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Brigadista morre durante combate a incêndio em São Paulo

Foi enterrado nesta quinta-feira (26) em Itirapina (SP) o brigadista Tiago dos Santos, de 38 anos, morto nessa quarta-feira (25) quando combatia um incêndio em uma área de canavial na Estrada Municipal de Corumbataí. O brigadista tentava apagar o fogo em um caminhão-pipa da unidade Iracema da Usina São Martinho, causado pelas queimadas na região. Um colega, que estava com Santos, sofreu queimaduras mas está em casa, fora de riscos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que o caso foi registrado como “incêndio, homicídio e lesão corporal”. Segundo o boletim de ocorrência da delegacia de Corumbataí, as causas do incêndio são desconhecidas. O corpo de Santos foi carbonizado e o caminhão-pipa destruído. O velório e o enterro aconteceram em Itirapina, onde o brigadista morava.

Em nota, a usina São Martinho informou que está prestando apoio aos familiares das vítimas e colabora com as autoridades para a investigação do caso. A Defesa Civil de Corumbataí informou que o fogo teve início na Fazenda Chorosa, sendo combatido pelos funcionários da usina. Mas, a partir de uma reviravolta de vento, se alastrou para uma área próxima a dez casas e chegou a queimar um barracão. Cerca de 30 funcionários da usina e 12 caminhões-pipa atuaram na contenção das chamas.

Um dia antes da morte do brigadista em Corumbataí, um trabalhador ficou feriado em Brotas (SP) ao saltar de uma colheitadeira de uma usina que pegou fogo. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima saltou do veículo e sofreu fratura exposta no membro inferior direito, além de queimaduras nos braços e rosto.

O incêndio na colheitadeira acabou gerando um incêndio de, aproximadamente, 100 mil metros quadrados numa área de canavial. Brotas é um dos municípios que registrou o maior número de queimadas no estado.

Há pouco mais de um mês (23/8), dois funcionários de uma usina morreram queimados quando combatiam um incêndio no município de Urupês (SP). As vítimas, Saulo Rodrigo de Oliveira, de 47 anos, e Gerci Silveira Júnior, de 30, foram carbonizados quando tentaram escapar das chamas após o caminhão onde estavam ter tombado em uma área de pastagem.

Deputado Glauber Braga é detido durante desocupação da Uerj

Após 56 dias de ocupação, os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram retirados do Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do Campus Maracanã. Eles descumpriram o prazo dado pela Justiça para que saíssem do edifício e, com autorização judicial, a Polícia Militar entrou no local para retirá-los.

Houve confronto, policiais usaram bombas de efeito moral, estudantes revidaram com pedras. Estudantes chegaram a ser detidos. O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) também foi detido,ao defender os estudantes.

Em nota, a reitoria da Uerj confirmou que, na tarde desta sexta-feira (20), foi concluída a desocupação do Pavilhão João Lyra Filho e assinada a reintegração de posse dos espaços da Uerj. Segundo a reitoria, a maior parte dos grupos da ocupação “evadiu-se antes que os agentes pudessem identificá-los. Outros, no entanto, foram detidos e levados para registro de ocorrência, visto que se encontravam em descumprimento de decisão judicial”.

A reitoria diz ainda que “lamenta profundamente que, apesar de todos os esforços de negociação – oito reuniões com entidades representativas dos estudantes e audiência de conciliação com a juíza do Tribunal de Justiça – a situação tenha chegado a esse ponto de intransigência por parte dos grupos extremistas da ocupação”.

Pelas redes sociais, os estudantes manifestaram indignação com a atitude da reitoria. “É absurdo, é autoritário, e só se viu ação assim durante a ditadura militar”, dizem em publicação e complementam em outra: “a reitoria da Uerj deu ordens para o choque retirar estudantes pobres de dentro da universidade”.

Em nota, o PSOL se manifestou sobre a prisão de Braga. “A prisão do deputado federal do PSOL Glauber Braga se deu de modo arbitrário e ilegal, quando nosso parlamentar tentava negociar uma solução pacífica para a reintegração de posse do Pavilhão João Lyra Filho”.

O partido informou ter acionado o departamento jurídico para avaliar as medidas cabíveis contra o estado do Rio de Janeiro.

Na ação, um policial se feriu enquanto manuseava os próprios equipamentos e acabou sendo levado para o hospital.

Reivindicações

Os estudantes protestam contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil.  Eles pedem a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, que estabelece, entre outras medidas, que o auxílio alimentação passará a ser pago apenas a estudantes cujos cursos tenham sede em campi que ainda não disponha de restaurante universitário. O valor do auxílio alimentação será de R$ 300, pago em cotas mensais, de acordo com a disponibilidade orçamentária.

