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Brasil quer ser parte da solução para a Venezuela, diz ministro

Após reunião ministerial que durou mais de sete horas no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, (foto) disse nesta quinta-feira (8), em Brasília, que o Brasil quer ser parte da solução sobre o impasse nas eleições da Venezuela. Segundo ele, o Brasil tem buscado junto com outros países da América e com apoio União Europeia a mediação de uma solução pacífica para o país. 

“Ou se apresenta de fato as provas da lisura da eleição ou tem que buscar uma solução para a situação da Venezuela, então o Brasil quer continuar e vai insistir nesse papel de mediador junto com outros países da América”, afirmou. 

Segundo o ministro, parte da solução para a questão é a apresentação das atas de votação, que ainda não foram divulgadas. 

“O Brasil quer ser parte da solução e não parte do problema. E parte da solução, no momento, é que as autoridades responsáveis pela eleição apresentem as atas de votação por seção detalhada para que o mundo inteiro possa olhar e ou confirmar o resultado da eleição ou dizer que tem problemas e buscar, se tiver problema, uma solução para isso. Então, o Brasil quer ser parte da solução, é isso que está sendo conduzido nos próximos dias”, avaliou. 

Nicarágua

Rui Costa também comentou a decisão do Brasil de expulsar a chefe da Embaixada da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matus, após governo da Nicarágua expulsar o embaixador do Brasil em Manágua, a capital do país centro-americano. Segundo o ministro, o Brasil adotou o princípio da reciprocidade.

“O presidente voltou a reafirmar na reunião que ele quer buscar a paz e o bom relacionamento com todo mundo, mas não pode aceitar que seus representantes, seus embaixadores, sejam importunados. A não ser que tenham cometido atos que fujam da tradição diplomática brasileira. Comprovado isso, o erro seria nosso, não comprovado isso é uma agressão fortuita ao padrão internacional de respeito às embaixadas e aos embaixadores”, finalizou Rui Costa.

Brasil, Colômbia e México pedem dados eleitorais da Venezuela

Em comunicado conjunto, os governos de Brasil, Colômbia e México pediram a divulgação dos resultados das eleição presidencial na Venezuela. 

Os três países solicitam que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) divulgue os dados “desagregados por mesa de votação”. O CNE ainda não apresentou publicamente os dados da votação de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação eleitoral, como determina a legislação do país.

Outro pedido é que as autoridades lidem com “cautela e moderação” as manifestações que estão ocorrendo no país desde o fim da eleição.

“Reafirmam a conveniência de que se permita a verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio fundamental da soberania popular. Ademais, reiteram o chamado aos atores políticos e sociais do país para que exerçam a máxima cautela e moderação em manifestações e eventos públicos e às forças de segurança do país para que garantam o pleno exercício desse direito democrático dentro dos limites da lei. O respeito aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer circunstância”, diz a nota, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 

Os governos informaram ainda que continuarão a manter conversas para que a própria Venezuela encontra soluções para o cenário atual. “Nesse sentido, reiteram sua disposição de apoiar os esforços de diálogo e busca de entendimentos que contribuam à estabilidade política e à democracia no país”.

Impasse

Como o CNE não apresentou os dados da votação, a oposição venezuelana criou uma página na internet com as supostas atas eleitorais que estão em sua posse. As lideranças opositoras afirmam que os documentos representam mais de 80% do total das mesas.

Ne Venezuela, ao encerrar a votação, a urna imprime a ata eleitoral que é distribuída a todos os fiscais de partidos presentes no local. Os documentos servem para conferir se os dados usados pelo CNE para totalização dos votos são os mesmos que saíram da urna no dia da votação.

Apesar de não disponibilizar aos partidos os dados por mesa, o CNE entregou as supostas atas originais ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) do país, que abriu uma investigação para apurar o processo eleitoral do dia 28 de julho. 

Convocado, o principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu ao TSJ alegando que a perícia do Tribunal usurpa as competências do CNE. Já os representantes dos partidos que deram sustentação a González compareceram, mas não entregaram as atas, alegando que elas já foram publicadas no site. 

