Skip to content

Azul suspende operação em 12 cidades brasileiras

A companhia aérea Azul informou nesta sexta-feira (24) a suspensão total de suas operações em 12 cidades brasileiras a partir do dia 10 de março. Os voos serão encerrados em Campos e Cabo Frio (RJ); Correia Pinto (SC); Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); e Barreirinha (MA).

A companhia alegou, em nota à imprensa, uma série de fatores, “que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, somadas às questões de disponibilidade de frota e de ajustes de oferta e demanda”.

Pelas mesmas razões, haverá redução de oferta e readequações da operação da Azul em outras localidades.  Os voos para Fernando de Noronha (PE) serão operados somente a partir de Recife. Também a partir de 10 de março, os voos saindo de Juazeiro do Norte (CE) passarão a ter como destino o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da companhia. As operações no aeroporto de Caruaru (PE) serão readequadas, devido à baixa ocupação. Segundo a Azul, os voos passarão a ser realizados por aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove clientes.

“As mudanças fazem parte do planejamento operacional da Companhia, e os Clientes impactados estão sendo comunicados previamente e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.

Na semana passada, a Azul e a Abras, dona da Gol, outra companhia aérea nacional, assinaram um memorando de entendimento para iniciar as negociações para uma fusão. Caso a união se concretize, a nova empresa concentrará 60% do mercado aéreo no país.  

Pernambuco decreta situação de emergência em 117 cidades devido à seca

A estiagem que afeta grande parte de Pernambuco motivou o governo estadual a declarar situação de emergência em 117 das 185 cidades pernambucanas. Um decreto assinado pela governadora Raquel Lyra e publicado no Diário Oficial do estado nesta terça-feira (21) justifica a medida sustentando que a seca prolongada já causa “danos humanos, materiais e ambientais” para os municípios diretamente afetados.

A decisão foi tomada após a análise de dados que indicam que as chuvas esparsas que ainda caem sobre algumas localidades pernambucanas se tornarão mais escassas, comprometendo o nível dos reservatórios e ameaçando o abastecimento da população, com prejuízos econômicos e sociais, inclusive para a agropecuária.

O decreto tem validade de 180 dias e abrange três situações. Na primeira (Anexo 1, abaixo), estão as 66 cidades cujo decreto municipal de situação de emergência em função da estiagem já foi reconhecido pelo governo federal. O segundo grupo (Anexo 2) reúne os 23 municípios em que o próprio governo pernambucano decreta emergência em função da “situação de anormalidade decorrente de desastre de estiagem, indutor de seca hidrológica nos reservatórios e rede de abastecimento sob gestão da Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento (COMPESA)”. O terceiro caso engloba 28 cidades contempladas nas duas situações.

Com a medida, os órgãos públicos estaduais, em conjunto com as autoridades federais e municipais competentes, deverão implementar as ações necessárias ao enfrentamento das principais consequências da estiagem. Além disso, o reconhecimento da situação de emergência facilita o acesso das prefeituras a recursos financeiros federais e estaduais e permite que a contratação mais ágil de serviços e equipamentos necessários.

Veja abaixo a relação dos municípios:

