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Flamengo vence e tira Inter da briga pelo título brasileiro

O Internacional saiu da briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (1), o Colorado perdeu do Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional. O tropeço pela 36ª rodada encerrou uma sequência de 16 jogos de invencibilidade do time gaúcho, com 12 vitórias e quatro empates no período.

Com 65 pontos, o Inter pode atingir, no máximo, 71 pontos nos próximos dois jogos que tem pela frente. O líder, Botafogo, soma 73 pontos. O Glorioso, inclusive, será o adversário dos gaúchos na quarta-feira (4), às 21h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Se tivesse ganhado neste domingo, o Colorado poderia reduzir, no confronto direto, a distância para o Alvinegro para somente dois pontos.

O Flamengo, por sua vez, foi a 66 pontos e reassumiu a terceira posição, superando o próprio Inter. O Rubro-Negro já não tinha mais chances de título, podendo finalizar a competição com, no máximo, 72 pontos, caso ganhe os dois últimos compromissos.

Os cariocas construíram a vantagem no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o meia Nícolas de la Cruz cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro Léo Ortiz, de cabeça, mandou para as redes. Oito minutos depois, na sequência de uma cabeçada do atacante Gonzalo Plata, o lateral Alex Sandro ficou com a sobra na esquerda e tocou para Michael concluir. O próprio atacante anotou o terceiro aos 40, aproveitando cruzamento rasteiro do lateral Wesley, pela direita.

O Inter reagiu na segunda etapa. Aos nove minutos, Wesley recebeu do também atacante Enner Valencia da entrada da área, driblou De la Cruz e bateu, diminuindo a vantagem do Rubro-Negro. Aos 16, Valencia balançou as redes de cabeça, mas a arbitragem deu impedimento do equatoriano. Dois minutos depois, o lateral Alexandro Bernabei cruzou pela esquerda e Valencia, de novo pelo alto, completou para o gol, validado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR). Apesar da pressão colorada, o placar não se alterou mais.

Tudo azul

Se o domingo foi ruim para o lado vermelho de Porto Alegre, a metade azul está respirando mais aliviada. Na Arena do Grêmio, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 2 a 1 e praticamente se livraram de qualquer possibilidade de rebaixamento à Série B. Os gremistas não venciam há seis rodadas.

Os gaúchos foram a 44 pontos, assumindo a décima posição e abrindo seis pontos para o Criciúma, 17º colocado e equipe que abre a zona de rebaixamento (Z-4), mas que não tem mais como ultrapassar o Tricolor, pois atinjirá, no máximo, 11 vitórias (contra 12 do Imortal). O Red Bull Bragantino, que ocupa o 18º lugar, com 37 pontos, ainda joga neste domingo, às 18h30, diante do Cruzeiro, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). Se o Massa Bruta não ganhar, o Grêmio está 100% assegurado na Série A de 2025.

O São Paulo, em contrapartida, foi “beneficiado” pelo título do Botafogo na Libertadores e foi a campo garantido na fase de grupos da próxima edição do principal torneio do continente. O Tricolor paulista soma 59 pontos e não perde mais a sexta posição.

Dominante, o Grêmio conseguiu abrir o placar aos 35 minutos do primeiro tempo. O lateral João Pedro do atacante Yeferson Soteldo pela direita e ajeitou para o meia Franco Cristaldo chutar cruzado e abrir o marcador em Porto Alegre. Aos 45, o volante Matías Villasanti cruzou pela direita e o zagueiro Ruan, ao tentar anular os atacantes Martín Braithwaite e Alexander Aravena, acabou marcando contra.

Os visitantes retornaram melhor do intervalo, equilibrando as ações e descontando aos 18 minutos. O volante Luiz Gustavo aproveitou a sobra de um escanteio afastado pela defesa do Grêmio e chutou de primeira, da entrada da área, fazendo um golaço. O São Paulo pressionou atrás do empate, mas os gaúchos seguraram o resultado positivo.

Cruzeiro e Grêmio ficam no 1 a 1 pelo Brasileiro

Cruzeiro e Grêmio empataram em 1 a 1, na noite desta quarta-feira (27) no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, em partida que fechou a 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de futebol masculino.

Nem lá, nem cá… pic.twitter.com/xBba49CdF3

— Brasileirão Betano (@Brasileirao) November 28, 2024

Com o resultado o Imortal permanece ameaçado pelo rebaixamento, ocupando a 14ª posição com 41 pontos. Já a Raposa aparece na 7ª colocação com 48 pontos.

