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Atletismo brasileiro abre o sábado com quatro medalhas

O atletismo brasileiro conquistou quatro medalhas na manhã deste sábado (7) nos Jogos Paralímpicos de Paris (França). O destaque no Stade de France foi a corredora maranhense Rayane Soares, que completou a prova dos 400 metros da classe T13 (atletas com deficiências visuais) com o tempo de 53s55 para conquistar o ouro e bater o recorde mundial da prova, marca que durava desde 1995.

“Eu estava muito confiante. Eu sentia que era o meu momento. Eu me via no pódio, me via pegando a medalha de ouro. Eu pedia para Deus o tempo todo para me dar força e coragem, pois treinada eu estava”, declarou a brasileira após a prova.

Já nos 200 metros classe T37 (atletas paralisados cerebrais) o Brasil conseguiu uma dobradinha, com a prata do fluminense Ricardo Mendonça (22s71) e o bronze do paulista Christian Gabriel (22s74). O ouro ficou com Andrei Vdovin (22s69), que está no time de atletas paralímpicos neutros.

Outra medalha garantida na manhã deste sábado no atletismo foi o bronze do sul-mato-grossense Paulo Henrique dos Reis no salto em distância classe T13 (deficiência visual). A conquista foi alcançada com um salto de 7,20 metros.

Pratas na sexta

No final da tarde de sexta-feira (6) o Brasil garantiu duas pratas, no arremesso de peso classe F57 (para atletas que competem sentados) com Thiago Paulino e com Zileide Cassiano no salto em distância classe T20 (atletas com deficiência intelectual).

Campanha histórica

Com estes resultados no atletismo o Brasil já chegou a 75 medalhas em Paris, cumprindo a sua melhor campanha em uma edição de Jogos Paralímpicos. Até então as melhores performances brasileiras no megaevento haviam sido alcançadas no Rio de Janeiro (2016) e em Tóquio (2020), oportunidades nas quais chegou à marca de 72 medalhas.

Atletismo conquista mais três medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris

O Brasil conquistou mais três medalhas no atletismo na manhã desta terça-feira (3), nos Jogos Paralímpicos de Paris. Um ouro, com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, e um bronze, com o paulista Júlio César Agripino, nos 1500m da classe T11 (deficiência visual), e uma prata com a baiana Raissa Machado no lançamento de dardo da classe F56 (competem sentados).

Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.

“Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, disse Yeltsin.

Yeltsin conquistou sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Ele ganhou o bronze em Paris nos 5000m, prova em que Júlio Agripino foi ouro.

Dardo

Raissa Machado lançou em 23,51m e ficou atrás somente dos 24,99m de Diana Krumina, da Letônia. Essa é a segunda medalha de Raissa em Jogos. Em Tóquio 2020, ela também foi prata na mesma prova. No Mundial de Kobe 2024 ela conquistou a medalha de ouro.

“Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles (nos Jogos Paralímpicos de 2028)”, disse Raissa.

O maranhense Bartolomeu Chaves garantiu sua vaga na final dos 400m T37 (paralisados cerebrais) ao vencer a sua bateria com o tempo de 52s34. A final acontece às 06h05 (de Brasília) desta quarta-feira.

A maranhense Rayane Soares avançou à final dos 100m T13 (deficiência visual) com o tempo de 11s90, novo recorde das Américas. O anterior era de 11s99, feito pela cubana Omara Duran em Guadalajara 2011.

Outra brasileira envolvida na disputa, a sul-mato-grossense Gabriela Mendonça também avançou à final, com 12s76. A final será às 15h08 (de Brasília).

Atletismo

Entre as brasileiras, somente a potiguar Maria Clara Augusto avançou à final dos 100m T47 (deficiência nos membros superiores). Ela fez a sua melhor marca na temporada, 12s63, e avançou com o oitavo melhor tempo. A paraense Fernanda Yara, medalhista de ouro na prova dos 400m, fez o tempo de 12s64 e ficou fora da final, com o nono tempo geral. A final acontece às 15h16 (Brasília).

A mineira Izabela Campos terminou na quarta colocação na final do lançamento de disco F11 (deficiência visual). Ela lançou em 34,94m. A vencedora da prova foi a chinesa Liangmin Zhang, com 39,08m.

