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Paralimpíada traz avanços, mas acessibilidade em Paris ainda patina

Qual o maior legado que um megaevento esportivo pode trazer para uma cidade? No caso dos Jogos Paralímpicos, eles trazem holofotes para questões que envolvem o dia a dia das pessoas com deficiência, sejam atletas ou não. Entre elas, a acessibilidade, o que, no caso de Paris, ainda é particularmente um desafio apesar de avanços motivados pela realização da Paralimpíada.

Na capital francesa, vivem cerca de 185 mil pessoas com deficiência. Há três anos, segundo a Prefeitura local, um em cada dois pontos de ônibus parisienses davam condição às rampas de acessibilidade. Atualmente, 59 das 61 linhas municipais são consideradas adaptadas, ou seja, com ao menos 70% de pontos acessíveis. De acordo com o poder público, foram investidos 22 milhões de euros (R$ 136 milhões) nessas obras.

Outra intervenção foi feita em 2,5 mil semáforos da cidade, com a instalação de módulos sonoros. Acionados por um botão no próprio semáforo ou um controle remoto, que é distribuído gratuitamente a cidadãos ou visitantes, eles emitem sons para auxiliar pessoas com deficiência visual. O planejamento do município prevê chegar a 10,4 mil módulos.

Mais um objetivo referente à acessibilidade em Paris é ter, pelo menos, uma escola adaptada a cada 15 minutos de caminhada, para atender aos cerca de 12 mil alunos com deficiência da cidade. De acordo com a Prefeitura, a intenção é superar as 240 mil unidades acessíveis até 2026 e concluir o projeto até 2030.

Com relação aos imóveis públicos, a meta da prefeitura de Paris é ter 90% deles acessíveis até o ano que vem. Em 2022, apenas 45% eram adaptados. Em decorrência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, seis instalações esportivas já foram reformuladas após aporte de 10 milhões de euros (R$ 62 milhões). Este é o caso da Piscina Georges Vallerey, que sediou a natação na Olimpíada de 1924. A estrutura recebeu pisos táteis, rampas e foi construída até uma salinha para receber cães-guia.

“Quando a gente compara Paris em 2017 com 2024, houve um crescimento incrível [em acessibilidade]. Paris entendeu o desafio e a oportunidade. Teremos legado no transporte, na educação, em termos de legislação e na percepção da sociedade sobre as pessoas com deficiência. A Paralimpíada é o evento mais transformador do mundo”, avaliou o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), Andrew Parsons, à reportagem da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Mesmo assim, há gargalos. A reportagem da EBC conversou, na Praça da Bastilha, com a turista espanhola Marta Moreira e sua família, que vieram de Barcelona (Espanha). Cadeirante e com um quadro delicado de locomoção, tanto que utilizava a boca para conduzir a cadeira, Marta encontrou dificuldades de acessibilidade no hotel em que estava hospedada. Segundo a mãe, não havia elevador no imóvel, que era antigo.

“Boa parte das lojas não têm rampa para cadeirantes e há vias muito inclinadas. O metrô, então, está fora de cogitação”, disse Marta.

De fato, o sistema metroviário parisiense é problemático no que diz respeito à inclusão. Mais do que centenário e um dos mais movimentados da União Europeia, com cerca de quatro milhões de passageiros por dia, o metrô da capital tem somente 29 das mais de 300 estações consideradas adequadas a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Apenas a linha 14, a mais nova, é 100% acessível.

Muitas das estações não possuem elevadores e é necessário descer uma longa escadaria para entrar, o que as inviabiliza para cadeirantes. Em algumas linhas mais antigas, a porta do vagão deve ser aberta por meio de uma alavanca na hora de sair, o que pode ser dificultoso para quem possui amputação ou algum comprometimento motor de membro superior. E é necessário cuidado ao deixar o vagão, pois há um desnível no vão entre o trem e a plataforma.

Uma lei de 11 de fevereiro de 2005 previa que os transportes públicos estivessem acessíveis a pessoas com deficiência em dez anos. Contudo, o metrô de Paris foi considerado uma exceção, sob alegação de limitações técnicas e ligadas à conservação de patrimônio arquitetônico e ao impacto das eventuais obras, que seriam longas e teriam reflexo no tráfego de passageiros em geral.

