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Escolas foram usadas para difundir ideologias durante ditadura militar

 

Edson Luís, Ismael Silva de Jesus, Nilda Carvalho Cunha, Helenira Resende, Honestino Guimarães, Ana Kucinski, Vladimir Herzog. Esses são apenas alguns dos estudantes e professores que foram perseguidos e assassinados pela ditadura militar no Brasil, que teve, na educação, um dos principais braços da repressão. Nesse período, entre 1964 e 1985, disciplinas obrigatórias foram criadas com o objetivo de difundir a ideologia do regime e houve uma precarização do ensino e das escolas, com desvalorização salarial dos professores e falta de infraestrutura, além de censura e perseguições a professores e estudantes. O cenário é descrito por especialistas e pesquisadores entrevistados pela Agência Brasil.

Segundo o professor de história da educação básica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Victor Oliveira, durante a ditadura, as escolas foram alvo de mudanças substanciais. 

Professor de história da educação básica da UFMG João Victor Oliveira, – Arquivo pessoal

“Isso porque os ditadores vão entender que esse espaço é um lugar não só de uma formação de mão de obra para o mercado de trabalho – uma mão de obra barata. A gente costuma analisar esses currículos como currículos muito tecnicistas, excludentes, voltados a um capitalismo em ascensão, que os militares vão ser responsáveis por colocar em marcha -, mas também como lugar para difusão de ideologias, sobre o bastião da ideia de ordem e de obediência”, diz o professor que leciona, em Belo Horizonte, na escola estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Entre as mudanças que ocorreram na educação no período da ditadura estão a inclusão nos currículos das disciplinas Educação Moral e Cívica, no primeiro grau, atual ensino fundamental, Organização Social e Política do Brasil, a chamada OSPB, no segundo grau, atual ensino médio, e Estudos de Problemas Brasileiros, no ensino superior. 

“Eram três disciplinas nas quais se queria sintetizar a educação autoritária, a educação moral, a educação cívica, nesse viés autoritário da escola primária à universidade”, diz o professor da Faculdade de Educação da UFMG Luciano Mendes.

Nessas disciplinas, o conteúdo tinha por objetivo exaltar os portugueses e a escravidão, desconsiderando um processo de colonização que massacrou indígenas e o caráter criminoso da escravidão no Brasil, cujas consequências seguem até os dias atuais. “Por exemplo, para o currículo de história nessas disciplinas, a perspectiva que se tem é de apresentar o protagonismo dos portugueses, de apresentar o processo colonial como um projeto de sucesso, de entender a escravidão sob a ótica econômica e não sob a ótica da desumanização de determinados grupos sociais que foram compulsoriamente escravizados”, explica.

Também havia, de acordo com Mendes, a exclusão de disciplinas consideradas subversivas, como sociologia e filosofia. “Outras tiveram os conteúdos mudados. Foi reforçada a ideia da educação cívica, uma disciplina que foi muito reforçada pelos militares, porque eles compreendiam que as formações cívica e física eram intrínsecas”, diz. 

A educação física, com o objetivo de educar e organizar os corpos, além de organizar celebrações e desfiles referentes à ditadura, foi, segundo Mendes, incentivada.

Os dois especialistas ressaltam que, nesse período, havia também resistência e que muitos docentes utilizaram as disciplinas obrigatórias para sanar as lacunas deixadas pela exclusão de história, filosofia e promover uma educação crítica dentro das salas de aula.

Educação era melhor?

Ainda nos dias de hoje existe uma crença de que as escolas, durante a ditadura, eram melhores, e que de lá para cá o ensino apenas piorou. Dados mostram que isso não é verdade. 

Professora de História da América da Universidade Federal Fluminense (UFF) Samantha Quadrat – Arquivo pessoal

“É uma lenda urbana, não era melhor, porque você não tinha o caráter da educação que é levar aquele estudante a uma reflexão, a uma construção do conhecimento. Você tinha uma universidade excludente, você tinha uma educação também excludente e com conceitos muito tradicionais”, diz a professora de História da América da Universidade Federal Fluminense (UFF) Samantha Quadrat, que é pesquisadora do Laboratório de História Oral e Imagem (Labhoi) e que administra o projeto Lugares de Memória. “Viver uma ditadura não é algo bom, não tem nada de positivo numa ditadura, seja ela qual for”, ressalta a professora.

Samantha destaca que é importante considerar os movimentos educacionais que precederam a ditadura. Antes do golpe militar de 1964, o Brasil era presidido por João Goulart e a educação passava por um momento de reformulação, com mais espaço para a educação popular. “É uma ditadura que interrompe projetos importantes para a educação do Brasil”, diz Samantha, lembrando que a educação, à época, era voltada para as elites. As camadas populares não concluíam os estudos ou sequer tinham acesso à escola.

O professor de história da educação básica da UFMG João Victor Oliveira complementa afirmando que a escola era vista como melhor no passado porque era profundamente elitizada. “Estamos falando de quadros que frequentavam a sala de aula, muito mais restritivos e muito menos populares. Então, nesse ponto de vista, uma escola para poucos, evidentemente, é muito mais fácil de organizar. E quanto mais essa classe trabalhadora vai adentrando o espaço da escola, embora a política da ditadura tenha ampliado as vagas, ela não garantiu nenhum tipo de estrutura que desse conta dessa ampliação. Essa piora dos quadros da escola pública, como é lido, está muito associada a essa ideia preconceituosa, excludente, antirrepublicana e antidemocrática de que foram as classes populares que estragaram a escola pública.”

Até 1971, a escola era dividida em educação primária (composta de quatro anos), seguida de um exame de admissão e uma etapa secundária (composta de sete anos: quatro de ginásio e três de colégio). Esse sistema foi reformado pelos militares que criaram o primeiro grau, de oito anos, e o segundo grau, de três, com a Lei 5692/1971. Eles acabaram também com o exame de admissão, para não limitar o acesso às fases seguintes. Para atender a interesses capitalistas de formação de mão de obra, era importante, segundo os pesquisadores, incluir as camadas populares na educação formal. 

Pesquisas mostram, no entanto, que essa inclusão não alterou as repetências nem as taxas de conclusão do ensino. Dados citados no livro O ponto a que chegamos, do jornalista Antônio Gois, mostram que os brasileiros estudavam em média 2,6 anos em 1965 e, em 1985, essa taxa sobre para 3,5 anos de estudo entre a população de 25 anos ou mais. Números inferiores a outros países como Coreia, com 7,8 anos de estudo em 1985; Chile, com 6 anos e México, com 4,1.

A expansão da educação proposta pelos militares não veio acompanhada de mais recursos, o que levou a uma precarização do ensino. Segundo o portal Memórias da Ditadura, criado pelo Instituto Vladimir Herzog, em 1982, quase no final da ditadura, o Brasil aparecia como o país da América Latina com menor percentual de gasto público na educação, com um investimento de apenas 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Banco Mundial. O Haiti aparecia como penúltimo colocado da lista, logo acima do Brasil, com um investimento de 11,3%.  

