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Luciana Zogaib é finalista em prêmio para mulheres narradoras

A narradora Luciana Zogaib, integrante da equipe de Esportes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), está entre as finalistas da categoria Melhor Narradora do prêmio promovido pelo perfil de internet Narradores Brasileiros.

Na votação, que pode ser acessada NESTE LINK, a profissional que atua na TV Brasil e na Rádio Nacional está concorrendo com Renata Silveira, Natália Lara e Isabelly Morais (todas do Grupo Globo), além de Luciana Mariano e Elaine Trevisan (ambas da ESPN).

“Fiquei muito feliz, honrada, por estar junto de outras mulheres que admiro, nas quais busco inspiração. Ter sido indicada a esse prêmio é legal. É a confirmação do trabalho que tenho feito, de alguma forma ter o esforço reconhecido”, declarou a jornalista.

Sonho de criança

“Sempre quis trabalhar com esporte, com jornalismo esportivo. Meu sonho de criança era trabalhar com algo vinculado ao esporte. Sempre frequentei estádio de futebol por conta do meu pai, dos meus irmãos, e aquilo me fascinava. Eu saía do jogo, entrava no carro, ligava o radinho para escutar a resenha esportiva. Chegava em casa e assistia os programas. Mas, ao olhar para a TV, não via muitas mulheres. E, quando entrei na faculdade, pensei que não teria oportunidade. Assim, acabei trilhando outro caminho. Me formei em Comunicação e fui trabalhar em um laboratório farmacêutico”, afirmou Luciana, que está no mercado de comunicação há mais de 20 anos, mas que deu seus primeiros passos no jornalismo esportivo apenas em 2016.

Essa transição de área de atuação começou com a realização de uma pós-graduação em jornalismo esportivo, da qual nasceu a parceira com outras mulheres para fundar um site e a oportunidade de trabalho em uma rádio web como repórter: “Quando comecei a trabalhar nessa rádio, o dono dela afirmou que o sonho dele era ter uma mulher narradora”.

Importância da EBC

A partir do ano de 2019, Luciana passou a investir e a se desenvolver na área de narração. Mas a grande virada foi a chegada à EBC, no início de 2024, a partir da qual ela finalmente teve a possibilidade de se dedicar totalmente ao jornalismo esportivo.

Ao relembrar os desafios que enfrentou em sua trajetória profissional, Luciana celebra o atual momento da empresa de comunicação pública, na qual o futebol feminino e profissionais mulheres recebem cada vez mais espaço: “Aqui, por ser uma empresa pública, há uma facilidade maior do que a de outros veículos para abrir espaço tanto para a narração feminina como também para a exibição de jogos de mulheres. Isto porque a questão comercial não é o foco, nem atender à pressão de parte do público, mas o que prevalece é a promoção da diversidade”.

“Estou há menos de um ano na EBC, e o trabalho está tendo uma repercussão legal, o que é um indicativo de que estamos no caminho certo. Mas ainda há muita coisa para aprender, para caminhar”, conclui a jornalista.

Flamengo vence e tira Inter da briga pelo título brasileiro

O Internacional saiu da briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (1), o Colorado perdeu do Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional. O tropeço pela 36ª rodada encerrou uma sequência de 16 jogos de invencibilidade do time gaúcho, com 12 vitórias e quatro empates no período.

Com 65 pontos, o Inter pode atingir, no máximo, 71 pontos nos próximos dois jogos que tem pela frente. O líder, Botafogo, soma 73 pontos. O Glorioso, inclusive, será o adversário dos gaúchos na quarta-feira (4), às 21h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Se tivesse ganhado neste domingo, o Colorado poderia reduzir, no confronto direto, a distância para o Alvinegro para somente dois pontos.

O Flamengo, por sua vez, foi a 66 pontos e reassumiu a terceira posição, superando o próprio Inter. O Rubro-Negro já não tinha mais chances de título, podendo finalizar a competição com, no máximo, 72 pontos, caso ganhe os dois últimos compromissos.

Os cariocas construíram a vantagem no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o meia Nícolas de la Cruz cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro Léo Ortiz, de cabeça, mandou para as redes. Oito minutos depois, na sequência de uma cabeçada do atacante Gonzalo Plata, o lateral Alex Sandro ficou com a sobra na esquerda e tocou para Michael concluir. O próprio atacante anotou o terceiro aos 40, aproveitando cruzamento rasteiro do lateral Wesley, pela direita.

