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Paralimpíadas Escolares iniciam em São Paulo com recorde de atletas

As disputas do evento esportivo para crianças e jovens com deficiência considerado o maior do mundo no gênero começaram nesta quarta-feira (27), em São Paulo. Realizadas desde 2006 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), as Paralimpíadas Escolares de 2024 reúnem 2.013 atletas-alunos (um recorde) representando os 26 estados do país e o Distrito Federal. Eles disputam medalhas em 13 modalidades até a próxima sexta-feira (29), no Centro de Treinamento Paralímpico.

O atletismo é a modalidade com mais competidores (1.010). Entre eles, o único estrangeiro do evento. Nascido em San Félix, cidade venezuelana a mais de 600 quilômetros da capital Caracas, Jorge Tortoledo teve meningite na infância, que atingiu sua locomoção. Ele e a família vieram ao Brasil em 2019, como refugiados, em busca de uma cirurgia para tratar as sequelas da doença. Três anos depois, quando ainda vivia em um abrigo em Boa Vista, foi apresentado ao esporte paralímpico, o que, segundo ele, foi decisivo para permanecer no país.

“Comecei no basquete, por poder usar a cadeira [de rodas] e correr. Um dia, o professor Vinícius [Denardin, coordenador do Centro de Referência Paralímpico de Roraima] me chamou, disse que poderia funcionar melhor no atletismo, pois eu era veloz. Aí fui para o atletismo, treinei só um mês e já me convocaram para viajar [para as Paralimpíadas Escolares de 2022, também em São Paulo]. Fiquei assustado, nunca tinha viajado de avião, mas logo no primeiro campeonato ganhei dois ouros. Graças a Deus conheci aqui [no Brasil] o esporte. Na Venezuela, não tinha nada disso”, contou Jorge, de 17 anos e que compete nas classes F34 (arremesso de peso para atletas que competem sentados) e T34 (provas de pista para cadeirantes).

A delegação do estado conta ainda com Carlos Elielson da Silva, indígena do povo Wapichana, que se concentra principalmente em Roraima e na Guiana. Segundo o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi), cerca de 11 mil indivíduos da etnia vivem no território brasileiro. O jovem, de também 17 anos, mora na comunidade Tabalascada, em Cantá (RR), a 30 quilômetros de Boa Vista. Ele foi acometido, ao nascimento, por uma paralisia cerebral, que afetou o lado esquerdo do seu corpo.

“Na comunidade do Carlos, os professores de Educação Física souberam que teríamos uma competição em Boa Vista e o levaram com outros alunos para participarem e conhecerem o movimento paralímpico. O Carlos logo teve resultados no atletismo e conseguiu classificação para as Paralimpíadas Escolares. É a primeira competição nacional dele, está um pouco nervoso, mas na hora da prática, com certeza, vai desempenhar”, projetou Vinícius, que também é chefe da equipe de Roraima no evento.

“É minha primeira vez saindo do estado. É um pouco estranho, acho que porque a cidade [São Paulo] é grande. Se for ao pódio, trouxe a bandeira da minha escola [Estadual Indígena Professor Ednilson Lima Cavalcante]. Meu sonho é seguir em frente e viajar por muitos lugares”, declarou Carlos, que está nas classe F37 (arremesso de peso) e T37 (provas de pista), ambas para atletas com paralisia cerebral.

Inspiração ao lado

As Paralimpíadas Escolares são a porta de entrada de jovens atletas com deficiência ao mundo do alto rendimento. Pela competição, passaram muitos que não apenas foram a uma Paralimpíada, mas conquistaram medalhas no megaevento. Casos do paraibano Petrúcio Ferreira, velocista tricampeão paralímpico dos 100 metros da classe T47 (amputados de braço), do brasiliense Leomon Moreno, ouro em Tóquio (Japão) no goalball (esporte desenvolvido para deficientes visuais), e do mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, nadador da classe S2 (para atletas com comprometimento físico-motor severo) que já acumula cinco douradas nos Jogos, três delas obtidas este ano em Paris.