Além disso, ato da Uerj estabelece como limite para o recebimento de auxílios e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social ter renda familiar, por pessoa, bruta igual ou inferior a meio salário mínimo vigente no momento da concessão da bolsa. Atualmente, o valor é equivalente a até R$ 706. Para receber auxílios, a renda precisa ser comprovada por meio do Sistema de Avaliação Socioeconômica.

As novas regras, segundo a própria Uerj, excluem mais de 1 mil estudantes, que deixam de se enquadrar nas exigências para recebimento de bolsas.

A Uerj informa ainda que as bolsas de vulnerabilidade foram criadas no regime excepcional da pandemia e que o pagamento delas foi condicionado à existência de recursos. De acordo com a universidade, os auxílios continuam sendo oferecidos para 9,5 mil estudantes, em um universo de 28 mil alunos da Uerj, e que todos os que estão em situação de vulnerabilidade continuam atendidos.

Regras de transição

Ao longo da ocupação, houve confrontos entre estudantes e universidade. Tanto a reitoria quanto os estudantes alegaram falta de espaço para negociações. A Uerj não recuou no ato, mas estabeleceu uma transição até que as novas regras passem a vigorar.

Entre as medidas de transição estão o pagamento de R$ 500 aos estudantes que deixam de se enquadrar nas regras da Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social, o pagamento de R$ 300 de auxílio-transporte e tarifa zero no restaurante universitário ou auxílio-alimentação de R$ 300 nos campi sem restaurante. As medidas são voltadas para estudantes em vulnerabilidade social com renda per capita familiar acima de 0,5 até 1,5 salário mínimo e valem até dezembro.

Sem negociação, o caso acabou judicializado. No último dia 17, foi realizada uma audiência de conciliação, mas não houve acordo. A juíza determinou a desocupação da universidade, mas garantiu aos estudantes o direito à reivindicação. “Deve ser preservado o direito de reivindicação, devendo, contudo, os alunos, exercer tal direito nos halls existentes nos andares do prédio no período compreendido entre 22h e 6h da manhã, sem qualquer obstáculo ao regular funcionamento da universidade. Os demais espaços que os alunos pretendam ocupar devem ser submetidos à prévia aprovação da reitoria”, diz a decisão.

A juíza também agendou para o dia 2 de outubro uma nova audiência especial, com o objetivo de buscar um acordo sobre os valores das bolsas de estudo e dos demais auxílios.

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

“Eu fiquei muito apavorada. Você querer respirar e não conseguir é muito ruim. Isso terminou me prejudicando porque precisei faltar ao trabalho”, contou a brasilense Edlweisse Ilgenfritz, de 52 anos. Asmática, a trabalhadora autônoma acordou na madrugada da terça-feira (17) com o apartamento cheio de fumaça.

A concentração de partículas finas no ar da capital do país cresceu cerca de 350 vezes durante o incêndio de grandes proporções que consumiu 1,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília nesta semana. 

Antes do incêndio, na manhã do domingo (15), o ar da capital registrava concentração de 4 microgramas por metro cúbico (µg/m3) de Moléculas de Partículas (MP) de tamanho 2,5, considerada uma molécula mais fina. Na madrugada da terça-feira (17), o ar de Brasília registrou 1,3 mil µg/m3 da MP 2,5. Somente nesta quinta-feira (18) a poluição voltou a cair de forma sustentada.

Brasília (DF), 19/09/2024 – JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Foto: Arquivo pessoal

“É realmente muito alto. Foi o nível que Manaus chegou no ano passado em um pico de queimadas que teve por lá. É o indicativo que a poluição estava muito crítica e precisava ser melhor controlada, mas principalmente deveria ter uma orientação para a população”, comentou JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Como o poder público não tem dados de acompanhamento em tempo real da qualidade do ar na área central da capital do país, as informações foram retiradas da plataforma PurpleAir, que tem um equipamento instalado no final da Asa Norte, próximo ao incêndio que deixou a cidade imersa na fumaça.  

Para se ter uma ideia, o Conama prevê como padrão de qualidade do ar, no máximo, 60 µg/m3 para partículas finas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros em uma média de 24 horas. As MP tamanho 2,5 são menores e têm maior facilidade para entrar no aparelho respiratório e na corrente sanguínea, causando problemas de saúde, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

Mesmo o padrão de 60 µg/m3 é considerado alto quando comparado com outros países. Por isso, o Conama aprovou resolução em julho de 2024 prevendo a redução desse padrão para 50 µg/m3, em 2025, até chegar em 25 µg/m3, na média de 24 horas, em 2044. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda como limite para concentração de partículas no ar, uma média diária de 15 µg/m3 para partículas 2,5.

Poluição do ar em Brasília, por Arte/Agência Brasil

Monitoramento do ar  

A estação de monitoramento da qualidade do ar do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que fica no centro da capital, na Rodoviária do Plano Piloto, tem mais de 20 anos e só emite resultados a cada seis dias. De acordo com o Ibram, entidade ligado ao governo do Distrito Federal (GDF), os dados coletados dos dias 17 e 18 de setembro só devem ser divulgados na próxima segunda-feira (23).

