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Mulheres são 60% dos inscritos no Enem 2024

As mulheres são maioria entre os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio de 2024 (Enem), o que corresponde a 60,59%, enquanto os homens representam 39,41%. Os dados constam no Painel Enem 2024 divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A plataforma online permite o acesso aos números gerais dos 4.325.960  inscritos confirmados nesta edição do exame. As principais informações também podem ser filtradas por região, por unidade da federação e por município.

No material, o participante pode consultar dados dos inscritos sobre faixa etária, sexo, raça/cor, tipos de inscrições, sua situação em relação ao ensino médio, entre outros dados.

Raça e cor

Conforme dados da nova ferramenta relativos à raça e/ou cor dos candidatos – declarada no momento de inscrição – a maioria se reconhece na cor parda (1.860.766), seguida de brancos (1.788.622) e pretos (533.861).

Outros 62.288 candidatos se consideram da cor amarela e 29.891 se declararam indígenas.

Mais de 51 mil participantes fizeram a autodeclaração étnico-racial.

Idade

Com relação à faixa etária, a maior parte (35,6%) tem 16 anos de idade ou menos, o equivalente a 1,54 milhão. Em seguida, figuram os candidatos de 17 anos (21,7%), com 938,5 mil pessoas. Na terceira posição, aparece o grupo que tem entre 21 e 30 anos (14,8%),o que corresponde a 639,8 mil candidatos.

Os participantes com 18 anos de idade correspondem a 9,8% (425 mil inscritos). As pessoas de 31 a 59 anos são 8,1%. Já quem tem 19 anos representa 5,7%. A faixa de 20 anos concentra 3,9% do total. A edição deste ano tem 9.950 inscritos maiores de 60 anos (0,2% do total).

Ensino médio

Do total de 4.325.960 inscritos no Enem 2024, 1,6 milhão é concluinte do ensino médio. Estudantes do segundo ou segundo ano são 841.546 (19,4%) inscrições e 24.723 (0,6%) não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem para testar seus conhecimentos, conhecidos como  treineiros.

O Inep explica que esses dados são autodeclaratórios e os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar 2023.

Isentos

Das 5.074.791 inscrições, foram confirmadas 4.325.960, o que representa um aumento de 9,95% em relação aos participantes de 2023.

Do total de inscrições confirmadas, 63,6% são isentos da taxa de inscrição e 36,4% pagaram o valor de R$ 85.

Os estudantes que tiveram direito à isenção da taxa do Enem 2024 são os que estão matriculados no último ano do ensino médio em escola pública; aquele que recebe bolsa integral em escola privada; os que se enquadram em situação de vulnerabilidade socioeconômica e estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e, ainda, os que participam do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação.

Inclusão

O Inep aprovou 65.758 solicitações de atendimento especializado. Pessoas com déficit de atenção constituem o perfil com o maior número de pedidos (29.955), seguidas pelos inscritos com baixa visão (8.622).

Durante a aplicação das provas, nos dias 3 e 10 de novembro, serão também disponibilizados 115.501 recursos de acessibilidade.

Tempo adicional foi o recurso mais requerido (42.929). Em seguida, estão correção diferenciada (20.201); auxílio para leitura (16.348) e auxílio para transcrição (11.063).

Entre as requisições de atendimento especializado aceitos, há 822 pedidos de tratamento pelo nome social. O direito é assegurado a pessoas que se identificam com uma identidade de gênero diferente daquela atribuída a elas pelo seu nome civil.

Enem

Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio.

Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação (MEC), como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

Enem 2024: 4,3 milhões de inscritos farão provas em 3 e 10 de novembro

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 tem 4.325.960 de inscrições confirmadas. O número representa um aumento de 9,95% em relação a 2023.

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicará o Enem 2024 nos dias 3 e 10 de novembro.

Do total de participantes da edição deste ano, a maior parte já terminou o ensino médio (1,8 milhão) e 1,6 milhão é concluinte dessa etapa de ensino. Segundo o Inep, os dados são baseados nas autodeclarações dos participantes no momento da inscrição. Os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar 2023 .

Além deles, 19,4%  (841.546) das inscrições são de estudantes do primeiro ou do segundo ano do ensino médio e 24.723 (0,6%) de pessoas que não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem para testar seus conhecimentos. Todos estão na condição de treineiros, no exame

O estado com o maior número de inscrições é São Paulo, com 645.849, seguido de Minas Gerais (393.007) e da Bahia (376.352).