Anexo 1

1) Afogados da Ingazeira

2) Afrânio

3) Alagoinha

4) Altinho

5) Araripina

6) Arcoverde

7) Belém do São Francisco

8) Betânia

9) Bodocó

10) Brejinho

11) Brejo da Madre de Deus

12) Buíque

13) Cabrobó

14) Cachoeirinha

15) Caetés

16) Carnaubeira da Penha

17) Custódia

18) Dormentes

19) Exú

20) Flores

21) Floresta

22) Granito

23) Ibirajuba

24) Iguaracy

25) Ingazeira

26) Ipubi

27) Itaíba

28) Itapetim

29) Jataúba

30) Jatobá

31) Jucati

32) Lagoa Grande

33) Manari

34) Mirandiba

35) Moreilândia

36) Orocó

37) Ouricuri

38) Parnamirim

39) Pedra

40) Pesqueira

41) Petrolândia

42) Petrolina

43) Quixaba

44) Salgueiro

45) Sanharó

46) Santa Cruz

47) Santa Cruz da Baixa Verde

48) Santa Cruz do Capibaribe

49) Santa Filomena

50) Santa Maria da Boa Vista

51) Santa Terezinha

52) São Bento do Una

53) São José do Belmonte

54) Serra Talhada

55) Serrita

56) Sertânia

57) Solidão

58) Tabira

59) Tacaimbó

60) Tacaratu

61) Terra Nova

62) Trindade

63) Triunfo

64) Tuparetama

65) Venturosa

66) Verdejante

Anexo 2

1) Araçoiaba

2) Belém de Maria

3) Cabo de Santo Agostinho

4) Camutanga

5) Camocim de São Félix

6) Casinhas

7) Chã Grande

8) Chã de Alegria

9) Escada

10) Ferreiros

11) Ipojuca

12) Jurema

13) Machados

14) Moreno

15) Nazaré da Mata

16) Panelas

17) Ribeirão

18) Salgadinho

19) São Lourenço da Mata

20) Sirinhaém

21) Timbaúba

22) Vicência

23) Vitória de Santo Antão

Anexo 3

1) Águas Belas

2) Belo Jardim

3) Bezerros

4) Bom Jardim

5) Calçado

6) Capoeiras

7) Caruaru

8) Cumaru

9) Frei Miguelinho

10) Gravatá

11) João Alfredo

12) Lajedo

13) Limoeiro

14) Macaparana

15) Orobó

16) Paranatama

17) Passira

18) Poção

19) Pombos

20) Riacho das Almas

21) Sairé

22) Saloá

23) Santa Maria do Cambucá

24) Surubim

25) Taquaritinga do Norte

26) Toritama

27) Vertente do Lério

28) Vertentes

Chuvas intensas atingem cidades cearenses

O período de chuvas na Região Nordeste mal começou, e algumas cidades do Ceará já enfrentam as consequências de temporais intensos. Se até outubro de 2024, os moradores de quase 70% do estado ainda lidavam com os efeitos da seca, na semana passada, a chuva já atingia quase 150 dos 184 municípios cearenses – em algumas localidades, com força atípica.

Entre terça-feira e quarta-feira da semana passada, Pacujá, no noroeste do estado, foi atingida pelo maior volume de chuvas (230 milímetros – mm) já registrado por órgãos oficiais, superando a marca anterior (147,4 mm), de dezembro de 1985. Já em Independência, no sertão cearense, a força das primeiras chuvas foi suficiente para romper parte da Rodovia CE-176, que corta a cidade, atingida por um novo temporal nesse domingo (19).

Segundo o diretor da Defesa Civil de Independência, Lúcio Ernandes Rodrigues Araújo, ontem, em apenas meia hora, choveu o equivalente a 153 mm. Um volume intenso que derrubou duas casas de taipa – desalojando oito pessoas, que buscaram abrigo temporário nas casas de parentes e amigos, – e deixou nove construções em observação.

Embora não tenha causado grandes prejuízos na zona urbana da cidade, a chuva do último domingo provocou alagamentos, deixando comunidades rurais de Independência isoladas. Bombeiros e policiais militares resgataram ao menos cinco pessoas depois que o sangradouro de um açude particular se rompeu em função do volume d´água que se acumulou nos últimos dias. Devido à dificuldade de acesso, um helicóptero da Polícia Militar precisou ser usado no socorro às vítimas.

Resgate de desabrigados após transbordamento de açude no município de Independência – Defesa Civil CE/Divulgação

“Esta frente fria está sendo uma novidade. Ninguém esperava por isso”, afirmou o diretor da Defesa Civil municipal à Agência Brasil. Já o secretário municipal de Infraestrutura, Bruno Vieira, destacou que a chuva de ontem agravou a situação das regiões atingidas anteriormente. “Ainda estamos fazendo o levantamento de toda a situação e nos organizando para agirmos. Os servidores estão em campo, aguardando o nível da água baixar para conseguirem chegar às áreas afetadas.”