Mais tarde,  em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), vigente até hoje, o primeiro e segundo grau se transformam nos atuais ensinos fundamental e médio.

Heranças da ditadura na educação

Professor da Faculdade de Educação da UFMG Luciano Mendes – Arquivo pessoal

Para Mendes, a ditadura ajudou a consolidar uma escola desinteressante aos estudantes e que não incentiva a participação. “Ela não é escola gostosa, não é uma escola alegre, porque a gente baniu dessa escola muito aquilo que faria a escola também diferente, as artes, a brincadeira, tudo isso, porque é uma escola cada vez mais militarizada. Ter uma escola em que impera o silêncio, em que a discussão, em que o debate não subsiste, não pode estar presente, essas também são heranças fortes da ditadura. Uma escola que tem dificuldade de pulsar no mesmo ritmo dos movimentos sociais, uma escola que, digamos, muitas vezes, se esconde atrás dos muros”, diz.

Outra herança, de acordo com o especialista, é a precarização do ensino e, sobretudo, a precarização do trabalho dos professores.

“Essa é uma característica acentuada pela ditadura, expandida pela ditadura e da qual a gente não se recuperou. O Brasil paga os piores salários dos professores da educação básica, [está entre os] os piores salários do mundo. A carga horária de trabalho dos professores é muito alta. O número de alunos e alunas que as professoras brasileiras têm que lidar cotidianamente é acima da média mundial. Tudo isso torna a vida de professores e professoras muito estafante, e não é por acaso que é uma das profissões onde mais se adoece.”

Já de acordo com Samantha, da UFF, uma das heranças é a tecnicidade do ensino, a busca pela formação de mão de obra barata sem preocupação de estimular a capacidade crítica dos estudantes, para que possam ter autonomia na sociedade. Agora, na avaliação dela, a história se repete com a reforma do ensino médio que  oferece, sobretudo nas escolas públicas, um currículo e um ensino técnico de baixa qualidade. A reforma está sendo discutida no Brasil. Professores e estudantes relataram que, enquanto em escolas particulares estudantes tinham acesso a laboratórios e a um ensino com mais estrutura, em algumas escolas públicas ensinava-se a fazer brigadeiro, como cuidar de pets e como fazer sabonete.

“Através dos cursos técnicos a ideia é de que a universidade não era para todos. Para o estudante da escola pública nem era dado o direito de sonhar com a universidade”, diz a professora. 

Na avaliação de Samantha, o chamado Novo Ensino Médio mantém o ensino para poucos. “É uma reforma excludente, é uma reforma autoritária, é uma reforma que pouco se preocupa com aquele estudante da escola pública, ao contrário, a ideia de que vai ser um estudante trabalhador, ou seja, você ceifa sonhos, você ceifa perspectivas de futuro, você não oferece coisas que você deveria oferecer a todo jovem brasileiro, independentemente da idade, se ele é periférico ou não, se ele é negro, se ele é branco, então você pensa uma outra educação”. 

Outra herança apontada pela especialista é a ascensão de grupos particulares na educação brasileira. Até então, a educação pública era considerada de excelência. Com a falta de investimento na ditadura e a deterioração da escola pública, a escola particular passa a ser enaltecida. Grupos particulares e fundações passam também a atuar  e influenciar a educação, chegando até mesmo a disputar o orçamento público, de acordo com a pesquisadora.  “O que a gente vê hoje é uma disputa por essa educação, o seu orçamento gigante e eu acho que o grande entrave dessa ditadura foi a ascensão dos grupos privados, tanto nas universidades como nas escolas”, diz.

Ditadura na sala de aula

Para que a história não se repita e para que as novas gerações tenham acesso ao que foi de fato a ditadura, o professor de história da UFMG defende que o tema seja trabalhado nas salas de aula. Apesar de já estar previsto no currículo, na prática, esse ensino encontra algumas barreiras. “O que eu tenho observado, seja na minha atuação como professor, seja no meu trabalho como pesquisador, é que, ainda mais num contexto pós-pandêmico, há uma urgência muito grande no espaço escolar, que é a formação para sensibilidades”, diz o professor.

“A cena de tortura parece não comover tanto os estudantes como comovia anos atrás. Os episódios de perseguição, morte, assassinato, parecem não produzir uma consternação desses estudantes, como isso acontecia há alguns anos. De certa forma, o que nós precisamos, tanto quanto ensinar sobre o aparelho repressivo da ditadura, é formar igualmente as sensibilidades dessas juventudes, dessas crianças, que nem sempre têm a oportunidade de estudar esse tema na escola. Em geral, esse é um assunto vinculado ao terceiro ano do ensino médio ou ao nono ano do ensino fundamental. E esse currículo que nós chamamos de história do tempo presente quase não tem tempo de ser trabalhado pelo excesso e pelas prescrições curriculares, especialmente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) colocada em vigor recentemente”.

Segundo o professor, a internet facilitou o acesso a documentos, mas é importante que o tema seja trabalhado para que os jovens saibam quais documentos são ou não confiáveis. “Nós dizemos que as fontes históricas estão à palma da mão, dos telefones celulares, enfim. Mas é preciso continuar esse letramento, de modo que essas mesmas pessoas consigam ler isso tudo de maneira crítica e ir além para que nunca mais aconteça”, defende o professor.

Jovens e a democracia

Os professores não são os únicos preocupados em levar uma formação crítica às escolas, os estudantes têm se mobilizado em defesa da democracia. Um exemplo é o Movimento Democratizou, criado por estudantes de Aracaju para ampliar a educação política e o protagonismo dos jovens em uma sociedade democrática. O projeto conta com embaixadores nas escolas e em vários estados.

Estudante de ciências sociais Rebeca Sousa é uma das embaixadoras do Democratizou – Rebeca Figueiredo

A estudante de ciências sociais Rebeca Sousa é uma das embaixadoras do Democratizou. Ela conheceu o projeto quando estava no final do ensino médio e logo se identificou. “Para mim, a democracia é a principal forma de a gente conseguir a pluralidade de debates. A democracia é importante porque ela consegue, através da sua pluralidade, da população, que é a base dela, o contato com as pessoas, e a escuta dessas mesmas pessoas. A gente consegue trazer maior representatividade, maior escuta da diversidade”, diz.

Na avaliação da estudante, os jovens, que foram fundamentais na resistência durante a ditadura, também são essenciais nos dias de hoje para manutenção da democracia. 

“Para mim, a juventude ela é a flor da resistência. Muitas vezes eu vejo os adultos nesse lugar de conformismo. De ‘Ah, é isso mesmo, não tem o que fazer’. Eu acho que a juventude traz esse gás, de dizer: ‘não, peraí, isso está muito errado, a gente precisa correndo fazer uma mudança’. Eu acho que o espírito da juventude é essa chama de mudança, de inquietação”, defende.

PF busca suspeito de criar perfil falso de Lewandowski em rede social

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (28) um mandado de busca e apreensão contra um homem suspeito de se passar pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na rede social Instagram.

