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Relatório aponta falhas nas investigações da Operação Escudo

Um relatório do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF), em parceria com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, aponta falhas graves na atuação da Polícia Militar durante as operações Escudo e Verão, realizadas em 2023 e 2024, na Baixada Santista e na condução das investigações conduzidas sobre as mortes nas operações.

Segundo o estudo, a força policial usada na Operação Escudo foi desproporcional, com média superior dez mortes de civis para um policial morto ou ferido. O relatório diz que em 22 casos analisados, 20 civis foram mortos e dois feridos gravemente por disparos de arma de fogo. Em contrapartida, nenhum dos 64 policiais foi morto e apenas um foi ferido. Ao todo, a Operação Escudo deixou 28 mortos. 

Evandro da Silva, um dos sobreviventes, disse à TV Brasil em novembro do ano passado, que foi alvejado por tiros nas pernas, braços e costas. Na época, ele relatou ter sobrevivido por ter conseguido falar com os paramédicos do SAMU que o retiraram do local. 

O relatório traçou o perfil dos mortos e feridos: homens jovens, com média de 29 anos, a maioria (65%) negros e pobres, dos quais 56% foram atingidos nas comunidades em que moravam. De acordo com o estudo, quatro eram usuários de drogas, condição que não condiz com a acusação de tráfico de drogas.

Retirada de corpos

O estudo indica que houve retirada de corpos das cenas do crime que atrapalharam as investigações Em 45% dos casos, a informação é que a vítima chegou morta ao atendimento médico. Conforme o GENI/UFF, 55% dos casos apresentaram baixa preservação do local do crime e que “não foram realizadas medições precisas que fornecessem a posição dos elementos encontrados (como estojos de munição, rastros de sangue ou substâncias entorpecentes) no ambiente e em relação aos demais vestígios/corpo encontrados, impossibilitando uma reconstrução precisa dos fatos. Ainda, as fotografias dos locais das ocorrências e dos objetos apreendidos foram limitadas, o que compromete a qualidade das investigações. que não foram usados com exames de local”.

Em relação à produção de provas, o estudo diz que não houve uso das câmeras corporais. Em 67% dos casos, não há imagens captadas, inclusive de câmeras ambientais.

A ausência de gravações, segundo a polícia, decorre da falta de equipamentos no batalhão ou pela falta de carga nas câmeras na hora do confronto.

O relatório cita ainda a subutilização de técnicas periciais avançadas, como a reprodução simulada dos confrontos, análise detalhadas das roupas e pertences das vítimas, como mochilas, falhas que já haviam sido apontadas por entidades de direitos humanos, como a Human Rights Watch, em outubro do ano passado. “Esses procedimentos poderiam fornecer dados mais robustos sobre a trajetória dos disparos e as circunstâncias dos confrontos, especialmente em um contexto onde os relatos dependem fortemente da versão dos policiais envolvidos”, aponta o estudo. 

Testemunhas ignoradas

De acordo com os pesquisadores, o principal elemento de prova nas investigações tem sido o depoimento dos policiais, em detrimento dos depoimentos de testemunhas e familiares, que em quase 80% dos casos foram desconsiderados ou considerados parcialmente, conforme o relatório.

Há relatos de tentativa de coação e ameaças aos familiares das vítimas, o que levou parte das testemunhas a deixar de prestar depoimentos.

Uma das famílias, inclusive, está sob medida protetiva. “A organização das provas orais é desequilibrada, desigual, pois a palavra dos policiais é não apenas sempre aceita, como acaba por formular as hipóteses para produção das provas materiais. Isso tudo compromete a equidade e isenção da investigação”, disse em nota a pesquisadora do GENI/UFF, Luciana Fernandes.

