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WTA de Abu Dhabi: Bia Haddad e Luisa Stefani vencem estreia de duplas

Pela primeira vez juntas em um torneio WTA (Associação de Tênis Feminino, na sigla em inglês), as paulistanas Beatriz Haddad e Luisa Stefani garantiram presença nas quartas de final em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), com vitória de virada nesta terça-feira na estreia da chave de duplas. Após perderem o primeiro set por 6/2 para a parceira da cazaque Anna Danilina com a ucraniana Nadiia Kichenok, a dupla100% brasielira retomou o controle do jogo: levou a melhor na segunda parcial por 7/5 e também o tie-break (set decisivo) por 10/6. Cotadas para representar o país na Olimpíada de Paris, Bia e Luísa voltam à quadra na próxima sexta (9) contra as norte-americanas Desirae Krawczykt e Caroline Dolehide.

DUPLA BRASILEIRA VENCE NA ESTREIA! 🎾

Beatriz Haddad Maia e Luisa Stefani 🇧🇷 vencem na estreia das duplas e avançam às oitavas de final do WTA 500 de Abu Dhabi 🇦🇪

Vitória sobre Anna Danilina 🇰🇿 e Nadiya Kichenok 🇺🇦 por 2 sets a 1 (2/6, 7/5 e 10/6)

Grande virada! 💚💛

📸:… pic.twitter.com/S0DX8pSau5

— Time Brasil (@timebrasil) February 6, 2024

“Boa estreia, ótima vitória. Primeiro set com condições difíceis, Danilina jogando muito bem, impuseram o jogo delas o tempo todo. Mas a partir do segundo set sacamos melhor, tomamos conta dos nossos games de saque e no final aproveitamos a oportunidade de quebrar. No match tie-break foi nosso melhor momento do jogo. Ótima vitória para sair assim, ir nos conhecendo, nos entendendo em quadra também e muito boa energia. Foi um ótimo começo”, comemorou Stefani, que defende o bicampeonato no no WTA de Abu Dhabi– no ano passado ela faturou o título de duplas ao lado da chinesa Shuai Zhang.

Na chave de simples, Bia Haddad volta a competir às 7h45 (horário de Brasília) desta quarta (7). A brasileira, atua número 13 do mundo), encara a polonesa Magda Linette (37ª) pelas oitavas de final. Na estreia na segunda (5), a paulistana de 27 anos derrotou a chinesa Xiyu Wang (60ª) por 2 sets a 0. 

Paris 2024 é logo ali

Medalhista ao lado de Luisa Stefani na Olimpíada de Tóquio, Laura Pigossi foi a primeira brasileira a garantir presença em Paris 2024 – ela faturou a vaga ao se classificar à final na chave de simples dos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) no ano passado.

Ao todo serão 64 tenistas de cada gênero (feminino e masculino) na chave de simples nos Jogos de Paris. Desse total, 56 vagas serão definidas pelos rankings mundiais masculino (ATP) e feminino (WTA), cujo prazo final para pontuação será em 10 de julho. Cada país poderá ter no máximo quatro atletas. As demais vagas serão distribuídas pela Federação Internacional de Tênis (ITF).

No torneio de duplas haverá 32 de cada gênero, sendo o máximo de duas por país. A classificação nos rankings da ATP e WTA é assegurada para os 10 primeiros colocados, com a condição do parceiro do próprio país estar os 300 colocados no ranking (simples ou duplas).

Bia Haddad vence estreia e avança às oitavas do WTA 500 de Abu Dhabi

A tenista brasileira Beatriz Haddad avançou às oitavas do WTA 500 de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) ao vencer nesta segunda-feira (5) a chinesa Xiyu Wang por 2 sets a 0. Atual número 13 do mundo, a paulistana sobrou em quadra diante da chinesa (60ª), fechando o primeiro set em 6 a 2. Na parcial seguinte, a asiática se recuperou e abriu 0/3. Pressionada, Bia reagiu, empatou e a definição do set foi para o tie-break (set decisivo). Mais uma vez, Xiyu Wang ficou à frente do placar (4 a 2), mas durou pouco: Bia fez uma sequência de cinco pontos, vencendo o tie-break por (7/4).

