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Pessoa morre após ser atingida por fio energizado durante chuva em SP

Um homem morreu e uma mulher está em estado grave após terem sido atingidos por um fio energizado que caiu na Rua Pedro de Toledo, na Vila Clementino, próximo ao Hospital do Servidor, na zona sul da capital paulista na tarde desta terça-feira (9). A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.

O acidente ocorreu no momento em que a capital paulista enfrenta mais uma tarde de temporal, com ventos e forte chuva. Desde às 16h38, toda a cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos. Às 18h25 a capital saiu do estado de alerta.

O Corpo de Bombeiros recebeu nesta terça-feira 186 chamados para queda de árvores na capital paulista.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), os próximos dias seguirão com condições típicas de verão, com sol e calor e pancadas de chuva no final das tardes. Para amanhã (10), a previsão é que a temperatura possa chegar aos 35ºC, com ocorrência de chuvas na forma de pancadas isoladas no final da tarde.

Homem morre após ser atingido por queda de árvore durante temporal

Um homem de 58 anos de idade foi atingido por uma árvore durante o temporal que atingiu a região de Jundiaí (SP) nesta segunda-feira (8).  Ele era morador de Itupeva e chegava em casa no momento do acidente. Segundo a Defesa Civil do estado de São Paulo, ele foi atingido ao desembarcar do carro. A vítima foi socorrida mas não resistiu. 

Na capital paulista, uma estrutura metálica da marquise do Parque Ibirapuera caiu, atingindo quatro pessoas. A ambulância do parque socorreu duas vítimas, uma com contusão nos membros superiores e uma com suspeita de fratura na costela. As outras duas foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros. Todas foram encaminhadas ao Hospital Israelita Albert Einstein. 

Chuvas

Segundo a Defesa Civil do estado, na segunda-feira foram registrados acumulados de chuva que variaram de 97 mm a 44 mm, nas 12 horas anteriores, com destaque para o município de Mogi das Cruzes, com 97 mm; São Paulo com 62 mm; Francisco Morato e Jundiaí, com 50 mm; Franco da Rocha, com 45 mm e Salto de Pirapora, com 44 mm. No Aeroporto de Congonhas, foram registradas rajadas de vento às 15h, de 75 km/h. 

Foram registrados cerca de 200 chamados de queda de árvore na capital paulista, com duas ocorrências envolvendo veículos bloqueando a saída do motorista. Nos dois casos, o Corpo de Bombeiros prestou atendimento com apoio da concessionária de energia Enel. 

Na estação Aeroporto-Guarulhos, na Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), parte do telhado foi arrancada pelo vento por volta das 16h. Ninguém se feriu,mas os trens da linha passaram a utilizar a mesma plataforma para embarque e desembarque de passageiros. 

“Equipe de manutenção trabalhou durante toda a madrugada desta terça-feira (9) para retirar as telhas que estavam no rio e na avenida, além de realizar inspeção para garantir que não havia telhas soltas na estrutura. O próximo passo é o planejamento para recuperação do local o mais rápido possível, informou a CPTM em nota. 

Enel 

A Enel informou que restabeleceu a energia para aproximadamente 70% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado na tarde de segunda-feira após as rajadas de vento que atingiram parte da área de concessão da distribuidora. 

“Os fortes ventos causaram queda de árvores e galhos danificando trechos da rede elétrica. Os municípios mais atingidos na área de concessão foram São Paulo e Santo André”, diz em nota. 

Segundo a Enel, os bairros mais prejudicados na capital paulista foram Moema, Vila Nova Conceição, Jardim Paulista, Planalto Paulista, Jabaquara, Vila Mariana, Pedreira, Pirituba, Centro e Itaquera. 

“Técnicos da companhia atuam desde a tarde de ontem [segunda-feira], inclusive durante a madrugada, para reconstruir os trechos da rede de distribuição danificados. Cerca de 800 equipes seguirão trabalhando ao longo do dia para restabelecer a energia para todos”, informou a concessionária.

Queda, afogamento e queimadura lideram acidentes de crianças em férias

As férias escolares exigem atenção redobrada dos pais, conforme revela um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Os dados mostram que, nas férias de janeiro e de julho de 2023 houve um aumento de 84,5% nos acidentes domésticos envolvendo crianças do estado paulista.

