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Brasil tem 254 mil casos de chikungunya; doença matou 161 este ano

Com 254.095 casos prováveis no Brasil ao longo de 2024, além de 161 mortes confirmadas e 155 em investigação, a chikungunya começa a adquirir, paulatinamente, expressão e importância nacional. A avaliação foi feita pelo secretário adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, ao comentar o atual cenário de arboviroses no país.

“Felizmente, estamos observando várias semanas – praticamente dez semanas seguidas –, a exemplo da dengue, redução no número de casos”, disse, ao participar de reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília. O coeficiente de incidência da chikungunya no Brasil, neste momento, é de 125,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A maioria das infecções foi registrada entre mulheres (60%). Em relação à raça, pessoas pardas respondem por 66,7% dos casos, seguidas por brancos (24,4%), pretos (7%), amarelos (1,5%) e indígenas (0,2%). As faixas etárias mais afetadas pela doença incluem os grupos de 20 a 29 anos; de 40 a 49 anos; de 30 a 39 anos; e de 50 a 59 anos, respectivamente.

Dados da pasta mostram ainda que o estado de Minas Gerais concentra a maior parte dos casos de chinkungunya (159.844). Em seguida estão Mato Grosso (19.018), Bahia (15.508), Espírito Santo (13.058) e São Paulo (10.667). Já as unidades federativas com menos infecções pela doença são Roraima (36), Amazonas (102), Rondônia (224), Acre (264) e Amapá (322).

O vírus da chikungunya é transmitido pelo mosquito Aedes aedypti, que também é vetor da dengue, da zika e da febre amarela. 

Brasil tem mais de 632 mil crianças em fila de espera por creche

Em todo o Brasil, 632.763 crianças aguardam por uma vaga em creches públicas. Em quase metade dos municípios brasileiros (44%), há crianças em fila de espera para fazer a matrícula na educação infantil. Os dados são do levantamento nacional Retrato da Educação Infantil no Brasil – Acesso e Disponibilidade de Vagas, feito pelo Gabinete de Articulação para a Efetividade da Política da Educação no Brasil (Gaepe-Brasil), composto pela sociedade civil e entidades do poder público, entre elas o Ministério da Educação (MEC).

O estudo reúne informações sobre o acesso da população à educação infantil, que vão auxiliar na criação de um plano de ação voltado à expansão da oferta de vagas nessa etapa de ensino no país.

As conclusões do estudo, realizado entre 18 de junho e 5 de agosto, foram divulgadas na terça-feira (27).

Educação infantil

A educação infantil, com o devido acesso a creches e pré-escolas de qualidade, é um direito de todas as crianças, e a oferta de vagas é obrigação do poder público, ambos previstos na Constituição Federal de 1988 e ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2022.

As creches são destinadas às crianças até os 3 anos de idade, ou que tenham 4 anos, se completados após 31 de março de cada ano, data que estabelece o corte etário para ingresso na pré-escola.

Na pré-escola, a frequência é obrigatória para crianças de 4 e 5 anos de idade ou que tenham 6 anos, completados após 31 de março, quando a criança deve ingressar no ensino fundamental.

Creche

Todos os 5.569 municípios e o Distrito Federal responderam ao levantamento nacional Retrato da Educação Infantil no Brasil – Acesso e Disponibilidade de Vagas, feito em 48 dias.

Dos municípios, 2.445 (44%) têm fila de espera nessa etapa; 7% não fizeram essa identificação de falta de vagas; e 184 (3%) não têm creche, segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2023.

Ao considerar exclusivamente o total de cidades com filas de espera em creches, 88%, 2.160 cidades, relatam que o principal motivo é a falta de vagas.

Na pesquisa, como os municípios puderam marcar mais de um motivo pelos quais os responsáveis não matricularam suas crianças em creches, aparecem outras explicações, como opção dos pais, por entender que as crianças são pequenas demais para ir à creche ou que a primeira infância deve ser vivida em família; desconhecimento sobre o processo de matrícula e de prazos; distância entre a residência e a instituição de ensino; falta de transporte adequado, especialmente, em áreas rurais; incompreensão sobre a importância da educação infantil; mudanças frequentes de endereço da criança.

