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Engenheiro da “estaca zero” de Brasília preferia anonimato, diz filha

Com a roupa tomada de terra e suor, sobre o cavalo ou no caminhão, o engenheiro goiano Joffre Mozart Parada trabalhava sem parar. No dia a dia para viabilizar a nova capital do Brasil, o profissional, que era o chefe da equipe de topografia da Novacap, não via tempo ruim. Nascido em Vianópolis, em Goiás, foi ele o responsável por colocar a “estaca zero” como marco do terreno de início da construção de Brasília. 

A engenheira Thelma Párada fica feliz com o reconhecimento ao trabalho do pai. Foto:  Maria Eduarda Lima/Agência Ceub

Na última semana, a história foi reconhecida depois que, durante uma obra viária na capital, a estaca reapareceu na área de um viaduto entre a Asa Norte e a Asa Sul, e que simboliza o marco zero da capital.  Os trabalhos do engenheiro ficaram menos famosos, segundo a filha, Thelma Parada, porque o pai preferia o anonimato. “Ele era muito tímido. Quando apareciam fotos, até se escondia. Ele gostava muito de ficar atrás da máquina e ser o fotógrafo”, afirma a filha, de 69 anos, que também é engenheira. Ele morreu, no ano de 1976, perto de completar 52 anos, após um infarto.

Desapropriações

Thelma explica que o pai ficou responsável por ir até as fazendas, a partir do ano de 1955 (cinco anos antes da inauguração de Brasília), para fazer as desapropriações. A esposa dele, Mercedes, o acompanhava e fazia as anotações.  “Ela vinha com ele para as cidades próximas e trabalhava diariamente para ajudá-lo. E ele não parava o dia inteiro”. Como gostava mais de trabalhar do que falar, o engenheiro era discreto até no dia a dia. “O primeiro abraço forte que ele me deu foi o dia em que eu passei no vestibular para engenharia. Ele vibrou muito e me chamou de colega”.

Joffre, segundo recorda a filha, teve responsabilidade em adequar o projeto original do Plano Piloto, de Lúcio Costa, que se assemelhava a uma cruz. “Sob a sugestão do papai, ele passou a arquear as ‘asas’ do Plano Piloto para evitar inundações com as águas do Lago Paranoá”.

“Compulsivo”

As homenagens à memória de Joffre, no entender da filha, têm relação com uma maior conscientização em resgatar as histórias da cidade, que completou 64 anos em abril. “As pessoas já estão mais preocupadas com a história. Ele faleceu ainda no regime militar”. Depois do golpe de 1964, o engenheiro pensou em deixar Brasília. “Ele estava muito triste e decepcionado e pediu licença do trabalho”. A própria família não sabia mais sobre as motivações porque ele “não era de falar” sobre esses temas em casa.

Área superior da Rodoviária de Brasília. na interseção das asas Norte e Sul, cortada pelo Eixo rodoviário de Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Todos estranharam porque o engenheiro era considerado inventivo e um workaholic (trabalhador compulsivo”. “Sábado e domingo lá em casa era cheio de gente. A casa vivia cheia de mapas e pedras e equipamentos ali espalhados em toda a casa.. Como ele fez o levantamento de todo o DF, ele conhecia tudo muito bem”. Como era engenheiro de minas, as pessoas levavam pedras diversas para que ele analisasse. A filha não lembra do pai em muitos momentos de diversão. “Parava sempre apenas para assistir ao jornal na televisão”.

A filha avalia que o trabalho incansável ia além das obrigações profissionais. Ela recorda que o pai era esperançoso com a mudança da capital para ser um local de mais justiça. “Eu mesma só entendi sobre o papel dele para a construção depois que ele morreu, de ser o primeiro engenheiro de Brasília”.

Indígenas expõem peças de artesanato em Brasília e pedem visibilidade

No pescoço da artesã indígena Airy Gavião, de 68 anos, o colar com o muiraquitã (pequena pedra em forma de rã) significa muito mais do que um adereço que ela produz. “É o amuleto das mulheres guerreiras. Isso tem um significado muito forte para mim”. Tão forte que faz lembrar quando, aos 18 anos, decidiu deixar, com saudade, a comunidade de Aturiaí, no Pará, para tentar a vida em Brasília. Chegou com o muiraquitã e contava sua história a quem não conhecia, dizendo que o artesanato que aprendeu em casa era o símbolo da própria vida. 