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais (Funceme), entre as 7h de ontem e as 7h de hoje, choveu em todas as macrorregiões do estado. “O cenário favorável às precipitações vem sendo reforçado diariamente”, informou o órgão estadual, apontando que, nesse período, o maior volume de precipitação pluviométrica, 129 mm, foi registrado em Santa Quitéria, no noroeste do estado.

Ministério das Cidades anuncia mais 704 moradias em Minas e Pernambuco

Setecentos e quatro novas unidades habitacionais serão construídas em áreas populosas, já consolidadas ou em expansão, nos estados de Minas Gerais e de Pernambuco. A estimativa é que com as obras, 2,8 mil pessoas poderão viver em residência própria, como objetiva o programa Minha Casa Minha Vida do governo federal.

De acordo com nota do Ministério das Cidades, 200 moradias serão erguidas em Belo Horizonte e 144 na cidade de Nova Lima, a cerca de 22 quilômetros da capital mineira. Em Pernambuco, 360 imóveis serão construídos em dois conjuntos habitacionais de Olinda, vizinha da capital, Recife.

As casas térreas a serem construídas deverão ter no mínimo 40 metros quadrados (m²) de área. Os apartamentos e as casas sobrepostas deverão medir pelo menos 41,50 m² (incluindo varanda). Serão atendidas famílias com renda de até R$ 2.850.

A previsão de gasto é de R$ 119,2 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), capitalizado com recursos para a construção do Fundo de Arrendamento Residencial.

Rio Grande do Sul 

Também em nota, o Ministério das Cidades prometeu atender com mais agilidade as famílias que tiveram moradias atingidas pelas enchentes do ano passado no Rio Grande do Sul.

Para isso, a Caixa Econômica Federal vai contar com o serviço de cerca de 450 empresas contratadas como correspondentes bancários para auxiliar as famílias impactadas a buscar, escolher e comprar imóveis novos ou usados.

Conforme resolução do Banco Central, o correspondente bancário atua para intermediar a relação entre o comprador de um imóvel e o banco até a aprovação do crédito.

Cerca de R$ 3 bilhões estão disponíveis, por meio da Caixa Econômica, para a compra de imóveis em áreas urbanas e rurais. Os recursos foram previstos em duas medidas provisórias propostas no ano passado pelo governo ao Congresso Nacional.

Chuvas levam quatro cidades a decretar emergência em Santa Catarina

As fortes chuvas que atingem parte do estado de Santa Catarina desde a manhã desta quinta-feira (16) já causaram danos e transtornos em diversas cidades do estado. Em quatro municípios – Balneário Camboriú, Camboriú, Governador Celso Ramos e Tijucas – a prefeitura decretou situação de emergência devido às consequências do grande volume de água.

O maior volume de chuva registrado até esta tarde em todo o território catarinense ocorreu em Tijucas, na Grande Florianópolis: 280 milímetros. Por causa da intensidade dos eventos climáticos, a Secretaria Estadual de Defesa Civil emitiu alerta à população, destacando os riscos de alagamentos, enxurradas, deslizamentos, quedas de árvore e os consequentes danos à infraestrutura, como eventuais interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Em Itajaí, no litoral norte catarinense, a precipitação pluviométrica agravou a situação em áreas de encosta e regiões propensas a alagamentos, que já estavam sendo monitoradas devido à condição do solo, encharcado pelas chuvas dos últimos dias. Segundo a prefeitura, entre a madrugada e a tarde de hoje, agentes da Defesa Civil municipal atenderam a 35 ocorrências relacionadas às consequências das chuvas, incluindo sete deslizamentos. No total, 20 pessoas e um animal precisaram ser socorridas.

