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Brasil condena Israel por “sistemática violação aos direitos humanos”

O governo brasileiro voltou a condenar as ações de Israel na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira (27), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota criticando a “contínua ação das forças armadas israelenses contra áreas de concentração da população civil de Gaza”. No comunicado, o Itamaraty também condenou a retomada de lançamento de foguetes do Hamas contra o território israelense.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação e perplexidade, das notícias sobre ataques conduzidos por Israel, um dos quais contra campo de refugiados nas imediações da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza”, diz a nota.

Para o MRE, as ações militares de Israel nas regiões densamente povoadas de Gaza “constitui sistemática violação aos Direitos Humanos e ao Direito Humanitário Internacional, assim como flagrante desrespeito às medidas provisórias reafirmadas, há poucos dias, pela Corte Internacional de Justiça [CIJ]”. 

Na sexta-feira (24), a CIJ exigiu que Israel suspendesse os ataques em Rafah

A cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito, se transformou no principal refúgio da população civil de Gaza desde que começou a atual fase do conflito no Oriente Médio. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam vivendo no local, a maioria em tendas improvisadas.

Israel tem ampliado os ataques contra a cidade, provocando, ao menos, dezenas de mortes e a condenação internacional

O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, alegou que um desses ataques foi um “acidente terrível”. 

Segundo a agência de notícias Reuters, tanques israelenses teriam chegado ao centro de Rafah pela primeira vez nesta terça-feira (28).

O Itamaraty afirma que qualquer ação militar de Israel em Rafah terá efeitos devastadores, “conforme manifestações e apelos unânimes da comunidade internacional, e diante dos deslocamentos forçados por Israel, que concentraram centenas de milhares de refugiados, em condições de absoluta precariedade”.

O governo brasileiro afirmou ainda que “deplora também a retomada, pelo Hamas, de lançamentos de foguetes de Gaza contra o território israelense, ocorrida no final de semana”. Além disso, expressou solidariedade às vítimas em Rafah e condenou “toda e qualquer ação militar contra alvos civis”.

Por último, a nota do Itamaraty pede que a comunidade internacional exerça máxima pressão diplomática “a fim de alcançar o imediato cessar-fogo, a libertação dos reféns e o urgente provimento da assistência humanitária adequada à população de Gaza”.

PF investiga grupo que usava Correios para traficar animais

A Polícia Federal investiga grupo que usava os Correios para fazer tráfico ilegal de animais. Entre os répteis exóticos comercializados estavam alguns que, se fossem soltos, ameaçariam espécies nativas, podendo desencadear, inclusive, o surgimento de novas doenças no país.

Dois mandados de busca estão sendo cumpridos nesta terça-feira (28), por determinação da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, no município de Serrinha. Os animais apreendidos pela Operação Ojuara têm como destino o Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, para reabilitação visando sua devolução à natureza.

Segundo a PF, “alguns répteis exóticos comercializados pelos investigados, caso soltos, além de ameaçar espécies nativas da região, podem transmitir parasitas nocivos e desencadear o surgimento de novas doenças no país”.

Cobras

Entre os animais apreendidos, a Polícia Federal destaca cobras do gênero píton, naturais da Ásia. “Elas podem dizimar a fauna local, por viverem 30 anos, não terem predadores no Brasil e são capazes de reproduzir-se por si só”, detalhou.

“Registra-se que o tráfico de animais, silvestres ou exóticos, causa enorme prejuízo à fauna brasileira, criando graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção”, acrescentou nota da PF.

Ainda segundo a instituição, a investigação teve início com a apreensão de diversos répteis na Agência Central dos Correios na cidade de Simões Filho, na Bahia. Lá, foi detectada a presença de “objetos postais, identificados fraudulentamente, que continham carga viva”.

Ao longo das investigações, constatou-se a existência de uma “rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais da fauna silvestre e exótica”. Eles teriam comercializado por meio da internet e utilizavam os Correios para fazer a entrega.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais; introdução de espécime animal no país, sem autorização e receptação e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar a 12 anos de reclusão.

