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Despoluir rios urbanos não depende só de investimento, diz professor

Embora a qualidade das águas do rio Sena tenha melhorado, Paris ainda tem um trabalho de despoluição pela frente para que a população possa tomar banho e mesmo consumir a água do rio. “Há muito trabalho a ser feito para que a gente atinja níveis plenamente seguros e saudáveis desse rio”, avaliou o educador ambiental na organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, o professor de biologia e ecologia César Pegoraro.

Entrevistado pela jornalista Mara Régia, no programa Natureza Viva, na Rádio Nacional da Amazônia, neste domingo (11), Pegoraro, que acabava de chegar da França, contou que, apesar de o rio não estar completamente despoluído, ele se surpreendeu com a limpeza do Sena.

“O que eu vi lá, o que eu percebi, é um rio absurdamente limpo. E diria mais, convidativo. Ele tem peixes, tem uma diversidade, uma quantidade de peixes bastante grande. Você tem pessoas, cidadãos, cidadãs remando no rio. Um rio urbano com pessoas de caiaque, pessoas de barco com as suas voadeiras subindo e descendo o rio entre barcos de carga, entre barcos de turismo”, disse.

A França investiu cerca de 1,4 bilhão de Euros (cerca de R$ 8,3 bilhões) em uma nova estrutura de águas residuais para reduzir a quantidade de esgoto que flui para o rio. Mesmo assim, treinos foram cancelados e atletas olímpicos passaram mal por conta da poluição do rio.

Pegoraro explica que, mesmo com o investimento, por estar em uma grande cidade, o rio está sujeito à chamada poluição difusa. “Essa poluição é aquela poluiçãozinha que a gente não dá muita atenção para ela, mas ela é muito perigosa para a qualidade dos rios. Porque é aquele lixinho que acabou caindo na rua, às vezes sem querer, não intencionalmente, a fuligem dos carros, o óleo dos veículos que caem, a própria fuligem atmosférica que vai se depositando nas ruas e, quando chove, tudo isso vai parar no rio”, observou.

Por isso, segundo sele, rios urbanos “dificilmente vão ter uma qualidade incrível, uma qualidade como se ele fosse um rio preservado num ambiente natural”. No entanto, comparado a rios urbanos brasileiros, como o rio Tietê, em São Paulo, o Sena está em melhor condição para que seja apropriado pela população.

O professor diz ainda que o Brasil pode aprender com a iniciativa. Claro que é preciso muito investimento, mas também a valorização de medidas de saneamento básico e de medidas educativas.

“O saneamento básico tem que ser um projeto cidadão. Nós, enquanto eleitores, eleitoras, enquanto contribuintes, a gente tem que exigir essa dignidade que é ter saneamento básico em todas as moradias, em todas as cidades”, defende. E acrescenta, que o investimento deve se somar à educação: “porque não vai adiantar a gente investir dinheiro e tempo se a gente não mudar a consciência das pessoas”.

Apostas esportivas comprometem orçamento familiar das classes D e E

O gasto com apostas esportivas em plataformas online, as bets, está impactando o consumo de mercadorias e serviços, sobretudo das classes socioeconômicas de menor poder aquisitivo, e afetam a percepção da melhoria da economia brasileira, como o aumento da renda, do crescimento da ocupação e o controle inflacionário.

A avaliação é da empresa PwC Strategy& do Brasil Consultoria Empresarial Ltda, ligada à multinacional de auditoria e assessoria PricewaterhouseCoopers. De acordo com o economista e advogado Gerson Charchat, sócio e líder da Strategy& do Brasil, os gastos com apostas esportivas “já superam outros tipos de despesas discricionárias, como lazer, cultura e produtos pessoais, e até mesmo estão começando a impactar o orçamento destinado à alimentação. Esse desvio de recursos para as apostas exerce uma pressão considerável sobre a demanda por produtos essenciais, afetando a dinâmica da economia de forma geral.”

As apostas esportivas em plataformas explodiram no Brasil após a Lei nº 13.756 ser aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Michel Temer no final de 2018. Daquele ano a 2023, os gastos com apostas aumentaram 419%.

“Em 2018, as apostas representavam 0,27% do orçamento familiar da classe D e E; hoje, esse percentual saltou para 1,98%, quase quatro vezes mais do que há cinco anos. Por outro lado, os gastos com lazer e cultura diminuíram de 1,7% para 1,5% do orçamento, enquanto os gastos com alimentação se mantiveram estáveis”, conta Charchat em entrevista para a Agência Brasil.

Ele alerta que as apostas esportivas cresceram de forma expressiva e se tornaram uma fonte de gastos significativa, especialmente entre os jovens dos estratos sociais de menor poder aquisitivo. “O fenômeno pode gerar, inclusive, um aumento no endividamento entre a população de baixa renda, o que pode trazer impactos negativos para o crescimento econômico do país.”

A análise publicada da Strategy& do Brasil, baseada em dados secundários, assinala que a percepção da população de dificuldades financeiras cresceu cinco pontos percentuais entre 2022 e 2024. Hoje um quinto dos brasileiros dizem enfrentar dificuldades para pagar as suas contas todos os meses, ou não conseguem pagá-las na maioria das vezes.

Renda comprometida

Não há informação precisa sobre o número de empresas que administrem plataformas no Brasil e nem o volume de dinheiro arrecadado no negócio. Esses números só serão conhecidos após as bets obterem autorização do Ministério da Fazenda para exploração comercial da modalidade lotérica de apostas de quota fixa, e começarem a arrecadar tributos.

Os impactos e efeitos sobre a economia já haviam sido apontados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Segundo pesquisa de opinião feita para a entidade em maio, entre os que apostam, 64% reconhecem que utilizam parte da renda principal para tentar a sorte; 63% afirmam que tiveram parte da sua renda comprometida com as apostas online; e 23% deixou de comprar roupa, 19% itens de mercado, 14% produtos de higiene e beleza, 11% cuidados com saúde e medicações.