No registro total das mais de 632,7 mil crianças na fila por vaga em creche por faixa etária, 123 mil (19%) têm até 11 meses de idade; 178,4 mil (28%), 1 ano; 165,4 mil (26%) têm 2 anos; 131,4 mil (21%) têm 3 anos; e 34,3 mil (5%), 4 anos.

Entre as regiões, o Sudeste tem 212,5 mil crianças fora de creches. A região é seguida pelas crianças do Nordeste (124,3 mil); Sul, com 123,3 mil crianças desassistidas; Norte, 94,3 mil; finalizando com o Centro-Oeste, 78,1 mil crianças sem vagas em creches.

Pré-escola

Sobre a pré-escola, em números absolutos há 78.237 registros de crianças que não frequentam essa etapa de ensino, sendo que  50% (39.042) estão nessa situação porque a rede não têm vagas.

Em relação aos municípios, na faixa etária relativa à pré-escola o percentual de crianças que deveriam estar matriculadas é 8%. As principais razões são a não realização da matrícula pelos responsáveis, em sete de cada dez desses municípios; e a falta de vagas, em quatro de cada dez. 

Idade mínima

No Brasil, apenas 11% dos municípios iniciam o atendimento das crianças em creches sem prever idade mínima para ingresso. Nos demais, há idades estipuladas: 52% começam a atender bebês entre 1 mês e 11 meses; 22%, crianças entre 1 ano e 1 ano e 11 meses; 11% entre 2 anos e 3 anos incompletos; e 3% atendem apenas a partir dos 3 anos de idade.

Prioridades

No país, 44% dos municípios têm critérios de priorização do atendimento em creches, enquanto 56% ignoram essas condições.

O principal parâmetro levado em conta pelas redes de educação pública (64%) é a situação de risco e vulnerabilidade, que se refere, especialmente, a crianças encaminhadas por órgãos como o conselho tutelar, assistência social e Ministério Público.

Outros fatores mais apontados para a definição de ordem na fila por vaga em uma creche são crianças com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e necessidades educacionais especiais, como altas habilidades ou superdotação (48%); responsáveis que trabalham fora (48%) no período de aula; famílias de renda familiar (38%), particularmente aquelas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou beneficiárias do Bolsa Família; mães solo e/ou mães adolescentes (23%), especialmente, aquelas que estudam ou trabalham; proximidade da residência (17%); encaminhamentos especiais (9%) determinados judicialmente ou por órgãos de proteção; ordem de inscrição na lista de espera (6%); demais ocorrências (7%), como a presença de irmãos matriculados na mesma instituição, mães que trabalham em áreas rurais e crianças em situação de acolhimento institucional.

Transparência

Os municípios são obrigados a divulgar a lista por vagas nos estabelecimentos de educação básica de sua rede de ensino, conforme determina a Lei 14.685/2023. No entanto, apenas 25% dos municípios tornam público o número de vagas existentes em creches, aponta o estudo.

Outros dados divulgados no levantamento são as ações municipais para garantir a matrícula e frequência de crianças em idade pré-escolar que estão fora das salas de aula: 68% das prefeituras fazem a busca ativa de crianças, mas as famílias não procuraram atendimento, incluindo visitas domiciliares, campanhas de conscientização e parcerias com conselhos tutelares, assistentes sociais.

As ações ainda incluem a divulgação de campanhas de conscientização e sobre o período de matrículas em redes sociais e outros meios de comunicação; o uso de sistemas informatizados e cruzamento de dados para identificação de crianças fora da escola; e por fim, planos de ampliação de salas de aula e a criação de vagas adicionais para atendimento do público alvo.