O presidente Nicolás Maduro afirmou que entregará 100% das atas em posse do seu partido nesta sexta-feira (9).

Brasil, Colômbia e México pedem dados eleitorais da Venezuela

Em comunicado conjunto, os governos de Brasil, Colômbia e México pediram a divulgação dos resultados das eleição presidencial na Venezuela. 

Os três países solicitam que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) divulgue os dados “desagregados por mesa de votação”. O CNE ainda não apresentou publicamente os dados da votação de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação eleitoral, como determina a legislação do país.

Outro pedido é que as autoridades lidem com “cautela e moderação” as manifestações que estão ocorrendo no país desde o fim da eleição.

“Reafirmam a conveniência de que se permita a verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio fundamental da soberania popular. Ademais, reiteram o chamado aos atores políticos e sociais do país para que exerçam a máxima cautela e moderação em manifestações e eventos públicos e às forças de segurança do país para que garantam o pleno exercício desse direito democrático dentro dos limites da lei. O respeito aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer circunstância”, diz a nota, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 

Os governos informaram ainda que continuarão a manter conversas para que a própria Venezuela encontra soluções para o cenário atual. “Nesse sentido, reiteram sua disposição de apoiar os esforços de diálogo e busca de entendimentos que contribuam à estabilidade política e à democracia no país”.

Impasse

Como o CNE não apresentou os dados da votação, a oposição venezuelana criou uma página na internet com as supostas atas eleitorais que estão em sua posse. As lideranças opositoras afirmam que os documentos representam mais de 80% do total das mesas.

Ne Venezuela, ao encerrar a votação, a urna imprime a ata eleitoral que é distribuída a todos os fiscais de partidos presentes no local. Os documentos servem para conferir se os dados usados pelo CNE para totalização dos votos são os mesmos que saíram da urna no dia da votação.

Apesar de não disponibilizar aos partidos os dados por mesa, o CNE entregou as supostas atas originais ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) do país, que abriu uma investigação para apurar o processo eleitoral do dia 28 de julho. 

Convocado, o principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu ao TSJ alegando que a perícia do Tribunal usurpa as competências do CNE. Já os representantes dos partidos que deram sustentação a González compareceram, mas não entregaram as atas, alegando que elas já foram publicadas no site. 

O presidente Nicolás Maduro afirmou que entregará 100% das atas em posse do seu partido nesta sexta-feira (9).

Duda e Ana Patrícia garantem medalha para o Brasil no vôlei de praia

O Brasil garantiu mais uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris (França). Ela será alcançada por Duda e Ana Patrícia na disputa do vôlei de praia feminino. Mas ainda falta definir se a conquista será de prata ou ouro. Para chegaram à final na modalidade, as brasileiras derrotaram as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy por 2 sets a 1 (parciais de 22-20, 21-15 e 15-12) nesta quinta-feira (8).

BRASIL TÁ NA FINALLLLLLLLLLLL!!!!

VAMOOOOOOOOOS!

DEPOIS DE UM SET EMPATADO ATÉ O FINAL, ANA PATRÍCIA E DUDA VENCEM POR 15-12 E ESTÃO NA FINAL OLÍMPICA!

O VÔLEI DE PRAIA BRASILEIRO ESTÁ NA FINAL EM PARIS!

É BRASIL, CARAMBOLITAAAAAAAAAS!#JogosOlímpicos #TimeBrasil #Paris2024 pic.twitter.com/XbVmoZcWcL

— Time Brasil (@timebrasil) August 8, 2024

Na final as atuais líderes do ranking mundial da modalidade medirão forças com as canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson, a partir das 17h30 (horário de Brasília) da próxima sexta-feira (9).

Duda e Ana Patrícia realizam uma ótima campanha nos Jogos de Paris, com cinco vitórias por 2 sets a 0 nas partidas até as semifinais.

O SONHO DA FINAL OLÍMPICA É REAL!