Em entrevista à Agência Brasil, a defensora pública Fernanda Balera disse que o estudo será usado para basear mudanças no controle do policiamento. “De um lado, temos dados sobre o uso excessivo da força, não preservação do local dos fatos, baixa utilização das COPS [câmeras corporais]. De outro, temos a não realização de perícias complementares e a supervalorização da palavra dos policiais, próprios investigados, como eixo condutor das investigações. O que esperamos é, como diz o relatório,  que a pesquisa possa subsidiar a tomada de decisões baseadas em dados e evidências científicas que promovam transformações nas práticas de controle do policiamento correntemente adotadas, assim como possa apoiar futuras medidas de responsabilização e apoio dos familiares das vítimas cujas histórias foram violentamente interrompidas nas duas operações”.

O defensoria pretende usar o estudo como argumento para solicitar o desarquivamento da morte de seis pessoas na primeira fase das operações.

Das 27 investigações de mortes na Operação Escudo, 23 foram arquivadas e quatro seguem em andamento. Oito policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público. O Tribunal de Justiça do estado ainda não decidiu se outros dois policiais serão réus nos casos em investigação. Todos os processos estão em segredo de Justiça.

Posicionamentos

Em nota à TV Brasil, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo defendeu as operações e informou que “todas as ocorrências de morte durante a operação são rigorosamente investigadas pelas polícias Civil (Deic de Santos) e Militar, com o acompanhamento das respectivas corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Todo o conjunto probatório apurado no curso das investigações, incluindo as imagens das câmeras corporais, foi compartilhado com esses órgãos e o trabalho policial segue em segredo de Justiça”.

Procurada pela reportagem, a Ouvidoria da Polícia não se manifestou até o momento.

Mega-sena não tem ganhadores e prêmio vai para R$ 6 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.776 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (19) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Com isso, o prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 6 milhões para o próximo sorteio, no sábado (21).

Os números sorteados foram: 05 – 17 – 22 – 37 – 51 – 52

A quina teve 38 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 37.686,21. Já a quadra registrou 2.202 ganhadores, com prêmio de R$ 929,07 para cada. 

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês

No dia seguinte à alta dod juros no Brasil e à redução de taxas nos Estados Unidos, o dólar aproximou-se de R$ 5,40 e fechou no menor valor em um mês. A bolsa de valores caiu pelo terceiro dia seguido, para os 133 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (19) vendido a R$ 5,424, com queda de R$ 0,038 (-0,7%). A cotação operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 13h, chegou a R$ 5,40.

A moeda norte-americana está no menor nível desde 19 de agosto. A divisa acumula queda de 3,7% em setembro, mas sobe 11,76% em 2024.

O aumento dos juros no Brasil não favoreceu o mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.123 pontos, com queda de 0,47%. Apesar da alta de ações de petroleiras e de mineradoras, os papéis de empresas ligadas ao consumo caíram por causa da expectativa de que o Banco Central seja mais agressivo na política de aumento de juros. O indicador está no menor nível desde 13 de agosto.

As decisões em torno dos juros no Brasil e nos Estados Unidos dominaram o dia. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) baixou os juros pela primeira vez desde 2020. O órgão surpreendeu, ao cortar a taxa em 0,5 ponto percentual. Taxas menores em economias avançadas estimulam fluxos de capitais para países emergentes.

No Brasil, o Copom faz o caminho inverso promoveu a primeira alta de juros em dois anos. A taxa Selic (juros básicos da economia) subiu de 10,5% para 10,75% ao ano.

O aumento da diferença entre os juros brasileiros e norte-americanos favorece a queda do dólar. Isso porque investidores retiram dinheiro de países com taxas menores para aplicar em países com taxas mais altas.

Na bolsa de valores, os juros maiores no Brasil desestimulam os investidores a aplicar em ações, buscando investimentos em renda fixa, que têm menor risco. O tom considerado agressivo do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo os analistas de mercado, indicou que o Banco Central pode ser mais agressivo nas próximas reuniões, o que estimula a venda de ações.

*Com informações da Reuters

Festival Paralímpico oferece vivência esportiva a crianças

Crianças de todas as partes do país terão, na manhã do próximo sábado (21), a oportunidade de conhecerem de forma mais próxima o Movimento Paralímpico. Isto porque o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizará mais uma edição do Festival Paralímpico.

