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Bloco da Terreirada reúne no Rio famílias e foliões criativos

O verde da Quinta da Boa Vista ganhou a companhia de novas cores em um carnaval para todas as faixas etárias. Assim como acontece todos os sábados, o parque localizado na zona norte do Rio de Janeiro foi o destino escolhido para o passeio de diversas famílias. Mas não é um fim de semana comum: crianças, pais e avós caíram na folia com o Bloco da Terreirada.

Junto a eles, jovens com fantasias coloridas formavam uma aglomeração para acompanhar o encontro entre ritmos nordestinos e a tradição do carnaval carioca. A apresentação do Bloco da Terreirada é repleta de signos e referências da cultura popular, em especial o Reisado de Congo do Cariri.

O reencontro de Isaque com sua mãe, após um pequeno susto, comprovava a atmosfera acolhedora. Após o sumiço da criança em meio aos presentes, líderes do bloco pediram que todos se assentassem. A mobilização permitiu que ela fosse rapidamente localizada, sob aplausos coletivos.

Fantasia de Vincent Van Gogh fez sucesso na Quinta da Boa Vista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil 

A criatividade das fantasias facilitava as brincadeiras entre desconhecidos. Um Vincent Van Gogh não cansava de tirar fotos com foliões que o abordavam sucessivamente. Vestindo uma das fantasias mais criativas, a diretora de arte visual Beatriz Moisés destacou que a atmosfera também é influenciada pelo conforto do espaço. Com uma grande nuvem na cabeça, ela teria dificuldades de se locomover em outros blocos que transitam por vias apertadas.

“Fiz bem de última hora. Estava trabalhando na montagem de um cenário e aproveitei materiais que estavam sobrando. Usei uma lanterna japonesa para montar a base de cabeça e acrilon por fora. E fiz essa chuvinha com pedrinhas. Primeiro surgiu a ideia de fazer a fantasia. Depois eu pensei em um bloco que onde eu pudesse ir com ela. Um que coubesse ela. E como eu amo o Terreirada, foi a escolha certa. Não sei dizer o porquê, mas eu amo o Terreirada. Eu venho todo ano sim, acho lindo”, explicou.

Outros dois foliões também viram no Terreirada Cearense o bloco ideal para exibiram suas fantasias originais. “A ideia era fazer algo que ligado às crianças, ligado à paz. Então a gente quis juntar bonecos, fitas, emojis. Uma mistura justamente para colocar a criança para fora nesse carnaval. Quando a gente terminou o figurino, a gente falou: ‘é a cara de uma terreirada’. A gente vai se divertir bastante”, disse o agente de viagem, Leonardo Silva.

O bloco surgiu em 2012 e, desde 2015, tem a configuração de banda, percussão e perna de pau. Anualmente, há duas grandes apresentações: uma celebração de carnaval e um arraial em junho, também na Quinta da Boa Vista. Ensaios e outros eventos menores também são realizados sem data fixa.

 Foliões na apresentação de carnaval do bloco da Terreirada Cearense, na Quinta da Boa Vista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo explicou à Agência Brasil a produtora-executiva do bloco, Juliana Costa, a banda é composta por Deya Motta, Natascha Falcão, Thalita Duarte, Vitoria Rodrigues, Beto Lemos, Gabe Pontes e Eduardo Karranka. O desfile mobilizou ainda 200 componentes, divididos igualmente entre a Ala da Percussão e a Ala dos Pernaltas.

Entre os participantes, estão alunos de oficinas de percussão e de perna de pau realizadas pelo bloco. “A gente tem parceria com dois projetos. Um é a Liga do Bem. O outro é o Ser Criança Perna de Pau, que levam as crianças para a apresentação”, informou Juliana. Cerca de 15 crianças participam da oficina, entre 8 e 14 anos de idade, além de alguns pais e mães.

A Ala de Percussão está sob responsabilidade pela maestrina Thais Bezerra, que também assina a direção musical dos enredos e apresentações do bloco. Ela comanda uma oficina dois dias por semana. Nas aulas, ela trabalha a música como ferramenta do brinquedo popular, explorando os folguedos e a diversidade rítmica da cultura brasileira. São usados instrumentos variados como zabumba, alfaia, Caixa, xequerê, ganzá, triângulo e agogô.

Já a Ala Pernalta se desdobra da oficina de perna de pau que, desde 2014, estrutura a linguagem performática das apresentações. As aulas são comandadas pela atriz, educadora e artista multilinguagem Raquel Potí, também responsável pela direção artística e cênica do bloco. A oficina acontece nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), na zona sul do Rio de Janeiro, aos sábados. Conforme divulga o bloco, as aulas proporcionam aos alunos a oportunidade de “ver a si e o mundo a partir de um novo ponto de vista, potencializar potências, fortalecer comunidades, promover o desenvolvimento pessoal e coletivo, brincar e fazer arte”.

