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Zelenskyy fala em retirada gradual se a Ucrânia não receber a promessa de ajuda dos EUA

30 de março de 2024

 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse numa entrevista publicada sexta-feira que se o seu país não conseguir que a ajuda militar dos EUA prometida seja bloqueada por um Congresso dividido, as suas forças terão de recuar “em pequenos passos”.

A Ucrânia depende da ajuda financeira dos seus parceiros ocidentais, mas o financiamento estrangeiro diminuiu nos primeiros dois meses deste ano, enquanto um robusto pacote de ajuda dos EUA foi bloqueado durante meses pelos republicanos no Congresso.

“Se não houver apoio dos EUA, significa que não temos defesa aérea, nem mísseis Patriot, nem bloqueadores para guerra electrónica, nem munições de artilharia de 155 milímetros”, disse Zelenskyy ao The Washington Post.

“Significa que vamos retroceder, recuar, passo a passo, em pequenos passos”, acrescentou. “Estamos tentando encontrar uma maneira de não recuar.”

Em março, Kiev conseguiu atrair cerca de 9 mil milhões de dólares em financiamento externo total, disse o Ministério das Finanças. A União Europeia, o Canadá, o Japão, o Fundo Monetário Internacional e a Grã-Bretanha estavam entre os doadores.

A Ucrânia recebeu uma parcela de 1,5 mil milhões de dólares de financiamento ao abrigo de um programa do Banco Mundial, disse o primeiro-ministro Denys Shmyhal na sexta-feira, ajudando-a a pagar o seu orçamento e despesas sociais enquanto se defende contra a invasão da Rússia.

O novo bloco de ajuda do Banco Mundial foi financiado pela Grã-Bretanha (516 milhões de dólares) e pelo Japão (984 milhões de dólares), disse Shmyhal. “Os fundos cobrirão gastos orçamentários para necessidades sociais e humanitárias e para reconstrução”, escreveu ele no X.

No início de Março, a Ucrânia recebeu uma primeira parcela de ajuda de 4,9 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros) ao abrigo de um programa de financiamento provisório da União Europeia.

“Em 2024, o financiamento externo atingiu 10,2 mil milhões de dólares, e desde o início da guerra em grande escala – 83,8 mil milhões de dólares. A assistência internacional é dirigida para financiar as despesas sociais prioritárias do orçamento do Estado da Ucrânia”, afirmou o ministério.

 

Uma onda de incêndios florestais na América Latina: quem é o culpado?

Incêndio florestal

30 de março de 2024

 

“Não há nada que seja realmente um desastre ‘natural’. O desastre é o que acontece porque a sociedade permite que aconteça…”, disse a jornalista americana June Carolyn Erlick em seu livro “Desastres Naturais na América Latina”.

Os recentes incêndios florestais em Valparaíso, no centro-sul do Chile, mataram 132 pessoas e deixaram milhares de famílias sem casa. Várias autoridades, incluindo o presidente Gabriel Boric, alegaram que os incêndios foram criminosos: “Avise-os, quem se encontrar acendendo uma luz e desencadeando a tragédia que vimos, vamos procurá-los em todos os lugares e todo o peso do a lei recairá sobre eles, além do repúdio de toda uma sociedade, porque o que causaram é imensurável”, disse Boric de Viña del Mar após o desastre.

Houve prisões pelos incêndios de Valparaíso, mas o Ministério Público não os acusou porque não encontrou provas. Houve reclamações de cidadãos sobre alegados novos incendiários, mas a Polícia não os encontrou. Também houve desinformação, como a de que sete venezuelanos estavam acendendo novas luzes em outra área. Mas, embora essa versão tenha se tornado viral, não era verdade.

O Chile, como pelo menos outros oito países da América do Sul, sofre milhares de incêndios florestais todos os anos e deve preparar-se para prevenir e responder a estes eventos que ocorrerão com frequência e magnitude crescentes devido às alterações climáticas. Em Outubro de 2023, por exemplo, em duas das cidades mais importantes da Bolívia, La Paz e Santa Cruz, a má qualidade do ar causada por incêndios florestais obrigou o governo a suspender as aulas escolares.

