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Personalidades lamentam morte de Carlos Lyra

Personalidades usaram as redes sociais para lamentar a morte do cantor e compositor Carlos Lyra e homenageá-lo. Um dos grandes nomes da bossa nova, o artista morreu na madrugada deste sábado (16), no Rio de Janeiro, aos 90 anos.

O cantor, compositor e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Gilberto Gil escreveu na rede social X (antigo Twitter) que Lyra deixa um “legado extraordinário”.

“Um forte abraço em toda a família e amigos”, confortou Gil, que publicou ainda o vídeo em que canta Saudade Fez um Samba, de Lyra e Ronaldo Bôscoli, interpretada por ele na última quinta-feira (14) na ABL, no Rio de Janeiro.

Apoio contra a ditadura

O também cantor e compositor Ivan Lins escreveu no X que “O Brasil, e mais precisamente, o Rio, perde hoje um dos pais da bossa nova. #CarlosLyra, inovador e incrível harmonizador e melodista, nos deixa aqui, neste planeta, com sua obra lapidar”.

Lins lembra um período no começo dos anos 1970, durante a ditadura militar, quando recebeu apoio de Lyra contra a opressão do regime.

“Na época em que eu era patrulhado por causa da canção O amor é o meu país, ele me abriu as portas de sua casa e me ofereceu seu mais incondicional apoio. Mesmo tendo um irmão, na Marinha, que fazia parte do SINEMAR, serviço secreto da marinha, que atuava nos mesmos moldes do DOPS [Departamento de Ordem Política e Social – órgão repressor]”.

Lins diz ainda que ficou muito amigo de Lyra, a quem chama de um dos seus gurus musicais.

Resistência

O conjunto da obra de Carlos Lyra, ou simplesmente Carlinhos, como era chamado por Vinicius de Moraes, abrange músicas de protesto. Um exemplo é A Canção do Subdesenvolvido. “A mais executada e foi proibidíssima”, lembrou ele em entrevista à Agência Brasil em 2009.

“O povo brasileiro tem personalidade/ não se impressiona com facilidade/ embora pense como desenvolvido”, criticava a letra.

O teor político de algumas canções fez com que Lyra optasse por um exílio voluntário entre 1964 e 1971.

“Eu tive problema depois do golpe por causa dessas canções. Elas foram proibidas de tocar nas rádios e nos lugares pelos militares e valeu uma ‘perseguiçãozinha’ contra mim também. Se eu não tivesse me exilado, eu teria sido preso com certeza para interrogatório. Antes que acontecesse alguma coisa, peguei minha trouxa e fui morar na matriz, logo nos Estados Unidos, junto aos donos do Brasil que era menos perigoso”, ironiza.

Estudantes

Lyra teve ligação também com a história da União Nacional dos Estudantes (UNE). A organização usou o X para se despedir e lembrar a atuação do músico. “O dia de hoje é de luto para os estudantes”, publicou.

“Lyra foi um dos fundadores do Centro Popular de Cultura em 1961, o CPC da UNE, que reuniu artistas de várias linguagens que viam na cultura o espaço ideal para propagar conscientização política e construir uma arte nacional, popular e democrática.”

O hino da UNE é fruto de uma parceria entre Lyra e Vinicius de Moraes. “Nosso hino é nossa bandeira. O nosso muito obrigado em nome das gerações de estudantes brasileiros que ele inspirou e vai continuar inspirando”, publicou o perfil.

Identidade carioca

Prefeito da cidade onde Lyra nasceu, Eduardo Paes manifestou no X que a morte do cantor é uma “perda para a cultura brasileira”.

“Seu legado é imenso e suas composições na bossa nova marcaram várias gerações ao redor do mundo. Lyra foi fundamental na construção da identidade carioca e brasileira”, completou.

O baterista João Barone, da banda Paralamas do Sucesso, foi mais um entre personalidades e anônimos que se despediram de Carlos Lyra nas redes sociais.

“Mais um dos arquitetos da bossa nova partiu, Carlos Lyra, um dos caras mais elegantes da nossa música”, lamentou.

Relatório mostra aumento de casos de islamofobia após ataque do Hamas

Com o ataque organizado contra Israel pelo grupo Hamas, em 7 de outubro, e que deixou centenas de mortos, havia na comunidade muçulmana o receio de que a culpa pelas vítimas recaísse sobre ela e que a hostilidade aumentasse. E foi o que se confirmou na prática, conforme demonstra a segunda edição do Relatório de Islamofobia no Brasil elaborado pelo Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes (Gracias), da Universidade de São Paulo (USP).

O objetivo do levantamento foi saber dos seguidores do islamismo se notaram um aumento no nível de intolerância como resultado do ataque de outubro. Ao todo, 310 pessoas responderam ao questionário, entre os dias 10 e 18 do mês de novembro, sendo 125 homens, 182 mulheres e três pessoas que preferiram não se identificar quanto à sua identidade de gênero. O questionário, que continha 11 perguntas, foi divulgado nas redes sociais, com a colaboração Associação da Juventude Islâmica no Brasil (Wamy), do Centro Islâmico no Brasil (Arresala) e da Associação Nacional de Juristas Islâmicos (Anaji).