O Inter reagiu na segunda etapa. Aos nove minutos, Wesley recebeu do também atacante Enner Valencia da entrada da área, driblou De la Cruz e bateu, diminuindo a vantagem do Rubro-Negro. Aos 16, Valencia balançou as redes de cabeça, mas a arbitragem deu impedimento do equatoriano. Dois minutos depois, o lateral Alexandro Bernabei cruzou pela esquerda e Valencia, de novo pelo alto, completou para o gol, validado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR). Apesar da pressão colorada, o placar não se alterou mais.

Tudo azul

Se o domingo foi ruim para o lado vermelho de Porto Alegre, a metade azul está respirando mais aliviada. Na Arena do Grêmio, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 2 a 1 e praticamente se livraram de qualquer possibilidade de rebaixamento à Série B. Os gremistas não venciam há seis rodadas.

Os gaúchos foram a 44 pontos, assumindo a décima posição e abrindo seis pontos para o Criciúma, 17º colocado e equipe que abre a zona de rebaixamento (Z-4), mas que não tem mais como ultrapassar o Tricolor, pois atinjirá, no máximo, 11 vitórias (contra 12 do Imortal). O Red Bull Bragantino, que ocupa o 18º lugar, com 37 pontos, ainda joga neste domingo, às 18h30, diante do Cruzeiro, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). Se o Massa Bruta não ganhar, o Grêmio está 100% assegurado na Série A de 2025.

O São Paulo, em contrapartida, foi “beneficiado” pelo título do Botafogo na Libertadores e foi a campo garantido na fase de grupos da próxima edição do principal torneio do continente. O Tricolor paulista soma 59 pontos e não perde mais a sexta posição.

Dominante, o Grêmio conseguiu abrir o placar aos 35 minutos do primeiro tempo. O lateral João Pedro do atacante Yeferson Soteldo pela direita e ajeitou para o meia Franco Cristaldo chutar cruzado e abrir o marcador em Porto Alegre. Aos 45, o volante Matías Villasanti cruzou pela direita e o zagueiro Ruan, ao tentar anular os atacantes Martín Braithwaite e Alexander Aravena, acabou marcando contra.

Os visitantes retornaram melhor do intervalo, equilibrando as ações e descontando aos 18 minutos. O volante Luiz Gustavo aproveitou a sobra de um escanteio afastado pela defesa do Grêmio e chutou de primeira, da entrada da área, fazendo um golaço. O São Paulo pressionou atrás do empate, mas os gaúchos seguraram o resultado positivo.

Piloto falece após novo acidente de motovelocidade em Interlagos

O piloto de motovelocidade João Eloi, de 57 anos, faleceu na noite do último sábado (30), em São Paulo. A morte foi comunicada pelo Superbike Brasil, considerado o principal campeonato da modalidade no país, mas que teve retirada, em março, a chancela da Confederação Brasileira de Motovelocidade (CBM) – o que não impede sua realização.

Segundo comunicado do Superbike Brasil, Eloi sofreu uma queda durante corrida da nona etapa da categoria SuperSport 400cc Escola. O boletim de ocorrência, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), informou que o piloto ainda colidiu com muro de proteção do autódromo no acidente. O caso foi registrado no 101° Distrito Policial, no Jardim das Imbuias, que fica na zona sul da cidade.

“Apesar do pronto atendimento realizado pela equipe de resgate do campeonato, em ambulância UTI [Unidade de Terapia Intensiva], seguido pelo rápido encaminhamento para a sala de emergência do autódromo, João acabou falecendo ainda no ambulatório”, registou a nota oficial divulgada pela categoria.

A organização informou ter se colocado à disposição para assistir à família de Eloi e afirmou, ainda de acordo com a nota, que “todos da equipe do campeonato estão consternados com o acontecimento”. Apesar da tragédia, o evento, que ocupa o fim de semana, prosseguiu normalmente neste domingo (1º).

Trata-se do sétimo acidente com vítima fatal no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, em competições de moto nos últimos sete anos, sendo o segundo somente em 2024. Em junho, o argentino Lorenzo Somaschini, de apenas nove anos, faleceu após se acidentar em treino livre da Honda Junior Cup, categoria do Superbike Brasil para jovens de 8 a 18 anos.

