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Carnaval no Rio tem redução de 20% em crimes e aumento de prisões

O carnaval no estado do Rio de Janeiro teve redução de 20% nos chamados crimes de rua (furtos e roubos a pedestres), enquanto o número de prisões em flagrante cresceu 34%. Os dados fazem parte do balanço da operação especial de carnaval, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo governo do estado.

Segundo o governador do Rio, Cláudio Castro, um dos motivos para o aumento de prisões é o reforço do efetivo policial, 5% maior que o do carnaval passado.

“Você só prende em flagrante se você tiver um alto contingente policial na rua. Foram mais de 12 mil policiais militares, mais de 3,3 mil policiais civis e mais de 900 policiais penais”, detalhou.

Castro destacou que houve crescimento de 32% na quantidade de menores infratores apreendidos. “A gente sabe que isso é uma realidade, muitas facções criminosas mandando menores fazerem, sobretudo, esse trabalho de furto, pequenos assaltos, e é importante quando a gente consegue coibir que esses menores tenham essa paz para fazer esse trabalho sujo”.

Prisões

De acordo com a Polícia Militar (PM), a corporação realizou 423 prisões e apreendeu 75 adolescentes. Ainda durante o carnaval foram apreendidas 75 armas de fogo, sendo sete fuzis. Nas barreiras de revista montadas nos acessos dos megablocos, a PM deteve mais de 270 objetos perfurantes – 42% a mais que no carnaval do ano passado. Foram recuperados 47 telefones celulares.

Já a Polícia Civil registrou 717 pessoas presas, sendo 630 em flagrante e 87 por cumprimento de mandados de prisão. Foram 85 ocorrências notificadas por turistas estrangeiros, sendo 61 por crimes de furto.

Neste carnaval, a PM intensificou o uso do monitoramento com reconhecimento facial em locais de grande movimentação de pessoas, incluindo o sambódromo. Sete pessoas foram identificadas e presas nos dias de folia, chegando ao número de 20 desde o réveillon.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Victor César dos Santos, não houve erro de identificação de suspeito sem mandado de prisão em aberto. “Houve 100% de acerto do software”.

Medidas protetivas

O período de carnaval terminou com aumento de 5% de pedidos de medidas protetivas para mulheres. Segundo o governador, são casos de mulheres que se sentiram ameaçadas por parceiros em blocos ou no sambódromo.

“Nós celebramos o aumento da oferta da proteção, eu acho que quando a mulher se sente segura para pedir ajuda, ela não aceita mais a violência do parceiro ou de outro homem. A gente quer que o número diminua não pela falta de procura, mas pela falta do cometimento do delito. Primeiro você aumenta a oferta dos canais, as mulheres começam a ter mais coragem de procurar ajuda e, em seguida, você tem a diminuição em si do dado real”, disse.

Lei Seca

No estado, 4.616 motoristas foram abordados pela Operação Lei Seca, sendo 936 dirigindo sob efeito de álcool. Na Sapucaí, 171 motoristas dos carros alegóricos das escolas de samba dos grupos Ouro e Especial passaram pelo teste do bafômetro.

Combate à dengue

Além do desfile das escolas de samba, o sambódromo foi cenário para campanha de prevenção e ações contra a dengue. Foram distribuídos aos foliões 32 litros de repelentes. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, a ação alcançou 115 mil pessoas. 

Outra ação relacionada à saúde de quem curtiu o carnaval foi a hidratação. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) calcula ter distribuído mais de 1,3 milhão de copos d’água e usado 30 mil litros de água para refrescar o público com mangueiras.

Turismo

Durante o carnaval, a rede hoteleira da capital fluminense alcançou 87% de ocupação. Em outras cidades, o que inclui as regiões dos lagos, serrana e costa verde, o patamar foi de 81%. A movimentação financeira no período é estimada em cerca de R$ 5,3 bilhões no estado.

“A cadeia do turismo é uma atividade das mais importantes para o desenvolvimento do estado. Todo o setor está muito feliz com os resultados”, afirmou o secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca.

