constatado crescente interesse dos consumidores pela sustentabilidade, o que impõe a construção de uma pauta para a tomada de decisão dos empresários. Ainda há, no entanto, obstáculos para que a sustentabilidade seja adotada de forma mais ampla nas práticas de consumo. “No Brasil, 51% dos consumidores consideram as opções sustentáveis muito caras, e em segundo lugar, para 46%, há dificuldade com a disponibilidade limitada de produtos sustentáveis”, diz o relatório.

Segmentação social e regional

Entre os dados segmentados por classe social, observa-se que os consumidores da faixa de renda média mensal domiciliar entre R$ 900,60 e R$ 1.965,87 são os mais preocupados em pesquisar preços. A prática é reivindicada por 67% das pessoas desse grupo. Para as demais faixas de renda, o percentual é mais baixo, variando entre 63% e 65%.

Ao mesmo tempo, a compra por impulso é mais frequente entre as populações com menor renda. Nas faixas C, D e E, que vão até a média mensal domiciliar de 1.965,87, esse comportamento é relatado por 8% dos consumidores. Na faixa C+, esse percentual é de 6% e nas faixas A e B de 5%.

Cerca de 29% dos entrevistados dizem não ser nem muito econômico e nem muito gastador. Na segmentação por classe social, esse índice variou entre 25% e 31%.

Já no recorte por região geográfica, nota-se que os consumidores nordestinos são os mais preocupados em realizar pesquisas antes de fazer uma compra. Esse hábito é assumido por 68%. De outro lado, a população que registra o maior percentual de pessoas que admitem comprar por impulso está no Sul: o comportamento é relatado por 9% dos consumidores da região.

Dados específicos do varejo

A pesquisa, cuja íntegra está disponibilizada no portal eletrônico da CNC, também apresentou dados específicos envolvendo alguns segmentos do varejo. Houve análises para os comércios de roupas e acessórios; eletroeletrônicos; produtos de limpeza; alimentação e bebidas; higiene pessoal e beleza; lazer e turismo; e instituição de ensino.

No consumo de alimentos e bebidas, por exemplo, 25% declararam preferência pela produção comunitária, 21% a embalagens recicláveis ou biodegradáveis e 17% a produtos orgânicos. Já em relação aos itens de higiene e beleza, 26% afirmaram dar preferência a produtos com certificação de bem-estar animal, os quais atestam que não houve uso de animais em testes. Na escolha dos produtos de limpeza, a busca por embalagens de refil foi mencionada por 47%.

Para 55% dos entrevistados, as práticas sustentáveis são relevantes na escolha do destino turístico. De outro lado, 51% afirmaram não estarem dispostos a pagar sobretaxas nas passagens aéreas para compensar a emissão de gases do efeito estufa, enquanto 38% aceitariam pagar se obtivessem mais informações sobre as medidas adotadas. Os outros 11% dizem que já costumam pagar taxas extras voltadas para a sustentabilidade da aviação.

Internações de idosos por covid-19 aumentam no Nordeste, AM e SP

O Amazonas, São Paulo e alguns estados do Nordeste registraram, nas últimas semanas, aumento de internações por covid-19 entre idosos. A informação está no novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (2) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Apesar da expansão, o boletim adverte que as internações causadas pela doença se mantêm em patamares baixos, comparativamente ao histórico observado durante a pandemia. Os pesquisadores orientam que os hospitais reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento significativo na disseminação do vírus.

De acordo com Fiocruz, o estudo apurou também aumento das internações por influenza A entre os idosos em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, embora já exista sinal de interrupção do crescimento em outros estados do Centro-Sul. O boletim se refere à Semana Epidemiológica (SE) 30, de 21 a 27 de julho, e se baseia nos dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 de julho.

Em relação ao vírus sincicial respiratório (VSR), foi verificada que a interrupção do crescimento ou a redução do número de internações em crianças até 2 anos está mais consolidada em diversas regiões do país. Entretanto, Santa Catarina e Roraima ainda apresentam indícios de expansão.

O aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na Bahia e Piauí pode estar relacionado, principalmente, ao crescimento das internações por rinovírus entre crianças e adolescentes. No país, de modo geral, o InfoGripe aponta sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Essa diminuição é atribuída a uma queda ou interrupção no crescimento da SRAG por VSR e influenza A em muitos estados do país, embora os casos ainda estejam em ascensão em outras unidades federativas. O vírus VSR se mantém como a principal causa de internação e óbitos em crianças até 2 anos de idade, ainda que demonstre queda nas últimas semanas, aponta o estudo.

