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Brasil investiga morte por febre do Oropouche no Paraná

O Ministério da Saúde investiga uma morte suspeita por febre do Oropouche no Paraná. Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, embora o óbito tenha sido notificado em solo paranaense, trabalha-se com a hipótese de que o local provável da infecção seja o estado de Santa Catarina.

No fim de julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes pela doença no interior da Bahia. Até então, não havia relato na literatura científica mundial sobre óbitos por Oropouche. As duas vítimas eram mulheres, tinham menos de 30 anos e não registravam comorbidades. Ambas apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao quadro de dengue grave.

“Tivemos, a partir de 2023, uma novidade: a expansão da circulação do vírus Oropouche para outras áreas do Brasil além da região amazônica, onde, tradicionalmente, desde a década de 1960, a doença era restrita”, destacou o secretário adjunto nesta quinta-feira (29), durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.

Diagnóstico laboratorial

“A partir de observações iniciais em 2023, foram produzidos insumos para o diagnóstico laboratorial, distribuídos em larga escala para os estados brasileiros, para laboratórios centrais de saúde pública. A partir do insumo disponível, que nós não tínhamos nessa escala até 2023, começamos a observar uma realidade um pouco preocupante em relação ao Oropouche,” explicou.

Rivaldo lembrou, a seguir, que, apesar de se tratar de uma arbovirose, a febre do Oropouche é transmitida sumariamente pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por causa da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é manter quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico.

O Amazonas lidera o ranking de casos de Oropouche no Brasil, com 3.230 infecções. Em seguida, estão Rondônia (1.710), Bahia (886), Espírito Santo (444) e Roraima (261). Já os estados com menos registros são Paraíba e Mato Grosso do Sul, ambos com um caso. Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Goiás e Distrito Federal ainda não contabilizam casos.

Ronnie Lessa presta depoimento ao STF sobre morte de Marielle Franco

O ex-policial Ronnie Lessa presta depoimento virtual nesta terça-feira (27) na ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os réus envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco (foto) e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. Ronnie está preso na penitenciária do Tremembé, em São Paulo. 

A audiência é conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Após pedido feito pela defesa de Lessa, réu confesso do assassinato, a oitiva, que começou por volta das 13h, não é acompanhada pelos réus.

O ex-policial foi arrolado pela acusação, que é exercida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).  Além de réu confesso, Lessa assinou acordo de delação e disse que os irmãos Brazão são os mandantes do crime.

No processo, são réus o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem Partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o major da Policia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e estão presos.

Domingos Brazão e seu irmão Chiquinho Brazão: envolvidos na morte de Marielle Franco    Foto: Alerj

Depoimentos

Cerca de 70 testemunhas devem depor na ação penal. Os depoimentos dos réus serão realizados somente no fim do processo.

No dia 12 deste mês, a ex-assessora da vereadora Marielle Franco, Fernanda Chaves, também prestou depoimento. Ela estava no carro que foi metralhado pelo ex-policial militar e réu confesso Ronnie Lessa. 

A ex-assessora disse que conseguiu sobreviver porque o corpo de Marielle funcionou como um escudo. “Não fui atingida porque Marielle foi meu escudo”, afirmou.

Lula decreta luto oficial de 3 dias pela morte de Silvio Santos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de três dias no Brasil pela morte do apresentador e empresário Silvio Santos, ocorrida na madrugada deste sábado (17), em São Paulo. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

O apresentador estava internado na capital paulista desde o início de agosto. Em nota, o Hospital Israelita Albert Einstein confirmou a morte em decorrência de broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).

Mais cedo, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, determinou luto oficial na casa por três dias. “Sua morte causa tristeza e consternação à sociedade brasileira”, diz Pacheco em nota. 

O Estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista decretaram luto oficial de sete dias em razão da morte do apresentador. 

Cerimônia judaica

A pedido do próprio apresentador, a família não fará velório público; O corpo será levado para o cemitério, onde será realizada uma cerimônia judaica.

Nascido no Rio de Janeiro em 1930, Senor Abravanel, seu nome de batismo, passou de um jovem vendedor ambulante no Rio a empresário de sucesso em vários setores e fundador de uma das maiores empresas de mídia do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), com sede em São Paulo. Silvio Santos deixa a esposa Íris, seis filhas, além de netos e bisnetos.

Políticos e personalidades lamentam a morte de Silvio Santos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do empresário e apresentador Silvio Santos, neste sábado (17), aos 93 anos, em São Paulo. Em publicação nas redes sociais, Lula afirmou que Silvio foi “a maior personalidade da história da televisão brasileira e um dos grandes comunicadores do país”.