“Com a interrupção das chuvas, a água já foi drenada, o que elimina o risco de enchente no município”, informou a prefeitura, ressaltando que, apesar disso, as equipes seguem em alerta máximo, monitorando principalmente as áreas críticas.

A situação também é grave em Balneário Camboriú. Pessoas ficaram ilhadas e as ruas, alagadas. Segundo a prefeitura, houve alagamentos em todos os bairros e muitas avenidas continuam debaixo d’água, interditadas. Atingidas, unidades de saúde básicas de sete bairros (Estados, Barra, Vila Real, São Judas, Estaleiro, Estaleirinho e Taquaras), além dos centros Odontológico Especializado e de Atenção Psicossocial, que suspenderam o atendimento à população.

Ainda em Balneário Camboriú, ao menos uma família precisou ser resgatada às pressas. Além de decretar situação de emergência, colocando em curso o Plano Municipal Emergencial de Respostas aos Desastres e anunciando a abertura de três abrigos emergenciais, a prefeita Juliana Pavan convocou voluntários para reforçar as ações.

A chuva também causou transtornos na capital, Florianópolis. Diante da previsão de que deve continuar chovendo pelas próximas horas, a Universidade Federal de Santa Catarina decidiu suspender todas as atividades presenciais hoje e amanhã (18), quando os eventuais danos serão avaliados. Diversas vias da cidade ficaram sob a água, que invadiu o Hospital Infantil Joana de Gusmão, mas não houve danos ao hospital e o atendimento foi prontamente restabelecido.

De acordo com a Defesa Civil estadual, a previsão é que o clima continue instável na noite desta quinta-feira. A orientação é que moradores de áreas de risco, como as proximidades de encostas e rios, fiquem atentos a possíveis alagamentos e deslizamentos de terra e aos alertas meteorológicos que vêm sendo emitidos inclusive por mensagens de SMS, para telefones celulares.

Chuvas do fim de semana causaram 11 mortes em duas cidades de Minas

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou, na manhã desta segunda-feira (13), que já chega a 11 o número de pessoas mortas em decorrência das fortes chuvas que atingiram parte do estado no último fim de semana. Com isso, aumentou para 24 o total de óbitos registrado em todo o estado desde o início do atual período de chuvas, no fim de setembro de 2024.

Das mortes confirmadas nos últimos dias, dez ocorreram na cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, leste mineiro, a cerca de 210 quilômetros de Belo Horizonte. Em uma única ocorrência, no Bairro Bethânia, cinco pessoas de uma mesma família morreram soterradas após um deslizamento de terra atingir a casa onde moravam.

Segundo o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, a “forte tromba d´água” que atingiu a cidade na madrugada desse domingo (12) – o equivalente a 80 milímetros em menos de uma hora – pegou a todos de surpresa.

“É um volume muito grande de água em um curto espaço de tempo. E que causou muitos e grandes problemas”, afirmou Nunes, nas redes sociais. Ainda de acordo com o prefeito, além de mortes, o temporal causou muitos danos materiais e chegou a alagar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) cujo atendimento à população foi comprometido. Ao menos 40 pessoas tiveram que ser levadas a abrigos.

“Muito barranco caiu, casas foram abaixo, outras foram inundadas, avenidas ficaram obstruídas, [há] muita lama [cobrindo as ruas da cidade]”, acrescentou Nunes, garantindo que servidores municipais estão nas ruas, procurando recolher os escombros, limpar as vias públicas e restabelecer os serviços públicos no menor espaço de tempo possível.

Para agilizar a contratação de serviços e bens necessários ao trabalho de assistência às vítimas e recuperação da infraestrutura afetada, a prefeitura de Ipatinga decretou situação de emergência por 180 dias – prazo que pode ser prorrogado.

Também nas redes sociais, o governador Romeu Zema anunciou que já colocou a estrutura do governo estadual à disposição da prefeitura. “Estou acompanhando os trabalhos de resgate na cidade de Ipatinga, [que foi] acometida por fortes chuvas, ocasionando deslizamento de terra em diversas áreas e, infelizmente, o soterramento de algumas residências e pessoas”, comentou Zema, em um vídeo compartilhando em sua conta pessoal.

