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Polícia do Rio faz operação contra contra criminosos do Pará

A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz uma operação para prender criminosos de outros estados que atuam na cidade. Neste domingo (22), policiais civis da 124ª DP, de Saquarema, Região dos Lagos, e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), participaram da Operação Antevéspera, contra traficantes do Pará. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), os criminosos atuam na área do município de Jaconé.

“As investigações duraram 3 meses, e apontaram que o grupo criminoso buscava instalar e expandir pontos de venda de drogas naquela localidade”, informou em nota.

Segundo a Sepol, os agentes foram recebidos a tiros, o que resultou em confronto, durante as diligências para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão. “Cinco criminosos foram neutralizados, sendo dois homens e três mulheres. Entre eles está o líder do bando, Washington Pereira Rodrigues, conhecido como Parazinho. Um policial civil foi atingido sem gravidade”, informou a secretaria.

Ainda na operação, as equipes apreenderam pistolas com kit Roni, rádios comunicadores, munições de diversos calibres, anotações do tráfico e farta quantidade de material entorpecente.

As investigações indicaram que depois de invadir um sítio, em uma região de mata, a quadrilha passou a intimidar e aterrorizar a população local. “A partir de levantamento de informações de inteligência, os policiais passaram a monitorar os bandidos. A operação está em andamento e diligências seguem para capturar um integrante do grupo criminoso que fugiu durante a ação”, informou a secretaria na nota.

Polícia do Rio faz operação contra criminosos do Pará

A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz uma operação para prender criminosos de outros estados que atuam na cidade. Neste domingo (22), policiais civis da 124ª DP, de Saquarema, Região dos Lagos, e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), participaram da Operação Antevéspera, contra traficantes do Pará. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), os criminosos atuam na área do município de Jaconé.

“As investigações duraram 3 meses, e apontaram que o grupo criminoso buscava instalar e expandir pontos de venda de drogas naquela localidade”, informou em nota.

Segundo a Sepol, os agentes foram recebidos a tiros, o que resultou em confronto, durante as diligências para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão. “Cinco criminosos foram neutralizados, sendo dois homens e três mulheres. Entre eles está o líder do bando, Washington Pereira Rodrigues, conhecido como Parazinho. Um policial civil foi atingido sem gravidade”, informou a secretaria.

Ainda na operação, as equipes apreenderam pistolas com kit Roni, rádios comunicadores, munições de diversos calibres, anotações do tráfico e farta quantidade de material entorpecente.

As investigações indicaram que depois de invadir um sítio, em uma região de mata, a quadrilha passou a intimidar e aterrorizar a população local. “A partir de levantamento de informações de inteligência, os policiais passaram a monitorar os bandidos. A operação está em andamento e diligências seguem para capturar um integrante do grupo criminoso que fugiu durante a ação”, informou a secretaria na nota.

Inscrições para o Projeto Botinho começam amanhã no Rio

As inscrições para o Projeto Botinho, considerada como a mais tradicional colônia de férias gratuita da América Latina, começam nesta segunda-feira (23), às 8h. Nesta edição da parceria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBmerj) com o Sesc-RJ, que ocorre entre 21 e 31 de janeiro de 2025, serão oferecidas 5 mil vagas para crianças e jovens de 7 a 17 anos de idade.

O projeto divide os alunos em três turmas de acordo com as idades. A Golfinho é para crianças de 7 a 10 anos, a Moby Dick de 11 a 14 anos, e a Tubarão, de 15 a 17 anos. Ao fim, os participantes receberão um certificado.

“A ação é referência nacional e internacional na formação de jovens cidadãos mais conscientes. As atividades acontecem das 8h às 11h, em 29 praias fluminenses, e contam com exercícios físicos na areia, instruções sobre as condições do mar, primeiros socorros e conservação ambiental. O trabalho é direcionado, visando à interação social e à prevenção a afogamentos”, informou o Corpo de Bombeiros.