Existe receio de órgãos ambientais de usar dados de equipamentos privados, como do PurpleAir, por não ser considerado uma estação “robusta”. O presidente do Ibram, Rôney Nemer, diz que não é possível saber se as medições são confiáveis, que seria preciso analisar o equipamento.

Por outro lado, a diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo, avalia que os equipamentos privados são confiáveis e trazem um dado aproximado da realidade.

Brasília (DF), 19/09/2024 – Diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo. Foto: Arquivo pessoal

“Os órgãos ambientais criticam porque o equipamento é de baixo custo, mas é confiável. Pode às vezes não ser exatamente igual a um equipamento robusto de um órgão ambiental público, mas é muito confiável. É muito próximo da realidade e, não havendo dados de monitoramento, é com isso que se trabalha”, afirmou.

As metrópoles de Brasília (DF), Goiânia (GO) e Manaus (AM) estão entre as localidades com maior defasagem de monitoramento da qualidade do ar no país, segundo pesquisa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).

“Quatorze estados da federação não monitoram a qualidade do ar. Sem monitoramento, não se sabe a concentração de poluentes que as pessoas respiram. E se não há o monitoramento, o órgão ambiental não comunica à população qual é a situação e também não identifica episódios críticos”, acrescentou a especialista Evangelina.  

Segundo o Ibram, o governo do Distrito Federal autorizou a compra de equipamentos para monitoramento da qualidade do ar em Brasília, mas ainda não há data para a compra dessas novas estações.

Galeria – Brasília encoberta por fumaça das queimadas. – bruno.fernandes

Sem plano

O Instituto Alana fez um levantamento mostrando que das 27 unidades da federação, 26 não têm qualquer plano para enfrentamento de episódios críticos em relação à qualidade do ar.

“Quando há um episódio crítico, temos que alertar a população, avisar aos noticiários, talvez fechar as escolas. Mas o ponto é que a gente não tem plano de ação do que fazer e como orientar a população. Só São Paulo tem um plano de ação e esse plano de ação é de 1978. Então ele é muito antigo”, destacou JP Amaral, do Instituto Alana.

Para Evangelina Araújo, do Instituto Ar, é preciso um plano de ações para atuação nos episódios críticos de poluição do ar. “Além de alertar a população, o órgão ambiental tem que adotar medidas para reduzir outras fontes de emissões. As partículas não vêm só da queimada, vêm do trânsito, da queima do combustível fóssil, vêm da indústria”, alertou.

Saúde

A iniciativa Médicos Pelo Ar Limpo elaborou uma nota técnica com orientações sobre como se proteger dos efeitos da fumaça. A dica é permanecer em ambientes internos, mantendo portas e janelas fechadas. Se possível, usar purificador de ar ou ventiladores, além de pendurar toalhas molhadas dentro de casa para umidificar o ambiente.

É preciso ainda evitar exercícios físicos moderados ou intensos ao ar livre em qualquer horário. Para proteção contra partículas finas, podem ser usadas máscaras tipo N95 ou PFF2. Máscaras cirúrgicas ou panos não protegem contra partículas finas, apenas contra as maiores, como fuligem.

Vítimas da Braskem protestam durante encontro do G20, em Maceió

Moradores de bairros de Maceió atingidos pelo afundamento do solo causado pela atividade de exploração de sal-gema pela petroquímica Braskem, realizaram nesta sexta-feira (13) um ato de protesto ao mesmo tempo em que ocorria a  reunião dos ministros da Economia dos países do G20, na cidade. As vítimas chamaram atenção para a necessidade de reparação ambiental pelos danos causados pela atividade exploratória. Aproximadamente 60 mil pessoas e 15 mil imóveis foram afetados. 

O protesto foi organizado pelo Muvb (Movimento Unificados de Vítimas da Braskem) diante da agenda do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20, que trava discussões sobre combate à desinformação e inclusão digital, entre outros temas, e que se reuniu na capital alagoana desde a segunda-feira (9) até esta sexta-feira.

O movimento divulgou uma carta aberta para os participantes da reunião na qual chama a atenção para o sofrimento causado a milhares de famílias que tiveram que sair de suas casas em razão do afundamento do solo. Segundo a organização, o texto foi protocolado na secretaria do G20.

“O crime cometido pela Braskem, decorrente da exploração descontrolada de sal-gema resultou no afundamento de bairros inteiros, deixando um rastro de destruição e desespero”, denuncia a carta.

O afundamento levou ao desaparecimento dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol. E as comunidades do Flexais, Quebradas, Marquês de Abrantes, Bom Parto e a Rua Santa Luzia, na Vila Saem, querem o remanejamento das famílias, devido à perda das condições de sobrevivência.

