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Defesa Civil prevê risco de mais alagamentos no Rio Grande do Sul

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul (RS) divulgou novo aviso, às 10h05 deste domingo (5), alertando para mais chuvas e ventos “pontualmente fortes” no norte e nordeste do estado e na região metropolitana de Porto Alegre, com risco de descargas elétricas, granizo e novos alagamentos. O aviso é válido até as 14 horas de hoje.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também divulgou aviso na manhã de hoje alertando para chuvas intensas na maior parte do estado, com grau de severidade de “perigo potencial”, que é o menor grau da escala de risco, que pode ser ainda de “perigo” e de “grande perigo”. A previsão do Inmet é válida até as 23h59 de hoje.

“Chuva entre 20 e 30 milímetros (mm/h) ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h). Baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas”, informou o Inmet.

Na noite desse sábado (4), a Defesa Civil já havia alertado para risco de mais cheia do rio Guaíba, com mapa sinalizando, em vermelho, as áreas que podem ficar alagadas. De acordo com o órgão, “quem mora em áreas mais baixas deve buscar abrigo em locais seguros, longe da zona vermelha do mapa”.

A Defesa Civil recomenda que as pessoas acessem esse link para verificar se estão em área de risco e acrescenta que “não esperem a água chegar, saiam de casa com antecedência e indo para um local seguro. Proteja você e sua família”.

Mortos

Até agora, são 66 as pessoas mortas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, de acordo com o último boletim da Defesa Civil divulgado às 9h deste domingo (5). Outros seis óbitos ainda estão em investigação e outras 155 pessoas encontram-se feridas. Há ainda 101 desaparecidos. 

O número de mortos superou a última catástrofe ambiental do estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas perderam a vida. Autoridades afirmam que essa é o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul.

Na região de Sinumbu, chuvas inundaram ruas. Lama ficou acumulada.  Foto –  Gustavo Mansur/Palácio Piratini

As chuvas também obrigaram 95,7 mil pessoas a abandonar suas casas, entre 80,5 mil desalojados e 15,1 mil desabrigados. Ao todo, as chuvas já afetaram 707,1 mil pessoas no estado. Dos 497 municípios gaúchos, 332 foram afetados pelas fortes chuvas, o que representa 66% do total.

Neste momento, os itens mais necessários para as vítimas do mau tempo são colchões novos ou em bom estado, roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas, preferencialmente fechadas para facilitar o transporte. Saiba como doar.

Lula volta ao Rio Grande do Sul neste domingo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornará ao Rio Grande do Sul neste domingo (5) para acompanhar os trabalhos do governo federal para prestação de assistência humanitária aos atingidos pelas fortes chuvas no estado, desde a última segunda-feira (29). A informação foi confirmada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), Paulo Pimenta, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

Na tarde deste sábado, Lula também preside uma reunião virtual da sala de situação criada por ele na quinta-feira (2). No Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, o presidente é acompanhado de ministros e, por videoconferência, debatem soluções emergenciais com ministros que viajaram ao estado na manhã deste sábado (4) para instalação de um escritório permanente, em Porto Alegre, nesta segunda-feira (6) que funcionará como base para agilizar a comunicação entre governo federal e municípios atingidos.

Retorno de Lula

Neste domingo, a previsão é que o presidente viaje acompanhado de nove ministros, entre eles, o da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; da Educação, Camilo Santana. O desembarque está previsto para 10h30 no estado. E na agenda de compromissos, o presidente Lula irá se reunir com o governador gaúcho, Eduardo Leite, prefeitos dos municípios afetados e autoridades locais, com o objetivo de reforçar o trabalho conjunto que está sendo feito.

“Não vai faltar disposição, orçamento e capacidade de trabalho, para que a gente possa reconstruir tudo aquilo que está sendo destruído do Rio Grande do Sul. Mas, principalmente, para que a gente possa salvar vidas e fazer com que todo o suporte necessário, nesse momento dramático que o Rio Grande precisa, possa ser oferecido pelo Governo Federal”, anunciou o ministro da Secom/PR.