Menstruação segura ainda é desafio no Brasil, indica Unicef

Uma enquete do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), concluiu “que o direito de menstruar de maneira digna, segura e com acesso a itens de higiene ainda é um desafio para adolescentes e jovens, o que inclui meninas, mulheres, homens e meninos trans e pessoas não binárias que menstruam”.

A pesquisa feita pela plataforma U-Report, em parceria com a Viração Educomunicação, indicou que dos 2,2 mil participantes, 19% já enfrentaram a dificuldade de não possuir dinheiro para comprar absorventes e 37% já enfrentaram dificuldades de acesso a itens de higiene em escolas e outros locais públicos.

 No Dia Internacional da Dignidade Menstrual, celebrado nesta terça-feira (28), o Unicef mais uma vez alerta de que a pobreza menstrual ainda persiste no Brasil, uma vez que pessoas que menstruam têm necessidades de saúde e higiene menstrual negligenciadas devido ao acesso limitado à informação, educação, produtos, serviços, água, saneamento básico, bem como a variáveis de desigualdade racial, social e de renda.

A oficial de participação do Unicef no Brasil, Gabriela Monteiro, disse que a Unicef tem como um de seus compromissos garantir esses direitos, como “resposta à pobreza menstrual, que afeta negativamente parte das pessoas que menstruam no país e contribui para manter ciclos transgeracionais de iniquidades, principalmente a de gênero. Uma vez que crianças e adolescentes não têm seus direitos à água, saneamento e higiene garantidos, também são violados outros direitos, como o direito à escola de qualidade, moradia digna e saúde, incluindo menstrual, sexual e reprodutiva”.

O levantamento também mostrou que seis entre cada dez pessoas ouvidas disseram que já deixaram de ir à escola ou ao trabalho por causa da menstruação e 86% já abstiveram de fazer alguma atividade física pelo mesmo motivo. 

Além disso, a questão ainda se mantém envolta em tabus, escassez de dados e desinformação, pois 77% dos ouvidos já sentiram constrangimento em escolas ou lugares públicos por menstruarem, e quase a metade nunca teve aulas, palestras ou rodas de conversa sobre menstruação na escola.

“A falta de informação contribui para o estigma e gera situações de constrangimento. Precisamos desmistificar a menstruação e criar um ambiente acolhedor para pessoas que menstruam. Os dados da enquete reforçam a necessidade de fortalecer as práticas de educação menstrual, sobretudo nas escolas, e construir políticas que promovam a dignidade menstrual para combater desigualdades e empoderar esta e as futuras gerações”, avaliou Ramona Azevedo, analista de comunicação na Viração Educomunicação.

 O Unicef promove estratégias de garantia de acesso à água, saneamento e higiene, incluindo a instalação de estações de lavagens de mãos em escolas, apoio a adolescentes e jovens no desenvolvimento de competências para a vida, no empoderamento de meninas e na saúde menstrual, além da distribuição de kits de higiene, como forma de enfrentar os desafios impostos pela pobreza.

Sobre a enquete

O U-Report é um programa global do Unicef que promove a participação cidadã de adolescentes e jovens em mais de 90 países, implementado em parceria com a Viração Educomunicação no Brasil. Não são pesquisas com rigor metodológico, mas de consultas rápidas por meio de redes sociais entre pessoas, principalmente de 13 a 24 anos, cadastradas na plataforma. Esta enquete apresenta a opinião de 2,2 mil adolescentes e jovens e não pode ser generalizada para a população brasileira como um todo. Os resultados da enquete e informações sobre como participar da plataforma estão disponíveis em: https://brasil.ureport.in/opinion/3788/.

Unicef: Rio Grande do Sul

Devido às fortes chuvas e inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no início do mês, a pedido do governo federal, o Unicef vem realizando ações voltadas a assistência técnica a órgãos dos governos, a criação de espaços seguros para crianças e adolescentes em abrigos, em parceria com a sociedade civil, e a distribuição de kits de higiene.