Outro vírus respiratório com destaque para a incidência de SRAG em crianças é o rinovírus. A mortalidade da SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças pequenas e idosos. Entre os idosos, destacam-se as mortes associadas ao vírus da gripe, influenza A e da covid-9.

Unidades federativas

De acordo como Boletim InfoGripe, três das 27 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo. São elas Bahia, Piauí e Roraima. A pesquisadora do Programa de Computação Cientifica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella informou que a atualização observou manutenção do aumento das internações por influenza A entre os idosos em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, apesar de já haver sinal de interrupção do crescimento em outros estados do Centro-Sul.

Tatiana disse que, em relação ao VSR, a interrupção do crescimento ou a redução do número de internações em crianças até 2 anos está mais consolidada em diversas regiões do país. Contudo, os estados de Santa Catarina e Roraima ainda apresentam sinal de aumento. “O aumento de casos de SRAG na Bahia se deve, principalmente, ao aumento das internações por rinovírus entre crianças e adolescentes. Ainda não é possível determinar o vírus associado ao crescimento de casos de SRAG no Piauí, mas, levando em conta o cenário nacional e a faixa etária mais afetada (5-14 anos), é possível que esse aumento também seja decorrente do rinovírus”, afirmou Tatiana.

Em relação aos casos de SRAG por Sars-CoV-2, há incidência maior em crianças pequenas, enquanto a mortalidade tem sido mais elevada entre idosos a partir de 65 anos, sendo esta a segunda maior causa de óbitos por SRAG nessa faixa etária. Porém, os impactos em termos de hospitalizações e, também, de óbitos são inferiores aos observados atualmente para os vírus VSR e rinovírus em crianças, e influenza A em idosos.

Entre as capitais, quatro mostram ampliação nos casos de SRAG: Salvador, Teresina, Vitória e Florianópolis. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,9% para influenza A; 1,1% para influenza B; 33,1% para VSR; e 11,7% para Sars-CoV-2 (covid-19). Quanto aos óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 38,6% para influenza A; 1,7% para influenza B; 13,3% para VSR; e 27,8% para Sars-CoV-2.

Ano epidemiológico

No ano epidemiológico de 2024, já foram notificados 104.734 casos de SRAG, sendo 51.108 (48,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório e 40.247 (38,4%) negativos. Pelo menos, 7.555 casos aguardam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 19,3% são influenza A; 0,5%, influenza B; 44,4%, vírus sincicial respiratório; e 18,1%, Sars-CoV-2.

Vela: Martine e Kahena adiam sonho do tricampeonato olímpico em Paris

O sonho do tricampeonato olímpico na vela para dupla Martine Grael e Kahena Kunze foi ficando cada vez mais distante ao longo das competições da classe 49er FX. No fim das disputas, as brasileiras terminaram na oitava colocação no geral. Esta é a primeira vez que elas ficam de fora do pódio em Jogos Olímpicos.

Nesta sexta (2) o barco do Brasil foi um dos 10 que participaram da corrida da medalha, a medal race, a regata final que define os medalhistas na vela. Mas, por conta das atuações irregulares nas regatas anteriores, mesmo que vencesse a medal race, a dupla já não tinha chances de alcançar o pódio. Martine e Kahena até tiveram um bom desempenho, terminando a regata em quinto lugar, e terminaram a competição com 112 pontos perdidos. Na vela, o vencedor é o time que perder menos pontos ao longo das regatas. O ouro ficou com a dupla da Holanda, formada por Odile Van Aanholt e Annette Duetz, que perderam um total de 76 pontos. A prata foi para Suécia, com Vilma Bobeck e Rebecca Netzler. A parceria da França, composta por Sarah Steyaert e Charline Picon, conquistou a medalha de bronze.

Desde o início das competições, no último domingo (28), até a regata de medalha desta sexta (2), Martine e Kahena participaram de um total de 13 provas. E sofreram com um desempenho irregular, especialmente nas primeiras regatas. A dupla, inclusive, foi desclassificada na quarta corrida. Na reta final, ensaiou uma recuperação, e conquistou um segundo lugar na regata anterior à medal race. Mas nem essa boa colocação foi suficiente para recolocar as brasileiras na briga pelo pódio.