A equipe se somará às autoridades federais que já visitou as cidades de Canoas e de Porto Alegre, neste sábado: os ministros Paulo Pimenta; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/Mapa), Edegar Pretto; e o secretário nacional de Assistência Nacional, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, André Quintão,

Segunda visita

Em menos de uma semana, será a segunda visita do presidente Lula ao estado. Na quinta-feira (2), o presidente Lula e ministros estiveram no estado, desembarcaram na cidade de Santa Maria, para avaliar a situação. Na ocasião, garantiu que não faltarão recursos do governo federal no socorro à população do Rio Grande do Sul e na reconstrução de municípios gaúchos atingidos por tempestades e enchentes desde o início da semana.

Após a visita, o presidente Lula determinou a criação desta sala de situação para centralizar e coordenar as ações federais de socorro à população do estado e monitorar os temporais no RS.

Defesa civil pede a civis que não subam drones no Rio Grande do Sul

A Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul pediu aos cidadãos do estado que não subam drones nos municípios afetados pelas fortes chuvas desde a segunda-feira (29) para captar imagens aéreas das regiões alagadas, porque pode comprometer a segurança área de aeronaves que têm prestado socorro às pessoas atingidas pelas enchentes.

Em áudio distribuído aos jornalistas em um grupo de WhatsApp, a chefe de Comunicação da Defesa Civil do Estado, tenente Sabrina Ribas, faz um apelo para as pessoas não atrapalhem as operações de resgate. “[Pedimos] que as pessoas não subam drones nos municípios afetados, porque isso está prejudicando a questão da segurança de voo das aeronaves que estão prestando socorro”.

Para evitar risco às pessoas, a militar tem solicitado que as pessoas que estão em segurança não saiam de suas residências sem necessidade ou para fazer registros da situação em vídeo e fotos, porque também pode atrapalhar a circulação de viaturas oficiais.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) o governo federal disponibilizou nove aeronaves, 98 botes e embarcações e 81 viaturas. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que três aeronaves do poder público estadual estão sendo usadas nos resgates e que o estado está recebendo a ajuda helicópteros de outras unidades da federação, como de São Paulo e Paraná.

“Tenho pedido todo o esforço possível. Somente algumas aeronaves conseguem operar no período noturno. E tem que estar atender às condições climáticas para fazer os resgates. Estamos tentando levar na Serra Gaúcha, nesse momento, onde deslizamentos deixaram pessoas feridas que precisam ser resgatadas. Os bombeiros chegam, dão atenção com enfermagem para acolher e atender aquelas pessoas, mas a gente precisa retirar aquelas pessoas de lá”, disse o governador em entrevista coletiva.

Doações

Pelas redes sociais, a tenente também informa que a Defesa Civil do Estado está recebendo doações na Central Logística (avenida Joaquim Porto Villanova, número 101, em Porto Alegre). E podem ser entregues, colchões (novos ou em bom estado); roupa de cama; roupa de banho; cobertores; água potável; ração animal; cestas básicas fechadas. Mas, neste momento, tenente Sabrina Ribas esclarece que não estão sendo recebidos roupas e calçados; medicamentos, móveis e utensílios domésticos.

Os interessados em contribuir com refeições prontas (marmitas) deverão fazer contato prévio com a Defesa Civil do município que pretendem ajudar para evitar. Já as empresas, grupos de serviço e organizações da sociedade civil que desejarem enviar doações deverão contatar previamente a Defesa Civil do Estado no telefone (51) 3120-4255 para acertar a logística de entrega do material.

Fãs já se aglomeram em frente a palco do show da Madonna no Rio

Ainda era pouco antes das 9h deste sábado (4), quando dezenas de pessoas correram afobadas para se posicionar na grade em frente ao palco do show da cantora Madonna, que começa às 21h45.

O espaço era mantido isolado, por tapumes, desde o início dos trabalhos de montagem da megaestrutura, erguida nas areias da praia de Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, para marcar o encerramento da turnê mundial da artista norte-americana.