Ações federais

Em resposta aos desafios difundidos no levantamento, o Ministério da Educação (MEC) disse que, desde o início da atual gestão, tem investido na educação básica em todo o Brasil, com ênfase na ampliação das vagas e na qualidade da oferta. Até 2026, o MEC planeja construir 2,5 mil novas creches e pré-escolas por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

Além do Novo PAC, o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica pretende concluir todas as obras paralisadas e inacabadas da educação básica.

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, informou que foram investidos mais de R$ 1 bilhão na educação infantil. “Desde 2023, foram R$ 592 milhões investidos pelo Programa Escola em Tempo Integral, nessa etapa educacional; outros R$ 492 milhões investidos pelo Programa de Apoio à Manutenção da Educação Infantil e, ainda, R$ 93 milhões aplicados no Programa Leitura e Escrita na Educação Infantil. Além disso, já entregamos 378 novas creches”.

O secretário de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino, do Ministério da Educação, Maurício Holanda, defende a atuação conjunta da União, estados e municípios para traçar um plano de ação. 

“Temos realizado, no MEC, uma grande tarefa de construir relacionamentos interfederativos cada vez mais sólidos. Precisamos pensar o que podemos fazer com e pelos municípios no enfrentamento desse cenário”, disse.   

Articulação

A presidente executiva do Instituto Articule, Alessandra Gotti, comentou os principais desafios a serem enfrentados imediatamente para reversão dos números negativos. “Um plano de apoio aos municípios precisa olhar para a universalização, urgente, da pré-escola. Além disso, é preciso construir um plano de expansão de vagas de creche, de forma a atender toda a demanda existente. Havendo lista de espera, priorizar de imediato as crianças que mais precisam de maneira a reduzir as desigualdades sociais”.

O conselheiro da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Cezar Miola, enfatizou a necessidade de conhecer os dados para que diferentes instituições auxiliem os municípios. “Não se controla o que não se conhece. Precisamos acessar esses dados, para que possamos atuar em cada rede.”

Trilha de Letras tem bate-papo com escritor Rodrigo França

O escritor, ator, diretor, dramaturgo, cineasta e artista plástico Rodrigo França é o entrevistado do programa Trilha de Letras que vai ao ar nesta quarta-feira (28), às 23h, na TV Brasil. Talentoso e multifacetado, Rodrigo França também integra o time de debatedores do Sem Censura, clássico vespertino da emissora pública.

Durante a conversa inédita com a apresentadora Eliana Alves Cruz, o autor fala sobre sua publicação mais recente, o livro infantil O menino e sua árvore (2024). A obra aborda temas como ancestralidade, racismo e meio ambiente.

Trilha de Letras tem bate-papo com escritor Rodrigo França. Frame TV Brasil 

O menino e sua árvore é a consagração de um autor que já escreveu outros livros e trabalha em diversas frentes para tratar de temas tabus como o racismo. Sua primeira publicação infantil, O Pequeno Príncipe Preto (2020), foi concebida a partir da bem-sucedida peça teatral de mesmo nome e expõe a importância de valorizar quem somos e de onde viemos.

Ao longo do bate-papo no Trilha de Letras, Rodrigo França fala ainda sobre infância. Destaca também os desafios de ser negro e viver de arte no Brasil.

No quadro Dando a Letra, espaço do programa com dicas de livros, a booktuber Taryne Zottino indica o título O voo da guará vermelha (2014), de Maria Valéria Rezende. A obra mostra a beleza e a profundidade da vida de pessoas comuns, que se transformam ao compartilhar suas histórias em um mundo onde a comunicação é sempre difícil.

Sobre o programa

O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração foi idealizada em 2016 pela jornalista Emília Ferraz, atual diretora do programa que entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, os episódios foram gravados na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro

A TV Brasil já produziu três temporadas do programa e recebeu mais de 200 convidados nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas foram apresentadas pelo escritor Raphael Montes. A terceira, por Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC.