Antes das mortes de Eloi e do menino Lorenzo, o piloto Matheus Barbosa faleceu durante prova do Superbike Brasil em 2020. No ano anterior, dois acidentes, no intervalo de um mês, vitimaram os pilotos Maurício Paludete e Danilo Berto e levaram a Prefeitura de São Paulo a suspender, na ocasião, por 60 dias, todas as competições de moto em Interlagos.

Enseada do Botafogo vai receber campeões da Libertadores

Após ganhar título inédito de campeão da Libertadores no sábado (30) contra o Atlético-MG em Buenos Aires https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-11/botafogo-supera-expulsao-relampago-e-conquista-libertadores-inedita, os jogadores do Botafogo desfilarão em carro aberto na Enseada de Botafogo, na zona sul do Rio, na tarde deste domingo (1). 

As interdições começaram a partir das 13h e seguem até a hora em que o desfile terminar. A equipe desembarcará no Aeroporto Internacional do Galeão, e será conduzida, ao longo do trajeto, por batedores até a Praia de Botafogo.

A prefeitura do Rio recomenda que os torcedores usem transporte público, principalmente o Metrô, para desembarcar na Estação Botafogo, e seguir até o local da celebração, já que o trânsito estará complicado e sem locais para estacionamento.

“O Rio de Janeiro hoje é todo alvinegro. Vai ser uma celebração linda. O Rio de Janeiro merece, o Botafogo merece. Vai ser no bairro com o nome do clube, na praia com o nome do time e naquela paisagem fantástica, com o Pão de Açúcar ao fundo”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.
O prefeito destacou ainda a segurança do evento para que todos os torcedores possam participar com suas famílias: 

“A Guarda Municipal vai estar presente, agentes da CET-Rio, ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde, e agentes da Colmlurb. Já conversei com o governador Cláudio Castro, e a Polícia Militar também estará presente”

 

 

Seleção feminina de rugby inicia circuito mundial com nono lugar

A temporada 2024/2025 da World Series, que é o circuito mundial de rugby sevens (versão da modalidade praticada por sete atletas de cada lado), começou para a seleção feminina do Brasil. Neste domingo (1º), as Yaras, como são conhecidas as brasileiras, finalizaram em nono lugar a primeira etapa do evento, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A competição teve início no sábado (30). O Brasil ficou na quarta e última colocação do Grupo C, após derrotas para a campeã olímpica Nova Zelândia (5 a 33) e para o Canadá (12 a 38), prata nos Jogos de Paris, na França. No último jogo do dia, as Yaras bateram o Japão por 17 a 14. Foi o primeiro triunfo sob comando da neozelandesa Crystal Kaua, nova técnica da equipe.

Cada vitória valeu três pontos na classificação do grupo, enquanto os times derrotados por, no máximo, sete pontos, somavam um ponto extra. Na chave do Brasil, apenas a Nova Zelândia ganhou todas as partidas, mas o Japão, pelo pontinho somado contra as Yaras (perdeu por três pontos), ficou na segunda posição, passando para as quartas de final, assim como Canadá, que passou em terceiro por ter um saldo de pontos melhor que o brasileiro (ambas as seleções ficaram com três pontos).

No rugby sevens, as partidas têm dois tempos de sete minutos. Quando a atleta cruza a linha final do campo com a bola e a coloca no chão, fazendo o chamado try, a equipe soma cinco pontos. Há, ainda, outras maneiras de pontuar, como na conversão, que é um chute ao gol (que tem o formato da letra H) realizado após o try, valendo dois pontos.

Com a eliminação na primeira fase, restou às Yaras brigar neste domingo pelo nono lugar geral. As brasileiras, então, não decepcionaram. Na semifinal do novo chaveamento, derrotaram a Espanha por 29 a 15, com tries de Thalia Costa (duas vezes), Marina Fioravanti, Isadora Lopes e Raquel Kochhann. No jogo seguinte, outro triunfo, desta vez por 24 a 17 sobre a China. Destaque novamente para Thalia, responsável por três tries. A capitã Bianca Silva também marcou um try, enquanto Mariana Nicolau pontuou nos chutes de conversão.