Rio tem média de 87% de ocupação na rede hoteleira no carnaval

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Sindicato Patronal dos Meios de Hospedagem da Cidade do Rio de Janeiro (HotéisRIO) mostra que o carnaval carioca teve média de 87% dos quartos de hotel ocupados durante o carnaval. O número se refere ao período de 10 a 14 de fevereiro.

Os bairros da zona sul foram os mais procurados por turistas nacionais e estrangeiros. A liderança foi exercida por Botafogo/Flamengo, com 90,73%, seguida por Ipanema/Leblon, com 88,87%, Copacabana/Leme (87,84%), centro (87,20%) e Barra/ Recreio, na zona oeste (83,38%).

Para o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, o resultado comprova a alta capacidade de atração do Rio de Janeiro. “O carnaval de nossa cidade é uma festa de padrão internacional, feita com o que o carioca tem de melhor: criatividade, simpatia e hospitalidade”.

Segundo Lopes, a consequência da união desses fatores é o grande número de turistas que a rede hoteleira recebe, “interessados em usufruir dessa experiência única”. 

 

Brasil enviará novos recursos a agência da ONU para ajudar palestinos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou, nesta quinta-feira (15), que o Brasil fará novos aportes de recursos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA). Em discurso durante sessão extraordinária da Liga dos Estados Árabes, no Cairo, no Egito, Lula estimulou todos os países a manter e reforçar suas contribuições.

Criada em 1949, a agência da ONU desenvolve ações sociais, como educação, saúde e moradia, destinadas a palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e no Líbano. Para Lula, o corte do financiamento, e da consequente ajuda humanitária, é “desumanidade e covardia”. “Basta de punições coletivas”, afirmou.

No início deste ano, mais de 15 países suspenderam o financiamento à agência após denúncias de envolvimento de funcionários no ataque do grupo palestino Hamas a Israel, em 7 de outubro do ano passado. A UNRWA informou que rescindiu os contratos com os supostos envolvidos – 12 dos 13 mil funcionários em Gaza – e abriu investigação.

“No momento em que o povo palestino mais precisa de apoio, os países ricos decidem cortar ajuda humanitária”, lamentou o presidente brasileiro. Ele destacou que as denúncias precisam ser investigadas, mas que a agência da ONU não pode ser paralisada. “Refugiados palestinos na Jordânia, na Síria e no Líbano também ficarão desamparados. É preciso pôr fim a essa desumanidade e covardia”, acrescentou.

Entre os grandes financiadores da agência estão Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Alemanha. Líderes das principais agências humanitárias da ONU pediram a retomada das contribuições e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também já manifestou preocupação com a redução das doações.

Refugiados na Cisjordânia ocupada por Israel temem o fim da UNRWA e que serviços como assistência médica e educação sejam interrompidos. Com o início do conflito na Faixa de Gaza, a UNRWA também faz operações de emergência para atender os mais de 2 milhões de habitantes do enclave palestino.

No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, matando cerca de 1,2 mil civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros.

Em resposta, Israel vem bombardeando várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica. Os ataques israelenses já deixaram mais de 22 mil de mortos, a maioria mulheres e crianças, além de feridos e desabrigados. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

Para Lula, a reação de Israel é “desproporcional e indiscriminada”. “O ataque do Hamas contra os civis israelenses é indefensável e mereceu veemente condenação do Brasil. A reação desproporcional e indiscriminada de Israel é inadmissível e constitui um dos mais trágicos episódios deste longo conflito. As perdas humanas e materiais são irreparáveis, não podemos banalizar a morte de milhares de civis como mero dano colateral”, afirmou.

“Ante nossos olhos, a população de Gaza sofre de fome, sede, doenças e outros tipos de privações, como alerta a Organização Mundial da Saúde. A situação da Cisjordânia, que já era crítica, também está se tornando insustentável”, alertou, defendendo a libertação dos reféns israelenses pelo Hamas, um cessar-fogo definitivo na região e o estabelecimento de um Estado palestino independente.

“A persistência do conflito na Palestina vai muito além do Oriente Médio, seus efeitos podem levar a cenários imprevisíveis e catastróficos”, acrescentou Lula, em discurso na sessão da Liga dos Estados Árabes, que também apoia a causa palestina.

