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Réveillon da Paulista terá Gloria Groove, Mc Livinho e Bruno e Marrone

A tradicional festa de Ano Novo na Avenida Paulista terá shows gratuitos de Roberta Miranda, Gloria Groove, MC Livinho, Junior Lima e também uma apresentação gospel com Thales Roberto e Renascer Praise. Já a contagem regressiva do Réveillon da Paulista ficará a cargo da dupla sertaneja Bruno e Marrone. No intervalo entre os shows haverá a apresentação de MCs e DJs.

A festa, que será comandada pela bailarina Ivi Mesquita e o funkeiro Bio G3, terá início às 16h30 do dia 31 de dezembro. Ela será encerrada na madrugada do dia 1 de janeiro com uma apresentação da escola de samba Mocidade Alegre, vencedora do Carnaval de São Paulo em 2024.

A expectativa da prefeitura paulistana é de que o Réveillon da Paulista atraia cerca de dois milhões de pessoas.

Palco e fogos

Neste ano, o cenário do palco da Paulista foi inspirado na literatura, expondo frases sobre a cidade de São Paulo. O palco, que começou a ser montado na semana passada, está sendo instalado entre as ruas Haddock Lobo e a Bela Cintra.

A queima de fogos, informou a prefeitura, deve durar em torno de 10 minutos e, segundo a administração municipal, será mais silenciosa, buscando preservar a saúde e o bem-estar de pessoas mais sensíveis ao barulho e também animais de estimação.

Programação:

17h00 – Renascer Praise e Thalles Roberto
18h40 – Roberta Miranda
20h10 – Gloria Groove
22h30 – Bruno e Marrone
01h00 – Mc Livinho
03h10 – Junior Lima
04h10 – Escola de Samba Mocidade Alegre

Bruno Mars ganha Carteira de Identidade Nacional gigante em show de BH

O cantor pop norte-americano Bruno Mars, em sua quarta passagem pelo Brasil, fez 15 shows de outubro a novembro, pela turnê Live in Brazil. E foi no palco da última apresentação em solo nacional, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, na noite de terça-feira (5), que o astro havaiano ganhou do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) uma Carteira de Identidade Nacional (CIN), em tamanho gigante, que declara, simbolicamente, que a nacionalidade dele é “brasileiro por amor”. A entrega do documento fake foi feita à produção do artista por um funcionário da superintendência mineira da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Ministério da Gestão.

Bruno Mars, nome artístico de Peter Gene Hernandez, recebeu o documento figurativo – confeccionado em uma gráfica da capital mineira. A impressão traz até o nome social Bruninho Márcio; data de nascimento; um número fictício de Cadastro de Pessoa Física (CPF); data de nascimento, em 1985; local de nascimento, em Honolulu, no estado do Havaí (Estados Unidos); e validade até 2085 [foto em destaque].

Em postagem feita em redes sociais, o MGI justificou a iniciativa inédita como sendo um presente simbólico para agradecer o carinho do músico com os brasileiros e, também, para fazer com que Bruninho (apelido dado pelos fãs), se sinta como um verdadeiro brasileiro.

“Missão cumprida, entregamos a carteira de identidade fictícia (mas feita com muito carinho) para o Bruninho em seu último show. Ele já pode se sentir brasileiro como a gente! Te amamos, Bruno Márcio do Brasil!”, diz postagem do MGI em rede social.

Dez dias antes, na apresentação de Brasília, Bruno Mars perguntou onde estava o documento dele. “Cadê meu CPF?”, disse ao microfone. Desde então, o público viralizou uma campanha virtual para dizer que o multi-instrumentista  merece ter o documento igual ao de quem nasceu no Brasil. Uma forma de reconhecer o artista como cidadão nacional pelas demonstrações de carinho.

Após a entrega da CIN aumentada, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, repostou em sua rede social a publicação da gravadora do artista, com a foto do documento nas mãos do irmão de Bruno Mars, o baterista Eric Hernandez. “Pronto! Bruno ‘Márcio’ Mars já está com sua CIN simbólica gigante em mãos. Oficialmente brasileiro!”, escreveu a ministra.

Nova CIN

A brincadeira do MGI foi, na realidade, uma estratégia para divulgar como os brasileiros natos, cidadãos portugueses e brasileiros naturalizados podem tirar a primeira via da nova Carteira de Identidade Nacional ou atualizar a versão antiga gratuitamente.  A própria ministra Esther Dweck convidou os brasileiros a fazerem o documento. “A CIN é prática, moderna e acessível para todas e todos”.