Airy Gavião “junta sementinhas” desde a infância – Bruno Peres/Agência Brasil

Até sexta-feira da semana que vem, 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas, artesãos como Airy expõem seus trabalhos em uma feira organizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), no prédio onde está sediado o órgão, no centro da capital. “Somos artesãos desde a infância, quando a gente começa a juntar as sementinhas. Mas o meu forte mesmo era ajudar meu pai a fazer as peças de madeira.”

Airy Gavião trabalha com todo tipo de artesanato, inclusive pinturas figurativas de indígenas e natureza. Ela ensinou a arte aos três filhos, que nasceram em Brasília. Os trabalhos que ela cria também são uma forma de voltar a se sentir na comunidade no Pará. “Tenho saudades de quando fazia farinha escaldada. De estar lá junto. De brincar. Todo mundo junto e cantando. Sinto falta do sentido de coletividade”.

Conhecimentos ancestrais

Na mostra, estão à venda peças feitas por indígenas dos povos Gavião, Pataxó, Kariri Xocó, Guajajara e Bororo.

Segundo diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, a feira pode colaborar com a geração de renda e o fortalecimento das atividades produtivas que  enriqueçam a cultura indígena. “[É] sempre bom ressaltar que tudo que se vê em uma feira indígena é fruto dos conhecimentos ancestrais representados nos pequenos objetos que se pode ver nessa exposição”, afirmou Lucia Alberta. 

A artesã Murian Pataxó, de 49 anos, que vive em uma comunidade indígena na região administrativa do Paranoá, diz que esse saber ancestral representa modo de vida e de renda para eles. Murian lembra que tudo o que aprendeu foi com os pais e avós em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, e fazem recordam de quando foram ensinadas a reunir as sementinhas de morototó e de açaí, por horas a fio no cordão.

“Tudo feito a mão. Essas pulseiras e colares fazem parte do que nós somos”, afirma Murian. A artesã ressalta que o artesanato indígena precisa ter visibilidade cultural e comercial.

Murian Pataxó pede visibilidade para arte indígena – Bruno Peres/Agência Brasil

Gerações

As gerações mais novas garantem que não deixarão essa arte secar com o passar do tempo. A artesã Bruna Togojebado, de 30 anos, diz que tem felicidade de explicar o que aprendeu para a filha, de 9 anos. “Estou grávida e quero o melhor para quem vai vir depois da gente. A gente passa de pais para filhos essa sabedoria”.

Uma novidade é  que os mais novos estão ensinando os mais velhos a vender os produtos pela internet.

Aliás, o local de exposição e venda dos produtos foi motivo de descontentamento para os indígenas no primeiro dia da da feira. Os artesãos reclamaram para a Funai que gostariam de um espaço com mais visibilidade no próprio Edifício Parque Cidade Corporate.

A artesã Jacy Pataxó, de 50 anos, afirma que as peças estão expostas em um corredor onde há pouca movimentação de visitantes e que é preciso fazer um ajuste. “A gente depende das vendas. Queremos um lugar mais visível”.

Consultada pela reportagem sobre esse tema, a Funai não se manifestou.

Serviço

Exposição de Arte Indígena

Data: Até 9 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Endereço: Setor Comercial Sul, Quadra 9, Asa Sul – Brasília/DF

Local: Edifício Parque Cidade Corporate – Torre B

*Colaborou Ana Carolina Alli, estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão

Provas do concurso unificado respeitarão horário oficial de Brasília

Candidatos que vão fazer as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) e que moram em estados com fuso horário diferente do de Brasília devem ficar atentos ao relógio no próximo dia 18 de agosto, quando os exames serão aplicados para 2,1 milhões de pessoas em 228 cidades de todas as unidades da federação.

No período matutino os portões serão abertos às 7h30 e fechados às 8h30, no horário de Brasília. No vespertino, os inscritos poderão entrar nos locais de provas a partir de 13h e os portões serão fechados pontualmente às 14h, conforme horário de Brasília.

Contudo devido à diferença de fuso, no Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, os portões abrem às 6h30 e às 12h, no horário local. Já para os candidatos que farão provas no Acre, a abertura dos portões ocorrerá às 5h30 e às 11h para. Os horários completos estão disponíveis na página oficial do processo seletivo.

A organização do certame avisa que não será permitida a entrada de candidatos nem antes do horário de abertura dos portões, nem após o horário de fechamento e, por isso, recomenda ao candidato chegar ao local das provas com pelo menos duas horas de antecedência para o início de cada turno de provas.