Entre os kits a serem distribuídos há um voltado à dignidade menstrual, icom absorventes, coletores menstruais, calcinhas e itens de higiene pessoal, lanterna e apito de segurança, para apoiar pessoas que menstruam, no contexto da emergência. Os kits chegam ao Rio Grande do Sul na próxima semana, para serem entregues aos abrigos.

“Olhar para a pobreza menstrual sob a perspectiva de um fenômeno multidimensional e transdisciplinar é essencial. Por isso, em uma situação emergencial como essa, que tem exposto pessoas a diversas vulnerabilidades, não poderíamos deixar de agir em relação ao direito à dignidade menstrual. Esse é um direito básico que exige estratégias de enfrentamento específicas”, acrescenta Gabriela Monteiro, representante do Unicef no Brasil.

Grupos minoritários têm protagonismo no Presença Festival 2024

Começa nesta terça-feira (28) a terceira edição do Presença Festival 2024: Uma Celebração à Diversidade, Equidade e Inclusão na Cultura. O evento abre as comemorações do Mês do Orgulho LGBTQIA+, no Rio de Janeiro, com “uma programação diversa, plural, que coloca pessoas de identidades de grupos minorizados e minoritários em posições de destaque, de valorização, de protagonismo”. 

“O Presença mantém o formato dos últimos anos, só que, para esta edição, a gente aumentou a programação. A gente tem o crescimento do festival, tanto em quantidade de atrações, tanto em dias”, disse à Agência Brasil o idealizador, diretor artístico e curador do evento, José Menna Barreto.

As atividades deste ano 2024 envolvem música, dança, artes visuais, teatro, cinema e empreendedorismo. O Presença Festival abre no Teatro Cesgranrio, com a Mostra de Teatro, totalmente gratuita, que se estenderá até o domingo (2), com três espetáculos que abordam temáticas de diversidade, cada qual com seu recorte. 

Nos dias 28 e 29, com duas indicações ao 34º Prêmio Shell de Teatro, será apresentada, às 20h, a peça Angu, que aborda histórias vivenciadas por pessoas negras gays em meio à celebração da vida. Nos dias 30 e 31, às 20h, será a vez do espetáculo Meu Corpo Está Aqui, também indicada ao 34º Prêmio Shell de Teatro, que parte de experiências pessoais de atrizes e atores PCDs (pessoas com deficiência) para falar de suas descobertas afetivas e sexuais. Já nos dias 1º e 2 de junho, às 18h e 19h, respectivamente, o público poderá conferir a peça Dos Nossos para os Nossos, que resgata e valoriza a identidade da cultura preta brasileira e sua ancestralidade. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro uma hora antes do início de cada apresentação e estão sujeitos à lotação.

Mulheres pretas

3º Presença Festival. Foto: Presença Festival/Divulgação

Nos dias 7 e 8 de junho, o festival ocupa o Circo Voador com shows variados e com elenco formado 100% por mulheres pretas, que são da comunidade LGBTQIA+ ou são aliadas da causa. “Com isso, a gente faz um recorte das camadas da diversidade. Elas não são só mulheres. São mulheres, pretas, mulheres trans, e são da comunidade LGBTQIA+. Então, é o Presença demonstrando as camadas da diversidade e a importância de se considerar essas camadas para que elas tenham espaço”, comentou o curador.

A abertura dos shows, no dia 7, ficará a cargo das cantoras baianas Luedji Luna e Majur e a rapper N.I.N.A, além da DJ Laís Conti e o bloco carioca Bloconcé, que toca os sucessos de Beyoncé em ritmo de carnaval. Na noite do dia 8, é a vez de Preta Gil brilhar, estreando no festival, assim como Gaby Amarantos, vencedora do Grammy Latino 2023 na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa. A MC Soffia e a DJ Sô Lyma também se apresentam nesta noite. Para animar a plateia, o bloco O Baile Todo apresenta hits do funk carioca. 