Na carta, o movimento lembra que o fórum do G20 aborda, entre outros temas, a proteção ambiental, o desenvolvimento econômico sustentável e a justiça social, e defende a necessidade de ações concretas para enfrentar esses desafios.

“Solicitamos que este honrado fórum internacional considere em suas discussões a necessidade de medidas mais rigorosas para responsabilizar empresas transnacionais pelos crimes ambientais que cometem, independentemente das fronteiras. A impunidade com que empresas como a Braskem agem colocam em risco não apenas o meio ambiente, mas também a dignidade humana”, diz a carta.

Os moradores questionam os valores apresentados para indenização das vítimas em acordo firmado pela empresa, no valor de R$ 40 mil por núcleo familiar. A Corte Internacional de Direitos Humanos foi acionada pelo movimento, que considera esses valores insuficientes para arcar com os danos causados pela empresa.

“A Corte Internacional de Direitos Humanos estabelece parâmetros de compensação que ultrapassam, em muito, os valores atualmente praticados, e acreditamos que este deva ser o padrão mínimo a ser seguido. Para que haja verdadeira justiça, é necessário que as reparações sejam proporcionais aos danos sofridos, e que as vítimas sejam ouvidas e colocadas no centro de qualquer reparação, garantindo a participação direta dos atingidos em todos os espaços de discussão dos seus problemas”, diz o texto.

Em julho, a Braskem foi condenada por um Tribunal da Holanda a indenizar nove vítimas do afundamento.

Na decisão, a Justiça holandesa não fixou um valor a ser pago, mas determinou que as partes entrem em acordo sobre o quanto deve ser indenizado. A Braskem ainda pode recorrer da decisão. A ação é individual, ajuizada por nove pessoas, mas poderá servir de base para outros processos.

Barragens

No mesmo mês, durante audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), vítimas dos rompimentos das barragens em Mariana (MG) e em Brumadinho (MG), dos incêndios da Boate Kiss e do Ninho do Urubu e do afundamento de bairros em Maceió, cobraram a responsabilização pelas tragédias nos âmbitos judicial e legislativo.

“Solicitamos que a comissão inste o Estado brasileiro a restaurar ou reabrir processos penais ou administrativos, estabelecer um efetivo controle social sobre a atividade do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização e análise de riscos e conceber uma legislação específica para casos de tragédias coletivas e de grande impacto social prevendo mecanismos de prevenção e responsabilização”, defendeu, na audiência, a advogada Tâmara Biolo Soares, representante da defesa das vítimas.

Outro lado

Em nota, a Braskem diz que desde 2019 desenvolve medidas amplas para mitigar, compensar e reparar impactos da subsidência do solo nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol, principalmente com a realocação preventiva dos moradores da área de risco, hoje 100% desocupada. 

“Ao longo dos últimos quatro anos, cerca de 40 mil moradores das áreas de desocupação definida pela Defesa Civil, em 2020, foram realocados de forma preventiva e 97,4% das propostas de compensação financeira já foram pagas. Há, entre outros, cinco acordos principais celebrados com autoridades federais, estaduais e municipal, homologados pela Justiça, que abrangem diversas medidas além da realocação preventiva e compensação financeira das famílias: pagamento de apoio financeiro e auxílio para aluguel temporário; apoio psicológico; ações sociourbanísticas e ambientais; apoio a animais; zeladoria nos bairros; monitoramento do solo e fechamento definitivo dos poços de sal; integração urbana e desenvolvimento da comunidade dos Flexais; e indenização ao Município de Maceió”, diz a nota, acrescentando que “todas as ações seguem em implantação conforme acordos com as autoridades e são fiscalizadas pelos órgãos competentes”.

A Braskem diz ainda que até o momento, R$ 15,9 bilhões foram provisionados e mais de R$ 10,6 bilhões já foram desembolsados pela empresa.

Candidato a vereador é internado após agressão durante campanha no Rio

A equipe do candidato a vereador do Rio de Janeiro Leonel de Esquerda (PT) usou as redes sociais neste domingo (1) para denunciar que o radialista foi agredido por “um adversário político da direita carioca” quando estava em campanha. Em nota, o PT do Rio afirmou que os agressores foram o candidato a prefeito Rodrigo Amorim (União Brasil) e sua equipe. Amorim, por sua vez, alega que “agiu em defesa própria” para afastar o celular de Leonel de seu rosto ao ter sido abordado “de forma premeditada” pelo candidato a vereador.

