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Bruna Marquezine veste look com recortes ousados em camarote em Salvador

12 de fevereiro de 2024

 

Bruna Marquezine chamou a atenção no camarote Expresso 2222, em Salvador, na noite deste domingo, 11, usando um vestido pra lá de ousado. Marquezine optou por um vestido preto transparente com recortes generosos. O que mais chamou a atenção foi a fenda da cintura até a região próxima da virilha, que deixava claro que a atriz dispensou o uso de calcinha.

O mesmo look já havia sido utilizado pela influenciadora Virginia Fonseca no aniversário de Neymar, que é ex-namorado de Bruna. Porém, Virginia usou lingerie por baixo.

Marquezine está curtindo o carnaval na Bahia ao lado de Sasha Meneghel e João Lucas Figueiredo. Na sexta-feira, 9, a atriz acompanhou o bloco de Anitta. Já sábado, 10, o trio de Ivete.

Bruna Marquezine

Sasha Meneghel

Virginia Fonseca

 
 

Trinidad e Tobago estuda pedir ajuda externa por derramamento de óleo

Dona de um dos mais famosos carnavais do Caribe, Trinidad e Tobago pode pedir ajuda internacional após um derramamento de óleo que poluiu 15 quilômetros de praias de uma das ilhas do arquipélago. A origem do combustível é de um navio aparentemente abandonado que naufragou há quase uma semana.

Na última-quarta-feira (7), o navio identificado como Gulfstream naufragou próximo à costa da ilha de Tobago. Segundo o governo do país, existem indícios de que a embarcação foi abandonada para afundar, já que as autoridades locais não receberam nenhum pedido de socorro.

A mancha de óleo não para de crescer e atingiu águas internacionais. O derramamento afetou a costa sudoeste de Tobago, inclusive praias consideradas pontos turísticos e que estavam preparadas para receber visitantes durante o carnaval.

Em entrevista coletiva concedida no domingo (11), o primeiro-ministro Keith Rowley informou que o desastre ainda está classificado em nível 2 (intermediário), mas o governo não descarta elevar a tragédia para nível 3 (avançado), caso as autoridades locais não consigam controlar o vazamento.

Ele disse que a situação ainda está “administrável”, mas admitiu que o país pode procurar ajuda internacional, especialmente para esvaziar a embarcação.

“A gente pode requerer ajuda porque, uma vez em que começarmos a conversar sobre o resgate, que é levar o navio para uma situação em que possamos controlar o que acontece, a gente terá de ter ajuda externa”

“A gente terá de se mover relativamente rápido para determinar o que vamos fazer a seguir, que é levar a embarcação para uma posição em que ela não represente mais uma ameaça ao nível nacional.”

O primeiro-ministro concedeu entrevista coletiva após visitar a área da tragédia acompanhado do presidente do parlamento do país.

O óleo está vazando dos tanques de combustível do navio. Segundo Rowley, o governo ainda não sabe o que a embarcação levava, mas as autoridades suspeitam que o Gulfstream carregava madeira e areia.

O governo do arquipélago caribenho está preocupado com a contaminação de peixes e do suprimento de comida para a região.

Convocação

Desde quinta-feira (8), moradores da região convocados por redes sociais estão limpando as praias afetadas pelo desastre. O número aumentou para cerca de mil voluntários após o governo reforçar a convocação e pedir ajuda extra.

Na rede social X (antigo Twitter), o Escritório Regional das Nações Unidas em Trinidad e Tobago informou que está pronto para fornecer apoio às autoridades locais.

Coordenadas pela representação local da ONU, as agências das Nações Unidas estão mobilizando recursos de programas regionais para prestar assistência aos esforços de limpeza.

Em nota emitida nesta manhã, o Itamaraty informou que está em contato com autoridades de Trinidad e Tobago para examinar possibilidades de assistência a ser oferecida para conter os danos provocados pelo vazamento.

