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Chuva contínua causa transtornos na cidade do Rio

A cidade do Rio de Janeiro foi atingida por chuva contínua desde sábado (13) que provocou diversos transtornos, principalmente na zona norte. A capital fluminense está em estágio 4 de atenção, penúltimo nível, segundo o Centro de Operações Rio, e a prefeitura pede que as pessoas evitem se deslocar pela cidade e fiquem em local seguro.

“Lembramos que o verão deste ano está sob influência do El Niño, fenômeno climático que pode deixar as chuvas ainda mais fortes e intensas. O município chegou ao estágio 4 às 2h45 da madrugada desse domingo, com registro de chuva recorde em Anchieta, onde em 24 horas choveu 259,2mm”, disse a prefeitura na rede social X, antigo Twitter. “A Defesa Civil Municipal acionou 29 sirenes em 16 comunidades. Os moradores foram orientados a deixar suas casas”, acrescentou.

De acordo com a prefeitura, foram registradas seis quedas de árvores e 25 bolsões d’água. A Rio Ônibus informou que, devido às fortes chuvas, a operação de linhas de ônibus está irregular em diversos pontos da cidade por conta de alagamentos e bolsões d’água. Algumas linhas foram mais prejudicadas devido ao transbordamento do Rio Acari.

Segundo o Alerta Rio, neste domingo (14) uma frente estacionária no oceano ainda influencia o tempo no município do Rio. Assim, o céu estará predominantemente nublado e há previsão de chuva fraca a qualquer momento, podendo ser moderada no período da manhã. Os ventos estarão fracos a moderados, e as temperaturas permanecerão estáveis, com mínima de 23°C e máxima de 31ºC.

Ainda segundo o Alerta Rio, nesta segunda-feira (15) e na terça (16), haverá redução de nebulosidade sobre a cidade e não há previsão de chuva. As temperaturas apresentarão elevação e os ventos estarão fracos a moderados.

Niterói

As fortes chuvas que atingiram Niterói, na região metropolitana do Rio, chegaram ao ponto mais alto na noite desse sábado. A cidade teve o maior registro de chuva em uma hora desde que a medição é feita pelo município. A chuva chegou a 120,2 milímetros no período de uma hora, o que representa mais de 80% do volume esperado para todo o mês de janeiro, segundo a prefeitura.

Menino de 6 anos morre após chuvas em Juquitiba, São Paulo

Um menino de seis anos morreu após ter sido arrastado por uma enxurrada que se formou na Estrada das Marrecas após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Juquitiba, na Grande São Paulo. O corpo do menino foi encontrado no final da manhã deste sábado (13) pelo Corpo de Bombeiros.

Esta é a segunda morte confirmada pelo Corpo de Bombeiros após as fortes chuvas que atingem a região metropolitana de São Paulo desde esta sexta-feira. Na noite de ontem, um homem de 48 anos morreu após ter a casa atingida por um deslizamento de terra em São Bernardo do Campo, no Grande ABC. Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, o deslizamento ocorreu por volta das 23h, na Rua Odair Vieira. A vítima foi resgatada já sem vida.

Além dessas duas mortes, uma pessoa continua desaparecida. O carro em que ela estava foi arrastado por uma enxurrada que ocorreu na região de Parelheiros, na zona sul de São Paulo.

Entre a meia-noite e as 9h da manhã de hoje, o Corpo de Bombeiros informou ter atendido 49 chamados para quedas de árvores na região metropolitana de São Paulo e recebido 30 chamados para enchentes.

Homem morre em São Bernardo do Campo após deslizamento de terra

Um homem de 48 anos morreu após ter sua casa atingida por um deslizamento de terra em São Bernardo do Campo, no Grande ABC. O deslizamento ocorreu após forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na noite de desta sexta-feira (12).

Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, o deslizamento ocorreu por volta das 23h de ontem na rua Odair Vieira. A vítima foi resgatada já sem vida.

A prefeitura de São Bernardo do Campo informou que desde ontem o município registrou um volume médio de chuva de 130 milímetros. Esse índice, disse a administração municipal, é três vezes superior ao esperado para ontem.