O circuito mundial reúne as 12 melhores seleções do mundo. Ao final das etapas, a equipe pior colocada é substituída pela mais bem posicionada de uma espécie de segunda divisão. O Brasil frequenta a elite, de forma ininterrupta, desde a temporada 2019/2020.

A próxima etapa do circuito 2024/25 está marcada para os dias 7 e 8 de dezembro, na Cidade do Cabo, na África do Sul. As demais serão realizadas em Perth, na Austrália; Vancouver, no Canadá; Hong Kong, Cingapura e Los Angeles, nos Estados Unidos. Em setembro do ano que vem, as Yaras ainda participam do Campeonato Mundial da modalidade, na Inglaterra.

Bahia e Corinthians pressionam Cruzeiro em disputa por Libertadores

O título do Botafogo na Libertadores, conquistado no último sábado (30), abriu uma vaga “extra” à próxima edição do torneio continental via Campeonato Brasileiro. Originalmente, os seis primeiros colocados da Série A se classificam à maior competição do futebol sul-americano, além do campeão da Copa do Brasil – que foi o Flamengo. Contudo, como tanto o Glorioso (líder) como o Rubro-Negro (quinto) ocupam postos nesse G-6, eles “cedem” lugares aos times que estão imediatamente abaixo na tabela. O que, no momento, vai beneficiando diretamente Bahia e Corinthians.

Em sétimo lugar, os baianos não venciam há sete jogos, com cinco derrotas na sequência. No sábado, o Esquadrão de Aço deu fim ao jejum com o triunfo por 2 a 1, contra o rebaixado Cuiabá, pela 36ª e antepenúltima rodada. O Dourado abriu o placar com Eliel aos 15 minutos, mas aos 36, Ademir deixou tudo igual. Na etapa final, aos 38 minutos, o também atacante Lucho Rodríguez decretou a virada tricolor na Arena Pantanal.

Com os mesmos 50 pontos do Corinthians, o Bahia fica à frente por ter um triunfo a mais (14 a 13). O Timão, porém, vive grande momento no Brasileirão. A vitória por 4 a 2 para cima do Criciúma, fora de casa, no Estádio Heriberto Hülse, na noite de sábado, foi a sétima consecutiva do Alvinegro pela competição.

Os catarinenses foram para o intervalo vencendo por 2 a 0, com dois gols do congolês Yannick Bolasie, aos 29 e 37 minutos. O cenário do confronto mudou radicalmente no segundo tempo. Aos 16, o meia Rodrigo Garro descontou. Três minutos depois, o lateral Matheus Bidu igualou. Aos 37, Yuri Alberto colocou o Corinthians à frente. E aos 48, nos acréscimos, o atacante alvinegro voltou a balançar as redes, chegando a 13 gols no Brasileirão e assumindo a liderança da artilharia, de forma isolada.

O Criciúma, por sua vez, abre a zona de rebaixamento (o Z-4) com 38 pontos, na 17ª posição, a um ponto do Fluminense e a três do Athletico-PR, que jogam neste domingo (1º), às 18h30 (horário de Brasília), na Ligga Arena, em Curitiba. Mais cedo, às 16h, o Grêmio recebe o São Paulo em Porto Alegre e também pode se distanciar do Tigre catarinense. O Tricolor gaúcho soma 41 pontos.

As vitórias de Bahia e Corinthians pressionam o Cruzeiro, que caiu para nono lugar, com 48 pontos, mas uma partida a menos que os rivais. A Raposa ainda joga neste domingo, contra o Red Bull Bragantino, às 18h30, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). O time mineiro, porém, vive momento instável na temporada, tendo ganhado apenas um dos últimos dez compromissos pelo Brasileirão.

Baianos e paulistas, aliás, têm confronto direto já na próxima rodada, o que pode selar a classificação de um ou de outro à Libertadores de 2025. As equipes se enfrentam terça-feira (3), às 20h, na Neo Química Arena, em São Paulo.

Fora (ou quase) de combate

Os resultados também reduziram significativamente as chances de Vasco e Vitória alcançarem a Libertadores, apesar da vaga “extra” aberta pelo Botafogo. O Leão vai a campo neste domingo, às 18h30, contra o Fortaleza, no Barradão, em Salvador. Em 12º lugar, com 42 pontos, o Rubro-Negro pode chegar a no máximo 51 pontos no Brasileirão. Ou seja: teria que torcer para Bahia, Corinthians e Cruzeiro não pontuarem mais.

