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EU deve vetar novo apelo para cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza; Hamas ainda mantém dezenas de refés judeus

18 de fevereiro de 2024

 

Linda em 2023

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Undiso (EU) nas Nações Unidas, disse num comunicado no sábado que os EU vetariam um plano da Argélia que provavelmente será apresentado ao Conselho de Segurança da ONU esta semana, pedindo um cessar-fogo imediato.

Ela disse que os EU querem “uma resolução sustentável” para o conflito na Faixa de Gaza que traga um período imediato e sustentado de calma durante pelo menos seis semanas e a partir da qual “poderíamos então aproveitar o tempo e as medidas para construir uma situação mais duradoura de paz”.

Ela disse que o plano em que os EA têm trabalhado com a contribuição de Israel, Egipto, Qatar e outros “representa a melhor oportunidade para reunir todos os reféns com as suas famílias e permitir uma pausa prolongada nos combates, o que permitiria que mais alimentos, água, combustível, remédios e outros itens essenciais cheguem às mãos de civis palestinos que precisam desesperadamente deles”,

Ela disse que a proposta argelina não alcançaria os mesmos resultados e “poderia ir contra eles”. Thomas-Greenfield disse que se o plano da Argélia for submetido a votação, “não será adotado”.

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Relato de professor sobre rigidez em penitenciária viraliza na web

O professor universitário Francisco Augusto da Cruz de Araújo deu aulas por dois anos na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e em relato à Agência Brasil contou os rígidos protocolos de segurança pelos quais era obrigado a passar.

Ele relatou que “não imaginava existirem padrões de segurança tão altíssimos” e disse ter ficado descrente ao saber da hipótese de que os presos teriam conseguido sair de suas celas sozinhos, ante todos os procedimentos a que eram submetidos.

O relato do professor começou a chamar atenção na rede social X (antigo Twitter). Numa série de posts, ele descreveu, por exemplo, os procedimentos de entrada e saída na unidade. Uma das publicações se aproxima de 5 mil compartilhamentos.

Ela conta, por exemplo, que para entrar no presídio precisou ter sua vida investigada com ao menos 15 dias de antecedência, quando a direção requer o envio dos documentos pessoais. Quem não se submete ao procedimento “fica do lado de fora”, conta Araújo.

Ele deu aulas a nove internos que foram aprovados para ingressar em curso superior de gestão ambiental na Universidade Aberta do Brasil, no polo de Mossoró, que é gerido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Foi escolhido por ter feito mestrado em ciências sociais com foco em segurança pública e sistema prisional.

Como os presos não têm acesso a eletrônicos, para viabilizar os estudos à distância era preciso enviar todo o material por email para ser impresso na própria penitenciária. Ao menos uma vez por mês, Araújo e outros professores iam à unidade para dar aulas durante todo o dia, para tentar avançar o máximo possível no programa do curso.

Para entrar no presídio, é preciso utilizar roupas sem nada de metal, sejam botões, presilhas ou zíperes. “Eu ia com uma calça de academia, dessas de nylon, camiseta e tênis de corrida”. Nada de metal pode passar pelos diversos detectores espalhados pela unidade, relata o professor.

Primeiro, Araújo era encaminhado para a área administrativa e, depois, acompanhado de um policial penal, ia ao encontro dos alunos em diferentes alas do presídio. “Eu levava de 30 a 40 minutos para chegar até o preso”, disse o professor. “Eu brincava de contar quantos portões de ferro eu precisava atravessar pra chegar até o lugar das aulas, às vezes eram 17, às vezes 20”.

Nas aulas, os presos ficavam de um lado das grades enquanto Araújo ficava do outro, sempre acompanhado do agente penitenciário. “Éramos orientados a não revelar nada de nossa vida pessoal, para não haver risco de sequestros e coisas assim. Um dia levei uma cotovelada do agente porque, num ato falho, revelei a cidade e o bairro onde morava”, conta o professor.