Segundo a secretaria, nas férias escolares de 2023 foram registrados 969 atendimentos e internações de crianças menores de 12 anos por acidentes domésticos, enquanto em 2022 foram 525 ocorrências desse tipo.

Além disso, os meses de dezembro de 2022 e de julho de 2023 foram os que mais registraram atendimentos ambulatoriais e hospitalizações de crianças – com 403 e 508 ocorrências, respectivamente. Os dados consideram apenas os atendimentos realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado de São Paulo.

A maioria desses acidentes é provocada por afogamento, quedas, queimaduras e intoxicação acidental por exposição a substâncias nocivas. Por isso, a secretaria alerta sobre a importância de pais e responsáveis estarem mais atentos durante o período de férias das crianças.

“Hoje, o uso de telas, principalmente celulares, gera uma maior desatenção dos responsáveis e, consequentemente, acontecem os acidentes. É naquele segundo de distração que os acidentes domésticos ocorrem”, disse, em nota, a pediatra Silvana Grotteria, responsável pelo setor de emergência do Hospital Infantil Darcy Vargas.

Acidentes domésticos

Os tombos lideram o ranking de acidente doméstico envolvendo crianças. Segundo a secretaria, dos 4,2 mil procedimentos clínicos e internações realizados no estado paulista entre janeiro e outubro do ano passado, 4,1 mil se referiam a quedas.

“Em casos de traumas graves e quedas de grandes alturas, os pais devem levar os filhos ao pronto-socorro, ou se a criança apresentar sinais de alerta, como dores de cabeça, náuseas, vômitos ou alteração no nível de consciência”, orientou a pediatra.

Os acidentes envolvendo afogamento e queimadura também preocupam. Das 14 hospitalizações ocorridas entre janeiro e outubro de 2023 por afogamento, nove ocorreram durante as férias escolares. Nesse mesmo período, foram registradas 19 internações por queimaduras, sendo que oito delas ocorreram nos meses de janeiro e julho.

Para evitar os acidentes domésticos, a secretaria informa que é importante que os pais não deixem crianças e bebês sozinhos e instalem grades ou telas de proteção em berços, escadas e janelas.

Também é preciso evitar o acesso de crianças a locais que oferecem maior risco como cozinhas e lavanderias. Outro alerta da secretaria é para que se proteja tomadas e instalações elétricas. Também é importante utilizar protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.

Buscas por helicóptero desaparecido em São Paulo já duram cinco dias

As buscas ao helicóptero que desapareceu no litoral norte de São Paulo no último domingo (31) prosseguem nesta sexta-feira (5), pelo quinto dia, utilizando a aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, segundo informações da Força Aérea Brasileira (FAB).

Com 15 tripulantes a bordo, o esquadrão já cumpriu aproximadamente 32 horas de voo. O Pelicano é responsável pela procura e salvamento de aeronaves e embarcações desaparecidas em todo território nacional.

A área de buscas totaliza cinco mil metros quadrados e nenhum vestígio do helicóptero foi avistado. A aeronave saiu do Campo de Marte por volta de 13h15 de domingo, com destino a Ilhabela, com um piloto e três passageiros.

Além do piloto, estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio.  O último contato com a torre de controle foi às 15h10 do último domingo (31), quando sobrevoava Caraguatatuba. A Polícia Militar também está auxiliando nas buscas, por meio do Comando de Aviação da PM, com o Águia 24. 

Radar

Liderada pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico – Salvaero/Curitiba, a procura, mesmo prejudicada pelas condições meteorológicas e pelo relevo montanhoso na região, ocorre ao longo desta sexta-feira (5).

De acordo com a FAB, o SC-105 Amazonas é equipado com um radar capaz de procurar sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento, mesmo em voos a baixa altura.

“A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, detectando, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar”, explicou a FAB.

Irã: atentado mata mais de 100 durante homenagem a Soleimani

3 de janeiro de 2024

 

O governo do Irã anunciou que 103 pessoas morreram e ao menos 141 ficaram feridas em explosões durante uma procissão em homenagem ao general Qassem Soleimani, morto num ataque de drones pelos Estados Unidos (EU) em 2020. Centenas de pessoas caminhavam para o visitar o túmulo de Soleimani quando as explosões aconteceram. Um porta-voz iraniano “disse que se tratou de um “ataque terrorista”.