Os Bombeiros informaram ainda que uma criança de seis anos está desaparecida na cidade de Juquitiba, também na região metropolitana, e a suspeita é de que ela possa ter sido levada pelas águas. A região fica próxima a um braço do Rio Juquiá e tem uma corrente de água muito intensa. Os Bombeiros prosseguem nas buscas.

Na região de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, dois carros foram levados pela enxurrada. De acordo com os Bombeiros, uma das vítimas foi retirada em segurança, porém o outro veículo, que teria sido levado pela enxurrada com um ocupante, ainda não foi localizado.

Entre a meia-noite e às 09h da manhã deste sábado (13), o Corpo de Bombeiros informou ter atendido 49 chamados para quedas de árvores na região metropolitana de São Paulo e recebido 30 chamados para enchentes.

Previsão

De acordo com a Defesa Civil, as chuvas devem permanecer sobre todo o território paulista neste sábado. A recomendação do órgão é que as pessoas evitem áreas arborizadas durante a tempestade por causa do risco da queda de árvores. A Defesa Civil alerta ainda aconselha que as pessoas jamais enfrentem áreas alagadas ou com enxurradas e que, em caso de queda de fios da rede elétrica, não saiam do veículo e nem se aproximem do local. Para quem reside em áreas de encosta, o alerta é para que observem os sinais de movimentação do solo. Durante o processo de deslizamento é comum surgirem rachaduras nas paredes dos imóveis, portas e janelas emperrarem, postes e árvores se inclinarem e água lamacenta escorrer pelo morro.

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) de São Paulo informou que o tempo segue instável e chuvoso neste sábado, com previsão de chuvas moderadas e fortes a partir do início da tarde para a capital paulista, litoral e região metropolitana de São Paulo. Para amanhã (14), instabilidades geradas por uma área de baixa pressão atmosférica vai reforçar as chuvas no litoral norte paulista. Na cidade de São Paulo, a chuva deve diminuir.

Os dados do CGE mostram que o mês de janeiro acumulou, até o momento, 136 milímetros de chuva o que equivale a aproximadamente 53% dos 256,5 mm que são esperados para o mês.

Dólar cai para R$ 4,85 e atinge menor valor do ano

Num dia de otimismo no mercado internacional, o dólar caiu pela segunda vez seguida e atingiu o menor valor do ano. A bolsa de valores interrompeu uma sequência de três quedas e fechou em leve alta. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (12) vendido a R$ 4,857, com queda de R$ 0,034 (-0,37%). A cotação chegou a abrir em alta, mas inverteu o movimento e passou a cair após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 11h45, a moeda chegou a ser vendida a R$ 4,83.

Com o desempenho desta sexta, a moeda norte-americana atingiu o menor nível desde 28 de dezembro. Em janeiro, porém, a divisa acumula pequena valorização de 0,08%.

No mercado de ações, a sessão teve ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 130.988 pontos, com avanço de 0,26%, impulsionado por ações de petroleiras e mineradoras. Apesar da alta desta sexta, o indicador fechou a semana com perda de 0,72%.

A divulgação de dados econômicos contraditórios nos Estados Unidos trouxe turbulências ao mercado global nesta semana. Na quinta-feira (11), a inflação ao consumidor na economia norte-americana ficou acima do esperado, mas, nesta sexta, a inflação ao produtor veio abaixo das expectativas.

Os números da inflação ao consumidor tinham feito os investidores globais apostarem que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) só começará a cortar os juros da maior economia do planeta em maio. No entanto, os dados da inflação ao produtor aumentaram a chance de que as reduções comecem em março. Taxas mais baixas em economias avançadas atraem capitais para países emergentes, como o Brasil, empurrando o dólar para baixo e a bolsa para cima.

* Com informações da Reuters

Procon-SP notifica Enel sobre atendimento de consumidores sem energia

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) notificou, nesta quinta-feira (11), a Enel Distribuição São Paulo para que a empresa preste esclarecimentos sobre as providências tomadas para atender consumidores impactados por quedas de energia em decorrência das chuvas. A concessionária atua na capital e em 23 cidades da região metropolitana, com cerca de 7 milhões de contas.