Os shows têm ingressos a partir de R$ 60, que podem ser adquiridos no site da Eventim. Será cobrada meia entrada para estudantes e para quem doar um quilo de alimento não perecível. Haverá também passaporte especial com desconto para os dois dias de shows.

Ainda no Circo Voador, será exibida nos dias 7 e 8 de junho a exposição Ixé Maku – Eu Ancestral, da artista visual Auá Mendes, indígena do povo Mura. Nascida em Manaus, a artista exibe em seu trabalho temas da ancestralidade indígena, destacando questões de identidade e pertencimento.

Oficinas

Já no Centro de Movimento Deborah Colker Gávea, na zona sul da cidade, haverá uma série de atividades gratuitas no dia 9 de junho, encerrando o Presença Festival, com oficinas, exibição de curtas-metragens, exposição de artes visuais, feira de gastronomia, contações de histórias, workshops de dança, feira de moda, arte e design e apresentações musicais. 

“O dia 9 é todo focado em experiências do conhecimento e também de entretenimento, e a gente convida toda a sociedade do Rio de Janeiro para esse dia que também é gratuito”, destacou Menna Barreto.

Para o curador, o festival sempre foi diverso, mas este ano conseguiu dar “um belo salto, para poder abarcar, cada vez mais, essas identidades diversas que a gente tem na arte e na cultura”. 

A programação do Presença Festival pode ser conferida no site do evento.

Flamengo enfrenta Millonarios para decidir futuro na Libertadores

O Flamengo vive uma terça-feira (28) decisiva pela Copa Libertadores da América. A equipe brasileira enfrenta o Millonarios (Colômbia), no estádio do Maracanã, pela última rodada do Grupo E da competição continental. A Rádio Nacional transmite o duelo, ao vivo, a partir das 21h (horário de Brasília).

O Flamengo realizou nesta segunda (27), sua última atividade antes de enfrentar o Millonarios pela @Libertadores! 🔴⚫️ #VamosFlamengo #CRF

📸: Marcelo Cortes /CRF pic.twitter.com/Yu7ywiPekk

— Flamengo (@Flamengo) May 27, 2024

O Rubro-Negro, que ocupa o segundo lugar do Grupo E da competição continental com sete pontos conquistados, no momento ainda não está classificado às oitavas de final da competição e pode até terminar esta primeira fase como líder do grupo. Para isto precisa vencer o jogo desta quarta e torcer para que o Palestino (Chile) supere o líder Bolívar (Bolívia), em La Paz.

A expectativa é de que o Maracanã esteja lotado, com cerca de 60 mil torcedores, para a partida decisiva. “Sabemos da importância do jogo e só depende de nós para passar de fase. Contamos com o apoio do torcedor para nos empurrar e sair do estádio com a vitória e a classificação, tão importante para a sequência do ano”, declarou o volante Allan.

Sem poder contar com o zagueiro Léo Pereira, que está com uma lesão na coxa, o técnico Tite deve armar o Flamengo com: Rossi; Varela, Léo Ortiz, David Luiz e Ayrton Lucas; Allan (Erick Pulgar), De la Cruz, Arrascaeta e Gerson (Bruno Henrique); Cebolinha e Pedro.

Já o Millonarios chega à partida sem chance alguma de avançar para a próxima fase da Copa Libertadores. Porém, a expectativa é de que o técnico Alberto Gamero mande a campo o que tem de melhor. Um desfalque certo é o atacante colombiano Leonardo Castro, que está machucado. Quem deve aparecer na equipe titular é o zagueiro Llinás, após cumprir suspensão.

🔜 Próximo partido
🏆 Copa CONMEBOL Libertadores
⚽️ Grupo E Fecha 6
🆚 Flamengo 🇧🇷
📆 Martes 28 de mayo
⏱ 7:00pm (Hora Col)
🏟 Estadio Maracaná

¡VAMOS MILLONARIOS! Ⓜ️🔝 pic.twitter.com/d9pSsaf5d8

— Millonarios FC (@MillosFCoficial) May 27, 2024

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Flamengo e Millonarios com a narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão esportivo de Luiz Ferreira. Você acompanha o Show de Bola nacional aqui:

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 75 milhões

As seis dezenas do concurso 2.730 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 75 milhões.