Martine Grael e Kahena Kunze competem juntas desde 2013 e formam uma das parcerias de maior sucesso na história da classe 49er FX da vela. Elas conquistaram o bicampeonato olímpico nas edições do Rio (2016) e de Tóquio (2021). Elas colecionam ainda um ouro (2014) e outras cinco medalhas na classe 49er FX.em campeonatos mundiais.

A velejadora brasileira atleta Gabriella Kidd entrou em ação nesta sexta-feira (2) na classe ILCA feminino – Wander Roberto/COB/Direitos Reservados

Outros brasileiros 

Hoje (2) foi dia da estreia da classe 470. A dupla Isabel Swan e Henrique Haddad ocupa a 15ª posição após duas regatas. Na classe ILCA 6, Gabriela Kidd é a 15ª colocada após duas regatas. No windsurf masculino, Mateus Isaac é o 16º colocado faltando quatro regatas para o fim da primeira fase. Na categoria ILCA 7, Bruno Fontes é apenas o 29º colocado após quatro regatas.

No sabado (3) tem a estreia da classe NACRA 17, com João Bulhões e Marina Arndt. No domingo (4), é a vez de Bruno Lobo estrear na fórmula kite (kitesurfe) masculina. E na classe 49er para homens, a dupla Marco Grael e Gabriel Simões terminou na 19ª posição geral e não participou da regata da medalha.

Ecad distribuiu R$ 817,6 milhões em direitos autorais no 1º semestre

Mais de 315 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos receberam, no primeiro semestre deste ano, R$ 817,6 milhões em direitos autorais, aumento de 31% em comparação ao mesmo período de 2023. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Os segmentos relacionados à música no mercado audiovisual impulsionaram a distribuição dos rendimentos em direitos autorais de execução pública. Quarenta e sete por cento do total distribuído foram provenientes dos segmentos de TV’s aberta e fechada (29%), streaming (transmissão de conteúdos online) de vídeo (14%) e cinema (4%).

A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, assegurou que os resultados apontam a relevância do audiovisual, mercado em que o consumo digital via streaming cresce com as novas produções cinematográficas e chegada de novas plataformas de vídeo e áudio.

“Ele tem sido de fundamental importância para quem vive da música. Com empenho de nossas equipes, avançamos nas negociações de contratos e do pagamento dos direitos conexos para remunerar intérpretes, músicos e produtores fonográficos, além do direito de autor. Tanto que tivemos as primeiras distribuições de direitos autorais da Apple TV e do Kwai neste primeiro semestre, com os acordos de direitos conexos, o que mostra que estamos no caminho certo”. Isabel acredita, entretanto, que ainda há muito a avançar porque não são todas as empresas e plataformas digitais que reconhecem os direitos conexos.

Tiveram também participação relevante nos resultados do Ecad, no primeiro semestre deste ano, os segmentos de rádio (16%), shows (13%) e streaming de áudio (11%).

Distribuição

Do montante de valores distribuídos em direitos autorais de janeiro a junho, 78% foram destinados aos detentores de direito autoral (compositores e editores) e 22% para os direitos conexos (intérpretes, músicos e produtores fonográficos). Os compositores e artistas nacionais receberam em torno de 75% dos valores distribuídos, enquanto os estrangeiros ficaram com 25%.

Na divisão por categorias de titulares de música nacionais e estrangeiros, aproximadamente 50% dos valores foram destinados a autores, 28% a editores, 10% para produtores fonográficos, 10% para intérpretes e 2%, músicos.

No primeiro semestre de 2024, o Ecad distribuiu mais de R$ 107 milhões em direitos autorais no segmento de shows a compositores, alta de 22% em comparação a 2023. Apesar desse crescimento em termos de direitos autorais, o número de ‘shows’ processados pelo Ecad este ano, em que os promotores entregaram os roteiros musicais, mostrou queda de 27%. De janeiro a junho de 2024, foram processados 14.596 shows realizados no país, contra 19.951 shows, em igual período de 2023.