A publicação da campanha de Leonel afirma que a agressão foi grave e que o candidato se encontrava hospitalizado na tarde deste domingo, sem condições de se pronunciar. Imagens publicadas na imprensa mostram Leonel com lesões e sangue no rosto e nas costas. Um vídeo flagrou o momento em que ele está abaixado, aparentemente para pegar o celular, recebe um chute no rosto e cai no chão. A Agência Brasil confirmou que Leonel está internado no Hospital Glória D’Or, mas a Rede D’Or não deu detalhes sobre seu estado de saúde. 

Em nota, o Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro repudiou a agressão e cobrou providências imediatas das autoridades “frente a mais um episódio de ataque à democracia brasileira, às eleições livres e à integridade física daqueles que se candidatam ao voto popular”.

“Hoje, Rodrigo Amorim, candidato a Prefeito pelo União Brasil, e integrantes da sua campanha, agrediram covardemente o candidato a vereador do PT Leonel de Esquerda, que nesse momento encontra-se hospitalizado, ainda sem boletim médico divulgado. Reafirmamos nossa solidariedade aos familiares e ao nosso companheiro Leonel de esquerda”, disse o PT. “Exigimos das autoridades e, sobretudo, do TRE/RJ providências para que possamos fazer o debate saudável, democrático pautar o que é melhor para o povo da cidade do Rio de Janeiro”.

Leonel Querino da Silva Neto tem 35 anos, se declara negro e quilombola, trabalha na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) como radialista e está licenciado para se candidatar ao cargo político.

Outro lado

A assessoria de imprensa do candidato a prefeito Rodrigo Amorim informou que o deputado estadual não estava em agenda de campanha e foi com sua mulher ao encontro de seu irmão, o candidato a reeleição como vereador Rogério Amorim (PL), para que fossem almoçar juntos na Praça Varnhagen, na Tijuca, onde Rogério divulgava sua candidatura.

Segundo a nota, o deputado foi abordado na praça por Leonel, que filmava com um celular e proferia ofensas. Amorim alega que “agiu em defesa própria” tentando afastar o celular de Leonel de seu rosto. “O youtuber caiu durante a confusão, e o deputado reagiu pedindo para todos os envolvidos se afastarem a fim de acabar com o tumulto. Em seguida, se abrigou, diante da chegada de seguranças de Leonel”.

Amorim afirma que registrou o caso com seus advogados na 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca). A Agência Brasil entrou em contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro e aguarda confirmação.

Casa Brasil mescla cultura e esporte durante a Paralimpíada de Paris

Durante os Jogos Paralímpicos de Paris, a pequena cidade de Saint-Ouen, de 52 mil habitantes e conhecida como “Brookyln parisiense”, será um pedacinho do Brasil na França. Um complexo gastronômico local, situado em uma espécie de boulevard, foi escolhido para receber a Casa Brasil Paralímpico, ponto de encontro de torcedores, fãs da cultura brasileira, autoridades e atletas medalhistas.

O espaço fica a cerca de 40 minutos de carro de Paris e está aberto ao público desde a última quinta-feira (29). Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a expectativa é que até quatro mil visitantes diários passem pelo ambiente até o próximo dia 8 de setembro, quando a Paralimpíada chega ao fim.

Um telão instalado no palco próximo à praça de alimentação permite aos torcedores acompanharem as provas dos atletas. No mesmo espaço, o músico cego Luan Richard canta clássicos da música brasileira – em uma das apresentações, fez um dueto com o ex-goleiro Jackson Follmann, sobrevivente do acidente com o voo da Chapecoense, em 2016, e que tem a perna direita amputada. Na entrada, simuladores dão aos visitantes a oportunidade de “praticar” algumas modalidades, como a canoagem.

Cultura e inclusão

O espaço também recebe apresentações que mesclam cultura e inclusão. O batuque do Samba Inclusivo da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), que reúne passistas e ritmistas com deficiência, colocou todo mundo para dançar – principalmente os não brasileiros – com músicas famosas do nosso carnaval.

Entre os sambistas, Wagner Esteves, conhecido como Gavião, é um dos mais animados. Ele toca repinique e utiliza uma prótese na perna direita, devido a um acidente de carro. Além disso, é atleta de futebol de amputados, modalidade que, hoje, não faz parte da Paralimpíada. Vivenciar os Jogos de Paris, no entanto, mexe com o sonho de ver o esporte que pratica, um dia, também integrar o megaevento.

“A gente espera que ele [futebol de amputados] seja reconhecido e está insistindo para isso se concretizar no futuro. Assim como o esporte é renovador, é superação, é força, a música também é e transforma vidas. É se reinventar. A perna já foi, então, é tentar viver de uma forma melhor”, disse Gavião.

Paris-França 1°/09/2024 Casa Brasil é ponto de encontro de brasileiros em Saint-Ouen. Foto: Carol Rizzotto/Agência EA.