Por se tratar de um concurso com final zero, o prêmio recebeu um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.

Caso apenas um ganhador leve o prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, receberá mais de R$ 422 mil de rendimento no primeiro mês.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Quina de São João

As apostas para a Quina de São João, com prêmio estimado em R$ 220 milhões, já estão sendo feitas, em volante específico, nas casas lotéricas de todo o país e pelo aplicativo Loterias Caixa e no portal Loterias Caixa. O sorteio do concurso 6.462, será realizado no dia 22 de junho.

Cada aposta simples custa R$ 2,50. Para jogar, basta marcar de cinco a 15 números dentre os 80 disponíveis no cartão. Quem quiser, também pode deixar para o sistema escolher os números, opção conhecida como Surpresinha. Ganham prêmios os acertadores de dois, três, quatro ou cinco números.

Assim como em todos os concursos especiais das Loterias Caixa, a Quina de São João não acumula. Se não houver ganhadores na faixa principal, com acerto de cinco números, o prêmio será dividido entre os acertadores da 2ª faixa (quatro números) e assim por diante, conforme as regras da modalidade.

Caso apenas um ganhador leve o prêmio da Quina de São João e aplique todo o valor na poupança, receberá mais de R$ 1,2 milhão de rendimento no primeiro mês.

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 8

A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (28) a parcela de maio do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 8.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 682,32. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,81 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,18 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos de idade e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos de idade.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Cadastro

Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 250 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 170 mil famílias foram incluídas no programa neste mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Regra de proteção

Cerca de 2,59 milhões de famílias estão na regra de proteção em maio. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 370,87.

Arte Agência Brasil

Auxílio Gás

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em junho.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

País poderá ter centros com uso de IA para eventos climáticos extremos

Qualquer cidade brasileira poderá implantar um centro de operações similar ao da cidade do Rio de Janeiro (COR Rio) que auxilie os gestores municipais a enfrentar eventos climáticos extremos e a reduzir os riscos para a população, com auxílio de inteligência artificial (IA).

Em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a prefeitura do Rio lançou nessa segunda-feira (27) a “Prática Recomendada ABNT PR 1021 – Centro de Operações de Cidade – Implementação”. O documento inédito funciona como uma espécie de manual, que ajuda a reduzir a complexidade da gestão municipal, ao mesmo tempo em que aumenta a eficiência e aprimora a tomada de decisões pelos órgãos públicos em cenários que possam causar riscos ou danos às regiões monitoradas.

O COR Rio foi inaugurado em 31 de dezembro de 2010 e passou por um processo de expansão no fim de 2022. “Foi um pensamento muito de vanguarda com relação à resiliência urbana e operação de cidade”, disse à Agência Brasil o chefe executivo do COR Rio, Marcus Belchior. Desde então, o centro conta com 500 profissionais atuando em três turnos, 24 horas por dia, sete dias por semana, que monitoram as imagens geradas por mais de 3.500 câmeras espalhadas pela cidade.

Os técnicos são apoiados pelo maior videowall (painel formado por várias telas dispostas juntas) da América Latina, com 104 metros quadrados (m²), composto por 125 telas de 55 polegadas, com abrangência significativa das áreas do município. Marcus Belchior destacou que o instrumento criado pela ABNT será um direcionador de políticas públicas de resiliência urbana para o Brasil.

Na prática, foram colocados todos os órgãos da prefeitura no centro de operações e, com o passar dos anos, foram incluídos vários outros atores, inclusive de fora da prefeitura, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Marinha do Brasil, concessionárias de serviços, modais de transporte. “Todo mundo está aqui dentro. E a gente fez um sistema de integração, ou seja, um sistema que é capaz de receber informação de todos esses órgãos”. Com as informações recebidas, o COR elabora mapas de calor de toda a cidade. No gerenciamento de risco de mapas de calor, foram construídos muitos protocolos operacionais baseados nos dados gerados pelo sistema.

