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Obras de Rebolo que retratam o bairro do Morumbi estão em mostra em SP

“No começo dos anos 1940, o Morumbi era pouco habitado. Havia chácaras e algumas granjas. Não se considerava um lugar para morar, as ruas eram de terra, nada era asfaltado, não havia luz elétrica, água era de poço. Morar no Morumbi era morar no campo”. Esse foi o retrato que Lisbeth Rebolo, professora emérita do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (Prolam-USP) e professora titular de história da arte na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), traçou sobre o bairro paulistano daquela época.

A descrição feita por Lisbeth é uma lembrança de como era o bairro na época em que seu pai, o grande artista brasileiro Francisco Rebolo (1902-1980), vivia nele. “Luz elétrica só no fim do decênio 1940 e o asfalto na avenida Morumbi só veio a existir no início dos anos 1950. No Morumbi, tudo era silêncio e era possível ouvir o canto dos pássaros de manhã. Muito verde, cheirinho de mato, burburinho das árvores quando havia vento”, disse em entrevista à Agência Brasil.

São Paulo-20/09/2024 Obras de Rebolo e que retratam o bairro do Morumbi serão apresentadas em mostra em SP. Fotos Mauricio Froldi – Mauricio Froldi

Esse Morumbi mais rural e bucólico – bem diferente do atual bairro nobre e residencial – foi diversas vezes inspiração para as pinturas de seu pai. E são esses registros de Rebolo sobre o bairro que serão objeto da nova exposição Rebolo e o Morumbi: Conectados pela Natureza, que entra em cartaz neste domingo (22) na Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, situada exatamente nessa região de São Paulo.

Como um dos primeiros moradores do bairro, o artista foi responsável pela produção de pinturas que se baseavam em diferentes referentes paisagísticos. Rebolo testemunhou um período de profundas transformações na cidade de São Paulo, que deixava de ser província para se tornar metrópole. 

O galerista Marcelo Guarnieri, um dos curadores da mostra, explica que o nome da exposição, Conectados pela Natureza, vem do fato de que Rebolo foi um dos primeiros moradores do Morumbi, em uma época que a região era totalmente tomada pela natureza, o que possibilitava o exercício da paisagem sem a necessidade de sair para muito longe de casa. 

“O bairro do Morumbi é retratado como algo idílico, com matas, lagos e uma vida quase que rural no meio da metrópole. Rebolo explora todas as nuances de verdes e de outras cores que a natureza proporciona”, acrescentou o curador.

O artista

Rebolo foi considerado um dos mais importantes paisagistas da pintura brasileira. Somando uma produção que ultrapassa 3 mil pinturas, além de centenas de desenhos, gravuras e retratos, a obra de Rebolo segue hoje uma referência, marcando presença nos principais museus brasileiros, no acervo de órgãos culturais e em coleções particulares de todo o país.

“Rebolo trata do tema ambiental, de preservação e respeito ao meio ambiente muitas décadas antes deste tema se tornar um emergência global”, ressaltou Sergio Rebollo, administrador, publicitário, neto do artista e presidente do Instituto Rebolo.

Em suas obras, contou o neto, o artista manifestava profundo respeito à figura humana, retratando-a sob o ponto de vista da equidade. “A mulher, o migrante e o imigrante, o operário, o agricultor, o PCD, todos estão presentes e são protagonistas em sua obra”, descreveu. 

“Sua obra nos traz personagens do trabalho cotidiano, como o trabalhador arando a terra, o lenhador, o operário. Com frequência, seus personagens estão imersos na paisagem. Nos anos 1930 e 1940, a perspectiva da arte social era muito forte no Brasil e também internacionalmente. Os artistas estão em diálogo com o seu tempo”, contou.

São Paulo-20/09/2024 Obras de Rebolo e que retratam o bairro do Morumbi serão apresentadas em mostra em SP. Fotos Mauricio Froldi – Mauricio Froldi

A mostra

Em parceria com o Instituto Rebolo e a Galeria Marcelo Guarnieri, a mostra apresentará 35 pinturas do artista que traçam um período entre os anos 1940 até 1980, quando o artista faleceu, deixando uma paisagem inacabada, que também faz parte da exposição. Além das pinturas, a exposição trará fotografias de arquivo, publicações e objetos que fizeram parte do ateliê do pintor.

A exposição integra as comemorações dos 50 anos da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano e ficará aberta ao público até o dia 14 de novembro. “É uma mostra muito significativa de um dos mestres da pintura de paisagem do Brasil”, disse Eduardo Monteiro, diretor cultural da Fundação.

Monteiro faz um paralelo entre a história de Oscar Americano, o bairro e o pintor. “Esse ano a fundação comemora 50 anos de existência e o bairro do Morumbi faz parte da história do Oscar Americano. Como engenheiro especializado em engenharia pesada, Oscar Americano começou a comprar áreas no bairro na década de 40 e foi o responsável pelo planejamento e urbanização de toda a região do Morumbi. Inclusive, na década de 50, ele se mudou para o bairro com a família, na casa onde hoje funciona a fundação. Paralelamente, Rebolo começou a frequentar o bairro no final da década de 30 e, na década de 40, ele também foi um dos primeiros moradores da região, onde encontrava uma inspiração para sua pintura de paisagens”.

Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas no site da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. A entrada é gratuita às terças-feiras.

São Paulo-20/09/2024 Obras de Rebolo e que retratam o bairro do Morumbi serão apresentadas em mostra em SP. Fotos Mauricio Froldi – Mauricio Froldi

 

Zoo de SP mostra arara-azul-de-lear ao público pela primeira vez

O Zoológico de São Paulo instalou pela primeira vez em sua área de visitação um grupo de 6 araras-azuis-de-lear, espécie ameaçada de extinção. Escolas públicas, estaduais e municipais do estado de São Paulo já podem solicitar de agendamento para visitas gratuitas. Cada escola pode marcar um passeio para até 250 alunos por dia. 

A arara-azul-de-lear faz parte da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Atualmente existem 2.200 exemplares na natureza, segundo o último censo do ICMBIO. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil

A instituição é a primeira do país a reproduzir a espécie em cativeiro a partir de um casal matriz resgatado do tráfico de animais. A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), que faz parte da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, conta atualmente com 2.200 exemplares na natureza, segundo o último censo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

A ave é natural do interior da Bahia, uma região de caatinga com presença de paredões de arenito. Atualmente, as principais ameaças da espécie são o desmatamento de seus territórios, o tráfico de animais, o adensamento das cidades e os incêndios florestais.

Viveiro

As aves foram transferidas para um viveiro construído especialmete para elas. No local, há seis araras-azuis-de-lear: Felipe, Luca, Antonio e Benjamin, Amora e Romeu, que são filhos de Maria Clara e Francisco, pais também de Teobaldo, primeiro indivíduo nascido em um zoológico na América Latina, em 2015.

Até o momento, 19 filhotes nasceram na instituição e cinco deles foram encaminhados para o programa de soltura, na Bahia, seu habitat de origem, por meio de parceria com o Instituto Arara-azul-de-lear, parte da rede nacional de conservação da espécie.

Uma das preocupações da instituição é o caráter educativo da iniciativa.

“O local possui placas com orientações sobre conservação, além da presença de educadores ambientais que dialogam com os visitantes sobre a importância da preservação ambiental. A área também é um importante polo educativo para os estudantes que visitam o local. Vale lembrar que o Zoo São Paulo recebe gratuitamente, três vezes por semana, alunos de escolas públicas das redes municipal e estadual”, informou Cláudio Hermes Maas, diretor técnico do Zoológico de São Paulo, em entrevista à Agência Brasil.

Zoológico de São Paulo, conseguiu reproduzir em cativeiro a espécie em extinção da Arara Azul de Lear. Foto – Paulo Pinto/Agência Brasil

Embora as espécies não dividam o viveiro com outras, o espaço escolhido está instalado nas alamedas que compõe o bosque, junto com outras espécies de aves. Algumas, como a Jacutinga, também estão entre as espécies ameaçadas que recebem atenção especial nos programas de preservação.

Segundo Massa, o zoológico pretende aumentar o número de aves de espécies ameaçadas, estabelecendo um circuito educativo sobre animais em risco de extinção.

Como conhecer

A solicitação de agendamento para visitas gratuitas de escolas pode ser feita pelo email agendamentos.escolas@zoologico.com.br – com o nome completo do estasbelecimento e o número de alunos que farão o passeio. No site do zoológico, pode ser encontrad o passo a passo para a solicitação, assim como o calendário anual. Cada escola pode marcar um passeio com até 250 alunos por dia. 

Os ingressos particulares custam a partir de R$ 39,90. A instituição é aberta todos os dias da semana. Outras gratuidades, descontos e horários estão disponíveis no site.

Educadores elogiam possível restrição ao uso de celulares nas escolas

Professores e orientadores educacionais avaliam como positiva a possibilidade de o Ministério da Educação atuar para banir o uso de celular nas escolas públicas e privadas do país. Prevista para ser apresentada em outubro, essa e outras propostas podem ser adotadas com o objetivo de conter os prejuízos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência.

Recentemente, o ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu essa ideia durante uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Na oportunidade, ele citou algumas pesquisas indicando que o uso dessas tecnologias, além de comprometer aprendizado e desempenho dos alunos, impactaria também a saúde mental de professores.

Orientadora educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Marina Rampazzo explica que profissionais que trabalham com educação têm discutido muito esse assunto. “Nas conversas que temos com especialistas de diversas áreas vemos vários prejuízos causados pelo excesso do uso de telas, especialmente em crianças e adolescentes”, disse a pedagoga e psicóloga à Agência Brasil.

 “Muitos têm manifestado verdadeiras crises de abstinência quando afastados de seus celulares”, relatou a pedagoga e psicóloga Marina Rampazzo – Arquivo/EBC

Pandemia

Ela lembra que este já era um problema percebido antes da pandemia, mas que, na sequência, se intensificou muito. Segundo ela, para dar conta de todas demandas acumuladas, muitos pais e mães delegaram os cuidados de seus filhos às telas.