Estes acontecimentos naturais, cada vez mais esperados, mostram as falhas das instituições e das sociedades. Poucas semanas antes da tragédia de Valparaíso, os incêndios também afetaram Bogotá, a capital colombiana, e outras partes daquele país. A emergência tornou pública a redução orçamentária do corpo de bombeiros, e um vereador de Bogotá informou que também foram reduzidos os recursos de outras instituições-chave para prevenir e enfrentar desastres naturais, justamente num momento em que a humanidade espera mais e mais fortes eventos deste tipo. No meio da crise, o diretor nacional dos bombeiros da Colômbia também foi demitido, supostamente por denunciar a falta de recursos.

A Patagônia Argentina também está em chamas desde o início do ano. Segundo um relatório da Amnistia Internacional, mais de meio milhão de hectares arderam naquele país só em 2022. “É fundamental que o Estado argentino avance no cumprimento dos seus compromissos internacionais em matéria de proteção do meio ambiente e dos direitos humanos”, conclui o documento.

A maioria dos incêndios no Chile está relacionada à ação humana. Muitas vezes pode até haver intencionalidade, mas não é só isso.

Ariel Muñoz, doutor em ciências florestais e professor da Pontifícia Universidade de Valparaíso, explica que as políticas florestais do país, que respondem a razões económicas, também têm muito a ver com isso. Primeiro porque criaram paisagens mais inflamáveis ​​e segundo porque algumas pessoas provocam incêndios para gerar mudanças no uso da terra.

O Dr. Eduardo Peña, especialista em ecologia do fogo, comenta que toda a vegetação pode queimar, até mesmo as florestas nativas, como está acontecendo atualmente na Argentina. Ele explica que, para ocorrer um incêndio, é necessário que três elementos se juntem: o combustível (vegetação seca), o oxigênio e uma fonte de calor, na maioria das vezes por ação humana. Ou seja, quando a temperatura é superior a 30 graus Celsius, a umidade relativa do ambiente é inferior a 30% e a velocidade do vento é superior a 30 quilômetros por hora. Especialistas alertam que essas condições ocorrem cada vez mais devido às mudanças climáticas.

 

Pacheco e Macron tratam de democracia, meio ambiente e relações bilaterais

Emmanuel Macron 2023

30 de março de 2024

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, foi recebido no Senado, nesta quinta-feira (28), pelo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. Eles conversaram no Salão Nobre, mas parte da reunião foi sigilosa. Este foi o último compromisso oficial de Macron no país, e ele deve retornar à Europa nas próximas horas, após três dias com agenda cheia em sua primeira visita ao Brasil.

Pacheco agradeceu a visita de Macron e elogiou os acordos e diálogos com o governo brasileiro. O presidente do Senado também convidou o presidente francês para novas visitas ao Congresso futuramente.

— O Brasil tem muitos desafios pela frente, sobretudo a condução do G20 e a realização da COP30, que será no Norte do Brasil, no estado do Pará. Naturalmente que esta relação com a França é fundamental para que sejamos bem-sucedidos — disse Pacheco a Macron.

O presidente da França, por sua vez, agradeceu a acolhida e elogiou a democracia brasileira. Ele garantiu que voltará ao Brasil em novembro para a reunião do G20 (grupo das 19 maiores economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia), no Rio de Janeiro; e no próximo ano, para participar da COP30 (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima), em Belém.

— A democracia brasileira é muito viva. O que vocês têm feito nos últimos anos tem sido para nós uma fonte de inspiração, vendo a capacidade de resistência que vocês têm aqui. Nós estamos perfeitamente conscientes do papel que senadores e deputados eleitos desempenham — disse Macron a Pacheco.

Um dos temas na pauta entre França e Brasil é o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O acordo entre os dois blocos teve os termos conluídos em 2019, após vinte anos de negociações, mas ainda não foi finalizado. Em mais de uma ocasião, Macron já se posicionou contra o acordo. Essa resistência vem recebendo críticas de senadores. Recentemente, o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) reclamou de pressões ambientais por parte da França. Os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Plínio Valério (PSDB-AM) também já criticaram ações e falas de Macron.