 Apresentação de carnaval do bloco da Terreirada Cearense, na Quinta da Boa Vista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Bebida mineira

A bebida que se tornou febre no carnaval de Belo Horizonte nos últimos anos também marcou presença na Quinta da Boa Vista. Fabiano de Gonçalves Medeiros apostou na venda do xeque mate para buscar uma renda extra em meio à folia. “Está pegando bem, está fazendo sucesso aqui. Tem uma curiosidade por causa dos ingredientes. E culturalmente o mate é muito presente no Rio. As pessoas tomam na praia, nas lanchonetes”, disse.

Goiano, Fabiano é geólogo e está realizando sua pós-graduação no Rio de Janeiro. Uma das matérias do curso foi concluída em intercâmbio na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. “Todo mundo lá é apaixonado por essa bebida. Eu fiquei lá um mês. Está fazendo um sucesso merecido. Mas é uma bebida que tem que ter cuidado. Porque o mate com guaraná e limão mascara o gosto do rum. Então você está tomando uma bebida refrescante, mas que tem mais de 8% de álcool. Na terceira ou quarta, já pode ficar balançado”, conta.

Rio: governo aplica repelente contra dengue em foliões, no Sambódromo

Equipes do governo fluminense, munidas de repelentes para espantar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, receberam, nessa sexta-feira (9), os foliões que aproveitaram a primeira noite de desfiles das escolas de samba da Série Ouro, na Marquês de Sapucaí. A ação faz parte da campanha “Contra a Dengue Todo Dia” e objetiva aproveitar o palco do maior espetáculo da Terra para conscientizar a população sobre a necessidade de combater a proliferação do mosquito.

Até a última quinta-feira (8), foram registrados 31.133 casos prováveis de dengue em todo o estado. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebeu três notificações de óbitos dos municípios, sendo um a capital do estado, um em Mangaratiba e um em Itatiaia. Em 2023, foram 51.494 casos e 30 óbitos confirmados.

Além de proteger e conscientizar o público nas arquibancadas, a campanha da SES amplifica o alcance da mensagem “10 minutos que salvam vidas”, que orienta as pessoas para combater os focos do ‘Aedes aegypti’ existentes nas residências, onde estão 80% dos criadouros das larvas do mosquito.

Apoio da população

A secretária estadual de saúde, Claudia Mello, explicou que a partir de dezembro de 2023, quando foi percebido pelo órgão um aumento atípico de casos de dengue para essa época do ano, estão sendo treinados médicos dos 92 municípios do estado e das emergências e UPAs da rede estadual para atendimento a pacientes com suspeita de doença, dando suporte aos municípios com equipamentos, insumos e montagem de salas de hidratação e, usando a tecnologia para monitoramento dos casos. “Mas é fundamental contarmos com o apoio da população no combate ao mosquito dentro de casa, porque é lá que está a maior parte dos focos do Aedes aegypt, destacou a secretária.

A aposentada Alilia Costa Gomes foi uma das primeiras foliãs no Sambódromo a aplicar o repelente nas pernas e nos braços. “Não posso pegar dengue de jeito nenhum. Faço tratamento de câncer e não tinha me lembrado de passar o repelente antes de sair. A ideia foi nota dez. Estão de parabéns”, afirmou.

Outra que aprovou a iniciativa da SES foi a chilena Valesca Vargas. Quando saiu do Chile com o marido e dois filhos para curtir o carnaval no Rio de Janeiro, Valesca não sabia do aumento de casos de dengue no estado. “Temos mesmo que nos proteger, principalmente as crianças. É muito bom que vocês façam essa distribuição. Não sei se os turistas vêm pra cá com repelente”, disse a estrangeira.

Continuidade

A ação prossegue neste sábado (10), segunda noite de apresentações das escolas de samba da Série Ouro, bem como nos desfiles do Grupo Especial, no domingo (11) e segunda-feira (12), dias em que também desfilarão pela pista uma faixa com a mensagem “10 minutos que salvam vidas” e uma ambulância “fantasiada” com a identidade visual da campanha. Além de oferecer repelente para os espectadores, a campanha do governo do estado na Sapucaí conta com vídeos educativos exibidos em nove telões espalhados pelo Sambódromo.

Plano Estadual

Em 26 de janeiro deste ano, o governador Cláudio Castro e a secretária Claudia Mello lançaram o programa Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!, que envolve o uso de tecnologia, qualificação e apoio aos 92 municípios do estado, totalizando investimento de R$ 3,7 milhões.

Foram comprados equipamentos e insumos que estão sendo distribuídos aos municípios com maior incidência de casos, para a montagem de até 80 salas de hidratação, que terão capacidade para atender, ao todo, até 8 mil pacientes por dia. Além disso, a SES está treinando 2 mil médicos de emergências e profissionais de saúde dos 92 municípios para garantir o diagnóstico mais preciso e o tratamento correto, como também a capacitação no atendimento às gestantes infectadas. Um total de 160 leitos de nove hospitais de referência do estado poderá ser convertido, inicialmente, para tratamento da dengue, como foi feito na pandemia da covid-19.