Mais de um terço dos homens que participaram da pesquisa (36,8%) afirmou que já havia muita intolerância antes da arremetida do Hamas. Outros 47,2% disseram que havia pouca. Com isso, observou-se que 84% dos muçulmanos do gênero masculino já identificavam atitudes de intolerância em relação à sua comunidade, enquanto apenas 16% negaram a existência dessas manifestações. Quando indagados sobre o que viam após o ataque, 56% deles disseram ter aumentado muito a intolerância, contra 28% que identificaram um pequeno crescimento e 16% que acreditam que o evento não alterou nada.

As mulheres, por sua vez, parecem testemunhar mais fortemente a intolerância ou ter uma visão mais crítica sobre os casos que presenciam. No total, 45,1% delas apontaram que, antes do ataque de outubro, já havia muita intolerância. Ao mesmo tempo, 49,5% delas apontaram pouca intolerância, de modo que, somadas, as duas parcelas totalizam 94,6% de mulheres que já percebiam a intolerância em algum nível. Apenas 5,5% das respondentes disseram não verificar nenhum tipo de intolerância contra o grupo ao qual pertencem.

Conforme mencionam os pesquisadores, a segunda edição do relatório reforça a perspectiva de que as mulheres são as maiores vítimas da islamofobia no país, detalhada na primeira edição. No que diz respeito ao cenário pós-ataque do Hamas, o que se tem é uma parcela de 69,2% de mulheres que relata ter havido um aumento da intolerância contra muçulmanos e muçulmanas, outra de 23,1% que pensa ter havido um crescimento menor e uma terceira, de 7,7%, que não relaciona o acontecimento a uma oscilação.

Os pesquisadores perguntaram, ainda, aos participantes, o que pensam sobre a contribuição da imprensa quanto à islamofobia. Quase todas as mulheres (92,3%) entendem que a cobertura jornalística em torno do ataque de 7 de outubro colaborou muito para a intolerância de pessoas muçulmanas, ante 88% dos homens. Parcelas de 7,2% dos homens e de 5,5% das mulheres julgam que os veículos de comunicação influenciaram pouco no desenvolvimento ou piora da hostilização. A maioria dos entrevistados concluiu que as redes sociais passaram a multiplicar mais postagens que retratam os muçulmanos de forma negativa após a data.

Outra pergunta importante feita pelos autores da pesquisa buscou verificar, tanto em redes sociais como em matérias jornalísticas, conteúdos que ampliem a confusão entre a caracterização de muçulmanos, árabes e palestinos, o que configura uma forma de orientalismo. Os pesquisadores esclarecem que a maioria das pessoas pensa que os muçulmanos são predominantemente árabes. Majoritariamente, eles são asiáticos e africanos, sendo que o grupo dos árabes é apenas a terceira maior população muçulmana do mundo. Pelo questionário, observou-se que 85,6% dos homens entrevistados acham que as pessoas em geral não sabem fazer essa diferenciação corretamente, ante 88,5% das mulheres ouvidas pelos pesquisadores.

A antropóloga, pesquisadora e docente Francirosy Campos Barbosa, que coordena o Gracias e o trabalho de pesquisa que resulta nos relatórios de islamofobia, diz que a comunidade islâmica ainda não está coletivamente instrumentalizada para enfrentar agressões nas redes sociais. “E acaba que cada um se defende individualmente”, emenda ela, que leciona no campus da USP em Ribeirão Preto (SP) e já foi alvo desse tipo de violência, tanto no período que antecedeu o ataque de outubro como no que o sucedeu, recebendo até ameaças de morte, por defender a Palestina.

“Eu vi uma jornalista famosa associar os muçulmanos a camelos”, comenta. “Não acho que as pessoas tenham obrigação de saber o que é uma coisa e o que é outra. Mas, a partir do momento em que você está em um meio de comunicação e vai construir uma matéria, passar uma informação adiante, você tem uma responsabilidade social de fazer essa diferenciação.”

Após o ato de outubro, muitos muçulmanos adotaram estratégias para se proteger, por saberem de antemão que atribuiriam a autoria a qualquer um que seguisse o islã. Nisso, vários deles acabaram mudando a escolha de vestimentas.

Esse é um tópico especialmente sensível entre as mulheres que seguem a tradição islâmica, por conta dos véus que cobrem a cabeça. O uso do lenço islâmico é tido como uma forma de manifestar devoção a Deus e é uma escolha dentro da religião, o que significa que quem é forçada a retirá-lo por alguma razão pode se sentir constrangida e desrespeitada em sua fé. A pesquisa do Gracias apurou que o evento de outubro fez com que pelo menos 26,4% das entrevistadas alterassem algo em suas roupas, contra 17% dos homens.