Para o Ecad, o mercado de shows é fundamental para quem vive da música, em especial para os autores que têm suas músicas tocadas em eventos e festivais no país. De acordo com Isabel Amorim, essa é uma forma de os autores receberem por suas criações musicais, já que nem sempre sobem aos palcos e, por isso, não recebem o cachê musical, que é destinado às apresentações musicais de artistas e bandas.

Campanha

Com o objetivo de apoiar a classe artística, o Ecad está intensificando campanha com as empresas patrocinadoras de festivais, para conscientizá-las de que associar sua marca a um festival ou evento inadimplente com os direitos autorais de música pode impactar negativamente sua reputação.

Isabel Amorim citou a Lei dos Direitos Autorais (9.610/98) e reforçou que o objetivo do Ecad é convidar as marcas para que reforcem o compromisso com a responsabilidade social e com o alto investimento que fazem na música. “Como as empresas procuram estar sempre alinhadas e comprometidas aos princípios ESG (ambiental, social e governança), é importante que verifiquem se os eventos que patrocinam cumprem com a legislação brasileira, que dá aos compositores e artistas o direito de receber por suas criações musicais”, indicou a superintendente do Ecad.

Valdileia Martins se classifica à final do salto em altura em Paris

O Brasil abriu o primeiro dia de competições do atletismo no Stade de France com a classificação da paranense Valdileia Martins à final do salto em altura nos Jogos de Paris. Nesta sexta-feira (2), a brasileira ultrapassou o sarrafo com a marca de 1,92 metro de altura, diante do estádio lotado. Valdileia garantiu a 11ª colocação entre as 12 que avançaram à final, de um total de 32 competidoras. No entanto, a participação dela ainda é incerta na decisão por medalhas no domingo (4), a partir das 14h55 (horário de Brasília).

“Eu estava treinando super bem. Antes de eu viajar para cá na segunda-feira, eu fiz um treino e quebrei o recorde em treinamento, saltei 1,93 m, então eu estava realmente pronta para o resultado. Era acreditar no meu potencial e não ficar nervosa por ser uma competição tão grande, com público muito grande. Isso poderia interferir no resultado, mas eu entrei na prova com a cabeça muito boa, eu estou muito bem mentalmente este ano. Então, se não passei de primeira, passava de segunda. No 1,95 m, coloquei um pouco mais de força do que deveria e acabei torcendo o meu pé. Mas eu estou super contente com o resultado, é o resultado que eu imaginava, foi tudo como o planejado. Eu treinei para sair na Olimpíada. Acho que foi um feito muito grande. Eu e o Dino [técnico Dino Aguiar] estamos muito felizes com o que a gente conquistou até agora”, detalhou Valdileia, em depoimento à Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Segundo nota da CBAt, após avaliação com o médico André Guerreiro, a atleta iniciou um tratamento intensivo com medicamentos e fisioterapia para se recuperar da entorse no tornozelo e saltar na final. Segundo o especialista, Valdileia apresenta dor no local e edema moderado.

Ao alcançar a altura de 1,92m, Valdileira igualou o recorde brasileiro, estabelecido há 35 anos por Orlane Maria dos Santos. Em maio deste ano, a saltadora de 34 anos já conquistara ouro inédito no Campeonato Íbero-Americano, em Cuiabá, com a marca de 1,88m.

Na primeira prova do decatlo, Balotelli somou 938 pontos ao concluir o percurso em 10s66, seu melhor tempo da carreira – Wagner Carmo/CBAt/Direitos Reservados

Outros resultados

Outros brasileiros competiram nesta sexta (2) no Stade de France. O pernambucano José Fernando Santana, conhecido pelo apelido de Balotelli disputou três das cinco provas do decatlo (100m rasos, salto em distância e arremesso do peso). Na corrida dos 100m rasos, que abre o decatlo, o atleta já somou os primeiros 938 pontos, ao cruzar a linha de chegada em 10s66, seu melhor tempo na carreira.  Até o momento ele ocupa a 16ª colocação geral (2.536 pontos), entre 24 competidores. Ele ainda compete nesta sexta (2) nas provas do salto com vara, o salto em altura e nos 400m rasos. No domingo (4), a partir das 5h, ele conclui a competição de decatlo com as séries dos 110m com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1.500m rasos.

Na disputa feminina dos 100m rasos, Vitória Rosa e Ana Carolina Azevedo não se classificaram às semifinais. Vitória encerrou a prova em 12s02 (68ª colocada) e Ana Carolina Azevedo em 11.32 (35ª).