Dias antes da Paralimpíada começar, porém, a presidente do Conselho Regional da Ilha da França, Valérie Pécresse, defendeu um projeto que torne o metrô parisiense 100% acessível. A estimativa é que as obras custem cerca de 20 bilhões de euros (R$ 120 bilhões) e levem ao menos 20 anos para serem concluídas. Ela pediu que o Governo Federal e a Prefeitura auxiliem a administração regional no custeio da inciativa.

Uma cidade considerada referência no que tange à acessibilidade após uma Paralimpíada é justamente a Barcelona de Marta. A capital da Catalunha sediou o megaevento em 1992, após a Olimpíada. Entre 1995 e 2004, um plano de acessibilidade local foi colocado em prática, determinando que calçadas e praças fossem todas elas adaptadas a pessoas com deficiência. Além disso, praticamente 100% das estações de metrô estão acessíveis. A transformação de Barcelona virou tema de documentário produzido pelo IPC.

Ao longo dos Jogos, a reportagem da EBC tentou entrevista com a vice-prefeita Lamia El Aaraje, responsável pelas ações de acessibilidade em Paris, mas não obteve resposta.

Paris 2024: equipe de judô do Brasil tem sábado com três ouros no judô

A equipe de judô do Brasil teve um sábado (7) dourado nos Jogos Paralímpicos de Paris (França), com Arthur Silva, Willians Araújo e Rebeca Silva ocupando o lugar mais alto do pódio em suas respectivas categorias na arena do Campo de Marte.

O primeiro brasileiro a brilhar foi o potiguar Arthur Silva. Aos 32 anos de idade ele foi o melhor na categoria até 90 quilos da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz) ao bater o britânico Daniel Powell, por ippon, na decisão.

“Gratidão total a Deus, à minha família, a todos os profissionais e parceiros de treino que estão junto comigo desde 2007”, afirmou o campeão paralímpico.

Depois foi a vez de Wilians Araújo conquistar a sua primeira medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Prata na Rio (2016), o judoca derrotou por ippon na final da categoria acima de 90 quilos da classe J1 o lutador Ion Basoc, da Moldávia.

“A luta com o moldávio foi muito difícil, pois foi um adversário para o qual perdi em maio. Estava 3 a 1 [em número de vitórias diante desse adversário] e agora está 4 a 1, e é muito bom construir esta história”, declarou o paraibano.

A trinca de ouros do Brasil no judô neste sábado foi completada pela paulista Rebeca Silva, que bateu a cubana Sheyla Hernandez Estupinan por ippon na final da categoria acima de 70 quilos para atletas J2 (baixa visão).

“Não estou acreditando. Muito orgulho ter conquistado a medalha de ouro com a minha família presente. É muita felicidade. Não acredito ainda”, disse emocionada a atleta que estreou em Jogos Paralímpicos em Paris.

Além dos ouros, a equipe brasileira de judô garantiu, neste sábado, uma prata com a sul-mato-grossense Erika Zoaga, na categoria acima de 70 quilos da classe J1, e um bronze com o gaúcho Marcelo Casanova na categoria até 90 quilos para atletas J2.

Paris 2024: equipe de judô do Brasil tem sábado com três ouros

A equipe de judô do Brasil teve um sábado (7) dourado nos Jogos Paralímpicos de Paris (França), com Arthur Silva, Willians Araújo e Rebeca Silva ocupando o lugar mais alto do pódio em suas respectivas categorias na arena do Campo de Marte.

O primeiro brasileiro a brilhar foi o potiguar Arthur Silva. Aos 32 anos de idade ele foi o melhor na categoria até 90 quilos da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz) ao bater o britânico Daniel Powell, por ippon, na decisão.

“Gratidão total a Deus, à minha família, a todos os profissionais e parceiros de treino que estão junto comigo desde 2007”, afirmou o campeão paralímpico.

Depois foi a vez de Wilians Araújo conquistar a sua primeira medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Prata na Rio (2016), o judoca derrotou por ippon na final da categoria acima de 90 quilos da classe J1 o lutador Ion Basoc, da Moldávia.