Entre as vantagens destacadas pelo MGI, está a de que o documento reúne diversos documentos em um, que tem validade em todo o território nacional.  Antes da CIN, cada unidade federativa emitia sua própria identidade aos moradores daquele estado ou do Distrito Federal, o que, algumas vezes, gerava informações divergentes ou duplicidade na identificação do cidadão.

A CIN está disponível em formato físico ou digital e tem número único nacional, o CPF do cidadão. O documento serve, principalmente, para identificar cada brasileiro na Receita Federal e em outros órgãos públicos e privados.

A emissão do documento pode ser agendada nos Institutos de Identificação dos estados e do Distrito Federal. Para isso, é necessário que as pessoas levem as suas certidões de nascimento/casamento para a emissão da CIN. De acordo com o MGI, até o momento, somente Roraima ainda não emite a CIN.

Os cidadãos podem ficar atentos, também, a mutirões de cidadania organizados periodicamente pelos Institutos de Identificação estaduais, para emissão da carteira de identidade.

A lista de links para agendamento da CIN pode ser encontrada no site do governo. Atualmente, cerca de 15 milhões de pessoas já fizeram a nova identidade no Brasil.

Carisma

Nas cinco capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte), onde se apresentou em pouco mais de um mês, ao lado de sua banda The Hooligans, Bruno Mars demonstrou carinho ao público de diversas formas, e encantou os fãs.

Bruninho carregou a bandeira do país, cantou em português; adaptou o hip-hop ao funk carioca, repetiu em todos os shows que o Bruninho [apelido que ganhou dos brasileiros] pertence ao Brasil; homenageou a chamada Rainha da Sofrência, a cantora sertaneja Marília Mendonça, falecida há três anos; tomou cerveja nacional sentado no meio fio; abraçou desconhecidos na rua, vestiu-se com as cores verde-amarela; andou na garupa de uma motocicleta; gravou com cachorro caramelo, exaltou o pão de queijo mineiro; e simulou ligações telefônicas para uma brasileira hipotética que chamou de gatinha.

Despedida do Bruninho

Na quarta-feira (6), o dono de hits como Treasure, Locked Out of Heaven e Talking to the Moon, deixou o Brasil. E na tarde desta quinta-feira (7), o astro havaiano compartilhou vídeo em ritmo de funk em que canta em português para agradecer aos fãs do Brasil e celebrar a passagem pelo país.

Flamengo diz que confia em Bruno Henrique e dará suporte ao atleta

O Clube de Regatas do Flamengo divulgou nota, nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro, anunciando que dará total suporte ao jogador Bruno Henrique (foto), que desfruta de “confiança” do clube. “[Bruno Henrique] como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”, informa a nota.

O Flamengo informou, ainda, que o jogador treina e viaja com a delegação rubro-negra nesta terça-feira para Belo Horizonte, onde o time enfrentará, nesta quarta-feira (6), em Belo Horizonte, o Cruzeiro pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O jogador é um dos alvos da operação Spot-Fixing, desencadeada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), nesta terça-feira, para investigar manipulação em apostas esportivas. A PF investiga se ele levou um cartão amarelo de propósito para favorecer apostadores, entre eles, seus parentes.

Suspeita de manipulação

A apuração foi iniciada a partir de uma comunicação feita pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à Polícia Federal. Segundo relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeita de manipulação do mercado de cartões na partida.

Segundo a PF, as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração. Eles também são alvos da operação.

A assessoria de imprensa do jogador Bruno Henrique informou que, por enquanto, não emitirá nenhum pronunciamento.

“O Flamengo esclarece, por fim, que houve uma investigação no âmbito desportivo, perante o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a qual já foi arquivada, mas não tem como afirmar que se trata do mesmo caso e aguardará o desenrolar da investigação”, informa nota do Fla.

PF conclui inquérito sobre assassinato de Bruno Pereira e Dom Philips

Após quase dois anos e meio de investigações, a Polícia Federal (PF) concluiu, na última sexta-feira (1º), o inquérito sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

Pereira e Phillips foram mortos a tiros em 5 de junho de 2022, em Atalaia do Norte, no Amazonas, quando visitavam comunidades próximas à Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior área do país destinada ao usufruto exclusivo indígena e que abriga a maior concentração de povos isolados em todo o mundo.