Serviço
Trilha de Letras – quarta, dia 28/08, às 23h, na TV Brasil
Trilha de Letras – quarta, dia 28/08, às 23h, na Rádio MEC
Trilha de Letras – quarta, dia 28/08 para quinta, dia 29/08, às 3h, na TV Brasil
Trilha de Letras – domingo, dia 01/09, para segunda, dia 02/09, à 01h30, na TV Brasil

Capital paulista tem madrugada mais fria do ano

 A capital paulista teve a madrugada mais fria do ano de 2024 nesta terça-feira (27). Os termômetros das estações meteorológicas automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura de São Paulo registraram média de 4,7 graus Celsius (°C). A menor temperatura absoluta, aquela registrada em único local, ocorreu na região de Parelheiros-Marsilac, na zona sul, com -1,7°C. A manhã de hoje começou com sol entre poucas nuvens e forte sensação de frio.

De acordo com os meteorologistas do CGE, a terça-feira será marcada por predomínio de sol entre poucas nuvens e sensação de frio no decorrer do dia. A temperatura máxima não deve superar os 18°C, enquanto os menores índices de umidade do ar se mantêm ao redor dos 40%. A Defesa Civil Municipal mantém o estado de alerta para baixas temperaturas desde a sexta-feira (23) às 15h25.

Nos próximos dias, o ar frio de origem polar deve perder a força gradativamente. Na quinta-feira (29) as temperaturas começam a aumentar, principalmente durante as tardes. Na madrugada, os termômetros devem marcar em torno de 12°C. O céu deve apresentar poucas nuvens, e a previsão é de predomínio de sol desde o amanhecer. A temperatura máxima deve atingir os 25°C, com percentuais mínimos de umidade do ar ao redor dos 40%. Será mais um dia sem previsão de chuva para capital paulista e região metropolitana de São Paulo.

O final de semana deve ter tempo aberto, com sol e sem previsão de chuva, fazendo com que os índices de umidade do ar voltem a declinar na próxima semana.

A quarta-feira (28) deve começar com formação de névoa úmida e céu nublado. A madrugada ainda será fria, com termômetros em média nos 8°C. Com o predomínio de sol no decorrer do dia, a máxima pode chegar aos 21°C durante a tarde, com taxas mínimas de umidade do ar em torno dos 45%.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) informou que, das 18h de segunda-feira (26) de agosto até as 8h desta terça-feira, a Operação Baixas Temperaturas (OBT) registrou 1.141 abordagens e 1.140 acolhimentos em serviços da rede socioassistencial nas tendas, na busca ativa nas ruas da cidade, nos chamados da Central de Vagas e na procura direta das pessoas em situação de vulnerabilidade pelos locais de acolhimento.

“Nas dez tendas, foram feitos 23.202 atendimentos e distribuídos um total de 48.435 itens, sendo 6.588 sopas, 7.650 pães, 3.144 chás, 4.820 chocolates quentes, 22.603 garrafas de água e 3.630 cobertores. Além disso, 37 pessoas foram atendidas com seus pets; 38 bichinhos foram atendidos, sendo distribuídos 32 potes de ração e aplicadas 3 vacinas”, destaca a secretaria.

Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, diante do cenário de baixas temperaturas, foi aberto o Abrigo Solidário para atender a pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesta madrugada, foram atendidas, a partir da 0h, 153 pessoas (144 homens e nove mulheres), além de dois animais de estimação. Pernoitaram no abrigo 128 pessoas (122 homens e seis mulheres) e dois pets.

O abrigo está funcionando desde sábado (24), na Estação Pedro II do Metrô, no centro de São Paulo, com estrutura para acolher até 100 pessoas por noite. Os pets dos abrigados também serão acolhidos, recebendo água e ração. São fornecidos colchões, cobertores e refeições gratuitas, incluindo jantar e café da manhã, além de banheiros químicos.

Na cidade de São Bernardo do Campo, um morador de rua foi encontrado morto na manhã de ontem. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, a Polícia Civil investiga o caso. O homem, encontrado em uma praça do centro da cidade, ainda não foi identificado.