Sambódromo do Rio completa 40 anos com evolução de desfiles

 

O Sambódromo do Rio completa 40 anos em 2024, e o palco de apresentação das escolas de samba tem muita história que revela a alma de sambistas. Antes da construção da Passarela do Samba, os componentes das escolas conviviam com incertezas até saber onde seria o local dos desfiles.

A estreia da disputa pelo campeonato foi na Praça Onze, no centro, em 1932. A escolha do local não foi por acaso. Lá se reunia a comunidade negra para fortalecer a cultura africana. Depois, nas diversas mudanças, os desfiles passaram pela Candelária, pelas avenidas Rio Branco, Presidente Vargas e Antônio Carlos, além da Rua Marquês de Sapucaí, onde está atualmente. Em comum, todos esses locais tinham o centro da cidade.

A escolha da área que receberia as agremiações ao longo dos anos não era o único problema. Superada essa etapa, ainda havia o transtorno de todo ano com a montagem das arquibancadas metálicas, acrescida da ansiedade para ver se seria concluída a tempo do carnaval. Outro fator em comum era o tumulto no trânsito já problemático da capital. Os motoristas precisavam ter paciência porque os trajetos eram alterados, e tudo só se resolvia quando, finalmente, as estruturas eram desmontadas.

Passarela definitiva

Vilma Nascimento diz que pediu ao governador Brizola um local definitivo para os desfiles – Lula Marques/Agência Brasil

Apesar do cenário um tanto caótico, as escolas compensavam o público com grandes apresentações. Toda essa confusão terminou em 1994, quando finalmente os sambistas puderam ter um lugar para chamar de seu. O pedido ao governo da época para a construção partiu de um casal de sambistas bem conhecidos: a lendária porta-bandeira da Portela Vilma Nascimento e seu marido, Mazinho, que mais tarde teve seu trabalho de planejamento dos desfiles reconhecido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), responsável pelo Grupo Especial, considerado a elite do carnaval carioca.

“Todo ano a gente ficava na dúvida: tava chegando o carnaval, e a gente não sabia onde ia ser o desfile. Era muito preocupante. Armava e desarmava a arquibancada. Era horrível”, comentou a porta-bandeira em entrevista à Agência Brasil.

Pedido atendido

O desfile no ano de inauguração do sambódromo teve um gosto especial. “Para mim, foi uma glória. Eu disse: ‘estou realizada’. Eu e meu marido pedimos ao [então governador do estado, Leonel] Brizola, e ele fez. Cada ano que eu entro ali, agradeço a Deus, ao papai do céu. Cada vez que eu boto o pé na avenida, para mim, é uma alegria muito grande. Desde os 7 anos eu lido com samba”, comentou a porta-bandeira, também conhecida como Cisne da Passarela.

Vilma contou que, por meio do amigo Pedro Valente, fez o pedido para a construção de um local único para os desfiles chegar ao governador Brizola, que gostou da ideia e incumbiu o vice, o antropólogo e educador Darcy Ribeiro, de levar a tarefa adiante. O resultado foi um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, inaugurado com capacidade para receber 60 mil pessoas. “Pedimos ao Pedro Valente que falasse com o Brizola, que era o governador na época. O Brizola achou bom, e o Darcy fez ali onde é a passarela, mas foi a pedido meu e do Mazinho”, revelou.

Para Vilma, outra vantagem do Sambódromo são os ensaios técnicos que precedem os desfiles oficiais no carnaval. “Isso é ótimo. As escolas começam a se armar no ensaio técnico. Ali é que dá para ver o que vai dar certo ou não. É uma experiência. Eu adoro o ensaio técnico. A gente tem muito contato com o público. O sambista verdadeiro adora ensaio técnico”, afirmou a sambista, que, perto de completar 86 anos em junho, não se apresenta mais como porta-bandeira, mas não perde um ensaio e muito menos um desfile.

Empolgado com a proposta, Niemeyer foi logo alertado de que precisaria fazer alterações no traçado para incluir algumas características das apresentações das escolas, como, por exemplo, recuos para a bateria. São dois, um logo no início da pista, antes do Setor 2 o outro entre os setores 9 e 11. Ao se preparar para a escola pisar na avenida, primeiro entram os componentes da bateria, que já fazem a alegria do público do Setor 1, um dos setores populares do Sambódromo.

Significado

A memória mais antiga que o carnavalesco da Imperatriz Leopoldinense, Leandro Vieira, tem do Sambódromo é sua estrutura arquitetônica como palco para o carnaval que, ainda criança, via da TV de casa no subúrbio do Rio. “Propor algo que desfilaria naquele lugar foi algo mágico. Eu estaria com meu trabalho, minha gente, minhas ideias, no mesmo palco onde dezenas de artistas de quem sou fã estiveram e seguem estando”, contou por meio de mensagem à Agência Brasil.

Para Leandro Vieira, estar à frente do enredo de uma escola e ainda ser colecionador de títulos é se juntar a tantos outros artistas que contam histórias do Brasil. “Ser campeão ali é somar um pouco da minha trajetória à trajetória de tantos outros artistas que fizeram daquele palco o palco de suas propostas para pensar, traduzir e inventar um Brasil que nos redima das feridas e nos orgulhe enquanto nação”, afirmou o carnavalesco,

Leandro tem no Grupo Especial tem dois campeonatos pela Mangueira e um na Imperatriz e, ainda na mesma escola, ganhou o título na Série Ouro, o que permitiu o retorno da Imperatriz à elite do carnaval carioca.