Inscrição

Os responsáveis legais interessados  no curso devem fazer as inscrições pelo site do projeto, onde vão preencher a ficha com os dados do(s) menor(es). No momento da inscrição é preciso selecionar a praia de preferência para a participação no projeto.

“Os inscritos vão receber, em até 24 horas, um e-mail de confirmação com instruções para a entrega presencial de documentos, como atestado médico, entre os dias 2 e 9 de janeiro. Esse passo é imprescindível para garantir a vaga”, alertou o CBmerj.

O secretário Estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Tarciso Salles, avalia que o Projeto Botinho salva vidas. “É uma ação focada na conscientização das novas gerações. As crianças e os jovens aprendem e compartilham o conhecimento em casa, com seus amigos e familiares. São multiplicadores da nossa mensagem de prevenção a afogamentos e preservação da natureza!”.

O presidente do Sesc RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, disse que o apoio da entidade ao Botinho “é um compromisso que converge diretamente com nossos valores e objetivos institucionais”.

Véspera do Natal no Rio terá temperatura alta e possibilidade de chuva

A previsão do tempo para a véspera do Natal (24) na cidade do Rio de Janeiro indica tempo nublado, com temperaturas máximas próximas de 27°C. Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Thiago Souza, existe uma pequena possibilidade de pancadas de chuva bem isoladas. No entanto, essas condições estarão mais concentradas no restante do estado, especialmente entre a tarde e à noite.

Já no Dia de Natal (25), o sol volta a aparecer na capital, alternando com algumas nuvens no céu. “A temperatura aumenta, podendo alcançar os 32°C, e não há previsão de chuva. No restante do estado, as temperaturas também sobem, mas permanecem as chances de pancadas de chuva isoladas entre a tarde e à noite”, informou o meteorologista à Agência Brasil.

No dia do Natal, ainda conforme Thiago Souza, as condições para chuva intensa no estado são maiores entre a tarde e à noite, com destaque para as regiões Serrana, metropolitana, exceto a capital, e norte fluminense.

Estágio 1

O município do Rio de Janeiro voltou ao Estágio 1, às 9h deste domingo. O alerta do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro foi baseado na ausência de previsão de chuva moderada para as próximas horas.

“O radar meteorológico do Sumaré não detecta núcleos de chuva sobre o município do Rio e regiões adjacentes”, indicou o Sistema Alerta Rio.

O Estágio 1 é o primeiro em uma escala de cinco e representa a falta de ocorrências de grande impacto. “Nesse estágio, podem ocorrer pequenos incidentes, mas que não interferem de forma significativa na rotina do cidadão”, explicou o Alerta Rio.

Para as próximas horas, o céu deve permanecer nublado a parcialmente nublado e o tempo ficará instável na cidade do Rio. “A previsão é de céu parcialmente nublado a nublado, com ocorrência de chuviscos nesta manhã e pancadas de chuva nos períodos da tarde e noite, podendo vir com raios e rajadas de vento moderados a fortes”, informou o Alerta Rio, acrescentando que as temperaturas continuarão estáveis, com máxima prevista de 31°C.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na madrugada e na manhã desta segunda-feira (23), a previsão é de céu nublado com chuvas e ventos fracos. O mesmo deve ocorrer à noite, diferente do panorama da tarde, quando não deve chover.

Nos últimos dias, a capital fluminense tem enfrentado períodos de chuva. Na sexta-feira (20), um temporal de quase 2 horas provocou transtornos na capital. Diversas ruas das zonas sul, oeste e norte ficaram alagadas e o trânsito virou um caos. A ventania forte derrubou várias árvores na cidade. No bairro do Humaitá, na zona sul, uma árvore muito grande caiu e danificou um parquinho infantil. Na Rocinha, maior favela do Brasil, na zona sul, a enxurrada em uma das ruas chegou a levar motos que estavam estacionadas.

