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Expectativa de vida ao nascer no Brasil sobe para 76,4 anos em 2023

A esperança de vida ao nascer no Brasil ficou em 76,4 anos em 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicados nesta sexta-feira (29) no Diário Oficial da União. Houve um aumento de 0,9 ano em relação a 2022, quando a expectativa de vida era de 75,5 anos.

Os dados completos da pesquisa Tábuas da Mortalidade serão divulgados pelo IBGE a partir das 10h desta sexta-feira.

De acordo com o IBGE, a pesquisa fornece estimativas da expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos, com data de referência em 1º de julho, o que permite o conhecimento sobre os níveis e padrões de mortalidade da população brasileira.

A expectativa de vida é usada para o cálculo do chamado fator previdenciário para o cálculo dos valores relativos às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.

Vencedores por modalidades do Prêmio Brasil Olímpico são anunciados

Os primeiros vencedores por modalidades do Prêmio Brasil Olímpico começaram a ser anunciados nesta quinta-feira (28) pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Nesta primeira leva de homenageados estão aqueles que brilharam em modalidades coletivas, e que receberão seus troféus no dia 11 de dezembro em uma cerimônia realizada na casas de shows Vivo Rio.

No vôlei o grande destaque, pela terceira vez seguida, é a ponteira Gabi. A jogadora ajudou a seleção feminina a conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos de Paris (França), sendo a terceira maior pontuadora do torneio.

Já no futebol a premiada será a goleira Lorena, do Grêmio e que foi a melhor em campo nas três vitórias da seleção nos Jogos Olímpicos. Esta é a segunda vez seguida que o prêmio do futebol é entregue a uma mulher.

No basquete 5×5 o homenageado é um veterano. Aos 41 anos, Marcelinho Huertas foi escolhido após ser decisivo no Pré-Olímpico e jogar sua terceira edição de Jogos Olímpicos. Na atual temporada, o armador se tornou o maior assistente da história do Campeonato Espanhol.

Já no handebol o grande nome é Bruna de Paula, líder da seleção feminina nos Jogos disputados na capital francesa. Ela também foi peça importante na conquista da Champions League da modalidade pelo Gyori (Hungria). Outro destaque olímpico lembrado nas premiações de modalidades coletivas é a maranhense Thalia Costa do rugby sevens.

Já no hóquei sobre a grama o eleito foi Lucas Varela, da seleção sub-21, já no polo aquático o prêmio vai para Gabriel Sojo, do Sesi Ribeirão, enquanto a melhor do ano no basquete 3×3 foi Luana Batista de Souza, que jogou a LBF pelo Sampaio Basquete.

Brasil aposta em juventude e derrota Austrália por 3 a 1 em amistoso

Apostando em uma equipe jovem, o Brasil derrotou a Austrália por 3 a 1, na manhã desta quinta-feira (28) no Suncorp Stadium, em Brisbane, em partida amistosa. Este é o penúltimo compromisso da equipe comandada por Arthur Elias em 2024. No próximo domingo (1) a seleção brasileira volta a medir forças com as Matildas.

VITÓRIAAAA! É O BRASA! 🇧🇷

Show do Brasil para começar bem o dia! Amanda Gutierres (2x) e Gio marcaram os gols. A palavra é orgulho! Vamos por mais! 💚💛 pic.twitter.com/1B7rDowF3A

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) November 28, 2024

A equipe verde-amarela entrou em campo com um ataque muito jovem, formado por Amanda Gutierres (23 anos), Giovana Queiroz (21 anos) e Aline Gomes (19 anos). Com fôlego de sobra na frente, o Brasil usou muito a pressão alta para pressionar a saída de bola da defesa adversária e apostou nos lançamentos longos para chegar em velocidade ao ataque.

E foi desta forma que a seleção brasileira abriu o marcador, logo aos seis minutos do primeiro tempo, quando Vitória Calhau lançou a bola direto da defesa para o ataque, onde Amanda Gutierres partiu em velocidade, se livrou da goleira Arnold e bateu para o fundo do gol vazio.

Correu. Driblou. Marcou. É gol! 🎯

A sequência do primeiro gol! Simplesmente Amanda Gutierres! ⚽️⚽️

📸 Rafael Ribeiro / CBF pic.twitter.com/EBoGi66hO1

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) November 28, 2024

Seis minutos depois o Brasil ampliou. Duda Sampaio iniciou jogada de contra-ataque acertando um lançamento de trivela para Aline, que avançou em velocidade na ponta esquerda antes de cruzar rateiro para Amanda Gutierres, que pegou de primeira para marcar pela segunda vez no jogo.