Silvio Santos foi a maior personalidade da história da televisão brasileira, e um dos grandes comunicadores do país.

Carioca, filho de imigrantes, Senor Abravanel, seu nome de batismo, foi um empreendedor que iniciou sua vida como vendedor ambulante e construiu uma grande rede… pic.twitter.com/mkqiOQGDcG

— Lula (@LulaOficial) August 17, 2024

Nascido no Rio de Janeiro em 1930, Senor Abravanel, seu nome de batismo, passou de um jovem vendedor ambulante a empresário de sucesso em vários setores e fundador de uma das maiores empresas de mídia do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). “Mas será sempre lembrado como Silvio Santos, o rosto e a voz dos domingos de milhões de brasileiros e brasileiras, querido pelas suas ‘colegas de trabalho’, como carinhosamente chamava as telespectadoras”, escreveu Lula, em referência ao programa apresentado por Silvio.

“Com seu talento e carisma lançou e deu apoio a muitos talentos da televisão, do humor e do jornalismo. Era uma das pessoas mais conhecidas e queridas do nosso país. Ao longo dos anos, nos encontramos em programas de TV, reuniões e conversas, sempre com respeito e carinho. A sua partida deixa um vazio na televisão dos brasileiros e marca o fim de uma era na comunicação do país”, acrescentou o presidente, manifestando suas condolências à família, amigos, funcionários e fãs.

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil “não perdeu apenas um de seus maiores comunicadores, mas ‘alguém de casa’”. “Quando ligávamos a televisão ele estava sempre lá, como se fosse parte de nossas famílias”, escreveu nas redes sociais. “Com uma voz inconfundível, uma simplicidade cativante e um microfone na lapela, Silvio Santos trouxe alegria para milhões de lares brasileiros. Ao longo das décadas, pudemos testemunhar o fascínio da plateia com sua presença”, lembrou.

O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, também manifestou pesar pelo falecimento do “nome maior da televisão brasileira”. “A magnitude alcançada pelo carisma, pela versatilidade e pelo talento de Silvio Santos o tornou imprescindível como um dos maiores comunicadores do entretenimento do nosso país”, escreveu, em nota.

Já o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou que Silvio tem uma história de sucesso empresarial que sempre será exemplo. “Deixa marca eterna na comunicação por sua conexão única com o público e que atravessou gerações”, escreveu nas redes sociais.

Silvio Santos estava internado na capital paulista desde o início de agosto. Em nota, o Hospital Israelita Albert Einstein confirmou a morte em decorrência de broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).

O governo de São Paulo decretou luto oficial de sete dias e, em manifestação de pesar, lembrou que o carioca Senor Abravanel escolheu São Paulo para viver desde os anos 1950. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou a partida “do maior comunicador da história do nosso país”.

“Ser humano querido e profissional tão admirado, Senor Abravanel foi exemplo de vitória e superação e Silvio Santos referencial de carisma e humildade e sinônimo de alegria para os brasileiros que acompanharam seu sorriso na tela do SBT por tantos anos. À família Abravanel, o meu carinho e abraço. O legado de Silvio Santos vai perdurar e sua voz e brilho serão eternos em nossas memórias”, escreveu nas redes sociais.

Artes

A escritora Glória Perez lembrou que “teve o privilégio” de ter Silvio Santos atuando em uma de suas novelas – Carmem, de 1987 – quando uma personagem da trama foi arranjar namorado em outro programa famoso do apresentador, o Namoro na TV. “Silvio Santos é único – no carisma, na alegria, na maestria de comandar um auditório e lidar com crianças”, destacou Glória.

“Nossos domingos nunca mais serão os mesmos. Descanse em paz, Silvio Santos”, escreveu o cantor Gilberto Gil.

A apresentadora Angélica também homenageou o comunicador, lembrando do início da sua carreira no SBT. “Silvio Santos acreditou em mim e me incentivou a ser mais do que apenas uma apresentadora de TV, mas uma verdadeira comunicadora. Ele abriu portas, me deu oportunidades e, por isso, serei eternamente grata. Seu legado viverá para sempre, não só na televisão, mas no coração de todos que tiveram o privilégio de aprender com ele. Obrigada por tudo, Silvio”, escreveu nas redes sociais.