Para a economista Ione Amorim, consultora do programa de serviços financeiros do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), “o problema escalou” e além da dimensão econômica, há erros na regulamentação, efeitos sociais e na saúde mental da população não estimados.

“Hoje a gente já tem uma realidade de suicídio, de destruição de lares, de endividamento, de pessoas que já perderam o emprego porque já envolveram tudo que tinham. De doenças mentais extremamente graves por conta dessas dependências, que leva a outra, quer dizer: a pessoa se endividou, e se perdeu, vai do jogo para o álcool, do álcool para as drogas e para o suicídio”, descreve Ione Amorim que já deu palestras sobre os impactos das apostas online até mesmo nas Forças Armadas.

Na avaliação da economista, a situação social e a desinformação tornam o público mais pobre mais vulnerável a correr riscos em apostas.

“Nós temos uma população com baixo nível de educação financeira. As pessoas já têm dificuldade de lidar com a sua realidade, de gastar dentro dos seus ganhos.”

Para ela, a situação socioeconômica de algumas famílias leva ao endividamento para garantir a sobrevivência, e as apostas se tornam um risco atrativo para, ocasionalmente, obter recursos e quitar compromissos.

Mas, segundo Ione é preciso estar atento: “o ganho fácil vai levar a pessoa a um ambiente onde pode haver perdas significativas”, ressalta a economista que também assinala que as apostas são intermediadas por sistemas com algoritmos.

“A pessoa está jogando contra uma máquina que foi programada. Então, ela vai ganhar eventualmente, mas vai perder muito mais do que vai ganhar.”

PL 2234

Ione Amorim acrescenta que os efeitos econômicos, sociais e de saúde mental ocasionados pelas plataformas eletrônicas de apostas esportivas em plataformas online podem ser potencializados com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.234/2022, em tramitação no Senado, que autoriza a exploração em todo o território nacional de cassinos, bingos, jogo do bicho e aposta em corridas de cavalo.

A aprovação do PL, assim como da lei que autorizou as apostas nas bets, é defendida pela possibilidade de que os negócios gerem emprego, renda e tributos que podem custear políticas sociais. No caso das plataformas eletrônicas, em funcionamento há cinco anos, nenhum real foi arrecadado.

O recolhimento começará após autorização para exploração comercial pelo Ministério da Fazenda. A outorga será concedida, depois de avaliação técnica e legal, mediante o pagamento de R$ 30 milhões à União. O prazo para obter a permissão é até o final do ano.

A contabilidade de arrecadação de quem defende a legalização dos jogos não deduz as perdas da tributação que estão ocorrendo em outros setores em meio ao crescimento de gastos com aposta e também não dimensiona o aumento de despesas do Estado com segurança pública e com atendimento à saúde mental.

Reportagem da Agência Brasil trata da potencialidade do setor, de boas práticas, mas alerta para riscos de dependência. Leia aqui.

Com termômetros marcando 10,3ºC Rio tem menor temperatura do ano

A cidade do Rio de Janeiro registrou a menor temperatura de 2024 na manhã deste domingo (11). De acordo com o Sistema Alerta Rio, órgão de meteorologia da Prefeitura do Rio, os termômetros registraram 10,3 graus Celsius (°C) às 5h45, na estação Alto da Boa Vista, na Zona Norte da cidade.

De acordo com o órgão municipal, a passagem de uma massa polar foi responsável pelos baixos registros desta madrugada. Estes fenômenos, segundo o Alerta Rio, são típicos da estação de inverno, quando as temperaturas são mais amenas.

As menores temperaturas da rede do Sistema Alerta Rio geralmente são registradas na estação do Alto da Boa Vista, devido à sua localização e as características físicas da região, como a altitude, que contribuem para a ocorrência das menores temperaturas nesta localidade.

Para este domingo, a previsão é de que tempo fique estável na cidade do Rio de Janeiro, com a temperatura máxima prevista de 25°C e ventos fracos a moderados. Não há previsão de chuva.

Até o momento, as menores temperaturas registradas em 2024 foram:

10,3°C, no dia 11/8
14°C, nos dias 13/6 e 16/7
15,7°C, nos dias 20 e 21/4
16,2°C, nos dias 22 e 26/05
17,1°C, no dia 23/01

Flipelô: público enfrenta até dez horas de estrada para ir a Salvador

Foi de Ibititá, no interior baiano, que um grupo de alunos e professores do Colégio Estadual do Campo de Ibititá saiu de ônibus na madrugada da última quarta-feira (7). Chegaram em Salvador dez horas depois,  para participar do maior evento cultural literário da Bahia: a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô).

Pela primeira vez no festejo, o grupo – formado por quatro turmas do terceiro ano do ensino médio – chegou a confeccionar uma camiseta especial para usar na festa literária, lembrando os elementos gráficos que são utilizados pela Flipelô neste ano.

Professora Eliene Alecrim da Silva na Festa Literária Internacional do Pelourinho, Flipelô – Rovena Rosa/Agência Brasil

“A gente fez uma camisa para diferenciar e facilitar a vida dos alunos. E a gente pensou em fazer uma blusa com o nome da Flipelô, para poder dar essa homenagem. E também aproveitamos para trabalhar Raul Seixas [o homenageado deste ano da Flipelô]. Usamos o óculos [na camiseta] como símbolo do Raul”, contou Eliene Alecrim da Silva, 58 anos, professora de filosofia e projeto de vida da Escola Estadual Campos de Ibititá.

Em entrevista à Agência Brasil, a professora contou que a excursão teve o objetivo de mostrar a parte prática dos conhecimentos teóricos que são aprendidos em sala de aula.

“Temos um projeto chamado Aula Viva, onde a gente tenta ver as coisas, estudar e presenciar cada momento e cada espaço. Saímos da sala de aula para estar onde a história realmente acontece”, disse a professora.