As explosões ocorreram em Kerman, cerca de 820 quilómetros a sudeste da capital Teerã.

A agência de notícias iraniana Tasnim reportou que fontes informaram que “dois sacos contendo bombas explodiram” no local. “Os autores deste incidente aparentemente detonaram as bombas por controle remoto”, reportou a Tasnim.

A agência de notícias IRNA citou o prefeito de Kerman, Saeed Tabrizi, como fonte que teria confirmado que os sacos explodiram com 10 minutos de intervalo.

Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EU negou que o país tenha algo a ver com os atentados. “Os Estados Unidos não estão envolvidos de forma alguma (…) e não temos motivos para acreditar que Israel esteja envolvido nisso”, disse.

Analistas disseram que o Irã tem “vários inimigos” que podem ter levado a cabo os atentados, incluindo grupos iranianos exilados e organizações militantes de oposição ao regime dos aitatolás.

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Saiba como agir em casos de queimadura por fogos de artifício

A virada de Ano Novo é comumente marcada pelos fogos de artifício – um espetáculo que, de modo geral, é amado ou odiado pelas pessoas.

No estado de São Paulo, algumas prefeituras – como a de São Paulo e a de Bragança – já sancionaram leis que proíbem a soltura de fogos que emitem barulhos. No entanto, mesmo silenciosos, os artefatos que colorem o céu geram outra preocupação: as queimaduras.

Na capital paulista, o Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio, no bairro de Tatuapé, conta com uma equipe especializada nesse tipo de atendimento. De janeiro até novembro, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) atendeu 98 pacientes vítimas de queimaduras por fogos de artifício. Nos primeiros 11 meses do ano passado, foram contabilizados 103 atendimentos e, durante todo o ano de 2022, 115 pacientes foram atendidos.

A equipe do CTQ é composta por cirurgiões plásticos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social e nutricionista. O coordenador do centro, o médico André Toshiaki Nishimura, explica que quanto menos doloroso mais grave o ferimento, ao contrário do que se poderia supor.

“Quando se tem queimadura, você não tem em uma profundidade só. O centro da ferida é mais acometido e você tem um halo em outra região e também uma mais periférica. O nível de dor é inversamente proporcional à queimadura. Quanto mais superficial, mais dói. Quando a queimadura é mais profunda, atinge a terminação nervosa e geralmente se sente menos dor, o que é um mau sinal. Quando é mais funda, fica mais esbranquiçada, como se fosse uma carapaça e, quando é mais superficial, mais rosa. Queimadura de segundo grau faz bolha”, detalha o coordenador.

Nishimura ressalta que, frequentemente, as partes do corpo mais atingidas por quem solta fogos de artifício são o rosto e as mãos. Por isso, o que se orienta é que a vítima busque lavar a região, com água corrente, e a envolva com um pano limpo ou um filme plástico. Toalha, por exemplo, não é uma boa alternativa. “A primeira coisa é esfriar a região, porque o resquício de pólvora pode continuar queimando”, esclarece ele.

O coordenador do CTQ explica que a pessoa queimada deve procurar atendimento médico imediato, até porque os ferimentos podem atingir regiões sensíveis, como os olhos, o que exige encaminhamento a especialistas.

Nishimura diz ainda que o tratamento de lesões provocadas por fogos de artifício é caro: “o paciente fica internado, geralmente, por uns três meses e é operado de quatro a seis vezes. Isso, na rede privada, bate a casa do R$ 1 milhão.”

Além disso, os materiais cirúrgicos também têm custo elevado. “A prefeitura investe em curativos especiais que convênios de ponta muitas vezes não têm.”

Recomendações

As queimaduras por fogos de artifício podem ser graves e até mesmo fatais. Para evitar acidentes, é importante tomar alguns cuidados, como:

não manipular fogos de artifício sem supervisão de um adulto responsável;
seguir as instruções de uso e armazenamento descritas na embalagem;
não soltar fogos de artifício na direção de outras pessoas e de animais;
manter distância das pessoas que estejam soltando fogos de artifício;
não deixar crianças sozinhas perto de fogos de artifício.
Primeiros socorros para queimaduras

limpar a área afetada com água corrente até retirar o resíduo do material que causou a queimadura;
após a limpeza, aplicar uma compressa fria no local e procurar atendimento médico;
a plataforma Busca Saúde informa qual a unidade de saúde mais próxima para atendimento.