À frente de Wagner e os demais ritmistas, está Melina Reis, uma pioneira. Vítima de um acidente de moto, ela teve a perna esquerda amputada por conta das sequelas após muitas cirurgias. Bailarina clássica, parecia distante de voltar a fazer o que mais amava. Uma prótese inédita e personalizada, que a permite ficar outra vez na ponta dos pés, devolveu-a ao mundo da dança.

“Os atletas são a base de tudo. É de onde tiramos força, a partir do momento que você se desafia. A dança também é muito parecida. E poder prestigiar tantos amigos que estão competindo [em Paris], que estou na torcida, e fazer parte do projeto do samba inclusivo, é especial. É levar esperança para quem está desmotivado”, contou a bailarina.

Ela não está sozinha. Desde a última sexta-feira (30), as bailarinas da Associação Fernanda Bianchini também se apresentam na Casa Brasil. Trata-se do único grupo profissional de balé do mundo formado por dançarinas cegas. E não é a primeira vez que a companhia, criada em 1995 e que reúne mais de 400 alunos com deficiência, envolve-se com o movimento paralímpico. Em 2012, as meninas participaram da cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres, na Grã-Bretanha.

A bailarina Gisele Nahkur foi uma das que se apresentaram no Estádio Olímpico da capital britânica. Antes de perder a visão, ela sonhava em ser jogadora de basquete. Quis o destino que, após a cegueira, tenha surgido a oportunidade de estar em um megaevento esportivo.

“[Em Londres] Dançamos para 82 mil pessoas. O mundo inteiro pôde acompanhar pela TV. Eu não sei se é mera coincidência. Será que eu, jogando e enxergando, chegaria em uma Olimpíada? Depois de cega, enquanto bailarina clássica, o que nunca imaginei na vida, devolveram minha vontade de sorrir e viver e me trouxeram a uma segunda Paralimpíada”, recordou.

A “xará” Gisele Camillo, que nasceu com deficiência visual, perdeu toda a visão por causa de um glaucoma. Apaixonada por dança, chegava a “fingir” que enxergava, quando ainda tinha baixa visão, para não ser excluída. O balé inclusivo mudou a história dela, que se aventurou no atletismo entre 2018 e 2020, em provas de pista.

“Hoje, sou formada em balé clássico, sou professora. Também sou profissional de educação física. Sou aquela pessoa que prepara os atletas para estarem competindo. Estar aqui [em Paris, na Paralimpíada], uma pessoa com deficiência, representando nossa escola e estar perto dos atletas paralímpicos, é indescritível. Assim como nós estamos realizando sonhos aqui, eles [atletas] também estão”, concluiu.

Morre zagueiro Juan Izquierdo, 5 dias após desmaio durante jogo em SP

Depois de ser internado às pressas no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após sofrer um mal súbito no campo do Estádio do Morumbis na semana passada, o zagueiro uruguaio Juan Izquierdo, de 27 anos, morreu na noite de terça-feira (27). A nota da equipe do hospital confirmando o óbito informa que ele faleceu às 21h38, devido a uma “parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca”.

Na sequência, a notícia foi confirmada pelo clube em que Izquierdo jogava, o Nacional de Montevidéu.

Con el más profundo dolor e impacto en nuestros corazones, el Club Nacional de Football comunica el fallecimiento de nuestro querido jugador Juan Izquierdo.

Expresamos nuestras más sinceras condolencias a su familia, amigos, colegas y allegados.

Todo Nacional está de luto por… pic.twitter.com/mYU28mqw6m

— Nacional (@Nacional) August 28, 2024

O São Paulo, adversário do time uruguaio na noite da última quinta (22), também prestou condolências via redes sociais. A equipe já havia entrado em campo no último domingo (25) com uma camisa com os dizeres “fuerza Izquierdo” (força, Izquierdo em espanhol).

Vivemos dias de orações, união e esperança, e hoje estamos em profunda tristeza com a notícia do falecimento de Juan Izquierdo, atleta do @Nacional.

Nossas condolências aos familiares, amigos, colegas de trabalho, torcedores do Nacional e a todo o povo uruguaio neste momento de… pic.twitter.com/DMC9aHAvmU

— São Paulo FC (@SaoPauloFC) August 28, 2024

Vários clubes e atletas do futebol brasileiro fizeram suas homenagens a Izquierdo. 

O Sport Club Corinthians Paulista lamenta, com pesar, o falecimento do atleta Juan Izquierdo, jogador do Nacional-URU, nesta terça-feira (27).

O Corinthians se solidariza com a família e amigos neste momento de luto.

Descanse em paz, Juan! pic.twitter.com/GvOP548pMr

— Corinthians (@Corinthians) August 28, 2024

O jogador teve constatada uma arritmia cardíaca quando caiu no gramado do Morumbis aos 39 minutos do segundo tempo da derrota por 2 a 0 que viria a eliminar o Nacional da Copa Libertadores da América. Ele foi levado às pressas de ambulância para o Albert Einstein e no caminho sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Izquierdo ficou em observação desde então e os boletins médicos diários não apontavam melhora do quadro, com progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana. Na noite de terça, ele não resistiu.

