Skip to content

3939 search results for "star"

Novo sistema FGTS Digital entra em vigor na sexta-feira

Após seis meses de testes, a versão digital do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS Digital) entrará em vigor na sexta-feira (1º). Totalmente eletrônica, a ferramenta substituirá o sistema Conectividade Social/Caixa, usado até agora pelas empresas para enviar informações do FGTS dos empregados.

O FGTS Digital usará o e-Social (banco eletrônico de dados dos empregados) como base de dados. Totalmente operado pela internet, o sistema terá várias opções para gerar guias e será responsável por todo o recolhimento mensal do FGTS e pelo pagamento de rescisões e multas rescisórias.

A nova plataforma permite que o empregador utilize o Pix (sistema de transferências instantâneas) para recolher o FGTS. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o FGTS Digital reduzirá a burocracia para os empregadores e melhorará a confiabilidade no sistema, ao agilizar a conversão dos depósitos no saldo individual da conta do trabalhador.

Segundo o Serpro, o novo sistema integrará os dados do e-Social, do Pix Caixa, do Portal Gov.br e outros sistemas. Ao todo, 4,5 milhões de empregadores vão usar a plataforma para gerir os dados de mais de 50 milhões de trabalhadores. Todos os meses, serão emitidas 7 milhões de guias para recolhimento do fundo.

A elaboração do FGTS Digital teve a participação dos seguintes órgãos: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Caixa Econômica Federal, Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

Outras novidades

Outras novidades do FGTS Digital são a rapidez do pagamento do FGTS em atraso, com a possibilidade de recolhimento de vários meses em uma única guia; o cálculo automático da multa do FGTS, com base no histórico de remunerações do e-Social; e a recomposição automática de salários de períodos anteriores e de pagamento da indenização compensatória.

Durante a apresentação do projeto, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou que a nova plataforma terá uma rubrica para que o trabalhador tome empréstimo consignado diretamente com os bancos, sem consulta ao empregador. O tomador utilizará a folha de pagamento como garantia.

Luiz Marinho participa da solenidade de lançamento do FGTS Digital – Valter Campanato/Agência Brasil

“Hoje o consignado poderia estar existindo se as empresas tivessem feito convênios com os bancos. As empresas não fizeram, então, nós, a partir da ferramenta do e-Social e do FGTS Digital, criamos uma rubrica para possibilitar que o trabalhador faça, possa tomar esse empréstimo, sem intermediação do empregador. Ele não vai mais precisar consultar o empregador”, disse o ministro.

Araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados traficados são repatriados

Resgatados de um veleiro, na cidade de Lomé, capital do Tongo, 12 araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados foram trazidos de volta ao Brasil por uma força-tarefa que mobilizou autoridades togolesas, a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério das Relações Exteriores. Os quatro homens de posse dos animais na embarcação que tinha como destino a cidade de Benim, foram presos.

De acordo com nota da Polícia Federal, um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês estavam a bordo da embarcação brasileira que transportava os animais. Eles foram abordados pelas autoridades locais no dia 12 de fevereiro, na costa africana, e presos em flagrante pela posse de espécies protegidas por estarem em perigo de extinção.

As duas espécies não podem ser comercializadas conforme previsto pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), da qual os dois países são signatários.

Os animais foram transportados para a Embaixada do Brasil em Lomé, onde receberam cuidados de veterinários do Ibama enviados à África com o objetivo de assegurar a sobrevivência dos exemplares. De acordo com os profissionais que trabalharam na reabilitação, os micos-leões estavam desnutridos, com sinais de intoxicação por óleo de motor e as araras aparentavam estresse.

Após o trabalho de recuperação, novos esforços com a participação dos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) trouxeram os animais ao Brasil no dia 24 de fevereiro.

As araras foram encaminhadas nesta terça-feira (27) para a Estação Quarentenária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Cananéia (SP), onde o Ibama avaliará a necessidade de marcação das aves com anilhas. Os micos cumprirão quarentena em um centro de recuperação de animais e deverão ser identificados por microchips.

O trabalho conjunto, que deu início às investigações sobre o tráfico de animais, recebeu o nome de Akpé, que significa “obrigado”, na língua Jeje falada no Tongo, em agradecimento aos esforços da polícia local.

PRF apreende fuzis e carregadores durante ação na BR-280 em SC

Dez fuzis e 20 carregadores foram apreendidos durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-280, no trecho próximo ao município de Mafra, em Santa Catarina, no fim da noite dessa segunda-feira (26).