“A pandemia deu um poder a mais para a tela. O problema já existia, mas havia um controle maior sobre tempo, espaço, conteúdo. Na medida em que entramos em uma pandemia e todos ficaram trancados dentro de casa, famílias se viram sem outras ferramentas para o jovem dentro de casa”, disse.

Ela acrescenta que não será fácil reverter esse quadro, mas que a escola terá papel decisivo nesse desafio. “Em primeiro lugar, pelo papel social que a escola representa, pensando educação como algo integral que vai além de repassar conteúdos, atuando também no campo cognitivo, desenvolvendo todos aspectos da vida”, explicou.

De acordo com Marina, essa discussão perpassa a escola porque a socialização é a forma mais eficiente para tirar o estudante da tela. “É na escola que ele passa boa parte do seu tempo. Se fora da escola eles ficam o tempo todo no celular, dentro da escola é a oportunidade para eles se relacionarem com outras pessoas, com livros de verdade e com atividades diversas de cultura, lazer e esporte”, argumentou.

Comportamentos antissociais

Segundo a orientadora educacional Margareth Nogueira, do colégio privado Arvense, o uso excessivo de telas tem ampliado a antissociabilidade e o bullying nas escolas. “Entre os 10 e os 12 anos é muito importante que os estudantes usem o diálogo em seus três níveis de complexidade, que é o pensar, o refletir e o de consistência, com razões e contraposições a um tema”, explicou.

A exposição excessiva a telas tem ampliado a antissociabilidade e o bullying nas escolas. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

“Se ele não consegue entrar nesse nível, com argumentos, contra-argumentos e consensos, não há diálogo. O que vemos é que ouvir o outro tem sido, para eles, algo cada vez mais complexo. É muito importante que eles desenvolvam trocas, que se olhem olho no olho. Eles precisam de diálogo, interatividade e de troca de opiniões”, acrescentou.

Segundo ela, os celulares têm prejudicado também a visão dos estudantes. “Eles estão usando óculos cada vez mais cedo por conta do uso excessivo dessas telas”.

Vício

Outra preocupação dos educadores é com a relação viciante proporcionada pelos celulares em crianças e adolescentes.

“Muitos têm manifestado verdadeiras crises de abstinência quando afastados de seus celulares. Eles ficam mais agressivos, impacientes e intolerantes. É cada vez mais comum casos de meninos quebrando a casa inteira quando proibidos de usar o dispositivo”, relatou Marina Rampazzo.

Margareth Nogueira percebe também que, devido a esse “vício tecnológico”, os alunos têm chegado em sala mais agitados, impacientes e agressivos. “A competitividade entre eles também está mais alta, reflexo dos estímulos causados por jogos. A alimentação, a rotina e o sono estão cada vez mais prejudicados. Isso reflete diretamente no funcionamento cerebral”, disse.

“A verdade é que eles não têm maturidade nem resposta cerebral para usar o celular de forma sistemática. E, para piorar, nem sempre é possível que os adultos supervisionem de forma adequada o uso desses aparelhos”, complementou.

Suporte às novas regras

Caso se confirmem as medidas anunciadas pelo ministro, é importante que as escolas garantam uma estrutura suficiente que deem acesso aos materiais da internet considerados interessantes para uso em sala de aula. “Esse acesso deve ser por meio de ferramentas da escola, como computadores, por exemplo. Não pelos celulares dos estudantes. Todos sabemos como é difícil ter controle sobre a forma como eles usarão esses dispositivos”, argumentou Margareth.

Paralelamente, é importante que, em casa, outros estímulos independentes de telas sejam proporcionados pelas famílias “Áreas como arte, cultura, esporte e lazer podem ajudar, nesse sentido. Especialmente quando voltados à socialização”, acrescentou Marina.

Inscrições para o Festival Os Filmes Que Não Vi vão até 30 de setembro

Pessoas que produziram filmes que jamais foram distribuídos e que nunca tenham chegado a uma janela de exibição na TV, no cinema ou em plataformas de vídeo por demanda (VOD) poderão inscrevê-los na primeira edição do Festival de Cinema Os Filmes Que Eu Não Vi, prevista para dezembro, em Salvador. As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas até o dia 30 deste mês no site do festival.

Realizado pela Água Doce Produções e idealizado por Solange Souza Lima Moraes, o festival pretende dar visibilidade a filmes de todo território nacional que foram produzidos, mas não foram distribuídos, e que circularam apenas em festivais de cinema, sem jamais chegar à TV, ao cinema ou a vídeo por demanda.

Poderão ser inscritos filmes de todos os gêneros, desde que tenham sido produzidos no Brasil, por realizador brasileiro ou realizador estrangeiro que comprove residência no país há mais de dois anos. É preciso também que as obras tenham sido finalizadas antes de janeiro de 2017. O limite de inscrição é de três filmes por representante, desde que não tenham sido distribuídos.