Também muçulmana há anos, Francirosy afirma que o fato de as mulheres se sentirem forçadas a guardar o véu para tentar contornar as violências mostra que são “a ponta mais frágil” nesse contexto e, portanto, as miras favoritas dos autores das agressões. “No dia 8 de outubro, uma menina estava no aeroporto e foi xingada de filha do Hamas, em São Paulo. Então, muito rapidamente teve esse efeito. Eu entrei em um restaurante com uma amiga e tive que sentar de costas, porque uma mulher olhava para mim e me fuzilava com o olhar. Eu não ia me retirar do restaurante porque uma pessoa está olhando feio para mim. Então, sentei de costas”, relata a docente.

Em novembro, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) divulgaram um levantamento que indicou um aumento no número de denúncias de discriminação e violência contra judeus, o antissemitismo, desde o 7 de outubro. Contudo, a apuração não levou em conta a distinção entre antissemitismo e antissionismo, tratando as críticas ao Estado de Israel como se fossem casos de discriminação contra a comunidade judaica.

O Departamento de Segurança Comunitária Conib/Fisesp registrou 467 denúncias em outubro deste ano, contra 44 referentes a outubro de 2022. De janeiro a outubro de 2023, foram 876, enquanto no mesmo período de 2022 foram 375.

Comitê Paralímpico Brasileiro revela vencedores do Prêmio Paralímpicos

A mesatenista catarinense Bruna Alexandre e o nadador mineiro Gabriel Araújo foram escolhidos como os melhores atletas paralímpicos de 2023. O anúncio foi feito durante a 12ª edição do Prêmio Paralímpicos, cuja 2ª noite de premiações foi realizada na última quinta-feira (14) no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

🥁 MELHORES ATLETAS DO ANO 🥁

🏆 Bruna Alexandre, do tênis de mesa
🏆 Gabriel Araújo, da natação

Nossos grandes destaques de 2023, que levaram o Brasil ao lugar mais alto do pódio e orgulharam, mais uma vez, o nosso país. 💛💚#PrêmioParalímpicos #LoteriasCaixa pic.twitter.com/ccIzbxwlwD

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) December 15, 2023

“Gostaria de agradecer pela oportunidade de estar aqui com tantas autoridades e atletas. Agradeço à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa e ao CPB por todo o apoio que tenho na disputa do olímpico e do paralímpico. Em Cuba, conquistei a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris. Depois, recebi a convocação para os Jogos Pan-Americanos e não acreditei. Todo o esforço foi recompensado. Fui sonhando aos poucos e vi que poderia chegar cada vez mais longe. Consegui jogar na mesa de igual para igual com todo mundo e mostrar que a deficiência não é nada e tudo é possível. Espero que mais atletas se inspirem nisso e vejam que somos todos iguais e unidos”, declarou Bruna, que se tornou a primeira atleta paralímpica a competir nos Jogos Pan-Americanos em Santiago (Chile), competição na qual conquistou uma medalha de bronze na disputa por equipes ao lado de atletas convencionais.

Já Gabriel Araújo retornou do Parapan com cinco medalhas de ouro (50 metros livre, 50 metros costas, 100 metros livre, 100 metros costas, e 200 metros livre). Além disso, o nadador obteve mais três medalhas de ouro no Mundial de natação, em Manchester (Inglaterra) nos 50 metros costas, 100 metros costas e nos 200 metros livre: “Fico muito feliz por ter conquistado esse prêmio, um marco muito importante na minha carreira, principalmente neste ano de 2023, de resultados bons”.

Além destes prêmios foram feitas outas nove homenagens, entre eles o prêmio de Atleta da Galera, única categoria decidida por meio de votação popular. E a vencedora foi a halterofilista paulista Mariana D’Andrea, com 27% dos votos. Mariana, campeã Mundial em 2023, foi o primeiro ouro adulto do halterofilismo brasileiro: “Fiquei sem palavras. Obrigado a todos os que votaram. Eu só tenho a agradecer a vocês. Esse prêmio não é só meu, é de todos os que votaram em mim”.

É da galera e é do Brasil! 🇧🇷🏆

O Prêmio Atleta da Galera contou com a participação do nosso público que AMA ❤️ o esporte paralímpico brasileiro. UMA VOTAÇÃO COM RECORDE DE PARTICIPAÇÃO!

A vencedora foi a nossa querida Mariana D’Andrea! 🤩🥳 #PrêmioParalímpicos #LoteriasCaixa pic.twitter.com/GnwX1lfeqL

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) December 15, 2023

Na cerimônia também foi entregue uma premiação surpresa, a de melhor atleta do Parapan de Santiago, para o nadador Douglas Matera. O carioca, que nasceu com retinose pigmentar, uma mutação genética hereditária, que causa perda gradual de visão, conquistou oito medalhas de ouro em oito provas disputadas em Santiago: 50 metros livre, 100 metros livre, 400 metros livre, 100 metros borboleta, 100 metros costas, 200 metros medley e revezamentos 4×100 metros livre e misto 49 pontos.