O Cruzmaltino, por sua vez, praticamente se despediu das chances de classificação a principal competição sul-americana ao empatar por 2 a 2 com o Atlético-GO, último colocado e já rebaixado, no sábado à noite, em São Januário, no Rio de Janeiro. Com 44 pontos, os cariocas podem atingir os mesmos 50 pontos de baianos e corintianos, mas precisaria de tropeços dos rivais para manter o sonho vivo.

O Dragão chegou a fazer 2 a 0 na casa vascaína, com Luiz Fernando balançando as redes aos 20 minutos do primeiro tempo e aos 10 do segundo. Aos 29, Max Dominguez diminuiu para o Gigante da Colina. Nos acréscimos, o também meia Alex Teixeira empatou e reavivou, por alguns instantes, a esperança do torcedor do Vasco, mas a virada não saiu.

Quem está sem chances de ir à Libertadores, por ironia, é justamente o time que perdeu a decisão continental no sábado. O Atlético-MG, que foi a campo pela 36ª rodada na última terça-feira (26), quando perdeu do Juventude por 3 a 2 no Independência, em Belo Horizonte, até pode igualar os 50 pontos de Bahia o Corinthians. Contudo, como ainda teria menos vitórias que os rivais (12, no máximo), não conseguiria ultrapassá-los na tabela. O Galo dependia de tropeços do Esquadrão e do Timão para se manter vivo.

Seleção feminina bate Austrália de novo em último compromisso do ano

A seleção feminina de futebol concluiu os amistosos diante da Austrália com 100% de aproveitamento. Neste domingo (1º), as brasileiras voltaram a derrotar as anfitriãs, desta vez no CBUS Stadium, em Gold Coast, por 2 a 1. Na última quinta-feira (28), a equipe verde e amarela havia ganhado por 3 a 1 no Suncorp Stadium, em Brisbane.

Foi a décima vitória brasileira sobre as australianas, em 23 confrontos entre as seleções. As rivais lideram a estatística, com 11 triunfos. Antes de quinta-feira, eram oito anos sem levar a melhor sobre a equipe da Oceania. A seleção canarinho ocupa o oitavo lugar do ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), enquanto a Austrália está em 15º.

O Brasil termina 2024 com 12 vitórias em 20 partidas, além de três empates e cinco derrotas. Foram 41 gols marcados e 15 sofridos. Com quatro gols, Adriana foi a artilheira da temporada, marcada pela medalha de prata na Olimpíada de Paris, na França, e pelo vice-campeonato da Copa Ouro da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Em ambos os torneios, o título ficou com os Estados Unidos.

O técnico Arthur Elias escalou o Brasil com seis mudanças em relação ao amistoso anterior, com as entradas da goleira Lorena, das zagueiras Lauren e Kaká, da volante Angelina e das atacantes Adriana e Gio Queiróz. Apesar de tantas trocas, a postura brasileira em campo foi a mesma do jogo passado, pressionando a saída de bola australiana e saindo em velocidade quando retomava a posse.

Foi assim que, aos 28 minutos, Adriana recebeu ótimo passe da meia Duda Sampaio e lançou a atacante Gabi Portilho, que disparou pela direita, invadiu a área e bateu forte para abrir o marcador. O Brasil seguiu melhor e ampliou aos 39. A atacante Amanda Gutierres cruzou pela direita e Lauren, quase debaixo do travessão, mandou para as redes. No lance seguinte, as anfitriãs diminuíram com Hayley Raso, completando, na pequena área, assistência rasteira, pela esquerda, da também atacante Caitlin Foord.

A Austrália tomou a iniciativa na etapa final e rondou por mais tempo a área brasileira. Arthur tentou renovar a energia do contra-ataque canarinho com as entradas da meia Laís Estevam e das atacantes Nycole e Dudinha, mas a equipe teve dificuldades para encaixar os lances em velocidade. As donas da casa, contudo, apesar do maior volume, não assustaram Lorena.