Também participaram da reunião os senadores Davi Alcolumbre (União/AP) e Randolfe Rodrigues (S/Partido-AC), ambos do estado do Amapá, que tem fronteira com a Guiana Francesa, departamento ultramarino da França. Participaram, ainda, o governador do Amapá, Clécio Luís, e deputados do estado.

Randolfe, que é líder do governo no Congresso, afirmou após a reunião que o Brasil está recuperando o respeito internacional, o que resulta em numerosos acordos com outras nações.

— Estabelecemos aqui uma agenda comum em defesa da democracia e da pauta ambiental e de ações de cooperação — disse Randolfe.

Já o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre afirmou que a visita “engrandece o Senado Federal, que completa este ano 200 anos”.

Agenda

A visita ao Congresso Nacional foi o último evento da programação oficial do presidente francês no Brasil. Macron visitou quatro cidades: Belém (PA), Itaguaí (RJ), Brasília e São Paulo. O périplo foi organizado como parte de uma agenda internacional acertada em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com foco principal na preparação para a COP30. A Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima acontecerá em Belém no ano que vem.

Lula e Macron lançaram um plano de economia sustentável para a Região Amazônica, que busca arrecadar mais de RS 5 bilhões de investimento público e privado nos próximos quatro anos, para aplicar em projetos na Amazônia Legal e na Guiana Francesa. Também houve a inauguração, no Complexo Naval de Itaguaí, do submarino Tonelero, construído pelo Brasil em parceria com a França. 

Antes, em Belém, Macron e Lula reuniram-se com o cacique Raoni, que foi condecorado pelo presidente francês com a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França. Os presidentes do Brasil e da França também fecharam vários acordos, jurídicos e ambientais.

 

Localizados destroços de avião que caiu na Serra do Japi, em São Paulo

Os destroços do avião bimotor que estava desaparecido desde a noite de quinta-feira (28) foram encontrados há pouco pelo helicóptero da Polícia Militar de São Paulo. Imagens feitas a partir do Águia 10 da PM mostram pedaços de fuselagem em meio a mata na Serra do Japi, nas proximidades do munícipio de Jundiaí. Informações da Força Aérea Brasileira (FAB) apontam que estava a bordo apenas o piloto. A aeronave PT-WLP está em situação regular.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de Jundiaí, Guarda Civil Municipal estão a caminho do ponto da queda, no meio da mata fechada e de difícil, acesso.

A FAB informou também que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizados em São Paulo (SP), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo o avião bimotor.

Informações iniciais mostram que o avião havia decolado na noite de quinta-feira do Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí, região metropolitana da capital. O destino era o Campo de Marte, na cidade de São Paulo. Mas não houve condições de pouso e o piloto resolveu retornar para Jundiaí.

De acordo com a PM, o último contato do piloto foi realizado através de rádio, às 23h de ontem. Naquele momento, ele sobrevoava a Serra do Japi. O aparelho é de propriedade de empresa chinesa HKTC do Brasil.

Moraes nega pedido de devolução de passaporte para Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes indeferiu nessa quinta-feira (28) pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para devolução de passaporte. Moraes se baseou em manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que vai no mesmo sentido.

De acordo com Gonet, “não se tem notícia de evento que torne superável a decisão que determinou a retenção do passaporte do requerente. A medida em questão se prende justamente a prevenir que o sujeito à providência saia do país, ante o perigo para o desenvolvimento das investigações criminais e eventual aplicação da lei penal. Os pressupostos da medida continuam justificados no caso.”

Em sua decisão, divulgada nesta sexta-feira (29), Moraes acrescenta, ainda, que “as diligências estão em curso, razão pela qual é absolutamente prematuro remover a restrição imposta ao investigado, conforme, anteriormente, por mim decidido em situações absolutamente análogas”.

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido por determinação de Moraes no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura a existência de uma trama golpista no alto escalão do governo do ex-presidente.