Os policiais desconfiaram de um automóvel de placa do Paraná, que fez uma ultrapassagem em local proibido. Ao parar o veículo, eles sentiram um forte cheiro de combustível vindo do interior do carro. Os policiais notaram ainda sinais de nervosismo no motorista e na mulher que estava com ele. Os dois não sabiam responder perguntas simples sobre a viagem.

Os agentes observaram também que o automóvel tinha um acentuado desnível no teto e decidiram fazer uma revista no automóvel. Durante a busca, os policiais encontraram dentro do tanque de combustíveis e também em um compartimento no teto os fuzis calibre 556 desmontados e sem numeração, além de 20 carregadores do mesmo calibre.

De acordo com a PRF, o motorista, um paranaense de 37 anos, disse que receberia pagamento para transportar as armas de Foz do Iguaçu, no Paraná, até a cidade de Blumenau, em Santa Catarina.

Os policiais também constaram que ele tinha várias passagens pela polícia por receptação. O homem e a mulher foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Mafra, onde vão responder por porte ilegal de arma de uso restrito.

Embaixador pede à mídia brasileira que mostre verdade sobre Gaza

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, pediu nesta terça-feira (27) aos jornalistas brasileiros presentes na embaixada, em Brasília, que mostrem a verdade sobre o que acontece na Faixa de Gaza.

“Apelamos a vocês, amigos jornalistas, para que nos ajudem a mostrar a situação verdadeira, dramática e triste na Palestina à opinião pública brasileira. É um ato de solidariedade por vossa parte e um ato corajoso de profissionalismo”, afirmou o diplomata,

Alzeben convocou a imprensa para uma conversa sobre o conflito no Oriente Médio e em sinal de apoio à Palestina, compareceram ao encontro embaixadores no Brasil do Iraque, da Líbia, do Marrocos, do Líbano, da Síria e da Liga dos Estados Árabes, que representa os 22 países da região.

Após a coletiva com a imprensa, o embaixador palestino afirmou à Agência Brasil e à Rádio Nacional que a “grande mídia” brasileira ainda não mostra exatamente o que acontece em Gaza e argumentou que “cada palavra a mais sobre a verdade do que acontece em Gaza é uma bala a menos”.

Ibrahim argumentou que Gaza está ameaçada de extinção e que o “fantasma da morte” paira sobre o minúsculo pedaço de terra.

“Três quartos [de Gaza] estão destruídos. O último quarto que sobra está lotado com 1,6 milhão de cidadãos condenados a um destino desconhecido. O resto de seus habitantes são refugiados, expulsos ou possivelmente morrendo de fome. Os hospitais em Gaza não estão funcionando. As padarias não têm farinha, nenhum combustível”, relatou.

Para o diplomata, todos os atos praticados por Israel mostram que se trata de um genocídio. “Todos os elementos dos atos no terreno mostram a existência de genocídio, atos premeditados e praticados em série”, acrescentou Alzeben, que ainda elogiou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de denunciar as ações de Israel em Gaza.

Israel nega que esteja havendo genocídio em Gaza. Durante sessão sobre o tema na Corte Internacional de Justiça (CIJ) decorrente da denúncia da África do Sul, o governo de Tel Aviv afirmou que a acusação é uma distorção da situação em Gaza e que o país apenas estaria exercendo seu direito à autodefesa. 

Ibrahim Alzeben (e), durante coletiva de imprensa para falar do conflito com Israel  Antonio Cruz/Agência Brasil

Críticas à mídia

No último domingo, um ato convocado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) em frente à TV Globo, no Rio de Janeiro (RJ), acusou a emissora de não escutar os palestinos em suas reportagens, sendo recorrentes as reclamações da comunidade palestina no Brasil sobre a cobertura da mídia brasileira em relação ao conflito.  

A Rede Globo, que é a maior emissora do país, não respondeu a Agência Brasil, até o fechamento desta reportagem, para comentar as críticas à cobertura da guerra.

O embaixador palestino Ibrahim Alzeben ainda chamou a atenção para os assassinatos de jornalistas em Gaza. Desde o dia 7 de outubro, 96 profissionais de imprensa foram mortos, segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Dados do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, por sua vez, afirmam que o número de profissionais de mídia assassinados chegou a 126 nos quase 5 meses de guerra. 