Rio adota orientação do Ministério da Saúde no uso de vacina da covid

Idosos de 60 anos de idade e gestantes foram incluídos no público-alvo da vacina de rotina contra a covid-19 do Calendário Nacional de Imunização. A recomendação do Ministério da Saúde, adotada pelo estado do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) “tem como base a disponibilização de diferentes formulações de vacinas, adaptadas às necessidades de distintas faixas etárias e grupos especiais, com ênfase no uso racional e estratégico desses imunobiológicos”.

Com a nova orientação, os idosos devem tomar doses de reforço a cada 6 meses. No caso de gestantes, a recomendação é que se imunize a cada gravidez, independente da quantidade de doses que já tenham recebido. 

Para atender o calendário, a SES distribuiu, nesta semana, 35 mil doses para os 92 municípios do estado aderirem à nova rotina.

“É importante reforçar a imunização para proteger quem mais precisa, e para garantir que os novos cidadãos do estado estejam seguros contra a covid”, disse a secretária de estado de Saúde, Cláudia Mello, em nota.

Conforme a secretaria, a vacina contra a covid-19, que será utilizada, tem composição derivada de uma linhagem ancestral do SARS-CoV-2. O imunizante será atualizado periodicamente para garantir a eficácia contra novas variantes.

A SES destacou ainda que não é a primeira vez que essa tecnologia de vacina é adotada. Anteriormente foi utilizada com a vacina SpikeVax, que ficou popularmente conhecida como XBB, em referência a última variante de alta circulação.

“Com a chegada dessa nova vacina na rotina do Calendário Nacional de Vacinação, a gente consegue sustentar a redução de casos graves e óbitos pela covid-19 no estado do Rio de Janeiro”, avaliou o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro.

Cronograma

Além dos idosos com 60 anos, que devem receber uma dose de vacina a cada 6 meses, independentemente da quantidade de doses prévias recebidas, e as gestantes, que precisam ser vacinadas em qualquer momento da gestação, e em cada gestação, independentemente da quantidade de doses prévias recebidas, crianças entre 6 meses e 5 anos de idade já eram contempladas desde janeiro de 2024. 

“Para os demais grupos prioritários com 5 anos ou mais de idade será considerada a vacinação especial contra a covid-19”, informou a pasta.

A SES recomenda ainda que os municípios “redobrem os esforços na divulgação dos imunizantes e realizem ações para garantir uma cobertura vacinal homogênea em todo o estado”.

Comunidade no centro do Rio recebe festival de arte urbana

Localizado no bairro de Santo Cristo, no centro do Rio de Janeiro, o Morro do Pinto é a primeira comunidade a receber o festival de arte urbana e grafite Rua Walls, responsável pelos muros grafitados na zona portuária. A partir deste sábado (21), o projeto inaugura a primeira parte da galeria a céu aberto na comunidade, com murais criados por artistas nacionais e internacionais. O  projeto reúne 20 artistas, sendo oito de seis países estrangeiros — Argentina, México, Estados Unidos, Espanha, Itália e Nigéria.

Na edição deste ano, o evento propõe uma nova perspectiva sobre o papel da arte urbana na transformação das cidades e na construção de identidades culturais. O foco é a revitalização do Morro do Pinto e da zona portuária. “O Morro do Pinto foi escolhido por sua rica conexão com a cultura carioca e seu papel histórico na zona portuária, uma área em transformação. Com suas histórias únicas e uma comunidade ativa, o bairro representa perfeitamente os valores do Rua Walls de revitalização e inclusão”, afirma o realizador do festival, Caique Torrezão.