Para estudar, os presos tinham acesso somente ao material impresso, com páginas unidas por cola branca, pois nem mesmo grampos ou clipes eram permitidos. As canetas disponibilizadas aos internos tinham apenas o tubinho de tinta com a ponta, sem o corpo de plástico. Tudo era recolhido ao final do dia.

Fuga

Nas duas oportunidades que teve de visitar celas da unidade, Araújo relatou ter visto apenas uma cama e uma mesinha de alvenaria, sem bancos ou cadeiras. Nem mesmo lençóis são disponibilizados aos presos, para quem não usem para se enforcar, por exemplo.

Na lembrança do professor, as aberturas para ventilação e iluminação da cela ficavam a cerca de cinco metros do chão. Isso fez ele estranhar a foto revelada pela imprensa que mostra o buraco por onde os presos supostamente escaparam.

“Eu achei muito estranho essa hipótese de que eles fugiram por ali, porque quebraram uma parede de concreto armado que fica a cinco metros de altura. É muito difícil”, disse ele à Agência Brasil.

O professor diz acreditar mais na hipótese de que os dois fugitivos receberam algum tipo de ajuda. “Conhecendo os critérios de segurança que o presídio federal de Mossoró tem, é praticamente impossível alguém sair de lá sem que alguém veja”.

O trabalho de Araújo na Penitenciária de Mossoró ocorreu entre os anos de 2017 e 2018. A rotatividade de presos fez com que todos os alunos acabassem transferidos, o que impossibilitou a continuidade do projeto. “Alguns, acho que três, que voltaram para presídios estaduais conseguiram terminar o curso em outras unidades de ensino”, disse.

“Lamento muito que isso tenha acontecido no presídio federal, porque conheço a seriedade das pessoas que trabalharam comigo nesses dois anos. São pessoas espetaculares, comprometidas com a segurança”, conclui o professor. 

Buscas

Neste domingo (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o episódio e disse acreditar em algum tipo de facilitação. Algumas horas depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse ser necessário o fim das investigações para que se possa falar em qualquer tipo de conivência de agentes do presídio.

As buscas pelos fugitivos entraram no quinto dia neste domingo e se concentram em um raio de 15 quilômetros ao redor da penitenciária. Cerca de 500 agentes trabalham na recaptura, bem como três helicópteros, drones e detectores de calor.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. Eles fugiram na última quarta-feira (14) e são considerados de alta periculosidade.

 

Monitoramento ambiental revela desmatamento de mais de 14 ha em Ipameri e Caldas Novas, segundo governo de Goiás

Goiás • 18 de fevereiro de 2024

 

Na última sexta-feira, 17, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) identificou dois casos de desmatamento no estado. Em Ipameri, cerca de 14 hectares de vegetação nativa foram suprimidos, enquanto em Caldas Novas, o registro apontou aproximadamente 1 hectare de terra desmatada.

Em Caldas Novas, a Semad constatou desmatamento ilegal de 0,83 hectare. Embora não tenha havido lavratura de auto de infração no local devido à ausência de pessoas ou equipamentos durante a fiscalização, a Semad anunciou a intenção de responsabilizar pelo dano ambiental por meio de um auto de infração remoto.

Já em Ipameri, o desmatamento ocorreu de maneira irregular, afetando 12,7 hectares de reserva legal e 1,16 hectare de Área de Preservação Permanente (APP). O infrator foi autuado, teve suas atividades embargadas, e o maquinário utilizado foi apreendido. O gerente de Fiscalização Ambiental e Inteligência da Semad, Rodrigo Bastos, afirmou que investigações adicionais serão conduzidas para responsabilizar o verdadeiro infrator.

 
 

Minas bate Praia Clube e leva Sul-Americano de vôlei pela 5ª vez

Justificando a fama de melhores equipes do vôlei feminino brasileiro, Gerdau Minas e Dentil/Praia Clube deram um espetáculo na final do Campeonato Sul-Americano de clubes, neste domingo (18), na Arena Paulo Skaf, em Bauru. Em um duelo que foi uma montanha-russa de emoções, o Minas derrotou o Praia Clube por 3 sets a 2 depois de ser derrotado nas duas primeiras parciais. Esta foi a sexta decisão consecutiva entre as equipes na competição, com quatro títulos do Minas (2019, 2020, 2022 e agora 2024), que tem cinco conquistas no total, e dois do Praia Clube (2021 e 2023).