Mesmo fora de casa, o Grêmio abriu o placar aos 18 minutos do primeiro tempo, quando o centroavante Braithwaite aproveitou cruzamento rasteiro de João Pedro para marcar de letra. Mas o Cruzeiro não desanimou e igualou aos 41 da etapa inicial. Matheus Pereira tocou para Veron, que devolveu com um passe em elevação que terminou com um chute de primeira do camisa 10 para o fundo do gol adversário.

Hemorio lança hoje campanha Unidos pelo Sangue

O Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti – Hemorio – completa 80 anos com o lançamento da campanha Unidos pelo Sangue, nesta segunda-feira (25), quando é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue.

No maior hemocentro do estado do Rio de Janeiro, a programação começa às 8h30, com atividades para destacar a importância da doação de sangue como um gesto solidário e de amor ao próximo, que salva vidas.

Para a abertura oficial, a programação prevê apresentação de artistas e influenciadores digitais. Os comediantes do Grupo 4K apresentarão a Comédia entre Amigos, seguida de um cortejo musical que percorrerá as dependências da unidade. Paralelamente, no pátio do Hemocentro, haverá intervenções dos artistas plásticos independentes André Rongo e Alfredo Borret.

“André vai preparar um grafite em tapume gigante, onde os doadores poderão deixar mensagens de estímulo à doação e sua assinatura. Já Alfredo produzirá mil ímãs de geladeira em tampinhas de garrafa para distribuir aos doadores. O Hemorio também fará homenagens aos doadores mais antigos e mais assíduos e às famílias doadoras”, informou a instituição.

O diretor do Hemocentro, Luiz Amorim, afirmou que o estoque de sangue do Hemorio abastece 100 unidades públicas de saúde, entre elas todos os grandes hospitais de emergência do estado e unidades da rede federal, além do próprio hospital, que atende pacientes com doenças hematológicas como anemia falciforme, hemofilia e leucemia, entre outras.

“Por isso, os doadores são peças fundamentais nessa engrenagem, nada mais justo do que homenageá-los. É uma forma de agradecer por este gesto nobre e de amor ao próximo”, disse.

Entre janeiro e o dia 21 de novembro deste ano, o Hemorio recebeu 81.792 doações. A expectativa é fechar o ano com 92 mil. Amorim alertou, que durante o período de festas de fim de ano, as doações costumam diminuir.

“Com a proximidade das festas de Natal e Ano Novo as doações tendem a cair também entre 10% e 15%. Somente com o apoio de doadores de sangue conseguiremos manter os estoques equilibrados, por isso a mobilização precisa ser constante”, indicou.

Campanha

Este será o sexto ano consecutivo em que uma empresa de branding – especializada em gastronomia – vai realizar, em parceria com o Hemorio, a campanha Cozinhar tá no Sangue. Reunira chefs de cozinha como Janaína Torres, Carole Crema, Tati Lund, Danilo Parah e João Paulo Frankenfeld em ações nas redes sociais para incentivar a doação de sangue.

“A chef Renata Iglesias, idealizadora da ação conjunta, estará no Salão do Doador do Hemorio para doar sangue e falar sobre a iniciativa que contará com tantas estrelas da gastronomia brasileira”, concluiu.

A programação segue nesta terça-feira (26), quando haverá também apresentação da Bateria do Botafogo Samba Clube, Rei Momo, Kaio Mackenzie e a rainha de bateria da Portela, Bianca Monteiro, além da bateria-mirim da escola de samba Unidos de Vila Isabel.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 50 kg, estar em boas condições de saúde, dormir pelo menos seis horas na noite anterior à doação e não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas antes da doação. Não é necessário estar em jejum, apenas deve-se evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antes da doação, não fumar duas horas antes, apresentar um documento oficial com foto, como carteira de identidade, carteira nacional de habilitação e passaporte, entre outros.

Consentimento

Os menores de 18 anos devem apresentar Termo de Consentimento padrão assinado pelos pais ou responsável legal. Alguns medicamentos podem impedir a doação, ocorrendo o mesmo se tiver feito tatuagem em período inferior a seis meses.

“Doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue também impedem a doação. Uma doação pode ajudar a salvar até quatro vidas”, acrescentou o Hemocentro.

Quem quiser mais detalhes sobre doações pode acessar as redes sociais do Hemorio (@hemorio) ou ligar para o Disque Sangue de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h, telefone (21) 3916-8310.