País-sede da próxima Copa do Mundo Feminina, em 2027, o Brasil tem como principal desafio do ano que vem a Copa América, disputada entre 12 de julho e 2 de agosto, no Equador. A seleção verde e amarela venceu oito das nove edições da competição. A última em 2022, na Colômbia, ainda sob comando de Pia Sundhage, superando as anfitriãs por 1 a 0 na final.

Botafogo supera expulsão relâmpago e conquista Libertadores inédita

O futebol da América do Sul está oficialmente rendido ao Botafogo. Neste sábado (30), o Glorioso alcançou a maior conquista em 120 anos de história. Mesmo perdendo o volante Gregore expulso com menos de um minuto de jogo, a equipe carioca venceu o Atlético-MG por 3 a 1, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina, garantindo o título inédito da Libertadores.

A conquista marca o fim de um longo jejum de títulos para além do âmbito carioca ou regional. O último grande troféu erguido pelo Botafogo era a do Campeonato Brasileiro de 1995, liderado pelo artilheiro Túlio Maravilha. De lá para cá, o Alvinegro até venceu cinco Estaduais (1997, 2006, 2010, 2013 e 2018) e um Torneio Rio São-Paulo em 1998, mas acumulou três rebaixamentos à Série B em menos de 20 anos.

A volta por cima

A Libertadores é o primeiro título desde que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube foi comprada pelo empresário inglês John Textor. No ano passado, o Botafogo esteve perto de conquistar o Brasileirão, com 13 pontos de vantagem para o segundo colocado ao final do primeiro turno, mas teve grande queda de produção na metade final da competição. Após 11 jogos sem vencer e viradas inacreditáveis sofridas contra Palmeiras e Grêmio, a equipe terminou o campeonato em quinto lugar.

A derrocada obrigou o Botafogo a disputar a fase preliminar da Libertadores deste ano, passando por Aurora, da Bolívia, e Red Bull Bragantino para chegarem à fase de grupos. Apesar do início ruim, com derrotas para Junior Barranquilla, da Colômbia, e LDU, do Equador, o Glorioso emplacou três vitórias seguidas e se classificou ao mata-mata onde bateu Palmeiras, São Paulo (ambos de forma dramática) e Penãrol, do Uruguai, este último com direito a goleada por 5 a 0 no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.

A volta por cima pós-2023 está coroada, mas pode ficar ainda mais gloriosa. O Botafogo lidera o Brasileirão com 73 pontos, três a mais que o Palmeiras, restando duas rodadas para o fim da competição – Internacional e Fortaleza, com 65 pontos e três jogos pela frente, ainda podem alcançar o Alvinegro.

Partiu, Mundial

De quebra, o Botafogo se credenciou a duas competições da Federação Internacional de Futebol (Fifa). A primeira é a Copa Intercontinental, que substitui, no calendário, o Mundial de Clubes. No dia 11 de dezembro, em Doha, no Catar, o Glorioso encara o Pachuca, do México, vencedor da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Quem passar, pega na semifinal o Al-Ahly, do Egito, campeão africano. A final será contra o Real Madrid, da Espanha, ganhador da Liga dos Campeões da Europa.

Já entre 15 de junho e 13 de julho, o desafio será o novo Mundial da Fifa, nos Estados Unidos. O torneio reunirá 32 clubes, sendo seis da América do Sul. Quatro deles são os brasileiros campeões das últimas edições da Libertadores. Além do Botafogo, estarão Palmeiras (2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023). Os argentinos Boca Juniors e River Plate completam os representantes sul-americanos.

E agora, Galo?

O Atlético-MG, por sua vez, voltou a ser derrotado em uma final de 2024, após perder a Copa do Brasil para o Flamengo. Sem vencer há 11 partidas, sendo sete pelo Brasileirão, o Galo caiu na tabela do campeonato nacional e aparece na décima posição, com 44 pontos, a três do Bahia, oitavo colocado e que, com o título do Botafogo, passou a herdar uma vaga na fase preliminar da próxima Libertadores. Resta aos mineiros correr atrás de uma nova chance para tentar o bi em 2025.

Um a menos, dois a mais

Trinta e três segundos. Disputa de bola no círculo central entre Gregore, do Botafogo, e Fausto Vera, do Atlético-MG. O volante do Glorioso atinge a cabeça do argentino, que sangra. O árbitro Facundo Tello não tem dúvidas: cartão vermelho. Com menos de um minuto de jogo, os cariocas já estavam com um homem a menos na partida mais esperada da temporada.