Inclusive, na edição deste ano da competição escolar está justamente um dos medalhistas brasileiros na capital francesa. Bronze no revezamento 4×100 metros livre da classe S14 (deficiência intelectual), o mineiro Arthur Xavier, de 17 anos, participa do evento em São Paulo pela terceira vez.

“É superlegal ver o público que me acompanhou, que torceu por mim, rever amigos de outros estados e competir, claro. Acho que sou mais visado [pelos adversários] por ter essa Paralimpíada na carreira, bate uma pressãozinha, mas tem que acostumar né? É importante [participar] pelos jovens atletas que estão começando agora. Servir de inspiração, para que nunca desistam dos sonhos”, declarou Arthur.

O pernambucano Wagner Leonardo da Silva teve a experiência de competir na raia vizinha a de Arthur, na prova dos 100 metros costas, que reuniu atletas com diferentes deficiências. Atleta da classe S9 (limitação físico-motora menos severa), ele participa das Paralimpíadas Escolares pela quarta vez. Devido a uma osteomielite (infecção óssea), o nadador tinha uma perna menor que a outra. Este ano passou por uma cirurgia para amputar o membro inferior acometido pela doença.

“O cara [Arthur] é uma lenda, uma máquina. Tentei acompanhar, mas não deu certo não [risos]”, brincou Wagner.

Revelação de talentos

A delegação de São Paulo é a maior desta edição das Paralimpíadas Escolares, com 305 representantes. O estado é tanto o atual campeão por equipes como o maior vencedor (11 títulos) do evento. Minas Gerais (176), Santa Catarina (159), Espírito Santo (115) e Mato Grosso do Sul (101) completam o top-5 dos times com mais atletas. Na outra ponta, a Bahia veio com apenas nove competidores à capital paulista.

Além de atletismo e natação, outras 11 modalidades estão em disputa no Centro de Treinamento Paralímpico: basquete em cadeira de rodas (realizado no formato 3×3 ao invés do tradicional 5×5), badminton, bocha, futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais (PC), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.

“Nas Paralimpíadas Escolares, conseguimos detectar diferentes talentos de diferentes regiões. Falamos de uma comunidade indígena no extremo Norte do país, mas também temos alunos do Sul, do Nordeste, Centro-Oeste… Alguns vêm com a perspectiva da iniciação, outros para descobrirem o esporte, mas, depois que saem com a medalha no peito, voltam para seus estados para trabalharem, treinarem, quem sabe ingressarem em uma seleção de jovens, depois de adultos e darem orgulho ao país. É inevitável que tenhamos cada vez mais sucesso no movimento paralímpico”, concluiu Vinícius, de Roraima.

Brasil e Estados Unidos iniciam debate para cooperação em energia

Brasil e Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira (2) discussões para a cooperação em hubs de energia limpa, por meio de parcerias entre os governos e com participação do setor privado.

Os hubs – centros de compartilhamento – vão operar hidrogênio e os chamados CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage, ou captura, uso e armazenamento de carbono, em tradução livre).

O tema foi discutido entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e a secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granhoim durante o Fórum de Energia Brasil-EUA, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

O ministro Alexandre Silveira disse que os EUA são parceiros fundamentais para o Brasil. “Com a iniciativa, queremos desenvolver o conceito de hubs de energia limpa, como centros que vão se beneficiar das sinergias entre os empreendimentos, com escala econômica para ampliar a descarbonização industrial. A interação com o governo americano é fundamental para verificarmos as lições aprendidas e desenvolvermos uma regulamentação para CCUS mais assertiva”, avaliou.

Troca de experiências

Silveira destacou a importância da troca de experiências entre os dois países, como a expertise dos EUA na produção de energia nuclear, e o Brasil compartilhando as políticas públicas que garantiram o sucesso e a liderança mundial no setor de biocombustíveis.

A secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm “reconheceu e parabenizou a importância da recente aprovação das leis de hidrogênio de baixa emissão e combustível do futuro no Brasil, observando o apoio da implantação de energia limpa e a descarbonização de setores de petróleo, gás natural e industrial”. A secretária americana também anunciou a cooperação do país com o programa Energias da Amazônia, que tem como objetivo descarbonizar os sistemas isolados de energia no Brasil.

No encontro, Silveira e Granholm, assinaram um memorando de entendimento com os Estados Unidos para o Brasil sediar o evento Solar Decathlon para América Latina e Caribe.

Competição

A Solar Decathlon é uma competição universitária, em formato criado pelo Departamento de Energia dos EUA, voltada a preparar a próxima geração de profissionais da construção civil para projetar e construir edifícios de alto desempenho e baixo carbono movidos a energias renováveis. A primeira edição do Solar Decathlon foi realizada em 2002. Com o acordo, o Brasil deve sediar uma futura edição da competição.

Brasileiro feminino: São Paulo e Corinthians iniciam disputa do título

Com transmissão ao vivo da TV Brasil, São Paulo e Corinthians começam a decidir o título do Campeonato Brasileiro de futebol feminino, a partir das 10h (horário de Brasília) deste domingo (15) no estádio do Morumbis.

Esta decisão coloca frente a frente uma equipe que chega pela primeira vez à final da competição, o São Paulo, e outra que detém o maior número de títulos do torneio nacional, o Corinthians (que já levou o troféu para casa em cinco oportunidades).

Série B

A TV Brasil também abre espaço em sua programação para a Série B do Campeonato Brasileiro, com o confronto entre Chapecoense e Ceará, a partir das 18h30 na Arena Condá, em Chapecó.

O Vozão chega à partida mirando uma vaga no G4 (zona de classificação para o acesso à Série A) da competição. Iniciando a rodada na 5ª posição com 39 pontos, o Ceará buscará a segunda vitória consecutiva na competição.

Já a Chape tentará aproveitar o fato de atuar em casa para deixar a zona do rebaixamento. A equipe catarinense iniciou a rodada na 18ª colocação com 25 pontos.

Bahia e Flamengo iniciam disputa nas quartas da Copa do Brasil

Tem como palco a Arena Fonte Nova, em Salvador, Bahia e Flamengo começam a disputa das quartas de final da Copa do Brasil a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (28). A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

Em um ótimo momento na temporada, na qual soma quatro jogos de invencibilidade, o Tricolor de Aço deve contar com um apoio maciço de sua apaixonada torcida, que deve lotar a Fonte Nova. Para um jogo de tamanha importância o técnico Rogério Ceni tem alguns problemas: os atacantes Rafael Ratão (expulso na fase anterior da Copa do Brasil) e Biel (lesionado) e o lateral Gilberto (lesionado).

🟦🟥⬜ Esquadrão pronto! ⬜🟥🟦

Elenco finalizou preparação pro jogo contra o Flamengo. Leia mais ➡️ https://t.co/gcKedCOTOb #PraFazerHistória #BBMP pic.twitter.com/5SzjCtS7zK

— Esporte Clube Bahia (@ecbahia) August 27, 2024

“O Flamengo desfalcado é um grande time, com todo mundo [força máxima] é melhor ainda, e quando está mais desfalcado contrata e melhora mais ainda. Temos que ser honestos, o favoritismo nesse caso não cai para o nosso lado”, declarou o técnico Rogério Ceni em entrevista coletiva concedida no último domingo (25) após o empate sem gols com o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro.

Já o Rubro-Negro da Gávea inicia as quartas de final com muitos desfalques causados por lesões: Everton Cebolinha, Viña, Pedro, Gabriel Barbosa e Arrascaeta. O Flamengo também não poderá contar com o atacante Carlinhos, que já disputou a Copa do Brasil pelo Nova Iguaçu.