Norma

A partir de toda essa análise da cidade, criaram-se planos de comunicação com o cidadão, operacional, de gerenciamento de risco e crise, de resposta à crise, entre outros. Em reunião com técnicos da ABNT, a direção do COR Rio chegou à conclusão de que essa metodologia deveria ser disseminada para todo o Brasil. Daí, surgiu a ideia de criar uma norma que sugere a todos os gestores brasileiros um formato de resiliência urbana.

Marcus Belchior informou que, em 2010, quando o centro de operações foi criado, a cidade tinha 60 câmeras. Hoje, são mais de 3.600 câmeras e, até o final do ano, a ideia é chegar a 10 mil câmeras. O Rio de Janeiro é a cidade do país com maior rede de pluviômetros (instrumentos que medem chuvas) no Brasil e único município que tem dois radares meteorológicos. Tem também sensores de rios, com a Fundação Rio Águas. Por isso, Belchior afirmou que quanto mais investimentos em sensores, mais dados são recebidos.

“O volume de dados que a gente recebe nos sistemas do COR não param de crescer. É um crescimento exponencial de dados”. Quando são incluídas as parcerias com a Nasa e empresas de tecnologia, como Waze, Google, Amazon, o volume de dados da cidade é imenso. “Chegamos a um volume tão grande que construímos um projeto de implantação de inteligência artificial (IA) na operação da cidade”, informou Belchior.

Capacidade computacional

Segundo ele, a IA consegue analisar os dados de todas as imagens no COR, em uma capacidade computacional superior à capacidade humana. “Isso é um exemplo de implantação de IA”. Outra utilização dessa nova tecnologia é que todas as informações de anos passados podem ser transformadas em dados com a IA e incluídas no banco da cidade. Significa aprimorar ainda mais o banco de dados do COR. “Com toda essa capacidade de colocar novas informações no sistema, a IA consegue analisar tudo isso e direcionar ações e protocolos”. Significa que, com maior capacidade de produção na cidade, há melhor qualidade de vida para a população, informação mais rápida e assertiva. “E posso até salvar vidas com uma análise cada vez mais rápida. E a gente tem a capacidade ainda de começar a enxergar o futuro com a IA; de começar a entrar na predição”.

Belchior explicou que o Rio de Janeiro é também o único município brasileiro que tem estágios de cidade. Essa formatação de estágio também é explicada pela norma da ABNT. “Porque o estágio é o ponto de partida para o acionamento de protocolos operacionais e para comunicações estratégicas com a população”. A ideia é que o cidadão, ao final do dia, saiba se comportar perante os cenários que forem apresentados. “Isso é uma política de segurança de cidade; é prevencionista. Os estágios acionam protocolos operacionais e de comunicação para o cidadão.

Os estágios são matrizes decisórias que avaliam clima, mobilidade, ocorrências de médio e alto impacto na cidade, eventos, zonas de calor, opinião popular. Para Belchior, existe uma formatação ideal e necessária para gerenciar uma cidade, com toda a dinâmica que as cidades, especialmente as grandes, desenvolvem no seu dia a dia. A IA ajuda muito nesses processos. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) autorizou o projeto macro da prefeitura carioca, de cujo valor total quase R$ 30 milhões serão aplicados no projeto de IA do centro de operações.

O COR Rio já tem procedimentos, métricas, indicadores e quando tudo isso for lançado dentro da capacidade computacional da IA, o volume de produção será muito maior. Assim que os recursos entrarem para o COR, o projeto será desenvolvido. O exemplo do COR RIO, com a utilização dessa nova tecnologia, poderá ser aplicado por cidades de todos os portes no país. “Dentro da norma construída com a ABNT, são feitas classificações de acordo com o tamanho dos municípios e tipo de operação. A gente está disseminando para o Brasil uma metodologia que vai ser muito orientadora para os gestores públicos brasileiros”, acrescentou Marcus Belchior.