Atletas mães veem “mudança cultural” na Olimpíada de Paris

Embora a maternidade já tenha sido vista como incompatível com uma carreira no esporte de alto rendimento, mães que também são atletas olímpicas têm mostrado que os velhos estereótipos estão enfraquecendo no judô à esgrima, passando pelo basquete e outras modalidades.

Com a mudança dos ventos para quem viaja para a Olimpíada com crianças, a ex-velocista norte-americana Allyson Felix fez uma parceria com a marca Pampers para estabelecer a primeira creche para filhos de atletas.

Felix, maior medalhista do atletismo na história dos Jogos Olímpicos, com 11 pódios, disse à Reuters que as instalações podem nivelar as chances entre os atletas com muitos recursos à disposição e aqueles sem acesso a tal condição.

“Estamos falando sobre (atletas de) países que podem ser muito pequenos e sem recursos. Sabemos o quão caro é”, disse Felix, que retomou sua carreira competitiva após ser mãe pela primeira vez em 2018.

Ela afirmou que houve avanços desde que revelou, há cinco anos, que romperia com a patrocinadora Nike, depois de a empresa ter cortado seu pagamento quando ela engravidou.

“Houve uma mudança cultural”, afirmou. A creche reflete a crescente necessidade de recursos para os Jogos, com atletas desafiando os velhos estereótipos sobre mães esportistas.

Isso está muito evidente na cidade de Lille, onde a jogadora de basquete norte-americana Breanna Stewart afirmou que havia mais crianças do que nunca na sua delegação: “Falando em nome das mães, especialmente aquelas que estão aqui na Olimpíada, queremos ser grandes em ambas as funções”, disse Stewart, que disputa sua terceira edição dos Jogos. “Só queremos continuar mudando os padrões, mudando a narrativa.”

A filha da jogadora, Ruby, nasceu por meio de barriga de aluguel, menos de 48 horas após o time dos EUA ganhar o ouro nos Jogos de Tóquio. A atleta e sua esposa, a ex-jogadora espanhola Marta Xargay, tiveram mais um filho, Theo, no ano passado.

Torcedores em Paris aprovaram a presença de mães competindo em alto nível: “As carreiras não precisam acabar quando você tem um bebê, e isso é lindo”, afirmou a francesa Auriane Sanchez, de 21 anos, que assistiu à compatriota Clarisse Agbegnenou conquistar o bronze no judô, na terça-feira.

A judoca, que deu à luz sua filha em 2022, liderou uma campanha para que o Comitê Olímpico Francês providenciasse quartos de hotel para atletas que estejam amamentando.

“É incrível voltar assim depois da gravidez. Uma pequena menina que eu ainda estou amamentando. É doido. Posso ficar orgulhosa de mim mesma. Colocarei a medalha no pescoço da minha filha”, disse.

A judoca brasileira Natasha Ferreira, que adotou seu filho há sete anos, quando tinha 18, afirmou ter aprovado a ajuda que recebeu em Paris.

“Os atletas já precisam ser muito disciplinados e, quando você tem um filho, você tem que ser ainda mais disciplinada para poder ter tempo de qualidade”, disse. “Foi muito bom ter meu filho comigo na Olimpíada.”

Mesmo sem auditoria, EUA reconhecem vitória da oposição na Venezuela

Os Estados Unidos (EUA) reconheceram a vitória do opositor Edmundo González na eleição da Venezuela mesmo sem que tenham sido feito as auditorias dos resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país. Em resposta, Nicolás Maduro diz que EUA “devem manter o nariz fora da Venezuela”. 

O Departamento de Estado dos EUA usou como base os documentos divulgados pela oposição. A campanha de Edmundo González publicou na internet as atas eleitorais das mesas de votação que eles tiveram acesso e que representariam cerca de 80% do total das urnas. De acordo com esses documentos, González venceu Maduro.

“Os dados eleitorais demonstram de forma esmagadora a vontade do povo venezuelano: o candidato da oposição democrática Edmundo González obteve o maior número de votos nas eleições de domingo. Os venezuelanos votaram e os seus votos devem contar”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinker, nesta quinta-feira (1).

Até então, a Casa Branca não havia defendido a vitória de Edmundo e apenas pedia a publicação dos dados detalhados de cada uma das 30 mil mesas de votação do país, o que ainda não foi feito pelo CNE.