Em todo o país, o início da aplicação das provas no turno da manhã está marcado para 9h, no horário de Brasília, com duração de 2 horas e 30 minutos. Na parte da tarde, os candidatos começarão a fazer as provas às 14h30, e o tempo de duração é de 3 horas e 30 minutos.

>> Clique aqui e confira todas as matérias da Agência Brasil sobre o concurso unificado

Provas

As 6.640 vagas do chamado Enem dos Concursos para lotação em 21 órgãos federais são divididas por cargos com áreas de atuação governamental semelhantes, que foi denominado como bloco temático. Ao todo, são oito blocos temáticos. Em todos os blocos, os candidatos deverão responder a questões objetivas e também a uma prova discursiva.

Para cargos de nível médio (bloco 8) são 60 questões nas provas objetivas, cada uma com cinco alternativas (A; B; C; D; E) e uma única resposta correta. As questões estarão distribuídas assim: 15 questões de língua portuguesa; 15 de noções de direito; 15 de matemática de outras 15 de realidade brasileira. A prova discursiva para nível médio será uma redação que vale 100 pontos.

Já os cargos de nível superior, dos blocos 1 a 7, as provas objetivas terão de 70 questões de múltipla escolha, divididas entre 20 questões de conhecimentos gerais, de caráter eliminatório e classificatório, e mais 50 questões de conhecimentos específicos. Já a prova discursiva será específica por bloco temático e abordará o conteúdo relacionado à área de concorrência. Esta prova discursiva do concurso unificado também valerá 100 pontos.

Os candidatos deverão permanecer no local da prova por no mínimo duas horas, em ambos os turnos. Caso o candidato deixe a sala de provas em tempo inferior ao estabelecido no edital, será eliminado do concurso.

Recomendações

No manual do candidato deste concurso, disponível na internet, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos orienta a pessoa inscrita a verificar com antecedência o endereço, o tempo de deslocamento e meios de transporte para chegar ao local de aplicação das provas. Aos domingos, em algumas cidades, o transporte público pode ter horários diferenciados.

Apesar de não ser obrigatório apresentar o cartão de confirmação de inscrição impresso, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos recomenda que o candidato leve o comprovante para facilitar a localização da sua sala de aplicação. O candidato não poderá fazer anotações no cartão ou mantê-lo sobre a mesa durante as provas.

É obrigatória a apresentação de um documento de identidade com foto. Cópias não serão aceitas, nem com autenticação. Em caso de documento em aplicativo digital, o candidato precisará acessar o aplicativo no momento da identificação. Não será aceito print da tela, por isso é importante ter o aplicativo já baixado no celular.

Somente será permitido o uso de caneta preta fabricada em material transparente. A organização não fornecerá canetas. Também não será permitido que os candidatos se comuniquem durante as provas para pedir material emprestado. Por isso, recomenda-se levar uma caneta reserva.

Confirmação da inscrição

O cartão de confirmação de inscrição do concurso nacional estará disponível online aos candidatos na próxima quarta-feira, 7 de agosto, na área do candidato, no site da banca que organiza o certame, a Fundação Cesgranrio, com login e senha cadastrados no portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Venezuelanos em Brasília manifestam desejo de mudança com eleições

O jornalista Manuel Quilarque viajou de São Paulo para Brasília para votar nas eleições que vão escolher o próximo presidente da Venezuela, que governará o país sul-americano entre 2025 e 2031. Ele e outros eleitores que estiveram na seção eleitoral na Embaixada da Venezuela, na capital do Brasil, neste domingo (28), manifestaram o desejo de mudança e que o resultado das urnas seja respeitado pelas autoridades.

“Estamos muito esperançosos para poder recuperar a liberdade no nosso país, que a gente consiga finalmente ter um processo de reinstitucionalização. E também que as pessoas que estão fora da Venezuela, em situação de vulnerabilidade, que estão passando por muita dificuldade, consigam, enfim, voltar para o país em condições favoráveis”, disse.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Manuel Quilarque na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente – Valter Campanato/Agência Brasil

O atual presidente, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013 e enfrenta nove concorrentes no pleito de hoje. Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

>> Entenda como funciona e quais as críticas à eleição na Venezuela

Segundo o jornalista, que vive no Brasil há 15 anos, dos cerca de 500 mil venezuelanos que moram no país, apenas 1.059 conseguiram registro para votar. Com o registro ativo há muitos anos, ele conta que não teve dificuldades para votar. O irmão dele, por outro lado, que vive na Espanha, não conseguiu se registrar para participar do pleito.