Liga Árabe

Durante sua fala, o presidente lembrou ainda que o Brasil foi o primeiro país latino-americano a receber o status de observador na Liga dos Estados Árabe, composta por 22 países, e disse que quer aprofundar a parceria e o comércio com países do Sul Global, com o qual compartilha “visões, valores, desafios e expectativas”.

O termo Sul Global é usado para se referir aos países pobres ou emergentes que, em sua maioria, estão localizados no Hemisfério Sul. “O compromisso da Liga Árabe com a promoção da estabilidade e do desenvolvimento faz desta organização uma voz a ser ouvida atentamente nas grandes questões do nosso tempo”, disse.

Lula está em viagem ao Egito, e também vai à Etiópia, para reforçar a agenda internacional do Brasil junto aos países africanos. Entre os países árabes, no ano passado, ele também esteve nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita e no Catar.

“É imenso o potencial em setores como comércio, investimento, meio ambiente, ciência e tecnologia, cultura e cooperação para o desenvolvimento”, disse o presidente, explicando que a balança comercial do Brasil com países da Liga Árabe passou de US$ 5,4 bilhões em 2003 para US$ 30 bilhões em 2023.

Ciclone provocará chuva forte na costa de SP e RJ nos próximos dias

Áreas dos estados do Rio de Janeiro e e de São Paulo estão com aviso meteorológico especial de nível vermelho para chuvas intensas válido até as 18h desta quinta-feira (15). O aviso foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta quarta-feira (14) para o sul fluminense; o norte paulista, no Vale do Paraíba; e a região metropolitana do Rio de Janeiro. O alerta meteorológico máximo sinaliza grande perigo nas localidades indicadas.

Ciclone provoca chuva forte no Rio de Janeiro e em São Paulo nos próximos dias – Inmet/divulgação

De acordo com o Inmet, um ciclone subtropical deve se formar em alto-mar, a cerca de 230 km a sudeste da costa do município de Arraial do Cabo (RJ), com deslocamento para leste e, em seguida, para sul/sudoeste.

O Inmet destaca que o fenômeno provocará muita chuva intensa no litoral norte de São Paulo até a região metropolitana do Rio de Janeiro, com maior atenção para Costa Verde, no litoral sul do estado do Rio, incluindo os municípios de Angra dos Reis e Paraty.

O ciclone poderá se deslocar para o litoral do Paraná nos próximos dias, conforme informado pela meteorologista do Inmet, Dayse Moraes. “A formação de um ciclone deve favorecer instabilidades e ganhar em força, principalmente entre o leste de Minas Gerais, norte de São Paulo, Rio de Janeiro avançando também para o Espírito Santo e outras áreas da região Sul, como o norte do Paraná, que tem chance de pancadas de chuva que podem vir acompanhadas de raios e rajadas de vento”.

Ciclone provoca chuva forte nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo nos próximos dias. – Inmet/divulgação

A informação foi confirmada em nota técnica conjunta [ https://portal.inmet.gov.br/uploads/notastecnicas/Nota_Imprensa_CHM_14FEV_nota-especial.pdf#page=1&zoom=auto,-100,842 ] do Inmet e da Marinha do Brasil. O informe  aponta que o ciclone subtropical pode provocar ventos de até 83 km/h , principalmente, no entorno sul e sudeste do ciclone,  até a noite da próxima terça-feira (20), se as condições atmosféricas persistirem na região.

Demais localidades

Imagens de satélite mostram instabilidades entre o Amazonas, Acre, Rondônia, parte do litoral do Pará e também do Mato Grosso. As chuvas no período da tarde e noite desta quinta-feira são resultado do calor, da alta umidade e da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

Nesta quinta-feira, há nebulosidade entre Maranhão, Piauí, Ceará e leste da Região Nordeste, englobando Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, com a possibilidade de chuvas.

A meteorologista Dayse Moraes confirma que haverá poucas nuvens no centro do país, o que inclui a maior parte do Mato Grosso, Tocantins, norte de Goiás e de Minas Gerais, Distrito Federal e grande área da Bahia.