O realizador do evento disse à Agência Brasil que a localização estratégica da comunidade na região portuária facilita o diálogo entre tradição e modernidade, colocando o morro no mapa cultural do Rio de Janeiro”. Torrezão informou que serão criados mais 20 murais no local. Na comunidade, receberão intervenções artísticas pontos como a Fábrica Bhering, o Bar do Omar e o Bar do Molejão. Outros locais, como o Largo da Prainha, no bairro dae Saúde, e o hotel Intercity, em Santo Cristo, também integram o mapa do projeto.

Rua Walls 2024

Com início em 2019 no Rio de Janeiro, a proposta do Rua Walls é transformar a paisagem urbana por meio da arte. Segundo Torrezão, na edição deste ano, são abordados temas como sustentabilidade e revitalização urbana, destacando a conexão entre arte, preservação ambiental e recuperação de espaços urbanos; protagonismo comunitário, reforçando o papel do Morro do Pinto como centro cultural e valorizando as narrativas locais; e conexão entre global e local, com murais de artistas nacionais e internacionais dialogando com a história e a cultura carioca, além de ampliar as discussões sobre diversidade e pertencimento. 

“A edição de 2024 expande a proposta ao incluir iniciativas sustentáveis, como a revitalização do Parque Machado de Assis e o lançamento do programa Refloresta Favela, demonstrando o compromisso do festival com a transformação social e ambiental”, destacou Torrezão. Como parte do projeto, a comunidade do Morro do Pinto recebe também o Centro de Inovação e Reflexão, galpão cultural que funcionará como um espaço de troca, discussão e vivência artística. A inauguração está prevista para dezembro deste ano.

“Realizar o Rua Walls no Morro do Pinto tem um impacto significativo, incluindo empoderamento comunitário, pois a arte transforma o bairro em uma galeria a céu aberto, elevando a autoestima dos moradores e destacando o potencial cultural da região”, afirmou Torrezão, que ressaltou o compromisso do projeto com a descentralização da arte. “Levar o festival para um espaço fora do eixo central democratiza o acesso à arte e promove o reconhecimento das periferias como polos culturais”.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

MPT resgata no Rock in Rio 14 trabalhadores em situação de escravidão

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) e a Auditoria Fiscal do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), informaram nesta quarta-feira (18) que resgataram 14 trabalhadores em condições análogas às de escravo de uma empresa de carregamento de equipamentos que prestava serviço para a produção do Rock in Rio 2024.

Na madrugada do dia 22 de setembro, uma força-tarefa de auditores fiscais e procuradores do Trabalho inspecionou as instalações do evento e encontrou os 14 funcionários dormindo em condições degradantes sobre papelões, sacos plásticos e lonas. As vítimas trabalhavam como carregadores dos mais diversos objetos, como grades, bebidas, barricadas, brindes e estruturas metálicas, atuando na montagem e limpeza de alguns espaços.

Segundo o MPT, os trabalhadores foram contratados com a promessa deo receber diárias que variavam entre R$ 90 e R$ 150, a depender do número de horas trabalhadas. Muitos dos empregados dobravam jornadas por dias seguidos na expectativa de aumento de ganhos, chegando a trabalhar por 21 horas em um dia e voltando a trabalhar após 3 horas de descanso. Apesar da promessa de remuneração, os valores não foram pagos integralmente, constatou o MPT.

A ação foi realizada a partir dos indícios de que trabalhadores da empresa contratada pela organizadora do evento estavam pernoitando no escritório da empresa no interior do festival, na Arena de Tênis do Parque Olímpico, e realizando jornadas em sequência.

Algumas das trabalhadoras resgatadas informaram que tomavam banho de caneca no banheiro feminino e tiravam a maçaneta da porta do sanitário para que os homens não entrassem no local.

Os trabalhadores disseram que permaneciam no local após o término das escalas durante a madrugada para dobrarem, ou seja, para iniciarem novas jornadas na manhã do mesmo dia e após já terem trabalhado por mais de 12 horas. Há relatos de funcionários que trabalhavam por dias seguidos sem ir para casa ou com intervalos de três horas entre as jornadas, trabalhando das 8h às 5h e reiniciando o trabalho às 8h na mesma manhã.