Saiba como excluir automaticamente pagamento associativa pelo Meu INSS

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tiverem desconto de mensalidade de associação a entidades e sindicatos no contracheque, podem pedir a exclusão do débito de forma automática pelo aplicativo ou pelo site Meu INSS.

Novos descontos no benefício previdenciário ficarão bloqueados até que o segurado, se quiser, faça o desbloqueio da contribuição associativa. A exclusão já existia, porém, não era de forma automática.

O INSS calcula que dos atuais 7,6 milhões de aposentados e pensionistas associados a sindicatos e outras organizações de classe, 1 milhão reclamaram de descontos indevidos entre janeiro de 2023 a maio de 2024,

E segundo auditoria determinada pelo próprio INSS, todos os débitos nos benefícios que foram autodeclarados como não autorizados foram cancelados.

Saiba como excluir descontos

Os beneficiários devem acessar o Meu INSS com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha do portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br. E seguir o passo a passo abaixo.

·         Na página inicial, o internauta deve selecionar “Novo pedido”.

·         No campo de busca (onde tem a lupa) escrever: “Excluir mensalidade”.

·         Em seguida irão aparecer opções, selecione: “Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício”.

·         Depois, clicar em “Atualizar” para conferir e, se necessário, atualizar os dados.

·         Selecionar, então, o ícone “Avançar”.

·         Posteriormente, ao ler as instruções, o usuário deve escolher “Avançar” e informar os dados solicitados

·         Então, se necessário, será a hora de anexar os documentos.

·         O aposentado ou pensionista deverá selecionar a agência de relacionamento com o INSS e conferir os dados informados no requerimento.

·         Por fim, deverá declarar que leu e concorda com as informações disponibilizadas acima e clicar em Avançar.

Descontos indevidos

Caso o segurado do INSS queira o estorno de valores de descontos considerados indevidos em seus benefícios realizados por entidades associativas, ele pode entrar em contato direto pelo telefone, que aparece ao lado do nome da entidade no contracheque.

Caso prefira, o beneficiário da previdência social pode enviar e-mail para acordo.mensalidade@inss.gov.br, informando o ocorrido. O INSS irá entrar em contato com a entidade autora do desconto em folha, solicitando os documentos que autorizaram o desconto ou a devolução dos valores.

Reclamações e denúncias sobre descontos não autorizados de associações ou entidades podem ser registradas diretamente no Portal Consumidor.Gov  e na Ouvidoria do INSS, por meio da Plataforma Fala BR.

Legislação

O desconto de mensalidade, em valor fixo, diretamente em aposentadorias e pensões por morte, necessita de prévia autorização expressa do titular do benefício previdenciário.

A Instrução Normativa PRES/INSS nº 162, de março deste ano, regulamenta o desconto de mensalidade associativa nos benefícios de aposentados e pensionistas.

Pelas regras, o desconto não poderá ser maior do que 1% do limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e não poderá haver mais de uma dedução de mensalidade associativa por benefício.

O documento estabelece ainda procedimentos para celebração, operacionalização e acompanhamento dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) relativos aos descontos de mensalidades associativas. Atualmente, 37 empresas têm autorização para realizar descontos de mensalidades associativas, desde que aposentados e pensionistas solicitem ou autorizem.

Conforme a norma do INSS, o desconto deve ter autorização prévia do aposentado ou pensionista e não pode ser feita por procurador ou representante legal (curador, guardião ou tutor), exceto por decisão judicial específica que autorize a dedução.  Cabe à entidade provar que a autorização foi obtida legalmente.

Além disso, o desconto tem de ser formalizado por um termo de adesão, que deve ser por meio de assinatura eletrônica avançada e biometria para novos contratos, apresentação de documento de identificação oficial, válido e com foto, e número do CPF.

O desconto de mensalidade associativa não poderá incidir em:

·         benefício por incapacidade temporária;

·         pensão alimentícia;

·         benefício assistencial;

·         acordo internacional para beneficiários residentes no exterior;

·         benefícios pagos por intermédio de empresa convenente ou contratada para complemento de pagamento; e

·         benefícios concedidos por determinação judicial, em caráter provisório.

Os aposentados e pensionistas que têm dúvida sobre desconto de mensalidade associativa no pagamento de seus benefícios, podem consultar a tela inicial do aplicativo/site  Meu INSS, na aba “mensalidade associativa”.