“Muitas verdades foram soterradas com eles [jornalistas palestinos]. A imprensa está proibida de estar presente e de atuar para realizar seu trabalho na Faixa de Gaza e, em muitas partes, também da Cisjordânia e de Jerusalém. Em quatro meses foram assassinados mais jornalistas do que nos sete anos da 2ª Guerra Mundial. Na 2º Guerra Mundial foram assassinados 67 jornalistas”, destacou o embaixador.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o jornalista que perdeu família em Gaza, Wael Al-Doudouh, da TV Al-Jazeera, contou que o trabalho jornalístico em Gaza se tornou “quase impossível”, que os jornalistas viraram “alvo” no enclave e apelou para que os veículos de imprensa denunciem com mais firmeza o que ocorre na região.

Por outro lado, Israel tem afirmado que, em alguns casos, os jornalistas assassinados tinham relação com atividades terroristas. Porém, o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) rebate que “nenhuma prova credível jamais foi produzida” para sustentar essas acusações.

Esperança

Além de pedir ajudar à mídia brasileira, o embaixador Ibrahim Alzeben revelou que está com esperanças de que um cessar-fogo ponha fim às hostilidades nos próximos dias. Ele espera que um acordo impeça a invasão da cidade de Rafah, próximo à fronteira com Egito, que hoje abriga cerca de 1,6 milhão de palestinos refugiados.

Para Alzeben, a economia de Israel e dos países da região não aguentam mais a guerra. “Esta guerra desgastou toda a região e a economia de toda a região. Além das grandes quantidades de vítimas mortais, de destruição, a região não aguenta mais. Tanto palestinos como israelenses, nos custa aguentar”, afirmou o embaixador em entrevista

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Israel estaria pronto para um cessar-fogo que poderia ser assinado na próxima semana, embora ainda não haja confirmação de acordo por parte do Hamas. 

Pesquisa detecta transmissão vertical de zika e chikungunya

Um estudo de nove pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) detectou ovos do mosquito Aedes aegypti já com a presença dos vírus ZIKV, causador da zika, e do CHIKV, da chikungunya. O resultado demonstra a transmissão vertical do vírus, quando é passado de fêmeas adultas para larvas depositadas por elas. Posteriormente, os ovos eclodem e os novos mosquitos já nascem com o vírus recebido.

O estudo foi publicado em um artigo da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical LINK 1 com o título Detecção de arbovírus em Aedes aegypti por meio de análise transovariana: um estudo em Goiânia, Goiás.

O novo mecanismo de transmissão descoberto para essas duas doenças infecciosas é diferente do modo de transmissão mais conhecido, o horizontal. Nesse caso, o mosquito pica um ser humano ou animal infectado, suga e se contamina com esse sangue e, então, o inseto fica apto a contaminar outras pessoas com o chamado repasto sanguíneo do vírus, ou seja, nas picadas.

A conclusão da pesquisa é que a transmissão direta aos ovos de Aedes aegypti, classificada como transovariana, sem passar por um hospedeiro, serve de alerta às autoridades de saúde, pois, seu principal vetor urbano, o mosquito, provavelmente, adquiriu essa capacidade, destaca o estudo.

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do estudo, biólogo e doutorando na UFG, Diego Michel Fernandes da Silva, disse que a descoberta de que os mosquitos já estão nascendo infectados preocupa pelo fato de a transmissão vertical ser um mecanismo de adaptação que os insetos encontram para transmitir os vírus a seus descendentes, facilitando a dispersão deles para áreas urbanas.  

“É preocupante para a saúde pública porque descobrimos um novo mecanismo de transmissão. A gente sabia da transmissão horizontal. Agora, nesse meio, encontramos a transmissão vertical, com o depósito de seus ovos contendo o vírus e que transmite esse vírus de forma direta. [A fêmea] não precisa primeiro achar um hospedeiro, o que pode aumentar essa disseminação”, explica.

Método

Ovos e mosquitos adultos de Aedes aegypti foram capturados nas três grandes regiões da capital goiana  – noroeste, sudoeste e norte – por agentes da Vigilância Sanitária do Estado de Goiás, de janeiro a setembro de 2022.

Ilustração do artigo científico publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Após a captura, um total de 1.570 fêmeas adultas foram separadas e organizadas em grupos de dez insetos cada, contendo a cabeça e o tórax para análise, o que resultou na distribuição de 157 grupos para análise e investigação laboratorial. Os ovos dessas fêmeas foram cultivados em condições controladas de laboratório até o surgimento dos mosquitos adultos.

Desse total, dois grupos (20 amostras) com resultados positivos para o vírus CHIKV e um grupo (10 amostras) com resultados positivos para o ZIKV, indicaram que os descendentes estavam infectados e que esses mesmos descendentes podem transmitir o vírus após o nascimento.