Carnaval na Bolívia reúne milhares em devoção à Virgem de Socavón

Na Bolívia, o carnaval de Oruro deslumbra e surpreende pela sua majestade, variedade de danças, trajes multicoloridos e alegria. Diferente de outros carnavais, o de Oruro é uma peregrinação de três quilômetros e meio, dançando, até o Santuário da Virgem de Socavón, que é venerada.

A história conta que o carnaval de Oruro começou como uma procissão que evoluiu para uma peregrinação e depois se converteu em dança e música.

“A principal razão do carnaval de Oruro é a devoção que temos à Mãe de Socavón. Nos sábados de peregrinação dançamos em sua devoção, por todos os favores que nos faz, porque somos seus fiéis”, conta a dançarina Nancy Bejarano, que participa do cortejo.

“Venho todos os anos, a pequena virgem sempre me ajuda, cuida da minha família”, diz o também dançarino Wilder Ajachu.

Para a dançarina Marcela Calle, a motivação está na fé: “pela fé à virgem de Socavón damos a nossa vida, saúde e continuaremos dançando enquanto nossa mãe nos mantiver com vida e saúde”.

Este carnaval tem 20 especialidades de dança, segundo as autoridades locais do evento, e conta com mais de 50 mil dançarinos. São homens e mulheres que dançam por 3,5 quilômetros até chegar ao Santuário da Virgen de Socavón.

O evento atrai também público estrangeiro. “Espetacular, viajamos do chile para aqui uma vez por ano, porque somos chilenos. É incomparável! Trouxemos nossa filha pela primeira vez e ela ficou fascinada. É algo que não se compara com nenhum carnaval”, diz a turista chilena Carla Berríos.

As danças mais antigas e clássicas têm sentido religioso e social. Como o diabo, cuja origem se perdeu antes do colonialismo espanhol, mas quando isso [o carnaval de Oruro é] produzido, significa mais uma vez a luta entre o bem e o mal. No final, o anjo Gabriel guiado pela virgem derrota os demônios. E, juntos, entram na igreja católica.

O dançarino Fernando Ortiz faz a peregrinação em agradecimento à virgem: “agradecer por tudo que ela nos dá. Esta peregrinação é uma promessa que pagamos com a dança. Mostramos, através da dança, a nossa gratidão, a nossa fé fortalecida no amor à virgem. Feliz por se colocar em pé.”

A dança morenada reproduz a travessia de escravizados da África, a pé, para as minas de Potosí, nas terras altas, a 4 mil metros acima do nível do mar, quase sem oxigênio. Com a língua pendurada para fora da boca, os olhos saltavam de suas caras. A matraca toca o som das correntes. A peregrinação termina de joelhos, diante da imagem da virgem:

“Cansada, são 4 quilômetros muito intensos, de concreto, até chegar aqui à pequena virgem, em mais um ano”, conta a dançarina chilena Vanessa Osses.

A também dançarina Modai Cabrera se diz abençoada: “sinto-me muito abençoado pela virgem de Socavón, muito feliz por completar meus três anos [de desfile]. Vou continuar se a pequena virgem me permitir, claro que sim.”

Cada dança tem um significado e aqui as danças indígenas da amazônia, e os principais costumes de diversas cidades da Bolívia, são representados por 50 mil dançarinos e quase 20 mil músicos distribuídos em 70 bandas.

Esta expressão cultural foi reconhecida pela Unesco como patrimônio oral e imaterial da humanidade.

Assista na TV Brasil

Recordista de maratona Kelvin Kiptum morre em acidente de carro

O recordista mundial de maratona queniano Kelvin Kiptum e seu treinador morreram em um acidente de trânsito no Vale do Rift no domingo, interrompendo a carreira do único homem a ter corrido o clássico de resistência em menos de duas horas e um minuto.

O jovem de 24 anos estabeleceu o recorde mundial na Maratona de Chicago, em outubro, com o tempo de duas horas e 35 segundos, ultrapassando a marca de 2h01min09s percorrida pelo compatriota Eliud Kipchoge em Berlim em 2022.