Para saber quais entidades têm acordo com o INSS para realizar descontos de contribuições associativas, o interessado deve acessar o link.

Para mais informações, há também a Central 135.

PT pede arquivamento de PL que anistia condenados pelo 8/1

O PT apresentou nesta quarta-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, requerimento para que seja arquivado o Projeto de Lei (PL) nº 2.858, que prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2022.

O documento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, o PT avaliou que manter a tramitação do projeto é “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia.

“Isso ficou demonstrado cabalmente pelo recente atentado a bomba contra a sede do STF [Supremo Tribunal Federal] em Brasília e pelas conclusões da Polícia Federal no inquérito do 8 de janeiro, revelando os planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes”, destacou o comunicado.

“Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita, afirmam os deputados.”

Operação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A corporação informou ter identificado a existência de “um detalhado planejamento operacional”, denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF.

Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos na operação.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.

Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

Rádio Nacional transmite Atlético-MG e Botafogo pelo Brasileirão

A Rádio Nacional transmite o confronto válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol entre Atlético-MG e Botafogo, a partir das 21h15 desta quarta-feira (20). A partida será realizada com portões fechados no Estádio Independência, casa do América-MG, em Minas Gerais, por causa dos incidentes ocorridos na Copa do Brasil após jogo entre Flamengo e Atlético.

Na ocasião, bombas foram jogadas no gramado, e o clube mineiro teve seu estádio interditado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Por isso, a partida desta quarta será disputada sem torcida, e as equipes alvinegras entrarão em campo em um clima de aquecimento para a final da Libertadores, mas sem festa nas arquibancadas.

As emoções do jogo serão narradas pelo locutor André Marques, com comentários em bancada. Haverá um pré-jogo 15 minutos antes de a bola rolar, conduzido por Rachel Motta. Além disso, diretamente do plantão esportivo, o repórter Bruno Mendes trará mais informações para a transmissão.

Campeonato Brasileiro

O Campeonato Brasileiro, o chamado Brasileirão, é a principal competição de futebol profissional entre clubes do país. Por meio da disputa, são indicados os representantes brasileiros para a Copa Libertadores da América juntamente com o campeão da Copa do Brasil.

Vinte clubes participam do torneio. No decorrer da temporada, cada time joga duas vezes contra os outros em um sistema de pontos corridos, uma vez em seu estádio e a outra no de seu adversário, em um total de 38 jogos.

As equipes recebem três pontos por vitória e um por empate. Os clubes são classificados pelo total de pontos, depois pelo saldo de gols e, em seguida, pelos gols marcados. Em caso de empate entre dois ou mais times, os critérios de desempate são: maior número de vitórias; maior saldo de gols; maior número de gols pró; confronto direto; menor número de cartões vermelhos recebidos e menor número de cartões amarelos recebidos.

Cobertura esportiva

O futebol é um dos destaques da programação da Rádio Nacional, emissora pública referência em transmissões de partidas no país há décadas. Os jogos das principais competições e as notícias mais importantes têm espaço nas jornadas esportivas diárias.

Ao longo do ano, a Nacional apresenta, ao vivo, partidas de diversos campeonatos. Os torcedores podem ficar ligados pelo rádio, site ou streaming e acompanhar as emoções das disputas entre os maiores clubes brasileiros.

Antes e depois dos jogos, o ouvinte se informa sobre a preparação das equipes e a repercussão do placar nas ondas da Nacional. A ideia é oferecer ao público uma programação jornalística com noticiário preciso e informação relevante, comentários embasados e opinião fundamentada sobre o que acontece de mais recente no futebol do país e no exterior.

Jornalismo esportivo

O time da Rádio Nacional reúne craques do jornalismo esportivo. Experientes comentaristas e talentos das novas gerações integram a equipe de esportes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). As principais notícias são destacadas no programa No Mundo da Bola, de segunda a sexta, às 18h.

Além de informar o público, o time também está na tela da TV Brasil. Os profissionais realizam o programa Stadium, de segunda a sexta, às 12h30 e às 18h30, e a mesa-redonda dominical No Mundo da Bola, às 20h30.

Sempre ao vivo, as tradicionais produções da emissora pública trazem análises e apurações atualizadas. O esporte tem espaço destacado na programação do canal. Os telejornais diários, como o Repórter Brasil, também oferecem ampla cobertura dos principais resultados do dia.