Esta edição do exame contará com 140 mil salas de prova, em cerca de 10 mil locais de aplicação, distribuídas em 1.753 municípios por todo o Brasil.

Enem 2024: número de inscritos supera em 10% total de 2023

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 tem 4.325.960 de inscrições confirmadas. O número representa um aumento de 9,95% em relação a 2023.

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicará o Enem 2024 nos dias 3 e 10 de novembro.

Do total de participantes da edição deste ano, a maior parte já terminou o ensino médio (1,8 milhão) e 1,6 milhão é concluinte dessa etapa de ensino. Segundo o Inep, os dados são baseados nas autodeclarações dos participantes no momento da inscrição. Os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar 2023 .

Além deles, 19,4%  (841.546) das inscrições são de estudantes do primeiro ou do segundo ano do ensino médio e 24.723 (0,6%) de pessoas que não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem para testar seus conhecimentos. Todos estão na condição de treineiros, no exame

O estado com o maior número de inscrições é São Paulo, com 645.849, seguido de Minas Gerais (393.007) e da Bahia (376.352).

Esta edição do exame contará com 140 mil salas de prova, em cerca de 10 mil locais de aplicação, distribuídas em 1.753 municípios por todo o Brasil.

Entidades se posicionam contra demissão de presidente da Faperj

A possível demissão do presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, gerou indignação entre a comunidade científica. A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviaram nesta quarta-feira (23) uma carta ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, manifestando “intensa preocupação” com os rumores de exoneração de Lima.

O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) também publicou uma nota na qual pede a permanência de Jerson Lima no cargo. Na internet, uma petição pública, que de acordo com os autores conta com mais de 10 mil assinaturas, faz o mesmo pedido.

A decisão de Castro ainda não está publicada no Diário Oficial, mas, segundo o próprio Lima, ele já foi comunicado oficialmente que será substituído. A reportagem entrou em contato com o governo do estado, e aguarda posicionamento para inclusão na reportagem.

A Faperj foi criada em 1980, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação,  para fomentar ciência, tecnologia e inovação do Estado do Rio de Janeiro. A fundação concede bolsas e auxílios para pesquisadores e instituições para estimular atividades nas áreas científica e tecnológica e apoiar projetos e programas de instituições acadêmicas e de pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Cerca de 9 mil bolsistas pesquisadores de instituições federais, estaduais e privadas estão ligados à Faperj.

Liderança

Na carta da ABC e SBPC, as entidades ressaltam que a liderança de Jerson Lima é fundamental na promoção da ciência, tecnologia e inovação fluminense, e reforçam a necessidade da continuidade da gestão. 

A carta faz um apelo para que a escolha da liderança da Faperj não se transforme em uma indicação partidária. “Dirigimos assim um apelo para que não faça da direção da FAPERJ um cargo de indicação partidária, e que mantenha a conduta que V. Exa. [Vossa Excelência] tem tido nos últimos 6 anos. Reiteramos que é nosso dever transmitir a V. Exa. a preocupação que ora assola a comunidade científica, tecnológica e de inovação fluminense, com mudanças que impactarão a trajetória de sucesso da Faperj. Pedimos então a V. Exa. que resguarde essa Fundação, à qual seu Estado e a ciência brasileira tanto devem”, solicitam.

Na internet, a petição também destaca a importância da Faperj e do trabalho realizado por Jerson Lima. “Dada à competência do Prof. Jerson Lima, atualmente a Faperj é uma das principais agências de fomento do Brasil, o que se justifica em seu currículo balizado por suas contribuições científicas premiadas para o Brasil e para o mundo. Desta forma, sua liderança é respeitada na comunidade acadêmica, que valoriza sua transparência e eficiência, fatores essenciais para o sucesso da Faperj hoje”, diz o texto.

O professor e pesquisador da UFRJ, Amílcar Tanuri, é um dos signatários da petição. “Eu, como toda a comunidade científica, nós estamos vendo isso com uma grande preocupação porque o Jerson vem tendo uma atuação exemplar frente à Faperj, desde a pandemia e até antes da pandemia, com as emergências todas de saúde pública, como o zika, o chikungunya. Ele vem tendo uma atuação muito exemplar e firme, com uma competência muito grande”, afirmou em entrevista à Radioagência Nacional.  