Reprodução Instagram / Jonathan Calleri

Juan Manuel Izquierdo, de 27 anos, deixa esposa e dois filhos, um deles nascido há duas semanas. Antes de defender o Nacional, o atleta passou por diversos clubes uruguaios, como Cerro, Peñarol, Montevideo Wanderers e Liverpool, além do Atlético San Luis, do México.

Desde antes da confirmação da morte de Izquierdo, o campeonato uruguaio já estava interrompido em solidariedade à situação do Nacional e da família do jogador.

O Fluminense Football Club lamenta profundamente o falecimento de Juan Manuel Izquierdo, jogador do Nacional-URU que teve mal súbito no Morumbis no confronto com o São Paulo. Neste momento tão triste para toda a comunidade do futebol sul-americano, desejamos muita força aos… pic.twitter.com/4x6cqXsPMF

— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) August 28, 2024

Repórter da EBC sofre assédio durante a cobertura dos Jogos de Paris

A repórter Verônica Dalcanal, que atua como correspondente dos veículos da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) nos Jogos Olímpicos, foi vítima de assédio de três homens que transitavam na região das casas dos países em Paris neste sábado (3), enquanto a jornalista participava de uma transmissão ao vivo da TV Brasil.

Enquanto a repórter relatava o dia dos atletas brasileiros nos Jogos de Paris (no intervalo da transmissão de um jogo da Série B do Campeonato Brasileiro), três homens, aparentemente estrangeiros, se aproximaram e começaram a cantar. Um deles então chegou mais próximo da jornalista e beijou seu rosto sem consentimento, ato que foi prontamente repelido por ela. Logo depois outro dos homens também a beijou, o que novamente foi rechaçado por Verônica.

“Acho revoltante que jornalistas mulheres ainda passem por esse tipo de situação trabalhando. Pessoalmente, fico também triste porque essa cobertura vai ficar marcada também por esse episódio. Cobrir os Jogos Olímpicos em Paris é um sonho profissional que tive a felicidade de poder realizar. Como outros colegas, queria lembrar dessa cobertura apenas pelas entrevistas, pelas matérias escritas, pelas entradas ao vivo e pela emoção de acompanhar nossos atletas. Infelizmente não será assim. Mas vou me lembrar também da solidariedade dos meu colegas aqui e no Brasil, fundamentais para que eu encerre o dia de hoje bem. Em Paris as mulheres puderam participar de uma Olimpíada pela primeira vez. Nessa edição dos jogos buscou-se a igualdade no número de atletas homens e mulheres participando. 124 anos depois. Infelizmente ainda precisamos brigar para sermos tratadas com respeito. Mas não estamos sozinhas na luta”, declarou Verônica.

A diretora de jornalismo da EBC, Cidinha Matos, condenou o episódio em nome da Diretoria da instituição: “É inaceitável o assédio à repórter da TV Brasil, emissora da EBC, Verônica Dalcanal, durante transmissão ao vivo nas Olimpíadas, em Paris. É uma agressão à jornalista, à mulher e ao espírito olímpico, especialmente nesta edição em que as mulheres, em particular as brasileiras, estão conquistando o merecido protagonismo”, destacou. “Nossa solidariedade e apoio da EBC e todos os colegas de trabalho à Verônica e seu profissionalismo na cobertura das Olímpíadas de 2024”.

Hemorio faz campanha para doações de sangue durante a Olimpíada

O Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) lançou nesta segunda-feira (29) a campanha especial Influ do Bem, inspirada nas Olimpíadas de Paris. O objetivo é aumentar o número de doadores diários na unidade, durante o período dos Jogos. A iniciativa se estenderá até o dia 4 de agosto próximo. Atualmente a média é de 279 doadores no salão do doador.

O diretor do Hemorio, Luiz Amorim, disse à Agência Brasil que a expectativa de adesão é positiva. “Temos certeza que sim, que virá muita gente. As pessoas gostam da brincadeira, de Jogos Olímpicos, e vão gostar também de participar dessa campanha”.

Os doadores voluntários devem montar equipes para concorrer a medalhas de honra ao mérito de ouro, prata e bronze, que serão concedidas para as três melhores classificadas. As equipes, porém, não podem ter nome de marcas, instituição pública ou privada, instituição religiosa, grupos políticos ou times de futebol. Apenas nomes lúdicos serão permitidos. “Qualquer pessoa pode montar uma equipe, que deverá ter qualquer nome criativo”. A equipe que trouxer mais doadores em uma semana vai ser homenageado por um atleta olímpico de alta popularidade, com um vídeo nominal no perfil do Hemorio. “A gente espera, com isso, fazer uma brincadeira com a Olimpíada. As pessoas podem entrar na brincadeira e ajudar a salvar vidas”.