Tênis de mesa: Brasil fatura 2 ouros e 1 bronze em Aberto Paralímpico

Esta sexta-feira (29) foi de pódios brasileiros – dois deles com medalhas de ouro – no último dia do Aberto Paralímpico de Tênis de Mesa Fa20, em Wladyslawowo (Polônia). Atual número cinco do mundo, a carioca Sophia Kelmer, que já conquistara prata na disputa individual na quinta (28), faturou o ouro hoje nas duplas da classe WD 14, ao lado da polonesa Katarzyna Marszal. As duas derrotaram na final a parceria da japonesa Yuri Tomono com a romena Gabriela Constantin, por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/8 e 11/9.

Brasil conquista dois ouros e um bronze e termina o Aberto Paralímpico Fa20 da Polônia com quatro medalhas no total

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— CBTM (@CBTM_TM) March 29, 2024

“Fico muito honrada de vestir a camisa da seleção brasileira e de jogar mais um campeonato internacional, dessa vez com o título. Levar esse título para o Brasil é muito gratificante. Joguei ao lado de uma polonesa da Classe 6, e a experiência de jogar na casa dela também foi muito bacana. Acho que eu consigo ver o quanto eu estou crescendo, o quanto eu estou melhorando em todos os aspectos e eu só tenho a agradecer a todo mundo que estava torcendo por mim”, disse Kelmer, em depoimento à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

Outra dupla campeã foi a do brasileiro Israel Stroh com o espanhol Jordi Morales, que venceu de virada a final da classe MD14 contra a parceria do belga Ben Ashok Despineux com o norueguês Krizander Magnussen. As duplas já haviam se enfrentado na fase de grupos, quando Despineux e Magnussen levaram a melhor. Já na disputa do ouro, foi a parceria Brasil-Espanha que saiu vitoriosa com a medalha dourada. O triunfo foi obtido com parciais de 10/12, 8/11, 11/7, 11/7 e 11/8.
Também nesta sexta (29), teve bronze de Guilherme Costa e Iranildo Espíndola na disputa de duplas da classe MD4. Os dois foram superados na semifinal pela dupla do espanhol Daniel Rodríguez com o japonês Masanori Uno, por 3 sets a 0 (11/5, 11/6 e 11/5).

O Aberto Paralímpico conta pontos no ranking classificatório para os Jogos de Paris. A previsão da CBTM é anunciar a lista de classificados (disputas individuais) na próxima semana. Já a relação de classificados nas duplas sairá no final de abril.

Ao todo seis atletas já carimbaram a vaga paralímpica em Paris ao conquistarem o ouro no Parapan-Americano de Santiago (Chile), no ano passado. São eles: Thiago Gomes, Danielle Rauen, Marliane Santos, Cláudio Massad, Paulo Salmin e Luiz Manara.

Em espetáculo da Via Sacra no DF, Marias lembram os próprios calvários

No percurso até os calvários, histórias de Marias também são protagonistas em dia de recordar dos sacrifícios de Jesus. A doméstica Maria Aparecida dos Santos, de 48 anos, chegou ao espetáculo da Via Sacra, de Planaltina (DF), a pé, nesta sexta-feira (29). Queria ver de perto a Ressurreição do “Pai”, mas pretendia mesmo agradecer pela sobrevivência do filho. 

Brasília, 29/03/2024 Maria Aparecida dos Santos, doméstica, chega para assitir a apresentação da Via Sacra em Planaltina, DF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O rapaz, de 26 anos, levou duas facadas no ano passado, passou um mês em uma unidade de terapia intensiva lutando pela vida. “Foi Deus que o salvou”, emociona-se. A luta ainda está em andamento. O filho está em uma clínica pública para tentar se livrar do vício das drogas e das consequências. “Por isso, a gente precisa ter fé”. Quando Maria chegou, o espetáculo de teatro ainda não havia começado, mas ela estava com pressa para conseguir o melhor lugar. 

A tradicional Via Sacra, do Morro da Capelinha, em uma área de cerrado a cerca de 60 quilômetros da capital do país, chegou à sua 51ª edição, com entrada gratuita e participação de 1,4 mil pessoas da própria comunidade. Pelo menos 1.100 são pessoas que trocam seus afazeres diários para se tornarem atores.  