Kiptum, que registrou três dos sete tempos de maratona mais rápidos da história, esperava se tornar o primeiro homem a correr a maratona em menos de duas horas em Rotterdam, em abril, bem como fazer sua estreia olímpica em Paris, em julho.

“Estamos chocados e profundamente tristes ao saber da perda devastadora de Kelvin Kiptum e do seu treinador, Gervais Hakizimana”, disse o presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), Sebastian Coe, num comunicado. “Em nome de toda a World Athletics, enviamos as nossas mais profundas condolências às suas famílias , amigos, companheiros de equipe e à nação queniana”.

“Um atleta incrível que deixou um legado incrível, sentiremos muita falta dele.”

De acordo com o relatório policial, Kiptum estava dirigindo, levando o técnico ruandês e uma mulher no carro, perto da aldeia do Vale do Rift onde nasceu quando ocorreu o acidente.

Bloco Esfarrapado anima as ruas do Bexiga nesta segunda de Carnaval

Com 77 anos de história, o Bloco Esfarrapado, um dos mais tradicionais de São Paulo, desfila nesta segunda-feira (12) pelo bairro do Bexiga. O trajeto inclui ruas bem conhecidas da capital como Treze de Maio e Brigadeiro Luís Antônio. O grupo surgiu no carnaval de 1947 e foi fundado pelos amigos Armandinho Puglisi, Walter Taverna, Tinin, Capuno e Carabina.

Segundo os organizadores, cada um providenciou uma roupa e, com latas vazias e panelas, saíram batucando pelas ruas do bairro. A concentração do Esfarrapado começou às 10h e o desfile está previsto para as 14h, com dispersão às 20h.

O carnaval de rua da capital paulista tem número recorde de blocos confirmados neste ano, com 536 desfiles. O evento tem crescido exponencialmente na cidade nos últimos anos. A festa popular, que contava com menos de 50 blocos em 2013, passou a ter mais de 500 cordões cadastrados em 2024 e deverá atrair 15 milhões de pessoas, segundo a prefeitura.

Desde as 11h, no Ibirapuera, começou a concentração do bloco Vou de Táxi, que toca os hits dos anos 90. Também na região do Ibirapuera, o Pinga Ni Mim contempla o sertanejo, trazendo desde os clássicos de Leandro e Leonardo até as produções mais recentes como Maiara e Maraísa, a partir das 13h, com desfile entre 14h e 19h.

Às 12h30, o Filhos de Gil, que toca apenas os hits do cantor baiano, estará na Vila Mariana. O desfile começa 13h30 e a dispersão está prevista para 17h30, passando pelas ruas Engenheiro Luiz Gomes Cardim Sangirardi e Dona Brigida.

Com manifestações culturais de Pernambuco, o bloco Galo da Madrugada se apresenta às 9h da terça de carnaval (13) no Ibirapuera, com desfile entre 10h e 14h. Em seguida, com início do desfile às 14h, o Bloco da Latinha Mix chega ao carnaval paulistano com Alok, Di Ferrero e outros.

A programação completa pode ser conferida no site do carnaval de São Paulo: 

Trump critica organização dos gastos da OTAN

12 de fevereiro de 2024

 

O ex-presidente Donald Trump, o favorito nas primárias republicanas para as eleições presidenciais dos EUA, fez uma declaração no final de semana sugerindo que, se se tornar presidente novamente, pressionará os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para partilharem os custos de defesa.

Num comício realizado na Carolina do Sul, Trump relembrou as suas observações anteriores de que não defenderia os países membros da OTAN que não conseguissem cumprir os seus objetivos de gastos com defesa.

O ex-presidente Trump disse que qualquer membro desse tipo “encorajaria” a Rússia a fazer o que quisesse.

Os comentários de Trump ocorrem no momento em que os legisladores republicanos no Congresso dos EUA se tornam cada vez mais céticos sobre o fornecimento de ajuda adicional à Ucrânia.

A Casa Branca criticou os comentários do ex-presidente Trump.

“É terrível e perturbador que um regime assassino esteja a ser encorajado a invadir os nossos aliados mais próximos”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.