“Ganhamos um prêmio com esse projeto e, com esse dinheiro, a gente resolveu trazer os alunos a Salvador. Viemos para a festa literária, mas essa também é uma oportunidade para o aluno que nunca viu Salvador e que não conhece o mar, tomar um banho de praia pela primeira vez e ir a um show pela primeira vez. O motivo principal foi a Flipelô, mas aproveitamos o momento para que esses alunos pudessem viajar pelo conhecimento. Estudamos a teoria lá no livro e aqui, a prática”, disse ela.

Herick Marques Dourado Santos na Festa Literária Internacional do Pelourinho, Flipelô – Rovena Rosa/Agência Brasil

Um desses alunos é o jovem Herick Marques Dourado Santos, 17 anos, que participou dessa excursão. “Estou achando muito legal, inclusive. As coisas aqui são bonitas, são diferentes da nossa região. Então eu estou gostando muito de ver, estou achando interessante tudo o que está acontecendo aqui. É a primeira vez [que estou aqui]”, contou.

Outro estudante que acompanhou o grupo foi Dioclésio Rodrigues da Silva, 18 anos. Ele, inclusive, aproveitou a participação na Flipelô para comprar um livro: “estou achando maravilhoso, adorei o passeio. Conheci mais a cultura daqui, conheci a festa literária”, disse.

“Essa é uma experiência de conhecimento. Ler é importante pra melhorar o hábito da leitura, o modo de falar e para conhecer coisas novas”, disse o estudante.

Para a professora Eliene, a Flipelô permite que seus alunos possam se aproximar mais de escritores de livros, além de estimular e “encantá-los” ao hábito da leitura e do conhecimento.

“Temos que fazer esse tipo de despertar [para a leitura] porque a internet tirou muito os meninos do livro. A biblioteca hoje está meio assim vazia porque eles estão mais perdidos na rede social. Temos que tentar [estimulá-los] muito mais para a leitura”, completou a professora.

Diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado e coordenadora da Flipelô, Angela Fraga – Rovena Rosa/Agência Brasil

Segundo Angela Fraga, diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado e coordenadora da Flipelô, diversas caravanas, de diversas regiões do estado, têm frequentado o evento desde sua segunda edição.

“Sempre vêm escolas e caravanas do interior. A partir da segunda edição isso começou a acontecer e agora, em nossa oitava edição, a gente verifica bem isso. Também vêm escolas da periferia. A gente tem uma arte-educadora que trabalha nesse sentido também, de ir até a escola e organizar com os diretores para que eles venham ao Pelourinho. E, neste ano, conseguimos ativar também as escolas particulares”, contou.

A edição deste ano

Inspirada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Flipelô acontece desde 2017 e surgiu com o objetivo de preservar e valorizar a memória do escritor Jorge Amado, a cultura e arte da Bahia e estimular a literatura, principalmente entre os jovens.

Além de uma programação literária e espaços para debates, sessões de autógrafos, contação de histórias, lançamentos de livros, saraus e vendas de livros, a Flipelô ainda promove shows, apresentações teatrais e até exposições.

“A Flipelô é multilinguagem. A literatura é um mote principal, mas todas as linguagens, como a fotografia, as artes plásticas, o cinema e o teatro, estão com a gente. A música, que na Bahia não pode faltar, também está com a gente”, conta Angela.

Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora do evento disse que a aderência do público neste ano “está incrível e diversa”.

“O evento é muito interessante porque ele é democrático, é gratuito e ocorre em todos os espaços do Pelourinho, até em instituições mais inusitadas, como uma padaria, que promove uma atividade sua e a gente ajuda a divulgar.”

Um dos espaços que a coordenadora do evento citou como mais adorável neste ano foi o Instituto CCR Mabel Velloso, onde há atividades voltadas ao público infantil. “A gente deu uma turbinada nele e ele está encantador”, comentou.

Outro espaço que é um dos preferidos de Angela Fraga é a Vila Literária, espaço que foi montado no Largo Teresa Batista e que foi dedicado aos apreciadores de revistas em quadrinhos. Este também foi o espaço preferido do estudante Herick, que veio de Ibititá. “Queria ficar mais lá pra ver tudo porque eu estava gostando do papo dos autores, de como eles fazem pra escrever o livro e ver a criatividade deles”, falou.

Origens

Ícaro Ferrer na Vila Literária da Flipelô, que homenageia Raul Seixas – Rovena Rosa/Agência Brasil

Foi na Vila Literária que encontramos o estudante de ciências contábeis Ícaro Ferrer, 22 anos, frequentador da Flipelô há alguns anos. “Essa é uma festa muito linda pra gente poder perpetuar as nossas origens e além disso, trazer novas pessoas pra literatura, perpetuar essa ideia linda que é o livro a as histórias que a gente ama ler”, contou.

Ferrer estava na Vila Literária por causa dos autores de quadrinhos e blogueiros quadrinistas: “a literatura em si já é algo para nos inspirar estar aqui. E como a Flipelô faz esse festival incrível, não tem como não estar aqui”.

Mariana Freire dos Santos levou a filha de 11 anos para a Flipelô – Rovena Rosa/Agência Brasil

Já a atriz, artista e educadora Mariana Freire dos Santos, 46 anos, esteve no espaço do Sesc-Senac para ver um show infantil. “Estou aqui no segundo espetáculo teatral. Eu tenho uma filha de 11 anos e a gente veio ver as Aventuras do Maluco Beleza, que aconteceu na quinta-feira. No sábado vim ver esse show musical de Deco Simões e Karina de Faria.”

Para ela, a festa é um evento necessário: “a Flipelô é um evento necessário para a cidade porque dialoga com a literatura de uma maneira tão lúdica, com várias plataformas, com música, com teatro, com a dança, e faz uma imersão para todas as idades. E isso dentro do centro histórico, o que é muito importante porque dialoga com a nossa cultura afro-ameríndia. É um evento diverso, plural e é uma delícia participar”.