A expectativa era tanto de pressão atleticana, fazendo valer a superioridade numérica em campo, como de alguma mudança por parte do Botafogo, para conter os ataques do adversário, reforçando o sistema de meio-campo ou defensivo com a saída de um atacante. Nem uma coisa, nem outra. O Galo se postou no campo ofensivo, mas assustou somente em chutes da entrada da área do atacante Hulk, defendidos pelo goleiro John.

Com apenas 22% de posse de bola, 79 passes trocados e um jogador a menos, o Botafogo foi letal. Aos 34 minutos, aventurou-se pela primeira vez no ataque. Na base da troca de passes, o meia Thiago Almada abriu para o atacante Luiz Henrique, que escapou da marcação pela esquerda ao invadir a área e rolou para o volante Marlon Freitas chutar. A batida explodiu no zagueiro Júnior Alonso e sobrou para Luiz Henrique, que mandou para as redes.

O Botafogo soube aproveitar a instabilidade do Atlético-MG. Aos 41, na segunda investida dos cariocas, Everson e Guilherme Arana não se entenderam na marcação e Luiz Henrique se antecipou ao volante do Galo. O goleiro, então, derrubou o atacante do Glorioso na entrada da área. Com ajuda do árbitro de vídeo (VAR), Facundo Tello deu pênalti, que o lateral Alex Telles bateu e converteu.

Fogão se segura e comemora

Para a etapa final, Gabriel Milito promoveu logo três mudanças, com as entradas do lateral Mariano, do meia Bernard e do atacante Eduardo Vargas nas vagas do zagueiro Lyanco e dos meias Gustavo Scarpa e Fausto Vera. Com um minuto, as mudanças já deram resultado. No primeiro ataque do Galo, escanteio. Hulk cobrou na área e Vargas, livre, sem precisar saltar, mandou de cabeça, no ângulo de John, descontando para o Atlético-MG. Aos oito, os mineiros reclamaram de um pênalti de Marlon Freitas em Deyverson, que não teria sido marcado.

Os gritos de “Eu acredito!”, entoados pela torcida atleticana na campanha do título da Libertadores de 2013, tomaram o Monumental. Percebendo o crescimento do adversário, Arthur Jorge respondeu às trocas de Milito, mandando a campo o volante Danilo Barbosa na vaga do meia Jefferson Savarino e o lateral Marçal no lugar de Alex Telles – que já tinha amarelo.

Com Hulk e Mariano ditando o ritmo, o Atlético-MG não saía do campo ofensivo, obrigando os jogadores de frente do Botafogo, como Luiz Henrique e Almada, a reforçarem o sistema defensivo, com dificuldades para contra-atacar. Arthur Jorge, então, trocou a dupla por Júnior Santos e Matheus Martins. Em resposta, Milito deu novo gás ao comando de ataque, com Alan Kardec substituindo Deyverson.

O Galo intensificou a pressão nos instantes finais. Aos 41, Mariano lançou Vargas, que se antecipou à marcação pelo meio e desviou por cima do travessão, com muito perigo. O chileno teve outra grande chance no lance seguinte, em recuo de bola ruim do zagueiro Adryelson que o deixou na frente de John, mas errou na tentativa de encobrir o goleiro.

As oportunidades perdidas fizeram falta. Aos 52 minutos, Júnior Santos fez bela jogada pela esquerda e tentou cruzar rasteiro para Matheus Martins. O volante Alan Franco até fez o corte, mas o próprio Júnior Santos conferiu para as redes, anotando o décimo gol dele na Libertadores, encerrando a competição como artilheiro. O gol do título.

Brasil leva quatro ouros na etapa final da Copa do Mundo de boxe

O boxe brasileiro terminou a última etapa da Copa do Mundo da modalidade, em Sheffield, na Inglaterra, com nove medalhas. Seis foram conquistadas neste sábado (30), sendo quatro de ouro, com Jucielen Romeu, Luiz Oliveira, o “Bolinha” (ambos da categoria até 57 quilos); Breno de Carvalho, o “Zebim” (até 63,5 kg), e Joel da Silva (acima de 92 kg). Já Rebeca Lima (até 60 kg) e Viviane Pereira, a “Tanque” (até 75 kg), levaram a prata.