Recomendação

Além do estudo alertar as autoridades de saúde para a possibilidade do aumento das transmissões dos dois vírus causadores da zika e do chikungunya, o biólogo da UFG Diego Michel Fernandes da Silva enfatiza que é preciso reforçar a vigilância epidemiológica local e procurar novos mecanismos de prevenção e eliminação do Aedes.

Coordenador da pesquisa Diego Michel Fernandes da Silva – Foto: Arquivo Pessoal

À população em geral, o biólogo insiste que todos devem estar atentos à eliminação de criadouros de ovos do mosquito Aedes aegypti, depositados em recipientes com água, preferencialmente limpa, parada e na sombra. Contudo, não basta secar os reservatórios de água parada para impedir a reprodução do inseto. O pesquisador reforça que é preciso, também, limpar o local, pois o ovo do Aedes pode sobreviver sem água por determinado período.

“O alerta é o mesmo de sempre. A população já está acostumada. É preciso eliminar esses ovos antes da eclosão. O melhor modo é não deixar a água parada. Mas o ovo em si, consegue durar cerca de 1 ano na natureza sem contato com a água, esperando o momento propício para ele se desenvolver”, disse.

O biólogo Diego Michel avalia que o estudo pode despertar a curiosidade de outros cientistas para desenvolverem também novos métodos de prevenção ao mosquito vetor de transmissão.

Pesquisa detecta vírus zika e chikungunya em ovos de mosquitos Aedes

Um estudo de nove pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) detectou ovos do mosquito Aedes aegypti com a presença dos vírus ZIKV, causador da zika, e do CHIKV, da chikungunya. O resultado demonstra a transmissão vertical do vírus, quando é passado de fêmeas adultas para larvas depositadas por elas. Posteriormente, os ovos eclodem e os novos mosquitos já nascem com o vírus recebido.

O estudo foi publicado em um artigo da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical com o título Detecção de arbovírus em Aedes aegypti por meio de análise transovariana: um estudo em Goiânia, Goiás.

O novo mecanismo de transmissão descoberto para essas duas doenças infecciosas é diferente do modo de transmissão mais conhecido, o horizontal. Nesse caso, o mosquito pica um ser humano ou animal infectado, suga e se contamina com esse sangue e, então, o inseto fica apto a contaminar outras pessoas com o chamado repasto sanguíneo do vírus, ou seja, nas picadas.

A conclusão da pesquisa é que a transmissão direta aos ovos de Aedes aegypti, classificada como transovariana, sem passar por um hospedeiro, serve de alerta às autoridades de saúde, pois, seu principal vetor urbano, o mosquito, provavelmente, adquiriu essa capacidade, destaca o estudo.

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do estudo, Diego Michel Fernandes da Silva, disse que a descoberta de que os mosquitos já estão nascendo infectados preocupa pelo fato de a transmissão vertical ser um mecanismo de adaptação que os insetos encontram para transmitir os vírus a seus descendentes, facilitando a dispersão deles para áreas urbanas.  

“É preocupante para a saúde pública porque descobrimos um novo mecanismo de transmissão. A gente sabia da transmissão horizontal. Agora, nesse meio, encontramos a transmissão vertical, com o depósito de seus ovos contendo o vírus e que transmite esse vírus de forma direta. [A fêmea] não precisa primeiro achar um hospedeiro, o que pode aumentar essa disseminação”, explica o biólogo e doutorando na UFG.

Método

Ovos e mosquitos adultos de Aedes aegypti foram capturados nas três grandes regiões da capital goiana  – noroeste, sudoeste e norte – por agentes da Vigilância Sanitária do Estado de Goiás, de janeiro a setembro de 2022.

Ilustração do artigo científico publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Após a captura, um total de 1.570 fêmeas adultas foram separadas e organizadas em grupos de dez insetos cada, contendo a cabeça e o tórax para análise, o que resultou na distribuição de 157 grupos para análise e investigação laboratorial. Os ovos dessas fêmeas foram cultivados em condições controladas de laboratório até o surgimento dos mosquitos adultos.

Desse total, dois grupos (20 amostras) com resultados positivos para o vírus CHIKV e um grupo (10 amostras) com resultados positivos para o ZIKV, indicaram que os descendentes estavam infectados e que esses mesmos descendentes podem transmitir o vírus após o nascimento.