No relatório final sobre a apuração, a PF manteve o indiciamento de nove investigados. Ou seja, o órgão ofereceu denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) de nove pessoas contra as quais assegura ter reunido provas suficientes para acusá-las de participar do duplo homicídio. O MPF pode pedir o arquivamento, caso entenda não haver elementos probatórios contra os investigados, ou denunciá-los à Justiça Federal, transformando-os em réus.

Entre os indiciados está Ruben Dario da Silva Villar, apontado como mandante do crime. Sem citar nomes, a PF informou que os outros oito indiciados tiveram papéis na execução dos homicídios e na ocultação dos cadáveres das vítimas.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa de Villar, que já tinha sido indiciado pelo mesmo motivo em janeiro de 2023, quando a PF divulgou que tinha identificado [] a maioria das pessoas envolvidas no assassinato.

“Temos provas de que ele [Colômbia] fornecia munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso”, disse, na época, o então superintendente regional da PF no Amazonas, Alexandre Fontes, afirmando que Villar também pagou as despesas iniciais com a defesa de Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, primeiro suspeito a ser preso, em 7 de junho de 2022.

Interesses contrariados

Colaborador de publicações jornalísticas prestigiadas, como os jornais britânico The Guardian e os estado-unidenses The New York Times e Washington Post, Dom Phillips, 57 anos, viajou à região com o propósito de entrevistar lideranças indígenas e ribeirinhos para um novo livro-reportagem sobre a Amazônia que planejava escrever.

Embora falasse português fluentemente e já tivesse visitado a região outras vezes, Phillips viajava na companhia de Pereira por este ser um experiente indigenista Pereira. Com 41 anos de idade, estava licenciado da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) desde fevereiro de 2020, por questões políticas, e atuava como consultor técnico da organização não governamental União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Os agentes da PF responsáveis pela apuração do crime concluíram que Pereira e Phillips foram mortos em decorrência do trabalho do indigenista. Mesmo licenciado da Funai, Pereira continuou contrariando interesses de grupos que ameaçam o bem-estar e a integridade de parte da população local. Na Univaja, auxiliava na implementação de projetos para permitir às comunidades tradicionais proteger seus territórios e os recursos naturais neles existentes. 

“A vítima atuava em defesa da preservação ambiental e na garantia dos direitos indígenas”, destacou a PF, na nota que divulgou hoje – e na qual reforça que segue monitorando os riscos aos habitantes da região do Vale do Javari e que continua investigando ameaças contra indígenas que vivem na mesma região onde Pereira e Phillips foram mortos.

Linha do Tempo – Bruno Pereira e Dom Philips – Arte/Agência Brasil

Bruno Reis é reeleito prefeito de Salvador

O candidato Bruno Reis (União) venceu a disputa para a prefeitura de Salvador, com 78,68% dos votos válidos, e conquistou a reeleição com ampla margem de votos. Kleber Rosa (PSOL) ficou em segundo lugar, com 10,42% dos votos válidos e Geraldo Júnior (MDB) ficou logo atrás, com 10,33% dos votos válidos. Até agora foram apurados 99,96% das urnas.

Bruno Soares, ao confirmar seu compromisso em seguir na prefeitura soteropolitano, afirmou que sua intenção era garantir as conquistas de seu mandato, bem como seguir com novos projetos e programas mantendo as finanças municipais saneadas. A área da mobilidade urbana, segundo ele, receberá uma atenção especial durante este segundo mandato.

Em sua primeira vitória a prefeito, Bruno Soares concorreu pelo extinto DEM. Com formação em Direito pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL), tendo pós-graduação em gestão de finanças pela Fundação Getúlio Vargas, é mestre e desenvolvimento e gestão social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Natural de Petrolina, em Pernambuco, foi ainda jovem para Salvador, com cinco anos. Bruno Soares nasceu em 1977. Em 2016, foi eleito vice-prefeito na chapa de ACM Neto. Antes ocupou uma cadeira na assembleia legislativa do estado.

Belo Horizonte terá segundo turno com Bruno Engler e Fuad Noman

Os candidatos Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) vão disputar o segundo turno das eleições em Belo Horizonte. Engler teve 34,42% dos votos válidos e Noman, teve 26,45%.

Até agora, foram apurados 93,83% das urnas.

Bruno Engler concorre pela segunda vez à prefeitura da capital mineira. Tem 27 anos e exerce o segundo mandato como deputado estadual por Minas Gerais em 2022. Cursou direito, mas não concluiu o curso. Ajudou a fundar o movimento Direita Minas e se autodeclara católico. É o candidato mais jovem a disputar a prefeitura de Belo Horizonte.