Soluções

Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o centro de operações é um equipamento de resiliência urbana estruturado com o objetivo de antecipar soluções e minimizar ocorrências de grande impacto na cidade, como chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito com reflexos na mobilidade urbana. “A gente busca, com o centro, evitar que os impactos na vida da população sejam tão grandes, que as pessoas sejam surpreendidas por esses fenômenos e, principalmente, que morra alguém por causa desses eventos extremos. Se eu pudesse definir, o grande mérito do COR é esse: salvar vidas. É inaceitável que alguém morra em uma enchente quando você tem serviços de meteorologia eficientes”.

Segundo o presidente da ABNT, Mario William Esper, o documento é um guia de implementação do sistema pioneiro no Rio de Janeiro para qualquer tamanho de cidade. “A ABNT está à disposição para aprimorar e elaborar outras normas que forem necessárias para ser exemplo do Brasil”. Esper adiantou que a ABNT vai propor ao Sistema Internacional de Normalização a padronização dessa norma como referência internacional.

Investimentos

Durante o evento, realizado no COR Rio, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou a liberação de R$ 117 milhões para a capital fluminense utilizar em ações de resposta a desastres, governo digital e gestão urbana inteligente com uso de inteligência artificial. Os recursos liberados pelo banco fazem parte do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT), que visa a apoiar projetos de investimentos voltados à melhoria da eficiência, qualidade e transparência da gestão pública, com foco na modernização da administração tributária e qualificação do gasto público nos municípios.

Do total destinado ao município do Rio, R$ 24 milhões se destinarão ao COR para investir em processos de IA. Outra parte dos recursos (R$ 5 milhões) irá para uma rede de sinais de trânsito inteligentes. A ideia de Mercadante é levar a experiência do COR Rio para outras grandes cidades do Brasil, transformando-a em projetos que o BNDES possa financiar. 

Netanyahu: Ataque aéreo israelense em Rafah foi um ‘erro trágico’

28 de maio de 2024

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na segunda-feira que foi um “erro trágico” que um ataque contra militantes do Hamas na cidade de Rafah, no sul de Gaza, tenha matado 45 palestinos abrigados em um campo de refugiados e ferido outros 200.

“Apesar dos nossos melhores esforços para não prejudicar aqueles que não estão envolvidos, infelizmente um erro trágico aconteceu ontem à noite. Estamos investigando o caso”, disse Netanyahu ao parlamento israelense. Dois militantes importantes do Hamas foram mortos no ataque.

Volker Turk, o alto comissário da ONU para os direitos humanos, lamentou o incidente, dizendo num comunicado: “As imagens do campo são horríveis e não apontam para nenhuma mudança aparente nos métodos e meios de guerra utilizados por Israel que já levaram a tal muitas mortes de civis.”

Mesmo ao referir a anunciada investigação militar israelita, Turk disse que era “chocantemente claro” que a decisão de atacar uma área “densamente repleta de civis” resultaria no “resultado totalmente previsível” da morte de mais civis palestinianos.

Ele apelou a Israel para cumprir a ordem do Tribunal Internacional de Justiça da semana passada para parar a sua ofensiva em Rafah. Turk também instou os grupos armados palestinos a pararem de disparar foguetes indiscriminadamente contra Israel “em clara violação do direito humanitário internacional” e a libertarem “de uma vez” todos os cerca de 100 reféns restantes que o Hamas mantém em Gaza.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também chamou os ataques de “horríveis” e instou Israel a parar a sua ofensiva em Rafah.

“É horrível ver civis palestinos inocentes mortos no recente ataque. Não existe zona segura para os deslocados internos em Rafah”, disse Michel na plataforma de mídia social X.