Policiais militares foram acionados para atender à ocorrência e localizaram a vítima caída na calçada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito. Exames periciais foram requisitados. O caso foi registrado como morte suspeita no 1º DP da cidade, que aguarda a conclusão dos laudos, para auxiliar na elucidação dos fatos.

Rio tem mais de 17 mil candidatos nas eleições de outubro

A Justiça Eleitoral do Rio recebeu 17.365 pedidos de registro de candidatura para as eleições municipais de 2024. O número representa queda de 34,56% em relação ao pleito anterior (26.538). Todos os pedidos, incluindo impugnações e recursos, devem ser julgados até 16 de setembro.

A redução deve-se à alteração na quantidade de candidatos que um partido pode lançar. Atualmente, a legislação eleitoral estipula que cada partido político ou federação pode registrar candidatos para as câmaras municipais no total de até 100% do número de vagas a preencher mais um. Em 2020, o limite era de 150%.

Do total de candidaturas, 1.012 buscam reeleição, o que equivale a 5,82%. Dessas, 940 são para vereador, 50 para prefeito e 22 para vice-prefeito.

As eleições municipais serão realizadas em 6 de outubro, com segundo turno marcado para 27 de outubro, se necessário.

Perfil

Apesar de maioria no eleitorado fluminense, as mulheres representam apenas 34% das candidaturas, com 5.819 pedidos. As candidaturas masculinas somam 66%, totalizando 11.546 pedidos. Do total de candidatos, 14 declararam nome social e 45 (0,26%) se identificam como transgênero.

As candidaturas de pessoas com nome social estão distribuídas por nove cidades do estado. A capital conta com três candidaturas, enquanto Angra dos Reis, Teresópolis e Três Rios têm duas cada. Já Duque de Caxias, Itaperuna, Natividade, Niterói e São Gonçalo têm uma candidatura cada. Todas são para o cargo de vereador.

Quase 9 mil candidaturas (51,68%) são de pessoas que se identificam como pretas ou pardas, enquanto 47,62% são de pessoas brancas, totalizando 8.286 pedidos. As candidaturas indígenas representam apenas 0,14% dos processos, com um total de 24 candidatos (as).

As candidaturas indígenas estão presentes em 17 cidades do estado. São 22 para o cargo de vereador(a), uma para o posto de vice-prefeita, no Rio, e outra ao cargo de prefeita, em Niterói. Nas eleições municipais de 2020, foram 27 candidaturas, distribuídas por 17 cidades.

A faixa etária de 45 a 49 anos é a mais representada, com 2.949 registros (16,98%), seguida por candidatos de 40 a 44 anos, que somam 16,31%. Os mais jovens, com idade entre 18 e 20 anos, representam 0,26% das candidaturas, ou 45 pedidos. 

Há também 526 pedidos de registro de candidatos(as) da faixa de 70 a 89 anos, o que representa 3,03% do total. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) recebeu apenas um pedido de candidatura de pessoa com mais de 90 anos – ao cargo de vereador na capital.

Cerca de 5 mil candidatas e candidatos declararam ser pessoas com deficiência. Desse total, a maioria (54,94%) tem alguma dificuldade de locomoção, somando 2.715 pessoas. Outros 1.267 (25,64%) declararam ser cegos ou ter baixa visão, 431 (8,72%) têm deficiência auditiva e 132 (2,67%) fazem parte do espectro autista.

Congo tem mais de 18 mil casos e 615 mortes por mpox

A República Democrática do Congo (RDC) já contabiliza, este ano, mais de 18 mil casos de mpox, além de 615 mortes provocadas pela doença. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26), em Brazzaville, pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante abertura da reunião do comitê africano da entidade.

“Há uma preocupação particular com a rápida transmissão da nova variante do vírus que causa a mpox, a variante 1b. No mês passado [em julho], mais de 220 casos da variante 1b foram reportados em quatro países vizinhos ao Congo e [eles] não haviam registrado casos da doença até então: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda”, disse.