De protagonistas a figurantes, todos maquiados e devidamente dotados de figurinos que remontam à história da tradição cristã, na qual Jesus Cristo foi torturado e assassinado em uma cruz. O coordenador-geral do evento, o dramaturgo Preto Rezende, reconhece que a responsabilidade é grande ao trabalhar com não-atores e se comunicando com a comunidade. “Trabalhamos para pessoas simples. E saímos todos transformados”, afirma o diretor. 

Na estrada do calvário de Maria Aparecida, ela recorda que, na próxima semana, terá um dia para visitar o filho que ela só pode ver uma vez por mês. Na luta contra o próprio vício, ele “fica ansioso”, lamenta a mãe. Mas está otimista também porque o filho caçula tem fé como ela. Deu a ele o nome de Juan Jesus. 

Brasília, 29/03/2024 Maria de Fátima Almeida, 69 anos. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Logo depois de Maria Aparecida adentrar no espetáculo da Via Sacra,  chega outra Maria e sua família. Maria de Fátima Almeida, de 69 anos, 11 filhos e “muitas lutas”. Ela diz que, apesar das dificuldades com empregos e falta de recursos para todos, precisa mostrar a eles sempre o exemplo da própria história. 

“Trabalhei na roça desde os oito anos de idade, mas só consegui estudar mais recentemente. Agora estou na terceira série”, conta. Já está em aulas que excederam a alfabetização. Mas os próprios sonhos nunca foram prioridades. Só o babaçu, arroz e feijão que ela precisava colher em cada amanhecer. 

Na primeira estação do sacrifício de Jesus, outra Maria se emocionava. Moradora do Núcleo Bandeirante, Maria do Carmo Alves, de 69 anos, veio pedir forças no espetáculo que, para ela, não tinha nada de ficção. Ela perdeu na última semana um neto vítima de câncer. “Para mim, é o próprio Jesus que está aqui”. 

Brasília, 29/03/2024 Maria do Carmo Alves, de vestido, e sua família na apresentação da Via Sacra em Planaltina, DF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil – Agência Brasil

 

Emoção

Jesus estava lá. Aliás, era o planaltinense Rafael Moreira, de 27 anos. Ator amador, o rapaz diz que se emociona  também com cada cena. Foi convidado no ano passado e se lembrou que, na comunidade, já tinha encenado o personagem quando era adolescente. “Estamos muito concentrados e ensaiamos bastante no último mês”,disse com as marcas cênicas de sangue na boca e nos braços.

Perto de Jesus, Cristiano da Silva, de 42 anos, também estava pronto para a próxima cena. Lá ela era o ladrão Dimas, crucificado ao lado do protagonista. Na vida real, o motorista de frigorífico diz que queria orgulhar os filhos com o personagem. “Espero que as pessoas também se comovam com as minhas cenas”. O sonho do novo ator é ir além da sétima série e melhorar a vida da família. 

Sob o sol de Planaltina, outro homem com nome de santo vendia água porque está desempregado. Antonio Marle dos Santos, de 25 anos, mora no Vale do Amanhecer e nunca trabalhou com carteira de trabalho assinada. “Trabalho em obras, vendo comida… faço o que for preciso. Queria estudar para ser bombeiro civil”. Enquanto isso, queria vender todo o produto que levou a tempo de assistir à Ressurreição. “Não tem quem não goste, né?”. 

Brasília, 29/03/2024 Cristiano da Silva, ator que interpreta Dimas na apresentação da Via Sacra em Planaltina, DF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil 

Passagem do furacão Catarina no Sul do Brasil completa 20 anos

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Esta notícia está em desenvolvimento. Por favor edite-a e modifique as fontes, o estilo, etc., para a forma correta (caso seja necessário). Quando a notícia estiver pronta, remova esta marca.

29 de março de 2024

 

Há duas décadas, em 28 de março de 2004, o Brasil acordava com as notícias de um evento meteorológico sem precedentes: o Furacão Catarina. Esse fenômeno, que tocou terra no Sul do Brasil, deixou marcas profundas na memória dos brasileiros e continua sendo um marco singular na história climática do país.