Mudanças

O maior espetáculo da terra, como são chamados os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, foi evoluindo com o passar dos anos. O esquema de som foi ficando cada vez mais potente para permitir que toda a escola acompanhasse o samba de qualquer setor do enredo. Junto com o som, houve o avanço da iluminação para dar mais brilho aos desfiles da noite até o raiar do dia.

“Nenhuma escola termina [o desfile] depois das 5h30 da manhã. Dia escuro para todas elas, sem exceção. Todas elas obedecem ao regulamento, e tem penalidades também. Se tiver um carro quebrado é outra coisa, acidente de percurso, mas, dentro da normalidade, os desfiles começam e terminam na hora certa todos os anos”, informou o presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, à Agência Brasil.

Camarotes

Com o tempo, foi aumentando o número de camarotes e também os preços de cada um. Grandes marcas passaram a pagar pelos espaços para realizar eventos que se distanciam dos desfiles. É comum atualmente ter shows de artistas fora do universo dos desfiles e enquanto as escolas se apresentam na avenida.

“Os camarotes são muito luxuosos. É uma outra vida lá dentro. Uma outra festa. Não permite a todos ficar no parapeito para assistir a escola passar”, disse o radialista e apresentador da Rádio Nacional Rubem Confete, sambista e especialista em escolas de samba.

“O desfile sofreu uma transformação incrível. Vejo hoje como uma grande festa social. As escolas ganharam visibilidade e foi bom para o componente que faz a sua festa particular”, completou, assinalando que o Grupo Especial se transformou em uma indústria com grande faturamento. Atualmente, os recursos são obtidos, entre outras fontes, com a venda da transmissão, de ingressos e contratos com patrocinadores, além dos recursos repassados pela prefeitura do Rio e pelo governo do estado.

O tempo também tem mostrado que, com a evolução dos desfiles e das dimensões dos carros alegóricos, cada vez mais compridos, altos e com novas tecnologias de movimentação, há necessidade de alterações no planejamento.

Para os carnavalescos, esta é uma preocupação. Alexandre Louzada, campeão seis vezes no Rio, com a Mangueira, a Vila Isabel, a Beija-Flor e a Mocidade Independente e duas em São Paulo, com a Vai-Vai, este ano está à frente do enredo Unidos da Tijuca, O Conto de Fados. Ele disse que, embora o Sambódromo tenha sido de relevância indiscutível para as escolas de samba, por ser um espaço permanente que permite ensaios mais perto da realidade, o espetáculo evoluiu. As agremiações tiveram que se adaptar, mas precisam de mais.

“São necessários ajustes no espaço de concentração, algumas coisas deveriam melhorar, tais como a retirada ou a suspensão daquela passarela de pedestres para que as escolas consigam montar suas alegorias com segurança e em tempo hábil”, ressaltou, em mensagem pedida pela Agência Brasil, referindo-se à impossibilidade da montagem total das alegorias mais altas por causa da passarela, o que só pode ser concluído depois os carros passam por ela.

Louzada propôs ainda um estudo para permitir que todas as escolas se concentrem apenas do lado chamado de Correios, por estar próximo da sede da empresa no Rio. Em geral, os problemas de entrada dos carros na avenida ocorrem na concentração do outro lado, chamado de Balança, por ser perto do edifício que tem esse nome. “Se solucionar a concentração, diminuem bastante esses acidentes de percurso.”

De acordo com o carnavalesco, até agora, as mudanças ficaram apenas no formato dos desfiles, que tiveram o tempo reduzido. Louzada criticou ainda o regulamento, que, para ele, a cada ano se torna mais rígido e distante do conjunto que antes era o fator diferencial das escolas.

“Hoje o julgamento é um caça-erros ou defeitos, pequenos detalhes que acabam por retirar uma escola da competição. Vale o critério de cada julgador avaliar o que realmente é relevante para retirar um ou mais décimos”, afirmou.

Para o presidente da Liesa, o tempo também trouxe a organização dos desfiles, que antes não eram cronometrados. Eram comuns os atrasos das escolas.

Segundo Perlingeiro, a redução no número de componentes contribuiu para a organização dos desfiles com um planejamento melhor. “Hoje as escolas têm de 3.200 a 3.500 componentes porque não dá para colocar mais pelo tamanho dos carros [alegorias] e das fantasias, pelas paradas para apresentação de comissão de frente; de mestre-sala e porta-bandeira; bateria. A gente não pode aumentar mais o tempo: 70 minutos é um tempo excelente. Esta foi a evolução do carnaval”, pontuou.