Os profissionais que entram em campo na equipe de esporte da empresa ainda fazem a cobertura das jornadas de diversas modalidades e noticiam os principais resultados em reportagens no site da Agência Brasil. As tabelas atualizadas das competições podem ser acessadas em tempo real pelos usuários.

Serviço

Brasileirão Série A – Atlético-MG (MG) x Botafogo (RJ), quarta (20/11), a partir das 21h15, na Rádio Nacional RJ, AM, OC e AS

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Saiba como sintonizar a Rádio Nacional

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Copacabana recebe manifestações pelo fim da fome e para pressionar G20

Quem passou pela Praia de Copacabana na manhã deste sábado (16) se deparou com mais de 700 pratos vazios fincados na areia. O ato que pedia o fim da fome no mundo foi uma das duas manifestações realizadas na orla da praia mais famosa do Rio de Janeiro, às vésperas da reunião de cúpula do G20, grupo formado pelas maiores economias do planeta mais a União Europeia e a União Africana.

O protesto foi iniciativa das organizações não governamentais (ONGs) Rio de Paz e Ação da Cidadania. Segundo o fundador da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, os 733 pratos são referência aos 733 milhões de pessoas que estavam em situação de fome no ano passado, conforme o relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, lançado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

“O que nos deixa indignados é o fato de que hoje, no nosso planeta, há produção insuficiente de alimentos para alimentar todos”, diz Costa.

Junto aos pratos, faixas com a célebre frase do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, fundador da Ação da Cidadania: “Quem tem fome tem pressa”, em português e em inglês (Those who are hungry can’t wait).

“O Rio de Janeiro vai receber pessoas que têm condição de fazer a diferença, de dar fim ao flagelo da fome”, disse Costa, referindo-se ao encontro do G20, na segunda (18) e na terça-feira (19).

“Esperamos, portanto, arrancar dessas lideranças políticas esse compromisso [combate à fome], mas de modo que sejam apresentadas ao mundo metas mensuráveis, cronograma com forte compromisso com prestação de contas, de modo que todos possamos acompanhar o desenvolvimento da implementação dessas políticas públicas, a fim de que lá na ponta não haja um só ser humano na face da Terra perante um prato vazio de comida”, enfatizou.

Aliança Global

A manifestação ocorreu na mesma manhã em que representantes da sociedade civil que participaram do G20 Social, na zona portuária do Rio de Janeiro, entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma carta de prioridades. Uma das recomendações é o combate à fome.

O tema é também uma das prioridades do governo brasileiro, que ocupa até este mês a presidência rotativa anual do G20. Na segunda-feira, o Brasil espera a aprovação pelo grupo de nações dos termos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que tem potencial inicial para beneficiar 500 milhões de pessoas no planeta.

O pré-lançamento da Aliança Global, em julho, aconteceu justamente na sede da Ação da Cidadania – instituição referência no combate à fome – na região central do Rio de Janeiro.

O coordenador nacional da ONG, Rodrigo “Kiko” Afonso, destaca que o ato deste sábado foi pensado para ser às vésperas do G20 com o intuito de pressionar os líderes mundiais. “Tentar sensibilizar essas lideranças para a questão da fome, o problema mais fundamental do ser humano”, afirma. “Também sensibilizá-las para aderir à Aliança Global contra a Fome a Pobreza para que possamos, juntos no mundo inteiro, acabar com isso de uma vez por todas”. Ao menos 41 países já se comprometeram com ações relacionadas à aliança, que não se restringe a países do G20.

Contraponto ao G20

Outra manifestação que ocupou a orla de Copacabana neste sábado foi organizada pela Cúpula dos Povos. O coletivo internacional, que traz no nome uma alternativa à cúpula dos líderes, tem origem em 2012, quando realizou, também no Rio de Janeiro, um movimento alternativo de participação social paralelo à Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável).

O ato questionou o poder de decisão nas mãos dos líderes mundiais. Alguns participantes usaram máscaras de chefes de governo, como o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump; o atual mandatário, Joe Biden; o presidente francês, Emmanuel Macron; e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que “vestia” um avental branco ensanguentado – uma crítica à ofensiva israelense na Palestina.

O tema Palestina foi um dos destaques da marcha. Os manifestantes pediram o fim da ocupação do território palestino e da agressão militar israelense.

“Uma marcha diversa, colorida, de luta, contundente”, descreveu a economista e integrante da operativa nacional da Cúpula dos Povos, Sandra Quintela. Segundo Sandra, com a força e a articulação dos movimentos sociais e populares, foi possível dar um recado de “Palestina livre” e “fora, imperialismo”, em contraponto ao G20. “Onde a gente sabe que esses assuntos não entram”, disse Sandra, em mensagem enviada à Agência Brasil.