 

Mudanças climáticas e sociais são tema de bloco em Copacabana

O bloco carnavalesco Virtual, integrante da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sebastiana), concentra às 8h dessa segunda-feira (12) na Avenida Atlântica número 1, no Leme, e segue até a Praça Almirante Júlio Noronha.

O tema deste ano é Insanidade Virtual, baseado na música Virtual Insanity, da banda britânica de funk e acid jazz Jamiroquai, formada em 1992 e liderada pelo cantor Jay Kay. A música fala sobre o mundo na era digital e as mudanças da natureza, as mudanças climáticas. “As transformações na forma de se relacionar, os efeitos das novas condições climáticas e sociais são o tema deste ano”, disse à Agência Brasil o atual diretor do bloco, Lula Jardim. Destacou que “o calor dos últimos tempos tem tornado até mesmo brincar carnaval um ato de insanidade.”

O bloco é constituído por 80 integrantes. Foi criado pelo pai de Lula Jardim, Jorge Wanderley, e um coletivo de amigos em 2000 que, naquela época, queriam fazer um bloco via internet. “Naquele momento, o máximo que havia eram e-mails. O bloco não conseguiu se realizar do ponto de vista virtual, mas foi se consolidando ao longo do tempo, enquanto o grupo de amigos que produzia anualmente o bloco ia tentando criar temas ligados às transformações sociais e da contemporaneidade”, explicou Lula Jardim. Ele assumiu a direção do bloco em 2011, com amigos.

Foliões

 

Bloco Virtual desfila no Leme a história da criação do mundo – Fernando Frazão/Agência Brasil

O Virtual atrai grande número de foliões. “Chegamos a atrair 20 mil pessoas em alguns anos. Mas isso é variado. Hoje, deve estar girando em torno de 7 mil a 8 mil pessoas”. Esse não é um bloco de samba enredo. Sua tradição é tocar ritmos de carnaval brasileiros. “A gente toca frevo, maracatu, olodum, Música Popular Brasileira (MPB), samba, marchinhas. É uma diversidade. A gente tenta passar por todos os carnavais possíveis do Brasil”.

A banda tem sopros e percussão “e tem também uma bela Comissão de Frente, integrada por meninas e meninos”, além de dançarinos e pernas de pau, destacou Lula Jardim. Como se trata de um espaço de inovação, a agremiação incorpora canções autorais de seus colaboradores, ao mesmo tempo que adapta ritmos excêntricos ao clima carnavalesco, como música clássica, ‘reggae’ e forró. No repertório irreverente figuram compositores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Capiba, Moacir Santos, Timbalada, Brahms, entre outros nomes.

O bloco já desfilou por diferentes partes da cidade do Rio de Janeiro, como praia de Ipanema, Lagoa e, agora, está no Leme. O Virtual continua aberto a sugestões e contribuições vindas da internet, como defendia a ideia original.

Arte

Bloco Virtual desfila no Leme a história da criação do mundo – Fernando Frazão/Agência Brasil

A arte usada na camiseta 2024 do bloco Virtual foi feita por inteligência artificial (IA), com ajuda do designer Zeh Fernandes (@_zehfernandes). A orientação foi criar uma ilustração para a camiseta do bloco que mesclasse o espírito da música Virtual Insanity do Jamiroquai com um toque do estilo de arte abstrata de Wassily Kandinsky, artista plástico russo, introdutor da abstração no campo das artes visuais. A imagem transmite um mundo futurista, onde a tecnologia domina sobre os elementos naturais, utilizando cores vivas e brilhantes. O fundo dinâmico simboliza a mistura contínua, porém caótica, de realidade e virtualidade.

Livros que dão samba: as histórias que vão agitar a Sapucaí em 2024

 

Uma boa história pode ser contada em diferentes formas, linguagens e ritmos. Nos livros, ela se desenvolve de forma mais lenta, minuciosa e costuma agitar mais os olhos e pensamentos. Quando transmitida por meio da música, principalmente em um samba-enredo, vem em frases curtas, rimadas e movimenta todo o corpo num compasso rápido. É esse tipo de experiência sensorial e intelectual que pode ser esperada de quem acompanhar os desfiles da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, no carnaval deste ano. Pelo menos cinco escolas se inspiraram em obras da literatura na hora de montar as composições.