“O trabalho de resgate continua sendo conduzido pelo Corpo de Bombeiros. Conversei com o prefeito Gustavo e coloquei o estado à disposição”, acrescentou o governador, recomendando às pessoas que estejam em áreas de risco a deixarem estes locais e procurarem abrigo em lugar seguro.

Ipatinga

A décima primeira morte ocorreu em Santana do Paraíso, município vizinho a Ipatinga atingido pela mesma chuva intensa da madrugada de ontem. De acordo com a Defesa Civil estadual, na cidade, a queda de árvores e deslizamentos interditaram diversas vias, obstruindo o acesso a algumas comunidades e interrompendo temporariamente o fornecimento de energia elétrica para diversos bairros.

Em seu perfil nas redes sociais, o prefeito Bruno Morato afirmou que o volume da chuva que atingiu a cidade foi histórico. “Lamentavelmente, a cidade foi atingida por uma chuva jamais vista na história”, comentou o chefe do Executivo local, reforçando a orientação para que, neste período chuvoso, os munícipes busquem locais seguros. “O mais importante neste momento é salvar suas vidas e a integridade da sua família”, ressaltou.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que, nesta segunda-feira, o clima permanecerá instável em todas as regiões de Minas Gerais, devido à permanência de áreas de instabilidade atmosférica comuns no verão. Chuvas fortes com acentuado volume podem ocorrer sobretudo nas regiões norte, leste e centro do estado, onde o solo já está bastante encharcado. As temperaturas não devem sofrer mudanças significativas nas próximas 24 horas em Minas Gerais, com mínima prevista de 13 graus Celsius (°C) e máxima de 35°C.

Atingidos

Desde setembro, as consequências das chuvas e ventanias (enchentes, transbordamentos, deslizamentos etc) já desalojaram 1.497 pessoas que tiveram de buscar abrigo temporário na casa de parentes, amigos ou vizinhos, ou mesmo em pousadas e hotéis. Outras 279 pessoas que não tinham para onde ir precisaram ser alojadas em abrigos públicos ou de entidades religiosas ou assistenciais. Cinquenta e seis cidades mineiras decretaram situação de anormalidade (emergência ou calamidade pública).

Além de Ipatinga e Santana do Paraíso, foram registradas mortes em Ipanema (3); Raul Soares (2); Uberlândia; Maripá de Minas; Coronel Pacheco; Nepomuceno; Capinópolis; Alterosa; Carangola e Tombos.

Veja as cidades que tiveram inflação em 2024 acima da média do país

Das 16 localidades nas quais o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pesquisa preços para apurar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sete tiveram inflação acima da média nacional.

 O IPCA – conhecido como inflação oficial – fechou 2024 em 4,83%, superando a meta estipulada pelo governo – de 4,5% – com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos.

São Luís, no Maranhão, teve o maior índice no ano passado – 6,51% -, 1,68 ponto percentual acima da média nacional. Segundo analistas do IBGE, as maiores pressões nos preços da capital maranhense foram causadas pelo reajuste da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%).

Apesar de maior variação, a inflação de São Luís impacta menos na média nacional do que a de regiões  como São Paulo (5,01%), Belo Horizonte (5,96%) e Rio de Janeiro (4,69%).

A explicação está no peso em que cada uma das localidades tem no IPCA geral. O impacto é calculado  considerando a variação e o peso da região. São Paulo responde quase por um terço (32,28%) do peso nacional, seguido por Belo Horizonte (9,69%) e Rio de Janeiro (9,43%).

A região metropolitana de Porto Alegre teve a menor inflação em 2024 (3,57%), sob influência de recuo nos preços da cebola (-42,47%), tomate (-38,58%) e passagens aéreas (-16,94%). 