Mariana acredita que a importância da Flipelô ultrapassa a literatura.

“A gente precisa ter eventos culturais gratuitos, que todo mundo tem acesso. E aqui estou falando de pessoas que, muitas vezes, não têm condição financeira de poder acompanhar ou de poder participar. Aqui [na Flipelô] tem essa troca artística, os artistas veem os artistas, pessoas que são da plateia e do público estão podendo apreciar e conhecer. Imagino que uma pessoa, por exemplo, que não lê, pode entrar num evento como esse de discussão com autores e autoras e, de repente, se interessar em ler um livro e ver espetáculos ou apreciar uma atividade cultural.”

*A repórter e a fotógrafa Rovena Rosa viajaram a convite do Instituto CCR, patrocinador da Flipelô.

Atletas brasileiras fecham Jogos de Paris com desempenho histórico

Antes mesmo de os Jogos Olímpicos de Paris começarem, as mulheres brasileiras já faziam história. Pela primeira vez em mais de cem anos de participações do país em Olimpíadas, a delegação do Brasil teve mais mulheres do que homens: 163 contra 126, uma fatia correspondente a 56,4% do total. Ao final do evento, elas mostraram que não estavam apenas fazendo número. A maioria dos vinte pódios conquistados pela delegação foi resultado do empenho feminino.

 A paulista de Guarulhos conquistou o segundo ouro do Brasil em Paris, tornando-se a maior campeã olímpica do Brasil com cinco pódios na carreira  – REUTERS/Hannah Mckay/Proibida reprodução

Para começar, os três ouros brasileiros em Paris foram de mulheres: Beatriz Souza no judô, Rebeca Andrade na ginástica artística e a a dupla Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia. Doze das vinte medalhas foram de esportistas femininas. Um décimo terceiro pódio, o das equipes no judô, não foi obra 100% das mulheres, mas com participação importante delas. Há três anos, em Tóquio, os pódios femininos representaram 43% do total do Brasil. No Rio, há oito, 26%.

Curiosamente, elas também se sobressaíram nos outros naipes de medalhas: foram mais pratas (quatro contra três) e mais bronzes (cinco contra quatro) femininos do que masculinos.

Como era de se esperar, na coletiva de imprensa convocada pelo COB neste domingo (11) para realizar um balanço da campanha brasileira em Paris, o assunto foi abordado.

“Há dois ciclos olímpicos, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo” disse Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), durante coletiva neste domingo (11) em Paris.

O chefe da missão e diretor-geral do COB, o ex-medalhista olímpico Rogério Sampaio, também destacou a performance das mulheres brasileiras.

“Queremos sempre ultrapassar barreiras, quebrar recordes, vencer sempre. Acho que nesses Jogos Olímpicos conseguimos quebrar alguns desses recordes, algumas dessas barreiras, principalmente no que diz respeito ao esporte feminino, o que nos deixa bastante satisfeitos”, afirmou Sampaio.

A cada conquista feminina do Brasil em Paris, o impacto destas medalhas no desempenho geral do país, assim como em seu histórico, se afirmava com mais força. Foi na capital francesa que, por exemplo, a ginasta Rebeca Andrade saiu de um dos principais nomes do esporte brasileiro para se tornar a maior medalhista olímpica do Brasil em todos os tempos. Seus quatro pódios em Paris (um ouro, duas pratas e um bronze) levaram a paulista a seis no total, ultrapassando Robert Scheidt e Torben Grael, antigos detentores da posição.

“Para mim é uma honra ser mulher preta e hoje estar onde eu estou: no topo do mundo”, disse Rebeca.

A gaúcha Tati Weston-Webb conquistou a prata, a primeira medalha olímpica de uma surfista brasileira na modalidade – William Lucas/COB/Direitos Reservados

No surfe, a prata de Tatiana Weston-Webb foi a primeira medalha de uma mulher brasileira na modalidade. Um dos esportes que mais cresce no país, o surfe do Brasil se afirmou como potência entre os homens, com sete dos últimos nove títulos mundiais. No entanto, entre as mulheres, nunca chegou lá. O resultado de Weston-Webb foi o melhor do Brasil em Paris e pode abrir caminho para uma nova era do surfe feminino.

“Sinto nada mais do que orgulho de representar as meninas, especialmente o surfe no Brasil. Espero que isso inspire várias meninas a surfarem e irem atrás dos seus sonhos”, declarou a surfista após a conquista da prata.

O ouro conquistado por Duda e Ana Patrícia deu fim a um jejum de 28 anos sem mulheres brasileiras subirem ao lugar mais alto do pódio no vôlei de praia olímpico. Porém, enquanto a vitória em 2024 era a afirmação do crescente impacto feminino no esporte brasileiro, em Atlanta-1996 as duas medalhas do vôlei de praia do Brasil – ouro para Jacqueline e Sandra e prata para Mônica e Adriana Samuel – eram literalmente os primeiros pódios de mulheres brasileiras em Olimpíadas.

A sergipana Duda e a mineira Ana Patrícia foram ouro no vôlei de praia feminino, pondo fim a 28 anos de jejum do Brasil no topo do pódio  – REUTERS/Esa Alexander /Proibida reprodução

Com mais oportunidades vêm mais resultados. É o que pensa a boxeadora Bia Ferreira, que em Paris acrescentou um bronze à sua coleção olímpica, que contava com uma prata obtida em Tóquio.

“As mulheres sempre trouxeram bons resultados. Temos grandes atletas de referência feminina, só que tínhamos um número menor. Acredito que era por isso que não tinha mais resultados. Então quanto mais oportunidades vierem e mais mulheres se classificarem, automaticamente vamos trazer resultados”, expôs a atleta.