A turista argentina Gloria González mantinha seu lugar próximo aos tapumes desde a noite de sexta-feira (3). Ela chegou ao Rio no meio da semana, especialmente para acompanhar o show da cantora, de quem é fã mas a quem nunca assistiu ao vivo.

Mesmo após a retirada dos tapumes, segurança ainda mantinham um cordão de isolamento. Quando eles permitiram que os fãs se aproximam da grade, os mais atentos conseguiram correr antes e se posicionar melhor. Gloria estava distraída e acabou chegando depois. Por sorte, a argentina fez amizade com uma brasileira que conseguiu reservar um lugar em que as duas conseguiram ficar encostadas na grade.

“Vamos ficar aqui até a hora do espetáculo, porque provavelmente é a minha última oportunidade de vê-la. Depois não sei onde ela vai se apresentar e nem se ela vai se apresentar de novo”, disse a turista, que se protegia do sol já forte com um chapéu preto, onde se lia “Madonna no Rio: eu fui”.

A fã mineira Adriana Cruzeiro veio para o Rio de Janeiro com o marido em um ônibus fretado. Chegou por volta das 5h30 da manhã e já buscou um lugar junto às grades, que nem são tão perto do palco, uma vez que há uma área VIP, para a qual o acesso é restrito a convidados dos organizadores, no meio do caminho.

“Estou disposta a ficar aqui até o final, porque outra oportunidade dessa, não vou ter nunca mais na minha vida. Vim com meu marido e três funcionários dele. Vamos ficar revezando aqui, para guardar o lugar até o show, mas depois de um certo horário, acho que vai ser impossível sair daqui”.

O paulista George Oliveira não faz questão de estar colado na grade, mas já tinha reservado um lugar, junto com o namorado e amigos, próximo dali. Sua estratégia para ver Madonna de perto? Um binóculo que pegou emprestado com o irmão. “Quero ver ela cantando, mexendo a boca. Se eu conseguir ver isso com o binóculo, já ganhei meu dia”, conta o esperançoso fã.

Outra estratégia usada para visualizar melhor o palco é subir em um banquinho. O ambulante Adálisson Pereira anunciava a venda do banco, apelidado de “camarote da Madonna”, por R$ 40. “Já vendi mais de 100 desde ontem. Por enquanto o preço está R$ 40, mas vai subir mais perto do show”.

Show

A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,5 milhão na noite deste sábado, em Copacabana. O espetáculo da cantora, que começa às 21h 45, terá duas horas de duração. O evento será aberto com DJ Barata, a partir das 18h45, e Diplo, às 20h, em um palco secundário, localizado próximo ao principal. Logo após o show de Madonna, haverá apresentação do DJ Pedro Sampaio.

Mais de 3 mil policiais devem garantir a segurança do evento, que contará com pontos de revista e câmeras de reconhecimento facial. O bairro será fechado a veículos particulares a partir das 18h e a ônibus e táxis, a partir das 19h30. As melhores opções para chegar ao show são o metrô e os ônibus.

Correios recebem doações para vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul

As agências dos Correios nos estados de São Paulo e do Paraná, além de parte das unidades do Rio Grande do Sul, receberão, a partir desta segunda-feira (6), doações para as vítimas das fortes chuvas que caem no estado gaúcho e provocaram mortes, deixaram pessoas desabrigadas, feridas e desaparecidas, além de diversos prejuízos e estragos nas infraestruturas locais. A estatal transportará gratuitamente os donativos, sem nenhum custo aos doadores.

De acordo com Defesa Civil estadual, instituição parceira dos Correios nesta ação, as doações necessárias são de alimentos não perecíveis da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de higiene seco e itens de vestuário. Os Correios irão doar objetos de refugo que estavam sob sua guarda. Estes são encomendas que passaram por todas as tentativas de entrega aos destinatários, não foram procurados por eles, nem pelos remetentes e já ultrapassaram o prazo de 90 dias para reclamação previsto no Código de Defesa do Consumidor. Neste caso, os desabrigados dos municípios gaúchos receberão itens de vestuário e utensílios domésticos.