Quilarque diz que o sistema eleitoral é confiável, mas que outras questões afetam o pleito como um todo. 

“Essa fraude não vem no sistema eleitoral, não vem na urna eletrônica, não vem na contagem, ela vem antes. Ela vem quando não te deixam inscrever, quando não te deixam votar por algum motivo, quando os funcionários públicos estão obrigados a tirar foto e mandar, quando tem um voto assistido”, disse o jornalista que aposta em uma provável vitória do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. 

As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem a Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.

Dificuldades

Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro rompeu relações com o governo venezuelano e todos os consulados no Brasil foram fechados, restando seção eleitoral apenas na embaixada em Brasília. Além dos entraves burocráticos, questões logísticas e financeiras dificultam a participação no pleito.

“Devem ter votado, no máximo, umas 30 pessoas”, estima Quilarque. “Porque se você morar, por exemplo, em Manaus, em Boa Vista, são lugares muito distantes, são pessoas que já estão numa condição de vulnerabilidade e pegar um avião para vir para cá tem um custo”, disse o jornalista.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com as autoridades da embaixada venezuelana em Brasília. O responsável pela portaria do local informou apenas que a votação estava ocorrendo dentro da normalidade. O painel fixado no lado de fora, contabilizava os 1.059 eleitores aptos a votar no país.

Em todo o mundo, venezuelanos relataram dificuldades para votar no exterior. Dos quase 8 milhões de emigrantes do país, metade têm idade para votar, mas poucos superaram os entraves burocráticos.

A advogada Paula Marcondes foi uma das venezuelanas que não conseguiu fazer o registro para votação, mas foi à embaixada manifestar seu apoio à oposição do governo de Nicolás Maduro. “A minha expectativa é que finalmente, depois de 24 anos, a gente consiga mudar alguma coisa para melhor”, disse ela, que tem duas filhas e apenas uma pode votar nas eleições.  “O que a gente espera é um resultado massivo que seja impossível de esconder”, acrescenta.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Paula Marcondes na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente – Valter Campanato/Agência Brasil

A analista de sistemas Sônia Mejia também viajou de São Paulo para Brasília para votar. Ela está há 17 anos no Brasil  onde trabalha com confeitaria. Ela espera que “a vontade de todos os venezuelanos” seja respeitada e que o país possa “sair de toda essa situação que está”.

“Que seja um resultado para progresso da Venezuela, uma Venezuela livre, próspera, abundante e que desabroche”, disse. “Eu queria fazer meu voto e fazer alguma coisa para mudar, porque eu acredito que, se a gente quer uma mudança no mundo, no país, em qualquer coisa, você tem que fazer algo. Então, eu queria exercer meu direito e votar, e aqui estou, já votei, estou feliz. E esperamos que tudo seja para o bem da Venezuela”, completou.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Sônia Mejía na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente – Valter Campanato/Agência Brasil

Economia

O país sul-americano enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro. O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.

Prédio da OAB em Brasília é atingido por incêndio

O prédio do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi atingido por um incêndio na manhã deste sábado (27), em Brasília.

Em nota, a entidade informou que o incêndio começou no terceiro andar, onde está localizado o plenário da OAB. O espaço está em reforma. 

A entidade também informou que cinco pessoas estavam no prédio no momento do incêndio e foram resgatadas pelos Bombeiros. Duas foram levadas de helicóptero para o hospital.

O presidente da OAB, Beto Simonetti, confirmou que o fogo começou nas obras do plenário. 

“Lamentavelmente, um incidente nas obras de melhorias do pleno iniciou um incêndio no prédio. Os bombeiros já entraram no local e estão percorrendo os andares. Ainda há muita fumaça, mas eles estão debelando os focos de incêndio”, informou.

Simonetti também disse que as vítimas não ocorrem risco de morte. “O mais importante é a saúde e a segurança dos colaboradores e isso foi assegurado. Nenhum ferimento grave nem risco de morte”, concluiu.

As equipes de brigadistas e do Corpo de Bombeiros continuam o trabalho de combate ao fogo. 

*Matéria em atualização

Alaíde Costa canta em Brasília no Festival Latinidades

A cantora e compositora Alaíde Costa, de 88 anos, é uma das atrações no show de encerramento da 17ª edição do Festival Latinidades na noite deste sábado (27). O festival é realizado em Brasília desde 2008 para reforçar a contribuição das mulheres negras à sociedade em diferentes áreas, com destaque para arte e cultura, na promoção da equidade de gênero e raça.