Em nota, a corporação informou que a ação, batizada de Operação Inverídico, acontece em Osasco (SP). “De acordo com as investigações, o suspeito teria criado um perfil em nome do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na rede social Instagram, sem autorização”.

“A investigação terá continuidade para esclarecer qual era o objetivo do investigado com a criação de perfil falso, bem como para verificar se outras autoridades públicas foram vítimas desse crime.”

 

Começa em Brasília a Campus Party, maior evento de tecnologia do país

Atenção, gamers, cosplayer, engenheiros de tecnologia da informação (TI), cientistas, professores makers, empreendedores, mentores, curiosos e visionários de diversas partes do Brasil e de todas as idades: foi dada a largada para 6ª edição da Campus Party Brasília (CPBSB6) na noite dessa quarta-feira (27), no Estádio Mané Garrincha.

Até o fim do evento, no domingo (31), a expectativa de público é de 100 mil visitantes na área gratuita aberta ao público em geral (Área Open) e cerca de 10 mil pessoas na arena, onde só transitam os que pagaram ingressos, os chamados campuseiros, a maioria jovens interessados no universo geek e nerd. Somente na área de camping, montada em dois andares do estádio, devem acampar 2,5  mil participantes e voluntários cadastrados.

Durante a cerimônia de abertura em um palco 360º, o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, revelou que pretende tornar a capital federal, já em 2025, o maior festival sobre tecnologia, inovação, disrupção e empreendedorismo do país. “O DF é a capital do Brasil e todas as Campus Party mais importantes feitas no mundo, desde Singapura, dos Estados Unidos, do Canadá, da Europa, América Latina e África, se passam nas capitais de cada país. Aqui no Brasil, a mais importante hoje é São Paulo e vamos trabalhar para que a capital [Brasília] venha a ser a maior Campus Party do país. Depois, conseguiremos que seja, como foi São Paulo em um momento, a maior Campus Party do mundo”, projeta.

Brasília – Barracas montadas no Estádio Mané Garrinha para a 6ª Campus Party – Foto Joédson Alves/Agência Brasil

Neste ano, o evento tem como tema To infinity and Beyond (Ao infinito e além), ligado à astronomia, e homenageará os 50 anos do Planetário de Brasília Luiz Crulz. O diretor executivo CEO da Campus Party Brasil, Tonico Novaes, disse à Agência Brasil que o evento deixará um legado para os brasilienses. “Nós vamos deixar de presente para o Planetário de Brasília o Data Sky, um software projetado em uma tela, onde as pessoas vão poder se relacionar de acordo com assuntos específicos de seu interesse.”

Programação

O festival terá, ao todo, mais de 400 horas de atividades e mais de 500 conferencistas, além de workshops, competições, mentorias, experiências imersivas, por exemplo, em simuladores para aproximar os campuseiros às tecnologias do futuro, conforme a programação divulgada pela organização. Tudo isso distribuído em três grandes palcos: What´s Next, Petrobras e Serpro. E espaços temáticos: Fábrica de Empreendedores, Super Novas, Big Bang, Campus Kids, Arena Disrupção, Arena de Drones, Login e Robocore.

Entre os conferencistas do festival nesta quinta-feira (28), os de maior destaque são os youtubers brasileiros Iberê Thenório, fundador do canal Manual do Mundo há 15 anos; Thiago Braga, do Brasão de Armas, que conta e analisa histórias sobre batalhas e guerras; além da influencer Nathália Rodrigues de Oliveira, a Nath Finanças, que aborda questões relacionadas à educação, organização e até ao planejamento financeiro; e o pesquisador Ricardo Cappra que mostrará hoje oportunidades na área de inteligência artificial (IA) de dados.

Brasília – Tema da 6ª Campus Party neste ano é To infinity and beyond (Ao infinito e além) – Foto Joédson Alves/Agência Brasil

Amanhã (29), a criadora do primeiro aplicativo para o ensino-aprendizagem de línguas indígenas ameaçadas de extinção, Suellen Tobler, vai contar como o app Nheengatu vem sendo usado em escolas indígenas. Nheengatu é considerado o idioma perdido dos indígenas da Amazônia, depois de ter sido banido pelos colonizadores portugueses.

Bilheteria

Os interessados ainda podem comprar online os ingressos para a CPBSB6 .

O ingresso do tipo Presencial Sem Camping custa R$ 346,10 e o ingresso com Camping ou Camping Duplo aumenta para R$ 453,10.

O ingresso gratuito dará acesso, durante todos os dias da Campus Party, à área Open do evento, além de permitir o uso de inúmeras bancadas e internet disponíveis para jogar, brincar, programar computadores e estudar.

Os crachás dos participantes são retirados na área de credenciamento do Estádio Mané Garrincha.

Serviço da Campus Party Brasília – 6ª edição

Local: Estádio Mané Garrincha

Arena

De 28 a 30/03: funcionamento 24 horas;

31/03: até as 17h;

Área Open 

De 28 a 30/03: das 10h30 às 20h;

31/03: das 10h30 às 16h;

Camping

Funcionamento 24 hoas até as 18h de domingo (31) para pagantes e voluntários.

Algumas atividades do festival terão transmissões ao vivo no canal da Campus Party Brasil no Youtube.

Casa Tia Ciata é alvo de ladrões pela segunda vez em uma semana

A Casa Tia Ciata, na Rua Camerino 5, no centro do Rio de Janeiro, na região conhecida como Pequena África, foi alvo de ladrões duas vezes em uma semana. Criminosos invadiram o local e roubaram dinheiro, eletrodomésticos como micro-ondas e cooktop, cabos, refletores de LED, retroprojetor e até uma porta de alumínio.

“Ninguém merece ser assaltado, invadido. A gente quer mais tranquilidade no nosso ir e vir no território chamado Pequena África, que é conhecido pelo Cais do Valongo, patrimônio da humanidade”, disse Gracy Mary Moreira, presidente da Casa Tia Ciata.

No Instagram, há cinco dias, a Casa Tia Ciata se pronunciou sobre o primeiro assalto. “A nossa região da Pequena África tem sofrido com violências variadas, que vão de furtos e assaltos a invasões. Precisamos que o poder público olhe para esse território de potência com o cuidado necessário, trabalhando sempre em conjunto para pensar ações que interrompam o ciclo de violências na cidade na sua raiz”, diz a postagem.

O espaço cultural abriga a memória de Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata. A atuação de Tia Ciata é considerada especialmente importante na formação do samba em terras cariocas. Entre tantas pessoas, ela recebia em sua casa, que era também o seu terreiro, a chamada santíssima trindade do samba, composta por Donga, Pixinguinha e João da Baiana. Foi onde se juntou o estilo da musicalidade do Rio com o samba de roda da Bahia.