* Em colaboração com Verônica Dalcanal, em Paris

Senacon quer que Voepass amplie canais de comunicação, após acidente

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), informou que vai encaminhar, na segunda-feira (12), uma notificação à Voepass Linhas Aéreas determinando a ampliação dos canais de comunicação com as famílias das vítimas do voo 2283, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9). A aeronave turbohélice ATR-72 da companhia tinha 62 pessoas a bordo, sendo quatro tripulantes. Não houve sobreviventes.

De acordo com a Senacon, relatos dão conta de que a empresa disponibilizou somente um canal de atendimento, que não foi suficiente para atender às solicitações daqueles que buscam informações. O secretário Wadih Damous disse que “em períodos de crise, é essencial ampliar os canais de comunicação para garantir transparência e informações precisas”.

A Voepass Linhas Aéreas colocou equipes para atuar no atendimento às famílias 24 horas por dia em São Paulo, onde reservou quartos em hotéis próximos ao IML, no bairro de Cerqueira César. As pessoas também podem ligar no número 0800 9419712.

DR com Demori especial do Dia dos Pais recebe escritor Marcos Piangers

Na próxima terça-feira (13), o convidado de Leandro Demori no seu programa semanal da TV Brasil, DR com Demori, é Marcos Piangers, palestrante, escritor e um dos maiores produtores de conteúdo sobre paternidade do país. Na conversa emocionante, Piangers e Demori abrem o coração e revelam histórias envolvendo a relação com os próprios pais. O programa vai ao ar às 23h na TV Brasil e, simultaneamente, na Rádio MEC.

Pianger é pai de Anita e Aurora, e autor do best-seller O Papai é Pop, que recentemente virou filme estrelado por Lázaro Ramos. O jornalista gaúcho é um dos protagonistas no debate sobre paternidade ativa nas redes sociais e fora dela. No bate-papo, ele contou que começou a escrever logo que sua filha nasceu, mas demorou quase dez anos para publicar os textos porque tinha medo do julgamento que sofreria. “Tive vergonha de publicar e ser considerado ‘menos homem’”, lembra.

No programa, ele fala sobre a relação com o pai e conta a história de como o conheceu – já adulto, de surpresa, no lançamento do seu segundo livro. Ele defende que é preciso ter um olhar generoso com as gerações anteriores de pais e analisa a evolução na forma de criar filhos.

Marcos Piangers, convidado do programa DR com Demori, da TV Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil

 

“Eu costumo dizer que ‘arruma o homem, arruma o mundo’. E a paternidade é uma chance de arrumar o mundo. Chega uma criança e aquele homem que era durão aprende a chorar, a cuidar e se cuidar, a dar exemplo, se comportar melhor. Todos esses processos aconteceram naquele Marcos duro”, diz.

O autor explica como a ciência e as pesquisas têm contribuído para que se entenda a melhor forma de criar filhos e a importância da presença e da conexão no desenvolvimento infantil. Ele defende ainda a urgência da ampliação da licença-paternidade, que atualmente é de apenas cinco dias. “A conexão bem estabelecida nos primeiros meses solta ocitocina de forma que o pai cria uma conexão tão forte que dura até a adolescência. E o cara vive mais, o filho dá para ele mais tempo de vida.”

O DR com Demori também está disponível, na íntegra, no YouTube e no aplicativo TV Brasil Play. O programa também é transmitido em áudio, simultaneamente, na Rádio MEC, e as entrevistas ficam disponíveis em formato de podcast no Spotify.

Sobre o programa

O programa Dando a Real com Leandro Demori, ou simplesmente DR com Demori, traz personalidades para um papo mais íntimo e direto, na tela da TV Brasil. Já passaram pela mesa nomes como o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes; a deputada federal Erika Hilton; a cantora Zélia Duncan e o fundador da banda Pink Floyd, Roger Waters.

Serviço

Dando a Real com Leandro Demori – terça-feira, dia 13/8, às 23h, na TV Brasil

Dando a Real com Leandro Demori – quarta-feira, dia 14/8, às 3h, na TV Brasil

Dando a Real com Leandro Demori – domingo, dia 18/8 às 22h, na TV Brasil
 

Dia dos Pais: tecnologias podem aproximar ou afastar os filhos

“Quando eu chegar da faculdade, eu ligo”. Nenhuma mensagem que chega ao telefone é trivial para o pipoqueiro Gil Lopes, de 58 anos, pai de seis filhos. “Tudo o que vem deles é importante”. O potiguar, radicado em Brasília, mantém no ouvido o fone em que ouve as mensagens de áudio e as novidades simples do dia a dia, uma forma de lidar com as saudades, desde que os rapazes e as moças começaram a sair de casa para mudar de cidade e casar. Ele recebe mais mensagens do que ligações, mas não se incomoda. “A vida deles é corrida”, lamenta.

Brasília, (DF) , 08/08/2024 – Enquanto vende pipoca, Gil Lopes usa os fones para ouvir mensagens dos filhos – Valter Campanato/Agência Brasil

Diante do carrinho da pipoca, ele diz que a tecnologia do celular é o que garante a tranquilidade para trabalhar. Ele só tira o fone de ouvido para atender os clientes. O pipoqueiro, que mora na região administrativa de São Sebastião (DF), recorda que já foi mais preocupado com o que a tecnologia poderia causar. De fato, a tecnologia mexe também com a paternidade ativa.

De acordo com pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, as evoluções tecnológicas do celular e internet alteraram, de variadas formas, as relações familiares, incluindo de pai e filhos. Um desses caminhos é positivo, já que a tecnologia ajudou a propiciar proximidades, conforme avalia o neurologista pediátrico Eduardo Jorge Custódio da Silva, membro do Grupo de Trabalho Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

“O pai pode estar viajando e é possível vê-lo por um vídeo. A tecnologia pode ser fundamental. A gente tem um site chamado Esse Mundo Digital, que é para conscientizar sobre o uso da internet de forma ética, saudável, segura e educativa”, afirma.