Big serve to close it out 🔥

No.6 seed Beatriz Haddad Maia moves past Wang in her opening match!#MubadalaAbuDhabiOpen pic.twitter.com/u3OoYbJIU9

— wta (@WTA) February 5, 2024

Nas oitavas, a brasileira enfrentará a vencedora da partida entre a polonesa Magda Linette (37ª) e a filipina Alexandra Eala (187ª ), de 18 anos. Antes, Bia Haddad estreia ao lado da conterrânea Luisa Stefani na chave de duplas, às 4h (horário de Brasília) desta terça (6). Elas encaram a parceria da cazaque Anna Danilina com a ucraniana Nadiia Kichenok.

“Animada para a estreia amanhã (6) e de formar uma dupla totalmente brasileira com a Bia. Faz tempo que não jogamos juntas, então estou super empolgada para começar o torneio aqui e ir pra cima. Estamos treinando bem nos últimos dias, melhorando e aperfeiçoando tudo o que deu para tirar da gira da Austrália”, revelou Stefani, referindo-se a sua participação no Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano.

Socorro a aéreas não terá dinheiro do Tesouro, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (5) que um eventual fundo para ajudar a financiar empresas aéreas em dificuldades não contará com dinheiro do Tesouro Nacional. A declaração foi após encontro com economistas na sede do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

“Nós estamos fazendo um levantamento da situação. Nós vamos entender melhor o que está acontecendo e não existe socorro com dinheiro do Tesouro. Isso não está nos nossos planos. O que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária”, afirmou.

De acordo com Haddad, até fevereiro haverá um diagnóstico e uma proposta. O ministro enfatizou que o custo do querosene de aviação não pode ser utilizado como justificativa para aumento no preço dos bilhetes.

“O preço do querosene caiu durante o nosso governo [2023], não pode ser justificativa para aumento de passagem aérea.”

No último dia 25, a companhia aérea Gol, uma das três principais do país, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. De acordo com um comunicado, a empresa fechou 2023 com dívida de mais de R$ 20 bilhões.

Isenção

Questionado sobre a pressão de varejistas para que o governo recue da isenção para compras internacionais de até US$ 50 – cerca de R$ 250 – o ministro disse que o assunto está sendo discutido em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e pelo Congresso.

“Nós vamos discutir, Executivo, Legislativo e Judiciário, qual é a melhor solução para isso”, afirmou.

No entanto, Haddad destacou o funcionamento do programa Remessa Conforme. “Caiu muito a questão do contrabando que envolvia até a remessa de droga para o Brasil. Isso acabou”, aponta.

O Remessa Conforme oferece a isenção até US$ 50 para empresas de comércio eletrônico que se comprometam a fornecer informações sobre origem, destinação e conteúdo das remessas. Com os dados, a Receita Federal tem à disposição, de forma antecipada, as informações necessárias para a aplicação do gerenciamento de risco das remessas internacionais, tendo mais tempo para definir as mercadorias escolhidas para fiscalização.

Haddad pede ao Congresso consciência para responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu nesta segunda-feira (5) que o Congresso Nacional tenha consciência da Lei de Responsabilidade Fiscal ao discutir qual será a apreciação da medida provisória da reoneração da folha de pagamento de empresas tidas como grandes empregadoras. 

As declarações foram na saída de um evento com economistas, na sede do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), no Rio de Janeiro.

A MP editada pelo governo prevê reoneração gradual de impostos em 17 setores da economia. No fim do ano passado, o Congresso tinha aprovado a prorrogação da isenção de impostos para essas empresas por mais 4 anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida. Em seguida, Congresso derrubou o veto presidencial.

O tema é uma das prioridades do Congresso, que retoma as atividades nesta segunda-feira, após o recesso legislativo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem defendido uma solução negociada para a MP da reoneração da folha.