Tanuri também disse estar preocupado de uma possível troca impactar a continuidade de pesquisas apoiadas pela Faperj. “Quando você apoia a ciência, é uma coisa de muita responsabilidade, porque laboratórios e pesquisas importantes podem ser perdidas por uma simples parada de financiamento ou uma mudança repentina no rumo de uma fundação. Então, a coisa mais importante para a ciência e para a tecnologia é a constância de suporte”.

As reitoras e reitores que compõem o Friperj ressaltam que a Faperj tem servido como “esteio da comunidade científica do Estado do Rio de Janeiro, proporcionando valiosos avanços na infraestrutura e no funcionamento do sistema de CT&I [Ciência, Tecnologia e Inovação]. Este papel estruturante e estratégico da Faperj tem sido possível graças à garantia do repasse dos recursos financeiros pelo governo do Estado que tem sido feita sob a coordenação da presidência da Faperj a partir de editais públicos que julgam com transparência o mérito científico dos projetos”, diz a nota.

Jerson Lima Silva é médico, doutor em Biofísica e pesquisador titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro da Academia Mundial de Ciências, da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Medicina. Também atuou como Diretor Científico Faperj, entre 2003 e 2018 e, desde janeiro 2019, atua como presidente da Fundação.

Enem 2024 terá 140 mil salas de provas em 1.753 cidades

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 nos dias 3 e 10 de novembro, em 1.753 municípios.

Dados preliminares do Inep, relativos à logística e segurança do Enem 2024, apontam que os mais de 5 milhões de inscritos neste ano farão as provas em cerca de 10 mil locais, como escolas e faculdades, que abrigam cerca de 140 mil salas.

O candidato já pode consultar o local de prova no Cartão de Confirmação de Inscrição na página do participante do Enem, com login no portal único de serviços digitais do governo federal Gov.br.

Segurança

Em setembro, o Inep concluiu o ciclo de quatro reuniões técnicas regionais sobre logística do Enem com objetivo de capacitar envolvidos e alinhar operações do exame.

Ao todo, a aplicação das provas nos dois dias contará com 10 mil coordenações e mais de 300 mil colaboradores, como aplicadores de provas, assistentes de aplicação, fiscais de banheiro, de corredor e portão, além de colaboradores que auxiliam candidatos que pediram atendimentos especializados, como os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e ledores certificados de prova para, por exemplo, candidatos com deficiência visual.

Na edição deste ano do Enem, o Inep prestará cerca de 58 mil atendimentos especializados. E entre os mais de 78 mil recursos de acessibilidade disponibilizados estão a prova em Braille, prova com a fonte ampliada, leitura labial, auxílio para transcrição, mobiliário acessível, sala de fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida e sala para lactantes.

Logística

A distribuição segura dos cerca de 9 milhões de provas impressas, folhas de respostas e materiais de identificação para os locais de aplicação fazem parte do cronograma antes da aplicação do Enem.

O Inep calcula que para levar os 65 mil malotes de provas serão adotadas 10,8 mil rotas de transporte com destino aos municípios de todas as 27 unidades da federação. A estimativa é que sejam empregados 2,5 mil contêineres desmontáveis leves e 60 carretas transportadoras.

Há mais de 15 anos os Correios realizam a operação logística para a entrega das provas, com mais de 300 milhões de páginas impressas. Após as provas, a estatal também é a responsável pela coleta dos cartões-resposta dos candidatos. 

Essa etapa, chamada de logística reversa, leva todos os malotes com os documentos para os locais onde serão realizadas as correções. 

Enem

Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio.

Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação (MEC), como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

Em dois dias, os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, que ao todo somam 180 questões objetivas. Os participantes também devem redigir uma redação.

A política de acessibilidade e inclusão do Inep garante atendimento especializado com diversos recursos de acessibilidade, além do tratamento pelo nome social. Há também uma aplicação para pessoas privadas de liberdade (PPL).

Para mais esclarecimentos, o edital do Enem 2024 está disponível no Diário Oficial da União.

Evento na Uerj debate educação e ações afirmativas no país

Conhecida pelo pioneirismo na adoção de cotas raciais no país, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) promoveu nesta terça-feira (22) um debate sobre ações afirmativas no campo da educação. Pesquisadores de diferentes áreas apresentaram reflexões e iniciativas de combate às discriminações contra grupos étnico-raciais, idosos e refugiados.