Torcidas

Jorge Perlingeiro disse que a presença das torcidas não determina mais o volume de vendas de ingressos. “Eu vejo hoje que não é mais a torcida da escola que aumenta ou diminui público. O exemplo maior é o Sábado das Campeãs. Até uns 10 anos atrás, só vendíamos ingressos para o desfile das campeãs depois da apuração de quarta-feira. O integrante esperava para ver se sua escola ganharia, ou se viria entre as seis, para depois comprar o ingresso”, afirmou.

Para o presidente da Liesa, o sucesso na venda de ingressos neste ano, tanto para os dias dos desfiles oficiais quanto para o Sábado das Campeãs, comprova que o público gosta mesmo é do espetáculo, sem se importar com quais escolas vão se apresentar.

Confira os blocos de carnaval do Rio de Janeiro neste sábado

 

O sábado de Carnaval do Rio de Janeiro deve reunir multidões de foliões em blocos que desfilam no centro e nas zonas sul, norte e oeste da cidade. A previsão da Riotur é que até 5 milhões de pessoas aproveitem o carnaval de 2024 na capital fluminense.

Entre os destaques estão o Cordão da Bola Preta, que desfila a partir das 7h, no Centro, e a Banda de Ipanema, marcada para às 16h, em Ipanema.

Confira a lista de blocos oficiais do carnaval de rua do Rio de Janeiro neste sábado (10):

Bloco Amigos Da Onça – 7h (Flamengo)

Ceu Na Terra – 7h (Santa Teresa)

Cordão Da Bola Preta – 7h (Centro)

Multibloco – 7h (Centro)

Blocão Da Barra – 8h (Barra Da Tijuca)

Bloco Escangalha – 8h (Jardim Botânico)

Empolga Às 9 – 8h (Copacabana)

Bloco Carnavalesco Dois Pra Lá Dois Pra Cá – 9h (Botafogo)

Cordão Da Bola Laranja – 9h (Campo Grande)

Cordão Do Prata Preta – 9h (Gamboa)

Verde E Branco Do Zumbi – 10h (Zumbi)

Bloco Do Tamanco – 11h (Padre Miguel)

Gremio Recreativo Bloco Carnavalesco Tigre Do Méier – 11h (Méier)

Bloco Brasil – 12h (Leme)

Bloco Da Terreirada – 12h (São Cristóvão)

Bloco Do Serragens – 12h (Paquetá)

Grbc Quem Me Viu Mentiu – 13h (Zumbi)

Bloco Carnavalesco Amigos Do Catete – 14h (Catete)

Bloco Dos Barbas – 14h (Botafogo)

Bloco Gambarato – 14h (Riachuelo)

Bloco Olha Pá Mim – 14h (Tijuca)

Bloco Carnaeco – 14h (Barra Da Tijuca)

Diversão Brasileira – 14h (Tijuca)

G.R.B.C Turma Do Gato Futebol E Samba – 14h (Pilares)

Batuquebato – 15h (Centro)

B.C. Ciganas Feiticeiras De Olaria – 15h (Olaria)

Bloco Do Tio Tonho – 15h (Jacarepaguá)

Carioca Da Gema – 15h (Lapa)

Mulheres Brilhantes – 15h (Vila Isabel)

Banda De Ipanema – 16h (Ipanema)

Banda Do Largo Da 2a Feira – 16h (Tijuca)

B.C. Eles Que Digam – 16h (Santo Cristo)

Bloco Carnavalesco Amigos Da Esquina – 16h (Encantado)

Bloco Carnavalesco O Remédio É O Samba – 16h (Copacabana)

Bloco Chora 10 – 16h (Tijuca)

Bloco Do Camelo – 16h (Paquetá)

Bloco Seu Kuka E Eu Do Grajau – 16h (Tijuca)

Cordão Alegria Da Tijuca – 16h (Tijuca)

G.R.B.C. Aconteceu – 16h (Santa Teresa)

Bloco Esquenta De Padre Miguel –  17h (Padre Miguel)

Tigre Do Coqueiro – 17h (Pedra De GuaratiBa)

Grbc Tô Nem Aí – 19h (Campo Grande)

Bloco Da Amizade – 20h (Sepetiba)

Bloco das Carmelitas abre a programação oficial do carnaval do Rio

O desfile do Bloco das Carmelitas abriu a temporada oficial de carnaval na cidade do Rio de Janeiro na tarde de sexta-feira (9). O bloco é um dos mais tradicionais e, em 2024, celebra 34 anos de existência. Os foliões ocuparam as ruas de Santa Teresa, na zona sul da capital, ao som de um samba que reverencia o direito de cada pessoa ser aquilo que é. O tema do bloco este ano é Carnaval da Diversidade e das Cores.

Vestidos com fantasias de freiras, que são o símbolo do bloco, além de padres, anjos e demônios, a multidão mostrava o encontro entre o sagrado e o profano, embalada por versos como “olhei pro céu /e vi o homem voando / o arco-íris vai pintando / a igualdade e inclusão”.