A equipe verificou o banheiro e constatou que o local estava muito sujo, com diversas roupas penduradas e com urina no chão, entre outras irregularidades.

Foi constatado o trabalho análogo à escravidão em decorrência das condições degradantes do alojamento, da jornada exaustiva e de trabalho forçado, diz o MPT. 

A Auditoria-Fiscal do Trabalho lavrou 21 autos de infração punindo a empresa contratada e 11 autos de infração em relação à realizadora do evento, Rock World S.A., que foi responsabilizada diretamente pelo trabalho análogo à escravidão, em razão da negligência na fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista por parte da empresa contratada.

A fiscalização também emitiu guias de seguro-desemprego pelas quais os trabalhadores podem receber três parcelas de um salário mínimo cada.

O procurador do Trabalho Thiago Gurjão disse que após sucessivas audiências, as empresas não quiseram firmar termo de ajustamento de conduta (TAC) junto ao MPT/RJ. Ele informou que o MPT irá adotar medidas cabíveis para impedir que as irregularidades constatadas voltem a ocorrer, e também para garantir a necessária indenização por danos morais individuais às vítimas, além de indenização por danos morais coletivos.

O MPT requisitou informações à empresa que emitiu o certificado de “evento sustentável” para o Rock in Rio, e cobrou quais providências serão adotadas a partir da constatação de trabalho escravo na edição de 2024. O MPT também questionou as empresas apoiadoras do evento para que informem quais medidas serão adotadas, considerando o possível uso de trabalho escravo na divulgação de suas marcas, inclusive na montagem de estandes, painéis e placas de anúncios.

Segundo o auditor-fiscal do Trabalho Raul Capparelli, o resgate de trabalhadores não é inédito no Rock in Rio. No evento de 2013, 93 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em uma empresa do ramo de fast food. Na edição de 2015, foram resgatados 17 trabalhadores, também de empresa que atuava com alimentação. 

Este ano, a empresa que organiza e produz o Rock in Rio foi considerada diretamente responsável pela exploração do trabalho em condições análogas às de escravo, pois os trabalhadores atuavam diretamente na produção do evento como carregadores.

“A gente recebe muitas denúncias de matéria trabalhista, sobretudo no pré-evento, quando a estrutura está sendo montada. Já em algumas edições a gente percebeu a recorrência do recebimento de denúncias de trabalhadores, há também fraudes trabalhistas, trabalhadores sem carteira assinada, e contratos de pessoa física como empresa ou microempreendedor. As irregularidades se repetem. A gente quase não vê avanço”, disse Isabel Maul, vice-procuradora chefe do MPT-RJ.

Nota do Rock in Rio

A Rock World, empresa organizadora do Rock in Rio, declarou enorme estranhamento à divulgação do Ministério Público de fatos tão graves que sequer foram julgados. 

“Tais acusações ainda precisam ser esclarecidas para que, dessa forma, medidas cabíveis possam ser tomadas. A Rock World repudia qualquer forma de trabalho que não siga as regras de respeito ao trabalhador. Destaca também o compromisso em instruir todas as empresas terceirizadas e fornecedores a realizarem os processos de contratação dentro da legislação brasileira. Por fim, informa que atua de forma transparente e que integrantes do Ministério Público do Trabalho acompanharam todas as etapas de contratação”, diz a nota.

O comunicado informa que ao longo de 24 edições, 300 mil empregos diretos e indiretos foram criados e milhares de pessoas fora da Cidade do Rock foram beneficiadas por meio dos projetos sociais que o festival apoia, “reafirmando os valores de pluralidade, comunidade, sustentabilidade e seu compromisso com a construção de um mundo melhor para todos”.