Para a atriz e apresentadora Maisa Silva, “nem nos seus melhores sonhos”, poderia imaginar que “um dos maiores comunicadores da história da nação”, seria seu patrão. “O Silvio deu asas pro meu sonho, que era apresentar um programa de TV. ‘Mas uma criança de 5 anos? Apresentar programa ao vivo? Fazer merchan lendo TP?’ Pra ele, nada disso era impossível. Até poderia ser incomum, mas o Silvio gostava disso. Ele enxergava coisas que as outras pessoas não viam. E sendo nosso patrão, muitas vezes não tinha medo de colocar esses planos em execução”, publicou, manifestando gratidão pelas lições que recebeu.

Apresentador do programa Domingo Legal, do SBT, Celso Portiolli, afirmou que Silvio é uma lenda que deixa um legado eterno. “Fui abençoado em ter tido a oportunidade de aprender e crescer ao lado desse gênio da comunicação, que não só me deu uma chance, mas também me ensinou a sonhar grande. Minha gratidão será eterna, assim como seu impacto em cada lar brasileiro. Aos familiares, amigos e milhões de fãs que, assim como eu, se sentem órfãos neste momento, deixo meus mais profundos sentimentos. Descanse em paz, Silvio Santos. Você é e sempre será o maior”, escreveu.

O grupo Globo, principal concorrente do SBT, também prestou homenagens a Silvio em sua programação e nas redes sociais. Antes de fundar o SBT, o apresentador trabalhou por dez anos na emissora de Roberto Marinho.

Uma homenagem da TV Globo a Silvio Santos, um dos maiores comunicadores do Brasil, que faleceu hoje aos 93 anos. @SBTonline

Fotos: SBT / Acervo Globo pic.twitter.com/kMqZ4tmraM

— TV Globo 📺 (@tvglobo) August 17, 2024

“O Brasil se despede hoje com tristeza de um apaixonado pela comunicação e um dos seus maiores expoentes. Agradecemos ao Silvio tudo que fez pela televisão brasileira e enviamos nosso carinho à família, aos amigos, aos colaboradores e aos fãs”, diz a manifestação da empresa nas redes sociais. “Não dá pra falar da história da televisão brasileira sem lembrar do Silvio Santos. Obrigado por tanto, Silvio! Os domingos serão sempre seus”, destacou o perfil da plataforma Globoplay.

O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jean Lima, afirmou que a história e o legado de Silvio serão sempre lembrados. “Sílvio Santos escreveu um dos mais importantes capítulos da história da televisão brasileira. Que todo o seu trabalho sirva de exemplo para muitas gerações”, destacou, em nota.

Clubes

Ao longo de sua carreira, o comunicador também cantou marchinhas de Carnaval, umas delas em homenagem ao time de futebol Corinthians, com o nome “Coração Corinthiano”. Diversos clubes, de vários estados do país, manifestaram seu pesar pela morte de Silvio.

“Um dos maiores apresentadores da história do Brasil, Silvio Santos comandou os domingos do SBT por muitas décadas. Sempre irreverente, Silvio nunca escondeu sua paixão pelo Timão. Doutor, eu não me engano, meu coração é corinthiano”, diz publicação do Corinthians nas redes sociais.

“Tricolor de coração, Silvio Santos era fã e exaltava a equipe multicampeã do Fluminense do fim dos anos 1930 ao início dos anos 1940. Tinha como ídolos de infância no futebol Tim, Hércules, Romeu, Russo, Rongo e outros, que formavam o seu time de botão”, escreveu o Fluminense.

Estado de SP decreta luto de 7 dias pela morte de Silvio Santos

O Estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista decretaram luto oficial de sete dias em razão da morte do apresentador e empresário Silvio Santos, ocorrida na madrugada deste sábado (17). 

“O empresário aliou seu perfil empreendedor, treinado na adolescência como camelô, à voz potente e inconfundível para criar um estilo popular que cativou as massas. Sua trajetória nas rádios e nos canais de TV andou lado a lado com seu tino empreendedor em diversos segmentos e no comando do SBT.  Carioca, escolheu São Paulo como casa desde os anos 1950”, destacou o governador Tarcísio de Freitas, em nota.

A prefeitura de São Paulo também lamentou a morte do apresentador e, em comunicado, declarou profundo pesar pelo falecimento de Silvio Santos, “ícone da televisão brasileira e figura marcante na cultura do nosso país”. 

Silvio Santos morreu aos 93 anos em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Ainda não há informações sobre o velório.

 

Ceará investiga morte fetal por suspeita de febre do Oropouche

A Secretaria de Saúde do Ceará investiga um óbito fetal que pode estar associado à infecção por febre do Oropouche. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (12) pela secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho, durante o seminário Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará.