Os filmes poderão ser inscritos em quatro categorias: longa-metragem, média-metragem, curta-metragem e produção regional (para residentes na Bahia).

O festival Os Filmes Que Eu Não Vi será realizado entre os dias 17 e 21 de dezembro na Sala Walter da Silveira, em Salvador. A programação inclui exibição dos filmes, mesas de debate, fóruns e premiação dos selecionados.

Entre janeiro e maio de 2025, a programação continuará com exibições no circuito da Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia e também haverá uma programação especial para a plataforma online CineBrasilJá.

Premiação destaca projetos de estímulo ao uso de bicicleta nas cidades

Organizações da sociedade civil, instituições de ensino e os poderes público e o setor privado apresentaram 74 iniciativas para estimular o uso de bicicletas no país. O Prêmio Bicicleta Brasil, promovido pelo Ministério das Cidades por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, vai selecionar projetos técnicos, científicos ou artísticos que incentivem o uso de bicicletas em favor da mobilidade nas cidades.

Das seis categorias do prêmio, a que mais teve propostas foi a Incentivo ao Uso da Bicicleta, com 18 projetos. Na categoria de Fomento à Cultura da Bicicleta, foram 17 propostas, e para a categoria Projetos, Planos, Programa e Urbanização, foram 16. As categorias Mobilização e Incidência Política e Sistemas de Informação e Redes tiveram oito projetos cada e a categoria Segurança Viária teve sete projetos. 

A maioria dos projetos foram apresentados por organizações da sociedade civil, com 39 iniciativas. A Região Sudeste teve 30 inscrições, seguida da Região Nordeste, com 16, da Centro-Oeste, com 12, e das regiões Norte e Sul, ambas com oito. 

Os vencedores receberão troféus e certificados, e para as organizações da sociedade civil também haverá recompensa em dinheiro. O primeiro lugar de cada categoria será premiado com R$ 50 mil, o segundo com R$ 20 mil e o terceiro com R$ 5 mil.

A próxima etapa do prêmio é a análise da habilitação das iniciativas. Depois, será feito o julgamento técnico das propostas que estiverem aptas. Todos os participantes inscritos no prêmio serão contemplados com o Selo Bicicleta Brasil, um símbolo que reconhece ações em favor da mobilidade ativa no país.

Hoje é Dia: início da primavera e Dia Mundial Sem Carro são destaques

Hoje, às 9h44, ocorre o Equinócio de Primavera. O fenômeno, explicado nesta matéria de 2022 da Agência Brasil, marca a chegada da primavera no Hemisfério Sul. A chamada estação das flores serve como inspiração para poetas e escritores. Em 2022, o Antena MEC falou justamente sobre o lado artístico da estação.

Já que estamos em um dia de “renovação”, este domingo (22) também tem um desafio: que tal um dia sem utilizar o seu veículo automotor? Esta é a proposta do Dia Mundial Sem Carro, data que existe desde 1997 e convida a população a pensar sobre o impacto ambiental dos automóveis. No ano passado, a TV Brasil ajudou na reflexão sobre o tema com as reportagens que podem ser relembradas abaixo:

Comunidade surda

A semana também tem duas datas especiais para a comunidade surda. Amanhã (23), é o Dia Internacional das Línguas de Sinais. A data, criada pela ONU, destaca a importância das línguas de sinais para a inclusão das pessoas surdas na sociedade e foi tema do Repórter Brasil em 2021 e 2022.

No Brasil, há outra data relacionada à comunidade. O Dia Nacional dos Surdos também é celebrado em 26 de setembro. Instituída pela Lei Nº 11.796 de 2008, a data marca a criação da primeira escola brasileira para surdos, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), fundado em 1857 no Rio de Janeiro. A data também foi destaque no Repórter Brasil (no ano passado) e no jornal Repórter Visual, da TV Brasil:

A semana tem, ainda, outras datas como o Dia Internacional contra a Exploração Sexual (23 de setembro), o Dia Nacional da Radiodifusão (25 de setembro), Dia Internacional para Eliminação Total das Armas Nucleares (26 de setembro) e o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil (27 de setembro). As datas foram destaque na Agência Brasil e programas de rádio como o Revista Brasil, Viva Maria e Tarde Nacional:

Revista Brasil – Dia Internacional contra a Exploração Sexual

Viva Maria – Dia Nacional da Radiodifusão

Tarde Nacional – Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil

“Dois Cosme e Damião” e Marcelo Mastroianni

A semana tem uma data comemorada em dois dias, a depender da religião. Para os católicos, o Dia de São Cosme e Damião (padroeiro dos médicos e farmacêuticos) é celebrado em 26 de setembro. Já os adeptos ao Candomblé e à Umbanda comemoram a data em 27 de setembro. As duas datas foram tema do História Hoje, da Radioagência Nacional, em 2017:

Para fechar a semana, temos o centenário de nascimento do ator italiano Marcello Mastroianni, um dos maiores ícones do cinema mundial. Com uma carreira marcada por filmes como “La Dolce Vita” e, no Brasil, “Gabriela, ele também teve a biografia contada pelo História Hoje:

Confira a relação de datas do Hoje é Dia de 22 a 28 de setembro de 2024:

Setembro de 2024

22

Morte do letrista e compositor russo radicado nos Estados Unidos Irving Berlin (35 anos) – marco da música estadunidense, compôs trilhas para diversos filmes e musicais da Brodway

Morte da atriz paulista Dirce Migliaccio (15 anos)

Nascimento do cantor e seresteiro paulista Carlos José (90 anos)

Nascimento do cantor, compositor e violonista baiano Jackson Roberto de Sousa Marques, o Beto Marques (75 anos)

Dia Mundial Sem Carro

Dia Nacional de Defesa da Fauna

Dia do Atleta Paralímpico – instituído a partir do decreto de lei nº 12.622, de 8 de maio de 2012. Esta data é celebrada em sequência ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Banda Jackson Five realiza show no Ginásio Nilson Nelson (50 anos)

Início da Cúpula do Futuro 2024 – iniciativa global destinada a abordar questões emergentes e desafios globais que impactam o futuro da humanidade. Este evento reúne líderes mundiais, especialistas, representantes da sociedade civil e outros stakeholders para discutir e formular estratégias sobre temas como mudanças climáticas, inovação tecnológica, governança global, e desenvolvimento sustentável

Equinócio de Primavera no Hemisfério Sul

23

Nascimento da cineasta, atriz e radialista francesa radicada no Brasil, Gilda de Abreu (120 anos) – foi autora de radionovelas e para a Rádio Nacional escreve, dentre outras, “Mestiça”, “Aleluia”, “A Cigana”, “Pinguinho de gente”. Foi, ainda, a terceira mulher a dirigir um filme no Brasil

Morte do médico neurologista austríaco Sigmund Freud (85 anos) – criador da psicanálise

Nascimento da ex-jogadora de basquete paulista Hortência Marcari (65 anos) – considerada uma das maiores atletas femininas de seu esporte

Nascimento do cantor, compositor, violonista e guitarrista estadunidense Bruce Springsteen (75 anos)

Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres, Meninas e Meninos – comemoração instituída em 1999 a partir da cidade bangladeshiana de Dhaka pela Conferência Mundial da Coalizão contra o Tráfego de Mulheres ou Crianças

Dia Internacional das Línguas de Sinais – data reconhecida pela ONU

Inauguração do Reservatório do Mocó em Manaus/AM (125 anos) – criado para o fornecimento regular de água, na época, para toda cidade, permanece em operação até os dias atuais abastecendo alguns bairros do município. É um monumento de estilo neorrenascentista tombado pelo IPHAN como patrimônio histórico nacional

24

Morte do primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro I do Brasil ou Pedro IV de Portugal (190 anos)

Nascimento do cineasta espanhol Pedro Almodóvar (75 anos)

Emerson Fittipaldi é campeão mundial de Fórmula Indy (35 anos)

25

Nascimento do médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo e ensaísta fluminense Edgar Roquette-Pinto (140 anos) – é considerado o pai da radiodifusão no Brasil, por criar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, com o intuito de difundir a educação

Morte do compositor austríaco Johann Strauss (I) (175 anos)

Nascimento do escritor, jornalista, professor e pesquisador da cultura maranhense Domingos Vieira Filho (100 anos)

Dia Nacional da Radiodifusão – comemorado extraoficialmente por brasileiros, para marcar a data do nascimento do Médico legista, professor, antropólogo, etnólogo, ensaísta e pioneiro do Rádio brasileiro, Edgard Roquete Pinto, que veio ao mundo em 25 de setembro de 1884, e que é considerado o “Pai da radiodifusão” no Brasil

Lançamento do programa esportivo “Stadium”, na TVE (48 anos)

26

Nascimento do filósofo, escritor, professor universitário e reitor alemão Martin Heidegger (135 anos)

Nascimento do jornalista e locutor esportivo mineiro Rui Viotti (95 anos)

Dia de São Cosme e Damião (Catolicismo)

Dia Internacional para Eliminação Total das Armas Nucleares – data reconhecida pela ONU

Dia Nacional dos Surdos – comemoração instituída pela Lei Nº 11.796 de 29 de outubro de 2008; tem por fim marcar a data da criação da 1ª escola brasileira para Surdos, que foi fundada em 26 de setembro de 1857 com o nome de Colégio Nacional para Surdos-Mudos na cidade do Rio de Janeiro e que atualmente é conhecida por Instituto Nacional de Educação de Surdos

27

Mao Tsé Tung torna-se Presidente da República Popular da China (70 anos)

Dia de São Cosme e Damião (Candomblé e Umbanda)

Dia Mundial do Turismo – comemoração instituída pela 3ª conferência da Organização Mundial do Turismo para marcar a data da adoção dos estatutos da OMT, ocorrida em 27 de setembro de 1970; data reconhecida pela ONU

Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos

28

Nascimento do jornalista e geógrafo maranhense Raimundo Lopes da Cunha (130 anos) – sob sua orientação o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez o primeiro tombamento nacional no Maranhão, do sítio arqueológico sambaqui do Pindaí

Morte do compositor e pianista fluminense Djalma Ferreira (20 anos)

Nascimento do ator italiano Marcello Vincenzo Domenico Mastrojanni (100 anos)

Nascimento da atriz e ativista francesa Brigitte Bardot (90 anos)

Nascimento do cantor, compositor e arranjador paulista Celso Viáfora (65 anos)

Inauguração do Forte de Copacabana, pelo então presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca (110 anos)

Dia Internacional do Acesso Universal à Informação – data reconhecida pela UNESCO

Dia Mundial da Raiva – comemoração para marcar a data da morte do microbiologista e químico francês, Louis Pasteur, que faleceu em 28 de setembro de 1895, e que, com a colaboração de seus colegas, também desenvolveu a 1ª vacina eficaz contra a raiva, uma doença totalmente previnível que, ainda assim, mata uma pessoa a cada 10 minutos em média; data reconhecida pela Organização Mundial de Saúde

TV Brasil transmite jogo decisivo entre Corinthians e São Paulo

A TV Brasil transmite neste domingo (22), a partir das 9h15, o último jogo da grande final do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino entre Corinthians (SP) e São Paulo (SP). Em 2024, os telespectadores da emissora pública acompanharam todas as emoções da competição que reuniu 16 times da elite do futebol feminino brasileiro. Para a última partida da final, diretamente da Neo Química Arena, a TV Brasil escalou um time de mulheres para a cobertura. A partida terá a narração de Luciana Zogaib, os comentários de Brenda Balbi e a reportagem em campo de Marilia Arrigoni.

No jogo de ida, as brabas saíram na vantagem na disputa pelo título ao vencer as soberanas no estádio do Morumbi pelo placar de 3×1, com gols de Millene e Victória Albuquerque. Já a equipe são paulina conseguiu descontar com um gol de Ariel Godoi, marcado aos 49 do segundo tempo. Agora, as duas equipes se enfrentam no famoso Itaquerão, a partir das 10h de domingo.

A equipe do Corinthians tenta manter a sua hegemonia no cenário do futebol feminino buscando o hexacampeonato. Já as jogadoras do São Paulo sonham em levantar a taça pela primeira vez. Os dois times já estão classificados para a Copa Libertadores da América de Futebol Feminino de 2025 e as vencedoras levam R$ 1,5 milhão para casa, enquanto as vice-campeãs faturam R$ 750 mil em premiação.

Saiba como assistir aos jogos do Brasileirão Feminino Série A1 na TV Brasil

Esportes

A transmissão da Série A1 do Brasileirão Feminino faz parte da estratégia de ampliar a presença do esporte na programação da TV Brasil. A emissora também exibe atualmente a Série B do Campeonato Brasileiro. Transmitiu ainda as fases decisivas das Séries A2 e A3 do futebol feminino, a final do Brasileirão Feminino Sub-17 e as disputas da Liga de Basquete Feminino (LBF).

Por meio da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que reúne mais de 100 emissoras afiliadas da TV Brasil, os torcedores de todo o país podem assistir às partidas e acompanhar seus times na disputa pelo título. Saiba como sintonizar a TV Brasil na sua cidade.

Sobre a competição

Com 16 clubes, a edição de 2024 da Série A 1 reuniu a elite do futebol feminino brasileiro, em seis meses de disputa. Os times que participaram foram América (MG), Atlético Mineiro (MG), Avaí-Kindermann (SC), Botafogo (RJ), Corinthians (SP), Cruzeiro (MG), Ferroviária (SP), Flamengo (RJ), Fluminense (RJ), Grêmio (RS), Internacional (RS), Palmeiras (SP), Real Brasília (DF), Red Bull Bragantino (SP), Santos (SP) e São Paulo (SP).

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV.

Serviço

Brasileirão Feminino Série A1 – São Paulo (SP) x Corinthians (SP) – domingo, dia 22/09, a partir das 9h15, na TV Brasil

Indígenas de MT lutam por sobrevivência após um mês de queimadas

Há mais de um mês, povos indígenas de Mato Grosso sofrem com os incêndios florestais que atingem o estado. Segundo a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), cerca de 41 terras indígenas foram afetadas pelas chamas. 

A liderança indígena Mara Barreto Sinhowawe Xavante relatou à Agência Brasil a situação passada na Terra Indígena Pimentel Barbosa, no leste do Mato Grosso, onde crianças Xavante subiram em ocas com garrafas de água para se protegerem do fogo que atingiu a comunidade no início da semana.

“No nosso território, a queimada começou na aldeia Pimentel, é uma aldeia muito longe da nossa. E ela começou ali, foi um incêndio criminoso e esse incêndio foi se estendendo e ficou duas semanas o cerrado queimando, quilômetros e quilômetros, até chegar dentro da nossa aldeia”, detalha.  De acordo com Mara, o fogo chegou muito forte pela manhã, queimando tudo ao redor da aldeia com vento e uma fuligem muito fortes.