“Entre a região Centro-Oeste e Sudeste as instabilidades ganharam força no período desta madrugada e estão se intensificando por conta do Sistema Frontal [frente fria] que vem de São Paulo e do Rio de Janeiro”, acrescenta Dayse.

Mas, com relação à temperatura, o calor deve continuar. Em todo o país, os termômetros podem alcançar 38ºC nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. No Sul, a temperatura máxima será um pouco mais baixa: em torno de 35 ºC, entre o norte do Paraná e o sul do Rio Grande do Sul.

Macapá

As fortes chuvas que causaram alagamentos e inundação na cidade de Macapá (AM) nos últimos dias, também motivaram o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, a reconhecer a situação de emergência da capital amapaense nesta quarta-feira (14). Além das fortes chuvas, a erosão do solo às margens do Rio Amazonas, no complexo do Aturiá, foi considerada também para reconhecimento da situação de emergência local.

Com o reconhecimento, o município poderá receber recursos federais destinados ao atendimento à população afetada, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestruturas e moradias destruídas ou danificadas por desastres ou fenômenos climáticos extremos.

Recomendações

O Inmet orienta os moradores de regiões afetadas pelos temporais a desligarem aparelhos elétricos da tomada e quadro geral de energia. Em caso de enxurrada ou situação similar, antes, deve-se colocar documentos e objetos de valor em sacos plásticos.

Em caso de situação de grande perigo confirmada, o cidadão deve procurar abrigo e evitar permanecer ao ar livre ou embaixo de árvores; buscar mais informações na Defesa Civil do município (telefone 199) e solicitar ajuda do Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193).

As informações meteorológicas oceânicas e sobre a possibilidade de ressacas podem ser visualizadas no aplicativo Boletim ao Mar, da Marinha do Brasil, disponível para os sistemas Android e iOS para smartphones. Já a previsão do tempo e atualizações de avisos meteorológicos são divulgadas diariamente em no site e nas redes sociais do Inmet.

Secretário do MJ descarta novas fugas em presídio de segurança máxima

O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Garcia, afirmou que a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) foi um “evento inusitado” que não se repetirá.

“Vamos trabalhar para que um fato inusitado como este seja irrepetível”, assegurou Garcia ao conceder entrevista coletiva em Mossoró, no fim da manhã desta quinta-feira (15).

Ao lamentar que a primeira fuga de presos, registrada ontem (14), em uma das cinco penitenciárias federais existentes no país tenha “maculado” o sistema penitenciário, Garcia declarou que não há possibilidade de outras fugas das unidades de segurança máxima se os protocolos de segurança forem seguidos rigorosamente.

“Já temos uma noção do que aconteceu, mas isso tem que ser confirmado tecnicamente, de forma segura, para que possamos concluir todos os nossos procedimentos, inclusive os de responsabilização funcional”, comentou o secretário, explicando que um laudo com as conclusões dos peritos que vistoriaram a unidade após a constatação da fuga deve ficar pronto até esta sexta-feira (16).

“A [clareza] da dinâmica dos fatos vai ser [mais] precisa na medida que tivermos a conclusão do laudo pericial”, acrescentou Garcia, antecipando que, a seu ver, o fato da penitenciária estar passando por obras de manutenção pode ter facilitado a ação dos fugitivos.

“Muito provavelmente, todo processo relacionado à manutenção [do presídio] vai ser revisto, pois é preciso rever os protocolos de segurança e evitar que uma obra [de manutenção] interfira na questão da segurança.”

Além da unidade de Mossoró, há outras quatro penitenciárias federais em funcionamento no Brasil: Brasília; Campo Grande; Catanduvas (PR) e Porto Velho. Cada unidade conta com sistema de vigilância avançado, com captação de som ambiente e monitoramento de vídeo. Segundo a Secretaria Nacional de Política Penal, as captações de áudio e vídeo são replicadas em tempo real para a sede da secretaria em Brasília.

Recaptura

Ainda segundo o secretário André Garcia, a recaptura dos dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, é uma prioridade para o governo federal e para as forças de segurança do Rio Grande do Norte.