O evento, no qual os participantes poderão vivenciar de forma lúdica diferentes modalidades paralímpicas, é realizado poucos dias após uma participação de destaque do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris (a melhor campanha do país na história do megaevento esportivo). Isto certamente fomentou o número de inscrições recorde no Festival Paralímpico (segundo o CPB, até esta quinta 21.869 crianças já haviam garantido sua vaga).

A primeira edição do Festival Paralímpico de 2024 será realizada em 120 núcleos das 27 unidades federativas do Brasil. Em João Pessoa (Paraíba), por exemplo, os participantes terão a oportunidade de praticar atletismo, futebol de cegos e taekwondo com a presença de medalhistas paralímpicos dos Jogos de Paris 2024, como o tricampeão paralímpico Petrúcio Ferreira.

Para participar do evento é necessária a inscrição diretamente em um dos núcleos do evento. A relação de sedes da edição 2024 do Festival Paralímpico pode ser vista aqui.

Serviço:

Festival Paralímpico
Data: 21 de setembro (sábado)
Horário: das 8h30 às 12h
Público: crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com deficiência física, visual ou intelectual e sem deficiência
Contato: festival.paralimpico@cpb.org.br

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

“Eu fiquei muito apavorada. Você querer respirar e não conseguir é muito ruim. Isso terminou me prejudicando porque precisei faltar ao trabalho”, contou a brasilense Edlweisse Ilgenfritz, de 52 anos. Asmática, a trabalhadora autônoma acordou na madrugada da terça-feira (17) com o apartamento cheio de fumaça.

A concentração de partículas finas no ar da capital do país cresceu cerca de 350 vezes durante o incêndio de grandes proporções que consumiu 1,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília nesta semana. 

Antes do incêndio, na manhã do domingo (15), o ar da capital registrava concentração de 4 microgramas por metro cúbico (µg/m3) de Moléculas de Partículas (MP) de tamanho 2,5, considerada uma molécula mais fina. Na madrugada da terça-feira (17), o ar de Brasília registrou 1,3 mil µg/m3 da MP 2,5. Somente nesta quinta-feira (18) a poluição voltou a cair de forma sustentada.

Brasília (DF), 19/09/2024 – JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Foto: Arquivo pessoal

“É realmente muito alto. Foi o nível que Manaus chegou no ano passado em um pico de queimadas que teve por lá. É o indicativo que a poluição estava muito crítica e precisava ser melhor controlada, mas principalmente deveria ter uma orientação para a população”, comentou JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Como o poder público não tem dados de acompanhamento em tempo real da qualidade do ar na área central da capital do país, as informações foram retiradas da plataforma PurpleAir, que tem um equipamento instalado no final da Asa Norte, próximo ao incêndio que deixou a cidade imersa na fumaça.  

Para se ter uma ideia, o Conama prevê como padrão de qualidade do ar, no máximo, 60 µg/m3 para partículas finas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros em uma média de 24 horas. As MP tamanho 2,5 são menores e têm maior facilidade para entrar no aparelho respiratório e na corrente sanguínea, causando problemas de saúde, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

Mesmo o padrão de 60 µg/m3 é considerado alto quando comparado com outros países. Por isso, o Conama aprovou resolução em julho de 2024 prevendo a redução desse padrão para 50 µg/m3, em 2025, até chegar em 25 µg/m3, na média de 24 horas, em 2044. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda como limite para concentração de partículas no ar, uma média diária de 15 µg/m3 para partículas 2,5.

Poluição do ar em Brasília, por Arte/Agência Brasil

Monitoramento do ar  

A estação de monitoramento da qualidade do ar do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que fica no centro da capital, na Rodoviária do Plano Piloto, tem mais de 20 anos e só emite resultados a cada seis dias. De acordo com o Ibram, entidade ligado ao governo do Distrito Federal (GDF), os dados coletados dos dias 17 e 18 de setembro só devem ser divulgados na próxima segunda-feira (23).