Um reforço, mas fora do gramado, é o técnico Tite, que se recuperou de um quadro de arritmia cardíaca após a partida contra o Bolívar nos 3.640 metros de altura de La Paz (Bolívia). Além disso, o Fla poderá contar com o uruguaio De la Cruz e com o atacante Michael, autor de um dos gols da vitória de 2 a 1 do Rubro-Negro sobre o Bragantino no último domingo.

Últimos ajustes para a primeira partida das quartas da @CopaDoBrasilCBF! Daqui a pouco o Mengão segue viagem para Bahia. 🔴⚫️ #VamosFlamengo

📸: Marcelo Cortes /CRF pic.twitter.com/tYyTxxOrdY

— Flamengo (@Flamengo) August 27, 2024

Esta é a terceira oportunidade na qual Bahia e Flamengo se enfrentam em um mata-mata da competição nacional. Nas outras duas oportunidades, o Rubro-Negro se classificou. A primeira foi nas quartas de final de 1990, ano no qual o Flamengo chegou ao título. A outra foi nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2000.

* Colaboração de Pedro Amorim (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

Seleções paralímpicas iniciam treinos na França de olho em Paris

As primeiras delegações paralímpicas do Brasil a chegarem na França para disputa da Paralimpíada de Paris iniciaram nesta quarta-feira (14) os treinos do período de aclimatação em solo europeu, que antecede os Jogos.

As seleções de tênis de mesa, vôlei sentado e remo, que embarcaram na segunda-feira (12), estão na cidade de Troyes, a 178 quilômetros da sede do megaevento.

Juntas, as três delegações, incluindo comissões técnicas, somam 72 pessoas, sendo 46 atletas com deficiência e um timoneiro (remo). A entrada na Vila Paralímpica, onde os competidores estarão hospedados durante os Jogos, está prevista para o próximo dia 21.

Bruna Alexandre tornou-se a primeira brasileira a participar de Jogos Olímpicos e Paralímpicos – Alessandra Cabral/CPB/Divulgação

O Brasil terá 279 competidores em Paris, sendo a maior equipe nacional em uma edição fora do país, superando os 259 convocados para a Paralimpíada de Tóquio, no Japão, que seria em 2020 mas foi realizada em 2021 por conta da pandemia.

“Estou muito feliz de estar aqui, de podermos ter esse tempo de aclimatação, que é muito importante para nos acostumarmos com o fuso horário [cinco horas à frente do horário de Brasília] e o clima diferente. As mesas de treino são iguais às que vamos jogar [em Paris]. Claro, a gente sente a diferença, mas é normal. Então, é importante para entendermos a mesa e o ambiente”, destacou, em depoimento à comunicação do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), a carioca Sophia Kelmer, mesatenista da classe 8, para atletas com deficiências físico-motoras.

Quem já estava em Troyes há quatro dias e agora se juntou aos treinos com os demais atletas da seleção de tênis de mesa é Bruna Alexandre. A catarinense, que compete na classe 10, para jogadores com grau menos severo de comprometimento motor, tornou-se a primeira brasileira a participar de Jogos Olímpicos e Paralímpicos, ao disputar a Olimpíada de Paris.

“A Vila [Olímpica, agora Paralímpica] está muito legal. O ginásio também. Acredito que [a experiência] vai me ajudar muito. Pude jogar na mesa principal [no confronto entre Brasil e Coreia do Sul, na disputa por equipes femininas], treinar na mesa dos Jogos e enfrentar os atletas olímpicos, o que pode fazer diferença [no resultado na Paralimpíada]”, afirmou Bruna, também ao CPB.

Na terça-feira (13), foi a vez da equipe de tiro com arco viajar para a Europa. Antes da ida a Paris, os cinco integrantes da seleção ficarão em Roveredo di Guà, município da região do Vêneto, província de Verona, na Itália.