Na final deste domingo, o Praia Clube assumiu o controle da partida, vencendo as duas primeiras parciais por 26 a 24 e 25 a 16. No entanto, pressionado por não poder perder mais nenhum set, o Minas conseguiu equilibrar as coisas e vencer as duas parciais seguintes, por 25 a 19 e 25 a 22.

🥇 CAMPEÃÃÃSSS!!! 💙

As Guerreiras de Aço conquistam o título do Campeonato Sul-americano de Clubes 2024, o sétimo da história do Clube!!

🔥🚀 Cadê os parabéns para as nossas atletas??? Celebre o titulo com a gente!!! 💬#VaiMinas #GerdauMinas pic.twitter.com/YWkga2AhCM

— Minas Tênis Clube (@MinasTenisClube) February 18, 2024

No tie-break, o Minas abriu 5 a 0 e colocou a equipe de Uberlândia contra as cordas. O Praia Clube chegou a encostar (4 a 5), mas logo o Minas voltou a abrir uma frente no placar, até fechar o set em 15 a 11 e o jogo em 3 a 2 em um ataque de Thaísa.

A levantadora norte-americana Jenna Gray, do Minas, acabou eleita a melhor jogadora da final.

Agora, as duas equipes se voltam à sequência da temporada na Superliga, onde o Praia Clube é o terceiro colocado e o Minas o quarto. Curiosamente, os dois times também concentram os títulos e decisões nos últimos anos: as últimas quatro finais foram entre eles dois, com três conquistas do Minas e uma do Praia Clube.

Brasil derrota Portugal e avança no Mundial de Beach Soccer

Com emoção, a seleção brasileira de beach soccer derrotou Portugal por 3 a 2, neste domingo (18), no Mundial da modalidade que está sendo disputado em Dubai (Emirados Árabes). Com o resultado, obtido na prorrogação, o Brasil assegurou de forma antecipada a classificação para as quartas de final do torneio.

Segunda vitória da @BRBeachSoccer na #BeachSoccerWC! 🔥🇧🇷 Venceu #Portugal por 3-2 no Grupo D 👏

📸 FIFA#AcrediteSempre | #AcrediteNoSeuContinente pic.twitter.com/x4lzfbJIa6

— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) February 18, 2024

O Brasil começou bem o duelo, que é considerado um clássico do beach soccer, já que as duas seleções possuem múltiplos títulos mundiais na modalidade. Rodrigo abriu o placar para os brasileiros no primeiro período.

No segundo período, Catarino ampliou e pareceu deixar a vitória bem encaminhada.

No entanto, no período final, Portugal se encontrou e em apenas três minutos chegou ao empate, com gols de Bê Martins e Jordan.

A seleção portuguesa ainda teve uma chance de ouro para virar o jogo e garantir a vitória no tempo regulamentar. Quando restavam 25 segundos para o fim, Rodrigo colocou o braço na bola, cometendo pênalti e sendo expulso pelo segundo cartão amarelo. Na cobrança, o goleiro Bobô cresceu e defendeu o chute de Bê Martins.

No tempo extra, mesmo com um atleta a menos, o Brasil marcou com Mauricinho e conseguiu segurar o triunfo sob intensa pressão portuguesa. A cinco segundos do fim, a seleção europeia parou na trave brasileira.

Rumo às quartas de final! @BRBeachSoccer se classificou à próxima fase da #BeachSoccerWC! ✍️🇧🇷#AcrediteSempre | #AcrediteNoSeuContinente pic.twitter.com/4lvneDMjTg

— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) February 18, 2024

A vitória na prorrogação – que vale dois pontos – levou o Brasil a cinco pontos na classificação do Grupo D, depois do triunfo por 5 a 3 sobre Omã na estreia. A seleção brasileira ainda enfrenta o México, na próxima terça-feira (20), a partir das 14h (horário de Brasília), no encerramento da primeira fase. Como Portugal e Omã – ambos com três pontos – se enfrentam na última rodada, não há como o Brasil terminar abaixo da segunda posição na chave, garantindo assim a classificação às quartas.