VAMOS, BRASIL! #JogosOlímpicos #Paris2024 pic.twitter.com/sfLGt1K7NH

— Time Brasil (@timebrasil) August 8, 2024

Edival Pontes conquista bronze para o Brasil no taekwondo

O brasileiro Edival Pontes, o Netinho, conquistou a medalha de bronze na categoria até 68 quilos do taekwondo dos Jogos Olímpicos de Paris (França), nesta quinta-feira (8) na arena montada no Grand Palais, após derrotar o espanhol Javier Polo Perez por 2 rounds 1.

É BRONZE PARA O BRASIL!

NETINHO É BRONZE NO TAEKWONDO ATÉ 68KG

VAMOS, BRASIL!

É BRONZE, É BRONZE!#JogosOlímpicos #TimeBrasil #Paris2024 pic.twitter.com/FqNgoYKMkd

— Time Brasil (@timebrasil) August 8, 2024

Para alcançar o bronze olímpico o brasileiro teve que mostrar poder de reação, pois estreou na competição com derrota para o jordaniano Zaid Kareem. Mas Netinho recebeu a oportunidade de disputar a repescagem por causa da classificação do lutador da Jordânia à decisão na modalidade.

A medalha de Edival Pontes no taekwondo é a 15º do Brasil nos Jogos de Paris. Já na história da modalidade em Olimpíadas, a conquista de Netinho é a terceira de um brasileiro, após os bronzes de Natalia Falavigna, nos Jogos de Pequim (2008), e de Maicon Andrade, nos Jogos do Rio (2016).

É BRONZE PARA O BRASIL! 🥉

Em uma grande luta contra o espanhol, Netinho deu um show e garantiu a medalha de bronze para o #TimeBrasil no Taekwondo!

É O BRASA! 🔥✅#JogosOlímpicos #Paris2024 #Medley pic.twitter.com/Ha44YBwqjs

— Time Brasil (@timebrasil) August 8, 2024

Brasil adota reciprocidade e expulsa embaixadora da Nicarágua

O governo da Nicarágua expulsou o embaixador do Brasil em Manágua, a capital do país centro-americano, após o diplomata Breno Dias da Costa não comparecer ao aniversário de 45 anos da Revolução Sandinista, o que irritou o governo de Daniel Ortega. A cerimônia ocorreu no último dia 19 de julho.

Em reação à decisão de Ortega, o Itamaraty resolveu expulsar a chefe da Embaixada da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matus. A decisão foi tomada tendo em vista o princípio da reciprocidade, que consiste em aplicar a outro país as mesmas regras aplicadas ao Brasil. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Itamaraty, que acrescentou que o embaixador Breno da Costa deve deixar a Nicarágua ainda nesta quinta-feira (8).

O governo Ortega informou à diplomacia brasileira – há cerca de 15 dias – que cogitava expulsar o diplomata do país pelo não comparecimento dele no aniversário da Revolução que, em 1979, derrubou a ditadura de 40 anos da família Somoza.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou ainda que isso não representa uma ruptura das relações diplomáticas e que todos os serviços consultares prestados à população brasileira que vive na Nicarágua serão mantidos. O MRE estima que 180 nacionais vivam no país centro-americano.

Na prática, as expulsões dos embaixadores reduzem o nível de representação da Nicarágua no Brasil e do Brasil na Nicarágua. Isso porque o embaixador é o nível mais alto de representação de um país em outra nação. Nas relações internacionais, a expulsão de um embaixador é um gesto político que costuma expressar insatisfação.

Bispo preso

A relação entre os dois países vinha sendo desgastada desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou, a partir de um pedido do papa Franscisco, intermediar a libertação de um bispo que havia sido preso pelas autoridades nicaraguenses. Lula informou, em coletiva realizada em julho deste ano com veículos estrangeiros, que Ortega não retornou aos pedidos dele para uma conversa.

O governo da Nicarágua vem sofrendo críticas de organizações de direitos humanos internacionais e de alguns países, em especial os Estados Unidos, que acusam o presidente Daniel Ortega de reprimir a oposição e perseguir críticos com prisões arbitrárias.