Rio de Janeiro (RJ) 22/10/2024 – O professor Luiz Augusto Campos apresentou dados sobre a desigualdade racial na ciência. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No evento, o professor Luiz Augusto Campos, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uerj e do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), apresentou dados sobre a desigualdade racial na ciência e o papel desempenhado pelas cotas raciais na diminuição desse problema.

Segundo a pesquisa de Luiz Augusto, entre 2002 e 2021, o número de matriculados no ensino superior público que pertenciam ao grupo pretos, pardos e indígenas subiu de 31% para 52%. O grupo formado por brancos e amarelos foi de 69% para 47% no mesmo intervalo de tempo. A Lei de Cotas foi sancionada em 2012.

“As cotas refundam o ensino superior público no Brasil, fazendo com que ele encontre suas prerrogativas constitucionais”, reflete o pesquisador. “Esses dados ajudam a entender como as cotas estão para além de uma política de beneficiamento de grupos específicos. Na verdade, o que a cota faz é minimamente mitigar as desigualdades que o ensino superior público promovia antes delas. Ou seja, elas justificam a existência do próprio ensino superior público”.

A professora Maria Teresa Tedesco, do Instituto de Letras da Uerj, trouxe detalhes do Programa Varia-Idade. A pesquisa, que começou em 2015, analisa relatos de idosos de diferentes bairros do Rio de Janeiro e reúne material sobre o ordenamento urbano e o modo de ocupar a cidade. O objetivo é que os dados ajudem a pautar políticas públicas. A pesquisa ainda está em andamento.

“Como consequência do aumento da expectativa de vida e da longevidade, é preciso ter políticas públicas e sociais que garantam e assegurem o bom atendimento às pessoas idosas. Atendimento de saúde, de educação e do bem-estar no geral. Da inclusão na sociedade. Porque sabemos que essas pessoas ficam muitas vezes à margem”, disse a pesquisadora.

Rio de Janeiro (RJ) 22/10/2024 – A professora Érica Sarmiento, do Departamento de História e da Cátedra Sérgio Vieira de Mello da Uerj. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A pesquisadora Érica Sarmiento, do Departamento de História e da Cátedra Sérgio Vieira de Mello da Uerj, trabalha em algumas ações voltadas especificamente para refugiados no Brasil. Ela citou como umas iniciativas mais bem-sucedidas a articulação de uma lei estadual que garantiu uma forma específica de ingresso de refugiados, apátridas e imigrantes com visto humanitário em universidades públicas. O primeiro vestibular do tipo foi feito pela Uerj em 2023.

Segundo Sarmiento, a comunidade acadêmica e toda a sociedade ganham com a troca de saberes e aprendizados de diferentes culturas.

“A responsabilidade com o outro implica proporcionar acolhimento. E aí vem a importância da universidade como espaço de recepção, de ruptura com estruturas mentais em relação à seleção migratória. Implica também a defesa dos direitos humanos para além dos muros da universidade. E acolher o outro não apenas de forma unilateral, mas com expectativas de aprendizado e de troca de saberes”, disse a pesquisadora.

Celpe-Bras 2024: exame é feito a partir desta terça até sexta-feira

As provas escrita e oral da segunda edição de 2024 para a obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) estão sendo aplicadas a partir desta terça-feira (22) até sexta-feira (25), em 109 postos credenciados, sendo 46 localizados no Brasil e 63 no exterior.

O Celpe-Bras é o exame brasileiro oficial que comprova o domínio oral e por escrito do português por um estrangeiro e é aceito em universidades e empresas brasileiras, bem como em processos de revalidação de diplomas médicos e de naturalização.

Aplicação

A proficiência em língua portuguesa na variante brasileira é avaliada a partir do desempenho do participante nas duas partes – escrita e oral.

A parte escrita da prova tem a duração de até três horas e é composta por quatro tarefas de produção de texto que abrangem mais de um componente ou habilidade de uso da língua portuguesa.

Durante a prova, são apresentados áudio e vídeo duas vezes seguidas, sem interrupções, e os participantes devem completar as tarefas dentro do tempo estipulado.

Já a parte de compreensão e produção oral dura 20 minutos. Neste intervalo de tempo haverá a interação presencial, face a face, entre o participante, o avaliador-interlocutor e o avaliador-observador. A conversa entre as partes tem como tema os interesses pessoais do examinando, com base nas informações do formulário de inscrição e, ainda, sobre tópicos do cotidiano e de interesse geral.