Previsão é de chuva na capital paulista durante a 98ª São Silvestre

Os participantes da 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, marcada para este domingo (31), deverão enfrentar um desafio a mais, que é o tempo instável na capital paulista. O fator foi amplamente mencionado na manhã deste sábado (30) por corredores que já garantiram um lugar no pódio em outras disputas e são alguns dos favoritos.

Uma delas é queniana Viola Jelagat Kosge, campeã da Meia Maratona do Rio e da Volta da Pampulha em 2023. “A prova vai depender do tempo, da temperatura, do ritmo e do percurso”, avaliou. A São Silvestre reunirá 35 mil corredores de várias partes do mundo, fechando o ano esportivo nacional.

Entre os homens brasileiros, há atletas com longa trajetória inscritos nesta edição, como Franck Caldeira, Giovani dos Santos, que já ficou entre os três primeiros colocados seis vezes, e Ederson Vilela. Já entre as mulheres, figura Kleidiane Barbosa, que retomou as atividades após sofrer uma lesão no joelho. Outros nomes de destaque são Fábio de Jesus Correa, Larissa Quintão e Mirela Andrade.

 Franck Caldeira, Geovani dos Santos, Ederson Vilela e Kleidiane Barbosa falam sobre os preparativos para a Corrida de São Silvestre – Paulo Pinto/Agência Brasil

Em coletiva de imprensa, o mineiro Giovani dos Santos, de 42 anos, destacou que seu preparo trouxe resultados concretos, em 2023, e que pode trazer mais uma vitória, no último dia do ano. Foram, ao todo, 13 medalhas conquistadas, “uma a cada mês, em média”, conforme ressaltou ele, que foi campeão do sul-americano na Argentina e levou a prata nos jogos sul-americanos, no Chile.

Um dos principais fundistas do país, Santos usa sua experiência acumulada para avaliar, com humildade, um desafio que se manteve constante durante todas as edições da prova. Para ele, a São Silvestre requer estratégia, algo que os fundistas sabem forjar. E emenda: “A gente sabe que os africanos são muito fortes.”

Apesar disso, Santos reconheceu que tudo pode mudar no dia da prova e o inesperado é capaz de se materializar, inclusive com a vitória do “último amador”. Com otimismo e consciência do que representa o pódio da corrida, ele defendeu que o ideal é que os primeiros a chegar sejam os compatriotas. “Temos que estar sempre lutando para deixar o título aqui no Brasil”, afirmou.

Alta performance, alta expectativa

Um dos principais maratonistas do Brasil e atleta olímpico dos Jogos Pan-Americanos de 2007, Franck Caldeira, de 40 anos, assume o nervosismo, ao pontuar que o hiato de dois anos na carreira exigiu dele muito treino. Ele, contudo, demonstrou otimismo, acrescentando que teve um desempenho similar ao de antes, após três meses de preparação, em Foz do Iguaçu.

O que fez a diferença para Caldeira foi também o modo como encara a corrida, já que agora foca mais em fortalecer seu emocional, para amenizar o impacto das cobranças, algo com que sua versão mais jovem não soube lidar. Ilusões sobre truques, como usar o tênis top de linha, também não o enganam mais, já que, na sua avaliação, “o tênis é rápido quando você é rápido”.

“O atletismo cobra. Eu fui conquistando, conquistando e, lamentavelmente, não tive pessoas que fizessem com que essa trajetória ficasse a meu favor”, compartilhou ele, em referência à fase dos seus 19 anos de idade.

A sensação de competir na São Silvestre, destacou ele, é o momento em que “volta a ser um menino novamente”. “Não é somente uma competição, é um desafio”, complementou o veterano.

Manter o título de atleta de alto rendimento foi também uma pressão para Kleidiane Barbosa, uma das mulheres negras de destaque que representam o Brasil na São Silvestre deste ano. Ela relatou que muitos duvidaram da volta dela ao atletismo profissional, depois da lesão no joelho. “A expectativa é boa. Cada corrida é uma história”, resumiu, perguntada sobre o que vislumbra para amanhã.