Nesta terça-feira à tarde, no horário de Brasília, o Brasil disputará ainda seis finais. A acreana Jerusa Geber, recordista mundial, está na final dos 100m da classe T11 (deficiência visual), junto com a paranaense Lorena Spoladore. A disputa será às 15h03 (horário de Brasília).

Às 15h44 (horário de Brasília), os paulistas Samuel Conceição e Daniel Martins disputam a final dos 400m da classe T20 (deficiências intelectuais) na briga por medalha.

Natação

Os brasileiros da modalidade vão disputar seis finais ainda nesta terça-feira, a partir das 12h30 (de Brasília).

O paulista Victor Almeida dos Santos, 16, caçula da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, avançou às finais dos 100m costas da classe S9 (limitação físico-motora). Ele fez a distância em 1min04s78 – a sexta marca geral das eliminatórias. A final será às 12h37 (de Brasília).

Outro brasileiro envolvido na disputa, o paulista Lucas Mozela não se classificou. Ficou em 12⁰, com o tempo de 1min07s72.

A fluminense Mariana Gesteira avançou com o segundo tempo das classificatórias na Arena La Défense. Ela nadou os 100m costas, da classe S9 (limitação físico-motora), em 1min10s80. A final será às 12h44 (de Brasília).

Finais

Maior medalhista de ouro brasileira em Jogos Paralímpicos, a nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (deficiência visual), nadou os 200m medley SM13, ou seja, competiu contra atletas com menores limitações visuais.

Bronze no Mundial de Manchester 2023 nessa prova, Carol passou para a final em Paris com o sexto melhor tempo das eliminatórias: 2min32s84. A decisão por pódio acontecerá às 15h04 (de Brasília).

O paulista Gabriel Melone também estará nas finais. O nadador fez os 50m borboleta, da classe S6 (limitação físico-motora), em 33s05 e avançou com a sexta melhor marca para a decisão. A prova ocorrerá às 13h (de Brasília).

A mineira Mayara Petzold estará na disputa por medalhas nos 50m borboleta femininos, da classe S6 (limitação físico-motora), a partir 13h05 (de Brasília). Nas eliminatórias, ela fez o tempo de 38s – o terceiro geral.

O paulista Samuel Oliveira também voltará à piscina na noite de Paris, tarde do Brasil. Ele se classificou nos 50m costas, da classe S5 (limitação físico-motora), com a quinta marca – 36s47. A final será às 13h27 (de Brasília).

As brasileiras Maiara Barreto e Edênia Garcia não avançaram à final dos 100m livre da classe S3 (limitação físico-motora). A paulista Maiara Barreto fez o 10º tempo das eliminatórias (2min24s98), enquanto a cearense Edênia Garcia finalizou a distância em 2min40s86 – 16ª marca.

Tênis de mesa

Pelas oitavas de final, a paranaense Danielle Rauen venceu na manhã desta terça a croata Mirjana Lucic por 3 a 0 (11/8, 12/10 e 11/6) e está na quarts de final da classe WS9 (para andantes) no individual. Já a paulista Jennyfer Parinos perdeu da ucraniana Iryna Shynkarova por 3 a 1 (11/9, 13/11, 7/11 e 11/1) e está eliminada também na categoria WS9 individual.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Atletismo: Claudiney Batista é tricampeão e Beth Gomes prata em Paris

O Brasil emplacou mais dois ouros no atletismo nesta segunda-feira (2) em Paris com Claudiney Batista, que se tornou tricampeão no lançamento de dardo, e Beth Gomes no lançamento de peso, ampliando para 13 o total de medalhas na modalidade. quase metada dos 30 pódios do país nesta edição dos Jogos Paralímpicos. Além das conquistas, seis outros brasileiros se classificaram às finais e vão brigar pelo pódio a partir das 5h (horário de Brasília) de terça-feira (3).

Na tarde desta segunda (2), Beth Gomes, atual campeã paralímpica no lançamento de dardo, volta a entrar em cena para defender o título no dardo, sua especialidade,  a partir das 14h04, e três compatriotas (Lorena Spoladore, Jerusa Geber e Jhulia Karol ) disputam as semifinais da provas dos 100m classe T11 (deficiência visual) às 14h20.  Desde o último sábado (31 de agosto), as competições em Paris têm transmissão ao vivo online (on streaming) no canal dos Jogos Paralímpicos no YouTube.