Sandra Quintela classifica o G20 como “instrumento do imperialismo” e reconhece que o Brasil “tenta humanizar” o fórum, referindo-se ao G20 Social, iniciativa da presidência rotativa brasileira que permitiu a articulação entre a sociedade civil organizada ao longo do ano.  “Mas isso [humanização] é praticamente impossível, então acho que a rua hoje mostrou a nossa força.”

Na última quinta-feira (14), o coletivo realizou um debate crítico na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio, onde tratou de temas como justiça climática, lutas antipatriarcais, antirracistas e anticapitalistas, além de soberania popular.

“A marcha contra o G20 é para dizer em alto e bom som que esta arquitetura do poder internacional não serve aos povos. Que precisamos construir outras relações entre as nações e os povos, baseadas na solidariedade, na busca da igualdade e da liberdade e no direito à autodeterminação dos povos. Associado a isso, o fim de todas as guerras existentes no mundo”, detalha José Antônio Moroni, integrante do coletivo.

Líderes mundiais

O ponto derradeiro da presidência brasileira temporária no G20 será a reunião de chefes de Estado e de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a levar aos líderes mundiais o documento final do G20 Social, que reflete necessidades e prioridades selecionadas por instituições como movimentos sociais, sindicatos e organizações não governamentais. 

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

 Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Manifestantes vão às ruas pelo fim da escala de trabalho 6×1

Manifestantes realizaram atos nesta sexta-feira (15) em diversas cidades pelo fim da escala de seis dias de trabalho e um dia de folga. Foram convocados atos em São Paulo, Brasília, Manaus, Fortaleza, no Rio de Janeiro e no Recife.

O tema ganhou repercussão nesta semana em razão da proposta de emenda à Constituição Federal (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que propõe jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.

Os atos foram convocados pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que tem mobilizado as redes sociais a favor da PEC. Em petição online, o movimento já reuniu quase 3 milhões de assinaturas a favor da mudança.

 A proposta de emenda constitucional foi elaborada na causa defendida pelo VAT, que a jornada de trabalho no Brasil, 6×1 é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores, além de impedir o convívio dos trabalhadores com a família e amigos e a prática de atividades físicas, de lazer ou estudo. 

São Paulo

Em São Paulo, os manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista.

De um carro de som, uma das líderes do ato, Priscila Araújo Kashimira, ressaltou que os jovens estão entre os mais afetados pela jornada de trabalho 6×1, pela dificuldade em conciliar os estudos para tentar entrar em uma instituição de ensino superior.  Ela contou ainda que o convívio com a mãe, que estava também no carro de som, foi muito afetado em razão dessa escala de trabalho.

Priscila Kashimira apontou ainda que outros trabalhadores prejudicados pela atual jornada são funcionários de shoppings e telemarketing. Ela criticou as empresas de telemarketing por sujeitar os funcionários a intervalos curtos, “de menos de 20 minutos para almoço”.

“Se fechar farmácia, mercado e shopping, esse país para”, afirmou. 

Um dos integrantes do VAT, Washington Soares, salientou que a mobilização pela petição online começou um ano atrás, incluindo panfletagens.

Para ele, a pluralização das manifestações e adesões favoráveis, como de partidos e parlamentares, se deve por ser uma pauta que independe de posições partidárias e ideologias. “É uma pauta para todo mundo”, disse. 

“Muita gente nem acreditava e, nessa semana, depois do sábado, começou. Todo mundo entrando em contato com os deputados. Não importa se é de direita, de esquerda, todo mundo trabalha. Nenhum político quer ficar queimado com a população, eles sabem o que vão ter que fazer. Querem fazer um ajuste e tal, ok, tudo bem. Vai ser muito difícil na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados]. Essa foi nossa primeira vitória. Não vai ser fácil, mas nunca foi. Aqui no Brasil, nunca foi. A gente tem mesmo que arrancar nossas conquistas e está muito confiante”, contou.

 “Um deputado de direita disse que não é uma questão ideológica, que é uma questão do trabalhador, e é exatamente isso que a gente pensa”, acrescentou.

Operadora de telemarketing há cinco anos, Viviane da Silva, de 38 anos, começou a graduação este ano e, por isso, divide o dia entre estudar pela manhã e trabalhar, a tarde. Ela já teve outros empregos e em um deles cumpria escala 6 por 1.