“A rápida declaração do CNE de Nicolás Maduro como o vencedor da eleição presidencial não foi acompanhada de nenhuma evidência. O CNE ainda não publicou dados desagregados ou qualquer uma das atas de apuração de votos”, afirmou a nota divulgada pelo órgão estadunidense.

Como o CNE não publicou as atas, o Departamento de Estado dos EUA diz que “a oposição democrática publicou mais de 80% das atas de apuração recebidas diretamente das seções eleitorais em toda a Venezuela. Essas atas indicam que Edmundo González Urrutia recebeu a maioria dos votos nessa eleição por uma margem insuperável”.

O governo do país norte-americano diz ainda que fez “amplas consultas a parceiros e aliados em todo o mundo” e que nenhum deles concluiu que Maduro tenha recebido a maioria dos votos.  

Em resposta ao posicionamento de Washington, o presidente venezuelano afirmou que “os Estados Unidos devem manter o nariz fora da Venezuela, porque o povo soberano é quem governa na Venezuela, quem dá o tom, quem decide”, segundo a Telesur, veículo estatal do país. 

Recurso

O presidente Nicolás Maduro apresentou na quarta-feira (31) um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pedindo perícia das atas, dizendo estar disposto a apresentar 100% das atas que estão em mãos do PSUV (partido do governo). O STJ convocou todos os dez candidatos para as 3h da tarde (horário de Brasília) desta sexta-feira (2) à comparecem ao Tribunal para iniciar a investigação sobre os resultados do pleito.

Como as atas com os resultados da votação em cada urna são distribuídas aos fiscais de cada partido presentes no local da votação, seria possível conferir os diferentes documentos, que contam com códigos que comprovariam sua veracidade.

A posição dos EUA diverge da do Brasil, Colômbia e México que nesta quinta-feira (1) emitiram nota conjunta pedindo que as autoridades venezuelanas apresentem os dados desagregados da eleição, sem afirmar que nenhum dos candidatos tenha ganho a votação do último domingo (28).

Na madrugada de segunda-feira (29), o CNE divulgou que Nicolás Maduro venceu a eleição com 51,21% dos votos e Edmundo González teria ficado com 44%. Porém, como não foram publicados os dados por mesa, a oposição, observadores internacionais e diversos países tem questionado o resultado.

Basquete: Brasil bate Japão e aguarda resultados para avançar em Paris

Vencer ou ser eliminado. O dilema na última rodada da fase de grupos do basquete masculino valia tanto para Brasil, quanto para o Japão, que jogaram manhã desta sexta-feira (2) no Estádio Pierre Mauroy. As duas equipes acumulavam duas derrotas e fizeram um confronto direto pela sobrevivência no torneio. Os brasileiros levaram a melhor por 102 a 84, 

Agora é preciso esperar para a definição dos classificados à próxima fase. Com uma vitória e duas derrotas, o Brasil é o atual terceiro colocado no grupo B, com 4 pontos e saldo de cestas de -7. Líderes na chave, França e Alemanha já estão garantidas nas quartas de final e o Japão foi eliminado. Os brasileiros têm chances de avançar como um dos melhores terceiros colocados. Para isso, precisam torcer para que a Sérvia vença o Sudão do Sul por uma diferença mínima de dois pontos. A partida, válida pelo Grupo C, ocorrerá no sábado (3), às 16h (horário de Brasília).

FIM DE JOGO! Japão 🇯🇵 84 X 102 🇧🇷 Brasil

O Brasil venceu o Japão no #basquete 👏👏

Para a classificação o #TimeBrasil vai precisar tirar a diferença no saldo de pontos para o terceiro colocado do Grupo A ou do Grupo C.

VAMOS QUE DÁ! 🔥💚💛#Paris2024 #Vivo pic.twitter.com/8etaNvi59K

— Time Brasil (@timebrasil) August 2, 2024

A seleção comandada pelo técnico Aleksandar Petrovic fez um jogo consistente. Liderou o placar por quase toda a partida e soube frear as tentativas japonesas.