“A luta com o moldávio foi muito difícil, pois foi um adversário para o qual perdi em maio. Estava 3 a 1 [em número de vitórias diante desse adversário] e agora está 4 a 1, e é muito bom construir esta história”, declarou o paraibano.

A trinca de ouros do Brasil no judô neste sábado foi completada pela paulista Rebeca Silva, que bateu a cubana Sheyla Hernandez Estupinan por ippon na final da categoria acima de 70 quilos para atletas J2 (baixa visão).

“Não estou acreditando. Muito orgulho ter conquistado a medalha de ouro com a minha família presente. É muita felicidade. Não acredito ainda”, disse emocionada a atleta que estreou em Jogos Paralímpicos em Paris.

Além dos ouros, a equipe brasileira de judô garantiu, neste sábado, uma prata com a sul-mato-grossense Erika Zoaga, na categoria acima de 70 quilos da classe J1, e um bronze com o gaúcho Marcelo Casanova na categoria até 90 quilos para atletas J2.

Gabriel Bandeira conquista terceira medalha nos Jogos de Paris

O paulista Gabriel Bandeira conquistou, nesta sexta-feira (6), a sua terceira medalha nos Jogos Paralímpicos de Paris (França), uma prata nos 100 metros costas classe S14 (para atletas com deficiência intelectual). Na disputa realizada na Arena La Défense o paulista fechou a disputa com o tempo de 58s54, ficando atrás apenas do Australiano Benjamin Hance (57s04).

“Meu sentimento [após essa prova] é de que tudo é possível, basta acreditar muito e concentrar minhas forças para alcançar o objetivo”, declarou Gabriel após a prova.

Esta foi a terceira medalha do brasileiro no megaevento esportivo realizado na capital francesa, após os bronzes na prova dos 100 metros estilo borboleta e na do revezamento 4×100 metros livre classe S14.

Maria de Fátima Castro levanta 133 quilos para ganhar bronze em Paris

O Brasil conquistou uma medalha na categoria até 67 quilos do halterofilismo com a amazonense Maria de Fátima Castro. A brasileira alcançou o feito nesta sexta-feira (6) na Arena La Chapelle com a um levantamento de 133 quilos. A atleta de 30 anos ficou atrás apenas da chinesa Yujiao Tan (ouro ao levantar 142 quilos, novo recorde mundial) e da egípcia Fatma Elyan (prata com um levantamento de 139 quilos).

O levantamento de 133 quilos garantiu para Maria o recorde das Américas, que anteriormente estava com a mexicana Amalia Perez Vazques, que suportou 132 quilos em uma etapa da Copa do Mundo da modalidade disputada em junho.

Os Jogos de Paris são a primeira paralimpíada disputada pela amazonense, que tem má-formação congênita nas pernas.

Pioneiros em Paris, medalhistas confiam em evolução de modalidades

Terem nascido em Curitiba e se tornado atletas paralímpicos não são as únicas semelhanças entre Ronan Cordeiro, do triatlo, e Vitor Tavares, do badminton. Eles entraram para a história ao serem os primeiros brasileiros a subirem ao pódio das respectivas modalidades em uma Paralimpíada.

Ambos deram a volta por cima após ficarem perto da medalha três anos antes, nos Jogos de Tóquio. Ronan, que terminou a prova da classe PTS5 (atletas com deficiências físico-motoras leves) em quinto, galgou três posições e conquistou a prata na França. Já Vitor, semifinalista e quarto colocado em 2021, desta vez levou a melhor na disputa pelo bronze da classe SH6 (baixa estatura).

“Acho que [ainda] não [caiu a ficha do feito]. Meu esporte é um pouco elitizado, os europeus têm certa predominância e é incrível um sul-americano conquistar um pódio em Jogos Paralímpicos. Tenho certeza de que, conforme passarem os dias, vou digerir tudo isso e que sou apenas o primeiro. O esporte sul-americano tem garra e força. É somente o início”, afirmou Ronan, que tem má formação congênita na mão esquerda, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Passa [na cabeça] tudo o que a gente trabalhou para esse momento. Foi árduo, todo dia em quadra, preparação física e mental, para mudar a história de Tóquio. Ficar em quarto lugar na nossa primeira Paralimpíada foi uma experiência incrível, mas agora foi muito melhor. Não somente pela medalha, mas por termos público, a torcida fez um barulho ensurdecedor, às vezes não conseguia nem ouvir meu treinador. Ver que o badminton está evoluindo a esse nível é incrível”, destacou Vitor, que nasceu com nanismo.