Campus Party Brasília começa nesta quarta no Estádio Mané Garrincha

A 6ª edição do Campus Party Brasília 2024 (CPBSB6) começa nesta quarta-feira (27) à noite, no Estádio Nacional Mané Garrincha, e irá até domingo (31) com o tema To infinity and beyond (Ao infinito e além). O evento deste ano comemora o aniversário de 50 anos do Planetário de Brasília Luiz Cruls. A CPBSB6 tem a expectativa de reunir, nos cinco dias do evento, mais de 100 mil pessoas na área gratuita (Open Campus).

Neste ano, os participantes poderão trocar experiências e conhecimentos com pessoas de todo o país, além de universidades e instituições inovadoras, com o objetivo de criar conexões e formar uma comunidade global. O Campus Party pretende aproximar visitantes, participantes das tecnologias do futuro, fomentar novas ideias e desenvolvimento de ponta.

O espaço do encontro é dividido em três áreas – Arena, Camping e Open Campus. A primeira tem o palco principal com conferencistas de destaque, realização de hackathons (maratonas de programação de computadores) e desafios diversos. O segundo é o local de acampamento dos pagantes, os chamados campuseiros. O terceiro é gratuito e aberto ao público em geral.

Brasília – Campus Party Brasília começa nesta quarta-feira (27) e vai até domingo (31) no Estádio Mané Garrincha – Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Alguns nomes de palcos já são conhecidos do público, a partir de edições anteriores, como o Arena Disrupção. A sexta edição de Brasília trará novidades, como os palcos Printer Chef,  What’s Next, Fábrica de Empreendedores, de torneios na arena Campus Play-League of Legends, Robocore, de combates de robôs, por exemplo em partidas de hockey, e arena Include onde é oferecida qualificação a jovens de 12 a 20 anos por laboratórios e empresas parceiras.

Além de ambientes tecnológicos, de aprendizado, aperfeiçoamento profissional, competições e de negócios, a organização do evento tenta promover diversão para os participantes em espaços relacionados à cultura geek (conceito usado para definir o universo de interessados em assuntos científicos e tecnológicos, computadores e internet, que gostam de games, RPGs [Role-playing game, em tradução livre, jogo de interpretação de papéis], de ler revistas em quadrinhos, animes (animação japonesa) ou de consumir outros produtos da cultura pop.

A entrada no camping foi liberada nessa terça-feira (26) para caravanas, comunidades, voluntários, collabs. A abertura oficial do evento está marcada para as 19h de hoje (27). A cerimônia de encerramento da Arena principal está prevista para sábado (30), às 19h20.

Algumas atividades serão transmitidas ao vivo no canal do Campus Party Brasil no Youtube. Em Brasília, a hashtag usada para agrupar as publicações nas redes sociais relacionadas à Campus Party Brasília é #CPBSB6 .

Brasília – A Campus Party Brasília começa nesta quarta-feira (27) e vai até domingo (31) no Estádio Mané Garrincha – Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Programação

Nos cinco dias do encontro, o público poderá acompanhar diferentes atividades sobre inovação, como palestras, debates, workshops e oficinas. Na programação divulgada pela organização do evento estão previstas diversas ações. Entre elas estão exposição de projetos, palestras dedicadas ao desenvolvimento de tecnologias e novas ideias para o futuro, concursos de cosplay para quem for vestido com o figurino do personagem preferido, desafios de criação de um jogo para desenvolvedores independentes de games, a partir do uso de plataformas disponíveis gratuitamente, atividades de robótica, competições para estudante de gastronomia no palco Printer Chef com alimentos bioimpressos em 3D à base de proteínas isoladas, sessões de mentoria para empoderar mentes criativas e contribuir para o crescimento de empreendimentos, como startup, além de torneios  de esportes eletrônicos, considerados umas das principais atrações.

Os campeonatos de E-Sports terão competições como League of Legends, Valorant e CS2 realizadas na Arena Game, e os interessados poderão se inscrever diretamente no evento. As equipes compostas por cinco jogadores concorrerão a premiação de até R$ 3,3 mil.

Como participar

Em todas as edições da Campus Party Brasil podem participar os interessados maiores de 18 anos. Será permitida a participação de menores de 18 anos, desde que acompanhados por um responsável legal.

Para garantir os ingressos, basta acessar o site do evento. A entrada gratuita dará acesso, durante todos os dias da Campus Party, à circulação pela arena e pela área Open, além do uso de bancadas, participação em palestras, workshops e outras atividades.

Os campuseiros que querem ter acesso presencial e pago a determinadas área restritas da Campus Party Brasília, e até mesmo acampar no camping montado no Estádio Mané Garrincha, podem garantir os ingressos do terceiro lote com valores que variam de R$ 346,10 a R$ 453.10.

Os participantes podem até mudar de ideia e fazer o upgrade do ingresso do tipo Presencial Sem Camping para Presencial com Camping ou Camping Duplo ainda durante o encontro, por meio do acesso ao Painel do Participante.

Campus Party Brasília começa hoje (27) e vai até domingo (31) no Estádio Mané Garrincha – Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

História e futuro

O evento, criado em 1997 na Espanha, é considerado o maior festival de ciência, tecnologia, empreendedorismo e contabiliza mais de 70 edições realizadas em 30 países. O Campus Party já passou pela Espanha, Brasil, Holanda, México, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Argentina, Panamá, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Equador.

Em 2008, o Brasil recebeu pela primeira vez o encontro na cidade de São Paulo e atraiu jovens estudantes, empreendedores, acadêmicos cientistas e gamers. A primeira edição da Campus Party Brasília ocorreu em 2017.

Neste ano, a Campus Party Brasil ocorrerá em outras regiões do país, além do Distrito Federal. A próxima etapa será no Expo Center Norte, São Paulo (SP), de 9 a 14 de julho. O Recife (PE) receberá a CP Nordeste de 4 a 8 de setembro. O CP Amazônia 2 está agendado para ocorrer em Manaus (AM) entre 9 e 13 de outubro.

Serviço

Campus Party Brasília – 6ª edição

Arena: de 27 a 31 de março.

Área Open: de 28 a 31 de março.

Entrada no Camping: a partir desta terça-feira (26), 17h (para caravanas, comunidades, voluntários, collabs).

Horários de funcionamento: abertura às 10h30, entrada de público até 2as 0h e circulação até as 21h.

Dia 31/03: abertura às 10h30, entrada de público até as 16h, e circulação até as 17h.

Local: Estádio Mané Garrincha.

Transmissões ao vivo no canal do Campus Party Brasil no Youtube.

Alta no e-commerce nos próximos anos traz oportunidades para novos lojistas

Números são animadores. Atacadista Estoquee traz alguns insights para quem quer iniciar e prosperar como lojista, dentro ou fora dos marketplaces

O cenário do varejo brasileiro está em constante evolução, impulsionado pelo crescimento do comércio, especialmente o eletrônico, e pela busca incessante por produtos de qualidade a preços acessíveis. Nesse contexto, a Estoquee, atacadista fornecedora de produtos multicategoria, tem se destacado como uma parceira estratégica para lojistas físicos e virtuais. 