“Quando o fogo começou a pegar tudo ali, os nossos jovens, os parentes, subiram nas ocas com garrafinha pet de água para tentar se proteger e proteger a casa para não vir fogo em cima da oca”, continuou emocionada.

“É uma situação muito forte, muito emblemática, porque foi exatamente isso que eles fizeram”, relatou,

Povos indígenas de Mato Grosso sofrem com os incêndios florestais. – Erlie Runhamre Xavante

Treinamento

Mara contou que na aldeia, duas pessoas foram selecionadas para fazer o curso de brigadistas, e que eles pouco puderam fazer para conter as chamas. Ela denunciou que, após a conclusão do curso oferecido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, não foram deixados equipamentos suficientes para a atuação dos brigadistas. 

“Uma capacitação dessas não dá as condições fazer um trabalho num território do tamanho do nosso. É fazer para inglês ver. Os nossos brigadistas não têm os extintores suficientes e não têm quantidade suficiente para combater qualquer tipo de fogo. Até que o brigadista lá da outra comunidade chegasse até a nossa, nós já estaríamos todos mortos pelo fogo”, criticou.

“Se não fosse o vento, o povo ia morrer queimado vivo. Crianças, idosos, inocentes, os bichos. Os bichos já estão queimados vivos. Porque ali onde o fogo passou, queimou tudo”, lamentou Mara

A reportagem da Agência Brasil tentou contato com a secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso, mas não obteve retorno.

Saúde

Além de terem que se proteger dos incêndios, os indígenas sofrem ainda em razão de doenças respiratórias causadas pela fumaça, dificuldade de acesso a alimentos e também a água potável.

“Estamos há um mês sem água dentro da comunidade. Nós só temos um córrego dentro da comunidade e ele está secando, está com uma proporção mínima de água. Ainda bem que a nossa comunidade é pequena, é uma comunidade com 150 pessoas, então está dando para sobreviver”. Ela ressalta, entretanto, que a água do córrego está causando vários problemas, como disenteria. “Essa água do córrego não é apropriada para beber. E é a água que eles estão bebendo nesse momento. Então, está gerando vários transtornos na saúde da comunidade”.

A situação deixou todos na aldeia muito abalados.

“A gente fica muito triste, ficamos abalados e enfraquecidos quando a gente vê a nossa fauna, a nossa flora, o nosso cerrado, sendo destruído de forma criminosa. Nós vivemos dentro do bioma e damos a vida para que ele permaneça de pé, como forma de garantir às nossas futuras gerações um território que, para nós, é sagrado”, afirmou.

Mara relembra que os antepassados do povo dela deram a vida pelo território.

“Muito sangue foi derramado e continua sendo. É muito difícil ver toda essa destruição, principalmente para nós, que dependemos tanto da fauna, da flora. Nosso território ainda sobrevive da caça. É muito triste”, completou.

Agronegócio

Mara criticou ainda o governo por omissão em relação aos direitos dos povos indígenas. “Se hoje existe esse aquecimento acima do normal dentro do estado de Mato Grosso, com temperaturas alcançando uma média de quase 45° graus e que já chegou a quase 50° graus, os responsáveis por isso são as atividades do agronegócio, porque são essas atividades que estão gerando toda essa combustão, ao ponto de qualquer fogo se alastrar muito rápido”, criticou. “Levando em conta que é o único estado que tem três biomas [Amazônia, Cerrado e Pantanal], a gente vê um governador que está governando somente para a bancada ruralista”, criticou.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, apenas em setembro, Mato Grosso já registou 16.746 focos de queimadas ativos.

Crime

Na quinta-feira (19), os governadores das regiões Centro-Oeste e Norte se reuniram, no Palácio do Planalto, com ministros do governo federal para debater medidas de enfrentamento às queimadas Uma das principais demandas apresentadas é o endurecimento da punição contra quem ateia fogo de forma intencional. O incêndio criminoso foi apontado pelos próprios governadores como sendo um dos fatores de agravamento da crise.

Na ocasião, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, disse que boa parte dos incêndios no estado foram criminosos. “Nós tivemos, esse ano, além de um problema climático, que era previsível, muitos incêndios, uma boa parte, começou por ações notadamente criminosas. Nenhum incêndio começa senão por ação humana. Algumas por descuido, algumas por negligência, mas muitas começaram por ações criminosas”, disse Mendes, em declaração a jornalistas ao fim da reunião.

Mendes defendeu um “endurecimento gigantesco” da pena, para desestimular as ações. “No meu estado, prendemos várias pessoas e, em poucas horas, eles eram libertados em audiências de custódia. Um crime que está causando prejuízo à saúde, ao meio ambiente, à imagem do país, com a pena que não corresponde ao tamanho do dano que está causando à sociedade brasileira”, afirmou.

Após a reunião, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo federal planeja a liberação de mais recursos para o combate às queimadas e a compra de equipamentos para que os estados enfrentem uma das piores estiagens em décadas no país.