Trajetória

Ronan migrou para o triatlo em 2018, após seis anos dedicados à natação. Ele não demorou a se firmar, conquistando medalhas em etapas da Copa do Mundo e subindo ao pódio do Mundial de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), em 2021, com o terceiro lugar. No ano passado, o paranaense também fez parte da equipe medalhista de bronze na prova de revezamento do Mundial de Pontevedra (Espanha) junto de Jéssica Messali, Jorge Luís Fonseca e Letícia Freitas.

“Queria muito chegar aqui [na Paralimpíada]. Sou um pouco baixo, não tenho característica biomecânica favorável [para a natação], mas me encontrei no triatlo. Sou apaixonado e não troco a modalidade por nada. Meio que nasci perfeito para ela. Tenho certeza de que ainda posso evoluir muito”, avaliou o triatleta, que negou ter problemas em nadar no Rio Sena, alvo de polêmica nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos devido à poluição da água.

“Para mim, foi incrível poder nadar no Sena e pedalar na Champs Elysées [famosa avenida parisiense]. Claro, estava totalmente focado, mas não estou passando mal, nada disso [risos]. Fiz a melhor natação da minha vida, a prova da vida, por isso deu resultado”, completou Ronan.

Vitor, por sua vez, tem no currículo cinco medalhas em Mundiais de badminton, Foram três de bronze na Suíça, em 2019, e uma de bronze (individual) e uma de prata (duplas) três anos depois em Tóquio, mesmo lugar onde deixou escapar o pódio paralímpico em 2021.

“[Da última Paralimpíada para cá] mudei por inteiro. Mentalmente, fisicamente, taticamente e tecnicamente. Criamos uma base mais sólida, evoluímos as vertentes. Não é somente força, técnica e tática que definem o badminton. O nosso corpo é incrível. Fizemos essa mudança, tive uma maturação maior em todos os aspectos e fui com foco em ter a medalha”, explicou Vitor, que justifica o plural nas menções aos resultados para enaltecer as pessoas com as quais trabalha diariamente.

“Cheguei aqui com uma equipe multidisciplinar incrível. Eu não estaria aqui sem essas pessoas olharem para mim e acreditarem. Muitas vezes, os atletas estão com dores, cansados, e esse pessoal planifica tudo para você, para chegar no melhor nível. Tenho certeza de que ainda não estamos no ápice, que podemos evoluir cada vez mais e mudar a cor da medalha”, finalizou o atleta, já pensando nos Jogos Paralímpicos de 2028, em Los Angeles (Estados Unidos).

Com Ronan, do triatlo, não é diferente. Daqui a quatro anos, ele quer buscar medalha em outra prova da modalidade. “É só início. Quero estar não somente no individual, mas no revezamento”, concluiu.

Rosicleide Andrade conquista primeira medalha do judô em Paris

A potiguar Rosicleide Andrade viveu um momento especial na manhã desta quinta-feira (5) na Arena do Campo de Marte, pois derrotou a argentina Rocio Ledesma Dure por ippon e conquistou a medalha de bronze na disputa da categoria até 48 quilos da classe J1 (atletas cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância), a primeira do judô brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Paris (França).

“Estou muito feliz e ao mesmo tempo sem acreditar ainda. Eu fiz um ciclo [paralímpico] muito bom. No meu primeiro ciclo [alcancei] alguns títulos muito importantes, como o ouro no Parapan-americano, e agora sendo medalhista de bronze na Paralimpíada, em minha primeira Paralimpíada. Estou muito feliz e não consigo explicar ainda o que estou sentindo”, declarou Rosicleide.

Outro atleta da classe J1 que teve a oportunidade de conquistar uma medalha nesta quinta foi o manauara Elielton Oliveira, que foi derrotado por ippon pelo indiano Kapil Parmar na disputa de bronze da categoria até 60 quilos.