De acordo com o órgão de defesa do consumidor, até o momento, mais de 500 reclamações, por motivos diversos, foram registradas contra a Enel no mês de janeiro. Em 2023, foram quase 20 mil. O Procon destaca que esses dados são alimentados em tempo real sempre que o consumidor faz o registro e não detalham (portanto) se a demanda foi atendida, encerrada ou se está em mediação ou trâmite.

Os últimos três dias foram de chuvas intensas na capital paulista. Os temporais registraram rajadas de ventos, resultando em queda de árvores e novas interrupções na prestação do serviço de energia. Na quarta-feira (10), a companhia informou que cerca de 70 mil usuários foram afetados. 

Hoje de manhã, a Enel informou, em nota, que havia normalizado o fornecimento de energia para mais de 60% dos clientes afetados pelos temporais que atingiram ontem a área de concessão da companhia. “No momento, o número de atendimentos segue dentro de um padrão normal de operação da distribuidora em dias de chuvas.”

Questionamentos

A notificação desta quinta-feira questiona quantos consumidores estão sem a prestação do serviço e, desse total, quantos são vitais, ou seja, dependem do fornecimento de energia. Além disso, pede informações sobre quais os prazos e as medidas para retomar o serviço; como os consumidores estão sendo atendidos, e se há canal específico para esses contatos.

O Procon também pede que a Enel informe se tem planos de contingência e explique, detalhadamente, o quantitativo das equipes de campo destacadas para atendimento das causas das interrupções e o reparo de eventuais danos à rede, bem como suas consequências.

Essas informações serão analisadas, podendo resultar em ações fiscalizatórias e, após a defesa da empresa, sanções como multas.

Histórico

Em novembro de 2023, quando a capital paulista enfrentou fortes chuvas com rajadas de vento, a Enel foi multada por má prestação de serviço pelo valor máximo previsto pelo Código de Defesa do Consumidor, que é de R$ R$ 12.793.962,68. Mais de 2 milhões de usuários da companhia ficaram sem luz.

“A autuação decorreu de reclamações registradas pelo ProconSP Digital, Poupatempo, Procon Móvel e delegacias policiais. O Procon-SP continua fiscalizando e acompanhando a evolução das reclamações e pode aplicar novas punições contra a concessionária”, diz o órgão.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da prefeitura de São Paulo, janeiro acumula 72,6 milímetros (mm) de precipitações, o que representa aproximadamente 28,3% dos 256,5 mm esperados para o mês.

Na sexta-feira (12) e no sábado (13), o tempo deve continuar instável, com potencial para formação de alagamentos intransitáveis e transbordamentos de rios e córregos. O CGE alerta que o solo encharcado aumenta o risco de escorregamentos de terra nas áreas de encosta.

Procurada pela Agência Brasil, a Enel Distribuição São Paulo disse que responderá ao órgão no prazo solicitado.

Parte da cidade de SP entra em estado de atenção para alagamentos

O município de São Paulo enfrentou na tarde de hoje (10) mais um dia de fortes chuvas, o que fez com que parte da cidade, principalmente a zona norte, entrasse em estado de atenção para alagamentos. Ao contrário dos dois dias anteriores, as chuvas de hoje foram menos fortes. Mesmo assim, o Corpo de Bombeiros registrou 19 chamados para quedas de árvores na capital paulista nesta quarta-feira.

Ontem (9), a chuva provocou a morte de uma pessoa. O carro da vítima foi atingido por um fio energizado e ela acabou morrendo ao tentar deixar o veículo, que estava estacionado próximo ao Hospital do Servidor.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as chuvas seguem hoje de forma isolada, com lento deslocamento e variando de intensidade, com potencial para rajadas de vento e formação de alagamentos. As próximas horas devem seguir com tempo instável na cidade.

Para amanhã (11), a previsão é que o sol apareça pela manhã e que à tarde e à noite ocorra chuva forte acompanhada de rajadas de vento. Há potencial para alagamentos e transbordamento de pequenos rios e córregos.(

Milhares ficam sem energia após temporal em São Paulo

Amanheceram sem energia dezenas de milhares de pessoas na cidade de São Paulo após as fortes chuvas de terça-feira (9). Segundo a Enel, concessionária responsável pelo abastecimento na capital paulista e em parte da região metropolitana, 0,6% da base de clientes foi afetada pelas chuvas, o que seria equivalente a aproximadamente 70 mil pessoas.