Nova variante

Em seu pronunciamento, Tedros lembrou que casos da nova variante da mpox já foram confirmados também na Suécia e na Tailândia – os primeiros fora do continente africano. Os pacientes, segundo ele, tinham histórico de viagem por países que enfrentam surtos da doença, sem especificar por quais localidades eles passaram.

“Mas a variante 1b não é nossa única preocupação. Casos de outras variantes também foram reportados este ano na parte ocidental da RDC, assim como em Camarões, na República Central da África, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo e África do Sul. É um cenário complexo e dinâmico.”

“Responder a cada um desses surtos e controlá-los vai exigir uma resposta internacional complexa e coordenada. Por isso, decidi declarar emergência em saúde pública de importância internacional”, destacou Tedros.

Durante a reunião de hoje, o diretor-geral da OMS voltou a estimar que serão necessários US$ 135 milhões ao longo dos próximos seis meses para implementar um plano de resposta capaz de combater a disseminação da doença. A cifra já havia sido anunciada na semana passada em reunião com estados-membros da OMS.

Vacina

Ainda segundo Tedros, na última sexta-feira (23), a OMS recebeu “informações necessárias por parte de um dos fabricantes” para analisar mais uma possível vacina contra a mpox. “Esperamos ter uma lista [de doses] para uso emergencial nas próximas três semanas”, destacou.

E acrescentou: “Estou confiante de que, por meio da liderança coordenada de países afetados e do apoio da OMS em todos os seus níveis e de parceiros como o CDC África [Centro de Controle e Prevenção de Doenças], podemos ter essa epidemia sob controle rapidamente, como já fizemos com vários outros surtos em anos recentes. Aprendemos lições valiosas por meio de nossas experiências com ebola, covid-19 e outras doenças”, concluiu. 

Amazônia tem 2,5 milhões de hectares queimados em agosto

Em menos de um mês, o fogo consumiu 2,5 milhões de hectares da Amazônia. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). A média histórica para área afetada pelo fogo no mês é 1,4 milhões de hectares.

Desde o início do ano, a Amazônia já teve mais de 4,1 milhões de hectares atingidos pelos incêndios. Na última semana, o monitoramento realizado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, órgão ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou alta concentração de gases poluentes em uma região que se estendia da Amazônia ao Sul do Brasil e alcançando dez estados. Os níveis dos rios na região já antecipam um quadro de seca extrema, que poderá se agravar ainda mais no mês de setembro, com a chegada do período mais critico de estiagem.

Após uma reunião extraordinária da sala de situação do governo federal, nesse domingo (25), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, informou que os incêndios na Amazônia, no Pantanal e Sueste do país são potencializados pela situação de extremo climático, mas também apresentam um movimento atípico que podem indicar uma ação criminosa de quem está ateando fogo propositadamente.

“Do mesmo jeito que nós tivemos o ‘dia do fogo’, há uma forte suspeita que isso esteja acontecendo de novo. No caso do Pantanal, a gente estava tendo ali a abertura de dez frentes de incêndios por semana. No caso da Amazônia, nós identificamos o mesmo fenômeno. E em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, afirmou.

O evento citado pela ministra, retoma o ano de 2019, quando, no mês de agosto, entre os dias 10 e 11, foram detectados pelo Inpe 1.457 focos de calor no estado do Pará. Na época, o Ministério Público Federal denunciou a convocação de fazendeiros para uma ação orquestrada que colocaria fogo no bioma, em apoio ao desmonte das políticas ambientais.

De acordo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, além dos 29 inquéritos instaurados na Amazônia e Pantanal, foram abertos mais dois em São Paulo, para apurar evidências de incêndios criminosos que afetam áreas da União.