Déficit zero

Para o governo, a volta da oneração é um dos caminhos para aumentar a arrecadação e perseguir a redução do déficit público. “Nós vamos sentar com os líderes e abrir os números. O importante, neste momento, é que o Congresso tome consciência dos números do orçamento aprovado ano passado”, disse Haddad.

O ministro explicou que a decisão dos parlamentares precisa estar de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Precisamos que qualquer gesto do Congresso na direção de um setor da economia seja compensado por medidas que equilibrem o orçamento”, afirmou.

“Nós temos que ter essa clareza de que tem uma lei complementar à qual as leis ordinárias estão subordinadas. É o caso da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], é o caso da Lei Orçamentária”, completou.

O ministro da Fazenda manifestou que há abertura no governo para ajustes. “Se o Congresso entender que há outras alternativas a serem consideradas, obviamente nós vamos para a mesa ouvir”, declarou.

Manutenção da queda dos juros dependerá do exterior, diz Haddad

Após os cortes de juros já anunciados pelo Banco Central (BC) no início deste ano, a continuidade da queda da Taxa Selic (juros básicos da economia) dependerá do exterior, disse nesta terça-feira (30) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, caso os Bancos Centrais das economias avançadas comecem a reduzir os juros ainda neste semestre, haverá espaço para novas quedas das taxas no Brasil no segundo semestre.

“Por tudo que ouvi nas viagens que fiz, não me parecia o mais provável [que o ciclo de cortes no exterior comece em março], mas no primeiro semestre me parece realista. Se isso acontecer, vai ser muito bom para Banco Central [brasileiro], porque aí o horizonte pode mudar relativamente para melhor, e isso pode projetar uma taxa de juros terminal neste ciclo de cortes para além do que estamos imaginando hoje. Mas isso são especulações, vamos avaliar”, disse Haddad ao voltar de reunião na Casa Civil.

Nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC promove a primeira reunião do ano para decidir o futuro da Taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano. Em dezembro, a autoridade monetária tinha anunciado que continuaria a promover cortes de 0,5 ponto percentual no primeiro semestre. A maioria das instituições financeiras acredita que o Copom fará três reduções até maio, para depois decidir a evolução dos juros básicos no Brasil.

Dívida pública

O ministro também comentou a alta da Dívida Pública Federal, que terminou 2023 em R$ 6,52 trilhões, crescendo cerca de R$ 500 bilhões no ano passado. Haddad ressaltou que boa parte da alta em 2023 decorre de heranças do governo anterior, como a quitação de precatórios (dívidas do governo com sentença judicial definitiva) e a ajuda financeira a estados para compensar a redução do imposto estadual sobre os combustíveis.

“A dívida é uma consequência do déficit primário e dos juros sobre a dívida. O precatório que foi pago já era dívida, só não tinha sido contabilizado como dívida, mas já existia. Um governo que paga um calote não pode ser responsabilizado nem pelo calote e nem pelo aumento da dívida consequente do pagamento do calote”, declarou Haddad.

Na segunda-feira (29), o Tesouro Nacional divulgou que o déficit primário do Governo Central – Tesouro, Banco Central e Previdência Social – ficou em R$ 230,54 bilhões, o pior resultado para as contas públicas desde 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. O déficit, no entanto, cairia para R$ 138,1 bilhões sem o pagamento de cerca de R$ 92 bilhões em precatórios atrasados, após decisão do Supremo Tribunal Federal.

Crescimento

Haddad disse ainda que o governo espera fechar 2024 com crescimento da economia acima de 2% e que está confiante de que encerrará o ano melhor que as previsões. Em novembro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulgou projeção de avanço de 2,2% de avanço no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. Nesta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, de 1,5% para 1,7% a expectativa de crescimento do PIB neste ano.

Segundo o ministro, o governo está tomando medidas para melhorar o ambiente de negócios e o crescimento neste ano, como o Novo Marco de Garantias, sancionado em outubro e ainda pendente de regulamentações. “O Marco de Garantias tem o potencial de mudar o padrão de crédito no país, o que impulsionará o crescimento”, destacou.