Sophia Kelmer é parte da equipe brasileira de tênis de mesa que está em aclimatação na Europa – Alessandra Cabral/CPB/Divulgação

Nesta quarta, embarcam os competidores brasileiros de ciclismo e goalball. Ainda esta semana, na quinta-feira (15), deslocam-se ao Velho Continente os representantes da natação, parabadminton e parataekwondo.

Já na sexta-feira (16), viaja a delegação do atletismo, a mais numerosa, com 70 atletas e 16 atletas-guia.

Participação brasileira

O Brasil estará presente em 20 das 22 modalidades em disputa na Paralimpíada. Três delas não farão aclimatação na Europa. A seleção da bocha, esporte praticado por atletas com elevado grau de comprometimento motor, devido a paralisias cerebrais ou lesões medulares, realiza as últimas atividades no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Eles viajam direto a Paris no próximo dia 20.

A equipe de tiro esportivo está reunida desde segunda-feira no Rio de Janeiro e embarca rumo à capital francesa após os treinos, que chegam ao fim no dia 24. Já os atletas do halterofilismo, que viajam dia 20, junto dos competidores da bocha, não terão um encontro prévio antes da ida à França.

Varejistas iniciam taxação de compras internacionais de até US$ 50

Os principais sites de compras no exterior começaram a cobrar neste sábado (27) o Imposto de Importação de 20% sobre as compras internacionais de até US$ 50. 

A taxação entra oficialmente em vigor no dia 1° de agosto, mas algumas empresas decidiram antecipar a incidência do imposto para ajustar as declarações de importação e autorizar a entrada das mercadorias no país após o prazo. 

A AliExpress e a Shopee confirmaram a intenção de cobrar a taxa a partir de hoje. A Shein só iniciará a cobrança à meia-noite de 1º de agosto.

A taxação foi aprovada pela Câmara dos Deputados no âmbito do Programa Mover, de incentivo à indústria automotiva. O Senado aprovou o texto no início de junho.

O Imposto de Importação de 20% incidirá sobre o valor do produto, incluídas cobranças de frete ou de seguro. Além do imposto, também incide sobre as compras 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, que já era cobrado nas compras internacionais de até US$ 50 em sites internacionais.

A Receita Federal ainda não tem uma estimativa sobre quanto será arrecadado pelo governo federal com a nova tributação. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a projeção deve constar no relatório bimestral de receitas, que será divulgado em setembro.

Forças de segurança iniciam ação contra milicianos na zona oeste do RJ

Policiais civis e militares iniciaram na manhã desta segunda-feira (15) uma frente de ações contra grupos milicianos que atuam em dez comunidades de seis bairros da zona oeste do Rio de Janeiro.

Batizada de Ordo, a ação conta com o apoio da prefeitura do Rio de Janeiro e da Guarda Municipal, bem como de concessionárias dos serviços de energia, água, gás e de telecomunicações.

Segundo o governador do estado, Cláudio Castro, três pessoas foram presas nas primeiras horas de ação que já apreendeu drogas e armas. Em nota, ele informou que a operação pretende enfraquecer as milícias, para retomar a ordem em áreas de “disputa e guerra”.

Servidores federais ambientais iniciam greve

Servidores federais da área de meio ambiente iniciaram nesta segunda-feira (24) uma greve que – até o dia 1º de julho – deve abranger 21 estados. 

Os primeiros estados a paralisar as atividades são Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte. Servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, também iniciam hoje o movimento paredista.

Segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), o movimento será reforçado com a adesão de outros 17 estados, a partir de 1º de julho: GO, RS, RJ, BA, ES, SC, PR, SP, TO, MG, MA, PI, PE, CE, AL e RO. Complementam essa lista os demais servidores do Distrito Federal não lotados no MMA.

Integram o movimento funcionários públicos vinculados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao Serviço Florestal Brasileiro e ao MMA.