“Meses atrás, eu comecei a tomar medicação para depressão e ansiedade, por estar pesada a carga de trabalho com estudo e não ter a folga necessária para descanso e desempenhar as duas funções”, relatou. 

Em uma ocasião, contou a trabalhadora, uma chefe chamou sua atenção por ela ter marcado consultas médicas e odontológicas em horário de trabalho, duas vezes no mesmo mês.

“A gente não é tratada bem quando precisa sair mais cedo, entrar mais tarde. Por lei, eles precisam aceitar declaração de comparecimento a uma consulta médica, mas os superiores não aceitam bem.”

Rio de Janeiro

O protesto levou uma multidão à Cinelândia, no Rio de Janeiro. Os manifestantes destacavam a necessidade do descanso e do lazer na vida do trabalhador e pediam a redução das horas trabalhadas sem perdas salariais. 

Centrais sindicais e outros movimentos sociais já se manifestaram a favor da redução da jornada de trabalho, enquanto entidades patronais e de empresários se posicionaram contra.

Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 – Manifestantes protestam pelo fim da jornada de trabalho 6×1, na Cinelândia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

O tema também foi debatido no G20 Social, que ocorre no Rio de Janeiro entre 14 e 16 de novembro.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, argumentou que a mudança beneficiaria as mulheres, mas classificou que o debate precisa ser mais amadurecido.

Já o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta semana que o assunto ainda não foi discutido no núcleo do governo. 

PEC

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação. 

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

* Colaborou redação do Rio de Janeiro

Irmão de autor de atentado diz que ele se “deixou levar pelo ódio”

Um dos cinco irmãos de Francisco Wanderley Luiz, homem que explodiu bombas perto do Supremo Tribunal Federal (STF) e morreu, disse que Francisco, conhecido como Tiü França, estava obcecado por política nos últimos anos, participou de acampamentos em rodovias contra a eleição de Lula e estava com comportamento irreconhecível. Ele concedeu entrevista à TV Brasil. 

“A pessoa com a cabeça fraca, se não está bem centrada, acaba se deixando levar pelo ódio”, disse em entrevista à equipe da TV Brasil, por telefone. 

Emocionado, o irmão contou que não mantinha contato com Francisco Wanderley, de 59 anos, nos últimos meses. Francisco, que era chaveiro, era uma pessoa tranquila, disse. Porém, após as últimas eleições presidenciais em 2022, só falava de política, o que dificultava o convívio. Essa situação se agravou no ano passado. 

O irmão disse ainda que não estava com comportamento irreconhecível. 

Acampamentos e grupos extremistas

O irmão relatou que Francisco participou de acampamentos em estradas de Santa Catarina contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, no pleito de 2022. 

Para ele, o chaveiro interagia com grupos políticos extremistas na internet, o que o levaram ao “ódio”. 

Alexandre de Moraes 

O irmão não acredita que o homem tinha a intenção de matar o ministro do STF, Alexandre de Moraes. O autor do atentado a bomba à sede do Supremo, segundo investigações, tinha como alvo Moraes, relator dos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Perplexa

Ele afirmou que a família está perplexa com o ato e a morte de Francisco Wanderley. 

Investigação

O familiar disse também que ele vivia da renda de casas alugadas em Rio do Sul, cidade catarinense do Alto Vale do Itajaí onde morava e chegou a disputar as eleições municipais de 2020, concorrendo ao cargo de vereador pelo PL.

A Polícia Federal vai investigar como o homem obtinha o dinheiro necessário para se manter na capital federal e se agiu sozinho ou recebeu algum tipo de apoio para cometer um ato terrorista com o propósito de abolir o Estado de Direito por meio da ação violenta.

O chaveiro passou os últimos quatro meses vivendo em uma casa alugada em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, na área central de Brasília.

Além da casa, onde preparou ao menos parte dos artefatos explosivos, ele alugou um trailer que estava estacionado próximo à Praça dos Três Poderes, junto a outros veículos adaptados para permitir a venda de alimentos.

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Criado pelo Brasil, G20 social terá continuidade na África do Sul

Iniciativa do Brasil para a sociedade civil ser ouvida no processo de elaboração de políticas públicas, o G20 Social vai ter continuidade na próxima edição da cúpula, na África do Sul, em 2025.. O G20 Social foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do G20, em Nova Delhi, na Índia. Foi naquele momento que o Brasil assumiu simbolicamente a presidência do bloco com o lema Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável.