Mercado online crescente 

No primeiro semestre de 2023, segundo dados da NielsenIQEbit, o Brasil registrou mais de 50 milhões de consumidores virtuais, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Essa tendência de crescimento deve continuar, com projeções otimistas para os próximos anos. Também em 2023, o faturamento do e-commerce no país atingiu R$ 185,7 bilhões, com um ticket médio de R$ 470,00, de acordo com levantamento da Abcomm. Esses números refletem a confiança dos consumidores no ambiente digital. 

Quanto às perspectivas futuras, de acordo com dados da Statista, existe uma tendência ascendente no mercado de e-commerce no Brasil. A taxa de penetração no setor deve crescer 7,4% de 2023 até 2028. 

Insights para quem deseja iniciar no varejo eletrônico 

Segundo Graziela Fioraso Cestini, Gerente de Marketing e Digital da Estoquee, para obter sucesso no varejo, o comerciante precisa ter em mente alguns pontos. São eles: 

Formalização do negócio: ela garante que a empresa esteja legalmente constituída. Isso traz credibilidade e segurança para os clientes, além de permitir o acesso a benefícios fiscais e jurídicos. 

Escolha dos canais de venda: avaliação das melhores plataformas para comercializar os produtos. Existem diversas opções no mercado, como lojas virtuais próprias, marketplaces, redes sociais e aplicativos de mensagens. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens, e o lojista deve escolher aquela que melhor se adapta ao seu público-alvo, produto e orçamento. 

Precificação estratégica: definição de preços competitivos, considerando as possíveis margens de lucro. O lojista deve levar em conta os custos de produção, estoque, transporte, impostos, comissões e outros fatores que influenciam o valor final do produto. Além disso, deve pesquisar os preços praticados pela concorrência e pelo mercado, e oferecer diferenciais que agreguem valor ao produto, como qualidade, garantia, atendimento e pós-venda. 

Meios de pagamento e envio: a oferta de opções flexíveis para os clientes facilita a compra. O lojista deve disponibilizar formas de pagamento variadas, como cartão de crédito, boleto, transferência, PIX e outros. Também deve oferecer opções de envio rápidas, seguras e econômicas, como Correios, transportadoras, motoboys e retirada na loja. 

Presença nas redes sociais: o uso das redes sociais para divulgar os produtos e interagir com o público. As redes sociais são ferramentas poderosas para atrair, engajar e fidelizar clientes, além de gerar tráfego para o site ou loja virtual. O lojista deve criar perfis nas principais redes, como Facebook, Instagram, TikTok e YouTube, e produzir conteúdo relevante, informativo e atrativo para o seu nicho de mercado. Também deve responder aos comentários, dúvidas e sugestões dos seguidores, e aproveitar as ferramentas de vendas disponíveis nas redes.  

Investimento em marketing digital: a adoção de estratégias como anúncios pagos e campanhas exclusivas. O marketing digital é essencial para aumentar a visibilidade, o alcance e as vendas do lojista online. O lojista deve investir em anúncios e campanhas em plataformas de Ads, segmentando o seu público e otimizando o seu retorno sobre o investimento.  

Operando mais de 100 contêineres mensalmente, a atacadista Estoquee oferece os pilares que todo seller precisa para obter sucesso: produtos validados e virais para uma loja disruptiva, com qualidade e garantia; oferta de preço e negociação que um parceiro pode oferecer; produtos liberados no prazo que o seller desejar, podendo ser enviados diretamente para o full commerce das plataformas; e claro, estoque para a pronta entrega, com reposição e lançamentos a cada semana.  

Sobre a Estoquee — Atacadista fornecedora de produtos multicategoria, com showroom em São Paulo, na Rua Cajuru, 691, no Belenzinho, atendendo lojistas físicos e virtuais de todo o Brasil. A empresa faz parte do Grupo Centex, que atua na cadeia de suprimentos internacional de armazenamento e logística expressa. Com mais de 20 anos de experiência no mercado brasileiro, a Estoquee oferece milhares de produtos de qualidade em categorias como Ferramentas, Fitness, Lazer, Escritório, Pet, Casa e mais, com preços competitivos e entrega rápida, sendo a parceira ideal para quem quer prosperar no varejo e ter altas margens de lucro. Mais informações podem ser acessadas em www.estoquee.com.br ou pelo WhatsApp +55 11 93202-2610. 

Orquestra em Brasília revive Pixinguinha pouco reconhecido

Garantem os etimólogos que a palavra orquestra vem do grego orkhéstra e na língua portuguesa foi usada pela primeira vez no século 18. Muito antes, na Grécia antiga, o vocábulo nomeava o espaço em frente ao palco, onde havia instrumentistas e coristas e bailarinos dançavam. Desde o berço da civilização ocidental, portanto, as orquestras corporificam a música na dança.

Esse enlace helênico renasce toda vez que os 13 músicos da Orquestra Pizindim, de Brasília, sobem aos palcos para reviver os arranjos musicais elaborados por Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897-1973). Os músicos tocam, os ouvidos escutam, o coração sente e o corpo quer dançar as 25 canções do repertório formado por composições autorais e arranjos originais de Pixinguinha para sambas, choros e maxixes.

A orquestra faz releitura de clássicos, composições menos conhecidas e até de canções nunca gravadas, com a participação de cantores da cidade. “A proposta é renovar e atualizar os arranjos geniais de Pixinguinha e a formação quase extinta de orquestra de choro dos anos [19]50 a partir da introdução de composições autorais e também da execução deste repertório por músicos da nova geração”, diz o saxofonista Bruno Patrício, diretor musical da Orquestra Pizindim, no portifólio da banda.

Bruno Patrício conheceu os arranjos de Pixinguinha no site do Instituto Moreira Salles, que detém o acervo do músico, inclusive partituras originais em edições digitalizadas de músicas gravadas para os discos Carnaval Da Velha Guarda (1955) e Assim É que É (1957), com arranjos de Pixinguinha, e que fazem parte das apresentações de Orquestra Pizindim – iniciadas em 23 de abril do ano passado, Dia Nacional do Choro e aniversário de Pixinguinha.

Trabalho de Pixinguinha como arranjador é pouco conhecido – ARQUIVO NACIONAL/DOMÍNIO PÚBLI

A veia de arranjador de Pixinguinha é tão fundamental para a música brasileira quanto as suas canções Carinhoso, Rosa, Lamentos e Um a Zero, assegura Bruno Patrício. “O Pixinguinha é muito conhecido como flautista, saxofonista e compositor, mas esse lado de arranjador, tão genial quanto todas as outras coisas que ele fez, é pouco conhecido”, complementa o diretor musical em entrevista à Agência Brasil.

“Essa história é pouco falada e pouco absorvida pelos músicos”, concorda Fernando César, renomado violonista da cena brasiliense e docente da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello. “O trabalho de arranjador de Pixinguinha foi muito importante para a música popular brasileira.”

Segundo o músico e professor, Pixinguinha em seus arranjos levou para as partituras “a música de rua, a música do carnaval, a música da sala de concerto e a música orquestrada.”