Relação de premiados:

Prêmio Aldo Miccolis – Daniel Dias.
Personalidade Paralímpica – Marcos da Costa.
Prêmio Loterias Caixa (homenagem a clube de maior destaque) – Praia Clube.
Memória Paralímpica – Associação Desportiva para Deficientes (ADD).
Melhor Técnico Modalidade Individual – Valdecir Lopes.
Melhor Técnico Modalidade Coletiva – Paulo Alberto da Veiga Cabral.
Atleta Revelação – Samuel Oliveira Conceição.
Melhor atleta do Parapan – Douglas Matera.
Melhor atleta masculino – Gabriel Araújo.
Melhor atleta feminina – Bruna Alexandre.

Direitos humanos é para todos e deve proteger mais vulneráveis

“Direitos humanos para humanos direitos”. Esse é o pensamento de um terço da população brasileira que acredita que quem mais se beneficia dos direitos humanos são os bandidos. Cerca de 40% dizem que quem menos se beneficia é o pobre. Os números estão em pesquisa divulgada em 2022 pela ONU Mulheres. As garantias descritas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no entanto, buscam conferir dignidade a todos. A carta de princípios completou 75 anos no último dia 10 de dezembro. 

“Alguns dos discursos sobre os direitos humanos vêm de um desconhecimento sobre o que significam esses direitos e como eles estão presentes no dia a dia de todas as pessoas”, diz Moema Freire, coordenadora de Governança e Justiça do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ela acrescenta é que é preciso um olhar especial para grupos vulnerabilizados. “[Que foram] historicamente marginalizados, que têm ainda menos acesso às políticas públicas e precisam de mais proteção do Estado como provedor desses direitos”, defende.

Moema destaca que esses direitos dizem respeito a todos os indivíduos, independentemente da condição social e da localização geográfica. “Isso é muito importante ter em mente. Os direitos humanos protegem primeiro um conjunto de direitos dos indivíduos para que eles possam existir como pessoa, com dignidade básica, educação, saúde, mas também uma proteção do Estado”, explica a coordenadora.

Ela lembra que a declaração, por outro lado, impõe limites à atuação do Estado para que não haja violações da liberdade das pessoas. “Ao mesmo tempo, garante condição, por exemplo, para que as pessoas possam participar da vida pública, votar, participar nas definições com relação às políticas públicas e ter acesso aos bens culturais, à preservação do meio ambiente”, exemplifica.

Neidinha Bandeira, ativista da Associação de Defesa dos Direitos Humanos e da Natureza Canindé, reconhece na sua vivência a importância dessas garantias. “O direito humano para mim é o direito à vida e ao território. Isso significa que você tem que ter garantidas saúde, educação, moradia. Seu território protegido. Demarcação das terras indígenas e dos quilombos. Respeito à decisão das pessoas. Respeito à sua religiosidade, à sua espiritualidade. Direitos humanos é garantir às pessoas todos os aspectos da vida.”

A ativista Neidinha Bandeira fala sobre os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos – Foto TV Brasil

Visão distorcida

Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), acha que dois aspectos colaboram para essa visão distorcida sobre direitos humanos. Primeiro o que ele chama de patrimonialismo.

“É a ideia de que no Brasil as leis têm dono. As leis pertencem a algo, a alguém, algum sistema de interesse que é responsável por definir a sua aplicação ou não. O escopo de sua aplicação, os regimes de excepcionalidade e que, portanto, a lei, no sentido daquilo que governa o espaço público, é sempre interpretada como um privilégio”, argumenta.

O segundo aspecto é uma forte tradição autoritária. “A nossa incapacidade histórica de perceber transformações democráticas e regressões democráticas. Soluços democráticos. A gente teve períodos anteriores, desde a Proclamação da República até a abolição da escravatura, em que os ganhos democráticos são sentidos como benesses senhoriais: alguém que está concedendo, deixando, dando uma certa dignidade para o outro”, lembra.

Para o historiador Marcos Tolentino, a saída é a educação. “É importante a gente falar de direitos humanos na escola. Não só para evitar interpretações equivocadas sobre o que essa discussão significa, sobre o que está por trás desse direitos, mas também para a gente entender que nós todos somos beneficiados por termos o guarda-chuva dos direitos humanos reconhecido pelo Estado brasileiro, por termos leis que garantam os nossos direitos.”

Dino rebate críticas da oposição sobre atuação no 8 de janeiro

Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, um dos principais questionamentos contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi em relação à atuação no dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos poderes da República, em Brasília, pedindo um golpe militar no Brasil.

O ministro Flávio Dino rebateu as críticas dos senadores da oposição, em especial as acusações de omissão ou inação no dia 8 de janeiro.

O senador Espiridião Amim (PP-SC) acusou Dino de ter ignorado os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os riscos de invasão dos prédios públicos, em Brasília.

“Eu não recebi mensagem da Abin, eu já demonstrei isso reiteradamente. Naquela ocasião, estavam pessoas da equipe anterior, porque, em 3, 4 dias de governo, só estavam nomeados no ministério eu, o secretário-executivo e mais a chefe de gabinete. Três pessoas. Todos os outros estavam na tramitação burocrática e, portanto, não eram pessoas por mim indicadas. E eu não recebi tais mensagens”, rebateu.