Na cidade de Santa Maria, os Correios disponibilizaram caminhões e empregados para auxiliar a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirma que iniciativa cumpre a obrigação que tem a empresa pública de contribuir para enfrentar a situação de crise no Rio Grande do Sul. “Estamos colocando nossa estrutura logística a serviço da população, atuando de todas as formas que a Defesa Civil Nacional e do estado solicitarem”.

Agências gaúchas

No Rio Grande do Sul, os donativos podem ser entregues nas agências centrais de 39 municípios: São Borja, Santo Ângelo, Santa Rosa, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Parobe, Taquara, Montenegro, Pelotas, Rio Grande, Camaqua, Bagé, Jaguarão, São Lourenço do Sul, Anta Gorda, Arvorezinha, Butia, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Estrela, Foutoura Xavier, Guaporé, Ilopolis, Mato Leitão, Nova Brescia, Pântano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Teotoania, Taquari, Venancio Aires e Vera Cruz.

Até sexta-feira (3), do total de cerca de 400 agências dos Correios no estado, 86 estavam inoperantes por conta de alagamentos provocados pelas fortes chuvas.  Uma equipe multidisciplinar tem trabalhado para a normalizar os serviços nas unidades afetadas.

Os clientes podem buscar informações sobre o funcionamento por meio da Central de Atendimento, pelo telefone 0800 725 0100, de segunda à sexta, de 8h as 20h e aos sábados de 8h às 14h.

Rio Grande do Sul contabiliza 56 mortes devido a fortes chuvas

O Rio Grande do Sul já registra 56 mortes devido às fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana. De acordo com boletim da Defesa Civil, 281 municípios foram afetados deixando 8.296 pessoas em abrigos e 24.666 cidadãos desalojados. O número de desaparecidos chega a 67. Há ainda 74 feridos. 

 

*Matéria em atualização 

Caixa libera FGTS a moradores de Rio Branco afetados por enchentes

Os trabalhadores de Rio Branco, capital do Acre, poderão sacar até 26 de maio o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. O município foi afetado por fortes enchentes recentemente.

Cada trabalhador afetado pelas enchentes poderá retirar até R$ 6.220. Somente poderão sacar o FGTS os moradores de endereços informados pela Defesa Civil dos municípios à Caixa Econômica Federal.

A retirada poderá ser pedida por meio do aplicativo FGTS. Basta o trabalhador abrir o aplicativo e escolher a opção “Meus Saques”, sem a necessidade de comparecer a uma agência. Os documentos – foto de documento de identidade e comprovante de residência em nome do trabalhador até 120 dias antes do desastre – poderão ser enviados pelo próprio aplicativo.

Caso o comprovante de residência esteja em nome do cônjuge, será necessário também enviar certidão de casamento ou escritura pública de união estável. O documento também pode ser incluído no aplicativo.

Ao pedir o saque, o trabalhador poderá indicar o crédito em uma conta da Caixa ou de qualquer outro banco para receber os valores, sem nenhum custo. O prazo para retorno da análise e crédito em conta, caso aprovado o saque, é de 5 dias úteis.

Outras informações podem ser obtidas no site da Caixa ou entrar em contato com a Caixa no telefone 0800-726-0207.

Também nesta sexta-feira (3), a Caixa autorizou o saque antecipado do FGTS para os municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas. Os mutuários também poderão pedir a suspensão de financiamentos habitacionais por até 90 dias.

Saiba como doar para vítimas de chuvas do Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul reativou a chave Pix para doações em dinheiro para ajudar as vítimas de enchentes no estado. A conta bancária nomeada como SOS Rio Grande do Sul, aberta no Banrisul, receberá os valores pelo Pix do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) número 92.958.800/0001-38. A chave é a mesma usada no auxílio às vítimas dos temporais ocorridos no ano passado. As contribuições em dinheiro podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas.