O escritor Alberto Mussa vai ser um dos autores privilegiados por ter um livro dele como referência no Sambódromo. Apaixonado por carnaval, ele foi criado em uma família que sempre teve laços fortes com as agremiações cariocas.

O tio, conhecido como Didi, foi compositor da União da Ilha e do Salgueiro. Escreveu sambas populares como É Hoje e O Amanhã. O escritor torce para as duas agremiações desde pequeno, mas vai acrescentar uma terceira torcida em 2024 para a Grande Rio, escola de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, que tem o livro dele, Meu destino é ser onça, lançado em 2009, como principal referência do samba-enredo. 

“Fiquei felicíssimo. Talvez seja o maior prêmio da minha carreira de escritor. Algumas obras literárias viraram enredo e deram origem a sambas antológicos. Como Macunaíma, Os Sertões, A invenção de Orfeu. Há uma série de clássicos da literatura brasileira que figuraram nesse universo e, de repente, me ver dentro desse rol, é um orgulho muito grande, uma felicidade enorme”, disse Mussa. 

O livro do escritor parte de registros da cultura tupinambá feitos pelo frade André Thevet, em 1550, e outras fontes dos séculos 16 e 17 para reconstituir o que teria sido o texto original de uma narrativa indígena. Ele conta que ficou satisfeito ao ver as ideias do livro transportadas para o enredo de samba. 

“Eu achei muito bem feito. O samba evidentemente não vai dar conta do livro todo. E o enredo também não é apenas sobre o livro. Ele vai além. Eles ampliaram essa visão da onça, extrapolaram o universo tupinambá e trouxeram outras culturas originárias da América do Sul. E tiveram uma solução muito inteligente no enredo. No início, fala do mito de criação do mundo. O final do samba é exatamente o fim do livro, que é a possibilidade de destruição final, quando a onça come a lua”. 

Para Mussa, o número expressivo de escolas de samba que usaram livros como fontes dos enredos deste ano reforça que o carnaval sempre esteve preocupado em trazer discussões sociais importantes para a Avenida. A festa é folia, diversão, mas também um espaço de conhecimento. 

“Se a gente pensar bem, historicamente figuras emblemáticas, que hoje são símbolos nacionais vão aparecer nos sambas. Caso do Zumbi dos Palmares, no Salgueiro em 1960, a Teresa de Benguela, mulher escravizada com vida de rebelião e contestação, que era desconhecida e virou enredo da Viradouro nos anos 90. Esse espaço das escolas de samba sempre foi de vanguarda, de muita discussão sobre a cultura popular e povos brasileiros de origem não europeia que sempre ficaram relegados e considerados culturalmente inferiores”, diz o escritor. 

Outros enredos 

Outras escolas de samba encontraram inspiração na literatura. A Portela tem o enredo baseado no livro Um defeito de cor, lançado em 2006 pela escritora Ana Maria Gonçalves. A obra conta a saga de Kehinde, mulher negra que é sequestrada no Reino do Daomé, atual Benin, na África, quando tinha oito anos de idade, e trazida para a Bahia, onde é escravizada. 

A partir dessa história individual, são tratados temas importantes como a exploração de africanos e descendentes na diáspora, assim como processos de luta e resistência durante oito décadas no Brasil. A protagonista, Kehinde, é inspirada em Luísa Mahin, que teria sido mãe do poeta Luís Gama e participado da célebre Revolta dos Malês, movimento liderado por escravizados muçulmanos a favor da abolição. 

A queda do céu, livro do yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Alberts, é a principal referência para o desfile do Salgueiro. A partir dele, a escola construiu um samba dedicado a exaltar a mitologia yanomami e defender a Amazônia. O enredo é apresentado pelo título Hutukara, que na língua yanomami significa “o céu original a partir do qual se formou a terra”. 