O primeiro comemorar o pódio e o tricampeonato, com direito a recorde paralímpico, foi o mineiro de Claudiney Batista, de 45 anos. O lançador da classe F56 (atletas que competem sentados) conseguiu cravar a marca de 46,86 metros. A prata ficou com o indiano Yogesh Katuniya (42,22m) e o bronze com o grego Konstantinos Tzounis (41,32m).

“É um mix de emoções. Feliz com esse tricampeonato, é muito treino, muito foco, muita determinação, treinei bastante nessa aclimatação. Nesse momento vale tudo, alimentação, descanso, a ótima estrutura que o comitê nos deu em Troyes [na França]. Estava com um desconforto na coluna, fiquei apreensivo, mas na hora ali a adrenalina subiu, não senti dor e deu tudo certo”, comemorou Claudiney, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Porta-bandeira na abertura dos Jogos em Paris, a paulista Beth Gomes, atleta da classe F53 (para competidores em cadeiras de rodas, com sequels de poliomelite, lesões medulares e amputações) estava exultante após a conquista da prata no arremesso de peso das classes F53/54. A brasileira competiu com adversárias de uma classe acima da sua, a F54, que reúne atletas com menor comprometimento físico-motor. A mexicana Gloria Zarza Guadarrama, da classe F54, foi ouro com a marca de 8,06m e o bronze ficou com a uzbeque Nurkhon Kurbanova (7,75m), atleta da classe F54.

Essa medalha está saindo para mim com gostinho de dever cumprido, porque eu competi numa classe acima da minha, e eu acreditei que tinha chance. E eu fui buscar no último arremesso a medalha de prata, com gostinho da de ouro, com recorde mundial Parabéns a todas atletas que participaram, gratidão é minha única palavra”, disse Beth Gomes que caiu em lágrimas após o término da prova. A atleta desabafou o motivo do choro: “Vem [à cabeça] o retrocesso de tudo que passei, de reclassificações, de ficar fora do Rio 2016, em que era a minha chance de medalha no arremesso de peso. E quis Deus que eu viesse nesta Paralimpíada, numa prova secundária, e viesse buscar a tão sonhada medalha lá de 2026. É muita emoção, muita gratidão”.

Atual campeã no lançamento de disco, Beth Gomes vai defender o título nesta prova logo mais, às 14h04 , (horário de Brasileiro). A brasileira já arrematou o ouro este ano na modalidade no Mundial de Kobe (Japão).

Semifinais a partir das 14h20 desta segunda (2)

Três brasileiras avançaram às semifinais dos 100m classe T11 (deficiência visual), com início ás 14h20 desta segunda (2), Lorena Spladore liderou sua bateria nesta manhã e cravou seu melhor tempo na temporada: 12s11. Quem também avançou à semi com o primeiro lugar em sua bateria foi a acreana Jerusa Geber (12s57). A última brasileira a competir foi a paranaense Jhulia Karol (12s56), também garantida na semi.

Brasileiros garantidos em finais na terça (3)

Seis representantes do país foram bem nas provas classificatórias nesta manhã e asseguraram presença na decisão por medalhas a partir das 5h de terça-feira (2). O sul-matogrossensse Yeltsin Jacques e o paulista Júlio César Agripino – ambos já subiram ao pódio em Paris – vão lutar pelo pódio na final dos 1.500m T11 (deficiência visual). O melhor tempo na classificatória foi obtido por Yeltsin: 4min03s22, sua melhor marca na temporada. O compatriota Agripino avançou com o quarto melhor tempo (4min10s10).

A final feminina dos dos 1.500m classe T54 (cadeirantes), a partir das 7h25, contará com a panaense Aline Rocha. Aline ficou em quinto lugar na sua bateria, última posição que garantia a classificação à final. A paulista Vanessa Cristina ficou em oitavo lugar (3min30s86) em outra bateria e está fora da final.

Ouro de Fernanda Yara encabeça dia de conquistas do atletismo

O currículo do atletismo mostra que o esporte é o que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. Neste sábado (31), os atletas da modalidade fizeram jus à fama e, de uma tacada só, acrescentaram mais cinco a essa conta, chegando a um total de 180.

O destaque no segundo dia de competições de atletismo foi a prova dos 400 metros classe T47, para atletas com deficiência nos membros superiores. A paraense Fernanda Yara foi a grande vencedora, com o tempo de 56s74 e para completar a potiguar Maria Clara Augusto ficou com o bronze, registrando 57s20.

Fernanda Yara, de 38 anos, tem uma trajetória peculiar dentro dos Jogos Paralímpicos. Esta é a terceira participação dela na carreira, porém com um longo hiato de 13 anos entre e a primeira e a segunda – Pequim 2008 e Tóquio, em 2021. Ela vem de um bicampeonato mundial nesta mesma prova, na mesma Paris, em 2023 e em Kobe, no Japão, neste ano. 

Fernanda tem uma má-formação congênita no braço esquerdo, logo abaixo do cotovelo. Já Maria Clara, que tem uma deficiência muito semelhante, tem apenas 20 anos e participa dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez. Tanto Fernanda quanto Maria Clara conquistaram um inédito pódio paralímpico.

Mais cedo, na final dos 400 metros rasos femininos classe T11 (atletas cegos), Thalita Simplício chegou à quinta medalha paralímpica da carreira ao conquistar a prata, com o tempo de 57s21.

Na final dos 100 metros rasos T12 (atletas com baixa visão), Joeferson Marinho ficou com o bronze com o tempo de 10s84. O atleta de 25 anos conquistou a primeira medalha paralímpica de sua carreira.

Para fechar a tarde/noite vencedora do Brasil em Paris, a prova mais longa terminou com o bronze de Cícero Nobre no lançamento de dardos classe F57 (atletas competem sentados). Ele registrou 49,46m. Nobre já havia conquistado o mesmo resultado nesta prova em Tóquio.

Natação

Logo depois do atletismo, a natação é a maior fonte de medalhas para o Brasil nos Jogos. Depois dos ouros de Carol Santiago e Gabriel Araújo, quem fechou o sábado com chave de ouro – ou prata – para o país foi Wendell Belarmino.

O nadador brasiliense ficou em segundo lugar na prova dos 50 metros livre classe S11, para atletas com deficiência visual. Belarmino – que já tinha três medalhas no currículo, todas conquistadas em Tóquio – fez exatamente o mesmo tempo que o chinês Dongdong Hua (26s11).

Ambos levaram a prata porque o japonês Keiichi Kimura foi o medalhista de ouro, com o tempo de 25s98. Na mesma prova, outro brasileiro, Matheus Rheine, terminou em oitavo.

Alavancado pelos bons resultados do atletismo e da natação, o Brasil terminou o terceiro dia de competições em terceiro lugar no quadro de medalhas, com 23 pódios, sendo oito medalhas de ouro, três de prata e doze de bronze. Apenas China e Grã Bretanha estão à frente.

Atletismo leva mais 2 ouros com Petrúcio Ferreira e Ricardo Mendonça

O primeiro dia do atletismo na Paralimpíada de Paris foi dourado para o Brasil do início ao fim das provas no Stade de France nesta sexta-feira (30). Após o ouro conquistado pela manhã por Júlio César Agripino, nos 5.000 metros, nesta tarde Petrúcio Ferreira se tornou tricampeão nos 100m da classe T47 (deficiências dos membros superiores) e Ricardo Mendonça também garantiu a medalha de ouro nos 100m da classe T37 (paralisados cerebrais). E ainda teve a classificação de Thalita Simplício, atual campeã mundial nos 400m, à final da mesma distância na classe T11 (deficiências visuais). Ela venceu com sobra a bateria classificatória com o tempo de 58s56. A velocista potiguar, vice-campeã nos Jogos de Tóquio, vai brigar pelo ouro às 16h14 (horário de Brasília) deste sábado (31).

É TRIIII 🥇🥇🥇 Petrúcio Ferreira volta para o Brasil com sua terceira medalha paralímpica nos 100m T47. Ele fez história em #Paris2024. FOI DEMAIS! ✨👏#BrasilParalímpico #JogosParalímpicos pic.twitter.com/dt43kGinmB

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 30, 2024

Nascido em São José do Brejo da Cruz, no sertão pernambucano, Petrúcio Ferreira arrancou para a vitória nos 100m até cruzar a linha de chegada com o tempo de 10s68, deixando para trás o norte-americano Korban Best, medalha de prata e o marroquino Aymane El Haddaoui, com o bronze – ambos terminaram a prova empatados com a marca de 10s75.

Além dos três ouros paralímpicos nos 100m – o obtido hoje e os de Tóquio 2020 e Rio 2016 – Petrúcio Ferreira coleciona ainda outras três medalhas: bronze nos 400m classe T47 (Tóquio) e prata na mesma prova na Rio 2026, além de um prata no revezamento 4 x 100m também na Rio 2016.

“Sou muito grato por tudo isso, agradeço quem acredita no meu trabalho. Esse ano eu venho sofrendo muito, briga interna com meu corpo, muitas lesões, me machucando muito, muita cobrança, eu me cobro muito. Isso aqui é só diversão para mim”, revelou Petrúcio após a vitória, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

O paraibano, de 27 anos, perdeu parte do braço esquerdo após sofrer um acidente com uma máquina de moer capim. Talentoso pela agiliade com a bola no futsal, ele chamou atenção de um treinador e migrou para o altetismo.

Chuva de ourooos 🇧🇷🇧🇷🇧🇷

🥇 Ricardo Mendonca vence os 100m da classe T37 e garante sua medalha de ouro nos #JogosParalímpicos #Paris2024 🏃🏽#BrasilParalimpico pic.twitter.com/b6Zq15JAno

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 30, 2024

A tarde também foi de festa para o velocista Ricardo Medonça. Natural de Natividade (RJ), o atual campeão mundial nos 100m T37, largou mal, mas fez uma prova de recuperação até vencer com o tempo de 11s07, 19 centésimos à frente do indonésio Saptoyogo Purnomo (1s26), medaha de prata, e de Andrei Vdovin (11s41) – atleta paralímpico neutro – que completou o pódio com o bronze.

“Eu fiz o que tinha que fazer. Saí tendo que correr o mais rápido possível, como meu treinador pede. Na final, não tem corrida bonita, tem corrida rápida. E essa foi rápida o suficiente para trazer o ouro. Melhorei meu tempo, eu queria isso. Não foi tão mais rápido que na semi, mas consegui abaixar e estou muito satisfeito. Ainda não é o fim. Ainda tem os 200m, minha prova favorita. Dos 100m, foi sensacional, não poderia esperar mais”, celebrou Ricardo Mendonça, natural de Natividade (RJ), que nos Jogos de Tóquio foi bronze na provas dos 200m T37.

As provas do atletismo se estenderão até 8 de setembro, último dia da Paralimpíada. A modalidade é a que soma mais medalhas para o Brasil na história dos Jogos. O total de pódios com as conquistas desta sexta (30) – três ouros e um bronze –  subiu para 174 (51 de ouro, 70 de prata e 53 de bronze).

Equipe de atletismo inicia aclimatação para Jogos Paralímpicos

Os atletas brasileiros que participarão da próxima edição dos Jogos Paralímpicos já começaram a chegar à França. Um exemplo é a seleção brasileira de atletismo, que já está na cidade de Troyes (que fica a cerca de 160 quilômetros de Paris) para realizar sua aclimatação para o megaevento esportivo, que será realizado entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro.

O Brasil será representado na modalidade por 71 atletas com deficiência e 18 atletas-guia, totalizando 89 competidores. Este número é um recorde, superando, inclusive, a equipe que participou dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, oportunidade na qual o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) convocou 61 esportistas e 18 atletas-guia da modalidade.

Bom demais ter o atletismo aqui em Troyes para a aclimatação de Paris 2024! 🇫🇷 🫶

Faltam só mais 9 dias para os Jogos Paralímpicos começarem! 💛💚#BrasilParalímpico #Paris2024 #JogosParalímpicos pic.twitter.com/lPQWaYO0hl

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 19, 2024

“A cota máxima de atletas por país no atletismo é de 73 competidores. Quase a atingimos. Talvez só a China tenha chegado a esse número”, declarou o coordenador de atletismo do CPB, João Paulo da Cunha, que explicou que este é o resultado de um trabalho feito pela entidade há alguns anos, contabilizando também ciclos anteriores.

Um dos destaques da equipe é o velocista Petrúcio Ferreira, de 27 anos. Tetracampeão mundial nos 100 metros da classe T47 (deficiência nos membros superiores), sendo que dois títulos foram conquistados neste ciclo, o atleta chega aos Jogos de Paris em busca do seu tricampeonato paralímpico. “Esta será a minha terceira vez nos Jogos Paralímpicos e estou mais ansioso do que na primeira. Agora eu já sou conhecido e sei como é a cobrança, mas cheguei aqui para me divertir e tentar conquistar mais um título para o nosso país”, afirmou o atleta, que correrá nos 100 metros e nos 400 metros em Paris.

A seleção de atletismo está em Troyes junto com as equipes de badminton, goalball, natação, remo, taekwondo, tênis em cadeira de rodas e tênis de mesa. Na próxima terça-feira (20) chegarão os atletas da canoagem e do futebol de cegos. No total o Brasil será representado nos Jogos de Paris por 280 atletas, sendo 255 com deficiência, em 20 modalidades.

Brasil fica fora da final do revezamento 4x100m no atletismo em Paris

Na primeira sessão desta quinta-feira (8) do atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris, os atletas do Brasil não conseguiram avançar para as finais. Na segunda bateria das eliminatórias, o quarteto verde a amarelo – Gabriel dos Santos, Felipe Bardi, Erik Cardoso e Renan Gallina – cruzou a linha de chegada com o tempo de 38seg73, o sexto melhor da série.

A marca, no entanto, foi insuficiente para figurar entre as oito melhores da competição, que avançaram à final. O melhor tempo foi obtido pelo time dos Estados Unidos: 37seg47. Uma curiosidade é que a tradicional equipe da Jamaica, detentora dos recordes olímpico e mundial na prova, ficou de fora da final, com a marca de 38seg45.

As eliminatórias do arremesso de peso feminino tiveram a participação de duas brasileiras. No grupo A, Livia Avancini terminou na 15ª colocação, com a marca de 16m26, e ficou fora da final. O mesmo aconteceu com Ana Caroline Silva, que teve como melhor arremesso 17.09 e foi a 11ª colocada no grupo B.

QUEBRADOR DE RECORDES! 💪🏽🇧🇷

Nas classificatórias do lançamento do dardo em #Paris2024, Luiz Maurício bate o recorde sul-americano de 85m57, que pertencia a ele mesmo, e se classifica para a final na quarta posição do Grupo B, com a marca de 85m91! 👏🏼

A disputa pela medalha será… pic.twitter.com/T0syjei8wU

— Time Brasil (@timebrasil) August 6, 2024

Brasil na final do lançamento de dardo 

Ainda hoje, a partir das 15h25 (horário de Brasília), Luiz Maurício da Silva participa da final do lançamento de dardo. O atleta mineiro de 24 anos se classificou na última terça-feira (6) com a sexta melhor marca da eliminatória (85m91), novo recorde sul-americano da prova.

Fabiana Murer aposta em medalhas para o atletismo brasileiro em Paris

Fabiana Murer sabe bem o que é representar o Brasil em uma Olimpíada. Atleta do salto com vara, ela foi campeã mundial e panamericana e disputou três Olimpíadas. Na tarde desta sexta-feira (26) ela passou pela fanfest do Parque Villa-Lobos, em São Paulo, para conversar e tirar fotos com o público. E fez suas apostas sobre o atletismo em Paris.

“A gente está indo com uma delegação bem grande para Paris, mas sempre é muito difícil. Buscar medalha é sempre muito competitivo, mas nós temos sim, duas grandes chances de medalha”, falou ela hoje, em entrevista à Agência Brasil.

Sua primeira aposta é sobre os 400 metros com barreiras masculino, com Alison dos Santos, mais conhecido como Piu. “Ele tem muitas chances de medalha de ouro, mas vai ser uma prova disputadíssima, mas acho que medalha ele vai ter”, comentou.

Sua outra expectativa positiva é sobre Caio Bonfim, da marcha atlética 20 km. “Ele foi medalhista no Mundial do ano passado e vem super bem, fez todo o treinamento direitinho”.

Uma terceira medalha, disse ela, pode ser conquistada no revezamento misto da marcha atlética, com Caio Bonfim e Viviane Lyra. “A Viviane Lyra competiu bem no ano passado, no Mundial e, o Caio, nem se fala. Ele está super bem. Então, juntando os dois numa prova, pode sair medalha também”, comentou.

Além da boa expectativa sobre o desempenho dos atletas brasileiros, Murer disse esperar muitos recordes sendo batidos nas provas de atletismo em Paris. “Vejo que virão muitos recordes, não só olímpicos, mas eu acho que vai sair recorde mundial. Nas competições disputadas esse ano, já teve muitos recordes mundiais sendo batidos como nos 400 metros com barreiras feminino. A Sydney McLaughlin-Levrone, americana, bateu recorde nos trials americanos. E ela vem muito forte, mas também tem uma holandesa, a Femke Bol, que também correu sua melhor marca esse ano. E o Armand Duplantis, do salto com vara masculino, já bateu recorde do mundo esse ano, saltando 6,24 metros, e eu tenho certeza que ele vai pro recorde esse ano também na Olimpíada”, comentou.

Em entrevista à Agência Brasil, Murer ainda recordou a sensação de estar em uma Olimpíada. “É sempre emocionante. Estar numa Olimpíada ou assistir dá aquela saudade, aquela vontade de estar na vila de novo, de sentir aquele frio na barriga e toda a expectativa da competição. Mas agora eu estou aqui só na torcida”, falou. “A Olimpíada é muito especial, é o sonho do atleta. Foi meu sonho quando eu entrei no esporte. E eu fui para três Olimpíadas. Então agora é curtir cada momento e torcer por nossos atletas”.

Confederação de Atletismo confirma 43 atletas do Brasil em Paris 2024

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou a lista dos 43 atletas do país classificados à Olimpíada de Paris – 19 mulheres e 24 homens. Quinze atletas – entre eles Alison do Santos, número 2 do mundo nos 400 metros com barreiras – garantiram presença em Paris ao conseguirem o índice olímpico, mas a maioria carimbou o passaporte por meio de pontuação no ranking mundial da World Athletics (federação internacional da modalidade). A janela de pontuação chegou ao fim em 30 de junho. Confira a lista completa ao fim do texto. 

De acordo com Wlamir Motta Campos, presidente da CBAt, o Brasil pode contar ainda com outros três atletas que ficaram fora da lista de convocados em razão de exigências da World Athletics, relacionadas a realização dos testes antidoping. São eles: Max Batista (marcha atlética), Lívia Avancini (arremesso de peso) e Igor Gabriel Soares (revezamento 4x 100m). Segundo Campos, o trio fez ao menos três testes nos últimos meses, a contar de setembro de 2023, no período de 21 dias. No entanto, a World Athletics afirma que o período de 21 dias não teria sido respeitado, razão que inviabiliza a convocação do trio.

“A CBAt recorreu à World Athletics para que esses atletas estivessem elegíveis, para que pudéssemos fazer a convocação hoje, mas houve uma negativa. Então nós iremos recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, vamos às últimas consequências para assegurar a participação desses atletas”, garantiu o dirigente.

Além de Alison dos Santos – invicto nesta temporada no ranking da Diamond League (circuito mundial) dos 400m com barreiras – o Brasil também tem chances de subir ao pódio olímpico na prova da marcha atlética (Caio Bonfim, Érica Sena e Viviane Lyra) e com Darlan Romani (arremesso de peso).

Até o momento, o Brasil totaliza 278 atletas confirmados nos Jogos de Paris, com abertura em 26 de julho. As provas de atletismo ocorrerão no período de 1º a 11 de agosto. 

Convocados

Equipe feminina

Vitória Rosa – 100m rasos
Ana Azevedo – 100m e 200m rasos
Lorraine Martins – 200m rasos
Tiffany Marinho – 400m rasos
Flávia Lima – 800m rasos
Chayenne Pereira da Silva – 400m com barreiras
Tatiane Raquel – 3000m com obstáculos
Valdileia Martins – salto em altura
Juliana Campos – salto com vara
Eliane Martins – salto em distância
Lissandra Campos – salto em distância
Gabriele Sousa – salto triplo
Ana Caroline da Silva – arremesso de peso
Izabela Rodrigues da Silva – lançamento de disco
Andressa Morais – lançamento de disco
Jucilene Lima – lançamento de dardo
Érica Sena – 20km marcha atlética
Gabriela Muniz – 20km marcha atlética
Viviane Lyra – 20km marcha atlética e revezamento misto

Equipe masculina

Felipe Bardi – 100m rasos e revezamento 4x100m
Erik Cardoso – 100m rasos e revezamento 4x100m
Paulo André Camilo – 100m rasos e revezamento 4x100m
Gabriel Garcia – revezamento 4x100m
Renan Gallina – 200m rasos e revezamento 4x100m
Matheus Lima – 400m rasos, 400m com barreiras e revezamento 4x400m
Lucas Carvalho – 400m rasos e 4x400m
Lucas Vilar – revezamento 4x400m
Jadson Lima – revezamento 4x400m
Douglas Hernandes – revezamento 4x400m
Rafael Pereira – 110m com barreiras
Eduardo de Deus – 110m com barreiras
Alison dos Santos – 400m com barreiras e revezamento 4x400m
Fernando Ferreira – salto em altura
Lucas Marcelino dos Santos – salto em distância
Almir Júnior – salto triplo
Darlan Romani – arremesso de peso
Wellington Morais – arremesso de peso
Luiz da Silva – lançamento de dardo
Pedro Henrique Rodrigues – lançamento de dardo
Caio Bonfim – 20km marcha atlética e revezamento misto
Matheus Correa – 20km marcha atlética
Daniel Nascimento – maratona
José Ferreira Santana – decatlo

Brasil amplia vagas no atletismo e chama primeiros convocados a Paris

O Brasil ampliou neste fim de semana o número de classificados no atletismo à Olimpíada de Paris, no encerramento do Troféu Brasil, em São Paulo.  O mineiro Luiz Maurício da Silva (lançamento de dardo) venceu a prova, com direito a quebra do recorde continental, com a marca de  85,57m.

Com o fechamento do ranking mundial da World Athletics (federação internacional) no domingo (30), o Brasil também arrematou uma vaga das duas últimas vagas no revezamento no 4×100 metros – 14 equipes já estavam asseguradas. Na lista da World Athletics o país é o mais bem ranqueado, em 15º lugar, e a Holanda, e 16º, garantiu a outra vaga.

O melhor tempo do Brasil no revezamento 4x100m foi de 38s19, obtido no Mundial de Atletismo do ano passado, pelo quarteto formado por Felipe Bardi, Erick Cardoso, Paulo André Camilo, e Rodrigo Nascimento – Wagner Carmo/CBAt/Direitos Reservados

A classificação verde e amarela foi obtida com o tempo de 38s19, cravado pelo quarteto formado por Felipe Bardi, Erick Cardoso, Paulo André Camilo, e Rodrigo Nascimento, no Mundial de Atletismo em Budapeste (Hungria), no ano passado.  Já a marca da Holanda (38s30) foi alcançada em abril.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) fará a convocação dos atletas para Paris 2024 na próxima quarta (3). As provas da modalidade em Paris ocorrerão de 1º a 11 de agosto.

Tiro com arco

Líder do ranking mundial do arco recurso, Marcus Vinícius D’Almeida representará o Brasil em Paris  junto com Ana Luiza Caetano, respectivamente na disputa do individual masculino e no feminino.  Os dois foram convocados no domingo (30) pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Marcus assegurou vaga para o pais ao faturar medalha de bronze no Mundial  da modalidade, em agosto do ano passado, na Alemanha.  Natural de Maricá (RJ), Marcus, foi eleito este ano o melhor arqueiro do mundo, em fevereiro deste ano, em premiação da Word Achery (federação internacional).

EQUIPE DEFINIDA! 🏹🇧🇷

Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano serão os atletas brasileiros no tiro com arco em #Paris2024.

Os dois competirão no Recurvo Individual e também farão dupla no Misto. 🔥#TimeBrasil pic.twitter.com/Lfui4VLZfr

— Time Brasil (@timebrasil) July 1, 2024

Já a vaga feminina para o Brasil em Paris foi assegurada por Ana Clara Machado, ao conquistar a prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) em 2023.

A competição do tiro com arco em Paris começa antes da cerimônia oficial de abertura (26 de julho). As disputas terão início no dia 25 de julho e irão até 4 de agosto.

Hipismo

A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) definiu no último sábado (29) a lista de convocados para as disputas de salto, hipismo completo e adestramento, programadas para o período de 26 de julho a 6 de agosto, na cidade de Versalhes (França).

A delegação brasileira contará na competição de saltos com Yuri Mansur, Stephan de Freitas Barcha, Rodrigo Pessoa e Pedro Veniss, além de Luciana Diniz e Luiz Felipe de Azevedo Filho (ambos reservas).

No hipismo completo, o país será representado por Carlos Ramadam Parro, Marcio Carvalho Jorge, Rafael Mamprim Losano, Ruy Leme da Fonseca e Vinicius Albano – este último será reserva.

Na disputa do adestramento o convocado foi João Victor Marcari Oliva, tendo como reserva o cavaleiro Renderson Oliveira.