Os resultados deram ao Brasil o topo do quadro de medalhas do torneio. Além dos seis pódios deste sábado, o país teve três pugilistas superados nas semifinais na última sexta-feira (29) e que ficaram com o bronze: Tatiana Chagas (até 54 kg), Beatriz Soares (até 66 kg) e Wanderley Pereira, o “Holyfield” (até 80 kg).

A primeira medalha do dia veio com Jucielen, que venceu a inglesa Vivien Parsons pela superioridade na avaliação dos cinco juízes nos três rounds do combate. Nas luta seguintes, Rebeca e Viviane levaram a pior em dois dos três rounds contras as sul-coreanas Yeonji Oh e Suyeon Seong, respectivamente, ficando com a prata.

O Brasil voltou ao topo com Bolinha, ganhando dois rounds ante um do japonês Harada Shudai. Na sequência, Zebim repetiu o resultado do compatriota, batendo Nishiyama Shion, outro pugilista do Japão. Na última luta, Joel venceu os dois primeiros rounds diante do italiano Diego Lenzi, o que encaminhou a conquista do ouro.

A Copa do Mundo faz parte do calendário da World Boxing, nova federação internacional da modalidade, fundada em abril do ano passado para manter o esporte na Olimpíada, após o Comitê Olímpico Internacional (COI) desfiliar a Associação Internacional de Boxe (IBA) por corrupção e falta de governança. A entidade estava suspensa há quatro anos e foi impedida de organizar o pugilismo nos Jogos de Tóquio, no Japão, e Paris, na França.

O boxe está presente na Olimpíada desde 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos. O Brasil foi ao pódio pela primeira vez na Cidade do México, em 1968, com Servílio de Oliveira (bronze). Nos Jogos de Londres, na Inglaterra, em 2012, foram três medalhas, com Adriana Araújo (bronze) e os irmãos Yamaguchi (bronze) e Esquiva Falcão (prata).

Na Rio 2016, Robson Conceição garantiu o primeiro ouro olímpico do país na modalidade. Cinco anos depois, Hebert Conceição repetiu o feito em Tóquio, onde Beatriz Ferreira (prata) e Abner Teixeira (bronze) também conquistaram medalhas. Bia ainda retornou ao pódio em Paris, com o bronze.

Estado de São Paulo vence as Paralimpíadas Escolares pela 12ª vez

A edição de 2024 das Paralimpíadas Escolares chegou ao fim na última sexta-feira (29), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O estado anfitrião foi o campeão geral do evento esportivo, que teve início na última quarta-feira (27) e é considerado o maior do mundo para crianças e adolescentes com deficiência em idade escolar.

Os paulistas somaram 646 pontos com base na colocação de seus atletas nas provas das 13 modalidades, com Santa Catarina (315 pontos) em segundo lugar e Minas Gerais (293 pontos) em terceiro. É a 12ª vez que São Paulo leva a melhor, sendo a oitava consecutiva. O estado foi, ainda, o que mais participantes teve em competição (305), seguido, justamente, por mineiros (176) e catarinenses (159).

“A minha maior satisfação é que a cada ano as Paralimpíadas Escolares se apresentam de uma forma única, com mais modalidades e mais participantes. Essa criança que sai daqui surpreendida com o movimento paralímpico não vai querer parar de fazer esporte”, disse Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em depoimento ao site da entidade.

Em 2024, as Paralimpíadas Escolares receberam um recorde de 2.013 atletas dos 26 estados e do Distrito Federal. Pouco mais de 22% deles – portanto, praticamente um a cada cinco participantes – eram estreantes no evento. Já entre os competidores mais experientes, destaque ao nadador mineiro Arthur Xavier, de 17 anos, da classe S14 (deficientes intelectuais), bronze nos Jogos de Paris.

Outros atletas medalhistas também passaram pelo evento escolar. Casos do paraibano Petrúcio Ferreira, velocista tricampeão dos 100 metros rasos da classe T47 (amputação de membro superior); do brasiliense Leomon Moreno, dono de quatro medalhas paralímpicas (uma dourada) no goalball, modalidade exclusiva para atletas com deficiência visual; e da catarinense Bruna Alexandre, mesatenista que fez história em 2024 ao se tornar a primeira brasileira a disputar Olimpíada e Paralimpíada.