Tempo de presença

Segundo a pesquisadora Sandra Rúbia da Silva, professora da pós-graduação em comunicação na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), os pais precisam encontrar tempo para participar das atividades com os filhos, seja online ou fora das telas.

“Na minha pesquisa, a gente conseguiu observar que os pais veem que o uso do celular está atrelado à preocupação com a segurança dos filhos”. Mas, os filhos veem, segundo a pesquisadora, a utilização da tecnologia como uma oportunidade de utilização das redes sociais, que colocaram as relações familiares em “um novo patamar, de diversas formas, tanto troca de saberes, quanto especialmente essas trocas de afeto”, afirma a professora. Ela  investiga, com uma abordagem antropológica, as práticas relacionadas ao consumo de telefones celulares em periferias urbanas.

“Veja quantas mensagens de Dia dos Pais vão estar nas redes sociais agora neste domingo”. Inclusive, que acarretam o fenômeno de que pais que não são homenageados com postagens podem sair magoados. “Imaginemos, por exemplo, um pai e um filho que se afastaram. A tecnologia pode facilitar, por exemplo, uma aproximação. Pode, enfim, resgatar ou afastar.

“A tecnologia, em si, não faz nada. Afastar ou se aproximar tem a ver com os comportamentos humanos”. 

Excesso de telas

Para a professora Sandra Rúbia da Silva, da UFSM, é necessário que os pais estejam atentos para que, quando presentes fisicamente, não estejam “ausentes” e apenas ligados às redes sociais. Da mesma forma, os filhos devem ser chamados ao mundo longe das telas, segundo explica o neurologista pediátrico Eduardo Jorge Custódio da Silva, da SBP. 

Ele exemplifica que se tornou comum a cena de pais e crianças (e até bebês) com dispositivos móveis na mesma mesa. E nenhuma palavra entre eles.

“Essa é uma imagem assustadora. A internet e as telas podem ser capazes de aproximar os distantes. E, em compensação, afastar quem está próximo”.

O neurologista faz parte do grupo que elaborou um documento científico da entidade intitulado “Menos Telas e Mais Saúde”, no período da pandemia, e que deve ter uma nova versão no ano que vem.

“É muito importante que a criança, no seu desenvolvimento, utilize o toque: veja, ouça, sinta o gosto, prove o cheiro, abrace, caia no chão e viva como criança”. 

Contato e riscos

O médico explica que o contato físico e o diálogo são fundamentais. “Historicamente, os pais sempre foram um pouco mais afastados na relação com os filhos. Mas isso mudou. Estar com a criança é muito importante. E a tela não pode ser a única forma de mediação de nenhum contato”. 

Essa ausência pode gerar riscos emocionais na construção da personalidade.

“É importante sair com as crianças e deixar o celular para trás. Colocar o telefone dentro de uma caixa por pelo menos por uma hora. É preciso criar momentos de ‘detox’”.

Isso inclui, segundo o neurologista da SBP, por exemplo, contar para o filho como foi o dia e abraçar sempre que possível. 

O neurologista alerta para a necessidade das famílias estarem atentas à possibilidade de dependência digital dos filhos. “Isso já é uma doença. A autoridade paterna e materna é importante desde o início do processo. A gente tem que ter autoridade e as crianças e os adolescentes querem autoridade”, aponta. E essa autoridade deve ser exercida, segundo os especialistas ouvidos, com o diálogo. “A dependência digital caracteriza-se por prejuízos na vida social, escolar ou emocional. É preciso  um apoio psicológico, mas também familiar”.

Aproximação

A psicóloga e professora Leila Cury Tardivo, da Universidade de São Paulo (USP), também reitera que os pais devem utilizar a tecnologia para se aproximar. Como coordenadora de  um projeto de atendimento social em São Paulo, o Apoiar, a pesquisadora, desde a pandemia, constatou a necessidade das crianças e adolescentes se sentirem mais acolhidos. “Os pais não são obrigados a resolver tudo. Mas a aproximação e o diálogo ajudam muito”. Na paternidade ativa, por exemplo, ela defende que sejam respeitadas as dores, dúvidas e inseguranças próprias das faixas etárias. 

A professora destaca que a sociedade vive um contexto de diferentes constituições familiares, e a participação da paternidade ativa é o esperado para encarar os desafios.

“O pai pode ser muito importante na vida do filho. Não tem mais um lugar definido, mas precisa compartilhar responsabilidades”.  

É isso o que diz acreditar também o agricultor e servidor público aposentado Américo Oliveira, de 63 anos, também pai de seis filhos. Morador de área rural na região administrativa do Gama (DF), esperava o ônibus para ir para casa e ficava atento ao celular para esperar qualquer “oi” dos filhos. 

Brasília, (DF) , 08/08/2024 – Americo Oliveira tenta fazer com que filho brinque com pés na terra – Valter Campanato/Agência Brasil

Os mais velhos partiram para áreas urbanas e hoje tem em casa a esposa e o caçula de 11 anos. Ele tenta fazer com que o menino brinque de pés no chão na terra e de bola. “Lógico que ele pede o celular para joguinhos. Mas fico feliz que ele usa também para me mandar mensagens. É uma luta diária, mas gosto de sentar ao lado dele para conversar sobre o que ele viu na tela”, sorri o pai.  

Hoje é Dia: encerramento das Olimpíadas e Dia dos Pais são destaques

Depois de mais de duas semanas de intensas competições, os Jogos Olímpicos de Paris chegam ao fim. A cerimônia de encerramento está prevista para às 15h deste domingo (11) na capital da França. 