O ministro da Justiça acrescentou que um mandado de segurança contra ele foi apresentado por parlamentares no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a liminar foi negada. “Além dos fatos que já elenquei, nós temos a confirmação judicial, com a negativa da liminar, de que eu não cometi nenhuma ilegalidade. Aqui tenho a decisão”, destacou.

Amim também provocou o ministro por ele não ter acionado a Força Nacional, que estava no estacionamento da pasta da Justiça no dia 8 de janeiro. Flávio Dino destacou que o policiamento da Esplanada dos Ministérios é de responsabilidade da Polícia Militar do Distrito Federal.

“Nenhuma força do Ministério da Justiça ou a mim subordinada estava naquele momento com esse dever legal. Eu, por cautela, convoquei a Força Nacional, coloquei-a à disposição do eminente governador [do DF, Ibaneis Rocha], nos termos do que o Supremo determinou, nos termos do que a lei determina. E eu tenho aqui o documento do então secretário de Segurança do Distrito Federal”, respondeu.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também cobrou o ministro sobre a atuação dele no dia 8 de janeiro. Marinho voltou a acusar o ministro de não compartilhar todas as imagens de segurança do prédio da Justiça, acusação comum à oposição ao governo. “Mais de 200 câmeras, apenas quatro foram apresentadas”, disse Marinho.

Dino voltou a afirmar que todas as imagens foram entregues à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou os atos do dia 8 de janeiro. “Eu não sei de onde surgiu essa ideia de que faltam imagens. Não, sobram imagens sobre o 8 de janeiro, inclusive as do Ministério da Justiça. Houve dois ou três ofícios encaminhando isso à CPI. Estão lá, 160 horas, mais ou menos, de filmagem”, explicou.

O ministro da Justiça lembrou ainda que o prédio da pasta que comanda não foi invadido e que as câmeras só funcionam com movimento e que as outras examinadas pela Polícia Federal foram consideradas desnecessárias porque eram de corredores vazios.

Fake news

O ministro Flávio Dino foi ainda provocado pelo senador da oposição Jorge Seif (PL-SC), que questionou o indicado ao Supremo se fake news é crime no Brasil. Fake News são notícias ou informações consideradas falsas ou fraudulentas.

Dino disse que, em tese, não existe crime de fake news na legislação penal, mas que a prática pode caracterizar crimes previstos no Código Penal. “Fake news pode ser ameaça, fake news pode ser calúnia, pode ser injúria, pode ser difamação, pode ser violação aos direitos políticos das mulheres, ou seja, pode ser associação criminosa. Então, eu poderia citar aqui ao senhor pelo menos os 20 tipos penais diferentes que estão ínsitos à prática das fake news”, concluiu.

Países desenvolvidos devem liderar fim dos combustíveis fósseis

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou, nesta quarta-feira (13), em Dubai, que os países desenvolvidos devem liderar a transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis. Após uma maratona de negociações, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28) aprovou um acordo histórico para promover a transição energética dos combustíveis fósseis para fontes alternativas. 

O texto final inclui uma série de ações que os países podem adotar para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.  

“Como disse o presidente Lula em discurso no início desta COP, não poderíamos sair daqui sem a firme decisão de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta, e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis”, disse Marina no encerramento da conferência. 

Segundo ela, a próxima tarefa é alinhar os meios de implementação necessários, assegurando uma transição justa. “Assim, é fundamental que os países desenvolvidos tomem a dianteira da transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis e assegurem os meios necessários para as nações em desenvolvimento poder implementar suas ações de mitigação e adaptação”, disse. 

Dióxido de carbono

Estudo da Oxfam revela que a parcela 1% mais rica da população mundial emite a mesma quantidade de dióxido de carbono, um dos principais gases do efeito estufa, que os 66% da população pobre global.   

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem cobrando que os países ricos cumpram os compromissos assumidos no âmbito internacional, como a doação de US$ 100 bilhões ao ano para que nações em desenvolvimento preservem suas florestas. Além disso, segundo ele, os quatro maiores fundos ambientais possuem um saldo de mais de US$ 10 bilhões, mas países em desenvolvimento não conseguem acessá-los por empecilhos “simplesmente burocráticos”. 

Para a ministra Marina Silva, os países devem estar comprometidos em alinhar suas metas para limitar o aumento da temperatura da Terra.

“Aprovamos aqui um acordo basilar, que dá concretude aos compromissos que assumimos no âmbito do Acordo de Paris. O compromisso que acabamos de assumir redireciona nossas ambições, mas também nossas responsabilidades. O nosso comprometimento em todas as suas dimensões: mitigação, adaptação e meios de implementação, alinhados a 1,5ºC são agora incontornáveis”, disse. 

Metas 

A COP 28 fez um balanço da implementação do Acordo de Paris – estabelecido na COP21, em 2015. Os países endossaram o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. 