Na manhã de hoje, no entanto, a Enel informou que já havia restabelecido o serviço para 60% dos clientes que enfrentaram problemas. Segundo a concessionária, os ventos chegaram a 76 quilômetros por hora.

“Vale ressaltar que, em muitos pontos, as quedas de árvores destruíram trechos inteiros da rede e que o trabalho de reconstrução em cada uma dessas ocorrências é complexo, e muitas vezes demorado, pois envolve a substituição de cabos e postes, entre outros equipamentos”, diz mensagem divulgada pela empresa nas redes sociais.

Morte e queda de árvores

Na terça-feira, o Corpo de Bombeiros informou ter atendido 200 chamados referentes a queda de árvores na capital paulista e um caso de desabamento. Um homem morreu, em Moema, na zona sul, ao ser atingido por um cabo de energia.

À noite, as chuvas continuaram causando transtornos. De acordo com os bombeiros, foram registradas mais 44 quedas de árvores na cidade.

Previsão

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) prevê que, a partir do meio da tarde e início da noite de hoje, a capital paulista deve ser atingida por pancadas de chuva, com rajadas de vento e raios. De acordo com o CGE, podem ocorrer temporais nos fins de tarde também para quinta (11) e sexta-feira (12).

Falta de luz recorrente

Em dezembro do ano passado, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) apontou irregularidades e negligências cometidas pela concessionária entre 2018 e 2023. O relatório diz que, além de negligente, a empresa concessionária foi ineficiente na prestação dos serviços, principalmente depois do apagão de 3 de novembro. Na ocasião, alguns bairros chegaram a ficar mais de quatro dias sem luz.

A qualidade do serviço de energia elétrica prestado pela Enel também é alvo de CPI na Câmara Municipal de São Paulo.

Quando foi divulgado o relatório da Alesp, em nota, a  Enel afirmou que, desde que adquiriu a Eletropaulo, em 2018, a companhia tem realizado média anual de investimentos de cerca de R$ 1,35 bilhão por ano, contra cerca de R$ 800 milhões por ano investidos pelo controlador anterior. “Em 2022, foram aportados R$ 1,96 bilhão, volume recorde de investimento destinado, principalmente, à digitalização e automação da rede elétrica, à expansão da capacidade do sistema de distribuição e à execução de obras estruturais como construção de novas subestações e modernização das subestações existentes.”

Segundo a Enel, esses investimentos levaram à melhoria dos indicadores de duração e frequência das interrupções de energia medidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre 2017 e 2022, a duração das interrupções diminuiu 47%, e o número de vezes em que o cliente fica sem energia caiu 46%.

Cidade de São Paulo entra em estado de atenção para alagamentos

Após mais uma tarde chuvosa, a Defesa Civil decretou estado de atenção para alagamentos em toda a cidade de São Paulo. O estado de atenção é o segundo em uma escala que varia entre observação, atenção, alerta [quando há transbordamento de córregos e rios] e alerta máximo [calamidade pública]. O estado de atenção foi decretado às 16h38 de hoje (9) e permanece em vigor. Por enquanto não foram registrados pontos de alagamento na cidade.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as chuvas de hoje já provocaram queda de 92 árvores na capital paulista e um chamado para desmoronamento, sem vítimas.

Este é o segundo dia em que a capital paulista enfrenta fortes chuvas. Ontem, os Bombeiros receberam chamados para 200 quedas de árvores e 11 pontos de alagamentos. Também foram registradas regiões com falta de luz e um chamado para queda de marquise do Parque Ibirapuera, o que fez com que o parque ficasse fechado entre a tarde de ontem e a manhã de hoje.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as chuvas são resultado de áreas de instabilidade formadas pelo calor e entrada da brisa marítima. Esta instabilidade deve permanecer nas próximas horas na cidade.

Mercado eleva para 1,59% projeção de expansão da economia em 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 1,52% para 1,59%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (8), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) – é de crescimento de 2%, a mesma projeção para 2026.