Nesse canal oficial de doações, os recursos serão revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades. A gestão e fiscalização dos recursos doados ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil do estado e auditado por representantes do poder público local e de entidades de assistência social.

Dados para doação:

Conta SOS Rio Grande do Sul

Chave Pix – CNPJ 92958800/000138

Banrisul

Doações

Exército entrega mantimentos na região de Sinumbu, para afetados pela forte chuva no estado do Rio Grande do Sul – Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a Defesa Civil municipal estabeleceu locais para receber doações de pessoas interessadas em ajudar as vítimas da chuva. Entre os itens apontados pela instituição como mais necessários, neste momento, estão colchões e roupa de cama de tamanho solteiro, roupas e calçados infantis, produtos de higiene e limpeza como sabonete, escova e pasta de dente, papel higiênico, shampoo, toalhas de banho, e água e copos descartáveis. Para os animais de estimação, como cães e gatos, podem ser recebidos casinha para os animais, cama, coleira, guia, gradil e ração.

Os locais que recebem doações podem ser acessados no site da prefeitura. As doações serão encaminhadas ao depósito da Defesa Civil Municipal, na rua La Plata, 693, que funciona 24 horas. A distribuição dos donativos será realizada pela instituição.

Prefeituras

A prefeitura de São José também realiza uma campanha de doações para as vítimas das chuvas no estado. O ponto de coleta é na sede do Procon, na Avenida Acioni Souza Filho, 2114, na Beira-Mar de São José. Os itens mais solicitados são água potável, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e roupas de cama.

Já a prefeitura de Santa Cruz do Sul tem cadastrado voluntários para atuar no atendimento às vítimas da enchente que também assola o município. As inscrições podem ser feitas no site da prefeitura.

A prefeitura de Taquara pede que os itens doados sejam entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, na Rua Guilherme Lahm, 947, centro, onde uma equipe faz a triagem. Também é possível doar via Pix, pela chave com número de celular 51996654645, em nome de Rotary Club de Taquara, que fará a compra dos materiais necessários para os atingidos pelas chuvas.

Times de futebol

Mantimentos são recolhidos para doação a afetados pela forte chuva no estado do Rio Grande do Sul – Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Os principais times gaúchos de futebol – Internacional, Grêmio e Juventude – também pedem ajuda às vítimas das chuvas no estado. Em função do mau tempo, o Grêmio suspendeu a coleta de doações nos postos abertos para evitar deslocamentos em áreas de risco. No lugar dos donativos físicos, o clube pede doações somente pelo Pix do Instituto Geração Tricolor, organização sem fins lucrativos da agremiação. A chave é o CNPJ 129859670001-59.

O Internacional está recebendo as doações no Estádio Beira-Rio e no Ginásio de Esportes Gigantinho, das 8h às 18h.

Em Caxias do Sul, o Esporte Clube Juventude escolheu o Estádio Alfredo Jaconi e o centro de treinamento do clube como pontos de arrecadação de agasalhos, água mineral, itens de higiene pessoal, limpeza e alimentos não perecíveis. 

Na manhã desta sexta-feira, atletas dos clubes ajudaram a distribuir alimentos e produtos de higiene pessoal aos atingidos pelos temporais. 

Danos em rodovias começam a ser avaliados no Rio Grande do Sul

Com o início da baixa das águas das enchentes no Rio Grande do Sul, começam a aparecer os danos nas estradas e acessos do estado. Ao todo, são 154 trechos em 68 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. 

Na manhã desta sexta-feira (3), imagens nas redes sociais mostraram os estragos no asfalto da ponte sobre o Rio Taquari, na BR-386, entre Lajeado e Estrela, que chegou a ser coberta pelas águas durante a cheia. Ainda não se sabe os danos estruturais causados pela enxurrada, e o acesso continua interditado. A via liga a região do Vale do Taquari à capital, Porto Alegre. 