Sem detalhar números, o ministro disse que os dados preliminares da economia em janeiro “estão bastante razoáveis”. “Entramos no ano confiantes de que podemos ter um ano acima das expectativas, como aconteceu em 2023”, comentou.

Haddad: déficit resultou de quitação de precatórios do governo passado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o déficit nas contas públicas em 2023 resultou do pagamento de precatórios atrasados, deixados pelo governo anterior. No ano passado, o resultado ficou negativo em R$ 230,54 bilhões, só perdendo para 2020, quando o déficit atingiu R$ 743,25 bilhões por causa da pandemia de covid-19. O déficit primário representa o resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública.

“Esse resultado é expressão de uma decisão que o governo tomou de pagar o calote que foi dado, tanto em precatórios quanto nos governadores em relação ao ICMS sobre combustíveis. Desses R$ 230 bilhões, praticamente metade é pagamento de dívida do governo anterior, que poderia ser prorrogada para 2027 e que nós achamos que não era justo com quem quer que fosse o presidente na ocasião”, afirmou o ministro em entrevista na noite desta segunda-feira (29). 

A quitação dos precatórios ocorreu após um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o Tesouro Nacional, sem o pagamento dos precatórios, as contas do Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – teriam fechado o ano passado com resultado negativo de R$ 138,1 bilhões, equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país). Sem o socorro financeiro de cerca de R$ 20 bilhões para estados e municípios, o déficit teria caído para R$ 117,2 bilhões, 1,1% do PIB.

Apenas em dezembro, o déficit primário somou R$ 116,15 bilhões, impulsionado pela quitação dos precatórios em atraso. Dívidas do governo com sentença judicial definitiva, os precatórios foram parcelados ou adiados após uma emenda constitucional em 2021. No ano passado, o governo quis quitar a dívida para evitar um passivo de R$ 250 bilhões no fim de 2026.

O déficit de dezembro foi o maior já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. Sem os precatórios, informou o Tesouro, o resultado negativo ficaria em R$ 23,8 bilhões. Esse valor ficaria abaixo da estimativa das instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 35,5 bilhões, sem considerar o pagamento de precatórios.

 Apesar da quitação dos precatórios, o déficit ficou dentro da meta de R$ 231,5 bilhões para o Governo Central estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano passado.

Haddad acrescentou que o governo priorizou no primeiro ano “passar a régua neste legado tenebroso de desorganização das contas públicas”. 

Haddad: revisão da tabela de isenção do IR deve sair até o fim do mês

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (23) que está em estudo a revisão da tabela de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. O anúncio deve ser feito até o fim do mês.

A nova tabela vai se adequar ao novo valor do salário mínimo, que passou de R$ 1.320 para R$ 1.412.

“Até o fim do mês a gente vai ter essa conta. Esse mês ainda a gente vai ter a conta, tá bom?”, comentou o ministro ao chegar ao ministério, onde falou com  jornalistas.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou o assunto, na rede social X. Lula disse que vai cumprir a promessa de governo de garantir a isenção para o trabalhador que ganha até dois salários mínimos.

“As pessoas que ganham até 2 salários mínimos não vão pagar Imposto de Renda. Nós vamos fazer o que prometemos,” publicou.

Dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional) apontam que, sem a revisão, quem ganha mais de dois salários voltará a ser tributado, já que a faixa de isenção não teve reajuste e permanece na tabela em R$ 2.112.

Desconto automático

Além disso, também houve um desconto automático de R$ 528 no salário, o que, na prática, deixou a faixa de isenção em R$ 2.640, que era equivalente a dois mínimos em 2023.

Haddad evitou falar se houve acordo para revogar a medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamentos de alguns setores da economia. Editada no fim do ano passado, a medida traz a reoneração gradual de 17 setores beneficiados com descontos na na contribuição para a Previdência Social

Haddad: revisão da tabela de isenção do IR deve sair até o fim do mês

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (23) que está em estudo a revisão da tabela de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. O anúncio deve ser feito até o fim do mês.

A nova tabela vai se adequar ao novo valor do salário mínimo, que passou de R$ 1.320 para R$ 1.412.