Olimpíada Internacional de Astronomia tem sustentabilidade como foco

Poderia ser só mais uma competição de estudantes do Ensino Médio com questões práticas e teóricas sobre astronomia e astrofísica, valendo medalhas de ouro, prata, prêmios e menções honrosas. No entanto, vai além. Jovens de 53 países estão reunidos no Brasil para uma imersão nas ciências espaciais, mas especialmente para a urgência de valorização do planeta Terra diante das mudanças climáticas.  É a 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que entra na reta final e segue até o próximo dia 27 nas cidades de Vassouras e Barra do Piraí, no estado do Rio. Como tema central do encontro, que pela segunda vez é sediado no Brasil, figura a sustentabilidade. 

Mais de 300 estudantes e 130 professores de quase todos os continentes, com exceção da África, participam da competição organizada pelo Observatório Nacional, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Mas, por que não aproveitar um momento como este só para os avanços astronômicos e da astrofísica e observar o céu do Vale do Café, em Vassouras (RJ), por exemplo? A resposta vem no embalo: alinhada com movimentos globais que saem em defesa do planeta, a competição quer engajar a pauta ambiental entre os jovens e futuros cientistas. 

Para Ricardo Ogando, vice-coordenador do evento e astrônomo do Observatório Nacional, a imersão é uma oportunidade para tratar do negacionismo climático e da importância da união pela Terra.

“A astronomia tem papel fundamental em situar as mudanças climáticas, um dos maiores desafios atuais da humanidade, em um contexto cósmico. Entender, por exemplo, que não há planeta B – ou plano B – e que o planeta Terra é um oásis de vida no universo. Precisamos cuidar dele”, alerta. 

Defesa do planeta

Josina Nascimento, coordenadora do comitê brasileiro da IOAA 2024 e astrônoma do Observatório Nacional, diz que a ideia é mostrar aos estudantes que ações em defesa do planeta precisam ser colocadas em prática. Para exemplificar, ela destaca que, além de iniciativas como uso de materiais recicláveis e o não uso de descartáveis, a olimpíada conquistou o Evento Selo Neutro, uma demonstração de preocupação e empenho em neutralizar as emissões de carbono durante o encontro, iniciado no último dia 17.

Assim como na IOAA 2024, a sustentabilidade também é a pauta do movimento internacional Astronomers for Planet Earth (Astrônomos pelo Planeta Terra, em tradução livre), que reúne cerca de dois mil voluntários de 76 países, entre astrônomos, astrônomos amadores, educadores e estudantes. Todos unidos para tentar reduzir os avanços exponenciais da degradação do planeta e reafirmar que a Terra é a única chance para a humanidade.

“Junto com o negacionismo climático vemos ideias como a de conquistar outros planetas, mas é muito mais fácil, barato e, acima de tudo, viável, preservar o planeta Terra”, assegura o astrônomo Ricardo Ogando que integra a rede internacional, também conhecida como A4E. 

A organização – criada em 2019 – destaca a validade de todas as descobertas astronômicas, impulsionadas por telescópios e missões espaciais que já ocorreram e que ainda estão previstas para viabilizar a conexão interplanetária. Mas, acentua que a Terra é a única opção viável para a raça humana. Isso porque os exoplanetas descobertos em zonas habitáveis, especialmente pela possibilidade de água em estado líquido e a distância segura das estrelas que orbitam, ficam a milhares de anos daqui, com as tecnologias existentes hoje.

Os “Astrônomos pela Terra” ainda alertam para os riscos à saúde humana em colonizações, mesmo em planetas vizinhos como Marte. Assim, destaca que é mais fácil, justo e economicamente viável cuidar do planeta Terra. 

Esta é a preocupação também da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem chamado a atenção para os esforços em equalizar os prejuízos causados por eventos climáticos extremos, como os temporais ocorridos recentemente no Rio Grande do Sul e que afetaram 298 dos 497 municípios gaúchos.

Populações mais vulneráveis

Para a ONU, é chegada a hora de as nações mais ricas se comprometerem a financiar políticas de proteção aos países em desenvolvimento e às populações mais vulneráveis do globo. 

O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA) tem na agenda do segundo semestre encontros internacionais para debater a viabilidade da Terra na perspectiva astronômica.