A equipe brasileira continuou melhor no confronto, mas, aos 42 minutos, Foord aproveitou indecisão da defesa do Brasil para receber dentro da pequena área, girar e bater sem chances para a goleira Natascha.

DEU BRASIL NA PRIMEIRA ETAPA! 🇧🇷

E que primeiro tempo! Amanda Gutierres brilhou e marcou dois gols. Bem demais! E seguimos por mais… É hora do intervalo!

🇧🇷 2×1 🇦🇺 | #SeleçãoFeminina #BRAxAUS pic.twitter.com/faOE8ssO0L

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) November 28, 2024

Após o intervalo a pressão na saída de bola resultou em gol. Giovana Queiroz roubou a bola, tabelou com Aline, deu um drible desconcertante em uma adversária e chutou forte para vencer a goleira Arnold e dar números finais ao placar.

As partidas desta quinta e a do próximo domingo (disputada a partir das 5h45 no CBUS Stadium, em Gold Coast) fazem parte do processo de preparação da seleção para a próxima edição da Copa América, que será disputada em 2025.

Arthur Elias projeta grande atuação do Brasil contra a Austrália

O técnico Arthur Elias afirmou que espera uma grande atuação da seleção brasileira diante da Austrália na partida amistosa que será disputada, a partir das 7h10 (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (28) no Suncorp Stadium, em Brisbane.

“Creio que será um jogo muito equilibrado. Para nós, [é] um desafio vir até a Austrália. Mesmo com a nossa dificuldade com o fuso horário e o número pequeno de treinamentos, temos um grupo renovado e estou muito confiante de que faremos uma grande partida amanhã e também no segundo jogo”, declarou o comandante do Brasil em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (27).

Na conversa com a imprensa, Arthur Elias também destacou o fato de o Brasil medir forças com a atual 15ª colocada no ranking de seleções femininas da Fifa em um estádio que contará com cerca de 50 mil torcedores: “Será uma atmosfera muito importante para as duas equipes, esperamos ter essa experiência, o Brasil com jogadoras jovens, [elas] poderem passar por essa experiência, será algo que agregará bastante à carreira delas”.

As duas partidas com a Austrália fazem parte do processo de preparação da seleção para a próxima edição da Copa América, que será disputada em 2025. Após este confronto inicial, as seleções voltam a medir forças a partir das 5h45 do próximo domingo (1) no CBUS Stadium, em Gold Coast.

Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis

Este ano, o Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal, número recorde e 56% superior ao do ano passado. O dado consta do anuário produzido pela Kaya Mind e divulgado nessa terça-feira (26).

O segmento movimentou R$ 853 milhões, valor que ajuda a dimensionar sua força. Outro dado mencionado pelo relatório é o de que os pacientes estão espalhados por aproximadamente 80% dos municípios.

Segundo Maria Eugenia Riscala, CEO da empresa Kaya, que abriga a Kaya Mind, há mais de 2.180 produtos de cannabis medicinal, variedade que contempla diversas necessidades. “A expansão da cannabis medicinal é visível no Brasil, não apenas em números, mas na forma como a medicina integra essas opções de tratamento à rotina dos pacientes em todo o país”, diz.

A quantia atingida este ano supera em 22% a do ano passado, de R$ 699 milhões. A projeção é de que o faturamento chegue a R$ 1 bilhão em 2025.

Em 2021, o montante foi bem inferior, de R$ 144 milhões, passando, no ano seguinte, para R$ 364 milhões.

Para o chefe de Inteligência e sócio da Kaya, Thiago Cardoso, os progressos no campo da regulamentação da cannabis, como a liberação, pelo Supremo Tribunal Federal quanto ao cultivo da planta (https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-11/stj-autoriza-cultivo-de-cannabis-para-fins-medicinais) têm colocado o Brasil em evidência. Ao todo, este ano, 413 empresas estrangeiras exportaram produtos para o país, o que significou, ainda, diversificação dos itens nesse mercado.

“Esse avanço permite que mais pacientes encontrem soluções terapêuticas adequadas às suas necessidades e posiciona o Brasil como um mercado competitivo e inovador no cenário global”, avalia Thiago.

Os frascos com cápsulas e as embalagens de óleos, sprays e tópicos ainda não se sobressaem nas prateleiras por conta dos entraves relativos à legalização. Isso ajuda a explicar por que quase metade dos pacientes medicinais (47%) dependem da importação do produto que necessitam e que conseguem mediante prescrição médica. O restante recorre a farmácias (31%) e associações (22%), sendo que estas exercem um papel fundamental para quem não tem condições financeiras de cobrir os gastos.