“Até o fim do mês a gente vai ter essa conta. Esse mês ainda a gente vai ter a conta, tá bom?”, comentou o ministro ao chegar ao ministério, onde falou com  jornalistas.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou o assunto, na rede social X. Lula disse que vai cumprir a promessa de governo de garantir a isenção para o trabalhador que ganha até dois salários mínimos.

“As pessoas que ganham até 2 salários mínimos não vão pagar Imposto de Renda. Nós vamos fazer o que prometemos,” publicou.

Dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional) apontam que, sem a revisão, quem ganha mais de dois salários voltará a ser tributado, já que a faixa de isenção não teve reajuste e permanece na tabela em R$ 2.112.

Desconto automático

Além disso, também houve um desconto automático de R$ 528 no salário, o que, na prática, deixou a faixa de isenção em R$ 2.640, que era equivalente a dois mínimos em 2023.

Haddad evitou falar se houve acordo para revogar a medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamentos de alguns setores da economia. Editada no fim do ano passado, a medida traz a reoneração gradual de 17 setores beneficiados com descontos na na contribuição para a Previdência Social

Haddad não confirma acordo para revogar MP da reoneração da folha

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não confirmou se a medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamentos será revogada. Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que haveria um acordo para a retirada do texto, em um fórum com empresários brasileiros em Zurique (Suíça).

Haddad disse ter tentado entrar em contato com Pacheco após a declaração, dada em evento paralelo ao Fórum Econômico Mundial, mas que não conseguiu falar com o presidente do Senado.

O ministro afirmou considerar a declaração de Pacheco uma recomendação, em vez de um compromisso do Poder Executivo. Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda conversará com Pacheco para que se definira a solução mais apropriada sobre o tema.

“Não posso comentar uma coisa sem falar com ele. O que o presidente Pacheco me falou, e eu levei à consideração do presidente Lula, é que, dos quatro temas, dois não foram tratados pelo Congresso no ano passado e poderiam ser tratados pela MP. E [os outros] dois deveriam ser trabalhados de uma outra forma, uma vez que foram tratados pelo Congresso Nacional. Levei à consideração do presidente, e o presidente falou: ‘quero me sentar com o Rodrigo Pacheco para a gente ver o melhor encaminhamento’. Isso no que diz respeito à forma”, afirmou Haddad.

Ele anunciou duas reuniões com líderes partidários na Câmara e no Senado para a última semana de janeiro, dias antes do fim do recesso parlamentar. Sobre a possibilidade de a reoneração gradual começar apenas em 2027, como defendido por Pacheco nesta sexta-feira (19), o ministro disse apenas que as negociações ainda não começaram.

Em relação ao mérito da medida provisória (MP) editada no fim do ano passado, o ministro reiterou o apoio à reoneração gradual dos 17 setores beneficiados com descontos na contribuição para a Previdência Social. “O que levamos à consideração dos dois presidentes [Pacheco e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados] foi um princípio. A emenda constitucional da reforma tributária diluiu o fim dos benefícios [no tempo] para que todo mundo possa se acomodar”, explicou.

De acordo com o ministro, a reversão gradativa de desonerações sobre o consumo, decidida pela reforma tributária, tem de ser expandida para outros setores da economia. “Se [a reoneração gradual] valeu para todo mundo, se valeu para todos os sistemas, todos os regimes especiais do país, incluindo os estaduais do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], os municipais do ISS [Imposto sobre Serviços] , não seria um bom princípio para o imposto previdenciário que sustenta a Previdência?”, comentou o ministro.

Histórico

No fim de dezembro, o governo editou uma série de medidas para compensar a perda de arrecadação após o Congresso derrubar o veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e a um desconto na contribuição à Previdência Social paga por pequenas prefeituras. A MP 1.202/2023  revogou a desoneração das empresas até 2027, em troca de um retorno gradual à alíquota normal de 20% da folha de pagamento.