“Pelo menos 119 pessoas continuaram detidas arbitrariamente após julgamentos injustos, incluindo Rolando Álvarez, o bispo católico de Matagalpa, que foi condenado a 26 anos de prisão por conspiração e divulgação de notícias falsas”, informou a organização não governamental (ONG) Anistia Internacional em informe publicado em abril deste ano.

A Nicarágua vem sofrendo ainda isolamento internacional, o que inclui sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos na tentativa de isolar economicamente a nação centro-americana.

Brasil perde para os EUA e disputará bronze no vôlei feminino

 

O vôlei feminino do Brasil perdeu a chance de disputar a medalha de ouro, ao perder por 3 sets a 2 para os Estados Unidos em partida disputada nesta quinta-feira (8) na Arena Paris Sul, dentro das Olimpíadas  2024. Com o resultado, as brasileiras disputarão a medalha de bronze no sábado (10) contra o perdedor da outra semifinal entre Itália e Turquia.

Até o jogo de hoje contra os EUA, o Brasil não havia perdido nenhum set durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, vencendo por 3 a 0 as partidas disputadas contra Quênia, Japão, Polônia e República Dominicana. Já as norte-americanas tiveram um início ruim, estreando com derrota para a China, mas vencendo Sérvia, França e Polônia.

O primeiro set foi vencido pelas norte-americanas por 25 a 23. O Brasil empatou vencendo o segundo set por 25 a 18. Na sequência, os EUA fizeram 25 a 15; e o Brasil venceu o quarto set por 25 a 23, levando a partida para o tie break, vencido pelos EUA por 15 a 11.

Primeiro set

O primeiro set foi marcado pela grande vantagem inicial obtida pelas norte-americanas que, com bloqueios eficientes e aproveitando erros de defesa do Brasil, abriram o placar em 5×0.

A ponteira Gabi, esperança de pontos para o Brasil, não começou bem o jogo do ponto de vista ofensivo, ainda que estivesse cumprindo bem seu papel com relação ao posicionamento defensivo do Brasil. Seu primeiro ponto só foi acontecer quando o placar já estava em 22 a 22.

A recuperação da equipe brasileira teve início antes, quando a oposta Tainara consegue, após o primeiro rali da partida, fazer o quinto ponto do Brasil, deixando o placar em 8 a 6. Na sequência, o bloqueio brasileiro, desta vez com Carol, mostrou eficiência, fazendo o sétimo ponto, possibilitando ao Brasil voltar ao jogo.

A partida se manteve equilibrada, com o placar chegando a 12 a 12. Com um bloqueio de Carol, o Brasil conseguiu ficar pela primeira vez à frente no jogo, quando o placar marcava 16 a 15. Em outro bloqueio, a diferença aumentou para 17 a 15 – momento em que o técnico norte-americano Kiraly pediu seu primeiro tempo técnico.

Com erro no saque da ponteira Plummer e um bloqueio de Thaíssa, o Brasil consegue, pela primeira vez, abrir três pontos de vantagem, chegando a 19 a 16. Até então, a equipe brasileira contabilizou sete pontos de bloqueio, mas, na sequência, cometeu uma série de erros de ataque e de defesa que possibilitaram, aos EUA, empatar novamente a partida -19 a 19 – levando o técnico brasileiro, José Roberto, a pedir tempo.

Ainda sentindo a pressão, o time brasileiro deixou os EUA abrirem o placar para 21 a 19, mas retornaram ao empate em 21 a 21, com um ace de Roberta; e em 23 a 23, em contra ataque brasileiro que finalizou com um ponto da ponteira Rosamaria, evitando set point para os EUA.

Na sequência, a ponteira Plummer chama a responsabilidade e faz dois pontos para fechar o set em 25 a 23. Foi o primeiro set perdido pelo Brasil, desde a estreia nos jogos de Paris.

Segundo set

Duas jogadoras brasileiras começaram a despontar durante o segundo set: as ponteiras Ana Cristina e Gabi. Gabi passou a ser mais acionada após um primeiro set em que atuava de forma mais defensiva.