Um dos nomes que têm despontado na modalidade é o de Ederson Vilela, de 33 anos. Ele conseguiu o ouro nos 10 mil metros, nos Jogos Pan-Americanos de 2019, e vê os 15 quilômetros da corrida como “a cereja do bolo” da carreira dos corredores. “É a prova que sempre faz brilhar os olhos”, sintetizou o fundista, que também venceu a maratona de Curitiba, recentemente.

Corredores africanos

Entre os competidores da África, o jeito tímido e simples de falar não permite que se perceba que apresentam um desempenho extraordinário, de asas nos pés. No ano passado, atletas do Quênia, de Uganda, Etiópia e Tanzânia marcaram presença no pódio, e agora a jovem queniana Catherine Reline, que ficou em primeiro lugar, promete repetir a dose e ser, de novo, um fenômeno do atletismo. “Espero que amanhã eu faça uma boa corrida”, declarou ela.

Corredores estrangeiros que participarão da São Silvestre, durante entrevista coletiva – Paulo Pinto/Agência Brasil

Além de Catherine Reline, competem pelo Quênia os corredores Vestus Cheboi Chemjor, Timothy Kiplagat Ronoh e Viola Jelagat Kosgei. Pela Uganda, compete Moses Kibet e, pela Tanzânia, Josephat Joshua Gisemo. A atleta Yimer Wude, outra favorita ao prêmio, corre pela Etiópia, pela sexta vez.

Em 2022, pela primeira vez na história da São Silvestre, Uganda venceu a prova. A vitória foi de Andrew Kwemoi.

Israel ataca região central da Faixa de Gaza e anuncia que guerra durará meses

27 de dezembro de 2023

 

As forças armadas de Israel atacaram o centro da Faixa de Gaza por terra, mar e ar nesta quarta-feira, informam meios de comunicação. Com isto, o serviço de telecomunicações foi duramente afetado, dificultando ainda mais os esforços de resgate, reporta a VOA News Africa em seu Twitter X.

Ontem o Chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, disse que a guerra que iniciou em 7 de outubro após o grupo extremista Hamas atacar comunidades judias na fronteira, matando centenas de pessoas, duraria ainda “muitos meses” e que não havia “soluções mágicas” ou “atalhos”. O governo de Israel prometeu “destruir o Hamas” após o incidente.

Sem lugar seguro para ir

A retaliação de Israel começou no norte de Gaza, mas se estendeu por todo território palestino. Hospitais e escolas, como acampamentos de desolcados internos, também têm sido atingidos. Estima-se que ao menos 20 mil palestinos já tenham morrido nos bombardeios israelenses.

O coordenador da equipe médica de emergência da Organização Mundial da Saúde da Faixa de Gaza disse recentemente que atualmente apenas 20% dos serviços de saúde estão operáveis em todo país.

 
 

USP dá diploma honorífico a estudantes mortos na ditadura militar

Cinquenta anos depois de serem assassinados na ditadura militar brasileira, dois estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foram homenageados pela universidade com diplomas honoríficos neste mês. Mortos em 1973, Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz foram alunos do Instituto de Geociências (IGc) na década de 1970 e também militantes do movimento estudantil da USP. 

A homenagem faz parte do projeto Diplomação da Resistência, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) e da vereadora paulistana Luna Zarattini (PT), em parceira com o Instituto de Geociências da USP.

As duas diplomações póstumas são as primeiras entre 33 homenagens que a universidade deve promover por meio do projeto para estudantes que foram assassinados pela ditadura militar. O objetivo, informou a instituição, é “reparar as injustiças e honrar a memória dos ex-alunos”.

“Diplomar estudantes que foram assassinados na ditadura significa reparar uma dívida histórica que a universidade tem com esses estudantes. Muitos deles se destacaram academicamente, politicamente e, por razões óbvias, não puderam finalizar seus estudos porque estavam mortos”, disse Renato Cymbalista, coordenador da Diretoria de Direitos Humanos e Políticas de Memória, Justiça e Reparação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento. “É muito importante que a universidade reconheça essa enorme ruptura, essa tragédia, e se coloque em uma posição de solidariedade e de empatia com os familiares, com os amigos e com os parentes das vítimas e também consiga se colocar como uma instituição que não aceita a violação de direitos humanos”, acrescentou, em entrevista à Agência Brasil.