“Tem que ser feito um diagnóstico, uma avaliação, um laudo técnico para sabermos em que condições está a nossa ponte entre Estrela e Lajeado”, disse o prefeito de Estrela, Elmar Schneider, em entrevista a uma rádio local. A concessionária CCR ViaSul, que administra a rodovia, informou que a via permanecerá bloqueada até que seja feita uma avaliação detalhada. 

Imagem de drone mostra área afetada pelas enchentes em Lajeado. Foto: Jeff Botega/Agência RBS via REUTERS

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, uma extensão de 93 quilômetros está totalmente impedida de tráfego de veículos na BR-386, entre Lajeado e Soledade, de forma preventiva. 

Muitos municípios do interior do estado estão isolados por causa de interdições nas estradas. Em Santa Tereza, na Serra gaúcha, há apenas um acesso a outras cidades, que está muito precário. Segundo a prefeita, Gisele Caumo, máquinas da prefeitura já trabalham para fazer a desobstrução. 

“As estradas estão precárias em todo o interior, mas estamos em um cenário catastrófico, então prioridades precisarão ser elencadas agora. A prefeitura tem poucas máquinas, e já iremos solicitar máquinas terceirizadas”, disse a prefeita nas redes sociais. Santa Tereza é uma das cidades mais próximas da barragem 14 de Julho, que foi rompida parcialmente ontem. 

A lista de todas as rodovias interditadas está no site do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). 

Chuvas no Rio Grande do Sul causam 37 mortes e incontáveis prejuízos

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última sexta-feira (26) continuam causando mortes, prejuízos materiais e transtornos à população. A cada novo balanço que a Defesa Civil estadual divulga, o número de pessoas afetadas pelas consequências dos eventos climáticos, como alagamentos, deslizamentos, inundações e enxurradas dá um salto.

Entre o primeiro e o segundo boletim que o órgão divulgou nesta sexta-feira (3), o registro de mortes confirmadas passou de 31 a 37 pessoas. O número de feridos em consequência dos efeitos das chuvas saltou de 56 para 74 indivíduos.

O total de afetados permaneceu o mesmo (351.639), bem como o de cidades (235) cujas prefeituras reportaram prejuízos e de pessoas desaparecidas (74), mas o número de desalojados, ou seja, de pessoas forçadas a deixar suas casas e ir para a casa de parentes, amigos ou hospedagens pagas saltou de 17.087 no boletim divulgado às 9 horas, para 23.598 na contabilidade encerrada ao meio-dia. Ao menos 7.949 pessoas que não tinham para onde ir ou como se deslocar seguem alojadas em abrigos públicos ou de entidades de assistência. O próximo boletim deve ser divulgado no fim desta tarde.

Devido ao grande volume de água e à elevação do nível dos rios, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) interditou as duas pontes sobre o Lago Guaíba e a ponte sobre o Rio dos Sinos para o tráfego de veículos. As chuvas afetaram os serviços de telecomunicações, deixando órgãos públicos e moradores de muitas cidades sem telefone e internet. Uma barragem se rompeu parcialmente, em Cotiporã, na Serra Gaúcha, e, até ontem, outras 18 estavam em estado de alerta ou atenção.

“De hoje até domingo [5], teremos pancadas de chuvas de altíssimas severidade. Já temos, em várias cidades, acumulados de mais de 400 milímetros [de chuva] nas últimas 72 horas. Os danos poderão ser muito maiores do que já se apresentam até o momento. Os níveis dos rios vão subir muito e o risco de movimento de massa [de solo] e de desmoronamentos é muito grande. Por isso, estamos alertando à população: tomem todos os cuidados necessários. Não saiam mais para a as estradas, que estão colapsadas. Se estão em áreas seguras, permaneçam. Principalmente [a população] da região do Planalto Alto Uruguai, onde o Rio Uruguai vai subir, gerando uma cheia acima da cota de transbordamento”, alertou o tenente-coronel Darci Bugs Júnior, da Defesa Civil estadual.