O Bloco das Carmelitas saiu pela primeira vez no segundo semestre de 1990, para homenagear Laurinda Santos Lobo, socialite cuja casa abrigou as mais badaladas festas do Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa, nas primeiras décadas do século 20. Composto inicialmente por peladeiros que jogavam futebol no terreno ao lado da casa de Laurinda, antigo Parque das Ruínas, atual Centro Cultural Municipal Parque Glória Maria, no ano seguinte o bloco já abriu e fechou a folia no bairro, com duas saídas. Uma delas ocorria na sexta-feira que antecede o carnaval e outra na terça-feira gorda, o que se repete até hoje.

Como Santa Teresa surgiu a partir da fundação do Convento das Carmelitas, os foliões e amantes do bairro deram o nome de Carmelitas ao bloco. Criou-se a lenda de que, todo ano, uma freira pula o muro do convento para brincar o carnaval na sexta-feira e volta para a clausura somente na terça. Com isso, virou tradição no bloco homens e mulheres vestirem hábitos de freira, para que a “fujona” possa brincar em paz, sem ser reconhecida. Além das fantasias de freiras, passou a fazer parte do bloco também uma grande boneca, que se apresenta para o público como a carmelita mais animada.

Para conferir a programação completa dos blocos, com data, horário e percurso, basta baixar o app Blocos Rio 2024, disponível em todas as plataformas digitais. A ferramenta é gratuita e funciona por geolocalização.

Rei Momo recebe chave da cidade e abre oficialmente carnaval no Rio

Com a cerimônia de coroação e de entrega da chave da cidade ao Rei Momo, Caio Cesar Dutra, o prefeito Eduardo Paes, abriu oficialmente nesta sexta-feira (9) o carnaval de 2024 no Rio de Janeiro. A Corte da Carnavalândia, com o rei e as rainhas, foi apresentada nos jardins do Palácio da Cidade, em Botafogo. O nome Corte da Carnavalândia foi dado pelo diretor artístico do desfile, Milton Cunha.

Acompanhado do ministro do Turismo, Celso Sabino, Eduardo Paes disse ao Rei Momo que, “excepcionalmente neste ano”, vai permitir que ele devolva a chave da cidade apenas no Sábado das Campeãs (17), e não na Quarta-Feira de Cinzas, como de costume.

“Que você fique no comando da cidade de hoje até o Sábado das Campeãs. Mas é importante que os cariocas saibam: só vou estar de volta na segunda-feira, dia 19, quando o seu reinado acabar. Neste momento, eu e o ministro Celso Sabino passamos a chave da cidade ao Rei Momo.” Caio Cesar Dutra, também conhecido por Kaio Mackenzie, está à frente da ala de passistas da Caprichosos de Pilares. Ele declarou, então, aberto oficialmente o carnaval 2024 na cidade do Rio de Janeiro.

Reconhecimento

A tradição carnavalesca do Rio de Janeiro ganhou reconhecimento oficial. Em decreto publicado hoje em edição extra do Diário Oficial, o município estabelece que a entrega da chave da cidade ao Rei Momo e à corte da folia é o ato que dá início ao carnaval carioca.

O ministro Celso Sabino lembrou que o Rio é a cidade brasileira que mais recebe turistas no país. “A expectativa é que, este ano, tenhamos mais de 49 milhões de foliões aproveitando o carnaval em todo o Brasil, um número cerca de 6,5% maior que o do que ano passado”. Sabino desejou que o carnaval seja comemorado por todos com muita alegria e felicidade, mas também com responsabilidade.

O decreto municipal estabelece que, a partir de agora, a cerimônia de entrega das chaves deverá ocorrer anualmente, em caráter oficial, na sexta-feira que precede o sábado de carnaval.

Coroação

Dupla da perna de pau agita bandeira do G20 em desfile nos jardins do Palácio da Cidade – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Antes de receber a chave da cidade, o Rei Momo foi coroado como monarca do carnaval carioca. Ele passa, agora, a presidir as festividades carnavalescas, participar de desfiles e de concursos de fantasia e deve ainda promover a alegria entre os foliões. Na ocasião, foram coroadas também a Rainha do Carnaval, Gabriella Mendes, nutricionista de formação e passista da Mocidade Independente de Padre Miguel; a primeira princesa, Bruna dos Santos, passista da Mangueira; e a segunda princesa, Ana Carolina de Souza, esteticista, estudante de psicologia e musa da Unidos de Bangu.

Tia Surica, considerada a Rainha do Samba, desfilou em carro aberto pelos jardins do Palácio da Cidade, após apresentação de uma corte fictícia, fantasiada de reis, rainhas, nobres, ciganos, banda marcial, cangaceiros e boi-bumbá, entre outros personagens. Participaram também da cerimônia a família do Mestre Candonga, guardiã oficial da chave da cidade; a dupla do Rio sobre perna de pau, Raul Faria Lima e Isa Xavier, que carregava a bandeira Rio, capital do G20; e a bateria da escola de samba Imperatriz Leopoldinense.

À noite, às 21h, o prefeito Eduardo Paes participará do primeiro dia de desfiles no Sambódromo, quando oito escolas da Série Ouro estarão na avenida.