Lula se reúne com presidentes africanos e fala em “sul global” forte

Em visita à Etiópia, o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (18) que o Brasil tem um dívida história com a África e defendeu que os países do hemisfério sul fortaleçam suas relações. A viagem ocorreu por ocasião da 37ª Cúpula da União Africana, que reuniu chefes de Estado e membros de governos dos 54 países do continente africano. Lula, que participou como convidado, também aproveitou a oportunidade para realizar reuniões e estreitar laços bilaterais.

“O Brasil não tem tudo, mas tudo o que o Brasil tem, a gente quer compartilhar com o continente africano. A gente quer devolver para eles, em forma de possibilidade e de desenvolvimento, aquilo que eles nos deram como força de trabalho durante 350 anos”, disse Lula, em menção ao período em que perdurou a escravidão no Brasil. A contagem vai da chegada dos primeiros negros escravizados no Recife, em 1538, até a assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Lula defendeu que o Brasil tenha uma relação preferencial com o continente africano e que sejam desenvolvidas parcerias estratégicas envolvendo a transição energética, a agricultura de baixo carbono e outros temas associados à questão climática. “Não só porque a África faz parte da nossa história, da nossa cultura, da nossa cor e do nosso jeito de ser, de falar e de cantar. Mas também porque o continente africano é uma espaço extraodrinário de futuro para quem acredita que o sul global será a novidade do século 21 na economia mundial”, disse.

O presidente associou as dificuldades enfrentadas pela África com o histórico de colonização. “Isso vem desde a Conferência de Berlim de 1884, quando a África foi dividida pelos países do Velho Continente, para a Inglaterra, para a França e sobretudo para a Alemanha. A África era autossuficiente na produção dos seus próprios alimentos. Depois da colonização, esses países, muitos deles, deixaram de ser autossuficientes e hoje dependem da comida que vem dos antigos colonizadores”, observou.

Para Lula, os países do hemisfério sul devem se fortalecer, ampliando os negócios entre si. “Já fomos conhecidos pelo planeta afora como países pobres, como países do terceiro mundo, como países subdesenvolvidos, como países em desenvolvimento. Não. Agora nós somos a economia do sul global. Queremos nos dar uma chance para que a gente faça com que o sul global, que tem parte do que o mundo precisa hoje, possa ocupar o seu espaço na economia, na política e na cultura mundial”.

Bilaterais

De acordo com o presidente, a viagem à Etiópia foi a mais importante que ele já fez neste governo, pois a 37ª Cúpula da União Africana lhe deu a oportunidade de conversar de uma só vez com quase todos os chefes de Estado do continente africano. “Se eu fosse visitar cada país seriam 54 viagens e seria impossível fazer”.

Durante a visita ao continente, Lula teve reuniões bilaterais com alguns chefes de Estado. Uma delas foi com o presidente do Quênia, William Ruto, o qual manifestou interesse no maquinário agrícola do Brasil. Em outro encontro, com o presidente do Conselho Presidencial da Líbia, Mohamed al-Menfi, foi debatida a reabertura da embaixada brasileira no país, desativada desde 2014.

Lula durante encontro com o Presidente da República do Quênia, William Ruto – Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula também criticou a falta de voos diretos entre Brasil e Nigéria. O assunto foi um dos temas do encontro bilateral com o presidente do país africano, Bola Tinubu.

Bilateral do Governo do Brasil com comitiva da Nigéria, liderado pelo presidente Bola Tinubu – Ricardo Stuckert/PR

Segundo Lula, é preciso que os brasileiros envolvidos com o comércio viagem mais pelo mundo em busca de negócios. Ele avaliou que o Brasil tem mais possibilidades hoje nas transações com os países em desenvolvimento do que com os países europeus.