O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é feita em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Percentuais por cidades

Veja a inflação de 2024 nas cidades pesquisadas pelo IBGE:

São Luís: 6,51%

Belo Horizonte: 5,96%

Goiânia: 5,56%

Campo Grande: 5,06%

São Paulo: 5,01%

Fortaleza: 4,92%

Rio Branco: 4,91%

Aracaju: 4,81%

Belém: 4,70%

Rio de Janeiro: 4,69%

Salvador: 4,68%

Curitiba: 4,43%

Recife: 4,36%

Vitória: 4,26%

Brasília: 3,93%

Porto Alegre: 3,57%

Dengue: 21 cidades paulistas decretam situação de emergência

Um total de 21 cidades do estado de São Paulo decretou situação de emergência por causa do aumento do número de casos de dengue. Nas duas primeiras semanas epidemiológicas deste ano, o estado já somou 18.100 casos prováveis da doença, com 4.340 confirmados e o restante está sob investigação. Há também 30 óbitos que estão em análise para a doença.

Só na primeira semana epidemiológica, entre 29 de dezembro de 2024 e 4 de janeiro deste ano, 7.201 casos prováveis da doença foram registrados no território paulista, aumento de 9,45% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 6.579 casos prováveis da doença.

Até o momento, os municípios que já decretaram emergência para dengue no estado de São Paulo foram Dirce Reis, Espirito Santo Do Pinhal, Estrela D’Oeste, Glicério, Guarani D’Oeste, Igaratá, Indiaporã, Jacareí, Marinópolis, Mira Estrela, Ouroeste, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubineia, São Francisco, São José do Rio Preto, São José Dos Campos, Tambaú e Tanabi, informou a Secretaria de Estado de Saúde.

O decreto permite que os municípios implementem ações relacionadas ao combate à dengue com maior agilidade, além de permitir recebimento de recursos adicionais.

Em São José do Rio Preto, por exemplo, a situação de emergência foi decretada na sexta-feira passada (3). “Estamos conscientes do tamanho do problema. Vamos promover uma força-tarefa para realizar limpeza em toda cidade, partindo para o combate tanto na questão da zeladoria quanto na saúde pública”, afirmou na ocasião, o prefeito Fábio Candido.

Nesta semana, a prefeitura de São José do Rio Preto deu início ao Mutirão Todos Contra a Dengue, que pretende promover a limpeza de áreas verdes públicas, praças públicas e áreas com ocorrência de descarte irregular.

A prefeitura de São José dos Campos informou que o decreto de emergência e alerta epidemiológico está em vigor desde março de 2024 no município. Segundo a prefeitura, 687 casos de suspeita de dengue foram notificados neste ano e estão em investigação.

Na capital paulista ainda não houve decreto de situação de emergência, mas a Secretaria Municipal de Saúde informou que ações de prevenção da doença estão sendo intensificadas. Na última terça-feira (7), a cidade recebeu 100 mil doses de vacina contra a dengue, que foram distribuídas para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para imunização do público prioritário, crianças entre 10 e 14 anos.

Ontem (9), o Ministério da Saúde anunciou a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses em São Paulo. O objetivo da ação, informou o ministério, é ampliar o monitoramento das arboviroses e orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao controle de vetores.

Além disso, foi lançado o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika para o controle das doenças. O novo plano revisa e amplia a versão anterior, publicada em 2022, e busca reforçar as estratégias de prevenção, preparação e resposta às epidemias de arboviroses.

PF faz nova ação contra fraudes em licitações em cidades na Bahia

Policiais federais cumprem, nesta segunda-feira (23), quatro mandados de prisão preventiva contra acusados de fraudes em licitação e desvio de recursos públicos na Bahia. A segunda fase da Operação Overclean também cumpre dez mandados de busca e apreensão, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF).

As medidas judiciais estão sendo cumpridas em Brasília e nas cidades baianas de Salvador, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. Também foram determinados pela Justiça o afastamento cautelar de um servidor público e o sequestro de bens que somam R$ 4,7 milhões.