Na COP 21, cada país signatário estabeleceu metas próprias de redução de emissão de gases de efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).

A NDC brasileira – atualizada em 2023 – estabelece que o Brasil deve reduzir as próprias emissões em 48% até 2025 e em 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.  

Além disso, em 2023, o Brasil reiterou compromisso de alcançar emissões líquidas neutras até 2050. Ou seja, tudo que o país ainda emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas, recuperação de biomas ou outras tecnologias.  

Após o balanço na COP 28, a principal expectativa da COP 29, que será no Azerbaijão, é definir novo patamar para financiar a ação climática e, depois disso, na COP 30, que ocorrerá no Brasil, o esperado é que os países apresentem suas novas NDCs. 

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores indicou que balanço apontou avanços na luta climática desde a adoção do Acordo de Paris. Porém, ainda há “lacunas significativas” de implementação de compromissos climáticos, principalmente por parte de países desenvolvidos, em termos de esforços passados de cortes de emissões e de obrigações financeiras junto a países em desenvolvimento.

CNJ aponta dificuldade de acesso de adolescentes internos a documentos

À frente da sala de aula, o professor e sociólogo brasiliense Emerson Franco, de 34 anos, mergulha na própria memória para ensinar. Adolescentes do sistema de ressocialização escutam a história do rapaz que, aos 15 anos (no ano de 2004), viu-se envolvido em furtos, foi apreendido e, depois de adulto, preso. Aos garotos, ele explica o que aprendeu e diz que é possível dar a volta por cima. Quem sabe se tornar um professor como ele. 

Em uma das aulas, Emerson fala sobre a necessidade de conhecer direitos elementares, como o de ter um documento. “Eu tinha meu RG [documento de identidade], certidão de nascimento, mas isso está longe de ser uma regra”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.  Inclusive, a dificuldade de adolescentes com documentação vai ao encontro de uma pesquisa divulgada nesta quarta (13) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), intitulada Diagnóstico da Emissão de Documentos Básicos no Sistema Socioeducativo: Atendimento Inicial em Meio Fechado

O levantamento inédito revela que seis unidades federativas (Goiás, Alagoas, Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal e Santa Catarina) têm projetos específicos para emissão de documentos para adolescentes envolvidos em atos infracionais. Não proporcionar programas nesse sentido pode gerar impacto direto nas vidas de adolescentes e jovens, mostra a pesquisa. Segundo o CNJ, cerca de 12 mil adolescentes cumprem medidas em meio fechado, e mais de 117 mil em meio aberto no Brasil. 

A pesquisa foi realizada entre outubro e dezembro de 2022 pelo programa Fazendo Justiça, coordenado pelo CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para transformar a privação de liberdade.

Direito básico

Conforme testemunha o professor Emerson Franco, que atualmente é palestrante voluntário no sistema socioeducativo, com o projeto Papo Franco (que ele realiza há sete anos), ainda há, de fato, dificuldades para que o adolescente no cumprimento da medida possa obter a primeira documentação. “Da delegacia para o sistema de internação, acontece de sumir documentação de adolescente ou mesmo de chegar sem nenhum tipo de documentação.”

Emerson entende, porém, que, conforme garantia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), há mais atenção. “A  documentação é um direito básico, inclusive de segurança, e para a pessoa reconquistar sua cidadania.”

Esse tema é abordado nas palestras do professor Emerson. “Eu sempre converso com os assistentes sociais e com os psicólogos para saber como está a documentação de cada adolescente. É básico para a pessoa receber algum tipo de benefício ou progressão.”

Isenções

O estudo do CNJ chama a atenção ainda para o fato de que o acesso à Central de Informações do Registro Civil (CRC), que é utilizada para localizar registros de nascimento, está disponível em somente em seis estados: Amazonas, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina. 

Para obter a documentação, a maior parte dos estados isenta grupos vulnerabilizados (como são os adolescentes em sistema de ressocialização) da taxa para a emissão da segunda via do RG. No entanto, não adotam essa política os estados do Acre, Ceará, de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Roraima, São Paulo e do Tocantins, segundo o levantamento.

Estratégias

Para o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ, Luís Lanfredi, viabilizar o acesso à documentação civil de adolescentes no âmbito do sistema socioeducativo é medida crucial para superação de estigmas e também para evitar métodos invasivos de identificação compulsória. “O CNJ entende que o direito à documentação é fundamental porque viabiliza diversos outros direitos para o pleno exercício da cidadania”, afirmou Lanfredi, em texto divulgado pelo conselho.  

Para o juiz Edinaldo César Santos Junior, também do CNJ, que atua na área socioeducativa, uma das principais recomendações do estudo é a realização de convênios e o estímulo a legislações que garantam a gratuidade da documentação para jovens e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. A gratuidade e a facilidade de acesso são estratégias indicadas no estudo.