O ministro disse que serão enviados créditos somando R$ 514 milhões aos estados que pedirem ajuda. Costa também ressaltou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem autorização para liberar, na próxima semana, mais de R$ 400 milhões para apoio aos corpos de bombeiros dos estados da Amazônia Legal, para compra de materiais, equipamentos, viaturas. “Outros créditos serão publicados na medida que os governadores apresentem e materializem suas demandas”, disse o ministro.

Participaram do encontro os governadores Hélder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima). Também compareceram os vice-governadores Sérgio Gonçalves da Silva (Rondônia) e Antônio Pinheiro Teles Júnior (Amapá).

Outras ações

Esta semana, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que o governo federal vai garantir todos os recursos financeiros necessários para o combate aos incêndios e à estiagem que atingem quase todos os estados brasileiros. Em entrevista ao Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Goés disse que o governo está com liberdade para apoiar estados, Distrito Federal e municípios porque as despesas para combater os efeitos da emergência climática e ambiental foram excluídas do atual teto de gastos. Segundo o ministro esses recursos inicialmente são para a Amazônia e o Pantanal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública em municípios dos estados do Amazonas, do Pará, de Rondônia, do Mato Grosso, de Roraima e do Acre para atuar no combate a incêndios florestais, por 90 dias.

Soluções inovadoras levam acessibilidade para pessoas com deficiência

O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado neste sábado (21), foi criado em 2005 para comemorar avanços e refletir sobre como as pessoas com deficiência podem superar os desafios diários para se locomover e combater o preconceito. Desde a criação da data, diversas iniciativas inovadoras foram criadas para promover acessibilidade

Entre elas, uma solução para resolver os problemas constantes de adequação das próteses ortopédicas. Para isto, pesquisadores desenvolveram próteses feitas com nióbio, titânio e zircônio, que dão conforto aos pacientes e são mais compatíveis com o corpo humano em relação às próteses de alumínio. Elas também são mais resistentes. 

Outo exemplo, é o batom inteligente, que consiste em uma máquina que permite a pessoas com deficiência visual ou com deficiência física nos membros superiores o uso do cosmético. 

Basta aproximar o rosto em frente à máquina, que ela aplica automaticamente o batom. O equipamento tem um display inteligente que emite sinais sonoros para alertar sobre o início e fim da aplicação. 

Outra iniciativa é o Notebraille, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal do Ceará (IFCE). A ferramenta eletrônica consiste em um bloco de notas em braille. O mecanismo permite que pessoas com deficiência visual possam escrever textos em braile em celulares e computadores.  O mecanismo pode ser usado na alfabetização de cegos, no ensino regular e trabalho. 

Em comum, as iniciativas têm o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). De acordo com Álvaro Prata, presidente da Embrapii, a empresa contribui para a superação dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência.

“A importância de apoiar projetos com tecnologia inclusiva está na oportunidade de permitir que as pessoas possam superar suas deficiências e ter uma vida sem limitações”, afirma. 

De acordo com dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, o Brasil possui cerca de 18,5 milhões de pessoas com deficiência, número que equivale a aproximadamente 9% da população do pais.

MST refloresta área de assentamento na região do Vale do Rio Doce

Na data em que se comemora o Dia da Árvore, 21 de setembro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou o plantio de 2 mil hectares para reflorestar áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente das famílias assentadas na região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.

A ação envolve as famílias de seis assentamentos da reforma agrária, localizados nos municípios mineiros de Periquito, Santa Maria do Suaçuí, Jampruca, Campanário, Resplendor e Governador Valadares. Para a restauração florestal dos assentamentos da região, será utilizada a metodologia de plantio através da muvuca de sementes nas áreas, que já se encontram com os solos preparados e adubados.

De acordo com Henrique Samsonas, do Setor de Produção e Meio Ambiente do MST, essa forma de plantio é uma alternativa que tem demonstrado bastante resultado, pois permite a antecipação do plantio, aumentando a quantidade de áreas plantadas ao longo do ano a um menor custo. “O plantio em larga escala de muvuca de sementes na Bacia do Rio Doce permitiu a criação de uma rede de sementes que tem gerado renda principalmente às famílias assentadas, aos povos indígenas e quilombolas”, avaliou.

Recuperação

A partir do rompimento da barragem de Fundão, no município mineiro de Mariana, em novembro de 2015, o Movimento Sem Terra compreendeu que, para além de denunciar a mineração predatória e degradante para o meio ambiente e para as pessoas, era tarefa das famílias dos assentamentos recuperar e preservar seus territórios.

A ação é parte do Programa Agroecológico de Recuperação da Bacia do Rio Doce, que já construiu 150 barraginhas (tecnologia para captar água da chuva para abastecer o lençol freático) e 59 biodigestores (equipamento que garante o tratamento do esgoto do banheiro nas áreas rurais).

A iniciativa visa a construção de territórios reflorestados e agroecológicos para produzir vida e alimento saudável para o povo brasileiro, e em conjunto com a ação nacional do Movimento Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, que projeta plantar 100 milhões de árvores até 2030.