Os resultados desta segunda edição do ano do exame serão divulgados em 16 de dezembro. O participante poderá acessar o Sistema Celpe-Bras com login cadastrado no portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Inscritos

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizador da prova, nesta segunda edição do ano, o Celpe-Bras 2024/2 alcançou 3.957 inscrições de estrangeiros de 31 países.

O espanhol é o idioma nativo da maior parte dos participantes, com 2.751 inscritos, seguido de francês, com 290 inscritos; e do inglês, com 175. Se considerados os continentes, o exame está mais concentrado na América do Sul, com 2.278 participantes, e na América do Norte, com 539. Em terceiro lugar estão os países africanos, com 403 inscritos.

Celpe-Bras

O Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros é destinado a estrangeiros com interesse em cursos de graduação e em programas de pós-graduação brasileiros. Por isso, o certificado é usado como comprovação de proficiência na língua portuguesa por instituições de educação superior e, também, no processo de validação de diplomas de profissionais estrangeiros que pretendem trabalhar no Brasil.

O Celpe-Bras é aplicado semestralmente no Brasil e no exterior pelo Inep, com apoio do Ministério da Educação (MEC) e em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

As provas são realizadas em postos aplicadores: instituições de educação superior, representações diplomáticas, missões consulares, centros e institutos culturais, e outras instituições interessadas na promoção e na difusão da língua portuguesa.

Para esta edição, foram disponibilizadas 7.515 vagas em 133 postos de aplicação distribuídos entre 56 localidades no Brasil e 77 no exterior.

Anualmente, o Inep oferece atendimento especializado a pessoas com deficiência (PCD) e também podem ser contemplados idosos, gestantes, lactantes e pessoas com outras condições específicas.

Os participantes ainda puderam requisitar tratamento pelo nome social no dia do exame, desde que tenham feito a solicitação até 16 de agosto.

O edital da segunda edição de 2024  do Celpe-Bras está disponível no link.

MEC divulga locais de prova do Enem

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta terça-feira (22), o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Nele, o estudante pode consultar informações como o local de prova, número de inscrição e hora das provas.

No cartão de confirmação é possível também registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.

Como consultar o local de prova?

O documento está disponível na página do participante do Enem. O estudante precisa usar o login no portal único de serviços digitais do governo federal, Gov.br.

Caso o inscrito não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la no mesmo portal e após digitar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e selecionar a opção esqueci minha senha.

As provas

Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda levar o cartão nos dias de aplicação das provas, nos domingos 3 e 10 de novembro.

No primeiro dia de Enem, além da redação, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias.

E no segundo dia do exame, os participantes fazem as provas de ciências da natureza e suas tecnologias, assim como de matemática e suas tecnologias. Ao todo, serão 45 questões em cada área do conhecimento.

O Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

MEC busca formas de usar inteligência artificial em políticas públicas

Pesquisadores e gestores públicos debateram esta semana a utilização da inteligência artificial e a governança de dados nas políticas públicas da educação. O seminário Educação, Governança de Dados e Inteligência Artificial, promovido pelo Ministério da Educação, buscou apontar alternativas para o gerenciamento de informações que garantem direitos e o uso de dados na tomada de decisões. O evento foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Instituto Federal de Brasília (IFB). 

Se analisados em tempo real, por exemplo, dados como a frequência em aulas podem ser usados para auxiliar uma instituição de ensino a tomar medidas necessárias para apoiar estudantes, garantindo a permanência dos alunos e o acesso à educação.

A diretora de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica (SEB), Anita Gea Martinez Stefani, afirma que um dos desafios é conseguir documentos como o histórico escolar da educação básica para alunos que estudaram em mais de uma instituição, demonstrando a necessidade de atualizar a forma que os dados são tratados na rede de educação como um todo.

“Quando falamos sobre interação e interoperabilidade de dados e conexão das informações, estamos falando sobre fornecer direitos, serviços públicos que já poderiam estar disponíveis, mas que tecnicamente a gente ainda não se organizou para disponibilizar para os cidadãos”, ressalta a diretora.

Para lidar com a demanda de atualização dos métodos usados atualmente, foi criado o Gestão Presente, um hub educacional (plataforma de armazenamento e organização de dados). O sistema foi desenvolvido em parceria do MEC e com o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES/UFAL), para ser um Hub de Dados da Educação Básica, que armazena informações de estudantes e auxilia nos processos de gestão escolar, como diário de classe, matrícula, entre outros.

O representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Vilmar Klemann, também elenca alguns dos desafios enfrentados, como dados incorretos ou incompletos, a leitura e análise de dados e falta de profissionais qualificados.

“Geralmente profissionais qualificados não ficam nas redes municipais e infelizmente resulta em uma rotatividade muito alta”, lamenta Klemann.

As discussões apontaram como a tecnologia pode ser aplicada não só como recurso educacional, mas como ferramenta de otimização, auxiliando a escola a ser mais eficiente na gestão da educação. 

Para ver os debates, acesse o canal do MEC no youtube ou a página do evento

Obmep 2024: mais de 900 mil alunos fazem prova da 2ª fase neste sábado

As provas da 2ª fase da 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) serão aplicadas neste sábado (19) a mais de 900 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio inscritos em todo o país.

Os classificados na primeira etapa da competição científica farão a prova às 14h30 (no horário de Brasília). A avaliação terá três horas de duração.

Os locais das provas estão disponíveis no site oficial da Olimpíada, separados por unidade da federação e escolas participantes.

A edição do evento deste ano registrou recorde de instituições de ensino participantes (56.516), localizadas em 5.564 municípios, o que corresponde a 99,9% das cidades brasileiras. Neste ano, a primeira etapa, realizada em 4 de junho, reuniu 18,5 milhões de alunos de todas as regiões do país.

Segunda fase

A prova da segunda fase da OBMEP é composta de seis questões discursivas, adequadas a cada nível de ensino (fundamental e médio).

A prova pode ser feita a lápis ou à caneta esferográfica azul ou preta.

Os participantes devem apresentar um documento de identificação legível, como a carteira de identidade, a certidão de nascimento ou a carteira escolar.

A organização da Obmep recomenda que os estudantes cheguem com pelo menos 30 minutos de antecedência ao local de aplicação da prova deste sábado.

Em caso de dúvidas, o contato telefônico da Obmep é (21) 2529-5084.

Premiação

Nesta 19ª edição, a Obmep premiará os estudantes com 8.450 medalhas nacionais, sendo, 650 de ouro; 1.950, de prata; e 5.850, bronze, além de 50 mil menções honrosas pela participação na disputa. A iniciativa ainda terá 20,5 mil medalhistas estaduais.

A divulgação de todos os premiados ocorrerá em 20 de dezembro deste ano.

Adicionalmente, os alunos que conquistarem medalhas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), que tem o objetivo de despertar a vocação científica dos estudantes, ampliar o conhecimento e prepará-los para um possível desempenho profissional e acadêmico relacionado com a matemática.

O programa PIC promove encontros presenciais e virtuais para estimular o raciocínio lógico e a criatividade dos estudantes por meio do contato deles com questões das áreas desta disciplina.

Os estudantes de escolas públicas também recebem uma bolsa de incentivo de R$ 300 para participarem do programa.

Obmep

A Obmep é considerada a maior olimpíada do conhecimento do país e tem o objetivo de contribuir para incentivar o estudo da matemática e identificar jovens talentos.

A competição científica é destinada a estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Anualmente, a iniciativa é realizada em duas fases custeadas com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC).

O Impa explica que o desempenho na olimpíada de matemática também é considerado no processo seletivo de ingresso de alunos no primeiro curso de graduação do instituto: o bacharelado gratuito em matemática da tecnologia e inovação, o Impa Tech. .

O curso de nível superior pretende capacitar os estudantes a entrarem no mercado de tecnologia e inovação.

A entidade é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e ao Ministério da Educação. A edição anual do curso oferece até cem vagas, no modelo presencial, na cidade do Rio de Janeiro.

As inscrições para o processo seletivo da turma de 2025 Impa Tech começam em novembro.

Portal

Para se prepararem, os estudantes que participam da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas podem ter acesso ao portal da Obmep, que disponibiliza conteúdos gratuitos, incluindo videoaulas, apostilas, exercícios, problemas resolvidos, testes, aplicativos e outros.

No mesmo site, o aluno pode ter acesso ao seu histórico e aos testes de avaliação e o certificado de participação no módulo, caso o aluno acerte pelo menos 70% das perguntas. Os responsáveis pelos estudantes conseguem acompanhar o desempenho de seus filhos. Já os professores podem usar o portal para montar uma turma e orientar seus alunos.