Fuad Noman tem 77 anos, é escritor, economista e foi servidor público de carreira do Banco Central. Assumiu a prefeitura de BH após a renúncia de Alexandre Kalil, que concorreu ao governo de Minas Gerais.Fez parte do governo Fernando Henrique Cardoso como secretário-executivo da Casa Civil e do governo de Minas Gerais como secretário de Fazenda e de Transporte. Na prefeitura de BH chegou a comandar a Secretaria Municipal de Fazenda.

Dom e Bruno: MPF entra com recurso para que réu vá a júri popular

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso em que pede para que se mantenha o julgamento do réu Oseney da Costa Oliveira por júri popular, pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Para o MPF, Oliveira deve ser julgado por duplo homicídio qualificado. O recurso foi apresentado terça-feira (1º), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) já havia pedido que o MPF interviesse. A entidade argumentou que se trata de um caso “tão importante e simbólico para o movimento indígena do país” e que, por isso, deveria ser “conduzido de forma correta e ilibada”. 

Oseney Oliveira, também conhecido como Dos Santos, é um dos três réus do caso. Os outros réus são seu irmão, Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e Jefferson da Silva Lima, apelidado de Pelado da Dinha. Bruno Pereira e Dom Phillips foram executados em 2022, na Terra Indígena Vale do Javari, no oeste do Amazonas. 

No dia 17 de setembro, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) analisou um recurso da defesa dos acusados e decidiu manter o julgamento de Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima por júri popular. Porém, entendeu que não havia provas suficientes para confirmar a participação de Oseney da Costa Oliveira no crime, algo que o MPF contesta.

Um dos aspectos que o MPF considera mais consistente e que usa de argumento contra Oseney é o de que, na confissão de Jefferson da Silva Lima, Amarildo chamou o irmão e outros parentes para que capturassem o indigenista e o jornalista britânico. O MPF ainda afirma que “há prova testemunhal colocando Oseney na cena dos crimes, inclusive com detalhes do encontro deste com seu irmão Amarildo no dia e hora dos assassinatos, como o relato de que Amarildo estaria esperando pelo irmão, em sua embarcação, e de que este estava com pressa para encontrar Amarildo”.

Além disso, Oseney é apontado como sendo o responsável pela revelação da localização dos corpos das vítimas. “Por fim, na data dos fatos, ele portava arma, e, em sua casa, que ficava próxima ao local dos crimes, foram encontrados bens das vítimas, tendo servido inclusive de abrigo para Jefferson após o início das diligências policiais”, escreve o órgão em nota.

“O cenário acima revela que, em que pese não tenha realizado o núcleo do tipo homicídio (‘matar alguém’) Oseney provavelmente concorreu, de qualquer modo, para a prática delitiva, seja com sua presença física no locus delicti [local onde o crime foi cometido], seja atendendo convocação do seu irmão Amarildo para matar Dom e Bruno, seja revelando onde os corpos estavam”, conclui o MPF, que ressalta que, embora talvez Oseney não tenha sido tão responsável como seus supostos comparsas, mas que teve envolvimento no crime e deve ser punido de maneira proporcional.

Ainda presos, Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima serão julgados por duplo homicídio qualificado e pela ocultação dos cadáveres das vítimas. Já Oseney aguarda a finalização do julgamento do caso em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.

Justiça concede prisão domiciliar a acusado pela morte de Bruno e Dom

O desembargador Marcos Augusto de Sousa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, decidiu nesta sexta-feira (20) conceder prisão domiciliar ao pescador Oseney da Costa de Oliveira,  um dos três réus acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, em 2022.

A prisão domiciliar foi solicitada pela defesa do acusado. Os advogados alegaram que Oseney apresenta problemas de saúde e citaram a necessidade da realização de uma colonoscopia para tratar um sangramento intenso na região retal.  Antes de deixar o presídio, Oseney deverá colocar uma tornozeleira eletrônica para ser monitorado em Manaus, onde permanecerá na casa de um parente.

Além da questão de saúde, Oseney da Costa foi beneficiado pela decisão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), que, na terça-feira (17), rejeitou a acusação do Ministério Público contra ele.

O colegiado seguiu voto proferido pelo desembargador Marcos Augusto. Na avaliação do magistrado,  não há provas da participação de Oseney nos homicídios de Bruno e Dom.