Em 2013, a universidade criou a sua própria Comissão da Verdade para examinar e esclarecer as graves violações aos direitos humanos que foram praticadas contra docentes, alunos e funcionários da universidade durante a ditadura militar brasileira. No relatório final, a Comissão da Verdade concluiu que a ditadura militar foi responsável pela morte de 39 alunos, seis professores e dois funcionários da universidade.

“Uma das recomendações da Comissão da Verdade da USP foi justamente a diplomação honorífica. Algo que nós agora estamos seguindo”, disse Cymbalista.

Alexandre Vannucchi Leme

Alexandre Vannucchi Leme tinha apenas 22 anos e estudava Geologia da USP. quando foi preso, torturado e morto por agentes do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) paulista, um órgão subordinado ao Exército.

Nascido em Sorocaba, era filho de professores e militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) na época de sua prisão. Segundo a Comissão Estadual da Verdade, ocorrida na Assembleia Legislativa de São Paulo, Leme foi visto pela última vez no dia 15 de março de 1973, assistindo aulas na USP. No dia 16 de março, ele foi preso por agentes do DOI-Codi e submetido a intensas sessões de tortura. Um inquérito policial instaurado na época informava que ele foi preso “para apurar atividades subversivas da ALN”. No dia seguinte à sua prisão, Leme morreu em decorrência das torturas.

O estudante foi enterrado como indigente e a causa da morte divulgada pelo governo foi atropelamento, que teria ocorrido, segundo a versão militar, enquanto Vannucchi tentava fugir da polícia. Apenas em 2014 sua certidão de óbito foi retificada, com a informação de que havia sido morto no DOI-Codi por tortura.

Ronaldo Mouth Queiroz

Ronaldo Mouth Queiroz também era estudante de Geologia e vinculado à ALN. Foi presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP e, sob o pseudônimo de Mc Coes, produziu um jornal independente que fazia críticas políticas bem-humoradas.

Queiroz foi morto a tiros por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em 6 de abril de 1973, três semanas após a morte de Vannucchi, enquanto estava em um ponto de ônibus. A versão oficial dizia que Queiroz teria morrido após uma troca de tiros com militares, mas testemunhas que estavam no mesmo ponto de ônibus disseram ter visto ele ser executado.

Conceder o diploma honorífico a esses estudantes é um caminho para a memória e a reparação desse período. No entanto, os familiares e amigos das vítimas da ditadura militar no Brasil ainda prosseguem na luta por justiça e condenação. “O Brasil não foi capaz de fazer justiça. Ele não foi capaz de condenar explicitamente os algozes da ditadura. Isso porque, quando a gente teve a nossa lei da anistia, nós anistiamos tanto aqueles que tinham sido perseguidos pela ditadura, que estavam em exílio ou que estavam na clandestinidade quanto os torturadores. E isso teve algumas consequências bastante problemáticas porque a gente nunca conseguiu realmente fazer justiça como, por exemplo, aconteceu na Argentina, onde perpetradores foram para a cadeia e estão pagando por seus crimes. Isso não aconteceu aqui no Brasil”, disse Cymbalista.

Hoje é Dia: semana do Natal tem datas que remetem às artes e ditadura 

Agora é oficial: estamos nos despedindo de 2024. Na última semana (pelo menos completa) do ano, o destaque não poderia ser outro: o Natal. A data, considerada a mais importante para o Cristianismo e que tem uma importância cultural, de solidariedade e econômica, já foi tema de diversos conteúdos da EBC. Em 2020, o Revista Brasil falou sobre a data: 

Além das festividades natalinas, a semana também tem uma série de eventos marcantes. No cenário esportivo, o dia 25 de dezembro marca o aniversário do treinador e ex-futebolista fluminense, Joel Santana, que completa 75 anos de vida. Conhecido por títulos e por ser uma figura folclórica, o “Papai Joel” já participou de alguns programas da EBC. Em 2019, ele relembrou a trajetória no quatro Setentões, do programa No Mundo da Bola. A entrevista para o jornalista Sergio Du Bocage foi veiculada na TV Brasil, na Rádio Nacional e pode ser ouvida abaixo: 

Dois artistas célebres também são destaques na semana. Também no dia de Natal, a morte do pintor, escultor, gravador e ceramista catalão Joan Miró completa 40 anos. Ícone do Surrealismo, ele teve a trajetória contada no História Hoje, da Radioagência Nacional, em 2015. 