Experiência diferente

Assistir e ouvir a Orquestra Pizindim possibilita conhecer a orquestração de choro, geralmente executado por regionais – grupos musicais menores e com menos instrumentos como violão, bandolim, cavaquinho, pandeiro e flauta.

A experiência reaviva a memória de André Lindolpho, um dos músicos mais tarimbados da Orquestra Pizindim. Ele era adolescente e estudante de música e, no fim dos anos 1960, costumava passar na Rua da Assembleia, no centro do Rio de Janeiro, para ver Pixinguinha e outros artistas que se reuniam semanalmente em um restaurante no local.

“Músicos veteranos, pessoas já renomadas, tanto de televisão como da rádio, ficavam por ali. Eu ouvia conselhos como: ‘sempre vá pela cabeça dos mais antigos. Pergunte a eles quando tiver dúvidas’. Tudo isso serviu de aprendizagem”, lembra.

Nessas ocasiões, André Lindolpho via de perto Pixinguinha, mas nunca o abordou. Ele garante que Pixinguinha “era humilde, simpático, mas na dele” e “geralmente conversava com os músicos com quem tocava. Àquela altura, Pixinguinha tocava saxofone e André Lindolpho já tocava tuba. Tímido quando menino, ele nunca encontrou assunto para abordar o músico consagrado.

 

Músico André Lindolpho, que toca sousafone – Joédson Alves/Agência Brasil

Na orquestra Pizindim, André Lindolpho toca um instrumento da família das tubas: o sousafone, patenteado na segunda metade do século 19 nos Estados Unidos pelo compositor de John Philip Sousa, de família de origem portuguesa.

A peça feita em acrílico branco pesa cerca de dez quilos, cinco a menos do que a tuba tradicional de metal. Conforme André Lindolpho, o sousafone faz o papel do contrabaixo na orquestra. “Se fosse um time de futebol, seria o goleiro. Não pode vacilar, pois compromete o grupo.” Na mesma analogia, o papel do arranjador exercido por Pixinguinha é como de técnico de futebol que faz um esquema tático para “distribuir as vozes dos instrumentos.”

O diretor musical Bruno Patrício toca sax tenor na Orquestra Pizindim. A função pode ser comparada com a do volante, o meio campista que defende mas leva a bola ao ataque, “costurando a harmonia, dando os caminhos harmônicos.”

Para explicar o papel do arranjador de Pixinguinha para o repórter leigo, Bruno Patrício prefere falar em “paleta de cores”, que os pintores utilizam para combinar tintas enquanto pintam. “Ele vai colorindo aquilo ali aos poucos. Cada naipe de instrumentos tem o seu momento dentro da música. Uma hora ele está acompanhando alguém, mas daqui a pouco ele vira o protagonista. Aí ele desce de cena e vem outro. É tudo muito bem construído, muito lindo.”

Paradigma musical

O pesquisador musical Jairo Severiano (1927-1922), em seu livro Uma História da Música Popular Brasileira, afirma que Pixinguinha, junto com Radamés Gnattali, definiu “os padrões básicos de arranjo para a música popular brasileira, servindo seus trabalhos de paradigmas para os músicos nacionais que pontificaram nas décadas de 1930 e 1940. Pixinguinha mais chegado aos metais; Radamés, às cordas.”

“Ele [Pixinguinha] aplicou à arte do arranjo a experiência que ganhou na escola do choro, resultando seu trabalho em orquestrações impregnadas de sabor brasileiro, que os arranjadores da época – vários deles estrangeiros aqui radicados – não podiam oferecer”, opina o pesquisador no livro.

O jornalista Sérgio Cabral, autor de Pixinguinha: Vida e Obra, assinala que “Pixinguinha abrasileirou as orquestras de forma tão nítida e radical que se pode dizer, sem qualquer medo de errar, que foi ele o grande pioneiro da orquestração para a música popular brasileira. A canção carnavalesca deve a ele uma boa parcela do seu êxito, ao escrever arranjos com destacada participação da orquestra criando introduções que ficaram famosas (…) e encontrando soluções inventivas para as músicas mais simples, ao utilizar muito bem a percussão e ao variar a base de modulações.”

Em seus livros, Severiano e Cabral tratam da trajetória de Pixinguinha em diferentes orquestras. Os autores destacam a passagem do músico pela Orquestra Victor Brasileira entre julho de 1929 a dezembro de 1940. A orquestra pertencia à gravadora Victor Talkin Machine Company, subsidiária da Radio Corporation of America (RCA), que mais tarde se chamaria de RCA Victor.

Naquele período de 11 anos na RCA Victor, Pixinguinha organizou três orquestras. Além da Orquestra Victor Brasileira, que gravou cerca de 200 discos (geralmente de duas faixas em 38 rpm) com canções mais lentas (samba-canção); havia o Grupo Guarda Velha que participou de 50 discos com choros, marchas e sambas de carnaval; e a orquestra Diabos do Céu que tocou músicas carnavalescas em 240 discos.

O contrato com a RCA Victor, assinado quando Pixinguinha tinha 32 anos, permitia uma certa onipresença do músico. A gravadora tinha exclusividade das orquestras, “mas Pixinguinha tinha liberdade para atuar como instrumentista e arranjador em outros lugares como as emissoras de rádio Transmissora, Mayrink Veiga, Nacional e Tupi; em dancings da cidade do Rio de Janeiro, na Guarda Municipal, e até em outras orquestras e conjuntos como grupos musicais das gravadoras Columbia e Odeon.

Neste sábado (23), a Orquestra Pinzindim se reúne pela nona vez para tocar músicas com arranjos de Pixinguinha. O espetáculo, com a participação da cantora Ana Reis e do cantor Breno Alves será na Mundo Vivo Galeria (413 Norte), a partir das 20h. [FAZER LINK: https://www.instagram.com/orquestrapizindim/}

 

Transporte de produtos para a Saúde: o desafio da cadeia fria – Agência Comunicado

Artigo por Paulo Bastos, Gerente de Soluções da Luft Healthcare

No mercado de logística da cadeia fria, a área da Saúde se destaca como uma das mais desafiadoras. Isso se deve ao fato de que os produtos desse segmento, como vacinas, medicamentos, sangue, órgãos e tecidos, são essenciais para a vida e, portanto, devem ser transportados e armazenados com todo o cuidado e qualidade. A demanda vem aumentando nos últimos anos, devido a fatores como crescimento populacional, envelhecimento da população, surgimento de novas doenças e expansão dos programas de imunização.  

Mercado brasileiro 

O mercado de logística da cadeia fria no Brasil é um dos maiores e mais dinâmicos da América Latina. De acordo com a Mordor Intelligence, ele movimentou US$ 2,42 bilhões em 2023, devendo atingir US$ 3,92 bilhões em 2028.  

Complexidade das operações 

Variações errôneas de temperatura podem gerar a perda da eficácia ou até mesmo tornar produtos prejudiciais. As operações precisam ser planejadas e executadas com precisão, confiabilidade e rigor, seguindo as normas e boas práticas do setor. Para chegar a este patamar, é preciso considerar a gestão das pessoas, qualidade, conformidade regulatória, infraestrutura, tecnologias, processos, equipamentos, inovações, sustentabilidade e treinamentos. 