“Apenas na última edição do Rock in Rio de 2024, foram gerados mais de 32 mil postos de trabalho. Tais contratações foram distribuídas por 160 projetos de marcas e mais de 320 projetos de fornecedores, todos realizados e apresentados em mais de 30 mil documentos apresentados e analisados pelos órgãos competentes”, finaliza a nota.

Prefeito e vereadores são diplomados no Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (foto), e o vice-prefeito, Eduardo Cavaleire, foram diplomados, nesta quarta-feira (18), juntamente com os 51 vereadores eleitos ou reeleitos para a próxima legislatura. A cerimônia, no Palácio Pedro Ernesto, foi conduzida pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Henrique Carlos de Andrade Figueira, que ressaltou que o momento é de felicidade para os eleitos, mas também de muita responsabilidade.

“Os senhores têm que cuidar da nossa população, da nossa gente. É difícil esse trabalho, mas o prazer pelo exercício da função, com certeza, os levará a bons caminhos e boas práticas, sempre buscando a harmonia entre os poderes”, declarou o presidente do TRE-RJ.

A diplomação é feita depois que se encerram todos os prazos de processamento das eleições e de questionamento dos resultados. Ela atesta que o candidato está apto a assumir a função. O próximo passo é a cerimônia de posse, marcada para 1º de janeiro, quando começam os mandatos que se encerram em dezembro de 2028.

Quarto mandato

Os diplomados não fizeram discursos, mas, em suas redes sociais, Eduardo Paes comemorou a oficialização do resultado das urnas, que concedeu o seu quarto mandato à frente do Executivo do Rio de Janeiro.

“A sensação é a mesma que tive lá em 2008: a mesma emoção, a mesma alegria, o mesmo frio na barriga e a mesma vontade de levantar cedo todos os dias para lutar por um Rio melhor. Muito obrigado ao povo carioca pela oportunidade de ser prefeito da mais incrível de todas as cidades!”, afirmou Paes.

Ele foi reeleito em primeiro turno com mais de 1 milhão e 80 mil votos, o que correspondente a 60,47% do total válido.  A Câmara Municipal terá 21 novos vereadores. Do total de 51 eleitos ou reeleitos, 12 são mulheres e 16 são pretos ou pardos.

ONG protesta contra morte de crianças e adolescentes no Rio de Janeiro

A poucos metros da construção do palco principal do Réveillon de 2025, na Praia de Copacabana, uma manifestação exibia nesta quarta-feira (18) fotos de crianças assassinadas a tiros no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2020 e 2024. O ato silencioso em frente ao Hotel Copacabana Palace foi planejado pela ONG Rio de Paz, em protesto contra a violência no estado.

Rio de Janeiro (RJ), 18/12/2024 – Rio de Paz faz ato contra mortes de crianças por violência, na praia de Copacabana – Tomaz Silva/Agência Brasil

Segundo levantamento da instituição, 48 crianças e adolescentes entre 7 meses e 14 anos de idade foram mortas nos últimos quatro anos. Dessas, 37 (77%) foram vítimas de balas perdidas, e 11 (23%), executadas em diferentes circunstâncias, algumas envolvendo ações policiais. Além das fotos, 115 bolas vermelhas foram espalhadas pela areia, representando os mais de 100 jovens assassinados desde 2007, quando a ONG passou a acompanhar os casos. 

“Estamos exatamente a uma semana do Natal, perguntando para as autoridades públicas brasileiras como será o Natal dos familiares dessas 48 crianças mortas, em sua maioria, por bala perdida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, questiona o fundador da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.

Como parte do ato, uma árvore de Natal com cruzes nas bolas também foi montada ao lado de uma faixa estendida na praia, cobrando dos governos federal e estadual como será o Natal das famílias afetadas. “Em geral, são crianças moradoras de favelas. A autoria desses homicídios não é elucidada, o poder público não se importa, não demonstra preocupação, não atende às demandas financeiras, psicológicas e emocionais desses familiares, que entram muitas vezes em depressão, não conseguem mais trabalhar, passando a viver em agonia”, relata Costa. 