Jonadabe Oliveira da Silva, vice-presidente da TO Ananda (https://www.instagram.com/toananda_/), associação do Tocantins que oferece apoio a pacientes e familiares de pacientes que usam a cannabis medicinal, diz que observa até mesmo pessoas mais conservadoras compreendendo que se trata de algo verdadeiramente eficaz e abandonando o preconceito.

“Estão quebrando [a visão preconceituosa ou de que é tabu] depois de ver pacientes”, afirma Jonadabe.

A organização completou dois anos, sempre mantendo o espírito de colaboração e de senso coletivo. Ele conta que a entidade surgiu a partir da experiência da presidente atual, que tomava um analgésico conhecido, bastante forte, para dor, durante muito tempo e resolveu se desintoxicar. Ela, então, conheceu o óleo de cannabis. “E aí, ela foi procurar pessoas que tinham alguma história com o óleo”, esclarece Silva.

Atualmente, a associação conta com o apoio da Defensoria Pública e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, para o ano que vem, a expectativa é a de que fechem parcerias com laboratórios e instituições de ensino superior privadas. A ampliação da entidade tem dado segurança a Silva, inclusive, para trocar de carreira. “Eu atuo como cabeleireiro, mas estou em transição, estudando o cultivo, o mercado.” 

STF inicia julgamento sobre atuação das redes sociais no Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta quarta-feira (27), o julgamento de três ações que tratam da responsabilidade de provedores de internet na remoção de conteúdos com desinformação e disseminação de discurso de ódio de forma extrajudicial, sem determinação expressa pela Justiça.

A Corte vai julgar ações relatadas pelos ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Dias Toffoli. Oo processos foram liberados para análise em agosto deste ano.

No caso da ação relatada por Dias Toffoli, o tribunal julgará a constitucionalidade da regra do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos.

No processo relatado pelo ministro Fux, o STF vai discutir se uma empresa que hospeda site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial.

A ação relatada por Fachin analisa a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais.

No ano passado, o Supremo realizou audiência pública para discutir as regras do Marco Civil da Internet.

O objetivo foi ouvir especialistas e representantes do setor público e da sociedade civil para obter informações técnicas, econômicas e jurídicas antes de julgar a questão. 

Fotógrafos da Agência Brasil vencem Prêmio de Direitos Humanos

Dois fotógrafos da Agência Brasil venceram a 41ª edição do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, organizado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), em parceria com Ordem dos Advogados do Brasil – RS (OAB-RS).

A foto “7×1”, do fotógrafo Paulo Pinto, que registrou a repressão policial durante manifestação do Movimento Passe Livre (MPL), em São Paulo, levou o primeiro lugar.

Já o fotógrafo Fernando Frazão levou o segundo lugar com “Tenho Minha Vida de Volta”, que registrou o momento em que o jovem Carlos Vitor Guimarães, de 25 anos, reencontra a sua família após ficar preso injustamente por um ano e meio no Presídio Evaristo de Moraes, no Rio de Janeiro. O tema da premiação em 2024, foi Democracia.

“Mais um prêmio reconhece o trabalho de excelência dos profissionais da EBC, com sua contribuição relevante para a comunicação pública brasileira”, afirmou o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jean Lima.

7×1, por Paulo Pinto

Em janeiro deste ano, o Movimento Passe Livre (MPL) fez uma manifestação em São Paulo contra o aumento do preço da passagem de trens e metrôs. Antes mesmo do ato ter início, policiais realizaram diversas prisões dentro da estação República do Metrô, na capital paulista. Um dos jovens detidos teve o pescoço apertado contra o chão pelos agentes do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) – que utilizavam balaclava, o que impossibilita a identificação de seus rostos. A fotografia de Paulo também foi vencedora do Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos.

 

São Paulo – Repressão a manifestação contra aumento de tarifas de transporte em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Paulo Pinto começou a fotografar em seus tempos de adolescência, quando vivia em sua cidade natal: Santana do Livramento (RS), e cobria eventos para o jornal local.

Com sua curiosidade, olhar atento e facilidade em iniciar conversas, Paulo Pinto foi também recebendo a orientação de grandes profissionais. Trabalhou na Agência Estado e consagrou-se como um dos grandes nomes do fotojornalismo brasileiro, com diversos trabalhos premiados e reproduzidos pelo mundo.