Do ponto de vista estratégico, o Brasil passou a mirar seus saques na atacante norte-americana Plummer, que, com seus dois metros de altura, teve muito sucesso nos ataques, mas apresentava falhas do ponto de vista defensivo, cometendo erros de recepção.

Ao forçar saques de Plummer, o Brasil conseguiu dificultar o passe da equipe dos EUA, ao mesmo tempo em que dificultava as subidas dela ao ataque. Mais acionada, Gabi conseguiu fazer três pontos seguidos, deixando o Brasil em vantagem: 6×3.

Em jogada rápida, Thaísa fez o oitavo ponto brasileiro, deixando o placar em 8 a 6, mas os EUA empataram graças a uma bola colocada no centro da quadra do Brasil.

A partir deste ponto, Ana Cristina passou a ser mais acionada, retomando a vantagem para o Brasil – 10×8 – ampliada na sequência com um bloqueio duplo de Rosamaria e Carol. Ao fazer seu quarto ponto de contra-ataque no set, a vantagem brasileira passou para 13×8.

Gabi novamente fez uma boa sequência de pontos e, depois, com um ace da Carol, o placar chega a 18×12. Depois, com uma sequência de pontos de Ana Cristina, o Brasil fez 21×15, sendo a atleta a maior pontuadora do jogo, com 14 pontos.

O Brasil chegou ao set point com, em jogada central, fazendo 24×18, para fechar em 25×18 o set, empatando a partida em 1 set a 1. A maior pontuadora, com 11 pontos, foi Ana Cristina. O Brasil terminou o set mostrando o bom nível apresentado nas partidas anteriores.

Terceiro set

O time brasileiro iniciou o terceiro set mantendo a estratégia de sacar na atacante Plummer, na tentativa de provocar erros na defesa dos EUA. A jogadora, no entanto, voltou mais atenta e conseguiu fazer os dois primeiros pontos do set, deixando o placar em 2×1.

A estratégia foio mantida por Ana Cristina, sacando na ponteira, mas coube a Drews colocar os Estados Unidos vantagem: 3×2. A oposta passou a ser a alternativa dos EUA nas situações em que ficava inviável o ataque de Plummer.

O Brasil voltou a apresentar erros de recepção, deixando o time norte-americano abrir para 6×3, ampliando para 7×3 após bloqueio diante de tentativa de ataque de Gabi.

O técnico Zé Roberto, então, pediu tempo técnico, mas a estratégia não deu certo e, deixando Plummer livre, os EUA cravam uma cortada e ampliam a vantagem para 12×6 e, depois, para 15×8 com um bloqueio duplo sobre Gabi; e para 20×13 com erro de saque da líbero brasileira Natinha.

Novamente bloqueada, Gabi deixou a equipe norte-americana chegar ao 23º ponto, e o set fecha em 25×15. O EUA vencia mais um set jogando mais solto, deixando a partida em 2×1, demonstrando melhora em fundamentos como bloqueio. Já o Brasil apresentou instabilidade. Dali em diante, passou a jogar com a obrigação de virar a partida para manter viva a chance de obter a medalha de ouro.

Quarto set

No quarto set, as duas equipes mantiveram o jogo equilibrado, sem grandes distanciamentos no placar, até 9×9. Dali em diante, o Brasil abriu vantagem de três pontos, fazendo 13×10, mas permite aos EUA se aproximar em 14×13.

O Brasil, então, retomou a dianteira, chegando a 22×18, em ponto decisivo de Rosamaria explorando o bloqueio adversário. Novamente explorando o bloqueio, Rosamaria fez o Brasil chegar ao setpoint, em 24×21, fechando-o em 25×23 após invasão cometida pela equipe norte-americana.

O Brasil conseguiu empatar a partida em dois sets a dois, levando a partida para o quinto e decisivo set.

Tie Break

O quinto e decisivo set, mais curto, de apenas 15 pontos, começou com uma sequência de troca de pontos, com as equipes mantendo, no máximo, um ponto de vantagem até Gabi, com uma pancada, explorar o bloqueio dos EUA, fazendo 5×3 para as brasileiras.