Temas como o aquecimento global e o desmatamento também vão ser abordados. Assim como a história de mais de mil anos dos yanomami na maior Terra Indígena (TI) do país, ao norte do Brasil e sul da Venezuela, nos estados do Amazonas e Roraima, nas bacias do Rio Negro e do Rio Branco. 

A Porto da Pedra, de São Gonçalo, vai apresentar o desfile sobre intitulado Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular. A referência é ao almanaque do período medieval, escrito na Espanha por volta do século 14, que chega 200 anos depois ao Brasil. E passa a servir de guia para a medicina, agricultura e pecuária locais. Além de circular pelas classes mais ricas, passa a ter algum alcance entre os mais pobres, principalmente no Nordeste. 

A Imperatriz Leopoldinense, campeã do carnaval em 2023, vai trazer para a Avenida o enredo Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda. A letra é baseada em um cordel escrito há mais de 100 anos pelo poeta paraibano Leandro Gomes de Barros. Na história, uma mulher cigana deixa um testamento, que serve como um manual da sorte para indicar o destino das pessoas, interpretar sonhos, decifrar a astrologia e o futuro.

Paris 2024: seleção feminina de basquete não consegue vaga

Não será em Paris que o basquete feminino brasileiro voltará a marcar presença em uma edição de Jogos Olímpicos. Após derrota para Alemanha por 73 a 71 na noite deste domingo (11) pela última rodada do Torneio Pré-Olímpico no ginásio do Mangueirinho, em Belém (Pará), a equipe comandada pelo técnico José Neto está fora do megaevento esportivo que será disputado na Cidade Luz.

A Olimpíada ficou para o próximo ciclo.

Em jogo disputadíssimo no Mangueirinho, muito estudado nos segundos finais por conta da matemática da classificação, a Alemanha venceu por 73 a 71 e vai à Paris 2024 ao lado de Sérvia e Austrália.

Estatísticas

Kamilla 19pts e 13reb… pic.twitter.com/IC6KKVvqvu

— Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) February 12, 2024

Mesmo contando com a vantagem de atuar em casa, o Brasil não conseguiu vencer nenhum de seus compromissos na competição: diante da Austrália (derrota na última quinta-feira por 60 a 55), da Sérvia (revés no sábado por 72 a 65) e da Alemanha.

Com isso, a seleção feminina de basquete vê aumentar o seu período de ausência em uma edição de Jogos Olímpicos. A sua última participação foi em 2016, no Rio de Janeiro. Em Tóquio, em 2020, o Brasil também esteve ausente.

Suspeito de 15 anos de tiroteio na Times Square em Nova York é indiciado

11 de fevereiro de 2024

 

Foi confirmado no dia 10 que um adolescente preso em conexão com um tiroteio que feriu um turista na Times Square, em Manhattan, Nova York, foi indiciado sob a acusação de tentativa de homicídio.

As autoridades policiais dos EUA apresentaram duas acusações contra Jesus Alejandro Rivas-Figueroa, o menino de 15 anos que disparou uma arma na noite do dia 8, incluindo tentativa de homicídio, posse ilegal de arma e agressão.

Rivas-Figueroa foi preso em Junkers, Nova York, no dia 9, menos de 24 horas após o incidente.

A polícia disse que Rivas-Figueroa foi parado por seguranças quando tentou sair de uma loja de artigos esportivos na Times Square após roubar itens. Ele foi capturado em uma câmera de segurança.

Durante o incidente, uma cliente de 38 anos, turista brasileira, foi baleada na perna. Ele então saiu correndo e trocou tiros com os policiais. A polícia explicou que Rivas-Figueroa conseguiu escapar após entrar no metrô.

Segundo documentos apresentados ao tribunal, Rivas-Figueroa voltou para casa na manhã seguinte, dia 9, e tentou sair da região de Nova York com a mãe, mas foi preso em uma casa.

A polícia disse que ele chegou ao país vindo da Venezuela há menos de seis meses e estava morando em um abrigo para migrantes. O pedido de fiança de Rivas-Figueroa foi negado.