Quanto aos réus Amarildo e Jefferson, o desembargador decidiu manter a decisão que levou os acusados para julgamento no Tribunal do Júri de Tabatinga (AM). Eles vão continuar presos.

Entenda

Bruno e Dom foram mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de uma emboscada, enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas, região que abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

Os dois foram vistos pela última vez enquanto se deslocavam da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniriam com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Os corpos de Bruno e Dom, que estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí, foram resgatados dez dias depois.

Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava à cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia.

Bruno Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional do Índio (Funai) antes de se licenciar da fundação, sem vencimentos, e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.

Univaja pede que MP recorra da decisão sobre caso Dom e Bruno

A União dos Povos do Vale do Javari (Univaja) afirmou na noite desta terça-feira (17) que confia que o Ministério Público recorra da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) de retirar a acusação contra Oseney da Costa de Oliveira. Oliveira tornou-se um dos três réus no caso do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, mortos em 2022, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. 

As suspeitas da autoria do crime recaíram sobre Oliveira, conhecido como Dos Santos, e também sobre seu irmão, Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. Em audiência de instrução realizada em julho de 2023, todos permaneceram em silêncio.

Na nota, a Univaja destaca a relevância de a Justiça punir os responsáveis pelo assassinato de Dom e de Bruno, defendendo que o julgamento, “tão importante e simbólico para o movimento indígena do país seja conduzido de forma correta e ilibada”. 

“A Univaja considera preocupante a decisão de hoje que derruba deliberação da Justiça Federal em Tabatinga (AM) e pode colocar réu Oseney da Costa de Oliveira em liberdade. Segundo provas coletadas à época pelas autoridades policiais durante a investigações o réu teve participação direta na cena do trágico assassinato de nossos amigos Bruno e Dom”, escreve a entidade.

Na decisão, o TRF1 pontuou que o entendimento foi de que Oseney apenas deu carona ao seu irmão e que não ficou provada a sua presença no local do homicídio e, portanto, sua participação no crime. Com o desdobramento, ele poderá ser solto nos próximos dias

No final do mês passado, a Univaja, com quem Bruno Pereira se organizou para reforçar a proteção dos indígenas da região do Vale do Javari, havia se pronunciado sobre a troca recente do comando da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amazonas. Para a entidade, a substituição do delegado à frente da regional pode prejudicar investigações já em andamento, como a do caso Dom e Bruno.

TRF1 retira acusação contra um dos réus pela morte de Bruno e Dom

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, aceitou, nesta terça-feira (17), o recurso de um dos três réus acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, em 2022.

A decisão de hoje derruba deliberação da Justiça Federal em Tabatinga (AM) que levou o réu Oseney da Costa de Oliveira para julgamento pelo Tribunal do Júri. O entendimento deve permitir que Oseney seja solto nos próximos dias. A soltura deve ser concedida pelo relator do caso, desembargador Marcos Augusto de Sousa. 

Os desembargadores da Quarta Turma do TRF analisaram recursos de Amarildo da Costa de Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira contra a decisão de pronúncia, proferida em outubro de 2023, que determinou que os acusados sejam julgados pelo Tribunal do Júri. Eles estão presos e respondem pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

O colegiado seguiu voto proferido pelo desembargador Marcos Augusto. Na avaliação do magistrado, não há provas da participação de Oseney nos homicídios, e a acusação do Ministério Público “não colocou Oseney na cena do crime”. No dia do crime, ele deu carona a Amarildo, seu irmão, em uma canoa. 

“O réu estava nas proximidades do local do crime. Local do crime e cena do crime são coisas diferentes”, afirmou. 

Em relação aos réus Amarildo e Jefferson, o desembargador decidiu manter a decisão que leva os acusados para o banco dos réus.

“Assevero existir nos autos provas de materialidade de homicídio e ocultação de cadáver”, afirmou.

Os advogados dos acusados defenderam a nulidade da sentença de pronúncia. O advogado Lucas Sá, que representa Amarildo e Oseney, alegou cerceamento de defesa por falta de acesso a provas. O defensor ainda disse que Amarildo foi torturado para confessar o crime. A defesa de Jefferson disse que não há provas de que o acusado participou do assassinato.  

Entenda

Bruno e Dom foram mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de uma emboscada, enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas, região que abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

A dupla foi vista pela última vez enquanto se deslocava da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram resgatados dez dias depois. Eles estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí.

Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava à cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia.

Bruno Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) antes de se licenciar do órgão, sem vencimentos, e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.