Após tempo técnico pedido por Kiraly, as norte-americanas conseguiram virar a partida em 7×6 e, depois, com Drews, ampliar para 12×8.

A defesa dos Estados Unidos voltou a funcionar no quinto set, deixando o Brasil em uma situação difícil na reta final da partida. As brasileiras chegaram a acenar com uma reação, após Ana Cristina e Carol pontuarem, diminuindo a diferença para 12×10, mas a levantadora Poulter surpreendeu com um ponto, seguido de match point após bloqueio feito pela meio de rede Washington.

A vitória dos EUA veio, então, com Plummer, fechando o último set em 15×11. Agora, as norte-americanas disputarão a medalha de ouro com a equipe vencedora da outra semifinal, disputada entre Itália e Turquia.

Paris 2024 Olympics – Volleyball – Women’s Semifinals – Brazil vs United States – South Paris Arena 1, Paris, France – August 08, 2024. Rosamaria Montibeller of Brazil gestures as she walks off the court after losing the match against United States. Reuters/Siphiwe Sibeko/Proibida reprodução – REUTERS/Siphiwe Sibeko/Proibida reprodução

 

Transpetro conquista prêmio no Portos + Brasil pelo quarto ano seguido

A Transpetro (Petrobras Transporte S.A) recebeu dupla premiação pelos resultados das operações em seus terminais portuários na 5ª edição do Prêmio Portos + Brasil.

Os terminais de São Francisco do Sul (Tefran), em Santa Catarina, e de Angra dos Reis (Tebig), no Rio de Janeiro, foram contemplados na categoria Crescimento da Movimentação Granel Líquido, em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Essa é a quarta vez consecutiva que a empresa é premiada. Promovida pelo Ministério de Portos e Aeroportos, a cerimônia foi realizada nessa quarta-feira (7), em Brasília.

Reconhecimento

“Estamos mais uma vez honrados por receber o Prêmio Portos + Brasil. Este reconhecimento é reflexo do trabalho e dedicação de toda a nossa equipe, que se empenha continuamente em elevar os padrões e promover a excelência em nossas operações. O prêmio reafirma a importância de nosso compromisso com a inovação e a eficiência no setor portuário”, disse o chefe de gabinete da Presidência da Transpetro, Roni Anderson Barbosa.

Em 2023, o terminal de Tefran registrou crescimento de 8,8% em comparação a 2022 na movimentação de produtos, enquanto o Tebig, em Angra dos Reis, apresentou aumento de 26%.

Considerado o Oscar do setor portuário no Brasil, o Prêmio Portos + Brasil avalia a eficiência dos portos públicos e dos Terminais de Uso Privado (TUPs) no país em diversas categorias. Essa análise é feita levando em conta resultados financeiros, de movimentação e de gestão.

Ginástica rítmica: Bárbara Domingos põe Brasil em 1ª final individual

A curitibana Bárbara Domingos, de 24 anos, já alcançou o melhor resultado do Brasil em competições individuais da ginástica rítmica em Jogos Olímpicos. Babi se garantiu entre as 10 finalistas que vão brigar por medalhas na disputa que premia as ginastas mais completas da modalidade. A fase de classificação reuniu ao todo 24 ginastas, que se apresentaram em nos aparelhos bola, arco, fita e maças. A final será na sexta-feira (9) a partir das 9h30 (horário de Brasília).

BABI, VOCÊ É HISTÓRICAAAA!!! 🗣️🗣️🗣️

Em sua PRIMEIRA participação olímpica representando a Ginástica Rítmica do Brasil 🇧🇷, a ginasta alcançou 129.750 pontos! O suficiente para alcançar a PRIMEIRA FINAL OLÍMPICA DA HISTÓRIA da nossa GR INDIVIDUAL! WOW!!!

PARABÉNS BABI! Parabéns… pic.twitter.com/fAiZXllI80

— Confederação Brasileira de Ginástica (@cbginastica) August 8, 2024

Bárbara Domingos estreou se apresentando com a bola. A coreografia foi embalada pela música “Je sui Malade”, interpretada pela cantora belga Lara Fabian. A ginasta se saiu bem, e levou  nota 33.100. 