A partida teve início com o Japão pulando na frente. Mas logo o Brasil empatou e virou para o marcador para 10-7 com um arremesso de três pontos de Bruno Caboclo. A partir dali, a seleção não perdeu mais a liderança. Contando com as jogadas do habilidoso armador Yuki Kawamura, “baixinho” para os padrões do basquete com 1,72m, os japoneses tentavam encostar no placar. Raulzinho entrou em quadra pela primeira vez nos Jogos de Paris, e ajudou o Brasil a abrir vantagem. No fim do primeiro quarto o Brasil vencia por 31 a 20.

No segundo quarto o Japão melhorou em quadra, mas o Brasil conseguiu se manter na liderança, contando também com boa atuação de Vitor Benite. Uma bola de três convertida por Leo Meindl selou a vantagem e o time brasileiro fechou o primeiro tempo na frente: 55 a 44.

Na volta do intervalo, os japoneses continuaram melhores na partida, tentando a virada. O pivô Josh Hawkinson abusou das bolas de três pontos. O time brasileiro perdeu a efetividade, e as bolas de longa distância insistiam em não cair. Os japoneses diminuíram a desvantagem para apenas dois pontos, com o Brasil na liderança por 75 a 73. Mas a seleção conseguiu segurar os adversários. Dois lances livres convertidos por Yago aumentaram a vantagem para quatro pontos e o terceiro quarto terminou em 77 a 73.

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No último quarto o veterano armador Marcelinho Huertas, de 41 anos, voltou à quadra e comandou a seleção, sendo efetivo nos ataques. Ao mesmo tempo, os japoneses passaram a ter dificuldade para converter as cestas. A três minutos do fim o Brasil abriu 11 pontos na liderança. Depois, foi só administrar a vantagem no placar. Com a vitória na parcial por 25 a 11, o Brasil fechou o jogo em 102 a 84.

Bruno Caboclo foi o principal destaque da seleção brasileira. Foram 33 pontos e nada menos que 17 rebotes, que fizeram dele o cestinha do jogo. A seleção também teve um bom aproveitamento nos arremessos de 3 pontos: foram 17 acertos em 28 tentativas, equivalente a 61% de eficiência. Nesse quesito, Caboclo também se destacou: acertou quatro arremessos em quatro tentativas de longa distância.

Fiscais retiram de circulação 50 toneladas de sabão em pó falsificado

Fiscais de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado do Rio (Procon-RJ) apreenderam cerca de 30 toneladas de sabão em pó falsificado nessa quinta-feira (1º), no Centro de Abastecimento do Rio (Ceasa), em Irajá. No dia anterior, também foram recolhidas 20 toneladas de sabão em pó falsificado. Em dois dias, quase 50 toneladas do produto foram retiradas de circulação.

Os fiscais chegaram até o principal centro de abastecimento do Rio depois de verificar uma denúncia de venda do produto adulterado em um supermercado de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O dono do comércio apresentou uma nota fiscal e explicou que comprou o produto de um distribuidor do Ceasa.

No Ceasa, os fiscais localizaram toneladas do sabão em pó na área de estoque da central de abastecimento. Em outro distribuidor, o representante disse que já tinha separado o sabão em pó para não ser comercializado.

O Procon já tinha recebido informação da indústria produtora de que o sabão em pó original vinha sendo falsificado. Há dois meses, o fabricante ofereceu treinamento aos fiscais do Procon para que eles identificassem com mais facilidade produtos falsificados vendidos no mercado.

Identificação

Com a capacitação, a fiscalização aprendeu a identificar características como ausência da marca d’água na caixa do produto, verificada apenas por luz negra, e a facilidade na abertura das caixas de sabão em pó por estarem coladas de forma manual, após a falsificação. Na verdadeira, a aplicação é feita por pentes aplicadores na linha de produção.

No dia anterior (31), fiscais da Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor (Sedcon) – em ação conjunta com agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial – apreenderam 20 toneladas de sabão em pó falsificado.

Só no Supermercado Megabox, de Olaria, na zona norte do Rio, foram retiradas de circulação 18 toneladas do produto das gôndolas. Foram apreendidos também mais duas toneladas em pequenos mercadinhos na Baixada Fluminense.

O presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho, disse que “o consumidor muitas das vezes não tem conhecimento da origem falsa do produto, sendo atraído por preços mais baratos ou pela aparência similar ao original. O consumidor que adquire um produto falsificado perde dinheiro, pois este não possui a mesma qualidade e durabilidade do original”, avaliou.