Recomendação

Além do estudo alertar as autoridades de saúde para a possibilidade do aumento das transmissões dos dois vírus causadores da zika e do chikungunya, o biólogo da UFG Diego Michel Fernandes da Silva enfatiza que é preciso reforçar a vigilância epidemiológica local e procurar novos mecanismos de prevenção e eliminação do Aedes.

Coordenador da pesquisa Diego Michel Fernandes da Silva – Foto: Arquivo Pessoal

À população em geral, o biólogo insiste que todos devem estar atentos à eliminação de criadouros de ovos do mosquito Aedes aegypti, depositados em recipientes com água, preferencialmente limpa, parada e na sombra. Contudo, não basta secar os reservatórios de água parada para impedir a reprodução do inseto. O pesquisador reforça que é preciso, também, limpar o local, pois o ovo do Aedes pode sobreviver sem água por determinado período.

“O alerta é o mesmo de sempre. A população já está acostumada. É preciso eliminar esses ovos antes da eclosão. O melhor modo é não deixar a água parada. Mas o ovo em si, consegue durar cerca de 1 ano na natureza sem contato com a água, esperando o momento propício para ele se desenvolver”, disse.

O biólogo Diego Michel avalia que o estudo pode despertar a curiosidade de outros cientistas para desenvolverem também novos métodos de prevenção ao mosquito vetor de transmissão.

Sem Censura reestreia e fica entre assuntos mais comentados nas redes

O Sem Censura, programa histórico da televisão brasileira, voltou à grade da TV Brasil nessa segunda-feira (26). A apresentadora Cissa Guimarães recebeu convidados especiais na icônica bancada, em cenário repaginado. E o papo descontraído rendeu nas redes sociais – o programa ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no X (o antigo Twitter).

Participaram da edição a atriz e bailarina Cláudia Raia; o ator, roteirista e diretor teatral Miguel Falabella e a jornalista e apresentadora Luciana Barreto, nova âncora e editora-chefe do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil. O programa contou ainda com a participação do cantor Xande de Pilares. Completou o time o jornalista e influenciador digital Murilo Ribeiro, o Muka, que é um dos debatedores do programa. O tema da edição foi recomeços.  

“Hoje eu me senti parindo uma criança, realmente. Não só eu, eu pari junto com uma equipe esse projeto novo e foi lindo. A sensação que eu tive mais forte foi de alegria e bem-estar. As pessoas estavam curtindo estar ali e a conversa fluiu generosamente entre nós todos”, contou Cissa após a estreia.  

Cláudia contou como descobriu a gravidez do último filho Luca, aos 55 anos, e os detalhes do parto. Ela também falou sobre o seu novo musical sobre a vida e a obra de Tarsila do Amaral.  

Xande de Pilares falou da emoção de gravar um álbum cantando Caetano Veloso e de como aprendeu a tocar com um tio. Miguel Falabella lembrou grandes sucessos na TV e compartilhou como amparou a amiga Cissa Guimarães na ocasião da morte do filho dela, Rafael Mascarenhas, em 2010, após um atropelamento no Rio de Janeiro.  

Luciana Barreto, que acabou de retornar à TV Brasil, destacou a alegria de fazer parte da emissora pública e comentou sua pesquisa sobre racismo.  

“Eu me diverti, foram momentos de emoção. Teve choro, alegria, boas gargalhadas. É isso que a gente quer levar para o público”, disse a apresentadora.  

Sucesso nas redes

O Sem Censura foi o assunto mais comentado do X (antigo Twitter) na tarde dessa segunda-feira. Os termos “Cissa Guimarães” e “TV Brasil” também ficaram entre os dez temas mais falados na rede.

Bolsonaro volta a pedir afastamento de Moraes de inquérito sobre golpe

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que apura a existência de uma trama golpista durante seu governo.

Os advogados querem o impedimento de Moraes, entre outros argumentos por ele figurar, na ótica da defesa, como interessado no processo. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, negou na semana passada um primeiro pedido do tipo.

Barroso alegou que a defesa não obteve sucesso em fazer “clara demonstração de qualquer das causas justificadoras de impedimento”, que são previstas em lei. Em nova petição protocolada nesta segunda-feira (26), os sete advogados que representam Bolsonaro voltaram a insistir na tese inicial.

Para os advogados, na própria decisão em que autorizou a Operação Tempus Veritatis, que apura a trama golpista, Moraes escreveu “de maneira indubitável, uma narrativa que o coloca no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa”.