O Focus continua trazendo as previsões para 2023, já que os números ainda estão sendo consolidados. O mercado estima que o PIB de 2023 fique em 2,92%. O resultado do quarto trimestre, com o consolidado do ano, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de março.

Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. No ano, a alta acumulada foi 3,2%.

Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique neste mesmo patamar.

Inflação

Nesta edição do Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – para 2024 se manteve em 3,9%. Para 2025 e 2026, a projeção da inflação também permaneceu no mesmo patamar, em 3,5% para os dois anos. 

A estimativa para 2024 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. 

Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. 

Para o mercado financeiro, a inflação do ano passado deve ficar em 4,47%. Os dados de 2023 serão divulgados pelo IBGE na próxima quinta-feira (11).

Em novembro de 2023, o aumento de preços dos alimentos pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,28%, segundo o IBGE. O percentual foi maior que a taxa de setembro, que teve alta de 0,24%.  A inflação acumulada em 2023 atingiu 4,04%. Nos últimos 12 meses, o índice consolidado está em 4,68%. 

A meta definida pelo CMN para 2023 é 3,25%, também com tolerância de 1,5 ponto percentual. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é 17%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre de 2023, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros quatro vezes no semestre passado, em todas as reuniões do Copom. Em ata divulgada, o colegiado informou que continuará a promover novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, mas não detalhou quando vai parar de reduzir a taxa Selic. Segundo o BC, o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.  

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. A primeira reunião do Copom neste ano ocorre em 30 e 31 de janeiro e os analistas esperam que a Selic seja reduzida a 11,25%. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano, nos dois anos.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, até agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano. 

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Queda, afogamento e queimadura lideram acidentes de crianças em férias

As férias escolares exigem atenção redobrada dos pais, conforme revela um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Os dados mostram que, nas férias de janeiro e de julho de 2023 houve um aumento de 84,5% nos acidentes domésticos envolvendo crianças do estado paulista.

Segundo a secretaria, nas férias escolares de 2023 foram registrados 969 atendimentos e internações de crianças menores de 12 anos por acidentes domésticos, enquanto em 2022 foram 525 ocorrências desse tipo.

Além disso, os meses de dezembro de 2022 e de julho de 2023 foram os que mais registraram atendimentos ambulatoriais e hospitalizações de crianças – com 403 e 508 ocorrências, respectivamente. Os dados consideram apenas os atendimentos realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado de São Paulo.

A maioria desses acidentes é provocada por afogamento, quedas, queimaduras e intoxicação acidental por exposição a substâncias nocivas. Por isso, a secretaria alerta sobre a importância de pais e responsáveis estarem mais atentos durante o período de férias das crianças.

“Hoje, o uso de telas, principalmente celulares, gera uma maior desatenção dos responsáveis e, consequentemente, acontecem os acidentes. É naquele segundo de distração que os acidentes domésticos ocorrem”, disse, em nota, a pediatra Silvana Grotteria, responsável pelo setor de emergência do Hospital Infantil Darcy Vargas.

Acidentes domésticos

Os tombos lideram o ranking de acidente doméstico envolvendo crianças. Segundo a secretaria, dos 4,2 mil procedimentos clínicos e internações realizados no estado paulista entre janeiro e outubro do ano passado, 4,1 mil se referiam a quedas.

“Em casos de traumas graves e quedas de grandes alturas, os pais devem levar os filhos ao pronto-socorro, ou se a criança apresentar sinais de alerta, como dores de cabeça, náuseas, vômitos ou alteração no nível de consciência”, orientou a pediatra.

Os acidentes envolvendo afogamento e queimadura também preocupam. Das 14 hospitalizações ocorridas entre janeiro e outubro de 2023 por afogamento, nove ocorreram durante as férias escolares. Nesse mesmo período, foram registradas 19 internações por queimaduras, sendo que oito delas ocorreram nos meses de janeiro e julho.

Para evitar os acidentes domésticos, a secretaria informa que é importante que os pais não deixem crianças e bebês sozinhos e instalem grades ou telas de proteção em berços, escadas e janelas.

Também é preciso evitar o acesso de crianças a locais que oferecem maior risco como cozinhas e lavanderias. Outro alerta da secretaria é para que se proteja tomadas e instalações elétricas. Também é importante utilizar protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.