“O relatório é um chamado à ação. Nós, como sociedade, temos a responsabilidade de agir com base nessas descobertas para garantir que cada adolescente e jovem tenha acesso irrestrito aos documentos que são fundamentais para o exercício pleno da cidadania”, ressaltou o juiz.

Entre as estratégias para enfrentar tal situação, destaca-se a necessidade de reforçar, na educação dos adolescentes, uma compreensão aprofundada do papel dos documentos e sua conexão com os direitos básicos. É preciso “entender a função de cada um dos documentos a ser emitido, a relação desses documentos com o exercício dos direitos civis, políticos, sociais e culturais, bem como o acesso permanente às informações e aos documentos emitidos”, diz o levantamento. 

Mobilizar os adolescentes para buscarem identificação e se sentirem como plenos em direitos de cidadania pode ser o primeiro passo para a mudança de rumo, enfatiza o professor Emerson Franco. As lembranças de garoto e de ex-detento não estão omitidas. “Busco conscientizar para que eles não façam as coisas erradas que eu fiz. Falar com eles é uma missão de vida para mim”, desabafa. Uma missão de um homem livre, com crachá de professor e identidade renovada.

Perfumes não podem faltar no estoque neste Dia dos Pais

Especialista em Marketing do EBC Atacado traz dicas para as lojas acertarem na escolha do mix de produtos para esta importante data do varejo nacional

Os dias que antecedem o Dia dos Pais movimentam as vendas do varejo brasileiro. De um lado, os lojistas preparam seus estoques com cuidado, a fim de alavancarem suas vendas. De outro, os consumidores, ávidos por agradarem seus papais, procuram presentes de que eles gostem muito. Este ano, segundo pesquisa da Score Retail, os perfumes ocupam a terceira posição entre os presentes mais procurados para a data. Eles respondem por 22% das intenções de compra, figurando após vestuário (47%) e calçados (29%).

“Apesar de os cosméticos e produtos para barba também fazerem muito sucesso, os perfumes são grandes estrelas da data. Requintados, eles transmitem emoções e trazem memórias e sentimentos à tona. Há estudos que mostram até que os aromas ajudam na saúde mental e na redução do estresse. Sobretudo, eles já fazem parte da rotina de autocuidados de muitos homens”, explica Lilian Lobo, coordenadora de Marketing do EBC Atacado.

A especialista selecionou 6 perfumes masculinos da Paris Elysees para abastecer o estoque:

Perfume Masculino Night Caviar

Fragrância que abre com um aroma eletrizante de toranja, abacaxi, pimenta e cominho, o perfume Night Caviar de Paris Elysees é complementado pelo coração refinado de lavanda, artemísia e anis. Por fim, uma nota intensa de almíscar, intensificada pelo ambrostar, cria um rastro profundo e envolvente.

Perfume Masculino Handsome 

O perfume masculino Handsome de Paris Elysees possui fragrância amadeirada, com notas de pinho, eucalipto, coriandro, lavanda, pimenta, artemísia, cedro, vetiver, patchouli, musgo de carvalho, couro e tabaco. Sua combinação mais densa, dá uma sensação confortável, sobre tudo em tempos mais frios.

Perfume Masculino Handsome Black

Inspirado na elegância e sofisticação do homem moderno, o Handsome Black traz acordes de topo frutados de manga, tangerina e limão siciliano e aldeídos, que dão um ar bem-humorado ao perfume. Já as notas de coração são âmbar, musgo, violeta e notas oceânicas, e as notas de fundo são cedro e cardamomo.

Perfume Masculino Vodka Diamonds

Com um aroma fresco com notas de limão e bergamota em sua abertura, o perfume Vodka Diamonds de Paris Elysees combina em sua fragrância notas de coração de flores de jasmim brancas e vetiver lenhoso, além de toques de baunilha e sândalo de fundo, proporcionando uma verdadeira sinfonia de aromas.

Perfume Masculino Max

O perfume Max tem uma composição que mescla bergamota, hortelã, lavanda, armoise, cardamomo, flor de laranja, canela, cominho, baunilha, tonga, cedro, sândalo, âmbar e musgo. É um perfume que quebra paradigmas, pois utiliza notas orientais que são incomuns na elaboração de perfumes masculinos.

Perfume Masculino Billion Casino Royal

Perfume clássico, o Billion Casino Royal reinventa o homem maduro e moderno, com sua fragrância amadeirada oriental de flores de laranja, bergamota, alecrim, noz-moscada, coentro, lavanda, feijão tonka e notas woody. Esse perfume foi inspirado na magia enigmática do cinema dos anos 40.

Sobre o EBC Atacado de Cosméticos – Fundado em 1997, o EBC é o atacadista de Beleza do Grupo Ikesaki, figurando entre as maiores do segmento de cosméticos da América Latina. Por meio da hiperloja de autosserviço na Vila Maria, na capital paulista, televendas e do pedido eletrônico, ele oferece um enorme mix de produtos, lançamentos e novidades do mercado de higiene e beleza, para pequenos varejistas, perfumarias e drogarias de todo Brasil. O EBC segue o modelo de varejo criado pela marca Ikesaki (criada por Hirofumi Ikesaki, em 1964, no bairro da Liberdade, em São Paulo), que tem por base o respeito a todos os seus públicos, fornecimento de conteúdo e serviços exclusivos e evolução contínua, valorizando as marcas e produtos dos seus fornecedores. Para saber mais, acesse https://vendas.ebccosmeticos.com.br/.