O dia 29 de dezembro é o dia de recordar o artista plástico paulista Cândido Portinari, que completaria 120 anos se estivesse vivo. Um dos maiores pintores da história do Brasil, ele foi autor de painéis como o Guerra e Paz. O episódio no qual o artista entregou a obra para a ONU também foi relembrado no História Hoje e pode ser ouvido abaixo:

Marcas da Ditadura

A última semana do ano também é marcada por dois episódios da época da Ditadura Militar no Brasil. No dia 27 de dezembro, a prisão dos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil (por conta de itens do AI-5) completa 55 anos. O História Hoje falou sobre o caso em 2015: 

Há 45 anos, os dias 29 e 30 de dezembro também tiveram eventos ligados à Ditadura. No dia 29, o então presidente Ernesto Geisel revogou atos de banimento do período do regime militar. No dia 30, ele ia à TV e Rádio para anunciar o fim dos Atos Institucionais (inclusive o AI-5). Os episódios marcaram a transição para o regime democrático no Brasil. Um pouco desta história já foi retratada em matérias da Agência Brasil como esta e esta. 

Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:

Dezembro de 2023

24

Morte da cantora e compositora fluminense Dora Freitas Lopes (40 anos) – em 1947, consquistou o primeiro lugar no famoso e rigoroso programa de calouros apresentado pelo compositor Ary Barroso na Rádio Nacional, interpretando o samba “Plac-plac”, sucesso de Dircinha Batista alguns anos antes

25

Nascimento do automobilista suíço e co-fundador da Chevrolet Motor Car Company, Louis Chevrolet (145 anos)

Nascimento do treinador e ex-futebolista fluminense Joel Santana (75 anos)

Morte do pintor, escultor, gravador e ceramista catalão Joan Miró (40 anos)

Dia do Natal

26

Concessão de cinco patentes a Edwin Armstrong pelos recursos básicos do sistema FM de rádio (90 anos)

27

Nascimento do ator, cineasta e empresário francês, naturalizado russo Gérard Depardieu (75 anos)

Nascimento do compositor, instrumentista, cantor, produtor musical e arquiteto fluminense Maurício Tapajós (80 anos)

Prisão de Caetano Veloso e Gilberto Gil, por efeito do Ato Institucional nº 05 (55 anos)

28

Morte do poeta, contista e jornalista fluminense Olavo Bilac (105 anos)

Nascimento do matemático húngaro de origem judaica, naturalizado estadunidense John von Neumann (120 anos) – contribuiu na teoria dos conjuntos, análise funcional, teoria ergódica, mecânica quântica, ciência da computação, economia, teoria dos jogos, análise numérica, hidrodinâmica das explosões, estatística e muitas outras as áreas da matemática. De fato é considerado um dos mais importantes matemáticos do século XX

29

Nascimento do artista plástico paulista Cândido Portinari (120 anos)

Nascimento do compositor fluminense Maximiliano Carvalho de Bulhões, Max Bulhões (120 anos)

Entra em vigor a Constituição espanhola depois de quatro décadas de franquismo (45 anos)

Revogação, pelo Presidente Ernesto Geisel, dos atos de banimento aplicados pelo regime militar (45 anos)

Morte da socióloga, professora e escritora paulista Maria Isaura Pereira de Queiroz (5 anos) – foi premiada com o Prémio Jabuti 1967

30

Morte do compositor paulista de música caipira João Baptista da Silva, o João Pacífico (25 anos)

Nascimento do folclorista, historiador, professor e jornalista potiguar Luís da Câmara Cascudo (125 anos) – foi um dos mais importantes pesquisadores das manifestações culturais brasileiras

Presidente Geisel anuncia o fim dos atos institucionais em discurso no rádio e na TV (45 anos)