Tenho Minha Vida de Volta, por Fernando Frazão

Carlos Vitor Fernandes Guimarães, jovem negro de 25 anos, foi solto em julho, após ter ficado preso injustamente no Presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão (RJ) por um ano e meio. Ele foi condenado por roubo de carga apenas com reconhecimento por foto, e posteriormente absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça depois de um pedido da Defensoria Pública do Estado.

 

Rio de Janeiro (RJ) 25/07/2024 – Carlos Vitor Guimarães abraça a família no lado de fora do Presídio Evaristo de Moraes. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Com mais de 18 anos de experiência na imprensa brasileira, o fotojornalista Fernando Frazão trabalha há 11 anos na equipe de reportagem fotográfica da Agência Brasil. Também trabalhou nas redações de O Globo, Lance! e Veja Rio. Pela EBC, já participou de coberturas históricas como as manifestações de 2013, os Jogos Olímpicos Rio 2016 e a crise ambiental e humanitária causada pela mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami, na Floresta Amazônica.

Suas fotografias são amplamente distribuídas pela Agência Brasil e publicadas internacionalmente, tendo sido expostas na sede da Unesco em Paris, na Haus der Photographie na Alemanha e na sede do Mercosul no Uruguai.

COP do Brasil tem lição de casa robusta, diz secretária do clima

Com o fim da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão, começa a contagem regressiva para o Brasil receber em Belém, no estado do Pará, o principal encontro de tomada de decisões globais sobre o tema. Esses doze meses que separam os dois encontros representam desafios que vão além da organização de uma reunião entre líderes de quase 200 países.

“O que a gente vai ter que fazer na COP30 é reconquistar a confiança no processo multilateral que foi esgarçada na COP29”, avalia a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni, uma das integrantes mais atuantes da delegação oficial brasileira da COP de Baku.

Durante mais de duas semanas, Ana Toni participou intensamente dos debates e acompanhou os avanços e limitações nas negociações climáticas. Assim como a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a secretária nacional considera que o difícil debate sobre financiamento não deixou espaço para mais avanços. “Infelizmente, principalmente os países desenvolvidos, trouxeram para a COP os seus interesses econômicos e políticos de curtíssimo prazo, e a relação e o resultado foi mínimo”.

Financiamento

A COP29, que chegou a ser chamada de ‘COP do Financiamento’, ficou longe de alcançar o objetivo de equacionar a relação entre financiadores e a demanda de US$ 5,036 a 6,876 trilhões, para conter o aquecimento global em 1,5 graus Celsius, até 2030. Após dois rascunhos rejeitados pelas partes da Convenção do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), os negociadores chegaram a um consenso para uma Nova Meta Quantificada Global de Finanças (NCQG, na sigla em inglês), no valor de US$ 300 bilhões por ano, a serem pagos pelos países ricos aos países em desenvolvimento.

Segundo Ana Toni, diante da geopolítica atual, o valor foi a construção possível, mas ainda distante do necessário.

“Foi importante que chegássemos a um número mesmo que mínimo nesse momento, primeiro para que o financiamento não parasse, para o sinal político de que o multilateralismo continua sendo um lugar fundamental para se debater esses recursos, e vamos continuar procurando e fazendo pressão para que novos recursos sejam alocados”, diz.

Na avaliação da secretária nacional, o clima tenso das negociações deu espaço a jogos políticos, com a transferência dos interesses nacionais e políticos de curto prazo dos países para um lugar que deveria ser pautado pelo bem comum global. Com isso, o aprofundamento de outros temas foi deixado de lado. “Então deixaram aí uma lição de casa bastante robusta e difícil para a COP do Brasil”.

O próprio roteiro para a ampliação dos recursos de financiamento climático foi um tema que chegou a ser citado no documento final, quanto trata de um escalonamento para US$1,3 trilhão até 2035, mas que a tarefa de execução ficou para Belém.

“Nesse sentido, o tema das taxações globais será muito importante, a taxação de super ricos, a aviação, os combustíveis fósseis, elas terão que ser detalhadas na nossa COP”

Mercado de carbono

Os próprios avanços de Baku, como o desenvolvimento do Mecanismo de Crédito do Acordo de Paris, que tornará possível o comércio de crédito de carbono entre os países, ainda necessitará de detalhamento. Houve consenso por centralização do mecanismo pela ONU, modelos de autorizações nacionais e registros para fiscalização. “A possibilidade principalmente de projetos e programas de restauração florestal e de produtos com uma baixa pegada de carbono por causa da nossa eletricidade, isso é muito importante para a gente”, destaca a secretária nacional.