O argumento se baseia no fato de que as investigações da Polícia Federal apontam para a existência de uma minuta de decreto que previa um golpe de Estado com a prisão de Moraes. A defesa destacou que o relatório policial indica ter havido o monitoramento dos passos do ministro pelos investigados.

Por esse motivo, Moraes teria interesse pessoal no caso, e assim não poderia ser também relator, insistem os advogados. “Ora, inegável que a posição do Ministro Relator no papel de vítima implica automática e manifestamente seu interesse direto no feito”, diz a nova petição.

O recurso, um agravo regimental, deverá agora ser apreciado por Barroso, que pode rever sua posição ou remeter a argumentação da defesa para julgamento pelo plenário.

Segundo as investigações da Operação Tempus Veritatis, Bolsonaro e auxiliares diretos, incluindo militares do alto escalão do governo, planejaram um golpe de Estado que seria deflagrado após a derrota do ex-presidente na eleição de 2022.

Militar dono de arsenal em apartamento de Campinas é internado

Dono de um arsenal particular e pólvora armazenados dentro de seu apartamento na cidade de Campinas, interior paulista, o coronel reformado do Exército Virgílio Parra Dias, de 69 anos, foi internado na madrugada de hoje no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti.

Ele apresentava ferimento no pescoço. Registro da Polícia Civil campineira aponta ele foi encontrado caído em uma praça da cidade e socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O estado de saúde é estável.

Parra Dias é dono de um apartamento localizado no bairro Botafogo que foi destruído por incêndio no último sábado. O fogo foi provocado pela explosão de um artefato do arsenal, que continha 111 armas, munição, pólvora e granada.

O militar estava sendo procurado pela polícia desde o dia da explosão para prestar esclarecimentos. Durante o incêndio, moradores precisaram evacuar o edifício e 44 pessoas foram retiradas do prédio com ajuda dos Bombeiros, 34 receberam atendimento médico.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil investiga o caso por meio de inquérito policial instaurado pelo 1º Departamento de Polícia de Campinas. O Comando Militar do Sudeste abriu um processo administrativo para apurar irregularidades na situação cadastral do arsenal encontrado no apartamento de Parra Dias.

STJ convoca audiência pública sobre plantio de maconha para remédios

A ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), convocou audiência pública para discutir uma possível autorização para a utilização de partes da planta cannabis sativa, conhecida como maconha, para a produção de medicamentos no Brasil. 

A audiência foi marcada para 25 de abril, às 10h. Em março, o STJ suspendeu todas as ações individuais e coletivas em tramitação no país que tratam de pedidos de autorização para importar variedades de maconha para serem cultivadas por empresas e utilizadas na produção de medicamentos. 

O tribunal destacou o tema para ser discutido de forma mais ampla e deve dar uma resposta para ser usada como parâmetro, de forma uniforme, por todo o Judiciário. 

O ponto central do debate é saber se empresas podem importar e cultivar variedades de cannabis com baixo teor de THC, o princípio psicoativo da planta, que modifica o estado mental, e altos de CBD, substância com baixo potencial psicoativo, mas amplamente utilizada na produção de medicamentos. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autoriza a importação e o comércio de produtos feitos com o CBD, mas não permite a importação da planta in natura, tampouco o cultivo de maconha para fins comerciais. 

Diversas empresas entram na Justiça argumentando a aparente contradição da Anvisa, uma vez que a agência permite a comercialização de produtos, mas veda a importação da planta que origina a matéria-prima principal. Isso, em tese, estaria favorecendo o fabricante estrangeiro em detrimento de empresas nacionais do ramo, elevando o custo do produto brasileiro. 

A relatora no STJ disse se tratar de tema “extremamente controverso”, e que mesmo com eventual flexibilização para se permitir o plantio de espécimes com baixo THC e alto CBD exigiria uma série de providências judiciais e administrativas. 

A Secretaria Antidrogas do Ministério da Justiça, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis Sativa foram algumas das entidades notificadas pela ministra para que se manifestem sobre o assunto. 

Ao final, o STJ pretende decidir se o cultivo de maconha com baixo THC, e portanto, sem potencial para produção de droga ilícita, viola a Lei de Drogas e convenções internacionais sobre o assunto. 

A decisão somente será tomada após a audiência pública. Os interessados em participar do evento devem encaminhar requerimento até 11 de março para o e-mail stj.iac16@stj.jus.br, indicando o entendimento jurídico que pretendem defender, a justificativa para participar da audiência, o currículo do expositor e o material didático e os recursos de multimídia que pretendem utilizar.