Além das medalhas para os vencedores, cada voluntário que doar durante a campanha receberá uma Carteirinha do Doador impressa e estilizada com o tema das Olimpíadas, produzida pelo Hemorio, destacou o diretor. “Só para lembrar que a gente está também torcendo pelo Brasil”. A disputa entre os times será alimentada no perfil da unidade no Instagram, ao longo da campanha.

Redução

Neste mês de julho, o Hemorio registrou redução de 8% no número de doadores, que Luiz Amorim atribuiu ao período de férias e viagens, o que representou 30 bolsas a menos por dia. “É previsto. Parece pouco, mas não é. Mas no fim do mês é uma baixa considerável e a gente quer reverter isso”, externou.

A meta do instituto é fechar o ano com 90 mil bolsas de sangue coletadas, revelando expansão em relação a 2023, quando atingiu 85.360 doações. “Vai ter um aumento de 7% em relação a 2023. Essa é a nossa meta”. O Hemorio está com um posto de coleta avançado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, dentro do Hospital Municipal Dr. Moacyr do Carmo, o que facilita a doação, lembrou Amorim. O Hemorio faz também captações externas com duas equipes diárias que vão em igrejas, escolas, empresas, clubes, onde haja, pelo menos, 500 pessoas trabalhando ou circulando pelo local e desejem doar sangue. “Com isso, a gente espera chegar em 90 mil doações este ano”. Em 2024, até o dia 27 de julho, o banco de sangue recebeu 52.330 doações de sangue.

O estoque de sangue do Hemorio abastece cem unidades públicas de saúde, entre elas, todos os grandes hospitais de emergência do estado e unidades da rede federal, além do próprio hospital do Hemorio, que atende a pacientes com doenças hematológicas como anemia falciforme, hemofilia, leucemia, entre outras.

Como doar

Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos (ou entre 16 e 60 anos, para quem doa pela primeira vez), pesar no mínimo 50 quilos, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens entre 16 e 17 anos podem doar sangue somente com autorização do pai e da mãe, ou responsáveis legais. Devem portar ainda um documento de identidade do responsável e preencher formulário disponível no site do Hemorio.

O instituto salienta que não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes. Tatuagem e piercing impedem a doação por seis meses. Perfurações na região oral ou genital também são impeditivo para doações, enquanto houver uso da peça.

Para mais detalhes ou informações, o doador pode consultar as redes sociais do Hemorio ou ligar para o Disque Sangue de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h, pelo número 0800 282 0708. O Hemorio funciona todos os dias, das 7h às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados, na Rua Frei Caneca, n° 8, região central da capital fluminense.

Embratur lança campanha para promover Brasil durante Olimpíadas

O governo brasileiro lançou neste sábado (27 ) uma campanha de promoção internacional do turismo no Brasil. O evento foi realizado na Casa Brasil, espaço montado em Paris pela Embratur para promover o país durante os Jogos Olímpicos. O lançamento contou com a participação da primeira-dama Janja Lula da Silva.

Com o slogan “Visite o Brasil. Aqui você sempre ganha”, a peça publicitária divulga o Rio de Janeiro e faz referência ao volei de praia e ao futebol feminino. No cenário, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. A campanha também mostra as paisagens das dunas de areia de Jericoacoara (CE), o Rio Tapajós, na Amazônia, a natureza exuberante de Bonito (MT) e as praias de Arraial d’Ajuda (BA).

Parque Nacional de Jericoacoara – Divulgação/ICMBio

A campanha será veiculada até 31 de agosto na França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Portugal e Itália. As peças serão inseridas em comerciais de TV, redes sociais e mídias exteriores nas ruas, metrô e táxis das cidades europeias. O trabalho foi feito em parceria com o Sebrae

Na avaliação do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a campanha pretende retomar o protagonismo internacional do Brasil

“A gente está falando de um protagonismo internacional que a gente nunca deveria ter perdido. A gente está falando do G20, da COP30, dos Brics, da Copa do Mundo de Futebol Feminino, que vai ser em 2027, no Brasil. É esse Brasil que está de portas abertas, é esse Brasil que está pronto para receber o mundo inteiro”, afirmou

O ministro do Turismo, Celso Sabino, garantiu que o Brasil está pronto para receber mais turistas. “Nos primeiros seis meses do ano, nós já alcançamos quase 3,6 milhões de turistas estrangeiros. Esse ano de 2024 é um compromisso do Ministério do Turismo, do governo federal, batermos os recordes de turistas estrangeiros”, comentou.

De acordo com a Embratur, os europeus são os principais turistas que chegam ao Brasil. Em 2023, 182,4 mil portugueses desembarcaram no país, seguido pelos alemães (158,5 mil) e ingleses (130 mil).