Existe receio de órgãos ambientais de usar dados de equipamentos privados, como do PurpleAir, por não ser considerado uma estação “robusta”. O presidente do Ibram, Rôney Nemer, diz que não é possível saber se as medições são confiáveis, que seria preciso analisar o equipamento.

Por outro lado, a diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo, avalia que os equipamentos privados são confiáveis e trazem um dado aproximado da realidade.

Brasília (DF), 19/09/2024 – Diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo. Foto: Arquivo pessoal

“Os órgãos ambientais criticam porque o equipamento é de baixo custo, mas é confiável. Pode às vezes não ser exatamente igual a um equipamento robusto de um órgão ambiental público, mas é muito confiável. É muito próximo da realidade e, não havendo dados de monitoramento, é com isso que se trabalha”, afirmou.

As metrópoles de Brasília (DF), Goiânia (GO) e Manaus (AM) estão entre as localidades com maior defasagem de monitoramento da qualidade do ar no país, segundo pesquisa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).

“Quatorze estados da federação não monitoram a qualidade do ar. Sem monitoramento, não se sabe a concentração de poluentes que as pessoas respiram. E se não há o monitoramento, o órgão ambiental não comunica à população qual é a situação e também não identifica episódios críticos”, acrescentou a especialista Evangelina.  

Segundo o Ibram, o governo do Distrito Federal autorizou a compra de equipamentos para monitoramento da qualidade do ar em Brasília, mas ainda não há data para a compra dessas novas estações.

Galeria – Brasília encoberta por fumaça das queimadas. – bruno.fernandes

Sem plano

O Instituto Alana fez um levantamento mostrando que das 27 unidades da federação, 26 não têm qualquer plano para enfrentamento de episódios críticos em relação à qualidade do ar.

“Quando há um episódio crítico, temos que alertar a população, avisar aos noticiários, talvez fechar as escolas. Mas o ponto é que a gente não tem plano de ação do que fazer e como orientar a população. Só São Paulo tem um plano de ação e esse plano de ação é de 1978. Então ele é muito antigo”, destacou JP Amaral, do Instituto Alana.

Para Evangelina Araújo, do Instituto Ar, é preciso um plano de ações para atuação nos episódios críticos de poluição do ar. “Além de alertar a população, o órgão ambiental tem que adotar medidas para reduzir outras fontes de emissões. As partículas não vêm só da queimada, vêm do trânsito, da queima do combustível fóssil, vêm da indústria”, alertou.

Saúde

A iniciativa Médicos Pelo Ar Limpo elaborou uma nota técnica com orientações sobre como se proteger dos efeitos da fumaça. A dica é permanecer em ambientes internos, mantendo portas e janelas fechadas. Se possível, usar purificador de ar ou ventiladores, além de pendurar toalhas molhadas dentro de casa para umidificar o ambiente.

É preciso ainda evitar exercícios físicos moderados ou intensos ao ar livre em qualquer horário. Para proteção contra partículas finas, podem ser usadas máscaras tipo N95 ou PFF2. Máscaras cirúrgicas ou panos não protegem contra partículas finas, apenas contra as maiores, como fuligem.

Anticorpo para recém-nascido é promessa no combate ao vírus sincicial

O vírus sincicial respiratório (VSR) figura atualmente como uma das principais causas de infecção das vias respiratórias entre recém-nascidos e ao longo dos primeiros meses de vida. No Brasil, o vírus costumava circular com maior intensidade no outono e no inverno. Mas, desde 2023, o país registra aumento no número de hospitalizações infantis fora de época ocasionadas pela infecção.

A infectologista e virologista Nancy Bellei, que atua como consultora para o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS), alerta que, em muitos casos, o vírus é transmitido a recém-nascidos e bebês pequenos por irmãos em idade escolar. “Na pandemia de covid-19, fechou tudo, e a carga da doença diminui muito. Depois, quando as coisas reabriram, as pessoas começam a se reinfectar de novo. A gente se reinfecta com VSR a vida toda.”