Outras três datas são destaques na semana. No dia 12, são celebrados o Dia Nacional das Artes (comemorado por causa da fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, instituída em 1816 pelo Príncipe Regente Dom João VI) e o Dia Internacional da Juventude. A data, que foi estabelecida em uma resolução de 1999 da ONU, foi destaque do História Hoje, da Radioagência Nacional em 2015

Também no dia 13 de agosto, o nascimento do lendário diretor de cinema Alfred Hitchcock completa 125 anos. Conhecido como mestre do suspense e autor de clássicos como  “Psicose”, “Janela Indiscreta” e “Os Pássaros”, ele foi destaque no História Hoje em 2015 e do programa Fique Ligado, da TV Brasil, em 2019: 

Para fechar a semana, temos um centenário. Em 14 de agosto de 1924, nascia o cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão. Com tirinhas publicadas na revista O Cruzeiro, ele se notabilizou como criador do personagem “Amigo da Onça” (baseado na expressão nacional relacionada a falsas amizades). A expressão foi destaque do Revista Rio em 2020 e o próprio cartunista teve a história contada pelo Repórter Brasil em 2014. 

Agosto de 2024

11

Nascimento jurista, poeta e ativista português Thomás Antônio Gonzaga (280 anos)

Morte do ator estadunidense Robin Willians (10 anos)

Nascimento do historiador e professor maranhense Jerônimo de Viveiros (140 anos) – de família alcantarense, em São Luís lecionou no Liceu Maranhense, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, além de consultor técnico do Diretório Regional de Geografia do Maranhão. De ampla contribuição na historiografia regional, sua obra de maior destaque foi a “História do Comércio do Maranhão”, de 1954

O navio Arapahoe transmite o primeiro pedido de de SOS via rádio (115 anos)

Seleção Brasileira de Voleibol Masculino (geração de prata) conquista medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (40 anos) – a primeira medalha do voleibol em jogos olímpicos

Dia do Advogado – em memória da criação das duas primeiras faculdades de Direito do país no ano de 1827. Nesse dia também ocorre o Dia do Pendura, comemorado por estudantes brasileiros de Direito, que vão aos restaurantes, comem e bebem e, depois, mandam “pendurar” a conta

Dia dos Pais – comemoração móvel extraoficial do Brasil, que teria sido criada em 1953 pelo publicitário brasileiro Sylvio Bhering, cuja data da celebração pode ocorrer entre os dias 8 e 14 de agosto de cada ano no calendário gregoriano, no segundo domingo

12

Nascimento do político fluminense Fernando Collor de Mello (75 anos) – Presidente do Brasil entre 1990 e 1992

Morte do guitarrista, pioneiro no desenvolvimento de técnicas e instrumentos musicais elétricos estadunidense Les Paul (15 anos)

Nascimento do guitarrista e compositor britânico Mark Knopfler (75 anos) – conhecido pelo seu trabalho com a banda de rock britânica Dire Straits

Morte do escritor britânico Ian Fleming (60 anos) – criador da personagem James Bond

Dia Internacional da Juventude – comemoração instituída pela ONU na sua resolução Nº 54/120 de 17 de dezembro de 1999, confirmando uma proposta da “Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude”, realizada na cidade de Lisboa entre 8 e 12 de agosto de 1998

Dia Nacional das Artes – comemorado extraoficialmente por brasileiros para marcar a data da fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, que foi criada em 12 de agosto de 1816 por um decreto do então Príncipe Regente do Brasil, Dom João VI, sob a inspiração da Missão Artística Francesa

Fundação clube de futebol Electro Club (120 anos) – primeiro nome dado ao Botafogo Football Club

Fundação da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia por Santa Paula Frassinetti (190 anos) – atualmente, as Irmãs Doroteias estão presentes em várias partes do mundo, trabalhando em colégios, paróquias e comunidades carentes

13

Nascimento do diretor e produtor britânico Alfred Hitchcock (125 anos)

Nascimento do equilibrista francês Philippe Petit (75 anos) – fez travessia ilegal entre as duas torres gêmeas de Nova York aos 24 anos de idade

Morte do músico, compositor e bandolinista fluminense de choro Jacob Pick Bittencourt, o Jacob do Bandolim (55 anos)

Morte do economista e político pernambucano Eduardo Campos (10 anos)

Nascimento do jornalista e diplomata português naturalizado brasileiro Hipólito da Costa (250 anos) – de Londres passou a editar regularmente aquele que é considerado o primeiro jornal brasileiro: o “Correio Braziliense” ou “Armazém Literário”, que circulou de 1 de junho de 1808 a 1823

Nascimento da violeira, cantora e compositora sul-matogrossense Helena Meirelles (100 anos)

Morte do cantor paulista de música caipira João Salvador Perez, o Tonico da dupla “Tonico e Tinoco” (30 anos)

No Ginásio Nilson Nelson, Raul Seixas se apresenta pela última vez antes da sua morte (35 anos)

Fundação do Movimento Bandeirante no Brasil (105 anos)

Início da Rio Inovation Week

14

Nascimento do cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão (100 anos) – criador do personagem “Amigo da Onça”, cujas histórias eram publicadas na Revista “O Cruzeiro”. Na mesma revista, colaborou na sessão Pif-Paf, escrita por Millôr Fernandes

Nascimento do jornalista e escritor maranhense José Carlos Lago Burnett, o Lago Burnett (95 anos) – considerado um dos expoentes da Geração de 45. No Rio de Janeiro, trabalhou no Jornal do Brasil

15

Nascimento do político e militar francês Napoleão Bonaparte (255 anos)

Morte do escritor e jornalista fluminense Euclides da Cunha (115 anos)

Nascimento da empresária fluminense Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, a Condessa Pereira Carneiro (125 anos) – foi diretora-presidente do Jornal do Brasil e, sob sua direção, ele alcançou grande prestígio nacional e internacional, submeteu-o a uma reformulação editorial, gráfica e industrial que mudou a história da imprensa brasileira. Foi classificada pelo jornal inglês “The Guardian” como “uma das mulheres mais influentes da América do Sul” e pela revista francesa Marie Claire como “uma das 50 mulheres mais importantes do mundo”

Fundação da Companhia de Jesus (490 anos)

Inauguração do Canal do Panamá (110 anos)