Apesar do reconhecimento da necessidade de revisões técnicas transparentes dos projetos, ainda será necessário definir como serão as análises da proteção dos direitos humanos e ambiental. Nessa etapa, também foi reconhecido o direito dos povos indígenas e tradicionais consentir ou não os projetos propostos. “Então esses acordos sim foram avanços e a gente agora vai ter que concretizá-los. No mercado de carbono, discutir em detalhe as metodologias e vem num bom momento, porque também aprovamos o mercado de carbono nacional no Congresso. Então esses, sim, foram avanços importantes da perspectiva brasileira, mas ainda precisam ser concretizados”, reforça Ana Toni.

Adaptação

Outro avanço comemorado pela delegação brasileira na COP29 foi a criação de um programa de apoio à implementação de Planos Nacionais de Adaptação (NAPs, na sigla em inglês) para países menos desenvolvidos, chamado Roteiro de Adaptação de Baku. A iniciativa facilitará o desenvolvimento de indicadores que orientem os esforços nas ações para alcançar a meta global de adaptação.

“Teve um avanço para que a gente chegue na COP do Brasil, finalizando aí os temas dos indicadores globais de adaptação. E teve também, logicamente, um comprometimento de aumentar os recursos para adaptação, que é uma coisa muito importante para a gente”, diz a secretária do MMA.

Para Ana Toni, ainda há muitas lacunas em relação a essas pendências e outras que dizem respeito, por exemplo, ao fundo de perdas e danos e a transição justa. Para que sejam preenchidas, será necessário iniciar os debates muito antes da COP30. “Se for necessário, criar reuniões de todos os países para os temas específicos, mais do que só a reunião do SB 60 em Bonn, em junho, a gente terá que fazê-lo. Então a gente vai ter que ter um olhar para ter muitas reuniões durante o ano, em vez de ter só uma reunião em junho e deixar tudo para a COP. Essas costuras terão que acontecer muito mais cedo”, conclui.

Brasil é o sexto país a alcançar 50 GW de energia solar

O Brasil acaba de superar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar. O país tornou-se o sexto a alcançar esse nível, juntando-se aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em relação ao tamanho dos sistemas de geração, a produção de energia solar própria por meio de pequenos e médios sistemas lidera com 33,5 GW de potência instalada. As grandes usinas solares representam 16,5 GW.

De janeiro a outubro, foram instaladas 119 usinas solares no país, que adicionaram 4,54 GW de potência elétrica fiscalizada no Brasil. Os dados são do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por representar a potência efetivamente instalada, a potência fiscalizada é um pouco menor que a potência outorgada pela agência reguladora.

Participação

Segundo a Absolar, a fonte solar representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, estando em segundo lugar entre os sistemas disponíveis e só perdendo para a energia hidrelétrica. Essa divisão considera a potência operacional instalada, não o consumo no sistema elétrico.

De acordo com o Sistema de Informações de Geração da Aneel, a energia solar representa 7,94% da potência elétrica fiscalizada no país. No entanto, esse percentual considera apenas os 16,5 GW produzidos pelas usinas solares.

Desde 2012, informou a Absolar, a energia solar gerou investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil e resultou na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Essa fonte de energia evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico no país.

Crítica

A entidade, no entanto, critica a elevação de 9,6% para 25% do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares. A medida foi aprovada há duas semanas pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).

Para a Absolar, a taxação desestimula os investimentos e compromete o ritmo de crescimento da fonte limpa de energia num momento de transição energética. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) justificou a medida como necessária para fortalecer a indústria local e gerar empregos no Brasil.

Confira o ranking mundial em potência acumulada de energia solar.

1) China – 817 GW

2) Estados Unidos – 189,7 GW

3) Alemanha – 94,36 GW

4) Índia – 92,12 GW

5) Japão – 90,4 GW

6) Brasil – 50 GW

Fonte: Absolar

Brasil encerra GP de judô de Astana com a conquista de duas medalhas

O Brasil fechou a participação no Grand Prix de judô promovido em Astana (Cazaquistão) pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês) com a conquista de duas medalhas: uma prata e um bronze. A seleção brasileira na competição foi formada por cinco atletas.

A medalha de prata foi conquistada pelo sul-mato-grossense Gabriel Rodrigues, de 16 anos de idade, na categoria até 70 quilos da classe J1 (para atletas cegos totais). Já o bronze brasileiro veio com o rondoniense Danilo Silva, de 18 anos, na categoria até 81 quilos também na classe J1.

O Grand Prix de Astana é o primeiro evento oficial promovido pela IBSA com as novas regras que mudaram as faixas de peso para o ciclo da próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que serão realizados em Los Angeles (Estados Unidos), no ano de 2028.