“Precisamos de estratégias passivas para proteger esses bebês, que são mais vulneráveis a desfechos graves pelo vírus”, disse. Uma das promessas, segundo ela, é o anticorpo monoclonal nirsevimabe, no formato injetável e em dose única, indicado para recém-nascidos prematuros ou a termo e para bebês de até 12 meses. Já autorizado para uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento deve chegar ao país nos próximos dias.

Num primeiro momento, a proposta é que o monoclonal seja administrado no início da primeira temporada de VSR do bebê. Alguns profissionais de saúde, entretanto, defendem que o medicamento esteja disponível ao longo de todo o ano. “Temos quase um terço dos casos fora da chamada sazonalidade. Na minha opinião, a indicação do monoclonal não deveria ser sazonal”, avaliou o presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Safadi.

“Outra gestão é um hábito específico do brasileiro. Nasce o bebê, vai toda a galera que conhece a mãe, vão os amigos de futebol do pai. Todos vão visitar o bebê. Fazem aquela festa na maternidade. E o recém-nascido é um indivíduo que precisa de muita proteção. A melhor estratégia para uma doença que já começa a ser grave no primeiro dia é mesmo a imunização passiva.”

Entenda

Diferentemente da vacina, que se classifica como imunização ativa, o anticorpo monoclonal figura como imunização passiva porque já entrega ao paciente a defesa de que ele necessita. Na prática, enquanto a vacina exige que o organismo reaja para produzir anticorpos, o anticorpo monoclonal é introduzido prontamente ao organismo, além de causar menos reações adversas.

*A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

Projeto Cine Petrobras leva cinema gratuito para população

O projeto itinerante Cine Petrobras, a partir desta quinta-feira (19), dará a milhares de jovens e crianças de diferentes estados a oportunidade de frequentar o cinema de uma forma bem diferente. Uma carreta transformada em uma sala de cinema completa percorrerá o país em um ação patrocinada pela Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Serão 450 sessões gratuitas para a população em 45 municípios.

Na primeira etapa do projeto, a carreta cinema passará por cinco locais, começando pelo Distrito Federal, onde estaciona em Planaltina nesta quinta-feira (19) e sexta-feira (20) e em Brazlândia na segunda-feira (23) e terça-feira (24). Depois, segue por Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

“A Petrobras é uma grande incentivadora do desenvolvimento do país em suas diferentes manifestações e iniciativas. Investimos em muitas formas de energia, e a cultura é uma delas. A empresa tem orgulho de valorizar a cultura brasileira, apoiando a sua diversidade, que faz nosso país ser tão único. Para a Petrobras, é motivo de grande satisfação poder patrocinar e dar nome a este projeto que leva o cinema com qualidade e tecnologia a tantas cidades”, destaca Alessandra Teixeira, gerente de Patrocínio da estatal.

O veículo do cinema se expande e recebe, confortavelmente, 91 pessoas com poltronas reclináveis e confortáveis; ar-condicionado; sistema digital de som e imagem; dois banheiros; guichê de distribuição de pipoca e refrigerante; e iluminação de segurança. Toda essa tecnologia é patenteada e exclusiva, com certificação de segurança aprovada por órgãos internacionais.

Os recursos de acessibilidade incluem espaço para cadeirantes e rampa de acesso. Já a programação com janela de libras e legendagem descritiva está disponível mediante solicitação prévia.

A carreta cinema permanecerá dois dias em cada município. Durante o dia, quatro sessões previamente agendadas são direcionadas a escolas e instituições públicas da localidade.

Há uma sessão noturna por dia, também gratuita e aberta ao público, com grandes lançamentos da telona. Devido às vagas limitadas, os interessados em participar do projeto devem ir até a carreta cinema impreterivelmente no dia do evento, para garantir a retirada de seus ingressos.Todos os participantes terão direito a pipoca e refrigerante gratuitamente.