16

Morte do compositor fluminense Carlos Moreira de Castro, o Carlos Cachaça (25 anos) – um dos fundadores da GRES Estação Primeira de Mangueira

Morte do jornalista, radialista e compositor paulista Denis Brean (55 anos)

Nascimento do pianista e compositor de jazz estadunidense William John Bill Evans (95 anos) – um pianista norte-americano, considerado um dos mais importantes músicos de jazz da história, sendo até hoje uma das referências do piano de jazz pós-50

Aniversário de Teresina (PI) (172 anos)

17

Morte do pintor e professor fluminense Orlando Teruz (40 anos)

Nascimento do pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor acreano João Donato (90 anos)

Morte do político, tradutor, poeta e publicista maranhense Manuel Odorico Mendes (160 anos) – mais conhecido por ser autor das primeiras traduções integrais para português das obras de Virgílio e Homero, foi também precursor da moderna tradução criativa

Fundação da Associação Nacional de Jornais (45 anos)

Dia Nacional do Patrimônio Cultural

Números da Petrobras foram “dentro do esperado”, diz Chambriard

Os resultados do último trimestre foram “extremamente sólidos e dentro do esperado”, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em entrevista coletiva online sobre os resultados da companhia do segundo trimestre de 2024. A Petrobras teve um resultado negativo de R$ 2,6 bilhões, conforme balanço divulgado na noite da última quinta-feira (8).

Segundo Chambriard, o resultado foi pontual e os lucros deverão voltar nos próximos trimestres. “Nós tivemos nesse segundo trimestre eventos não recorrentes, eventos não recorrentes absolutamente conhecidos do mercado”.

A seguir, ela destacou entre esses eventos o acordo tributário com o Ministério da Fazenda – a Petrobras fechou negociações envolvendo R$ 19,80 bilhões para o fim dos litígios da estatal sobre remessas ao exterior para pagamento de afretamentos de embarcações de exploração de petróleo -, o acordo salarial 2023-2025 e a desvalorização cambial ocorrida no segundo trimestre deste ano.

“Caso não fossem considerados esses fatores, nós estaríamos apresentando resultado positivo em linha com o observado no trimestre passado”, disse.  

Apesar do resultado negativo no segundo semestre de 2024, a Petrobras informou que vai pagar dividendos aos acionistas, seguindo a Política de Dividendos da estatal, que garante a remuneração.

De acordo com o balanço, a empresa aprovou R$ 13,6 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio a serem pagos aos acionistas em duas parcelas, em novembro e em dezembro, com o uso de R$ 6,4 bilhões da reserva de remuneração do capital.

Entre os acionistas que receberão a remuneração está a própria União, que detém a maior fatia das ações da empresa: 28,67%.

Em entrevista, a diretoria da Petrobras afirmou que não descarta o pagamento de dividendos extraordinários. O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, disse que o pagamento irá depender da capacidade de financiabilidade dos projetos da empresa entre 2025 e 2029.

“Não está descartada a possibilidade de a gente fazer pagamentos de dividendo extraordinário ainda este ano. O quanto antes a gente tiver uma visão mais clara, tiver uma exatidão maior dos nossos fluxos de caixa futuro, tanto a geração futura, gastos e o caixa operacional que a gente tiver nesse período, o quanto antes a gente vai fazer as análises e propor, se for o caso, distribuição de dividendos extraordinários”, disse.  

Aumento de preços

A diretoria foi questionada também, na entrevista, se o prejuízo no trimestre poderia ter sido menor caso a empresa tivesse reajustado o preço dos combustíveis nas refinarias mais cedo.

O diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser, afirmou que empresa seguiu a estratégia comercial lançada em maio de 2023.

“Um elemento extremamente importante da nossa estratégia comercial é justamente não transferir para o mercado interno essas variações que a gente chama de volatilidade. Então, vocês acompanham e sabem muito bem a cada notícia que surge no mercado, você vê o petróleo disparar, você vê os derivados alterarem de cotação, em algum momento aumenta, em algum momento despenca e nós avaliamos isso no cenário dos fundamentos principais do mercado”, explicou.

Chambriard reforçou o compromisso de manter essa estratégia e disse que observou, nos últimos meses, uma ligeira perda de espaço no mercado, o que poderia ter sido agravado com o aumento dos preços.

“Nós estamos fazendo isso tudo muito atentos à tendência dos preços internacionais, atentos aos nossos competidores, mas quando a gente observa os últimos meses da venda de combustíveis, a gente vê até uma ligeira perda de market share [participação no mercado]. É sutil, mas ela existe. E é isso que mostra que nós estamos absolutamente certos na nossa estratégia de preços. Aumentar o preço agora seria abrir mão de market share, o que está longe da nossa intenção”.

Gasoduto Rota 3

A Petrobras anunciou também que o Gasoduto Rota 3 deverá entrar em operação até setembro deste ano. ​​​​​​O projeto Rota 3 tem como objetivo ampliar o escoamento de gás natural dos projetos em operação na área do pré-sal da Bacia de Santos.

“Uma entrega extremamente relevante para o estado do Rio de Janeiro e para o aumento da disponibilidade de gás natural em todo o território brasileiro”, ressaltou a presidente da empresa.

Segundo a diretora Executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, os trabalhos “estão indo muito bem. A gente deve concluir a completação mecânica ainda no mês de agosto”, disse. Acrescentou que “no terceiro trimestre a gente vai dar partida na planta e começar a trazer gás através da Rota 3”.

De acordo com a Petrobras, o Gasoduto Rota 3 possui aproximadamente 355 quilômetros de extensão total, sendo 307 kms referentes ao trecho marítimo e 48 kms do trecho terrestre. Ele escoará gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até o Polo Gaslub, em Itaboraí, onde está localizada a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN Rota 3). A vazão de escoamento do gasoduto é de aproximadamente 18 milhões de m³ de gás por dia.