“Não tem explicação um país de 200 milhões de habitantes como o Brasil ter relações com a Etiópia de 126 milhões de habitantes e a gente só ter US$ 23 milhões de fluxo comercial. Mesmo com o Egito, com quem temos a nossa maior balança comercial na África, foram US$ 2,8 bilhões. É muito pouco para um país que quer ter voz no mundo”, ressaltou.

Terreno complexo e chuva dificultam captura de presos, diz Lewandowski

Apesar do emprego de cerca de 500 agentes de segurança e equipamentos modernos, não há prazo para a captura dos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), disse neste domingo (18) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, diante da complexidade do terreno e das chuvas, que apagam rastros.  

O ministro destacou que a região possui amplas áreas de mata e inclusive cavernas, o que prejudica o uso de detectores de calor, por exemplo. “Soube agora e vi pelas fotos aéreas que é uma região que tem grutas, em que as pessoas podem eventualmente se esconder”.

Ele reforçou as indicações das autoridades policiais: “o terreno é difícil, as condições são desfavoráveis, teve uma enxurrada torrencial, que apagou rastros, portanto a questão de prazo e dias é algo que não podemos precisar”.

Lewandowski acrescentou que, pelas investigações, as autoridades acreditam que os fugitivos ainda se encontram num raio de 15 quilômetros a partir da penitenciária.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. A dupla fugiu na última quarta-feira (14). 

Lewandowski frisou que aumentou o efetivo de agentes em busca pelos foragidos, de 300 para cerca de 500, divididos em dois turnos.

Barra de ferro

O ministro confirmou ainda que as investigações indicam que, para escapar da cela, foi utilizada uma barra de ferro extraída de uma das paredes, o que aponta para má conservação das instalações. “Essa é a primeira informação que nós temos”.

Outro ponto das investigações comentado por Lewandowski foi a existência de “uma construção mal administrada no presídio”. Segundo informações preliminares das investigações, uma ferramenta encontrada nessa obra teria sido utilizada pelos fugitivos para cortar o alambrado que cerca a penitenciária.  

O ministro novamente prometeu a construção de uma muralha em Mossoró, similar à que já existe na penitenciária federal da Papuda, no Distrito Federal. Ele disse que todas as unidades federais receberão o equipamento.

Falhas

Lewandowski admitiu ter havidos falhas, mas garantiu que todas foram corrigidas, em Mossoró (RN) e eventualmente nos outros quatro presídios federais pelo país. “Não vamos deixar nenhum defeito, nenhuma falha de procedimento ou nenhum problema de equipamento para trás. Como nós sempre tivemos presídios muito seguros, daqui pra frente serão ainda mais seguros”, disse o ministro.

Ele reconheceu ainda defeitos de projeto na edificação em Mossoró, que resultaram por exemplo na facilidade de remoção de uma luminária de parede, o que teria permitido a fuga. Tais fragilidades “são antigas, porque os presídios foram construídos de 2006 em diante”, ponderou.

“Essas falhas estruturais podem existir em alguns lugares. Aqui em Mossoró foram corrigidas imediatamente e estamos examinando se essas falhas estruturais se repetem em outros presídios”, acrescentou Lewandowski.

Investigações

O ministro também evitou dar prazo para conclusão das investigações sobre o caso. Uma delas, de caráter administrativo, liderada pela Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias (Senappen), apura as responsabilidades da fuga e pode levar a processos administrativos.

Também há um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, tenham facilitado a fuga dos dois detentos da penitenciária.

Lewandowski, contudo, disse não ser possível falar em “conivência” na fuga, antes das investigações serem encerradas. “Em nosso regime democrático vigora a presunção de inocência. Portanto, enquanto as investigações não terminarem, seja a que está sendo conduzida no âmbito administrativo como no âmbito policial, nós não podemos afirmar que houve conivência de quem quer que seja”, afirmou.