O Furacão Catarina: Um Despertar para a Meteorologia Brasileira

Primeiro e Único: O Catarina foi o primeiro e único ciclone tropical documentado até hoje no Atlântico Sul. Sua intensidade ficou entre o limite superior da categoria 1 e o inferior da categoria 2 da escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados em torno de 150 km/h e rajadas mais fortes.Desafio Científico: A formação do Catarina desafiou a teoria científica, que afirmava que furacões não poderiam se formar sobre o Atlântico Sul. Vários debates seguiram-se na Meteorologia brasileira para classificar o fenômeno. A conclusão, após ouvir especialistas do exterior, foi a óbvia: foi um furacão.

Vítimas e destruição

No total, o furacão Catarina deixou 11 mortos e pelo menos 78 pessoas feridas. Além disso, foram 33.165 desabrigados e desalojados. Milhões de catarinenses foram afetados pelo fenômeno.

Os prejuízos foram estimados em mais R$ 850 milhões. Na época, nenhum município do estado de Santa Catarina estava preparado para um evento desse tipo. 14 municípios decretaram Estado de Calamidade Pública e 7, Situação de Emergência.

Legado e Mudanças

O desastre de 2004 forçou mudanças significativas. Hoje, há maior conhecimento sobre ciclones tropicais no Brasil, melhor capacidade de modelagem numérica de previsão e ferramentas de monitoramento.

No entanto, ainda há lacunas. As boias de monitoramento na costa do Brasil são quase inexistentes, e o que ocorre em mar aberto antes de um ciclone tocar terra permanece um mistério.

(erro) 

Artigo em destaque: passagem do furacão Catarina no Sul do Brasil completa 20 anos

29 de março de 2024

 

Há duas décadas, em 28 de março de 2004, o Brasil acordava com as notícias de um evento meteorológico sem precedentes: o furacão Catarina. Esse fenômeno, que tocou terra no Sul do Brasil, deixou marcas profundas na memória dos brasileiros e continua sendo um marco singular na história climática do país.

O Furacão Catarina: um despertar para a meteorologia brasileira

Primeiro e único: O Catarina foi o primeiro e único ciclone tropical documentado até hoje no Atlântico Sul. Sua intensidade ficou entre o limite superior da categoria 1 e o inferior da categoria 2 da escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados em torno de 150 km/h e rajadas ainda mais fortes.Desafio científico: A formação do Catarina desafiou a crença tradicional de que furacões não podem se formar sobre o Atlântico Sul. Vários debates seguiram-se na Meteorologia brasileira para classificar o fenômeno. A conclusão, após ouvir especialistas do exterior, foi a óbvia: foi um furacão.

Vítimas e destruição

No total, o furacão Catarina deixou 11 mortos e pelo menos 78 pessoas feridas. Além disso, foram 33.165 desabrigados e desalojados. Milhões de catarinenses foram afetados pelo fenômeno.

Os prejuízos foram estimados em mais R$ 850 milhões. Na época, nenhum município do estado de Santa Catarina estava preparado para um evento desse tipo. 14 municípios decretaram Estado de Calamidade Pública e 7, Situação de Emergência.

Legado e Mudanças

O desastre de 2004 forçou mudanças significativas. Hoje, há maior conhecimento sobre ciclones tropicais no Brasil, melhor capacidade de modelagem numérica de previsão e ferramentas de monitoramento.

 
 
 

Jéssica Lima é prata no 1º dia do Grand Slam de Judô, na Turquia

A brasileira Jéssica Lima garantiu a prata para o país, no primeiro dia do Grand Slam de Antalya (Turquia), que distribui até mil pontos no ranking olímpico classificatório para os Jogos de Paris.  Nesta sexta-feira (29), a luta final dos 57 quilos contra a japonesa Christa Deguchi, atual campeã mundial na categoria, foi uma reedição do Grand Slam de Tóquio, há quatro meses – na ocasião também foi superada pela asiática, ficando com a prata. O segundo lugar no pódio hoje, garantiu à Jéssica 700 pontos no ranking, cuja totalização de pontos termina em junho. A competição vai até domingo (31) e tem transmissão ao vivo online (on streaming) na JudoTV e no Canal Olímpico do Brasil.

A competição reúne quase 650 atletas de 93 países. O Brasil conta com 21 judocas em Antalya, sendo 11 mulheres e 10 homens.