A decisão de continuidade foi divulgada pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo e comemorada pela Central Única das Favelas (Cufa). “A África do Sul decidiu que vai fazer o G20 Social. O G20 Social vai continuar, o que é, como diriam os Titãs, o nosso desejo, necessidade e vontade que possa seguir adiante”, disse o ministro durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, no começo do mês..

Com o G20 Social, as colaborações da sociedade civil serão analisadas e incluídas na declaração dos líderes do grupo, que, neste ano, se reúne segunda (18) e terça-feira (19) no Rio de Janeiro. .

O presidente da Cufa do Rio de Janeiro, Preto Zezé, afirma que como a organização é um movimento de base, presente em mais de 5 mil favelas, vai seguir neste rumo na luta por mais realizações do G20 Social. “Nós vamos continuar isso, porque temos esse interesse, que esse evento desencadeie em conexões que ajudem a formatar e fortalecer um movimento permanente. O evento acaba, a realidade e as propostas que a gente está levando para o evento continuam. É importante que a gente tenha em mente isso, que precisa ter uma luta permanente para que as coisas se realizem”, disse em entrevista à Agência Brasil. O líder defende que o G20 Social seja permanente nas reuniões de cúpula no futuro.

De acordo com Preto Zezé, que já participou de vários encontros semelhantes, a experiência mostra que as propostas são sempre recebidas, mas que a grande dificuldade é depois do término do evento, encontrar um meio de implementá-las.

“Então, nós estamos focados nesse momento em ocupar o espaço, demarcar a importância e a prioridade que a favela deve ter. No segundo momento, é correr para implementar isso, juntar os líderes. Esses encontros globais de líderes, como se vê o Protocolo de Kyoto, têm um monte de proposta legal, mas ninguém foi lá para cobrar, porque essa governança também está inviável, falida, precisa estabelecer outra. Se não, a gente vai ficar igual a esses conselhos aí que a gente vê, Conselho da ONU, de seis países que decidem tudo, onde tem e não tem. Se a guerra for de algum deles, ninguém critica nada”, apontou.  “As mudanças na sociedade sempre dependeram de mobilização. Nós vamos continuar nela”, acrescenta.

Enganamento

Preto Zezé destaca que foi histórica a participação de moradores das favelas, comunidades e periferias nas 3007 conferências realizadas pela Cufa, pela Unesco e pela London School Economics, em cidades do Brasil e em mais 48 países, dentro do G20 Favelas, uma iniciativa incluída no G20 Social.

“Avalio que é histórica a presença da favela nesse processo e acreditamos que saímos mais fortalecidos em conexões, contatos e em ampliar espaços para que a nossa luta tenha mais visibilidade”, pontua.

De acordo com o líder da Cufa, é preciso que as comunidades entendam a importância desta reunião de países. “O importante é o fato de poder fazer o movimento inverso. As pessoas não têm como participar dessas conferências, não conhecem os temas. Muitas delas nem sabem o que é uma conferência e quando você informa para o que é e para o que servem as informações, começa a criar uma ordem de prioridade diferente. Você muda a visão das pessoas em relação a esses eventos e o interesse delas também. Acho que para nós, enquanto movimento de base, nessa escala é importantíssimo ter a conexão, a interlocução e, principalmente, a entrega, que, na verdade, é o que muda a vida”, completou.

Segundo o presidente, o mais impactante nas discussões foi poder ter o olhar das favelas, que considera diferenciado. “A gente não tem como discutir desigualdade, sem discutir segurança pública. Segurança pública não é só polícia, viatura, cadeia e arma. Segurança pública é uma série de políticas integradas para o Estado se fazer presente no território. A tendência é que todos os temas sejam discutidos de maneira mais tradicional, mas o olhar da favela tem uma especificidade própria”, indicou.

Preto Zezé acrescentou que embora a desigualdade social seja diferente entre os países, há pessoas nas comunidades e periferias que buscam mudanças nesses locais. “Há territórios em desigualdade social em todos os países, mais ricos ou mais pobres. Há um grupo de pessoas que são estigmatizadas e os territórios também, logo, eles têm um olhar diferenciado por parte do poder público e das oportunidades e há um movimento dentro desses lugares querendo uma mudança. Isso é o que junta. Embora sejam diferentes as realidades e sotaques, as soluções são globais. Uma solução impacta na realidade de outra”, observou.