Série Ouro abre os desfiles do Rio com oito escolas nesta sexta-feira

Oito escolas de samba abrem os desfiles da Série Ouro, nesta sexta-feira (9), no Sambódromo do Rio. A vencedora terá o direito de se apresentar no Grupo Especial em 2025. Entre essas agremiações, quatro já estiveram na considerada elite do carnaval carioca e uma chegou a conquistar o campeonato.

A primeira a entrar na Marquês de Sapucaí será a União do Parque Acari. O enredo da amarelo, rosa e branco da zona norte celebra os 50 anos do primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê, da Bahia. O desfile de hoje será a estreia da escola no principal palco do carnaval carioca.

Na sequência será a vez do Império da Tijuca, uma das que tentam voltar ao Grupo Especial. A verde e branco da Tijuca, também na zona norte, vai homenagear a pernambucana Maria Madalena Correia do Nascimento, a conhecida dançarina, compositora e cantora de ciranda Lia de Itamaracá, que completou 80 anos no dia 12 de janeiro.

A terceira a se apresentar será a Acadêmicos de Vigário Geral. A azul, vermelho e branco levará para a avenida o enredo Maracanaú: Bem-vindos ao Maior São João do Planeta. Ao homenagear o município cearense, a escola vai mostrar os festejos que dão destaque à cidade.

Outra que tenta retornar ao Grupo Especial, a Inocentes de Belford Roxo vai defender na avenida a importância do trabalho dos camelôs na história e no comércio brasileiro. Entre as fantasias de destaque está o ambulante retratado nas pinturas do artista francês Jean-Baptiste Debret em seus quadros com cenas cotidianas das ruas do Rio de Janeiro na época do império, onde viveu por 15 anos.

Em seguida será a Estácio de Sá, que em 1992 foi campeã no Grupo Especial com o enredo Pauliceia Desvairada – 70 anos de Modernismo. Agora em 2024 vai contar com a força das pretas velhas Maria Conga e Vovó Cambinda na homenagem às religiões de matriz africana.

A sexta a desfilar será a União de Maricá. Criada em 2015, a vermelho, ouro e branco da Região Metropolitana do Rio fez o primeiro desfile na Série C. Desde lá, foi ascendendo até que agora será mais uma que estreia no grupo considerado acesso ao especial. O enredo O Esperançar do Poeta é uma grande homenagem aos compositores que mudam vidas por meio de seus versos e melodias. O fio condutor é o compositor Guaracy Sant’anna, o Guará, que morreu em 1988 deixando o legado de sambas como Sorriso Aberto, Problema Social e Singelo Menestrel.

A penúltima do primeiro dia de desfiles da Série Ouro será a Acadêmicos de Niterói, também da Região Metropolitana, pela segunda vez vai se apresentar no Rio de Janeiro. O enredo Catopês- Um céu de Fitas da azul e branco vai exaltar a cultura do grupo folclórico de congadas de Montes Claros, Minas Gerais.

O encerramento será feito pela escola de samba Unidos da Ponte. A azul, índigo e branco de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, se apresentará com o enredo Tendendém – O axé do epô pupá, que contará a história do dendê desde a origem em terras africanas até chegar ao Brasil. A Ponte também é uma das agremiações que querem voltar ao Grupo Especial.

Justiça do Rio pede soluções para irregularidades no sambódromo

A 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital determinou que o município do Rio, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e a Liga Independente da Série Ouro do Rio de Janeiro (LigaRJ) demonstrem, no prazo de seis horas, que foram resolvidas uma série de irregularidades no sambódromo da cidade.

A decisão atende ao requerimento de medida de cumprimento de decisão antecipatória de tutela de urgência incidental encaminhado pela 1ª Promotoria de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

Entre os problemas apontados pelos promotores estão “ausência de luzes de emergência e de sinalização luminosa indicando rotas de fuga; falta de iluminação nas áreas de circulação ao público; fiação de alta-tensão dentro d´água e completamente exposta; falta de sinalização das saídas e equipamentos de emergência; inexistência de espaço destinado ao eventual acautelamento de armas de fogo e brancas”.

A Justiça determinou ainda que os réus devem comprovar a solução dessas e de outras irregularidades indicadas, sob pena de multa de R$ 5 mil por hora. Na resposta devem apresentar relatório com fotografias demonstrando as intervenções feitas.

Conforme o MPRJ, o pedido foi feito dentro da ação ajuizada pelo órgão em 2022, em consequência do incidente que provocou a morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, que foi esmagada contra um poste no setor de dispersão do Sambódromo do Rio.

O MPRJ ressaltou a importância da apresentação de um protocolo dinâmico para situações de emergência e de um plano de contingência, e que a falta deste planejamento demonstra “o despreparo para situações imprevisíveis e possíveis de acontecer, o que pode resultar em riscos irreparáveis às crianças e adolescentes participantes do evento, como ocorreu no trágico caso de Raquel”.

Foi pedido ainda a fiscalização antes do início dos desfiles para verificar se as irregularidades constatadas foram sanadas, sob pena de revogação de todos os alvarás para a participação de menores concedidos.