“Eu vou fazer uma apresentação com o violonista Gabriel Deodato, cantando um repertório variado, de várias gravações minhas”, informou Alaíde Costa em entrevista por escrito à Agência Brasil.

Alaíde Costa tem mais de 20 discos lançados. Começou a cantar em um concurso de calouros de circo e nas emissoras de rádio, no final da era de ouro do veículo. Aos 16 anos, participou do programa de calouros do apresentador e compositor Ary Barroso e recebeu nota máxima. Quatro anos depois, lançou o primeiro disco, ainda em 78 rotações por minuto (RPM). O primeiro long play (LP), Afinal Alaíde Costa… saiu em 1963.

Nos anos seguintes, ela assinou composições com grandes nomes da música popular brasileira (MPB) ,como Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e gravou com músicos importantes como João Donato e Baden Powell. Em 1972, participou como única voz feminina do histórico disco Clube da Esquina, em dueto irretocável com Mílton Nascimento, com a canção Me Deixa em Paz, de Monsueto e Airton Amorim.

A participação de Alaíde no Latinidades, tanto tempo depois do início da carreira, ocorre em um momento especial de sua trajetória, quando vive em sua opinião “o auge” após mais de 70 anos de microfone. “Agora que veio o reconhecimento. O que veio antes era uma coisa morna, agora está quente”, avalia. “É bem legal a gente ser valorizada”, acrescenta sobre o convite para participar do festival.

Reconhecimento quente

Na opinião da cantora, o tempo social hoje é diferente: quando se fala abertamente de racismo no Brasil, que discriminou pessoas, como ela e o amigo e compositor Johnny Alf, precursor da bossa nova; e quando o mercado fonográfico, por meio de novas plataformas como o streaming, “está dando mais abertura, está um pouco melhor.”

O nome de Alaíde Costa foi “um dos primeiros” que surgiram na curadoria do Festival Latinidades, afirma Marcella Martins, produtora do evento. Segundo Marcella, o convite se deu “por entender a importância da artista e como Alaíde foi uma mulher negra que fez coisas grandiosas em anos em que não se tinha essa visibilidade.”

Para a produtora, o show de Alaíde Costa, que começa às 19h na área externa do Museu Nacional, é imperdível, e o espaço “é muito acolhedor”. “Preparamos um ambiente diferenciado para todos poderem assistir aos shows e se sentir à vontade.”

Após a apresentação de Alaíde Costa, o Festival Latinidades receberá a cantora e multi-instumentista Bia Ferreira, além das artistas La Dame Blanche, de Cuba; Sister Nancy, da Jamaica; Pongo, de Angola; e as brasileiras Gaby Amarantos, Ebony e Irmãs de Pau. A programação vai até de madrugada e nos intervalos das apresentações, o Dj Kethlen e o Dj Savana farão a discoteca.

Serviço

Festival Latinidades – Museu da República, perto da Rodoviária do Plano Piloto

Sábado (270 – Show de Alaíde Costa às 19h

Entrada gratuita – retirar ingresso aqui

Demais atrações – veja aqui

Embaixador brasileiro na Argentina é chamado a Brasília para consultas

O embaixador do Brasil na Argentina, Júlio Bitelli, foi chamado a Brasília nesta segunda-feira (15) pelo governo brasileiro para consultas. Na linguagem diplomática, a chamada para consultas é uma forma de protesto.

“O deslocamento do embaixador à capital federal tem o propósito de repassar, de maneira aprofundada e pessoal, os principais temas do relacionamento entre Brasil e Argentina com interlocutores no governo brasileiro”, informou o Itamaraty.

A expectativa é que Bitelli reassuma suas funções em Buenos Aires na semana que vem.

Em Brasília, o embaixador teve encontros com o chanceler Mauro Vieira e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante almoço de recepção oficial ao presidente da Itália, Sergio Mattarella.

A iniciativa de convocar o embaixador ocorre em meio à piora na relação entre Lula e o presidente Javier Milei, dias após o chefe do governo argentino participar de uma conferência conservadora em Balneário Camboriú, Santa Catarina, que contou com presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e figuras da extrema-direita brasileira. Na ocasião, Milei deixou de ir à Cúpula de Chefes de Estado de Países do Mercosul, no Paraguai, o que foi alvo de críticas.