Tá encaixado!
Bateu! 😞
Não! 😳
Desmaiou?! 🫣
Não! 🥵
Sai daí, Jéssica! 😰
Cadê o matê? 😱

GALERA?!!! O milagre que a @jessicalimajudo operou nesse estrangulamento de quase um minuto!

A adm quase foi junto 😵

🎥: @timebrasil pic.twitter.com/LeTJuKl2jn

— CBJ (@JudoCBJ) March 29, 2024

“Queria agradecer a todos os brasileiros pela torcida no dia de hoje. Senti a energia daqui. Estou feliz com meu desempenho de hoje, mas não satisfeita. Foi minha segunda final em Grand Slam e acredito que estou no caminho certo para conquistar futuros ouros”, disse a paulista, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Jéssica Lima é a atual número 11 do mundo nos 57 kg e compete diretamente com a carioca Rafaela Silva, campeã olímpica e mundial, pela vaga em Paris 2024.   

Antes de chegar à disputa final pelo ouro, Jéssica estreou em grande estilo no Grand Slam de Antalya: venceu por ippon a panamenha Kristine Jimenez. Depois, nas oitavas, eliminou a ítalo-brasileira Thauany Capani Dias., punida por projetar-se ao solo de cabeça.

Na luta seguinte, contra a alemã Seija Ballhaus, a paulista fazia uma luta equilibrada, até que a arbitragem anotou um waza-ari a favor da alemã. No entanto, o golpe foi revisado em vídeo, e Ballhaus foi desclassifica por toque de sua cabeça no chão ao desferir o waza-ari. Na semifinal, Jéssica bateu a chinesa Qi Cai logo waza-ari, garantindo presença na final dos 57 kg.

Já campeã olímpica Rafaela Silva, parou logo na estreia dos 57 kg . A carioca foi eliminada ao ser imobilizada com um ippon pela croata Tihea Topovolec.

5º lugar para Natasha Ferreira 48kg no Grand Slam de #judoantalya

Na disputa pelo 🥉, brasileira sofreu 2 projeções que garantiram 2 waza-ari (ippon) e a medalha à Narantsetseg Ganbaatar 🇲🇳

Nat soma 360 pontos no ranking com esse 5º lugar, seu melhor resultado no ano! pic.twitter.com/xyBaW4D74s

— CBJ (@JudoCBJ) March 29, 2024

Outros resultados

Na categoria dos 48 kg, a paranaense Natasha Ferreira chegou a lutar pela medalha de bronze, mas foi superada pela mongol Narantsetseg Ganbaatar, terminando a competição na quinta posição, seu melhor resultado na temporada.  Com os 360 pontos conquistados hoje, Natasha está próxima da vaga direta em Paris. A previsão é de que o ranking seja atualizado após o encerramento do Grand Slam da Antalya, com a inclusão das pontuações deste fim de semana.

Também nos 48 kg, Amanda Lima deu adeus à disputa individual ao perder a estreia contra a turca Merve Azak.

Já nos 52 kg, a carioca Jéssica Pereira venceu com ippon a estreia contra a sul-coreana Yerin Yung. Já na luta seguinte, travou batalha acirrada contra a britânica Chelsie Giles. Após sair em desvantagem ao levar um waza-ari, a brasileira chegou a empatar aluta ao imobilizar a adversária com um ippon. No entanto, o lance foi revisado em vídeo pela arbitragem, e o ponto foi retirado. Na sequência, a britânica aplicou um outro waza-ari e derrotou a brasileira.

Agenda

Preliminares – a partir das 3h30 (horário de Brasília) 

Finais — 11h 

Sábado (30)

Michael Marcelino (-73kg), Vinicius Ardina (-73kg), Guilherme Schimidt (-81kg), Pedro Medeiros (-81kg), Ketleyn Quadros (-63kg), Nauana Silva (-63kg), Kaillany Cardoso (-70kg) e Luana Carvalho (-70kg).

Domingo (31)

Marcelo Gomes (-90kg), Rafael Macedo (-90kg), Leonardo Gonçalves (-100kg), Rafael Buzacarini (-100kg), Rafael Silva (+100kg) e Beatriz Souza (+78kg).