Seleção masculina de goalball garante medalha de bronze em Paris

A seleção brasileira masculina de goalball conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris (França) após derrotar a China por 5 a 3, nesta quinta-feira (5) na Arena Paris 6. Este é o quarto pódio paralímpico seguido da equipe, após o ouro nos Jogos de Tóquio (2020), o bronze no Rio de Janeiro (2016) e a prata em Londres (2012).

O destaque do Brasil na partida desta quinta foi o ala/pivô Leomon Moreno, que marcou três gols. A equipe brasileira também contou com dois tentos de Parazinho.

O time masculino de goalball (formado por André Dantas, Emerson da Silva, Parazinho, Leomon Moreno, Paulo Saturnino e Romário Marques) era uma das grandes esperanças de medalha de ouro em Paris, pois tem três títulos mundiais e conquistou o ouro olímpico em Tóquio.

Seleção feminina

Também nesta quinta, mas a partir das 10h (horário de Brasília), a seleção feminina busca um pódio paralímpico inédito diante da China, na disputa pela medalha de bronze. Até hoje os melhores resultados das mulheres foram duas quartas colocações, nos Jogos de Tóquio e do Rio de Janeiro.

Paralimpíada de Paris: Brasil se garante em cinco finais da natação

O Brasil garantiu a presença em cinco finais de provas de natação dos Jogos Paralímpicos de Paris, nesta quinta-feira (5) na Arena La Défense. O destaque ficou por conta da classificação de Carol Santiago para a decisão dos 100 metros peito da classe SB12 (atletas com baixa visão) com o segundo melhor tempo das classificatórias (1min19s49).

Com isso a maior medalhista de ouro do Brasil disputará sua sexta, e última, medalha no megaevento esportivo disputado na capital francesa a partir das 14h26 (horário de Brasília).

O primeiro brasileiro a entrar na água na busca por uma medalha será Samuel Oliveira. O paulista de 19 anos de idade avançou para a final dos 50 metros livre da classe S5 (atletas com limitação físico-motora) com o tempo de 33s59. A disputa de medalhas será realizada a partir das 12h37.

A partir das 12h43 será a vez do cararinense Talisson Glock e do fluminense Daniel Xavier Mendes lutarem por uma medalha nos 100 metros livre da classe S6 (atletas com limitação físico-motora). Talisson avançou com o terceiro melhor tempo das classificatórias (1min05s76) e Daniel com o quinto (1min07s16).

Já a potiguar Cecília Araújo fez o melhor tempo (30s44) das classificatórias dos 50 metros livre da classe S8 (atletas com limitação físico-motora) para chegar à decisão, que será disputada a partir das 14h56. A brasileira, que é tricampeã mundial da prova, luta por uma inédita medalha de ouro paralímpica na prova em Paris.

A última final da qual o Brasil participará nesta quinta é do revezamento 4×50 metros medley – 20 pontos. A prova contará com a equipe formada por Gabrielzinho, Lídia Cruz, Roberto Alcalde e Vitória Ribeiro, que avançaram com o oitavo melhor tempo para a final (2min51s48), que será disputada a partir das 15h02.

Atletismo conquista mais três medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris

O Brasil conquistou mais três medalhas no atletismo na manhã desta terça-feira (3), nos Jogos Paralímpicos de Paris. Um ouro, com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, e um bronze, com o paulista Júlio César Agripino, nos 1500m da classe T11 (deficiência visual), e uma prata com a baiana Raissa Machado no lançamento de dardo da classe F56 (competem sentados).

Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.

“Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, disse Yeltsin.

Yeltsin conquistou sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Ele ganhou o bronze em Paris nos 5000m, prova em que Júlio Agripino foi ouro.

Dardo

Raissa Machado lançou em 23,51m e ficou atrás somente dos 24,99m de Diana Krumina, da Letônia. Essa é a segunda medalha de Raissa em Jogos. Em Tóquio 2020, ela também foi prata na mesma prova. No Mundial de Kobe 2024 ela conquistou a medalha de ouro.

“Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles (nos Jogos Paralímpicos de 2028)”, disse Raissa.

O maranhense Bartolomeu Chaves garantiu sua vaga na final dos 400m T37 (paralisados cerebrais) ao vencer a sua bateria com o tempo de 52s34. A final acontece às 06h05 (de Brasília) desta quarta-feira.