A reportagem da Agência Brasil pediu um posicionamento da prefeitura do Rio, da Liesa e da LigaRJ sobre a decisão e aguarda posicionamento. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) também esclareceu sobre quando terminará o prazo de seis horas dado na decisão da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital.

Confira os blocos de carnaval do Rio de Janeiro nesta sexta-feira

A sexta-feira de carnaval (9) no Rio de Janeiro deve reunir milhares de foliões em blocos tradicionais e irreverentes que desfilam no centro e nas zonas sul, norte e oeste da cidade.

Entre os destaques estão o Bloco das Carmelitas, que desfila às 13h em Santa Teresa, e o Bloco Embaixadores da Folia, marcado para as 18h no centro. 

Confira a lista de blocos oficiais do carnaval de rua do Rio de Janeiro nesta sexta-feira:

Bloco das Carmelitas – 13h (Santa Teresa)

Bloco Órfãos do Brizola – 15h (centro)

Bloco Banda Cultural do Jiló – 16h (Tijuca)

Bloco Carnavalesco Rio de Janeiro – 16h (Padre Miguel)

Bloco dos Ferroviários Aposentados  – 16h (Rocha Miranda)

Bloco Senta Que Eu Empurro – 16h (Catete)

Banda Bloco Confraria Boêmios da Lapa – 17h (centro)

Bloco dos Bancários Vestiu uma Camisinha Listrada e Saiu Por Aí – 17h (centro)

Cata Latas do Grajaú – 17h (Grajaú)

Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Ninho dos Cobra Arsenal – 17h (centro)

Te Vejo Por Dentro… Sou da Radiologia – 17h (centro)

Banda Carnavalesca Vai Tomar no Azul – 18h (Engenho de Dentro)

Banda do Lido Copacabana – 18h (Copacabana)

Banda dos 300 – 18h (Grajaú)

B. C. Escorrega Mas Não Cai – 18h (Saúde)

Bloco Carnavalesco Rola Preguiçosa Tarda Mas Não Falha – 18h (Ipanema)

Bloco Da Sorveteria – 18h (Pedra de Guaratiba)

Bloco Das Piranhas Do Jefinho – 18h (Pedra de Guaratiba)

Educa Que Liberta Ou Cordão Do Paulo Freire E Ôh! Darcy – 18h (centro)

Embaixadores da Folia 18h (centro)

Grbc Tô Nem Aí -19h (Campo Grande)

Concurso selecionará 80 fotos sobre os 40 anos do Sambódromo do Rio

Os 40 anos do Sambódromo do Rio de Janeiro são o tema do Concurso Internacional de Fotografia – Apoteose 40 Anos, idealizado pelo Programa Memorável Samba, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

O projeto tem apoio da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e do programa Samba Global, do Centro de Referência e Informação de Arte e Cultura Brasileira (Criar).

As inscrições para a primeira etapa serão encerradas no dia 31 de março. Elas podem ser feitas pelo Instagram @apoteose40anos, marcando o perfil com a ‘hashtag’ #apoteose40anos.

O professor Jair Martins de Miranda, idealizador do concurso e coordenador do Laboratório de Preservação de Acervos Digitais e do Programa Memorável Samba, da Unirio, informou à Agência Brasil que os autores das imagens pré-selecionadas serão avisados no próprio Instagram – via direct – e deverão se reinscrever em uma segunda fase, descrevendo e contextualizando as fotos, via formulário encontrado no site.

Podem participar do concurso fotógrafos amadores e profissionais, brasileiros e estrangeiros. “Muitos fotógrafos de fora do Brasil vão postar também fotos sobre o Sambódromo. E, para eles, essa participação tem um significado muito grande, maior até que para os brasileiros. Eu tenho amigos do Japão que vêm participar do carnaval. Eles são apaixonados por carnaval, por samba. Essa é uma oportunidade para que pessoas de todo o mundo postem suas fotos ali”, disse Jair.

Sambódromo é um dos marcos deixados pelo arquiteto Oscar Niemeyer – foto –  Alexandre Macieira/ Riotur

Exposição

Serão escolhidas 80 fotos no total, sendo 40 de profissionais e 40 de amadores. O resultado final será anunciado em evento presencial e nas redes sociais do concurso em 30 de junho.

A iniciativa visa celebrar a trajetória de quatro décadas do Sambódromo carioca, homenageando o maior palco da cultura popular brasileira dedicado ao samba. Outro objetivo é homenagear os idealizadores do Sambódromo e da praça da Apoteose: o antropólogo Darcy Ribeiro e o arquiteto Oscar Niemeyer.

Jair salientou que a ideia é criar um grande acervo de imagens para retratar a memória afetiva, coletiva e popular dos 40 anos do Sambódromo para futuras gerações. Não haverá prêmios em dinheiro.

As fotos selecionadas no final vão compor um catálogo e uma exposição que será divulgada, inicialmente, no site, prevendo-se, posteriormente, a exibição em local ainda a ser definido. “O mais importante é produzir essa coleção coletiva de fotos”, finalizou o professor.