A apresentação seguinte, a do arco, foi a melhor da brasileira. Ao som de “Circle of Life”, música tema do filme “O Rei Leão”, Babi teve um desempenho excelente e recebeu a nota 34.750, a terceira melhor entre todas as competidoras no aparelho. Ao fim das primeiras duas séries (bola e arcos), Babi despontava na sexta posição geral.

A terceira apresentação do dia foi com a fita, ao som de uma versão da música “Bad Romance”, da multiartista norte-americana Lady Gaga. Em mais uma rotina sem falhas aparentes, a ginasta alcançou a nota 31.700.

Nas maças a exibição de Babi teve como trilha sonora uma versão em samba de “Garota de Ipanema”. A brasileira  teve uma pequena falha, ao deixar um dos dois aparelhos cair no chão. Mas, apesar do contratempo, a curitibana obteve nota 30.200, suficiente para garantir pela primeira vez uma brasileira na final da ginástica rítmica.

Na classificação final, Bárbara Domingos alcançou o somatório de 129.750 e terminou com a oitava melhor nota entre as 10 ginastas classificadas. A melhor nota foi a da italiana Sofia Raffaeli, com 139.100.

Ao contrário do que acontece nas etapas regulares de Copa do Mundo e nos Mundiais de ginástica rítmica, na Olimpíada não há finais por aparelhos. Apenas a final individual geral.

Antes da final individual geral com Babi,  a sexta (9) da ginástica rítmica em Paris começa às 5h, com as eliminatórias das provas por equipes, com participação do Brasil outros 12 países. A equipe brasileira titular conta com Deborah Medrado, Duda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victoria Borges.

A competição tem início com duas rotinas. Na primeira, os conjuntos se apresentam na prova dos cinco arcos. No segunda, as equipes competem na prova de três fitas e duas bolas. Avançam à final os oito melhores colocadas.

Brasil chega a 99,3% das crianças até 5 anos registradas em cartório

O Brasil tinha 99,3% das crianças de até 5 anos de idade com registro civil em 2022. Em termos absolutos, significa dizer que das 15,3 milhões de meninas e meninos dentro dessa faixa etária, 15,2 milhões tiveram o nascimento registrado em cartórios. O percentual indica evolução em relação à marca de 97,3%, apurada pelo Censo de 2010.

Os dados fazem parte de um suplemento do Censo 2022 divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de registro antes de a criança completar 1 ano foi de 98,3% em 2022, crescimento de 4,5 pontos percentuais em relação aos dados de 2010 (94,8%).

O registro civil em cartório, além de tornar oficial para o Estado a existência da pessoa, é o passo inicial para garantir a cidadania, que vai da retirada de documentos – a começar pela certidão de nascimento – a acesso a direitos básicos, como matrícula em escola, vacinação, atendimento médico e inclusão em programas sociais, como o Bolsa Família.

A universalização do registro civil no ano 2030, ou seja, garantir que todas as pessoas tenham reconhecimento oficial, é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O indicador da ONU estipula a universalização de crianças menores de 5 anos, ou seja, até 4 anos. De acordo com o IBGE, se o Brasil levar em conta apenas esse universo, o índice nacional está em 99,2%.

No Brasil, a Lei 6.015/1973 determina que todo nascimento deve ser registrado dentro do prazo de 15 dias, que é ampliado para até três meses em lugares distantes mais de 30 quilômetros da sede do cartório. A Lei 9.534, de 1997, garante a gratuidade do registro.

Em 2007, o governo federal firmou o Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-registro de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica. Em 2016, o Marco Legal da Primeira Infância facilitou o registro da criança mesmo sem o nome do pai no documento.

Indígenas

O Censo encontrou 114,2 mil brasileiros de até 5 anos sem registro em cartório, sendo que 10.262 eram indígenas que tinham apenas o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), emitido pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas que não corresponde ao registro civil nem substitui a certidão de nascimento.