A maranhense Rayane Soares avançou à final dos 100m T13 (deficiência visual) com o tempo de 11s90, novo recorde das Américas. O anterior era de 11s99, feito pela cubana Omara Duran em Guadalajara 2011.

Outra brasileira envolvida na disputa, a sul-mato-grossense Gabriela Mendonça também avançou à final, com 12s76. A final será às 15h08 (de Brasília).

Atletismo

Entre as brasileiras, somente a potiguar Maria Clara Augusto avançou à final dos 100m T47 (deficiência nos membros superiores). Ela fez a sua melhor marca na temporada, 12s63, e avançou com o oitavo melhor tempo. A paraense Fernanda Yara, medalhista de ouro na prova dos 400m, fez o tempo de 12s64 e ficou fora da final, com o nono tempo geral. A final acontece às 15h16 (Brasília).

A mineira Izabela Campos terminou na quarta colocação na final do lançamento de disco F11 (deficiência visual). Ela lançou em 34,94m. A vencedora da prova foi a chinesa Liangmin Zhang, com 39,08m.

Nesta terça-feira à tarde, no horário de Brasília, o Brasil disputará ainda seis finais. A acreana Jerusa Geber, recordista mundial, está na final dos 100m da classe T11 (deficiência visual), junto com a paranaense Lorena Spoladore. A disputa será às 15h03 (horário de Brasília).

Às 15h44 (horário de Brasília), os paulistas Samuel Conceição e Daniel Martins disputam a final dos 400m da classe T20 (deficiências intelectuais) na briga por medalha.

Natação

Os brasileiros da modalidade vão disputar seis finais ainda nesta terça-feira, a partir das 12h30 (de Brasília).

O paulista Victor Almeida dos Santos, 16, caçula da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, avançou às finais dos 100m costas da classe S9 (limitação físico-motora). Ele fez a distância em 1min04s78 – a sexta marca geral das eliminatórias. A final será às 12h37 (de Brasília).

Outro brasileiro envolvido na disputa, o paulista Lucas Mozela não se classificou. Ficou em 12⁰, com o tempo de 1min07s72.

A fluminense Mariana Gesteira avançou com o segundo tempo das classificatórias na Arena La Défense. Ela nadou os 100m costas, da classe S9 (limitação físico-motora), em 1min10s80. A final será às 12h44 (de Brasília).

Finais

Maior medalhista de ouro brasileira em Jogos Paralímpicos, a nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (deficiência visual), nadou os 200m medley SM13, ou seja, competiu contra atletas com menores limitações visuais.

Bronze no Mundial de Manchester 2023 nessa prova, Carol passou para a final em Paris com o sexto melhor tempo das eliminatórias: 2min32s84. A decisão por pódio acontecerá às 15h04 (de Brasília).

O paulista Gabriel Melone também estará nas finais. O nadador fez os 50m borboleta, da classe S6 (limitação físico-motora), em 33s05 e avançou com a sexta melhor marca para a decisão. A prova ocorrerá às 13h (de Brasília).

A mineira Mayara Petzold estará na disputa por medalhas nos 50m borboleta femininos, da classe S6 (limitação físico-motora), a partir 13h05 (de Brasília). Nas eliminatórias, ela fez o tempo de 38s – o terceiro geral.

O paulista Samuel Oliveira também voltará à piscina na noite de Paris, tarde do Brasil. Ele se classificou nos 50m costas, da classe S5 (limitação físico-motora), com a quinta marca – 36s47. A final será às 13h27 (de Brasília).

As brasileiras Maiara Barreto e Edênia Garcia não avançaram à final dos 100m livre da classe S3 (limitação físico-motora). A paulista Maiara Barreto fez o 10º tempo das eliminatórias (2min24s98), enquanto a cearense Edênia Garcia finalizou a distância em 2min40s86 – 16ª marca.

Tênis de mesa

Pelas oitavas de final, a paranaense Danielle Rauen venceu na manhã desta terça a croata Mirjana Lucic por 3 a 0 (11/8, 12/10 e 11/6) e está na quarts de final da classe WS9 (para andantes) no individual. Já a paulista Jennyfer Parinos perdeu da ucraniana Iryna Shynkarova por 3 a 1 (11/9, 13/11, 7/11 e 11/1) e está eliminada também na categoria WS9 individual.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro.