Skip to content

IICA quer debater criação de selo de agricultura familiar das Américas

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) quer discutir a criação de um selo comum de agricultura familiar das Américas. A proposta foi uma das apresentadas pelo diretor-geral do IICA, Manuel Otero, ao final das reuniões plenárias, a 42 lideranças rurais que participaram do primeiro Encontro de Líderes Rurais, promovido pela organização, na Costa Rica.

“Obviamente há países, e o Brasil é um claro exemplo, que têm avançado nisso. Mas, temos o direito de sonhar com um selo da agricultura familiar. Não é algo simples, mas temos o direito de sonhar”, disse Otero em entrevista à Agência Brasil.

No Brasil, o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) identifica os produtos da agricultura familiar e é uma espécie de garantia aos consumidores de como aqueles produtos foram produzidos e da qualidade deles. Com o selo, os produtos passam a integrar um catálogo, que busca dar mais visibilidade a essa produção. A ideia é que haja um selo único para todos os países americanos, dando também visibilidade e facilitando o comércio. Isso esbarra, no entanto, nas legislações de cada país.

Além de discutir a criação desse selo comum, o IICA comprometeu-se a debater a formação de uma rede de bancos de sementes e de materiais genéticos de espécies de plantas nativas dos países americanos. Segundo Otero, aos bancos atuais estão mais dedicados a cultivos tradicionais como milho e trigo, mais deixam de fora espécies que crescem apenas nas Américas e que podem ser importantes para o futuro da humanidade.

Outro compromisso é a criação de um banco de experiências e soluções dadas principalmente por pequenos agricultores a desafios no campo como a falta de água, a seca, o desequilíbrio do solo e o combate a pragas. Cada um dos líderes foi escolhido justamente por ter experiências exitosas, que podem ser replicadas. “Acredito que o IICA pode fazer uma contribuição significativa sistematizando essas experiências”, disse Otero.

A organização comprometeu-se também a prestar apoio às lideranças rurais, a fortalecer a rede formada ao longo dos dias de encontro, assim como conectar esses produtores e suas comunidades a entidades e com financiamentos que possam ajudá-los a desenvolver a região. Outro compromisso é a atenção ao cooperativismo, que segundo Otero, necessita de ajustes, capacitação e melhoras normativas nos países.

“As reuniões são importantíssimas como ponto de encontro para nos energizarmos. Agora, vem o dia seguinte e temos que avançar com passos concretos, senão muitos desses esforços não dão em nada e, como diretor do IICA, não devo permitir isso”, acrescentou o diretor-geral.

Agricultura nas Américas

Na entrevista à Agência Brasil, Otero comemorou o encontro inédito. O IICA é uma organização chefiada pelos ministros e secretários de Agricultura dos 34 países das Américas que o compõem. “O IICA se relaciona com empresários e com acadêmicos de alto nível, com diretores de organizações não governamentais mas, às vezes, falta nos relacionarmos com as bases, com o campo. Para reparar essa falta, decidimos, há três anos, instituir o prêmio Alma da Ruralidade e começamos o trabalho de identificar esses líderes que hoje nos acompanham”, ressaltou.

Até o momento, 43 lideranças receberam esse título em quase todos os países americanos. Dessas, 36 participaram do primeiro Encontro de Líderes Rurais de forma presencial e seis, remotamente. “Essa reunião mostra a força do nosso continente à nível das comunidades rurais e a diversidade de realidades dessas comunidades”, destacou Otero. O encontro, que começou na terça-feira (16), tem como objetivo promover a troca de experiências e conta, além das reuniões plenárias, com visitas técnicas a empreendimentos sustentáveis na Costa Rica. A agenda termina no sábado (20).

Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) promove o primeiro Encontro de Líderes Rurais, na Costa Rica – IICA/Divulgação

Para Otero, os governos precisam dar atenção à agricultura familiar e viabilizar formas de tornar a vida no campo atrativa para as comunidades. “Nossos governos têm que entender que as comunidades rurais, os pequenos agricultores são peça fundamental em qualquer estratégia de desenvolvimento”, enfatizou.

Segundo dados apresentados pelo vencedor do Prêmio Mundial de Alimentação de 2020, Rattan Lal, que participou do evento por meio de gravação, a América Latina e o Caribe têm uma área florestal de 1 bilhão de hectares, que representa 28% do total mundial, e uma biodiversidade que representa 36% das espécies alimentares e industriais do mundo. Nessa região, 38% do uso da terra é agrícola.

Na América Latina, existem quase 15 milhões de pequenas propriedades agrícolas, dos quais 10 milhões são voltadas para a subsistência. A área voltada para a agricultura familiar é de 400 milhões de hectares.

De acordo com Otero, a América é o continente que está passando pelo maior processo de urbanização do mundo e a projeção é que, em 2050, 86% da população esteja vivendo nas cidades. No entendimento dele, isso é “uma péssima notícia para o mundo, porque as pessoas deixam de ser produtoras e passam a ser consumidoras”.

Os produtores, para ele, “São atores centrais, que nós dizemos que dão a vida para a ruralidade”. “Aí está a nossa preocupação. Em meio a um contexto de cenários turbulentos, marcados por guerra, por pandemia, pela mudança climática, eles são a variável de ajuste. Temos que defender a viabilidade dos agricultores familiares”, defendeu

*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Sul das Américas entra em estado de alerta devido a ciclone extratropical que se formará sobre a Argentina

.mw-parser-output .ambox{border:1px solid #a2a9b1;border-left:10px solid #36c;background:#fbfbfb;box-sizing:border-box}.mw-parser-output .ambox+link+.ambox,.mw-parser-output .ambox+link+style+.ambox,.mw-parser-output .ambox+link+link+.ambox,.mw-parser-output .ambox+.mw-empty-elt+link+.ambox,.mw-parser-output .ambox+.mw-empty-elt+link+style+.ambox,.mw-parser-output .ambox+.mw-empty-elt+link+link+.ambox{margin-top:-1px}html body.mediawiki .mw-parser-output .ambox.mbox-small-left{margin:4px 1em 4px 0;overflow:hidden;width:238px;border-collapse:collapse;font-size:88%;line-height:1.25em}.mw-parser-output .ambox-speedy{border-left:10px solid #b32424;background:#fee7e6}.mw-parser-output .ambox-delete{border-left:10px solid #b32424}.mw-parser-output .ambox-content{border-left:10px solid #f28500}.mw-parser-output .ambox-style{border-left:10px solid #fc3}.mw-parser-output .ambox-move{border-left:10px solid #9932cc}.mw-parser-output .ambox-protection{border-left:10px solid #a2a9b1}.mw-parser-output .ambox .mbox-text{border:none;padding:0.25em 0.5em;width:100%}.mw-parser-output .ambox .mbox-image{border:none;padding:2px 0 2px 0.5em;text-align:center}.mw-parser-output .ambox .mbox-imageright{border:none;padding:2px 0.5em 2px 0;text-align:center}.mw-parser-output .ambox .mbox-empty-cell{border:none;padding:0;width:1px}.mw-parser-output .ambox .mbox-image-div{width:52px}@media(min-width:720px){.mw-parser-output .ambox{margin:0 10%}}

Esta notícia está em desenvolvimento. Por favor edite-a e modifique as fontes, o estilo, etc., para a forma correta (caso seja necessário). Quando a notícia estiver pronta, remova esta marca.

11 de abril de 2023

 

Uma área de baixa pressão (sistema ciclônico; ciclone) que se formará nos próximos dias trará muita nubosidade, chuvas persistentes e condições muito ventosas em grande parte da Argentina. A situação se estenderá desde o dia 12 até o dia 16 de abril e até mesmo o dia 17 em algumas regiões.

Estas condições começarão com o avanço de um sistema de baixa pressão desde o Oceano Pacífico até a costa leste da Argentina. À medida que se desloca para o leste e se aproxima da Cordilheira, o tempo começará a piorar na Argentina. O sistema deve terminar sua ciclôgenese e se transformar num ciclone extratropical ainda sobre o território, porém próximo à costa.

Espera-se os ventos mais intensos nas zonas elevadas das províncias de San Juan, La Rioja, Catamarca, Salta e Jujuy. Durante o sábado, as rajadas devem superar os 100 km/h nas A

Simultaneamente, ocorrerão intensas nevascas nas montanhas de Mendoza a Salta, o que poderá originar ventos brancos, especialmente nas áreas de San Juan, La Rioja e Catamarca.

Na tarde de sábado, enquanto o sistema continua sua entrada em território argentino, o vento Zonda chegará à Puna e a alguns setores de menor altitude de Catamarca, Salta e Jujuy.

Ciclogênese: vento e chuva

Um sistema de baixa pressão se formará no centro do país, o que favorecerá chuvas e ventos em grande parte do território nacional. Esta condição irá manter-se durante vários dias seguidos, pelo que os valores de chuva acumulada poderão ser elevados.

Essa ciclogênese (termo utilizado para se referir ao processo de formação de um sistema de baixa pressão) provocará um vento contínuo de leste em toda a faixa central do país, o que gerará dias com muita nebulosidade e umidade. Além disso, a partir de sábado as chuvas vão aumentar, principalmente nas províncias de Mendoza, San Luis, La Pampa e Córdoba, com valores que podem ultrapassar os 75 mm só nesse dia. E continuarão durante domingo e segunda-feira, mas afetarão também a província de Buenos Aires, Santa Fé e grande parte do nordeste da Argentina.

Ao longo da estação chuvosa, localmente podem ocorrer mais de 120 mm de chuva acumulada. Para contextualizar, esses valores superam consideravelmente a precipitação média de abril na região de Cuyo, e em outras áreas estão próximos do que geralmente é esperado ao longo do mês.

Por fim, o sistema de baixa pressão, uma vez formado, deslocar-se-á para sul e entrará no Oceano Atlântico entre terça e quarta-feira, no sudoeste de Buenos Aires. À medida que isso acontecer, tanto a costa da província de Buenos Aires como a costa patagônica experimentarão um aumento na intensidade do vento e na precipitação. Esta situação também trará ondas e tempestades.

Notícias Relacionadas

 
 

As Américas relatam o triplo do número de casos de dengue do que em 2023

Mosquito Aedes aegypti, um dos vetores da dengue

1 de abril de 2024

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta devido ao notável aumento de casos de dengue nas Américas. Com mais de 3,5 milhões de casos e mais de 1.000 mortes registadas até 26 de março de 2024, a situação atual representa um desafio sem precedentes para a região.

“Isso é motivo de preocupação, pois representa três vezes mais casos do que os notificados nesta mesma data em 2023, um ano recorde com mais de 4,5 milhões de casos notificados na região”, disse o diretor da OPAS, Dr. aparência publica.

Embora a dengue esteja aumentando em toda a região, Brasil (83%), Paraguai (5,3%) e Argentina (3,7%) são os países mais afetados, concentrando 92% dos casos e 87% das mortes.

“Vemos também um aumento em países como Barbados, Costa Rica, Guadalupe, Guatemala, Martinica e México, onde a transmissão costuma ser maior no segundo semestre do ano”, alertou o responsável do órgão encarregado de garantir as políticas públicas em questões de saúde no continente americano.

Esse aumento está associado principalmente à época de maior transmissão no hemisfério sul, facilitada pelas condições climáticas que favorecem a disseminação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue.

Este padrão sugere uma expansão geográfica do vector e dos casos para novas áreas, desafiando potencialmente a capacidade de resposta de alguns países.

A OPAS identificou vários fatores que contribuem para a propagação da dengue, incluindo as mudanças climáticas que estão causando o aumento das temperaturas e a ocorrência de eventos climáticos cada vez mais intensos, como o mais recente fenômeno El Niño.

A isto acresce o rápido crescimento populacional e a urbanização não planeada, que resultam em condições de habitação precárias e serviços de água e saneamento insuficientes, criando ambientes propícios à proliferação de mosquitos.

Em resposta a esta ameaça crescente, a OPAS emitiu nove alertas epidemiológicos nos últimos 12 meses, oferecendo orientações aos seus Estados membros para reforçarem a prevenção e o controlo da dengue.

Um aspecto particularmente alarmante é a presença dos quatro sorotipos do vírus nos 21 países das Américas, o que aumenta o risco de epidemias e formas graves da doença.

Apesar do aumento recorde de casos, para o Dr. Barbosa “é encorajador que a taxa de mortalidade por dengue na região tenha permanecido abaixo de 0,05%”, uma conquista atribuída ao apoio contínuo da OPAS aos países desde 2010. Através de uma estratégia abrangente, que inclui o reforço da vigilância, o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, milhares de vidas foram salvas, indicou.

A OPAS mantém seu apelo à ação, instando a esforços intensificados para eliminar os criadouros de mosquitos e proteger contra picadas, disse ele. Nessa linha, destacou também a importância de preparar os serviços de saúde para o diagnóstico precoce e o manejo clínico oportuno, bem como educar a população sobre os sintomas da dengue para que procure atendimento médico imediatamente.

Nas palavras do Dr. Barbosa, o enfrentamento da dengue requer a colaboração de todos os setores da sociedade, incluindo a participação ativa das comunidades. “Só através de um esforço conjunto é que este desafio pode ser ultrapassado e evitadas novas perdas humanas”, admitiu.

Fonte
 

Dengue: Américas podem registrar pior surto da história, alerta Opas

Com mais de 3,5 milhões de casos de dengue contabilizados nos três primeiros meses do ano, o continente americano pode registrar, em 2024, o pior surto da doença em toda a história. O acumulado chega a ser três vezes maior que o total de casos registrados no mesmo período do ano passado. O alerta foi feito nesta quinta-feira (28) pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

Brasil, Argentina e Paraguai, segundo a entidade, respondem por mais de 90% dos casos e por mais de 80% das mortes por dengue nas Américas. Dados da Opas mostram que o Brasil aparece em primeiro lugar no ranking, com 2.966.339 casos e 758 mortes, seguido pelo Paraguai, com 191.923 casos e 50 mortes, e pela Argentina, com 134.202 casos e 96 mortes.

Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da Opas, Jarbas Barbosa, classificou a situação no continente como preocupante. Ele lembrou que mesmo países como Barbados, Costa Rica e Guatemala, onde os surtos de dengue geralmente acontecem no segundo semestre, já relatam aumento de casos da doença. Porto Rico, por exemplo, decretou situação de emergência por dengue no início da semana.

Jarbas destacou que, em 2024, os quatro sorotipos da dengue circulam pelas Américas e que, quando há circulação de dois ou mais sorotipos, o risco de casos graves aumenta consideravelmente. Até o momento, dados da Opas indicam que pelo menos 21 países do continente já reportaram circulação de mais de um sorotipo, incluindo o Brasil.

Para o diretor-geral da Opas, as causas ambientais desempenham “papel fundamental” no cenário epidemiológico identificado nas Américas. Jarbas citou, como exemplo, as altas temperaturas, as ondas de calor e as secas intensas que levam a população a armazenar água de forma inadequada, além de inundações que contribuem para o aumento da circulação do mosquito vetor.

Questionado se não seria o caso de declarar emergência em saúde pública de interesse internacional, como aconteceu com o vírus Zika em 2016, Jarbas explicou que se tratam de cenários bastante distintos. Em 2016, segundo ele, a emergência foi decretada em razão de uma forte relação entre o vírus Zika e casos de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas.

“A OMS [Organização Mundial da Saúde], de forma acertada, declarou a emergência até que pudéssemos ter uma avaliação do que estava acontecendo”, disse. “Na dengue, a única novidade é o aumento na transmissão, mas não há mudança na expressão clínica da doença ou nos sintomas”, completou.

“A dengue é um desafio importante. Quando temos uma epidemia, a circulação é tão forte que quase todas as pessoas têm contato com aquele sorotipo. Depois, passamos um período de três ou quatro anos até que tenhamos outro surto. Parece que a doença desapareceu, foi embora”, concluiu Jarbas, ao destacar a necessidade de programas permanentes nas Américas para identificar precocemente novos surtos.

Wanna Brito bate recorde das Américas da prova de arremesso de peso

A amapaense Wanna Brito estabeleceu um novo recorde das Américas da prova de arremesso de peso da classe F32 (atletas com paralisia cerebral) ao alcançar a marca de 7,66 metros durante o Desafio CPB/CBAT, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no último domingo (25).

O detalhe é que a medalhista de prata no Mundial de atletismo paralímpico de Paris, disputado em 2023, superou um recorde que era dela mesma, de 7,35 metros obtidos em junho de 2023, também no Centro de Treinamento Paralímpico. Porém, a marca alcançada no último domingo ainda necessita ser chancelada pelo Comitê Paralímpico Internacional.

🚨 RECORDE 🚨

Wanna Brito quebra recorde das Américas no arremesso de peso durante Desafio CPB/CBAT de atletismo. ⚫️

Saiba mais: https://t.co/DSRQKcKljb#LoteriasCaixa pic.twitter.com/MoQiuA9wGY

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) February 25, 2024

“Eu amei o resultado de hoje. Porém, quero melhorar ainda mais esta marca. Estou trabalhando muito para isso. É um trabalho muito longo, com uma equipe grande por trás. Não dá para acomodar, ainda mais em um ano paralímpico, em que todos querem estar em Paris. Este ano, o principal objetivo é buscar um pódio nos Jogos”, declarou Wanna Brito.

O Desafio CPB/CBAT foi a primeira oportunidade para que os atletas paralímpicos atingissem o índice mínimo estabelecido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para participação no Mundial de Kobe (Japão) em maio. As próximas duas e últimas chances serão na segunda etapa do mesmo Desafio, no próximo domingo (3), e o Circuito Nacional Caixa de atletismo, nos dias 16 e 17 de março.

Evento debate políticas públicas de combate ao racismo nas Américas

Termina neste domingo (25) o Festival da Diáspora 2024, que começou na última sexta-feira (23), na cidade do Rio de Janeiro, e debateu políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial nas Américas.

O festival reuniu cerca de 250 participantes de cidades norte-americanas e fluminenses, e contou com o apoio da prefeitura carioca, através da Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial (CPIR) e da Coordenadoria Especial de Relações Internacionais e Cooperação.

As cidades fluminenses são signatárias do Pacto de Combate ao Racismo e integrantes da Rede Global de Cidades Antirracistas, presidida pela prefeitura do Rio. O pacto foi assinado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, na cidade de Denver, no ano passado.

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Yago Feitosa, disse que, a partir do evento, “é possível reforçar os sentimentos de comunidade entre as pessoas negras, lideranças da sociedade civil e gestores públicos, tanto dos Estados Unidos, que têm uma experiência muito parecida com a nossa, em termos da diáspora africana, como do Brasil”.

Para a capital fluminense e as cidades que são signatárias do Pacto de Combate ao Racismo, Yago Feitosa afirmou que o balanço também é positivo. Durante o festival, a prefeitura apresentou o Índice de Monitoramento e Desenvolvimento das Políticas de Igualdade Racial (Indepir).

“Esse índice é importante, não só por ser inédito, ser o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] da promoção da igualdade racial no mundo, mas também porque ele vai transformar os dados dos municípios em formação, tudo aquilo que se relaciona à questão racial, e transforma essas informações em políticas públicas”.

Aprimoramento

O coordenador do CPIR acredita que só assim os municípios e os gestores de promoção da igualdade racial vão conseguir aprimorar a implementação de políticas para a população negra, indígena e de comunidades tradicionais. Feitosa admitiu que o Indepir poderá também vir a ser adotado por outras cidades do mundo. O mesmo esforço vem sendo empreendido em cidades norte-americanas que têm prefeitos negros ou população negra expressiva.

O Indepir já está em operação e lançará, neste ano, seu primeiro relatório sob a coordenação do pesquisador Douglas Leite, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

“Acho que, em termos de gestão pública, nós conseguimos criar um intercâmbio muito interessante para o aprimoramento do uso desses dados”, apontou Yago Feitosa.

Desafio

A cerimônia de abertura, realizada na última sexta-feira (23), contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, entre outras autoridades. A ministra considerou de “extrema importância a realização de um evento como esse, internacional, que acontece no Rio de Janeiro e que reúne a beleza da cidade e todos os seus dados, que são desafiadores”.

O Festival da Diáspora é um evento sem fins lucrativos, idealizado por Cordell Carter, diretor-executivo do Programa Sócrates, do Aspen Institute, e co-produzido pelo Aspen Institute Project on Belonging.

O evento é realizado pela Corporação Casa Innovation, incubadora social que estimula empreendedores sociais da Colômbia e Américas. Outras missões do Festival incluem a promoção da igualdade de gênero e empoderamento feminino, do desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável e da reunião de pessoas de diversas origens culturais.

A escalada da chikungunya nas Américas: 3,7 milhões de casos em uma década

26 de janeiro de 2023

 

O artigo “Chikungunya: a decade of burden in the Americas”, recém-publicado na revista “The Lancet Regional Health – Americas”, ressalta a atual situação epidemiológica da febre chikungunya nas Américas e discute perspectivas para futuras pesquisas e estratégias de saúde pública para combater o vírus (CHIKV) causador da doença. Em um trabalho de fôlego, renomados cientistas de diversos países mapeiam a disseminação do vírus, mostrando que a doença já conta 3,7 milhões de casos confirmados em 50 países ou territórios da região, entre 2013 e 2023. A professora Maria Anice Mureb Sallum, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, é uma das autoras do trabalho.

De acordo com o texto, os primeiros casos autóctones (de origem no local) do vírus chikungunya na região foram registrados na Ilha de São Martinho, em dezembro de 2013, e rapidamente se espalharam pelas Américas, causando epidemias até os dias atuais. No artigo, diversos gráficos ilustram o histórico de disseminação do vírus, trazendo um apanhado das epidemias e locais de ocorrência.

Desde 2016, o Brasil é considerado o epicentro das epidemias de chikungunya nas Américas, com 1,6 milhão de casos registrados, enfrentando surtos anuais da doença, segundo o artigo. Uma das razões para essa eminência do vírus no País é o grande número de pessoas suscetíveis, o clima adequado e a abundante presença do vetor do vírus – o mosquito Aedes aegypti. Contudo, a espacialidade da distribuição da doença e do vírus está condicionada à heterogeneidade do território brasileiro.

De acordo com o estudo, ao manter a circulação prolongada do CHIKV, o Brasil tem potencial de se tornar uma fonte de disseminação do vírus para novas regiões geográficas com grandes populações suscetíveis. Algumas regiões podem tornar-se mais suscetíveis a surtos devido às alterações climáticas, incluindo a América do Norte, a Europa e outros países da região do Cone Sul da América do Sul. Além disso, existe o risco de reintrodução em áreas anteriormente afetadas, onde ainda podem existir populações suscetíveis. Por exemplo, o Paraguai, um país com uma população de 6,7 milhões de habitantes, notificou 85.889 casos de chikungunya em 2023. Da mesma forma, a Argentina notificou 1.336 casos de chikungunya em 2023, após um hiato de seis anos desde sua primeira epidemia em 2016.

O texto ainda menciona algumas medidas que poderiam ser tomadas para diminuir o impacto do vírus nas Américas, como a vigilância molecular contínua, o diagnóstico imediato e o tratamento adequado da febre da chikungunya e de outras doenças intermediadas por mosquitos; um melhor monitoramento da evolução e propagação do CHIKV através de dados genômicos e sorológicos; uma melhor compreensão da dinâmica de transmissão espaço-temporal do CHIKV em múltiplas escalas geográficas; novas abordagens para o controle dos vetores e para a redução da capacidade vetora dos mosquitos para a transmissão do CHIKV e a distribuição de vacinas para as populações em risco de adquirir a infecção.

 

Sul das Américas entra em estado de alerta devido à passagem de uma baixa pressão

15 de janeiro de 2023

 

O que se espera entre amanhã e quinta-feira é tempo muito feio numa área que vai da metade norte da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul com o avanço de uma área de baixa pressão de oeste para leste, aliada a um fluxo de ar quente vindo da Amazônia. Segundo a Metsul, “condições particularmente perigosas de tempo severo podem se estabelecer na região na atuação deste sistema com tempo localmente muito severo e alto impacto para a população em diferentes cidades”.

O Inumet do Uruguai emitiu um alerta esta tarde para “tempestade fortes e pontualmente severas” que é válido da madrugada de terça até quarta-feira, enquanto a Defesa Civil do RS alertou para “temporais isolados acompanhados de descargas elétricas, eventual queda de granizo e ventos fortes que podem passar dos 70 km/h na Campanha, Sul, Sudeste, Centro, Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral”. Segundo a Metsul, os ventos podem chegar a 100km/h em alguns locais e há condições favoráveis até para tornados, principalmente na Argentina e Uruguai.

Além de ventos, também estão previstas chuvas fortes, que podem passar de 100mm/24 horas, raios e trovoadas e até granizo.

Outras áreas do Uruguai e RS também serão atingidas, mas com menos intensidade. Na quarta e quinta-feira, por exemplo, espera-se que chova em todo território gaúcho e também em Santa Catarina e no Paraná.

Fontes

 
 
 
 
 
 
 

Após revés, São Paulo busca reabilitação na Champions das Américas

O São Paulo volta à quadra neste domingo (17), às 20h40 (horário de Brasília), pela segunda rodada da primeira fase da Champions League das Américas de Basquete (BCLA, sigla em inglês). O Tricolor pega o Nacional, do Uruguai, no Ginásio Ciudad Quimsa, em Santiago del Estero, no noroeste da Argentina. A partida tem transmissão ao vivo online no canal da BCLA no YouTube..

O jogo desta noite ocorre um dia após o time paulista perder feio na estreia para o Quimsa (Argentina), na casa do adversário, ambos no Grupo B. Os brasileiros foram atropelados por 112 a 65. O norte-americano Brandon Robinson, ala da equipe vencedora, foi o cestinha da noite, com 26 pontos e oito rebotes. Além dele, seis jogadores do Quimsa anotaram pelo menos dez pontos na partida. Do lado são-paulino, o ala/pivô Tyrone Curnell foi o melhor em quadra, com 16 pontos.

O resultado ilustra o momento distinto das equipes. O Quimsa lidera a liga argentina de basquete masculino, com 12 vitórias e uma derrota. O São Paulo, por sua vez, é o décimo colocado da temporada 2023/2024 do Novo Basquete Brasil (NBB). São seis triunfos e oito reveses.

Na primeira fase da BCLA, os 12 participantes da competição estão divididos em quatro chaves, com três times. As equipes jogam entre si em três turnos, cada um disputado na sede de um dos integrantes do grupo. Os dois primeiros avançam às quartas de final.