O Cine Petrobras é um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura e viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Petrobras, e apoio das prefeituras dos municípios.

Ministro garante que não faltarão recursos contra seca e queimadas

O governo federal vai garantir todos os recursos financeiros necessários para o combate aos incêndios e à estiagem que atinge quase todos os estados, afirmou nesta quinta-feira (19) o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Em entrevista ao Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Goés disse que o governo está com liberdade para apoiar estados, Distrito Federal e municípios porque as despesas para combater os efeitos da emergência climática e ambiental foram excluídas do atual teto de gastos

“Esses recursos inicialmente são para a Amazônia e o Pantanal. Terá uma outra MP [medida provisória] para as outras regiões, e não foi a primeira e nem será a última. Quanto à necessidade para o Amazonas e a Amazônia de recursos orçamentários financeiros para responder ao problema de estiagem e atender às pessoas, o presidente Lula está garantindo”, destacou.

Nesta semana, o governo anunciou R$ 514 milhões de crédito extraordinário para combater os incêndios florestais e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou a União a emitir créditos fora dos limites fiscais estabelecidos pelo teto de gastos. 

O ministro Valdez Góes lembrou que é preciso que os estados e municípios aprovem planos de ação para que tenham acesso aos recursos.  

“Não faltou recurso para o Rio Grande do Sul e não faltará também para a Amazônia, para o Pantanal e para o Cerrado. Já aprovei vários planos para o Mato Grosso do Sul, estamos agora aprovando plano para Goiás, para o Mato Grosso, como temos feito às demais regiões”, completou.

Governadores

Góes lembrou que essa é a maior seca que o país viveu nos últimos 75 anos e que as mudanças climáticas agravam a situação. 

Na tarde desta quinta-feira, o ministro se reúne com outros ministros e com os governadores do Centro-Oeste e da Amazônia Legal para discutir a situação dessas regiões.

“Essa reunião é muito importante porque ela vai organizar melhor a sinergia entre o governo federal e os governos estaduais, e também a interlocução que o presidente Lula tem feito com o Congresso brasileiro, que, logicamente, aprova medidas para que a resposta dos governos estaduais e do governo brasileiro seja mais ágil. Certamente, no final da reunião, vamos sair com vários encaminhamentos”.

Marco na erradicação da pólio, gotinha dá lugar à vacina injetável

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro.

Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”.

A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação.

Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou.  Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso.

Entenda

Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.

A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

*A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

Diretores que mais reduzirem evasão escolar serão premiados no Rio

Diretores de escolas no estado do Rio de Janeiro que obtiverem a maior redução da evasão de estudantes no ensino médio serão premiados. O Prêmio Firjan SESI SEEDUC – Combate à Evasão no Ensino Médio, lançado nesta quarta-feira (18), vai premiar os gestores com uma imersão internacional e com materiais para a escola.

O prêmio é uma inciativa da Secretaria Estadual de Educação com a Firjan Sesi. Ao todo, serão premiadas 66 escolas que tiverem a maior redução percentual da taxa de abandono escolar entre os anos de 2023 e 2024. Em caso de empate, será considerada a escola com o menor índice absoluto de abandono escolar em 2024.

A apuração dos resultados será realizada pela Divisão de Análise de Dados da Educação e Cultura e pela Divisão de Avaliação da Educação e Cultura da Firjan SESI a partir da divulgação dos resultados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O prêmio será entregue no segundo semestre de 2025. O Prêmio Ouro será entregue a 14 escolas, que receberão um programa de imersão internacional para o gestor da escola e materiais para ajudar no aprendizado dos alunos. O Prêmio Prata será para 52 escolas que receberão Programa de Imersão Nacional para o Gestor.

De acordo com o Censo Escolar, o ensino médio é a etapa com maior taxa de repetência, que é 3,9%, e de evasão, 5,9%. O estudo Combate à Evasão no Ensino Médio: Desafios e Oportunidades, da Firjan SESI e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mostra que meio milhão de jovens acima de 16 anos abandonam a escola a cada ano.