Proposta rechaçada

As negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) já duram cerca de seis meses, sem avanços. Segundo a Ascema, a proposta apresentada pelo MGI foi “rechaçada em 100% das assembleias” de suas entidades locais, uma vez que não teria atendido a “nenhum dos principais pontos” reivindicados.

“Infelizmente, o aparente desinteresse do governo federal em realizar a justa e devida reestruturação da carreira de especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama, que oficializou o rompimento unilateral da mesa, prejudicará os resultados e trará todo o ônus para o próprio governo e prejuízos para os setores regulados”, disse à Agência Brasil o presidente da Ascema, Cleberson Zavaski.

Para ele, somente “ações essenciais e emergenciais e em números mínimos terão atividades realizadas”. Enquanto isso, acrescenta, os servidores permanecerão “mobilizados e pressionando”.

Reestruturação de carreira

“Nossa demanda não é por um percentual específico de reajuste, mas de uma verdadeira reestruturação de carreira que nos reposicione o mais próximo de outras carreiras com atribuições de nível de responsabilidade e complexidade semelhantes ao nosso”, acrescentou Zavaski.

Entre as principais reivindicações está a equiparação com a remuneração das carreiras de nível superior da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que, no passado, estava integrada ao Ibama. Após a separação, segundo a Ascema, há servidores da ANA com salário inicial maior que o salário de final da carreira de especialista em meio ambiente.

“Porém, diferentemente da reivindicação original, a nova contraproposta [apresentada pelo governo] prevê que a remuneração inicial seja menor que a da ANA, mas com valorização progressiva que permita que a remuneração alcance a da ANA a partir do 14º nível e até a supere nos últimos cinco níveis, considerando uma tabela com 20 padrões, conforme proposto pelo governo”.

A Ascema explica que os servidores aceitaram as propostas do MGI no que diz respeito à criação da tabela com 20 padrões, os percentuais oferecidos para as Gratificações de Qualificação e o adiamento da discussão sobre a Gratificação por Atividade de Risco.

Os servidores da área ambiental já estavam com atividades de fiscalização e licenciamento e outras operações de campo suspensas desde janeiro, mas a greve nacional deve estender a paralisação para todas as áreas, inclusive os serviços administrativos.

A Agência Brasil aguarda retorno do MMA e do MGI, com posicionamento sobre as negociações e as propostas colocadas à mesa.

Favelas iniciam conferências para enviar sugestões ao G20

Representantes de favelas de vários países começam nesta segunda-feira (29) uma série de conferências para discutir problemas e soluções para esses territórios, em preparação para a cúpula do G20, que acontece em novembro, na cidade do Rio de Janeiro. A primeira Conferência Internacional das Favelas-20 está sendo realizada no Complexo da Penha.

Até setembro deste ano, estão previstas conferências em mais de 3 mil favelas das 27 unidades da federação e de outros 40 países, como Moçambique, Congo, Cazaquistão e Bélgica. A ideia é reunir propostas para entregar aos governantes do G20, que reúnem 19 das principais economias do mundo, além da União Europeia e União Africana.

“As favelas contribuem muito para o desenvolvimento do país, com sua mão de obra. E os pensamentos que a favela tem normalmente não são aproveitados pelo poder público, porque a favela não é consultada sobre temas relevantes. E agora, com o G20, é uma oportunidade que a gente tem da favela se organizar, pautar os temas que nos interessam. É a chance que a favela tem de mostrar que tem capacidade de pensar sobre os temas que os governos estão propondo: a sustentabilidade, os direitos humanos, a [redução da] desigualdade”, afirma Celso Athayde, cofundador da Central Única das Favelas (Cufa).