Segundo Tânia, o óbito foi registrado no último fim de semana. A gestante tem 40 anos, é residente de Baturité, mas foi atendida no município de Capistrano. A secretária lembrou que 60% das doenças infecciosas registradas em humanos são causadas por animais, incluindo o mosquito, e destacou a importância de um plano de ação.

“Estamos aqui com o Oropouche nos trazendo várias surpresas. O vírus saiu da Região Norte, desceu para o Nordeste, com uma apresentação atípica. O vírus está sofrendo mutação, consequência de nossa invasão no habitat, desmatamento, alterações que a gente tem causado no ambiente.”

O último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria indica que o Ceará já registrou, em 2024, 122 casos de febre do Oropouche, sendo que quatro pacientes são gestantes. A maioria dos casos confirmados foram identificados em seis municípios da região do Maciço do Baturité: Aratuba (32), Pacoti (29), Mulungu (26), Capistrano (12), Redenção (20) e Palmácia (3).

Ainda de acordo com a pasta, grande parte dos casos confirmados no estado reside ou frequenta a zona rural de seus municípios. A febre do Oropouche não é considerada endêmica no Ceará.

Presidente Lula lamenta a morte do ex-ministro Delfim Netto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou pesar pela morte do economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto, nesta segunda-feira (12), aos 96 anos, em São Paulo. Em nota, Lula lembrou também da morte da economista Maria da Conceição Tavares, em junho, e afirmou que o Brasil perdeu “duas referências do debate econômico no país”.

“Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos”, escreveu.

Nascido em São Paulo, em maio de 1928, Delfim Netto foi economista, professor e teve cargos durante os governos do regime militar no Brasil, entre eles os de ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, considerado o decreto mais duro após o golpe militar de 1964, para suspender direitos e garantias individuais.

“Durante 30 anos eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos. Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período. Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, disse o presidente Lula.

Delfim Netto foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007.

O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco, também prestou suas condolências aos familiares e amigos do ex-deputado federal. “Profundo conhecedor das ciências econômicas, ocupou papel altivo na história do Brasil desde 1967, quando se tornou, aos 38 anos, o mais jovem ministro do país”, escreveu.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, lembrou que ele e Delfim Netto foram deputados no mesmo período e estiveram juntos na Comissão de Economia, “onde havia um debate qualificado sobre as políticas de desenvolvimento nacional”. 

“Apesar de termos tido divergências políticas e no próprio debate econômico ao longo da vida, Delfim Netto sempre teve compromisso com a produção e o crescimento da economia e, mesmo tendo sido um ministro destacado do regime militar – tendo liderado o chamado ‘milagre brasileiro’ -, apoiou o governo Lula em momentos importantes e desafiadores”, destacou, lembrando ainda do “profundo compromisso” do ex-professor com a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP), onde Mercadante fez sua graduação.

Delfim Netto foi ministro da Fazenda de 1967 a 1974, quando o Brasil experimentou forte expansão econômica, período conhecido como “milagre econômico”. Também foi ministro do Planejamento entre 1979 e 1985.

Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que o economista foi um referencial em diferentes fases da história do país. “Por décadas, fomentou debates essenciais sobre a condução da política econômica brasileira. Neste momento de luto, os servidores do ministério da Fazenda manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Delfim Netto”.

Entre outras autoridades que fizeram manifestações sobre a morte do economista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli afirmou que Delfim Netto foi uma personalidade muito importante na história brasileira dos últimos 60 anos e que foi seu “brilhantismo intelectual” que levou-o aos altos cargos na esfera pública.

“Sua tese de livre-docência foi sobre a economia do café e, até por consequência disso, foi um dos mentores da Embrapa, instituição com papel inegável na revolução agrícola brasileira. Ele foi, portanto, visionário na revalorização de um dos pilares da economia nacional no século XXI”, escreveu em nota. “Conselheiro de vários presidentes da República após a redemocratização, soube valorizar as políticas de distribuição de renda e de inclusão social. Sua atuação no período mais duro do regime militar deverá ser lembrada, mas é inegável que o Brasil perdeu hoje um de seus maiores intelectuais e pensador da nação brasileira”, completou o jurista.

Desde o dia 5 de agosto, Delfim Netto estava internado por complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. 