“Temos, aqui, um quantitativo significativo de policiais federais. Em torno de 100 agentes policiais federais e quase 100 policiais rodoviários federais. Fora as forças estaduais – algumas ainda em deslocamento para ações específicas demandadas pela coordenação das buscas”, elencou Garcia ao classificar Mendonça e Nascimento como indivíduos perigosos, que devem permanecer presos.

“Contudo, eles não são lideranças que possam impactar em ações de facções criminosas ou mesmo na criminalidade no estado [RN], pois não são daqui [do estado] e estão preocupados única e exclusivamente com se evadir”, acrescentou o secretário, afirmando estar seguro de que os dois serão recapturados em breve.

“Estamos totalmente voltados para essa missão”, assegurou Garcia, citando algumas das medidas já adotadas para localizar os foragidos e reforçar eventuais problemas de segurança nos presídios federais.

Segundo o secretário, agentes especializados em buscas em áreas de matas e locais de difícil acesso já chegaram à região. O policiamento nas rodovias foi reforçado e as equipes de busca contam com o apoio de helicópteros e drones equipados com câmeras termais capazes de detectar a emissão de calor dos corpos.

Os protocolos de segurança já estão sendo revistos; o nível de segurança das cinco unidades federais foram reforçados e forças internacionais, como a Interpol, foram acionadas para evitar que os fugitivos deixem o Brasil.

“Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para que esse evento se encerre rapidamente […] A garantia que damos à sociedade é de que um fato como este não vai se repetir […] Não há possibilidade de sairmos daqui com alguma fragilidade, com alguma chance de um evento como este voltar a ocorrer no sistema penitenciário federal”, finalizou Garcia.

Rio de Janeiro monitora possível chegada de fugitivos de Mossoró

Autoridades de segurança do Rio de Janeiro monitoram uma possível chegada ao estado dos dois fugitivos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (15) pelo governador Cláudio Castro. “A gente está acompanhando sim”, afirmou Castro.

O secretário estadual da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, acrescentou que o monitoramento envolve outras unidades da federação.  

“A partir do momento em que aconteceu o fato, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária [Seap] foi avisada, entrou em contato com a Polícia Militar. Nós também já tínhamos feito contato com as polícias de outros estados. Então, a gente está em um processo de monitoramento, já está envolvida também a inteligência da Polícia Civil”, descreveu o secretário.

Fuga

A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, tornada pública na quarta-feira (14), é a primeira registrada no sistema penitenciário federal, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A unidade de Mossoró fica a 280 quilômetros a oeste da capital do Rio Grande do Norte, Natal.

Nesta quinta-feira, o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o ex-diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas, Paraná, Carlos Luis Vieira Pires como interventor no presídio de Mossoró.

Ele substitui Humberto Gleydson Fontinele Alencar, afastado do cargo após a fuga. Além de determinar o afastamento, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a revisão de protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país: Catanduvas, Campo Grande, Mossoró, Porto Velho e Brasília.

Buscas

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias e responsabilidades pela fuga. Policiais federais e rodoviários federais participam das buscas, com o auxílio de policiais militares do Rio Grande do Norte. A vigilância foi reforçada nas divisas do Rio Grande do Norte com a Paraíba e com o Ceará.

A Interpol também foi acionada e incluiu informações pessoais dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja e no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).

Saúde oferece curso grátis sobre arboviroses

Em meio a um cenário de explosão de casos de dengue, profissionais de saúde de todo o país podem ter acesso a um curso gratuito de capacitação sobre arboviroses. O material foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

De acordo com a pasta, o curso, voltado sobretudo para médicos, apresenta informações sobre diagnóstico, manejo clínico e reconhecimento de sinais de alarme de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti – incluindo dengue, Zika e chikungunya – a fim de evitar casos graves.

Composto por três vídeos com duração de cerca de 40 minutos cada um, o curso, segundo o ministério, é baseado em protocolos atuais, que podem ser acessados pelo link do QR Code que aparece na tela ao final de cada aula.