Segundo Athayde, depois das conferências locais nas favelas, serão realizados eventos estaduais e nacionais, nos 41 países. “A gente vai fazer as vozes dessas pessoas serem ouvidas. Se os chefes de Estado vão levar em consideração depois de ouvir, é responsabilidade deles. Nossa responsabilidade é se organizar e demonstrar que as favelas não podem ser apenas coadjuvantes. Elas precisam ser protagonistas quando a agenda também é delas”.

*Colaborou Cristiane Ribeiro – Repórter do Radiojornalismo

Fluminense e Red Bull Bragantino iniciam caminhada no Brasileirão

 O Campeonato Brasileiro de 2024 começa neste sábado (13) para Fluminense e Red Bull Bragantino, que se enfrentam às 21h (horário de Brasília), no Maracanã. O jogo no Rio de Janeiro será transmitido ao vivo pela Rádio Nacional, com narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz, reportagens de Rodrigo Ricardo e plantão de Bruno Mendes. A jornada esportiva tem início às 21h15.

É #DIADEFLU! DIA DE ESTREAR NO @BRASILEIRAO! DIA DE FAZER A FESTA NO MARACA! 🇭🇺🇭🇺🇭🇺

VEM, TRICOLOR >> https://t.co/1evH5Ivg7u

📸: Marcelo Gonçalves/FFC pic.twitter.com/BUSO2RSGzb

— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) April 13, 2024

As equipes terminaram a edição anterior da competição separadas por seis pontos. O Bragantino ficou na sexta posição, uma a frente do Fluminense. O Tricolor carioca, pelo título da Libertadores, porém, classificou-se à fase de grupos do torneio continental em 2024, enquanto o Massa Bruta teve que disputar a etapa preliminar, onde foi derrotado pelo Botafogo. Aos paulistas, restou a Copa Sul-Americana.

Os times vêm de resultados distintos pelas respectivas competições continentais. Na última terça-feira (9), o Fluminense bateu o Colo Colo, do Chile, por 2 a 1, no Maracanã. A equipe comandada por Fernando Diniz lidera o Grupo A da Libertadores, com quatro pontos.

Já o Bragantino levou 3 a 0 do Racing, no El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina, na última quarta-feira (10). O Massa Bruta está em terceiro do Grupo H da Sul-Americana com os mesmos três pontos do Coquimbo Unido, mas os chilenos ficam à frente pelo saldo de gols. Apenas o líder avança às oitavas de final de forma direta. O segundo disputa uma repescagem com uma das equipes que ficaram em terceiro lugar nas chaves da Libertadores.

Do lado carioca, Diniz “ganhou” outro problema para escalar o Fluminense neste sábado, pois Thiago Santos teve constatada uma lesão muscular na coxa esquerda. Além dele, os também zagueiros Manoel e Marlon, o volante Gabriel Pires, o meia Renato Augusto e os atacantes Keno e Lelê estão fora. O treinador, portanto, deve repetir a formação que derrotou o Colo Colo, com o volante Martinelli improvisado na zaga.

Chegou a hora da estreia no @brasileirao! 💪#RedBullBragantino pic.twitter.com/bxzjSak75N

— Red Bull Bragantino (@RedBullBraga) April 12, 2024

O departamento médico do Bragantino também está cheio, com o volante Matheus Fernandes, os meias Lincoln e Lucas Evangelista e o atacante Helinho tratando lesões. Já o zagueiro Eduardo e o meia Nathan Camargo estão recuperados de contusão e em fase de transição para o gramado. O técnico Pedro Caixinha deve a mandar a campo o mesmo time que encarou o Racing na quarta.

No Brasileirão do ano passado, cada equipe venceu o rival uma vez. Em junho, o Fluminense fez 2 a 1 no Maracanã, com gols do meia Paulo Henrique Ganso e do zagueiro Felipe Melo – o atacante Thiago Borbas descontou. Quatro meses depois, o Bragantino ganhou no Nabizão, em Bragança Paulista (SP), por 1 a 0, com o atacante Eduardo Sasha balançando as redes para o time paulista.