Mais cedo, em coletiva à imprensa na Etiópia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cogitou que presos tiveram apoio na fuga da penitenciária de segurança máxima. “”Queremos saber como esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Não quero acusar, mas teoricamente parece que houve a conivência de alguém do sistema lá dentro”, disse Lula.

O ministro da Justiça lembrou que o prazo legal para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias, mas que pode ser prorrogado em caso de necessidade, o que costuma ocorrer sempre que há necessidade de produção de laudos periciais.

Relatórios

Em resposta a perguntas sobre relatórios que teriam alertado o MJSP desde 2021 a respeito de falhas no sistema de monitoramento da penitenciária em Mossoró, Lewandowski disse que tais informações não chegaram a seu conhecimento a tempo de as correções necessárias serem feitas antes da fuga. O ministro assumiu o cargo há 18 dias.

“Na minha gestão nenhuma informação oficial veio, ao menos a tempo e com relação a esse presidio em Mossoró. Se tivesse vindo, teria sido corrigido, obviamente”, afirmou.  

Matéria ampliada às 16h40

Marinha do Brasil confirma formação de ciclone tropical no Atlântico da costa brasileira

18 de fevereiro de 2023

 

Um raro ciclone tropical se formou no meio desta tarde em alto-mar, cerca de 260 milhas náuticas (480 km) a sudeste da cidade de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, a partir de uma depressão subtropical. O anúncio foi feito no Facebook do Serviço Meteorológico Marinho da Marinha do Brasil.

O sistema vinha sendo monitorado pelo órgão desde a sexta-feira e receberá o nome Akará, o primeiro da nova lista apresentada no ano passado, se atingir a categoria de tempestade tropical, o que não está totalemente descartado.

Não se espera que o cuclone se aproxime da costa, mas alguma agitação marítima, com ondas fortes e ventania é esperada no centro-sul do litoral de Santa Catarina e principalmente no Rio Grande do Sul. O sistema também mudará a circulação de nuvens e, portanto, de umidade na atmosfera, o que pode causar chuvas esparsas e isoladas desde o Paraná até o Rio Grande do Sul entre hoje e o dia 21 próximo.

Referências
Ciclones do Atlântico Sul, Wikipédia.Notícias Relacionadas
Marinha do Brasil prevê formação rara de ciclone tropical no Atlântico Sul
 

Para ministro, prisão de motoboy no RS foi racismo institucionalizado

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, criticou, neste domingo (18), a Brigada Militar de Porto Alegre, que foi acionada por um motoboy negro, após ele ser vítima de tentativa de homicídio por parte de um homem branco, ontem. Em sua conta na rede social X, o ministro afirmou que se trata de uma faceta do racismo institucionalizado ainda presente no país.

“O caso do trabalhador negro, no Rio Grande do Sul, que tendo sido vítima de agressão acabou sendo tratado como criminoso pelos policiais que atenderam a ocorrência, demostra, mais uma vez, a forma como o racismo perverte as instituições e, por consequência, seus agentes”, escreveu. 

“É preciso que as instituições passem a analisar de forma crítica o seu modo de funcionamento e aceitar que em uma sociedade em que o racismo é estrutural, medidas consistentes e constantes no campo da formação e das práticas de governança antirracista devem ser adotadas. Em outras palavras, é preciso aceitar críticas e passar a adotar medidas sérias de combate ao racismo em nível institucional”, acrescentou.

O ministro destacou, ainda, nas postagens, que sua pasta e a comandada por Anielle Franco, da Igualdade Racial, vão entrar em contato com as autoridades locais para acompanhar o caso e “ajudar na construção de políticas de maior alcance”, indicando que podem buscar promover uma campanha de abrangência nacional, com esse propósito. A ministra Anielle Franco também se pronunciou sobre o caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais. 

Aqui em POA, o preconceito racial produz cenas revoltantes como essa.

O homem negro, agredido pelo senhor branco e sem camisa, denunciou o caso para os policiais. Mas, no meio da situação, foi preso por “resistência”.