Em Washington, o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse que “as imagens devastadoras do ataque… são desoladoras. Israel tem o direito de perseguir o Hamas, e entendemos que este ataque matou dois importantes terroristas do Hamas responsáveis ​​por ataques contra civis israelenses. Mas como já deixamos claro, Israel deve tomar todas as precauções possíveis para proteger os civis.”

A agência da ONU para os refugiados palestinianos descreveu a situação em Gaza como “um inferno na terra”.

“As informações provenientes de Rafah sobre novos ataques a famílias que procuram abrigo são horríveis”, afirmou a UNRWA.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que o ataque provocou incêndios em tendas numa área que abriga pessoas deslocadas. Os militares israelitas descreveram o seu ataque como um ataque aéreo preciso que matou Yassin Rabia, o chefe do Estado-Maior do Hamas na Cisjordânia.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar disse na segunda-feira que o ataque poderia complicar os esforços para mediar um cessar-fogo e o retorno dos reféns detidos em Gaza.

O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou a um cessar-fogo imediato e ao “pleno respeito pelo direito internacional”.

“Indignado com os ataques israelenses que mataram muitas pessoas deslocadas em Rafah”, disse Macron nas redes sociais. “Essas operações devem parar. Não há áreas seguras em Rafah para civis palestinos.”

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, citou o ataque e disse que a comunidade internacional enfrenta o dilema de como pode “forçar a implementação” da ordem do Tribunal Internacional de Justiça da semana passada.

O tribunal é um ramo das Nações Unidas, mas não tem nenhum mecanismo para fazer cumprir as suas ordens sem o voto do Conselho de Segurança da ONU, onde os EUA têm poder de veto.

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Chambriard: exploração de petróleo não tem relação com tragédia no RS

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, refutou nesta segunda-feira (27) uma associação entre a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul e a exploração de petróleo do pré-sal. Em coletiva de imprensa, ela foi questionada sobre estudos que relacionam o crescente consumo de combustíveis fósseis às mudanças climáticas.

“O Rio Grande do Sul teve uma enchente em 1941 gigantesca do porte ou maior do que essa. E a gente nem tinha petróleo no Brasil naquela época. Então, a gente tem que endereçar as questões. Lamentavelmente aconteceu um desastre como esse. É um desastre imenso, mas não é o pré-sal que tem culpa disso. Não vou botar esse desastre na conta do pré-sal que seria bastante injusto. Eu acho que o pré-sal está trazendo grandes benefícios para a sociedade, benefícios incalculáveis para o Brasil”, afirmou.

As chuvas no Rio Grande do Sul já causaram mais de 160 mortes. As enchentes deixaram diversas cidades submersas e mais de 600 mil pessoas precisaram deixar suas casas. Magda manifestou solidariedade com o povo gaúcho. “É uma tragédia, ter um estado debaixo d’água é uma coisa impensável”, lamentou. Ela também fez menção a uma experiência pessoal em sua residência, na zona sul do Rio de Janeiro.

“Você tem causas e causas. Muita coisa é colocada nessa mesa, não estando diretamente ligada a ela. Por exemplo, na minha casa no Jardim Botânico, pertinho da Lagoa, em um belo dia em que choveu muito, entrou água na garagem. Entrou muito mesmo. Tinha um metro e meio de água na garagem que fica no subsolo. Não havia bomba que desse jeito. Mas o local onde fica a minha casa ficava dentro da Lagoa. Aterraram a Lagoa. Com petróleo ou sem petróleo, uma hora a gente ia lidar com isso porque estamos agredindo o meio ambiente”, afirmou.

Magda defendeu que a Petrobras é uma empresa historicamente preocupada com a pauta ambiental e com o desenvolvimento de uma matriz energética renovável. Ela citou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), criado na década de 1970, mesmo diante de fortes críticas. Mencionou também o compromisso da empresa de zerar suas emissões de gases de efeito estufa até 2050 e os investimentos em biorrefino, derivados de petróleo verdes, em esforços na direção do hidrogênio e em projetos de captura de gás carbônico.