Polícia descarta suspeita de bomba na Embaixada da Rússia, em Brasília

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada, às 10h desta segunda-feira (8), para atender a uma ocorrência de suspeita de artefato explosivo no túnel de acesso à Embaixada da Rússia, no Setor de Embaixadas Sul, em Brasília.

Segundo informações preliminares, a representação  diplomática recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como ucraniana e, conversando em russo, afirmou que duas toneladas de explosivos tinham sido colocadas em túneis sob o prédio da representação diplomática. Policiais militares do 5º BPM foram ao local e acionaram a Operação Petardo, especializada em explosivos.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) fez uma varredura externa, enquanto a Polícia Federal (PF) foi chamada para colaborar na varredura interna. Juntos, com a ajuda de cães da PM, os agentes fizeram uma busca por explosivos.

A PM informou à Agência Brasil que, por volta das 12h50, a operação foi concluída sem a localização de qualquer explosivo. O alerta foi declarado falso. A situação foi normalizada.

Embaixada da Rússia em Brasília tem falso alerta de bomba

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada, às 10h desta segunda-feira (8), para atender a uma ocorrência de suspeita de artefato explosivo no túnel de acesso à Embaixada da Rússia, no Setor de Embaixadas Sul, em Brasília.

Segundo informações preliminares, a representação diplomática recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como ucraniana e, conversando em russo, afirmou que duas toneladas de explosivos tinham sido colocadas em túneis sob o prédio da representação diplomática. Policiais militares do 5º BPM foram ao local e acionaram a Operação Petardo, especializada em explosivos.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) fez uma varredura externa, enquanto a Polícia Federal (PF) foi chamada para colaborar na varredura interna. Juntos, com a ajuda de cães da PM, os agentes fizeram uma busca por explosivos.

A PM informou à Agência Brasil que, por volta das 12h50, a operação foi concluída sem a localização de qualquer explosivo. O alerta foi declarado falso. A situação foi normalizada.

Festival Brinca+ garante diversão durante as férias, em Brasília

Começou neste sábado (6) e segue até o dia 28 de julho o Festival Brinca+ no museu Sesi Lab, que fica no Setor Cultural Sul, no centro de Brasília. A programação é extensa, e segundo Claudia Ramalho, superintendente de Cultura do Sesi, o festival é uma oportunidade para aproximar ainda mais as crianças do espaço do museu e promover formas diferentes de aprendizagem.

“A programação foi toda pensada para atender diferentes públicos e oferecer atividades lúdicas e divertidas.”

Neste domingo (7), o museu recebe o show de Helio Ziskind, conhecido por suas canções para o público infantil, com ajustes na iluminação e no som, para receber pessoas autistas ou com outras neurodivergências.

Programação gratuita vai até 28 de julho – Valter Campanato/Agência Brasil

O museu conta ainda com educadores capacitados para fazer o acompanhamento durante todas as visitas. Também haverá visitas exclusivas para a comunidade surda. Para retirar os ingressos, que são gratuitos, é necessário acessar este endereço.

O Sesi Lab é um espaço inédito que conecta arte, ciência e tecnologia, aberto a todos os públicos. No espaço, é possível interagir com equipamentos que explicam, na prática, diferentes conceitos científicos, fenômenos naturais e sociais.

As experiências propostas têm por objetivo fazer o ouvinte investigar tais fenômenos, refletir sobre novas possibilidades de futuro e, principalmente, se divertir.

Festival Brinca + em ingressos gratuitos – Valter Campanato/Agência Brasil

A programação multidisciplinar, orientada por uma abordagem educativa criativa e inovadora, inclui exposições temporárias e permanentes, festivais, seminários, workshops, oficinas, residências artísticas, cinema, e atividades orientadas à cultura maker. O Sesi Lab funciona no antigo Touring, em um edifício icônico de Oscar Niemeyer, com quase 7,5 mil metros quadrados, próximo à Esplanada dos Ministérios.

O museu devolve à sociedade uma obra tombada como um bem cultural, inteiramente restaurada. A localização está diretamente relacionada com o propósito de ser um hub de difusão democrática de conhecimento para todas as regiões do país.

O DNA desse projeto contempla tecnologias sociais e educacionais desenvolvidas há décadas pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), se conectando com as novas demandas e as rápidas mudanças do mundo para propor ações, colher ideias e valorizar a diversidade.

Confira aqui a programação.