De 3 a 5 de dezembro será promovido o Fórum Espacial Mundial das Nações Unidas, “Espaço Sustentável para a Sustentabilidade na Terra”, que será realizado pela ONU em Bonn, na Alemanha, em parceria com os Emirados Árabes e com o Peru. 

O objetivo é entender como as tecnologias espaciais e todo o desenvolvimento impulsionado na última década podem ser revertidos em favor das questões ambientais e sociais do planeta. A iniciativa reunirá especialistas, organizações privadas e entidades não governamentais para reafirmar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, agenda da ONU com objetivos e metas a serem atingidos até 2030. 

Além da IOAA, Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, que finaliza as competições até a próxima terça-feira (27), o Brasil está na agenda central do tema pelos próximos 18 meses, pelo menos.

O país se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em novembro de 2025. A COP30 reunirá, além de especialistas, governos  em defesa do clima e do meio ambiente e dos desafios imperativos como justiça climática, economia sustentável e o uso de tecnologias e da inteligência artificial a serviço do planeta.

TV Brasil tem domingo de rodada dupla de futebol

A TV Brasil terá um domingo (25) de rodada dupla de futebol, com destaque para o confronto entre Internacional e Ferroviária, pela ida das quartas de final da Série A1 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino e que será disputado a partir das 10h45 (horário de Brasília) no estádio Centenário, em Caxias do Sul.

Tudo pronto para as quartas de final! ✅️

A bola começa a rolar por aqui a partir de amanhã! E aí, quais são os seus palpites para os jogos de ida? 🤔#BrasileirãoFemininoNeoenergia pic.twitter.com/5D7TE9c3MH

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) August 23, 2024

Tendo cumprido a segunda melhor campanha na primeira fase da competição, as Guerreiras Grenás chegam com certo favoritismo diante de um adversário que fechou a etapa inicial na 7ª colocação. A Ferroviária e as Gurias Coloradas já mediram forças na atual edição do torneio em uma oportunidade, na qual empataram em 1 a 1 no Sesc Campestre, em Porto Alegre.

Na primeira partida das quartas de final, disputada na noite do último sábado (24), Bragantino e Corinthians não passaram de um empate de 1 a 1 no estádio Nabi Abi Chedid.

Um gol para cada lado! Tudo igual entre @RedBullBraga e @SCCPFutFeminino no jogo de ida das #QuartasBRFempic.twitter.com/nXkktBxV3U

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) August 24, 2024

Série B

Outra atração esportiva da emissora pública neste domingo será a partida entre Vila Nova e América-MG, que será realizada a partir das 18h30 no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia. Este será um confronto entre duas equipes que estão na parte de cima da tabela: o Tigre ocupa a 4ª posição com 36 pontos e o Coelho é o 5º colocado com 35 pontos.

Elenco do Coelhão se reapresentou já nesta quinta-feira (22) e iniciou as atividades para o confronto de domingo, contra o Vila Nova, em Goiânia.

Pra cima! 👊🏿🫡

📸 Felipe Soares / América #AméricaDoBrasil pic.twitter.com/XsCrlJ7vqX

— América FC (@AmericaFC1912) August 22, 2024

Rádio Nacional

Já a Rádio Nacional transmite o confronto entre um Botafogo que tenta manter a liderança da classificação e um Bahia que busca somar a terceira vitória consecutiva na competição. O confronto será disputado na Arena Fonte Nova, em Salvador, a partir das 16h.

Mega-Sena não tem acertador; prêmio acumula e vai a R$ 33 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.765 da Mega-Sena, sorteadas nessa quinta-feira (22) em São Paulo. O prêmio para o próximo concurso, no sábado (24), será de R$ 33 milhões.

Foram sorteadas as dezenas 08 – 12 – 34- 39 – 43 – 47

A quina teve 66 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 35.663,33. Os 3.707 ganhadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 907,07.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. Para apostar pela internet, é preciso fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5,00.