COB emite nota de pesar pela morte do árbitro Edilson Hobold

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgou na noite de sexta-feira (10) nota de pesar pelo falecimento de Edilson Hobold, árbitro internacional (FIJA) de judô. Ele estava no voo 2283 da Voepss Linhas Aéreas que caiu em Vinhedo, São Paulo.  Também em nota de pesar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) manifestou sentimentos aos familiares do policial Hiales Carpine Fodra e sua esposa Daniela Schulz Fodra que estavam no voo.

Sobre o árbitro Edilson Hobold, o COB afirmou que o professor de 52 anos  tinha o nível Kodansha 6º dan de judô – nesse nível até o 8º dan, os judocas usam faixa coral e recebem o nome de Kodansha.  A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) também emitiu nota de pesar, destacando Hobold como um dos árbitros mais importante do Brasil.

Em edição especial, o Diário Oficial do Município traz o decreto da prefeitura de São Paulo de luto por três dias, em manifestação de pesar às 62 vítimas do acidente aéreo.

SP: prefeitura confirma morte de 62 pessoas em queda de avião

A prefeitura de Valinhos (SP) informou, em nota, que nenhuma das 62 pessoas que estavam a bordo do avião da companhia Voepass que caiu em Vinhedo (SP) no início da tarde de desta sexta-feira (9) sobreviveu ao acidente.

Na nota, a prefeitura de Valinhos relata ter participado da operação conjunta montada para atender a ocorrência na cidade vizinha. A aeronave turbohélice ATR 72 havia partido de Cascavel (PR) com destino ao aeroporto internacional de Guarulhos (SP), mas caiu por volta das 13h30, pouco antes de chegar ao destino final.

A própria Voepass, antiga Passaredo, já confirmou, em nota, que 58 passageiros e 4 tripulantes viajavam na aeronave que fazia o voo 2283. A companhia aérea afirma já ter acionado todos os meios para apoiar os envolvidos, além de disponibilizar um telefone (0800 9419712) para prestar informações a clientes, familiares das vítimas e colaboradores.

Ainda não se sabe a causa do acidente. Em um vídeo postado nas mídias sociais, nota-se que o avião perde sustentação e vai caindo em círculo, até se chocar no chão.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foi acionada para atuar na ocorrência da queda da aeronave da Voepass, de matrícula PTB 2283.

Investigadores do Cenipa e do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) estão seguindo para o local para realizar a Ação Inicial da Ocorrência. 

Israel confirma morte de jornalista da Al Jazeera

Os militares israelenses confirmaram na quinta-feira (1º) que mataram o jornalista da Al Jazeera Ismail Al-Ghoul em um ataque aéreo em Gaza, dizendo que ele era um agente do Hamas que havia participado do ataque a Israel em 7 de outubro.

A Al Jazeera rejeitou o que disse serem “alegações infundadas” que, segundo ela, eram uma tentativa de justificar o assassinato deliberado de seus jornalistas.

“A rede condena as acusações contra seu correspondente Ismail Al-Ghoul, sem fornecer qualquer prova, documentação ou vídeo”, disse em um comunicado, acrescentando que se reservava o direito de tomar medidas legais contra os responsáveis.

A emissora do Catar disse na quarta-feira que Al-Ghoul e o cinegrafista Ramy El Rify foram mortos em um ataque israelense na Cidade de Gaza quando estavam em uma pauta para filmar perto da casa de Ismail Haniyeh, o chefe do Hamas morto no Irã no início do mesmo dia.

Os militares israelenses disseram que Al-Ghoul era membro da unidade de elite Nukhba, que participou do ataque de 7 de outubro e instruiu os agentes do Hamas sobre como gravar as operações, e disse que ele estava envolvido na gravação e divulgação dos ataques às tropas israelenses.

“Suas atividades em campo eram parte vital da atividade militar do Hamas”, disseram em um comunicado.

A Al Jazeera disse que Al-Ghoul trabalhava para a rede desde novembro de 2023 e que sua única profissão era a de jornalista.

A emissora disse que ele havia sido preso e detido no Hospital Al-Shifa, na parte norte da Faixa de Gaza, quando foi tomado pelas forças israelenses em março, antes de ser libertado, o que, segundo a emissora, “desmascara e refuta a falsa alegação de sua afiliação a qualquer organização”

O governo israelense proibiu a Al Jazeera de operar em Israel, acusando-a de representar uma ameaça à segurança nacional.

A Al Jazeera, que tem criticado fortemente a campanha israelense em Gaza, nega ter incitado a violência.

O escritório de mídia do governo de Gaza, dirigido pelo Hamas, disse que a morte dos dois membros da equipe da Al Jazeera aumentou para 165 o número de jornalistas palestinos mortos por fogo israelense desde 7 de outubro.