Sei como é, até por que já ocorreu comigo. É um absurdo,… pic.twitter.com/b4XRA7Pgpm

— Matheus Gomes (@matheuspggomes) February 17, 2024

Alguns dos usuários da rede X recuperaram um meme que relaciona a cor da pele da pessoa abordada pela polícia com o tratamento dispensado pelos agentes da corporação. A ferramenta digital já se tornou uma referência no contexto de denúncias de arbitrariedades e truculência praticadas contra pessoas racializadas, pois ilustra o fato de que, quanto mais escura é a pele, maior o grau de violência dos policiais.

“Recebemos com indignação as imagens da abordagem policial no Rio Grande do Sul, onde um motoboy denunciou uma tentativa de homicídio e foi ele, o denunciante, quem saiu algemado, enquanto o homem que teria cometido a agressão dialogava com os agentes, sorrindo. As imagens causaram revolta, com razão, pelos indícios de racismo institucional”, escreveu a ministra. 

Diante do ocorrido, o Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul convocou uma manifestação para a tarde de hoje. A concentração está marcada para ocorrer às 15h, na Rua Oswaldo Aranha, na capital gaúcha. No material de divulgação, os organizadores do ato reafirmam o caráter pacífico do protesto e pedem a igualdade de todos os cidadãos.

Em 2023, pesquisa do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) demonstrou que nove em cada dez brasileiros (96%) identificam as pessoas pretas como as que mais sofrem racismo no país . Em segundo e terceiro lugares, foram citados os indígenas e os imigrantes africanos, respectivamente, com 57% e 38%. Ao todo, 88% dos entrevistados pelo levantamento, elaborado sob encomenda do Instituto de Referência Negra Peregum e do Projeto Seta (Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista), afirmaram concordar que essa parcela da população é mais criminalizada do que os brancos.

Ouça na Radioagência Nacional:

Netanyahu reage a fala de Lula sobre holocausto e convoca embaixador

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu neste domingo (18) às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com críticas às operações israelenses na Faixa de Gaza e ao corte de ajuda humanitária a habitantes da região.  

Netanyahu disse que a fala feita por Lula equivale a “cruzar uma linha vermelha”, referindo-se a trecho da declaração de Lula, feita durante viagem oficial à Etiópia, em que o presidente brasileiro comparou a morte de palestinos na região à matança de judeus promovida por Adolf Hitler.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, escreveu o premiê israelense em sua conta verificada na rede social X.

Ele acrescentou que determinou a convocação do embaixador do Brasil em Israel para uma dura conversa de reprimenda. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, também publicou no X que a fala de Lula foi “vergonhosa” e confirmou a convocação do embaixador brasileiro para esclarecimentos.

הדברים של נשיא ברזיל מבישים וחמורים. מדובר בזילות השואה ובניסיון לפגוע בעם היהודי ובזכותה של ישראל להגן עצמה.

ההשוואה בין ישראל לשואת הנאצים ולהיטלר היא חציית קו אדום. ישראל נלחמת למען הגנתה והבטחת עתידה עד לניצחון המוחלט והיא עושה זאת תוך שמירה על הדין הבינלאומי.

החלטתי עם…

— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) February 18, 2024

 

Mais cedo, Lula voltou a classificar as mortes de civis em Gaza de “genocídio”, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

A fala causou reação de entidades como a Confederação Israelita no Brasil (Conib), que divulgou nota repudiando a comparação e na qual diz que a declaração do presidente é uma “distorção perversa da realidade”.

“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa, somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, continua o texto da Conib.

A Federação Árabe Palestina no Brasil, por sua vez, comentou a declaração de Netanyahu e sugeriu que “talvez seja hora de cortar relações com o Israel”.

Essa senhora é vulgar demais. O “excepcionalismo do holocausto” é uma ideia eurocêntrica.

Escravidão? Extermínio de populações originárias? Genocídios coloniais? Nada disso, “vidas não-brancas importam menos”.

Imagina usar isso pra “legitimar” um genocídio em andamento… https://t.co/bVCRxWLhDP

— Marcos Feres 🇵🇸 (@marcosvmf_) February 18, 2024