Gestão de pessoas 

A gestão das pessoas é um aspecto fundamental para a cadeia fria, pois envolve a seleção, treinamento, motivação e avaliação dos profissionais que atuam nessa área. Esses profissionais devem reunir conhecimento técnico, experiência prática e comprometimento com a qualidade e a segurança dos produtos. Eles devem seguir rigorosamente as normas e boas práticas de transporte e armazenagem de produtos sensíveis à temperatura, como as Boas Práticas de Distribuição (BPD) e as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Eles também devem estar preparados para lidar com possíveis situações de avarias, acidentes, roubos, desvios, extravios ou perdas de produtos. 

Gestão da qualidade e conformidade regulatória 

É preciso estabelecer e monitorar indicadores de desempenho, como a temperatura, umidade, luminosidade, integridade, validade e rastreabilidade dos produtos. Além disso, realizar auditorias, inspeções, testes e análises periódicas, para verificar se os processos e equipamentos estão funcionando corretamente e se os produtos estão em conformidade com as especificações técnicas e regulatórias. 

A conformidade regulatória é de extrema importância para a cadeia fria. Essas regras são definidas por órgãos como a ANVISA, o Ministério da Saúde, a Receita Federal, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), entre outros. Elas visam garantir a qualidade, segurança, eficácia e legalidade dos produtos, bem como a proteção da saúde pública e do meio ambiente. 

Infraestrutura 

A infraestrutura é outro aspecto vital para cadeia fria, pois envolve a disponibilidade e a adequação das instalações, veículos, equipamentos, embalagens e sistemas que são usados. Esses recursos devem ser projetados, mantidos e operados de forma a garantir a conservação adequada dos produtos, em todas as etapas da cadeia. Eles também devem contar com medidas de segurança robustas, para evitar roubos, adulterações, contaminações ou danos. 

Tecnologias, processos e equipamentos 

As tecnologias são mais um aspecto crucial, pois permitem o monitoramento, controle, comunicação e otimização das operações logísticas. Elas incluem sistemas de refrigeração, embalagens térmicas para transporte, rastreamento, gerenciamento, informação, automação, inteligência, entre outros. Essas tecnologias permitem controlar e acompanhar em tempo real os diversos aspectos relativos aos produtos, em todas as etapas da cadeia. Elas também permitem a identificação e correção de possíveis falhas, desvios ou anomalias, de forma rápida e eficiente. 

Os processos envolvem as atividades, rotinas, procedimentos e protocolos realizados. Eles devem ser planejados, executados, monitorados e avaliados de forma a garantir a conservação adequada em todas as etapas, sempre seguindo as normas e boas práticas do setor. 

Já os equipamentos envolvem os dispositivos, ferramentas, instrumentos e materiais que são usados na logística dos produtos. Eles devem ser adequados, calibrados, validados e certificados para garantir a conservação adequada em todas as etapas da cadeia. Eles também devem ser limpos, higienizados, desinfetados e esterilizados, conforme a necessidade, para evitar contaminações ou infecções. 

Inovação  

As inovações tecnológicas envolvem as novidades, melhorias, soluções e tendências que são introduzidas na área da logística da cadeia fria. Elas podem incluir novos produtos, serviços, processos, equipamentos, tecnologias, entre outros. Elas visam aumentar a eficiência, qualidade, segurança e competitividade da cadeia fria, bem como atender às necessidades e expectativas dos clientes e consumidores. 

ESG 

A sustentabilidade é um aspecto muito importante para a cadeia fria, pois envolve a responsabilidade social, ambiental e econômica das operações logísticas. Ela inclui a promoção da saúde e do bem-estar das pessoas, redução do consumo de energia, água, combustível e materiais, diminuição das emissões de gases, reciclagem e reaproveitamento de resíduos, preservação dos recursos naturais, geração de emprego e renda, entre outros. 

Educação continuada 

Por fim, mas não menos importante, o treinamento e a educação da equipe são cruciais para garantir a qualidade e a segurança dos produtos. Além disso, os treinamentos também são necessários para manter a equipe atualizada sobre as últimas tecnologias e práticas. 

Sobre a Luft Logistics — Desde sua fundação, em 1975, a Luft Logistics implementa soluções logísticas completas que geram crescimento aos negócios. A visão integrada da Logística enquanto parte do sistema de supply ou vendas dos seus Clientes sempre foi um forte diferencial da Companhia, que investe continuamente em tecnologias que integram os ecossistemas das companhias atendidas com o mercado. Essa integração de toda a cadeia é fundamental para a digitalização e para propiciar saltos de crescimento, vendas e competitividade aos Clientes. Hoje, os serviços da Luft vão muito além da Logística. Eles também incluem sistemas, operações de full service e de full commerce, em modelos operacionais que a destacam como parceira por excelência na expansão dos negócios. Mais informações podem ser encontradas no Site, Instagram e LinkedIn. Contato Comercial Luft Healthcare: +55 11 96575-0265. 

Assessoria de Comunicação & Imprensa:

Agência Comunicado

Brasileirão Feminino: Ferroviária denuncia assédio em jogo contra Real

A Ferroviária denunciou nesta quinta-feira (21) que integrantes do Real Brasília teriam cometido assédio contra a fisioterapeuta Ariane Patrícia Falavina dos Santos, coordenadora do departamento médico e de fisioterapia do clube. O fato, segundo o time paulista, ocorreu durante o jogo das duas equipes, pelo Campeonato Brasileiro Feminino, na última terça (19), no estádio Defelê, em Brasília (DF).

Em nota de repúdio, o clube paulista, cujo time feminino é chamado de Guerreiras Grenás, afirma que Ariane Patrícia foi alvo de “comentários indesejados”, feitos por membros uniformizados do Real Brasília, que não foram identificados. O caso foi denunciado por uma atleta e pela própria vítima à árbitra Luciana Mafra Leite, que registrou o fato na súmula do jogo.  

“É inaceitável que uma profissional em seu ambiente de trabalho seja alvo de violência por exercer suas funções.
O episódio ocorreu no momento em que a fisioterapeuta se deslocava dentro do campo e quando se aproximou do grupo, membros uniformizados, porém não identificados do time adversário, começaram a fazer comentários indesejados sobre suas características físicas, constrangendo a profissional e em total desrespeito às mulheres. A denúncia foi feita para a arbitragem pela própria Ariane e uma atleta que ouviu os insultos”.

Nota de Repúdio
A Ferroviária S.A.F. manifesta veementemente seu repúdio ao assédio sofrido pela Coordenadora do Departamento Médico e Fisioterapeuta, Ariane Patricia Falavinia dos Santos, durante o jogo entre Real Brasília e Ferroviária, (+) pic.twitter.com/Hjlof5Qsax

— Guerreiras Grenás (@guerreirasgrena) March 21, 2024

A árbitra Luciana Leite relata, na súmula da partida, que foi procurada por Ariana Patrícia e outra atleta, que descreveram o assédio sofrido em campo.