A iniciativa tem participação do professor da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito e das infectologistas Thaysa Drummond e Melissa Barreto Falcão. As inscrições podem ser feitas aqui.

PRF registra 85 mortes nas estradas federais durante carnaval

 

A Operação Carnaval 2024, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), terminou nesta madrugada com registros do aumento no número de acidentes e mortes nas estradas de todo o país. Mas houve queda nos flagrantes de infração, na comparação com 2023.

De acordo com o balanço divulgado pela PRF, foram registrados 1.223 sinistros ao longo dos 6 dias de operação, o que representa um aumento de 10%, em relação aos 1.112 ocorridos no ano passado. Como consequência dos acidentes mais graves, 85 pessoas morreram, enquanto, na última operação de carnaval, foram 80 óbitos.

Este ano, em que as ações tiveram como foco o combate à combinação álcool e direção, esse tipo de autuação sofreu uma redução de 4%. Foram 1.867 motoristas autuados por dirigirem sob efeito de bebida alcoólica ou por recusarem fazer o teste do bafômetro. Já no ano passado, foram autuados por esse motivo 1.946 motoristas.

As prisões de motoristas por embriaguez ou sinais de alteração da capacidade psicomotora pelo efeito do álcool também diminuíram de 138 para 107, o que representa uma queda de 18%.

De acordo com a PRF, as medidas educativas e o reforço do policiamento e, principalmente da fiscalização, em todo o país, empregadas entre os dias 9 e 14 de fevereiro, aumentaram a segurança viária, não apenas na prevenção de acidentes e mortes, mas também no enfrentamento à criminalidade. Esse esforço resultou na prisão de 144 pessoas por outros crimes, além da apreensão de 20 armas transportadas sem autorização, além de 2.264 kg de maconha e 1.269 kg de cocaína.

Mercado eleva previsão da inflação para 2024 e 2025

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,81% para 3,82% este ano.

A estimativa está no Boletim Focus desta quinta-feira (15), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,5% para 3,51%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos. 

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em janeiro, pressionada pela alta dos alimentos, a inflação do país foi de 0,42%, abaixo do apurado em dezembro, de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o IPCA soma 4,51%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Em comunicado, o Copom indicou que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista “necessária para o processo desinflacionário”. O órgão informou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico “de maior prazo”.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio 

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 1,6%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro projeta expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%.

Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

No caso do dólar, a previsão de cotação está em R$ 4,92 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.

Bolsonaro pede afastamento de Alexandre de Moraes de relatoria

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja afastado da relatoria das investigações que apuram a existência de uma organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. 

Em petição protocolada nesta quarta-feira (14), a defesa argumentou que Moraes não pode ser interessado e ao mesmo tempo juiz do caso. Isso porque, o ministro aparece nas investigações como alvo dos supostos golpistas. 

Em paralelo, os advogados também pediram a devolução do passaporte de Bolsonaro, apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, autorizada por Moraes. O ex-presidente, é um dos alvos e foi proibido de deixar o país ou de se comunicar com os demais investigados.

Ao todo, foram cumpridas 48 medidas cautelares contra diversos investigados, incluindo ex-assessores diretos de Bolsonaro e militares da ativa e da reserva.

Pedido

A defesa de Bolsonaro sustenta que a própria PF, em petição, atestou “de maneira indubitável” que Moraes seria vítima central dos atos investigados, com os investigadores “destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa”.

Segundo os advogados, Moraes teria determinado medidas cautelares contra pessoas que supostamente lhe infligem receio pessoal, “ou seja, assumiu, a um só tempo, a condição de vítima e de julgador”, diz a peça da defesa. 

O pedido foi direcionado ao presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, e é assinado por sete advogados, entre os quais o criminalista Paulo Cunha Bueno, e Fabio Wajngarten, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, que depois passou a representar o ex-presidente. 

Em relatório encaminhado ao Supremo, a PF informa ter colhido indícios de que Bolsonaro recebeu e pediu alterações em uma minuta de decreto para realizar um golpe de Estado. O documento, segundo o relatório policial, previa intervenção na Justiça Eleitoral e a prisão de Moraes.