O analista do IBGE José Eduardo Trindade explica que o Rani é um documento que serve para emissão posterior do registro civil, mas, por si só, não garante os direitos da criança. “O Rani é um caminho para o registro civil. O registro civil, sim, que garante os direitos”, afirma.

Ao classificar a população até 5 anos de idade por “cor ou raça”, os dados do IBGE mostram que a média nacional de crianças registradas (99,3%) se aproxima da média para brancos (99,5%), pretos (99,3%), pardos (99,3%) e amarelos (99,1%). Já a média no caso de indígenas chega apenas a 87,5%. São 20.841 indígenas sem registro em cartório.

Mesmo abaixo dos demais, o índice da população indígena representa um salto de 21,9 pontos percentuais desde a contagem censitária de 2010, quando o percentual era de 65,6%. Os demais grupamentos já superavam 97% no censo anterior.

José Eduardo Trindade defende que a abordagem do Estado para fazer aumentar o percentual de indígenas com registro de nascimento deve ser feito com “cuidado muito grande e com respeito à população”.

“O indígena não é obrigado a fazer o registro civil”, lembra. “Mas, ao mesmo tempo, o Estado o protege para que seja feito o registro para que tenha acesso à saúde, educação, auxílios sociais, previdência. É extremamente importante para os indígenas terem os seus direitos assegurados”, emenda.

Recorte regional

O levantamento revela que das cinco grandes regiões do país, apenas o Norte fica abaixo da média nacional, com 97,3% de pessoas até 5 anos de idade com registro de nascimento em cartório.

Entre as unidades da Federação (UFs), Roraima (89,3%) é a única que fica com percentual abaixo de 90%.

Nenhuma UF alcança a universalização. Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais são os estados que mais se aproximam, com 99,7%. O estado mais populoso do país, São Paulo, aparece logo em seguida (99,6%).

Ao se analisar as estatísticas por municípios, o IBGE mostra que 1.908 cidades brasileiras (19,7% do total de municípios do país) tinham 100% das crianças de até 5 anos registradas em cartório. Em 2010, eram 624 (11,2% do total).

No mesmo intervalo de tempo, a quantidade de municípios com cobertura menor que 95% caiu de 441 (7,92%) para 65 (1,17%).

O Rio Grande do Sul se destaca como o estado com maior parcela de municípios que atingiram a universalização. São 42,1% das cidades gaúchas. Santa Catarina (30,5%) e Minas Gerais (30%) figuram na sequência. São Paulo é o quinto colocado, com 26,2% das cidades.

Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Maranhão e o Distrito Federal não tinham uma cidade sequer com universalização do registro civil.

Dentre os dez municípios brasileiros com os menores percentuais de registros em cartório de crianças até 5 anos, sete ficam em Roraima ou no Amazonas. Os menores índices ficam nas cidades roraimenses Alto Alegre (37,7%) e Amajari (48,1%) e a amazonense Barcelos (62,5%). Cada uma delas tinha mais de mil crianças até 5 anos sem registro.

O analista do IBGE pontua que os três municípios comportam parte da Terra Indígena Yanomami. “São regiões que precisam de atenção maior. Temos que pensar em como incluir todos para terem seus direitos adquiridos”, ressalta.

Expectativa

José Eduardo Trindade considera que o Brasil avançou em relação à cobertura de nascimentos e acredita que o país completará o ODS da ONU até 2030. “Estamos próximos da universalização”.

Como um dos caminhos para facilitar o registro das crianças, ele defende que cartórios tenham mais capilaridade em municípios de grande extensão territorial.

Trindade destaca o Marco Legal da Primeira Infância, instituído em 2016, como um dos fatores principais que justificam o avanço do Brasil entre os Censos 2010 e 2022. Além da possibilidade de registro sem o nome do pai, a lei determinou que estabelecimentos de saúde públicos e privados que realizam partos devem ser interligados, por sistema informatizado, aos cartórios.

“A criança sair da maternidade já com registro foi um salto bem grande”, avalia.