Colchão e qualidade do sono: qual a relação?  

Pesquisa aponta que 66% dos brasileiros dormem mal. Especialista afirma que qualidade do colchão pode ter relação com este achado

Pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology (“Epidemiologia do Sono”), em junho deste ano, aponta que cerca de 66% dos brasileiros dormem mal. Para definir qualidade do sono, o levantamento considerou a duração, regularidade e profundidade do sono, assim como o nível de satisfação pessoal. Ainda que exista uma série de questões que possam contribuir com estes achados, desde fatores físicos e psicológicos a financeiros e ambientais, há algo notório: a qualidade do colchão impacta na qualidade do sono.

 “Todos sabemos do impacto de uma noite mal dormida. As consequências são praticamente imediatas, tanto para o humor como para o foco e controle emocional; a sensação geral é de sonolência e cansaço”, afirma Rodrigo Rezende, Gerente Administrativo do Grupo Isorecort, fabricante de EPS para a indústria colchoeira.

Segundo ele, na hora de escolher o colchão que deverá contribuir para noites de sono tranquilo, nem todas as pessoas têm a cautela ou recursos necessários para fazer pesquisas e proceder à melhor compra.

“Trata-se de uma aquisição que impacta, positiva ou negativamente, a qualidade de vida, uma vez que a qualidade do sono é fundamental para a saúde. Por isso, as pessoas devem se certificar de que estão fazendo o melhor investimento, para não se arrependerem depois”, alerta. 

O papel do EPS nos colchões ortopédicos

Nem todas as pessoas têm conhecimento de que o uso do EPS (poliestireno expandido, popularmente conhecido como ‘isopor’) como matéria-prima no desenvolvimento dos colchões é uma inovação no mercado, por substituir o uso da espuma e parte da madeira estrutural, proporcionando conforto térmico e, muito importante, maior resistência às deformações. 

“O fato de um colchão contar com a tecnologia do EPS assegura que o problema da má-qualidade do sono não estará no colchão, desde que a densidade do item esteja adequada ao peso da pessoa e que o prazo de validade do item não tenha sido ultrapassado”, explica Rodrigo. “Quanto ao nível de maciez, trata-se de um gosto pessoal, em geral. Pela própria experiência, sabemos se dormimos melhor em uma peça mais firme ou mais macia”, pondera.

O EPS confere maior vida útil ao colchão. Por ser um material inerte, inodoro e atóxico, impede que fungos e bactérias se proliferem, como pode acontecer com o uso de madeiras ou aglomerados. Ele também não permite que os usuários desenvolvam alergia ao material.

Uso do EPS pela indústria colchoeira

Adotadas por diferentes indústrias, soluções em EPS como ISOComfort precisam atender às orientações da norma de EPS e recomendações do INMETRO. Além de ser uma opção sustentável, 100% reciclável e livre de CFC, o material é uma alternativa atraente para a indústria colchoeira, capaz de reduzir em até 18 kg o peso do colchão.

Segundo o especialista, as placas de EPS têm uso recomendável para colchões com no mínimo 9 kg/m³, denominado EPS 1FT. “Desta forma, é possível garantir que o EPS atenda a todos os benefícios previstos”, acrescenta.

Com peças recortadas em diferentes medidas e espessuras, de acordo com a necessidade do cliente, as placas em EPS para colchões podem ser encomendadas com a densidade que melhor atende aos projetos, substituindo até 30% o consumo da espuma. Outro detalhe é que o material garante uma economia de até 40% na matéria-prima quando comparado a outros suportes utilizados para colchões. Mais informações podem ser acessadas em https://www.isorecort.com.br/segmentos-de-atuacao/mobiliarios/isocomfort-placas-para-colchoes/.

Sobre o Grupo Isorecort – Um dos principais transformadores de EPS (isopor) do país. É líder de mercado no segmento da construção civil e no desenvolvimento de peças técnicas para aplicações industriais. Fundado há mais de 15 anos, está presente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, atendendo clientes em todo o Brasil. Com Sistema de Gestão da Qualidade certificado pela ABNT NBR ISO 9001, o Grupo integra diversas entidades que visam ao desenvolvimento sustentável do setor, como a Comissão Setorial do EPS da Associação Brasileira das Indústrias Químicas (Abiquim) e o Comitê de EPS do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), além de ser a única empresa do segmento a ser membro do GBC Brasil (Green Building Council – Brasil), organização que tem por objetivo fomentar o desenvolvimento da indústria da construção sustentável no país, atuando de forma consciente na preservação do planeta. A empresa também faz parte da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), que visa representar e estimular práticas sustentáveis no setor de colchoeiro.