“Ao final da partida, com toda equipe de arbitragem no vestiário, a fisioterapeuta da equipe da Ferroviária SAF, a sra. Ariane Patrícia Falavinia dos Santos, relatou que, no final do segundo tempo, quando a mesma entrou em campo para atendimento médico de sua goleira, ouviu de membros uniformizados, porém não identificados, da equipe do Real Brasília Futebol Clube Ltda. as seguintes palavras: “Pode mandar ela vir para cá, ela é gostosa”. Informo que ninguém da equipe de arbitragem presenciou o fato relatado”.

Procurada pela Agência Brasil, a CBF afirmou que, após verificar o relato do assédio na súmula do jogo, encaminhou o caso para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no limite das suas atribuições e diante dos fatos ocorridos na partida entre Ferroviária e Real Brasília, no último dia 19/03, quando a fisioterapeuta Ariane Falavinia, da Ferroviária, foi vítima de importunação sexual por parte de membros uniformizados da comissão técnica do Real Brasília, vem a público informar que a entidade imediatamente após receber a súmula do jogo com o registro deste ato de violência, encaminhou ao STJD para a adoção das medidas cabíveis na esfera desportiva, sem prejuízo de outras ações.  disse a entidade, em nota encaminhada à Agência Brasil (leia ao final do texto a nota completa da CBF).

Em nota oficial, o Real Brasília rebateu a denúncia feita pelo clube paulista. 

“Após realizar robustas investigações internas e analisar os vídeos da partida, constatamos que a nota divulgada pela página Guerreiras Grenás contém informações que se evidenciam falsas e absolutamente levianas”.

Nota da CBF na íntegra

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no limite das suas atribuições e diante dos fatos ocorridos na partida entre Ferroviária e Real Brasília, no último dia 19/03, quando a fisioterapeuta Ariane Falavinia, da Ferroviária, foi vítima de importunação sexual por parte de membros uniformizados da comissão técnica do Real Brasília, vem a público informar que a entidade imediatamente após receber a súmula do jogo com o registro deste ato de violência, encaminhou ao STJD para a adoção das medidas cabíveis na esfera desportiva, sem prejuízo de outras ações. 

É premissa da CBF trabalhar em estreita colaboração com as autoridades competentes, apoiando nas investigações para garantir que todo o tipo de violência e discriminação seja punido nos rigores da lei. É inadmissível que em pleno século 21 as mulheres permaneçam alvo de atos criminosos como este.

Desde o início da atual gestão – quando lançou o Manifesto a favor da vida e do futebol brasileiro -, a CBF vem liderando o debate e buscando a criação de medidas efetivas junto ao Poder Público com a celebração de parcerias. 

Dentre os acordos firmados e campanhas para erradicar todo e qualquer ato de violência do Futebol Brasileiro, do desporto em geral, a CBF destaca o acordo de cooperação “Projeto Estádio Seguro”, celebrado com os Ministérios da Justiça e Segurança Pública e do Esporte, e o acordo de cooperação com os Ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania, da Igualdade Racial e do Esporte, para o combate ao racismo e a toda e qualquer violação de direitos nos estádios brasileiros, bem como ações de divulgação do Disque 100, serviço de utilidade pública para denunciar estas violações de Direitos Humanos. 

Esta atuação da CBF em conjunto com o Poder Público é fundamental para que episódios criminosos de violência, assédio e racismo sejam banidos em definitivo do cenário do futebol brasileiro. 

A CBF se solidariza com a profissional Ariane Falavinia, que também atua como fisioterapeuta da Seleção Brasileira Feminina Sub-20. E reafirma seu compromisso de combater de forma firme e incessante toda e qualquer forma de violência e discriminação e de violação de direitos no futebol brasileiro.

Novo ensino médio: relator retoma carga horária de formação básica

O relator do projeto de lei (PL) que pretende revisar o novo ensino médio, deputado Mendonça Filho (União-PE), retomou a carga horária de 2,4 mil horas para a formação geral básica (FGB), mas abriu exceção para aqueles que optarem por seguir formação técnica profissional. Estes terão carga horária menor.

A expectativa é que o projeto seja votado nesta semana no plenário da Câmara dos Deputados. 

De acordo com o texto apresentado, no caso de formação técnica e profissional, a carga horária mínima da formação geral básica será de 1.800 horas. O substitutivo do PL que revisa a reforma do ensino médio foi disponibilizado nesta quarta-feira (20).

A disputa sobre a carga mínima para a formação básica, aquela que deve ser comum a todos os estudantes, mobilizou, desde o ano passado, governo, relator, líderes partidários e representantes da sociedade civil. A proposta inicial do Ministério da Educação (MEC), enviada em outubro de 2023 depois de consulta pública, previu a formação básica mínima de 2,4 mil horas.

Porém, no texto apresentado em dezembro, Mendonça Filho, que foi ministro da Educação do governo de Michel Temer e responsável pela reforma do ensino médio aprovada em 2017, havia reduzido a formação básica a 2,1 mil horas. Dessas, 300 horas deveriam relacionar os conteúdos “básicos” com os da formação técnica profissional, o que limitava o conteúdo exclusivo da formação básica as 1,8 mil horas.

Na época, o MEC criticou essa redução, dizendo que “ter 2,4 mil horas para a formação geral básica é um pleito legítimo de professores e estudantes e reduzir e equacionar itinerários é fundamental para garantir equidade de oferta”.

Atualmente, a formação básica do novo ensino médio é de 1,8 mil horas, com 1,2 mil para os chamados itinerários formativos, que são as disciplinas que o aluno escolhe para se aprofundar a partir do que lhe é ofertado.

Presidente da Câmara, Arthur Lira (C), ministro Camilo Santana (4º) e relator, Mendonça Filho (5º), comemoram acordo – oficialarthurlira/Instagram

O acordo para manter as 2,4 mil horas de formação básica, com a exceção para quem optar pelo itinerário técnico profissional, foi anunciado na terça-feira (19) pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Chegamos a um entendimento hoje sobre o PL do Novo Ensino Médio, após uma reunião com o ministro Camilo Santana, os deputados Mendonça Filho, ex-ministro da Educação, Moses Rodrigues e Rafael Brito, presidente da Frente Parlamentar da Educação”, disse Lira em uma rede social.

O substitutivo disponibilizado hoje mantém como opcional a oferta da língua espanhola e também a possibilidade de contratar profissionais com notório saber, sem formação em licenciatura, para disciplinas do itinerário técnico profissionalizante. Tais medidas são criticadas por trabalhadores da educação e representantes de estudantes, a exemplo da União Brasileiro dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). 

Os cinco itinerários formativos que poderão ser ofertados aos estudantes foram mantidos em relação ao atual ensino médio. São eles: ” I – linguagens e suas tecnologias; II – matemática e suas tecnologias; III – ciências da natureza e suas tecnologias; IV – ciências humanas e sociais aplicadas; e V – formação técnica e profissional”.