A MP também revogou a redução da alíquota patronal sobre a folha de municípios de pequeno porte de 20% para 8% e estabeleceu o fim dos benefícios tributários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Para obter mais receitas para compensar a perda de arrecadação com a reoneração em etapas, o governo limitou o uso das compensações tributárias a partir de créditos obtidos via decisões judiciais.

Bia Haddad vence fácil e vai à terceira rodada do Aberto da Austrália

A tenista brasileira Beatriz Haddad, de 25 anos, avançou pela primeira vez na carreira à terceira fase do Aberto da Austrália.  Nesta quarta-feira, ela atropelou a jovem russa Alina Korneeva, de 16 anos,  que galgou a fase principal pelo qualifying ( classificatório). Bia aplicou 2 sets a 0 na adversária de 16 anos,  com parciais de 6/1 e 6/2.

Best result at the #AusOpen ✔️
Best result by a 🇧🇷 at the #AusOpen ✔️

No.10 seed Beatriz Haddad Maia locks in her R3 spot with a win over Korneeva, 6-1, 6-2. pic.twitter.com/BduzZqOWtm

— wta (@WTA) January 17, 2024

Atual número 12 no ranking mundial, a brasileira terá de derrotar outra jovem russa para assegurar presença nas oitavas de final:  Maria Timofeeva (170ª), de 20 anos. O dia e o horário da partida ainda serão definidos pelos organizadores. 

“Fiz um jogo bem sólido. Acho que consegui lidar bem mentalmente com os momentos duros do jogo”, comemorou Bia após o triunfo. “Quero melhorar as coisas que ainda não saíram do jeito que eu gostaria e também os pontos que eu preciso para enfrentar a minha próxima adversária, que sei que também é jovem, mas ainda não a conheço”, finalizou

Nesta quinta (18), Bia volta à quadra para a segunda rodada de duplas, ao lado da norte-americana Taylor Townsend, com quem foi campeã do WTA 500 de Adelaide na semana passada.  Elas terão pela frente a dupla da bielorrussas Aliaksandra Sasnovich com a russa Anna Blinkova.

Estreias à noite

Logo mais, às 21h, quem estreia é a dupla do gaúcho Marcelo Demoliner com o neozelandês Marcus Daniel. Eles enfrenam os australianos John Millman e Edward Winter.

A partir das 22h15, a parceria do paranaense Thiago Wild com o argentino Sebastián Báez encara a dupla do suíço Sebastian Ofner com o francês Alexandre Muller.

Em parceria com a holandesa Demi Shuurs, a paulista Luisa Stefani estreia às 22h20 desta quarta (17) na disputa de duplas femininas contra a croata Donna Vekic e a romena Sorana Cirstea – Divulgação/Mubalada Abu Dhabi Open

Recuperada de lesão no joelho, a paulista Luisa Stefani disputa a primeira rodada de duplas às 22h20, ao lado holandesa Demi Shuurs. As adversárias duelam com a croata Donna Vekic e a romena Sorana Cirstea. O jogo de estreia de Stefani e Shuurs deveria ter ocorrido na madrugada de hoje (17), mas devido ao mau tempo, foi adiado para esta noite.  

O mineiro Marcelo Melo estreia nas duplas mistas às 3h30 desta quinta (18), ao lado de Townseend (parceira de Bia Haddad nas duplas femininas). Eles encaram a parceria de Veronika Kudermetova (Rússia) com Lloyd Glasspool (Inglaterra). 

Outros resultados

A quarta (17) não foi boa para a dupla do mineiro Marcelo Melo com o holandês Matwe Middelkoop. Eles foram eliminados ao perderem por 2 sets a 0 (6/7 e 5/7) o jogo de estreia para os parceiros Rajjev Ram (Índia) e Joe Salisbury (Inglaterra). Melo volta a competir pelas duplas mistas volta à quadra , e se despediram do Grand Slam.

A parceria da carioca Ingrid Martins com a romena Monica Niculesco também deu adeus precoce ao Aberto da Austrália, ao ser superadas na estreia pelas italianas Sara Errani e Jasmine Paolini, por 2 sets a 0 (6/3 e 6/1).