No Grupo B, do São Paulo, a primeira janela é toda em Santiago del Estero. A segunda (de 17 a 19 de janeiro de 2024) será em Montevidéu (Uruguai). Por fim, a terceira rodada, entre 10 e 12 de fevereiro, está marcada para o Ginásio do Morumbi, na capital paulista. Confira AQUI o calendário da primeira fase da competição.

A BCLA é disputada desde a temporada 2019/2020, em substituição à Liga das Américas. O Brasil teve o campeão das três últimas edições. O São Paulo venceu o torneio em 2022.

Basquete: São Paulo estreia na Champions das Américas em busca do bi

Campeão da Champions League das Américas de Basquete (BCLA, na sigla em inglês) na temporada 2021/22, o São Paulo inicia a busca pelo bicampeonato neste sábado (16). O Tricolor estreia fora de casa na a “Libertadores” da modalidade contra o Quimsa (Argentina). O embate começa às 20h40 (horário de Brasília) no Estadio Ciudad, em Santiago del Estero, no noroeste da Argentina.

O jogo vale pelo Grupo B, que ainda tem o Nacional (Uruguai). O duelo entre são-paulinos e uruguaios será no domingo (17), nos mesmos horário e local. Os jogos têm transmissão ao vivo online no canal da BCLA. Confira toda a programação da fase de grupos. 

Na primeira fase, os 12 participantes da competição estão divididos em quatro chaves, com três times. Os dois primeiros se classificam às quartas de final. São três turnos em que as equipes jogam entre si, cada um disputado na sede de um dos integrantes do grupo.

No do São Paulo, a primeira janela – que segue até segunda-feira (18) – será toda em Santiago del Estero, no Ginásio Ciudad Quimsa. A segunda (de 17 a 19 de janeiro de 2024), será em Montevidéu, capital uruguaia. Por fim, a terceira, entre 10 e 12 de fevereiro, está marcada para o Ginásio do Morumbi, casa são-paulina.

Os outros dois representantes do basquete brasileiro na BCLA já encerraram a participação nesta primeira janela. Atual campeão, o Sesi Franca foi o anfitrião dos jogos do turno inicial do Grupo D. Na última sexta-feira (15), a equipe paulista derrotou o Obras Sanitarias, da Argentina, por 94 a 87, no Pedrocão, em Franca (SP). O ala/pivô Lucas Dias foi o destaque da vitória francana, com 15 pontos e 13 rebotes.

Reprodução Twitter/Sesi Franca Basquete

O Franca lidera a chave com duas vitórias e quatro pontos, seguido pelo Obras, com um triunfo e uma derrota (três pontos). O lanterna é o Universidad de Concepción, do Chile, com dois revézes (dois pontos). Os chilenos receberão os confrontos do próximo turno, no Ginásio Casa del Deporte, na cidade de Concepción, entre 20 e 22 de janeiro.

O Flamengo, assim como o Franca, sediou as partidas da primeira janela do Grupo C. O Rubro-Negro, porém, não teve a mesma sorte do rival paulista. Na sexta, o time carioca foi superado pelo Boca Juniors, da Argentina, por 80 a 62, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O ala Didi Louzada, com 16 pontos, foi o principal nome ofensivo da equipe brasileira, campeã da BCLA em 2020.

Além do Boca, o Hebraica Macabi, do Uruguai, também faz parte do Grupo C. Os três clubes encerraram o primeiro turno com uma vitória, uma derrota e três pontos. Os argentinos encabeçam a chave pelo saldo de cestas, seguidos por uruguaios e brasileiros. A próxima janela, entre 17 e 19 de janeiro, terá mando do Hebraica.

A BCLA é disputada desde a temporada 2019/2020, em substituição à Liga das Américas. O Brasil teve o campeão das três últimas edições.