A primeira fase da Operação Overclean foi desencadeada no dia 10 de dezembro e investigou o direcionamento de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a prefeituras baianas.

O esquema, segundo a Polícia Federal (PF), envolvia superfaturamento de obras e desvio de recursos, o que gerou prejuízos de R$ 1,4 bilhão ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).

Ainda de acordo com a PF, o esquema contava com o apoio de policiais, que repassavam informações sensíveis à organização criminosa, como a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas. As investigações tiveram o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal.

Os alvos desta segunda fase da operação estão sendo investigados por fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

Temporal causa danos em ao menos 35 cidades do Rio Grande do Sul

Um temporal atingiu parte do Rio Grande do Sul neste domingo (1º), causando estragos em ao menos 35 cidades gaúchas. Segundo a Defesa Civil estadual, a chuva intensa foi causada pelo avanço de uma frente fria, aliada a um sistema de baixa pressão, e, em algumas regiões, foi acompanhada por ventos intensos, descargas elétricas e queda de granizo.

Em Arroio do Tigre, na Região dos Vales, o vento derrubou um pavilhão, construído com estrutura metálica, no Parque Municipal Atílio Pasa. Segundo a secretaria municipal de Saúde, mais de 50 pessoas que estavam no local, participando de um evento cultural e gastronômico aberto ao público na última sexta-feira (29), precisaram receber atendimento médico. Duas pacientes precisaram ser encaminhadas para hospitais de canoas e de Cachoeira do Sul a fim de receber cuidados especializados.

O mau tempo também causou a interrupção do fornecimento de energia elétrica para cerca de 529 mil imóveis residenciais, comerciais e públicos em quase todo o estado. Os danos foram causados principalmente pelos ventos fortes que derrubaram galhos de árvores e arremessaram objetos sobre a fiação e outros equipamentos da rede elétrica.

Na área de concessão da RGE, 279 mil clientes estavam sem energia elétrica por volta das 2 horas de hoje. Técnicos da empresa vararam a noite tentando resolver os problemas mas, segundo a empresa, às 8 horas, ainda havia cerca de 126,8 mil pontos desabastecidos. Já nas regiões atendidas pela CEEE Equatorial, foram afetados em torno de 250 mil clientes.

Em Carazinho, no noroeste riograndense, 50 residências foram destelhadas. Em São José do Herval, no nordeste do estado, a queda de árvores bloqueou a BR-386, na altura do quilômetro 287, no início desta manhã. Em Camaquã, a chuva destruiu parte da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Beckel, localizada na zona rural. Um vídeo que circula na internet desde as primeiras horas da manhã exibe o prédio parcialmente destelhado, salas com bastante água e equipamentos, mobiliário e documentos avariados. O vento forte também derrubou árvores que atingiram a escola. A reportagem não conseguiu contato nem com a prefeitura, nem com a secretaria municipal de Educação.

De acordo com a Defesa Civil estadual, os 35 municípios que comunicaram ter registrado algum dano são: 

1.    Aceguá; 

2.    Arambaré; 

3.    Antônio Prado; 

4.    Arroio do Tigre;

5.    Arroio dos Rato;

6.    Cachoeirinha;

7.    Candiota;

8.     Canguçu;

9.     Canoas;

10.   Colinas;

11.   Carazinho;

12.   Dom Pedrito;

13.    Eldorado do Sul;

14.    Encruzilhada do Sul;

15.   Gramado;

16.    Imbé;

17.    Itaqui;

18.    Lajeado;

19.   Minas do Leão;

20.    Montenegro;

21.    Nova Esperança do Sul;

22.    Panambi;

23.    Pelotas;

24.    Pinheiro Machado;

25.    Piratini;

26.    Porto Alegre;

27.   Santa Cruz do Sul;

28.   Santana do Livramento;

29.   Santo Antônio do Palma;

30.   São José do Herval;

31.   São Miguel das Missões;

32.   Tapejara;

33.   Taquara;

34.   Teutônia;

35.   Vacaria.