Emily e Rebecca

Presente no protesto, Lídia da Silva Moreira Santos relembra as mortes da sobrinha e da neta em 2020. No dia 4 de dezembro daquele ano, Emily Victória da Silva, de 4 anos, e Rebecca Beatriz Rodrigues Santos, de 7 anos, foram baleadas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As crianças brincavam na porta de casa quando foram atingidas. 

“Eu estava trabalhando. Cheguei em casa às 20h30 mais ou menos. Quando saltei do ônibus, escutei um tiro. Eu estava tão perto que, para mim, parecia uma rajada de tiros, de tão alto que foi. Quando atravessei a rua e cheguei no meu portão, vi a Emily com a cabeça estourada por um tiro de fuzil. Logo depois, vi a minha neta com o mesmo tiro no peito”.

À Agência Brasil, Lídia recorda que a neta, Rebecca, queria estudar para ser médica. Já a sobrinha, Emily, faria 5 anos em 19 dias, no dia 23 de dezembro. “Para mim, a ação de hoje é mais uma luta, é mais uma coisa para o Governo tomar consciência do que ele fez e do que ele tem feito para a nossa família. E ele não acabou só com a minha família, acabou com a vida de muita gente”, protesta. 

De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado, 25 crianças e adolescentes foram mortos em 2024 na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Apenas em Duque de Caxias, foram quatro crianças — duas com 6 anos, uma com 7 e uma com 11 —, sendo duas atingidas por balas perdidas.

“O que esperamos é que algo novo aconteça, porque estamos seguindo a velha cartilha de segurança pública do nosso país, que nunca deu resultado”, diz Costa. 

Rio de Janeiro (RJ), 18/12/2024 – Rio de Paz faz ato contra mortes de crianças por violência, na praia de Copacabana – Tomaz Silva/Agência Brasil

Para fundador da ONG Rio de Paz, a solução para a letalidade no Brasil não não está em medidas isoladas. “Tem que ter pacote de ações que envolve a implementação de políticas públicas nas favelas, a fim de diminuir o fosso entre ricos e pobres na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Precisamos de reformas das nossas polícias e de rediscutir a guerra às drogas, que também não tem dado resultado nenhum”.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Ônibus do Rio terão ar condicionado monitorado pela prefeitura

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (17) que vai monitorar a climatização dos ônibus da cidade com sensores que serão instalados nos veículos de transporte coletivo, cujas linhas operadas por empresas privadas são concessões municipais.

Até o momento, 68 ônibus contam com o sensor, e o objetivo é chegar a 150 até o final do ano. Todos os sensores já foram comprados pelo município, e, no próximo dia 27, está prevista uma licitação para contratar a instalação e ampliar ainda mais esse monitoramento, chegando a toda a frota até março de 2025.

O objetivo da prefeitura é fazer valer a obrigatoriedade de ar condicionado nos ônibus da cidade, que são subsidiados pelo poder municipal para oferecer esse serviço aos passageiros.

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) vai considerar ligado e em bom funcionamento o ar-condicionado que reduza a temperatura no interior dos ônibus em, no mínimo, 8 graus Celsius (°C), em comparação com a temperatura externa ao veículo.

Em entrevista à imprensa durante o lançamento da ação, o prefeito Eduardo Paes prometeu cortar o subsídio das empresas que forem identificadas sem o funcionamento do ar-condicionado.

Calor extremo

O registro de temperaturas extremas na cidade do Rio de Janeiro também motivou a administração municipal a rever os protocolos para alertar a população para os cuidados com o calor no verão de 2025.

Foram estabelecidas escalas de classificação de riscos que variam de 1 a 5 e que podem determinar, inclusive, o cancelamento de grandes eventos, como shows e atividades esportivas. Até o momento, a cidade já registrou os níveis 1, 2 e 3 nessa escala.